CAMPUS TANCREDO DE ALMEIDA NEVES CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA
AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE Panicum maximum SOB INTENSIDADES DE DESFOLHAÇÃO
GABRIELA VASCONCELOS BEDESCHI
SÃO JOÃO DEL REI –MG ABRIL DE 2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI CAMPUS TANCREDO DE ALMEIDA NEVES CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA
AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE Panicum maximum SOB INTENSIDADES DE DESFOLHAÇÃO
GABRIELA VASCONCELOS BEDESCHI Graduanda em zootecnia
SÃO JOÃO DEL REI–MG ABRIL DE 2016
GABRIELA VASCONCELOS BEDESCHI
AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE Panicum maximum SOB INTENSIDADES DE DESFOLHAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Bacharelado em Zootecnia, da Universidade Federal de São João Del Rei-Campus Tancredo de Almeida Neves, como parte das exigências para a obtenção do diploma de Bacharel em Zootecnia.
Comitê de Orientação:
Orientadora: JANAINA AZEVEDO MARTUSCELLO (UFSJ/CTAN)
SÃO JOÃO DEL REI–MG ABRIL DE 2016
Ficha Catalográfica Elaborada na Seção de Processos Técnicos, da Biblioteca da UFSJ/CTAN.
AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE Panicum maximum SOB INTENSIDADES DE DESFOLHAÇÃO
Defesa Aprovada pela Comissão Examinadora em: 28/04/2016
Comissão Examinadora:
____________________________________________________ Prof. Dr. Daniel de Noronha Figueiredo Vieira da Cunha
Universidade Federal de São João Del Rei
Curso de Bacharelado em Zootecnia/ Campus Tancredo de Almeida Neves
_______________________________________________________ Zootecnista Ana Luiza Silva Carvalho
Mestranda Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Mestranda em Zootecnia
_________________________________________________________ Profa. Janaina Azevedo Martuscello
Universidade Federal de São João Del Rei
LISTA DE TABELAS
Tabelas Descrição Página
Tabela 1 Características químicas de amostras de solo da camada de 0
20 cm do solo da área experimental 15
Tabela 2 Taxa de alongamento de colmo, filocrono, taxa de aparecimento de folhas e duração de vida das folhas de genótipos de Panicum maximum em função das alturas de corte
20
Tabela 3
Taxa de alongamento de folhas (TAlF) e Número de perfilhos (NP) em diferentes genótipos de Panicum Maximum
21
Tabela 4
Matéria seca de colmo (MSC), Matéria seca total (MST), Relação lâmina colmo (RLC), em diferentes genótipos de Panicum maximum
SUMÁRIO
1. Introdução ... 1
2. Revisão de Literatura ... 3
2.1 Panicum maximum... 3
2.2 Morfogênese de Panicum maximum...6
2.3 Melhoramento de Panicum maximum ... 11
3. Material e métodos ... 14
4. Resultados e discussão ... 17
5. Conclusão ... 25
RESUMO
Objetivou-se avaliar a produção e as características morfogênicas de genótipos de Panicum maximum submetidos a diferentes alturas de corte. Foram avaliados, num delineamento inteiramente casualizados, em um esquema fatorial 6x3, com quatro repetições, seis genótipos de P. maximum (T72, H8, A51, G23, A62, T60), submetidos a diferentes alturas de corte (20, 30 e 40 cm de altura). Foram avaliadas as características: Taxas de aparecimento, alongamento e senescência foliar; Filocrono; Número de folhas vivas; Duração de vida das folhas; Taxa de alongamento de pseudocolmo e Comprimento final da lâmina. Foram realizados três cortes (a cada 21 dias) nas plantas nas alturas correspondentes a cada tratamento. Após os cortes, a forragem foi pesada e seca para obtenção da produção de matéria verde e seca. Observou-se maiores taxas de alongamento de colmo para os genótipo H8 e A51. Observou maior taxa de aparecimento foliar, e menor filocrono para o genótipo T72, manejados a 20 cm de altura. Para duração de vida da folha o genótipo T72 obteve menor taxa a 20 e 40 cm de altura. Para TAlF o genótipo A51 se destacou apresentado maior valor e o genotipo H8 o menor valor. Para o número de perfilhos, destacou-se o genótipo G23. Para matéria seca de colmo e total o genótipo T72 apresentou maior valor e o genótipo T60 o menor valor. Para a característica relação lâmina/colmo o genótipo G23 apresentou maior valor e o genótipo A51 menor valor. Dentre os genótipos avaliados o que apresentou melhor desempenho foi o G23 manejado a 40 cm de altura.
Palavras chaves: acesso, altura de corte, forragicultura, melhoramento genético,
ABSTRACT
This study aimed to evaluate the production and morphogenesis of Panicum maximum genotypes under different cutting heights. They were evaluated in a design completely randomized in a factorial scheme 6x3, with four replications, six accessions of P. maximum (T72, H8, A51, G23, A62, T60), submitted to different cutting heights (20, 30 and 40 cm). The following characteristics were evaluated: onset rates, stretching and senescence; phyllochron; Number of live leaves; Lifetime of leaves; pseudoculm elongation rate; blade length. Three cuts were made (every 21 days) in the plant heights of each treatment. After the cutting, forage was weighed and dried to obtain the production of green and dry matter. There was greater stem elongation rates for H8 and A51 genotype. Found a higher rate of leaf appearance, and lower phyllochron to T72 genotype managed to 20 cm. For sheet length of life T72 genotype had lower rates of 20 and 40 cm tall. TAlF to the A51 genotype stood out most value displayed and the genotype H8 the lowest value. For the number of tillers, the highlight was the G23 genotype. For dry matter of stem and all the T72 showed higher value and T60 genotype the lowest value. For the characteristic leaf / stem ratio G23 genotype showed higher and the A51 genotype lower. Among the genotypes presented the best performance was the G23 managed 40 cm.
1. INTRODUÇÃO
As cultivares de Panicum maximum são caracterizadas por sua alta produtividade, elevado valor nutritivo e excelente aceitação pelos animais. Para que esses atributos sejam alcançados, as condições do meio e manejo devem ser garantidas. Devido a boa aceitação pelos animais se torna relevante a seleção de genótipos de maior produtividade, uma vez que isso terá impacto direto na produção animal. Genótipos dessa espécie vem sendo selecionados na Embrapa Gado de Corte e necessitam ser avaliados sob diferentes formas de manejo, o que certamente garantirá o lançamento de novas cultivares de maneira mais segura, já com a recomendação de melhor altura de corte.
A espécie P. maximum tem grande importância no Brasil, pois é uma das gramíneas forrageiras mais encontradas em sistemas de produção animal devido a sua boa adaptação a climas tropicais e subtropicais e sua boa produtividade. Porém a importância dessa espécie no Brasil não é somente ligada a produção animal, mas também o país é destaque em produtor e exportador de sementes. A seleção de genótipos dessa espécie se torna cada vez mais importante devido a variação climática existente entre regiões do Brasil. A busca é constante por genótipos mais adaptados para cada local.
A capacidade de produção da pastagem está intimamente relacionada com a sua altura de desfolhação. Em situações de alta intensidade de desfolhação, por exemplo, pode-se atingir elevadas taxas de crescimento da gramínea. A taxa de rebrotação da planta após o corte depende da intensidade e frequência e de fatores edafoclimáticos.
Assim, a altura de resíduo após desfolhação consiste em uma característica de grande importância, pois pode alterar as características morfofisiológicas da planta.
A morfogênese baseia-se no estudo das características morfogênicas que se relacionam com a estrutura do pasto e pode ser representada pelos termos de taxa de aparecimento e senescência de novos órgãos (Silveira, 2006). Assim, estudo de características morfogênicas e estruturais de uma planta forrageira são de grande valia para a recomendação de novas cultivares, podendo ser utilizadas como ferramenta para seleção de forrageiras.
Objetivou-se com esse trabalho avaliar genótipos de Panicum maximum submetidos a diferentes intensidades de desfolhação.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Panicum maximum
A espécie Panicum maximum Jacq. (Syn. Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K. Simon & S.W.L. Jacobs) é originária da África. No Brasil, forrageiras dessa espécie, em geral, apresentam boa produtividade e elevado valor nutritivo, porém práticas inadequadas de manejo e perda da fertilidade dos solos fizeram com que ocorresse para a degradação destas pastagens (Souza et al., 1996). Conforme Martuscello (2007) a primeira cultivar de P. maximum (cv. Colonião) foi introduzida no Brasil com os navios negreiros vindos da África, onde era utilizada como cama para os escravos. Entretanto, uma outra versão, descrita por Parsons (1972), atribui a Tomé de Souza a introdução desse capim no Brasil, no século XVI.
Algumas cultivares de P. maximum foram diretamente trazidas da África, sem terem sido avaliadas no Brasil, como é o caso da cultivar Aruana, lançada pelo Instituto de Zootecnia de Nova Odessa. Cita-se também, a cultivar Tobiatã que foi avaliada pelo ORSTOM, na Costa do Marfim, e lançada pelo IAC (Instituto Agronômico de Campinas) no Brasil (Usberti Filho, 1982).
As plantas forrageiras da espécie P. maximum são mais exigentes em nutrientes e as que apresentam menor capacidade de proteção dos solos, quando comparadas com o gênero Brachiaria (Syn. Urochloa) (Vieira e Kichel, 1995). Assim, a manutenção da fertilidade do solo é uma das condições de grande importância para se conseguir a persistência de P. maximum nas pastagens e a consequente garantia satisfatória da produção animal (Lugão et al. 2003).
As espécies do gênero Panicum são de larga utilização no território nacional e apresentam-se como um dos materiais de maior potencial de produção e diversificação de genótipos (Jank, 1994). No entanto, aspectos relacionados com a fisiologia dessa forrageira devem ser melhor definidos para confirmar ou ajustar procedimentos de manejo generalizados (Barbosa et al., 1997).
No Brasil, o P. maximum é uma das forrageiras mais utilizadas em sistema de produção animal, pela boa adaptação climática e elevada produtividade (Gomes et al., 2011). Dentre as espécies cultivadas, destaca-se o Panicum maximum cv. Mombaça. Segundo Mingotte et al. (2011), trata-se de uma cultivar que apresenta forragem de boa qualidade, possuindo grande importância para a produção de bovinos nas regiões de clima tropical e subtropical.
Nesse sentido, observa-se na literatura a excelente capacidade da espécie P. maximum em responder a sistemas intensivos de produção, devido principalmente a
superioridade dos resultados quando se compara tratamentos com adubação ou irrigação (Cecato et al., 2005; Garcez Neto et al. 2002; Martuscello et al. 2006; Herling et al., 1998) àqueles sem essa prática.
Barbosa et al. (2007) trabalhando com capim-tanzânia em diferentes intensidades de pastejo observaram que pastos manejados com 50 cm de resíduo apresentaram um ciclo a mais de pastejo quando comparado com o resíduo de 25 cm, decorrência de menores intervalos entre pastejo. Difante et al. (2010) também utilizando P. maximum cv. Tanzânia submetidos a diferentes intensidades de pastejo, observaram
que esse capim apresenta menor intervalo entre pastejo quando manejado com resíduo de 50 cm, em média 33 dias, ao passo que quando manejado com 25 cm de resíduo o intervalo entre pastejo é bem maior, podendo chegar a 50 dias e assim apresentando menor quantidade de ciclos de pastejo. Seguindo os mesmos autores, a massa de
forragem é variada em relação à altura de resíduo utilizado e o resíduo de 25 cm apresenta uma massa de forragem muito aquém quando comparada com o resíduo de 50 cm.
Brâncio et al. (2003), objetivando avaliar três cultivares de P. maximum (cv. Tanzânia com dois níveis de adubação, cv. Mombaça e cv. Massai) sob lotação intermitente, quanto à composição química da dieta e ao ganho de peso por animal e por área verificaram que a cultivar Tanzânia adubada com 50 kg.ha-1 de N apresentou maior digestibilidade em todas as épocas do ano, entretanto não se detectaram diferença significativa entre os demais tratamentos. Segundo os autores, apenas os ganhos de peso por animal (animais de 200 kg de peso corporal) em pastagens da cv. Tanzânia + 100 kg.ha-1 de N foram superiores aos ganhos observados em pastagens da cv. Massai. No entanto, quando os tratamentos foram avaliados considerando não apenas o ganho por animal, mas também a taxa de lotação utilizada, os ganhos de peso por hectare apresentados na cv. Tanzânia + 100 kg.ha-1 de N foram ainda superiores. Na época seca, a cv. Massai apresentou menores ganhos de peso, por animal e também por hectare, mas na época chuvosa, devido a alta capacidade de suporte, os ganhos de peso por área nesta cultivar foram superiores aos apresentados na cv. Tanzânia + 50 kg.ha-1 de N e, principalmente, os ganhos verificados na cv. Mombaça.
Para a espécie P. maximum, sistemas rotacionados de pastejo são os mais indicados, principalmente devido às suas características de perfilhamento e à sua alta produtividade (Corsi, 1984).
2.2 MORFOGÊNESE DE Panicum maximum
O sistema intensivo de produção a pasto pressupõe a implantação de forrageiras com rápida emissão de folhas e perfilhos, baixa taxa de senescência foliar, alta produção de matéria seca e alto valor nutritivo (Mesquita e Neres, 2008).
As características morfogênicas de cada espécie e, ou, cultivar, são determinadas geneticamente e totalmente influenciadas por variáveis ambientais como temperatura, luz, disponibilidade hídrica, nutrientes e manejo (Souza, 2010). Com isso o crescimento do pasto é determinado pela nutrição e a estrutura fisiológica das plantas, fatores estes que compõem a interação das condições climáticas existentes (Pedreira, 1973).
A produtividade das gramíneas forrageiras decorre da contínua emissão de folhas e perfilhos, processo importante para a restauração da área foliar após corte ou pastejo (Bircham e Hodgson, 1983). Os processos de formação e desenvolvimento de folhas são fundamentais para o crescimento vegetal, dado o papel das folhas na fotossíntese, ponto de partida para a formação de novos tecidos (Gomide e Gomide, 2000). A lâmina foliar cresce até a diferenciação da lígula, enquanto a bainha foliar, até a exteriorização da lígula, quando, então, se tem a folha adulta, completamente expandida (Jewiss, 1964; Langer, 1972).
A morfogênese de uma gramínea durante seu crescimento vegetativo é caracterizada por três fatores: a taxa de aparecimento, a taxa de alongamento e a longevidade das folhas (Chapman e Lemaire, 1993). A taxa de aparecimento e a longevidade, vida útil das folhas, determinam o número de folhas vivas por perfilho (Chapmam e Lemaire, 1993). A gema existente na axila de cada folha pode se desenvolver em um novo perfilho; assim, o número de folhas formadas em um perfilho
determina seu potencial de perfilhamento, conforme o conceito de site filling (Davies, 1971).
O perfilhamento é o importante processo para garantir a perenidade da gramínea (Gomide e Gomide, 2000). Número e peso dos perfilhos de uma planta determinam sua produtividade (Nelson e Zarrough, 1981; Silsbury, 1966), mas variam inversamente (Zarrough e Nelson, 1980) em função do genótipo (Nelson e Zarrough, 1981; Pedreira, 1973; Nascimento et al., 1980) e do manejo. Assim, um relvado apresenta numerosos pequenos perfilhos sob pastejo pesado, mas poucos e grandes perfilhos sob pastejo leve (Bircham e Hodgson, 1983; Parsons et al., 1983).
Taxa de aparecimento foliar (TApF)
Segundo Bandinelli et al. (2003), a taxa de aparecimento foliar ocupa lugar central na morfogênese da planta, pois tem influência direta sobre cada um dos componentes da estrutura do relvado (tamanho da folha, densidade de perfilho e folhas por perfilho). O inverso da TApF determina o filocrono e representa a soma térmica entre o surgimento de duas folhas consecutivas, geralmente expresso em graus-dia
(GD) (Silva & Nascimento Junior, 2007). Quando o pasto sofre uma desfolhação severa ocorre uma diminuição na TApF
por apresentar um aumento no comprimento da bainha das folhas sucessivas, ocasionando em maior tempo para o surgimento de novas folhas acima do pseudocolmo (Skinner & Nelson, 1994).
O aparecimento de perfilhos e o potencial do perfilhamento está diretamente ligado a TApF, fatores que estão relacionados à estabilidade das plantas na área, persistência e, ou adaptação da planta forrageira após o corte ou pastejo. Com isso, a
TApF e o surgimento de novos perfilhos detém as características do meio que estão inseridos (Souza, 2010).
Taxa de alongamento foliar (TAlF)
A TAlF é uma medida de grande valia para o fluxo de tecidos das plantas, que normalmente é expressada em mm/dia. No mesmo momento em que TAlF cessa com o aparecimento da lígula, a alongamento da bainha cessa com a exposição total da lígula (Freitas, 2000).
A taxa de alongamento foliar se correlaciona positivamente com o rendimento forrageiro (Horst; Nelson; Asay, 1978) e o rendimento por perfilho, mas negativamente com o número de perfilhos/planta (Jones; Nelson; Sleper, 1979). Como o número de perfilhos/planta depende da taxa de aparecimento foliar, observa-se correlação negativa entre esta medida e a taxa de alongamento foliar (Zarrout; Nelson; Slepe, 1984).
De acordo com Silveira (2006) as alterações da estrutura do pasto são elucidadas pela TAlF através das mudanças ocorridas pelo comprimento final da lâmina. Uma maneira de conectar essa característica morfogênica ao processo de seleção de cultivares seria por meio da estimativa do potencial de produção ou como indicativo de plasticidade da planta forrageira nos ensaios regionais.
Duração de vida da folha (DVF) e taxa de senescência foliar (TSenF)
A DVF é primordial para o manejo da pastagem pois, de um lado indica o potencial de rendimento da espécie (máxima quantidade de material vivo por área) e, por outro lado, é um indicador fundamental para a determinação da intensidade de pastejo com lotação contínua ou do pastejo em lotação rotacionada que permite
manter o índice de área foliar (IAF) próximos da maior eficiência de intercepção e
máximas taxas de crescimento (Difante & Nascimento Júnior, 2003). O número de folhas vivas por perfilho é uma característica genotípica bastante
estável na ausência de deficiências hídricas ou nutricionais. Assim, Pontes (2001) não verificou efeito de diferentes alturas de manejo da pastagem de L. multiflorum, cujos perfilhos apresentaram em média duas folhas expandidas e 1,7 folhas em expansão, totalizando 3,7 folhas vivas. Igualmente, Marriot et al. (1999) não encontraram diferenças entre os tratamentos (diferentes alturas e níveis de adubação) em relação ao número de folhas verdes para L. perenne e T. repens.
O processo de senescência é aquele no qual ocorre redução da atividade metabólica da folha. Uma folha é considerada morta quando apresenta 50% do comprimento do seu limbo foliar senescido. Durante o desenvolvimento da planta, tal processo pode resultar em grande quantidade de resíduo na pastagem, expondo o animal a um material de baixa qualidade (Silva, Victor Costa 2011)
Martuscello et al. (2006) trabalhando com diferentes níveis de adubação nitrogenada em capim-massai observaram que a adubação nitrogenada exerce um efeito positivo no processo de senescência e assim causando uma redução na DVF da forrageira. Iwamoto et al. (2014) em um experimento utilizando diferentes níveis de doses de nitrogênio em diferentes estações do ano em capim-tanzânia, mostram que a adubação nitrogenada na estação no verão acelera o ritmo morfogênico da pastagem, diminuindo a DVF por elevar a TSenF.
Taxa de alongamento de colmo (TAlC)
O alongamento do colmo em função da época de florescimento apresenta efeito indesejável na qualidade da forragem, pela diminuição da relação
lâmina-colmo, reduzindo, assim, o valor nutritivo da forragem. Dessa forma, não há vantagem em manter os pastos por longo período de descanso, pois pode resultar em aumentos na taxa de alongamento do colmo, implicando em variações na relação
folha: colmo. (Patês et. al., 2007). Gramíneas tropicais, em especial aquelas que possuem crescimento ereto,
apresentam componente de grande importância e que pode interferir, de maneira significativa, na parte estrutural do pasto e no equilíbrio do processo de competição por luz, que é o alongamento de colmos (Sbrissia & Da Silva, 2001).
Cândido et al. (2005) com experimento em pasto de capim-mombaça em lotação intermitente submetidos a três períodos de descanso, verificaram que a altura do dossel aumentou à medida que estendeu o período de descanso, ou seja, ao aumentar o período descanso, a TAlC teve aumentos significativos, com isso o controle da TAlC é um grande desafio a ser solucionado pelo manejo, que poderia ser alcançado com pastejos mais frequentes e pesados.
Em estudos com os capins mombaça e tanzânia, Carnevalli et al., (2006) e Barbosa et al., (2007), respectivamente, observaram que combinações adequadas de intensidade e frequência de pastejo podem controlar efetivamente o alongamento de colmo.
Número de folhas vivas por perfilho (NFV)
De acordo com Hodgson (1990) o NFV é semelhante para cada espécie, no qual em um determinado momento em que, para cada folha que senesce, surge uma nova folha. Esse mecanismo existe em decorrência do tempo limitado de vida da folha, que é determinado por características genéticas e influenciado por condições
Lemaire e Chapman (1996) destacaram que a densidade de perfilhos e o seu número de folhas vivas constantes são as principais características estruturais em um relvado, já que permitem determinar os máximos índices de área foliar e a quantidade de biomassa viva acumulada, que correspondem à noção do “rendimento teto” (Lemaire, 1997; Gomide e Gomide, 1999; Oliveira et al., 2000).
Em um experimento que tinha como foco principal o estudo das características morfogênicas em P. maximum, ao avaliar o crescimento da rebrotação, o número de folhas vivas foi 3 por perfilho das cultivares Centenário, Tanzânia e Mombaça e 6,5 por perfilho da cultivar Vencedor (Gomide & Gomide, 2000).
2.3 MELHORAMENTO DE Panicum maximum
De acordo com Martuscello (2007) atualmente no Brasil, existem programas de melhoramento genético para as forrageiras P. maximum (Jank et al., 1994; Resende et al., 2004), Brachiaria sp. (Valle et al., 2003) desenvolvidos na Embrapa Gado de Corte, Pennisetum purpureum (Passos et al., 1999) desenvolvido na Embrapa Gado de Leite,
Paspalum sp., desenvolvidos no Embrapa Pecuária Sudeste, Arachis pintoi e Leucaena
leucocephala, desenvolvido na Embrapa Cerrados (CPAC), Sthylosantes sp.
desenvolvido em parceria entre Embrapa Cerrados e Embrapa Gado de Corte.
A espécie P. maximum apresenta reprodução do tipo apomítica, ou seja, a planta gerada apresenta as mesmas características da planta-mãe, não apresentando, portanto, variabilidade genética (Martuscello, 2007). Neste caso, há necessidade da presença de plantas sexuais para intercâmbio gênico (Savidan et al., 1989). Assim, as novas cultivares forrageiras podem ser desenvolvidas de duas formas, ou pela seleção dos
cruzamentos, fazendo-se em seguida a seleção para as características de interesse (Martuscello, 2007).
Segundo Cargnelutti Filho et al. (2004) para identificar progênies de P. maximum, mais adaptadas a um determinado ambiente, são necessárias avaliações
periódicas, por meio de cortes, de modo a mensurar o comportamento das principais características fenotípicas, podendo-se estimar a variabilidade genotípica e a repetibilidade do desempenho de cada genótipo. Porém, uma das dificuldades encontradas com a seleção de genótipos de forrageiras geneticamente superiores diz respeito à determinação do número de avaliações (cortes) necessárias para a estimativa das diferenças entre os materiais genotípicos.
Segundo Jank et al. (2013) o desenvolvimento de plantas forrageiras, por incluir várias etapas de avaliação e seleção, é um processo muito longo, levando em torno de 10 a 12 anos ou mais. Ainda segundo os autores, a cultivar que será lançada comercialmente deve reunir o máximo de características favoráveis, ser distinta ou apresentar uma vantagem competitiva em comparação aquelas que já estão no mercado, além de promover maior desempenho animal. Contudo, os acessos candidatos deverão ser avaliados e selecionados em uma série de experimentos até comprovar sua superioridade.
Segundo protocolo elucidado por Jank et al. (2013), o processo de lançamento de uma cultivar começa com a avaliação por meio de cortes da forragem do germoplasma disponível, ou dos híbridos gerados pelo melhoramento. Os acessos e/ou híbridos selecionados nesta etapa inicial são avaliados em diferentes regiões do país (ensaios regionais), para se determinar os efeitos genótipo x ambiente. Estes ensaios incluem de cinco a sete locais onde em torno de 20 a 25 acessos e/ou híbridos são avaliados em parcelas um pouco maiores do que a fase inicial, ainda por
meio de cortes da forragem. Os melhores serão então avaliados sob pastejo, em áreas grandes de dois a três hectares, onde são avaliados a produtividade animal e a persistência sob pastejo. Os autores ainda citam que, além dessas avaliações, são também realizados experimentos de seleção sob condições de estresses abióticos (seca, solos periodicamente alagados, salinidade, alto teor de alumínio do solo, altas e/ou baixas temperaturas, resposta por nutrientes do solo, eficiência de utilização dos nutrientes no solo) e bióticos (tolerância e/ou resistência a insetos, fungos foliares e de sementes, etc.).
De acordo com Martuscello (2007), para que ocorra sucesso dos programas de melhoramento de P. maximum é necessário que faça uma seleção a partir do banco de germoplasma. Com isso, houve um convênio feito pela Embrapa e o ORSTOM, em 1982, que viabilizou a introdução do banco de germoplasma e assim agregando estudos de melhoramento da espécie. Pesquisas sobre as características agronômicas e morfológicas de P. maximum foram feitas no banco de germoplasma do CNPGC em Campo Grande, MS (Jank et al., 1989; Savidan et al., 1989).
Durante o processo de seleção de plantas visando ao lançamento de novas cultivares ou escolha de genitores superiores para recombinação, é importante que se tenha certeza da superioridade genética dos indivíduos. A análise de sucessivas medições de uma característica, em grupo de indivíduos, é um processo desejável em melhoramento genético de plantas perenes, pois espera-se que a superioridade ou a inferioridade inicial de um indivíduo, em relação aos demais, mantenha-se ao longo das medições (Cruz et al, 2004).
3. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi realizado em casa de vegetação na Universidade Federal de São João del-Rei/MG localizada no município de São João del-Rei na região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais. O município está situado na latitude de 21º08ʼ11ʼʼS e
longitude de 40º15ʼ43ʼʼW e altitude de 904 m. O clima, pela classificação de Köppen (1948), é tipo cwa, com estações secas (maio a outubro) e chuvosa (novembro a abril) bem definidas. Foram avaliados, em um delineamento inteiramente casualizados, em um esquema fatorial 6x3, com quatro repetições, seis acessos de Panicum maximum (T72, H8, A51, G23, A62, T60), perfazendo um total de 72 vasos, previamente selecionados pela EMBRAPA Gado de Corte. Os acessos foram submetidos a diferentes alturas de corte (20, 30 e 40 cm de altura). Antes da implantação do experimento, o solo foi coletado em trincheira, após coletado o solo foi passado em peneira com malha de 4 mm e em seguida foi homogeneizado e acondicionado em vasos com capacidade de 5,8 dm3, no qual foi analisado quanto às características químicas. Na Tabela 1 observa-se o resultado da análise química do solo. A adubação foi realizada de acordo com os resultados da análise de solo. De acordo com os resultados da análise de solo não foi necessário a realização de calagem. O solo de cada um dos vasos recebeu 200 mg/dm3
de P2O5 tendo como fonte o superfosfato simples. A semeadura foi realizada
diretamente nos vasos. Quinze dias após a germinação, foi realizado o desbaste, permanecendo três plantas por vaso e 21 dias após o desbaste, foi realizado o corte de uniformização e as adubações nitrogenada (200 mg/dm³ de ureia) e potássica (150 mg/dm³ de KCl – cloreto de potássio). Os vasos foram irrigados diariamente até a capacidade de campo do solo. Cerca de 10 dias após o corte de uniformização iniciou-se as avaliações das características morfogênicas.
Tabela 1: Características químicas de amostras de solo da camada de 0-20 cm do solo da área experimental Característica química P (mg/dm3) 1,8 MO (dag/Kg) 2,11 pH (H₂O) 5,42 K (mg/dm3) 26 Ca (cmolc/dm³) 0,58 Mg (cmolc/dm³) 0,07 H + Al (cmolc/dm³) 1,83 T (cmolc/dm³) 2,55 SB (cmolc/dm³) 0,72 V (%) 28,2
Para avaliação das características morfogênicas um perfilho em cada unidade experimental (vaso) foi marcado. As medidas foram tomadas com uso de régua milimetrada duas vezes por semana. Foram efetuadas medidas do comprimento de lâminas foliares e a altura da lígula da última folha expandida além do registro de novas folhas surgidas em cada perfilho marcado e em cada uma das datas de avaliação. A partir dessas medidas foram estimadas: Taxa de aparecimento foliar (folha/perfilho/dia); Filocrono (dias/folha/perfilho); Taxa de alongamento foliar (cm/perfilho/dia); Taxa de senescência foliar (cm/perfilho/dia); Número de folhas vivas; Duração de vida das folhas (dias); Taxa de alongamento de pseudocolmo; Comprimento final da lâmina foliar.
Foram realizados três cortes (a cada 21 dias) nas plantas nas alturas correspondentes a cada tratamento (20, 30 e 40 cm). Imediatamente após os cortes, toda forragem cortada foi pesada para obtenção da produção de matéria verde (MV). Após a
pesagem as plantas foram separadas em lâmina e colmo + bainha, em seguida os componentes foram pesados para obtenção da produção de matéria verde dos componentes botânicos e secos em estufa de ventilação forçada a 55ºC até peso constante e posteriormente pesados para estimativa da produção de matéria seca total (MS), matéria seca foliar (MSF) e matéria seca de colmo (MSC).
Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e, quando observados efeitos significativos de tratamentos, realizou-se a comparação das médias por meio do teste Tukey, adotando-se 5% como nível crítico de probabilidade. No caso de efeito significativo para interação, realizou-se o desdobramento da interação, sendo as médias comparadas também pela estatística Tukey. Todas as análises foram realizadas utilizando o procedimento PROC GLM no software estatístico SAS 9.0 (Statistical Analisys System).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não se observou efeito tanto para genótipo quanto para altura de corte para as características taxa de senescência foliar (TSeF), número de folhas vivas por perfilho (NFV) e produção de matéria seca foliar (MSF).
A não significância para a TSeF pode ser explicada pelo alto coeficiente de variação observado a característica (329,2812). A característica número de folhas vivas por perfilho geralmente é constante conforme o genótipo, condições de meio e manejo. Como o número de folhas vivas perfilho-1 é definido pela espécie (Fulkerson & Slack, 1995), pode-se inferir que plantas recebendo adubação irão atingir seu número máximo de folhas vivas perfilho-1 mais precocemente, em relação às não-adubadas, promovendo, com isso, a possibilidade de colheitas mais frequentes, a fim de evitar perdas por senescência foliar (Alexandrino et al., 2004). Nesse trabalho, a não significância pode
ter sido influenciada pela falta de nitrogênio na planta, ou até mesmo, a genética. De acordo com Fagundes et al (2006), a variável NFV por perfilho é uma característica genotípica bastante estável. A não significante da MSF pode ser reflexo da não variabilidade genética para essa característica nos genótipos avaliados.
Vários são os componentes da produção de matéria seca na planta, tais como a densidade de perfilhos, teor de matéria seca, proporção de folhas em relação a caules (Humprheys e Riveros, 1987). Esses componentes da produção de matéria seca são influenciados por vários fatores como água, temperatura, alturas de corte e nitrogênio (Gomide et al. 1997). De acordo com Cecato et al. (2000) avaliando a produção de MSF em P. maximum, em duas alturas de corte (20 e 40 cm), verificaram que somente o capim-tanzânia foi mais produtivo, quando cortado a 20 cm de altura. Já as observações
de Favoretto et al. (1987), relataram que, mesmo sendo cortado ou pastejado mais próximo do solo, a produtividade de P. maximum parece não ser afetada.
Para as características morfogênicas taxa de alongamento de colmo (TAlC), filocrono, taxa de aparecimento foliar (TApF) e duração de vida da folha (DVF), observou-se efeito entre genótipos e entre altura de corte, com interação entre os fatores avaliados (Tabela 2).
Observou-se maiores valores de TAlC para o genótipo H8, não havendo diferença entre os demais genótipos. Entretanto, para a altura de 40 cm, o genótipo A51 também se destacou, apresentando maior TAlC, mas não diferindo do H8 e T60 (Tabela 2). A TAlC é uma característica morfogênica importante, por apresentar alta correlação com a produção de colmo. Logo, genótipos que apresentam alta TAlC e baixa taxa de aparecimento foliar devem ser preteridos em relação aos demais. Lembrando que quando a forrageira é manejada em alturas elevadas ocorre um sombreamento mútuo, fazendo com que ocorra redução na quantidade e qualidade da luz na base da touceira acarretando na inibição de brotação de novas folhas e no alongamento de colmo maior. Esse fato aconteceu nesse trabalho no genótipo A51 com 0,600 cm/dia, a na altura de 40 cm.
Neste trabalho, observou-se maior TApF, e consequentemente menor filocrono, numericamente, para o genótipo T72, manejado a 20 cm de altura (Tabela 2). Para altura de 30 cm destacou-se o genótipo A51 e para a altura de 40 cm destacou-se o genótipo T72, evidenciando a interação entre os fatores avaliados (Tabela 2). Assim, vale destacar que quando se faz avaliação de genótipos, o estudo da altura de corte e, ou pastejo, torna-se imprescindível, pois uma mesma altura de corte para genótipos diferentes pode prejudicar ou favorecer determinado genótipo. Logo, nesse estudo, em
relação ao aparecimento de folhas, o genótipo T72 se destaca como sendo o mais flexível para manejo do que os outros genótipos.
A TApF e o filocrono são características imprescindíveis quando se utiliza a morfogênese como ferramenta de seleção de acessos e, ou cultivares. Essas características embora sejam genéticas podem, no entanto, ser influenciadas por variáveis como temperatura, suprimento de nutrientes e disponibilidade de umidade no solo (Sbrissia e Da Silva, 2001), permitindo assim uma avaliação acerca da adaptação de determinado genótipo ao ambiente ou manejo ao qual está submetido.
Observou-se menor DVF para o genótipo T72 manejado a 20 e 40 cm de altura, entretanto, para altura de 30 cm esse mesmo genótipo apresentou maior DVF, mais uma vez observa-se a interação entre os fatores avaliados (Tabela 2). Segundo Navas et al. (2003), a curta DVF está associada a elevadas taxas de crescimento e fixação de carbono, enquanto folhas longevas contribuem para a conservação de nutrientes na planta, o que indica que as plantas utilizam a estratégia de absorção de nutrientes na época de elevada disponibilidade de fatores de crescimento e que, em épocas de limitação desses fatores, a estratégia utilizada seria basicamente a de conservação dos nutrientes já assimilados.
Tabela 2 – Taxa de alongamento de colmo, filocrono, taxa de aparecimento de folhas e duração de vida das folhas de genótipos de Panicum maximum em função das alturas de corte
Genótipo Altura de corte
20 30 40
Taxa de alongamento de colmo (cm/dia)
T72 0,227bA 0,300abA 0,220bcA
H8 0,447aA 0,385aA 0,397abcA
A51 0,231bB 0,289abB 0,600aA
G23 0,237bA 0,220abA 0,142cA
A62 0,190bA 0,240abA 0,290bcA
T60 0,230bB 0,192bB 0,505abA
CV 35,05 20,90 24,11
Filocrono (dias)
T72 5,3bB 12,5aA 4,0cB
H8 7,2abA 8,9abcA 7,8bcA
A51 9,9aA 4,4cB 12,0aA
G23 10,2aA 8,4bA 4,9cB
A62 6,3abA 10,0abA 9,5abcA
T60 6,3abA 6,7bcA 8,0abA
CV 28,05 18,14 32,12
Taxa de aparecimento de folhas (folhas/dia)
T72 0,193aA 0,082bB 0,267aA
H8 0,142abA 0,119bA 0,134bcA
A51 0,108bB 0,243aA 0,085cB
G23 0,101bB 0,122bB 0,220abA
A62 0,167abA 0,102bB 0,111bcAB
T60 0,163abA 0,157abA 0,136bcA
CV 9,86 18,76 15,02
Duração de vida das folhas
T72 26,9bB 65,0aA 22,4cB
H8 40,5abA 48,3abcA 38,5abcA
A51 49,7abA 23,3cB 60,5aA
G23 56,9aA 46,4abcAB 25,9bcB
A62 34,6abA 57,1abA 52,8abA
T60 36,7abA 31,4bcA 41,8abcA
CV 16,92 33,60 28,12
Para cada característica, médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade. CV = Coeficiente de variação
Para característica TAlF o genótipo A51 se destacou apresentando maior valor com 1,66 cm/dia (Tabela 3). Já o genótipo H8 apresentou a menor TAlF. Em razão da alta correlação com produção de matéria seca de forragem, a taxa de alongamento foliar
tem sido usada como índice de avaliação de genótipos e acessos em trabalhos de seleção (Alexandrino et al., 2011).
Para NP Observa-se na Tabela 3 que o genótipo G23 apresentou maior número (18,2) enquanto os genótipos T72, H8 e a A51 apresentaram menores números de perfilhos. Um fato é que parece ter uma associação entre as características NP e TApF, uma vez que o genótipo G23 se destacou com um alto valor para TApF manejado a 40 cm de altura. Gomide & Gomide (2000), trabalhando com cultivares de P. maximum Jacq. sem irrigação, obtiveram média de 15 perfilhos por planta. Esse valor é maior do que a média encontrada nesse trabalho (12/planta).
Tabela 3 – Taxa de alongamento de folhas (TAlF) e Número de perfilhos (NP) em diferentes genótipos de Panicum Maximum
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade.
Dentre os diversos fatores ligados ao manejo das plantas forrageiras, como idade de corte, adubação, características morfológicas da planta (porte, diâmetro do colmo, proporção de nervura central), a altura de corte ou de pastejo em que a planta é submetida pode influenciar o valor nutritivo das plantas forrageiras, uma vez que cortes mais baixos geralmente promovem maior retirada da fração colmo, o que pode reduzir os conteúdos de proteína bruta, a digestibilidade e o consumo (Euclides, 1995, Abrahão,
Genótipos Variáveis TAlF NP (cm/dia) T72 1,50ab 8,9b H8 1,11b 10,3b A51 1,66a 8,8b G23 1,26ab 18,2a
A62 1,35ab 12,2ab
1996). Resultados encontrados por Moojen et al. (1983) e Cecato et al. (1985), revelaram que os cortes mais altos melhoram a relação F/C e, consequentemente, o teor de proteína bruta da matéria seca verde (MSV). De acordo com Cecato et al. (2000) as alturas de corte ou pastejo maios próximos ao solo, esperam-se, a curto prazo, maiores produções de MST que nas alturas maiores, devido à maior retirada da fração colmo. Porém, Favoretto et al. (1987), não encontraram efeito da altura de corte sobre a produção de MS, quando estudaram o capim-colonião. Entretanto, para o capim Andropogon, cortes realizados mais baixos (10 e 20 cm) proporcionaram maiores produções que os mais altos (30 cm) (Drudi e Favoretto, 1987).
Em um experimento conduzido por Costa et al. (1992), a densidade populacional de perfilhos em Colonião e Tobiatã (P. maximum) não diferiu quando os cortes foram efetuados a cada 28 e 35 dias, porém o aumento do intervalo de desfolhas para 42 dias determinou redução no número de perfilhos por área. Em outro experimento desenvolvido por Herling et al. (1998), a densidade populacional de perfilhos foi influenciada apenas pelo nível de resíduo pós-pastejo e pela época do ano, não havendo efeito significativo do período de descanso (35 e 42 dias). Barbosa et al. (1996), trabalhando com capim-mombaça, observaram que o aumento do intervalo de cortes (28, 35, 42 e 49 dias de crescimento) reduziu o número de perfilhos remanescentes (maior número de perfilhos decapitados), mas aumentou o número de perfilhos novos. Essa diferença nos resultados pode ser conferida, possivelmente, às diferenças entre espécies ou cultivares, intervalos e intensidades de desfolhas, estádio de desenvolvimento do capim e época do ano.
Tabela 4 – Matéria seca de colmo (MSC), Matéria seca total (MST), Relação lâmina colmo (RLC), em diferentes genótipos de Panicum maximum
Genótipos
Variáveis
MSC MST
RLC
(g/vaso) (g/vaso)
T72 29,4a 54,4a 1,91ab
H8 20,8ab 39,2ab 0,95ab
A51 26,3ab 40,8ab 0,60b
G23 17,4ab 42,4ab 3,01a
A62 26,3ab 42,1ab 0,76ab
T60 15,0b 28,3b 1,03ab
Médias seguidas pela mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste Tukey, a 5% de probabilidade.
Observa-se na Tabela 4 que para MSC o genótipo T72 apresentou maior valor e o genótipo T60 o menor valor, numericamente. Esse fato não favorece o genótipo T72, pois plantas que apresentam alta quantidade de colmo são menos digestíveis no rumem quando comparado com folhas.
Para a característica MST o genótipo T72 apresentou maior valor enquanto o T60 apresentou menor valor. Esse dado confirma a TAlC que foi menor para o genótipo T60. Esse fato já era esperado uma vez que a produção de MSC foi maior no genótipo T72. De acordo com Difante et al., (2011) os pastos que apresentam alta proporção de colmos e de material morto prejudicam a capacidade de apreensão de forragem, afetando o consumo voluntário de animais em pastejo e são capazes de comprometer os índices de eficiência na utilização da forragem produzida.
Para a característica RLC nota-se na Tabela 4 que o genótipo G23 apresentou, numericamente, maior valor e o genótipo A51 menor valor. Provavelmente isso aconteceu devido ao baixo peso de colmo observado no genótipo G23 (Tabela 2) e esse fator acaba por favorece a seleção de folhas por animais. As lâminas foliares apresentam maior teor de proteína e menor conteúdo de parede celular quando comparadas aos colmos. Portanto uma baixa RLC poderia resultar em menores ganhos de peso vivo nos
animais, pois há uma redução na qualidade da forragem e também uma redução no consumo da forragem. A relação lâmina/colmo é uma variável de grande importância para a nutrição animal e para o manejo das plantas forrageiras (Wilson, 1982) em razão de esta estar relacionada à facilidade com que os animais retiram a forragem preferida (folhas). Tem-se considerado um limite crítico para esta relação de 1,0 (Pinto et al., 1994), sendo que valores menores implicariam perda na quantidade e qualidade da forragem produzida. Neste trabalho os valores foram sempre maiores que 1,0, excetuando os genótipos A51 (0,60), H8 (0,95) e A62 (0,76).
5. CONCLUSÃO
A altura de corte influencia a produção e as características morfogênicas de genótipos de Panicum maximum. O genótipo G23 manejado a 40 cm de altura foi o melhor dentre os genótipos avaliados, pois teve uma maior relação lâmina colmo, maior número de perfilhos e alta taxa de aparecimento foliar.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, A.G. SOARES FILHO, C.V., MELLA, S.C. Espécies forrageiras recomendadas para o Paraná. In: MONTEIRO, A.L.G., MORAES, A., CORRÊA, E.A.S. et al. (Eds.). Forragicultura no Paraná. Londrina: CPAF. p.196-205, 1996
PARSONS, J.J. Spread of African Pasture grasses to the American Tropics.
Journal of Range Management, v.25, n. 1. p. 12-17, 1972.
VIEIRA, J. M.; KICHEL, A. N. Estabelecimento e recuperação de pastagens de Panicum maximum. In: SIMPOSIO SOBRE MANEJO DA PASTAGEM, 12,
1995, Piracicaba. Anais... Piracicaba: Fealq, 1995. p.147- 196, 1995.
USBERTI-FILHO, J.A. O agronômico, v.34, 1982, 7 p. (Edição especial)
LUGAO, S. M. B.; ABRAHAO, J. J. S. Relatório técnico do Programa de forragicultura. Iapar, 1995.
JANK, L. Potencial do gênero Panicum. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE FORRAGEIRAS E PASTAGENS, Campinas, 1994. Anais. s.l: CBNA, 1994. p.25-31.
BARBOSA, M. A. A.F.; CECATO, U.; ONORATO, M. W.; COELHO, E.M. Estudo do perfilhamento do capim Mombaça (Panicum maximum Jacq.) In: REUNIAO ANUAL SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 34, Juiz de Fora, 1997. Anais. Juiz de Fora: SBZ, 1997. p.114-116.
GOMES, R.A.; LEMPP, B.; JANK, L.; CARPEJANI, G.C. & MORAIS, M.G. Características anatômicas e morfofisiológicas de lâminas foliares de genótipos de Panicum maximum. Pesq. Agropec. Bras. 46:205-211, 2011.
MINGOTTE, F.L.C.; SANTOS, C.L.R.; PRADO, R.M.; FLORES, R.A.; TOGORO, A.H.; SILVA, J.A.S.; POLITI, L.S.; PINTO, A.S. & AQUINO, D.S. Manganês na nutrição e na produção de massa seca do capim-mombaça. Biosci.
J., 27:879-887, 2011.
GARCEZ NETO, A.F., NASCIMENTO JÚNIOR, D., REGAZZI, A.J., FONSECA, D.M., MOSQUIM, P.R., GOBBI, K.F. 2002. Avaliação de características morfogênicas de Panicum maximum cv. Mombaça em resposta à adubação nitrogenada e alturas de corte. Anais... Reunião Anual da Sociedade
Brasileira de Zootecnia, 38, Recife. Seção Forragicultura, Recife, p.101-103. 2002.
MARTUSCELLO, J.A., FONSECA, D.M., NASCIMENTO JÚNIOR, D., SANTOS, P.M., CUNHA, D.N.F.V. Características morfogênicas e estruturais de capim-massai submetido a adubação nitrogenada e desfolhação. Revista
Brasileira de Zootecnia, v. 35, n.3, p. 665-671, 2006.
HERLING, V.R.; PIAZZA, C.; JANTALIA, C.P.; SUDA, C.H.; LUZ, P.H.C.; LIMA, C.G. Efeito do período de descanso e da matéria seca residual no capim Mombaça (Panicum maximum Jacq.) 2. Perdas de matéria seca. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 35., Botucatu, 1998. Anais...Botucatu, SBZ, 1998. p.321-323.
BARBOSA, R. A.; NASCIMENTO JÚNIOR, D.; EUCLIDES, V. P.; DA SILVA, S. C.; ZIMMER, A. H.; TORRES JÚNIOR, R. A. A. Capim-tanzânia submetido a combinações entre intensidade e frequência de pastejo. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, v. 42, n. 3, p. 329-340, mar. 2007.
DIFANTE, G. S.; EUCLIDES, V. P. B.; NASCIMENTO JÚNIOR, D.; DA SILVA, S. C.; BARBOSA, R. A.; TORRES JUNIOR, A. A. R. Desempenho e conversão alimentar de novilhos de corte em capim-tanzânia submetido a duas
intensidades de pastejo sob lotação rotativa. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 39, n. 1, p. 33-41. 2010.
BRANCIO, P.A., NASCIMENTO JUNIOR, D., EUCLIDES, V.B.P., FONSECA, D.F., ALMEIDA, R.G., MACEDO, M.C.M., BARBOSA, R.A. Avaliação de três cultivares de Panicum maximum sob pastejo: composição da dieta, consumo de matéria seca e ganho de peso animal. Revista Brasileira de
Zootecnia, v.32, n.5, p. 1037-1044, 2003
CORSI, M. Effects of nitrogen rates and harvesting intervals on dry matter productivity, tillering and quality of the tropical grass Panicum maximum (Jacq.). Ohio, EUA: Ohio State University, 1984, 125 p. Tese (PhD).
GOMIDE E GOMIDE, 2000, Rev. bras. zootec., 29(2):341-348, 2000
LANGER, R.H.M. 1972. How grasses grow. London: Edward Arnold. 60p. (Studies in Biology, 34).
DAVIES, A. 1971. Changes in growth rate and morphology of perennial ryegrass swards at high and low nitrogen levels. J. Agric. Sci., 77:123-134.
NELSON, C.J., ZARROUGH, K.M. 1981. Tiller density and tiller weight as yield determinants of vegetative swards. In: WRIGTH, C.E. (Ed.) Plant physiology and herbage production. Hurley: British Grassland Society. p.25-29
PEDREIRA, J.V.F 1973. Crescimento estacional dos capins colonião Panicum maximum Jacq., gordura Melinis minutiflora Pal de Beauv., jaraguá Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e pangola de Taiwan A-24 Digitaria pentzii Stent. Bol. Ind.
Anim., 30(1):59-145
NASCIMENTO, M.P.S.C.B., NASCIMENTO, H.T.S., GOMIDE, J.A. 1980. Alguns aspectos morfofisiológicos de três gramíneas de clima tropical. R. Soc.
Bras. Zootec., 9(1):142-158.
BIRCHAM, J.S., HODGSON, J. 1983. The influence of sward condition on rates of herbage growth and senescence in mixed sward under continuous stocking management. Grass and Forage Sci., 38(4):323-331.
PARSONS, A.J., LEAFE, E.F., COLLETT, B. et al. 1983. The physiology of grass production under grazing. I. Characteristics of leaf and canopy
photosynthesis of continuously grazed swards. J. Applied Ecology, 20(1):117-126.
MESQUITA E NERES, Rev. Bras. Saúde Prod. An., v.9, n.2, p. 201-209, abr/jun, 2008 ISSN 1519 9940
SOUZA, M. T. C. Seleção de cultivares de forrageiras para o agreste alagoano. 2010. 53 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo - AL.
PEDREIRA, J. V. S. Crescimento estacional dos capins Colonião (Panicum maximum Jacq.), Gordura (Melinis minutilfora Pal de Beauv), Jaraguá
(Hyparrhenia rufa (Ness) Stapf) e Pangola de Taiwan A-24 (Digitaria pentzii Stent.). Boletim da Indústria Animal, v. 30, n. 1, p. 59-145. 1973.
BIRCHAM, J.S. & HODGSON, J. The effects of change in herbage mass on rates of herbage growth and senescence in mixed swards. Grass and Forage
Science, v.39, n.2, p.111-15, 1983.
BANDINELLI. D.G; QUADROS. F.L.F; GONÇALVES. E.N; ROCHA. M.G. Variáveis morfogênicas de Andropogon lateralis Nees submetido a níveis de
nitrogênio nas quatro estações do ano. Ciência Rural, Santa Maria, v.33, n.1, jan-fev, p.71-76, 2003.
SILVA, S.C.; NASCIMENTO, D.J. Avanços na pesquisa com plantas forrageiras tropicais em pastagens: características morfofisiológicas e manejo do pastejo.
Revista Brasileira de Zootecnia, v. 36, p. 121-138, 2007
ZEFERINO, C. V. Morfogênese e dinâmica do acúmulo de forragem em pastos de capim-marandu [Brachiaria brizantha (Hochst. ex A. Rich) cv. Marandu] submetidos a regimes de lotação intermitente por bovinos de corte. 2006. 194 f.
Dissertação (Mestre em Ciência Animal e Pastagens) - Escola Superior de
Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP, Piracicaba – SP.
SKINNER, R. H.; NELSON, C. J. Epidermal cell division and the coordination of leaf and tiller development. Annals of Botany, v. 74, n. 1, p. 9-16. 1994.
SOUZA, M. T. C. Seleção de cultivares de forrageiras para o agreste alagoano. 2010. 53 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo - AL.
FREITAS, A. W. P. Dinâmica do perfilhamento em pastagens sob pastejo. Viçosa, Universidade Federal de Viçosa, 2000. 21 p.
GOMIDE, C. A. M.; GOMIDE, J. A. Morfogênese de cultivares de Panicum maximum Jacq. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 29, n. 2, p. 341-348. 2000.
SILVEIRA, M. C. T. Caracterização morfogênica de oito cultivares do gênero Brachiaria e dois do gênero Panicum. 2006. 111 f. Dissertação (Mestrado em
Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa – MG.
DIFANTE, G. S. Importância Da Morfogênese No Manejo De Gramíneas Forrageiras. 2003. 11f (Revisão Bibliográfica). Universidade Federal de Viçosa, UFV, Viçosa, MG.
PONTES, Laíse da Silveira. Dinâmica de crescimento em pastagens de azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) manejadas em diferentes alturas. Dissertação
de Mestrado, PPG-Zootecnia, UFRGS, Porto Alegre. 102 p. 2001.
MARRIOT, C.A.; BARTHRAM, G.T.; BOLTON, G.R. Seasonal dynamics of leaf extension and losses to senescence and herbivory in extensively managed
sown ryegrass-white clover swards. Journal of Agricultural Science, v.132, p.77-89, 1999.
MARTUSCELLO, J. A.; FONSECA, D. M. D.; NASCIMENTO JÚNIOR, D.; SANTOS, P. M.; CUNHA, D. N. F. V.; MOREIRA, L. D. M. Características morfogênicas e estruturais de capim-massai submetido a adubação nitrogenada e desfolhação. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 35, n. 3, p. 665-671. 2006.
IWAMOTO, B. S.; CECATO, U.; RIBEIRO, O. L.; MARI, G. C.; PELUSO, E. P.; LOURENÇO, D. A. L. Características morfogênicas do capim-Tanzânia fertilizado ou não com nitrogênio nas estações do ano. Bioscience Journal, v. 31, n. 1, p. 181-193, jan/feb. 2014.
PATÊS ET AL, Características morfogênicas e estruturais do capim-tanzânia submetido a doses de fósforo e nitrogênio, R. Bras. Zootec, v.36, n.6, p.1736-1741, 2007.
SBRISSIA, A. F.; SILVA, S. C. O ecossistema de pastagens e a produção animal. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 38. Piracicaba, 2001. Anais... Piracicaba: SBZ, 2001. p. 731-754.
CÂNDIDO, M. J. D.; GOMIDE, C. A. M.; ALEXANDRINO, E.; GOMIDE, J. A.; PEREIRA, W. E. Morfofisiologia do dossel de Panicum maximum cv. Mombaça sob lotação intermitente com três períodos de descanso. Revista
Brasileira de Zootecnia, v. 34, n. 2, p. 406-415. 2005.
LEMAIRE, G.; CHAPMAN, D. Tissue flows in plants communities. In: HODGSON, J.; ILLIUS, A.W. (Eds.). The ecology and management of
grazing systems. United Kingdom, 1996. p.3-36
GOMIDE, J.A.; GOMIDE, C.A. Fundamentos e estratégias do manejo de pastagens. In: SIMPÓSIO SOBRE A PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE, 1. 1999, Viçosa. Anais... Viçosa: Suprema, 1999. p.179-200.
OLIVEIRA, M.A.; PEREIRA, O.G.; HUAMAN, C.A.M. et al. Características morfogênicas e estruturais do capim-bermuda “Tifton 85” (Cynodon spp) em diferentes idades de rebrota. Rev. Bras. Zootec., v.29, p.1939-1948, 2000.
HODGSON, J. Grazing Management: Science into practice. New York: John Wiley & Sons, 1990. 203 p.
GOMIDE, C. A. M.; GOMIDE, J. A. Morfogênese de cultivares de Panicum maximum Jacq. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 29, n. 2, p. 341-348. 2000.
HORST, G. L.; NELSON, C. J.; ASAY, K. H. Relationship of leaf elongation to forage yield of tall fescue genotipes. Crop Science, v. 18, p. 715-719, 1978.
ZARROUT, K. M.; NELSON, C. J.; SLEPER, D. A. Interrelationships between rates of leaf appearance and titlering in selected tall fescue populations. Crop
Science, v. 24, p. 565-569, 1984.
Silva, Victor Costa S586m Morfogênese, estrutura e dinâmica de perfilhamento de capim-tanzânia manejado com diferentes IAF residual, sob pastejo de cabras Anglonubiano / Victor Costa e Silva. – – Jaboticabal, 2011 xiv, 66 f. : il. ; 28 cm
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências
Agrárias e Veterinárias, 2011
CARNEVALLI, R.A.; SILVA, S.C. da; BUENO, A.A. de O.; UEBELE, M.C.; HODGSON, J.; SILVA, G.N.; MORAIS, J.P.G. Herbage production and grazing losses in Panicum maximum cv. Mombaça under four grazing managements.
HODGSON, J. Grazing management–science into practice. Essex, England:
Longman Scientific & Technical, 1990, 203p.
JANK, L. Melhoramento e seleção de variedades de Panicum maximum. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DA PASTAGEM: Tema: O capim colonião, 12., 1995, Piracicaba. Anais... Piracicaba : FEALQ,1995. p.21-58.
Cargnelutti Filho et al. Análise de repetibilidade de caracteres forrageiros de genótipos de Panicum maximum, avaliados com e sem restrição solar. Ciência
Rural, v.34, n.3, mai-jun, 2004.
JANK L.; MARTUSCELLO, J. A.; VALLE, C. B.; SIMEÃO, R, M.; BARRIOS, S. C. L.; ALVES, G. F. Novas cultivares de forrageiras tropicais. In: SIMPÓSIO DE PASTAGEM E FORRAGICULTURA DO CAMPO DA VERTENTES, 1., São João del-Rei, 2013. Anais... São João del-Rei: UFSJ, 2013. p. 166-187.
MARTUSCELLO, J. A. Repetibilidade e seleção em panicum maximum Jacq. 2007. 110 f. Tese (Doutorado em Zootecnia) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa – MG.
JANK, L.; SAVIDAN, Y.; SOUZA, M.T.; COSTA, J. G. C. Avaliação do germoplasma de Panicum maximum introduzido da África. 1. Produção forrageira. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 23, p. 433-440. 1994.
VALLE, C. B.; JANK, L.; RESENDE, R. M. S.; BONATO, A. L. V. Lançamentos de cultivares forrageiras: o processo e seus resultados – cvs. Massai, Pojuca, Campo Grande, Xaraés. In: NÚCLEO DE ESTUDOS EM FORRAGICULTURA, 4, Lavras. Proceedings... Lavras. MG: UFLA, 2003, p.179-225. 2003.
PASSOS, L. P.; CARVALHO, L.A.; MARTINS, C. E.; BRESSAN, M. E.; PEREIRA, A. V. Biologia e Manejo do Capim Elefante. Coronel Pacheco, MG: EMBRAPA – CNPGL, 229 p. 1999.
JANK, L.; SAVIDAN, Y. H.; COSTA, J. C. G.; VALLE, C. B. Pasture diversification through selection of new Panicum maximum cultivars in Brazil. In: INTERNATIONAL GRASSLAND CONGRESS, 16., 1989. Proceedings... The French Grassland Society. p. 275-276. 1989.
SAVIDAN, Y. H.; JANK, L.; COSTA, J. C. G.; VALLE, C. B. Breeding Panicum maximum in Brazil. 1. Genetic resources, modes of reproduction and breeding procedures. Euphytica, v. 41, n. 1-2, p. 107-112. 1989.
CRUZ, C.D., REGAZZI, A.J., CARNEIRO, P.C.S. Modelos biométricos
aplicados ao melhoramento genético: v.1. 3. ed. Viçosa: UFV. 2004. 480p.
SBRISSIA, A.F., da SILVA, S.C. O ecossistema de pastagens e a produção animal. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 38. Piracicaba, Anais...Piracicaba:ESALQ. p.733-754. 2001
Cecato et al. Avaliação da Produção e de Algumas Características da Rebrota de Cultivares e Acessos de Panicum maximum Jacq. sob duas Alturas de Corte.
Rev. bras. zootec., 29(3):660-668, 2000
GOMIDE, J.A., ZAGO, C.P. 1980. Crescimento e recuperação do capim Colonião após o corte. R. Soc. Bras. Zootec., 9(2):293-305
CECATO, U. Influência da freqüência de corte, níveis e formas de aplicação do nitrogênio sobre a produção, a composição química e algumas características da rebrota do capim Aruana (Panicum maximum Jacq. cv. Aruana). Jaboticabal, SP, UNESP, 1993. 112p. Tese (Doutorado em Produção Animal) - Universidade Estadual Paulista, 1993.
CECATO et al. Avaliação da Produção e de Algumas Características da Rebrota de Cultivares e Acessos de Panicum maximum Jacq. sob duas Alturas de Corte.
Rev. bras. zootec., 29(3):660-668, 2000
FAVORETTO, V., TONINI JR., R., REIS, R.A. 1987. Efeito da altura e da freqüência de corte sobre a produção, composição química e vigor da rebrota do capim Colonião. Pesq. Agrop. Bras., 22(11):1279-1285.
ABRAHÃO, J.J.S. Valor nutritivo de plantas forrageiras. In: MONTEIRO, A.L.G., MORAES, A., CORRÊA, E.A.S., et al. Forragicultura no Paraná. Londrina: CPAF, 1996. p. 93-108.
EUCLIDES, V.P.B. Valor alimentício de espécies forrageiras do gênero Panicum. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO DA PASTAGEM, 12, 1995, Piracicaba.
Anais... Piracicaba: FEALQ, 1995. p. 245-276.
MOOJEN, E.L. BORTOLLUZZI, J.P., SILVA, J.H. Efeitos de frequência e altura de corte sobre o rendimento e qualidade do capim Elefante (Pennisetum purpureum Shum.) I Período. In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 20, 1983, Pelotas. Anais... PELOTAS: SBZ, 1983. p. 388.
CECATO, U., SANTOS, G.L., BARRETO, I.L. Efeito de doses de nitrogênio e das alturas de corte sobre a produção, qualidade e reservas de Glicídeos da Setaria anceps STAPF cv. Kazungula. R. Cen. Cien. Rur., v. 15, n. 4, p. 367-377, 1985
DIAS FILHO, M.B.; CORSI, M.; CUSATO, S. Respostas morfológicas de Panicum maximum Jacq. cv. Tobiatã ao estresse hídrico. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v.24, p.893-898, 1989
DRUDI, A., FAVORETTO, V. 1987. Influência da freqüência, época e altura de corte na produção e composição química do capim Andropógon. Pesq. Agrop.
Bras., 22(11):1287-1292
DIAS FILHO, M.B.; CORSI, M.; CUSATO, S. Respostas morfológicas de Panicum maximum Jacq. cv. Tobiatã ao estresse hídrico. Pesquisa Agropecuária
Brasileira, v.24, p.893-898, 1989
MILTHORPE, F.L.; MOORBY, J. An introduction to crop physiology. Cambridge: Cambridge University Press, 1974. p.124-139
PARFITT, R.L.; JOE, E.N.; COOK, F.J. Water use and pasture growth on judgeford silt loam. New Zealand Journal of Agricultural Research, v.28, p.387-392, 1985
COSTA, C.; FAVORETTO, V.; MALHEIROS, E.B. Estudo da variação na estrutura da vegetação de duas cultivares de Panicum maximum Jacq. (colonião e tobiatã) submetidas a diferentes tipos de manejo. 1. Produção e densidade de perfilhos e de matéria seca. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.27, n.1, p.131-142, 1992
WILSON, J.R. Environmental and nutritional factors affecting herbage quality. In: HACKER, J.B. (Ed.) Nutritional limits to animal production from
pastures. Farnham Royal: CAB, 1982. p.111-131.
PINTO, J.C.; GOMIDE, J.A.; MAESTRI, M. et al. Crescimento de folhas de gramíneas forrageiras tropicais, cultivadas em vasos, com duas doses de nitrogênio. Revista da Sociedade Brasileira de Zootecnia, v.23, n.3, p.327-332, 1994.
DIFANTE, G. S.; NASCIMENTO JÚNIOR, D.; DA SILVA, S. C.; EUCLIDES, V. P. B.; MONTAGNER, D. B.; SILVEIRA, M. C. T.; PENA, K. S. Características morfogênicas e estruturais do capim-marandu submetido a
combinações de alturas e intervalos de corte. R. Bras. Zootec., Viçosa, v. 40, n. 5, p. 955-963, mai. 2011.
GOMIDE, C. A. M.; GOMIDE, J. A. Morfogênese de cultivares de Panicum maximum Jacq. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v. 29, n. 2, p. 341-348,
2000.
SAVIDAN, Y.H. JANK, L., COSTA, J.C.G., VALLE, C.B. Breeding Panicum maximum in Brazil: 1. Genetic resourses, modes of reproduction and breeding
procedures. Euphytica, 41:107-112, 1989.
FULKERSON, W.J.; SLACK, K. Leaf number as a criterion for determining defoliation time for Lolium perenne. 2. Effect of defolation frequency and height.
Grass and Forage Science, v.50, n.1, p.16-20, 1995.
ALEXANDRINHO ET AL. Características morfogênicas e estruturais na rebrotação da Brachiaria brizantha cv. marandu submetida a três doses de nitrogênio R. Bras. Zootec. vol.33 no.6 Viçosa Nov./Dec. 2004
FAGUNDES, J. L.; FONSECA, D.M.; MISTURA, C. et al. Características morfogênicas e estruturais do capim-braquiária em pastagem adubada com
nitrogênio avaliadas nas quatro estações do ano. Revista Brasileira de
Zootecnia, v. 35, n. 1, p. 21-29, 2006.
ALEXANDRINO et al. Fluxo de biomassa e taxa de acúmulo de forragem em capim |Mombaça mantido sob diferentes alturas. Rev. Bras. Saúde Prod. An., Salvador, v.12, n.1, p. 59-71 jan/mar, 2011.