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MATERIAL DE APOIO PROFESSOR DIREITOS DA PERSONALIDADE

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Academic year: 2021

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CURSO INTENSIVO I DE TRABALHO Disciplina: Direito Civil

Prof. André Barros Material 04

MATERIAL DE APOIO – PROFESSOR

DIREITOS DA PERSONALIDADE

1. CONCEITO

2. FUNDAMENTO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

III - a dignidade da pessoa humana.

3. PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

Art. 12/CC. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

4. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE

Afirma-se que os direitos da personalidade são inatos, extrapatrimoniais, absolutos, ilimitados, imprescritíveis, intransmissíveis, indisponíveis, irrenunciáveis, impenhoráveis e inexpropriáveis.

Art. 11/CC: Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

A) INATOS:

• Jusnaturalistas: • Positivistas:

B) VITALÍCIOS:

QUESTÃO: O MORTO PODE SOFRER DANO MORAL?

Art. 12, Parágrafo único, CC: Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.

C) ABSOLUTOS:

Enunciado 139/CJF: Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes.

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E) EXTRAPATRIMONIAIS:

F) IMPRESCRITÍVEIS:

QUESTÃO: A PRETENSÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS ESTÁ SUJEITA À PRESCRIÇÃO?

G) INTRANSMISSÍVEIS:

I) INDISPONÍVEIS:

QUESTÃO: OS DIREITOS DA PERSONALIDADE PODEM SER OBJETO DE CONTRATO?

Enunciado 4/CJF – Art.11: o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral.

J) IRRENUNCIÁVEIS:

K) INEXPROPRIÁVEIS

OS DIREITOS DA PERSONALIDADE EM ESPÉCIE

1. INTEGRIDADE FÍSICA

1.1. DIREITO À VIDA

A Declaração dos Direitos da Criança, realizada em 1959 pela Assembléia Geral da ONU preceitua:

Art. 4º: A criança, dada a sua imaturidade física e mental, precisa de proteção legal apropriada, tanto antes como depois do nascimento (grifo nosso).

QUESTÃO: O DIREITO À VIDA PREVALECE SOBRE OS DEMAIS DIREITOS DA PERSONALIDADE?

1.2. DIREITO À SAÚDE

1.2.1. Direito ao tratamento médico

QUESTÃO: O MINISTÉRIO PÚBLICO TEM LEGITIMIDADE PARA INGRESAR COM AÇÃO PARA A IMPOR AO ESTADO O FORNECIDMENTO DE MEDICAMENTOS? RE 407902

1.2.2. Direito à recusa ao tratamento médico

Art. 15/CC: Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.

QUESTÃO: UMA PESSOA PODE SE RECUSAR À TRANSFUSÃO DE SANGUE EM RAZÃO DE SUA RELIGIÃO? COMO RESOLVER O CONFLITO ENTRE O DIREITO À VIDA E O DIREITO À LIBERDADE RELIGIOSA?

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EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. TRANSFUSÃO DE SANGUE. TESTEMUNHA DE JEOVÁ. RECUSA DE TRATAMENTO. INTERESSE EM AGIR. Carece de interesse processual o hospital ao ajuizar demanda no intuito de obter provimento jurisdicional que determine à paciente que se submeta à transfusão de sangue. Não há necessidade de intervenção judicial, pois o profissional de saúde tem o dever de, havendo iminente perigo de vida, empreender todas as diligências necessárias ao tratamento da paciente, independentemente do consentimento dela ou de seus familiares. Recurso desprovido. (Apelação Cível Nº 70020868162, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Umberto Guaspari Sudbrack, Julgado em 22/08/2007).

1.3. DIREITO AO SEXO

1.3.1. Direito à alteração do sexo (transexual)

1.3.2. Direito à determinação do sexo (hermafrodita)

1.4. DIREITO AO CORPO

1.4.1. Doação inter vivos

Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.

Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.

1.4.2. Doação post mortem

Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.

Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.

ENUNCIADO 227 do CJF: “O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita do próprio corpo, com o objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a aplicação do artigo 4º da lei 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador”.

2. INTEGRIDADE MORAL/PSÍQUICA

2.1. DIREITO AO NOME

Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.

Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.

2.1.1. PSEUDÔNIMO

Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.

QUESTÃO: QUAL A DIFERENÇA ENTRE PSEUDÔNIMO E HETERÔNIMO? O HETERÔNIMO GOZA DE PROTEÇÃO JURÍDICA?

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Art. 20/CC. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.

Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.

EMENTA: Recurso Especial. Direito Processual Civil e Direito Civil. Publicação não autorizada de foto integrante de ensaio fotográfico contratado com revista especializada. Dano moral. Configuração. É possível a concretização do dano moral independentemente da conotação média de moral, posto que a honra subjetiva tem termômetro próprio inerente a cada indivíduo. É o decoro, é o sentimento de auto-estima, de avaliação própria que possuem valoração individual, não se podendo negar esta dor de acordo com sentimentos alheios. Tem o condão de violar o decoro, a exibição de imagem nua em publicação diversa daquela com quem se contratou, acarretando alcance também diverso, quando a vontade da pessoa que teve sua imagem exposta era a de exibí-la em ensaio fotográfico publicado em

revista especializada, destinada a público seleto. A publicação desautorizada de imagem exclusivamente destinada a certa revista, em veículo diverso do pretendido, atinge a honorabilidade da pessoa exposta, na medida em que experimenta o vexame de descumprir contrato em que se obrigou à exclusividade das fotos. A publicação de imagem sem a exclusividade necessária ou em produto jornalístico que não é próprio para o contexto, acarreta a depreciação da imagem e, em razão de tal depreciação, a proprietária da imagem experimenta dor e sofrimento (STJ, REsp 270730/RJ, 3ª Turma, Rel. min. CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, j. 19/12/2000, fonte: www.sjt.jus.br).

2.2.1. DIREITO À IMAGEM X LIBERDADE DE IMPRENSA

Enunciado 279 / CJF: “A proteção à imagem deve ser ponderada com outros interesses constitucionalmente tutelados, especialmente em face do direito de amplo acesso a informação e da liberdade de imprensa. Em caso de colisão, levar-se-á em conta a notoriedade do retratado e dos fatos abordados, bem como a veracidade destes e, ainda, as características de sua utilização (comercial, informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não restrinjam a divulgação de informações”.

2.2.2. HIPÓTESES EM QUE O DIREITO À IMAGEM NÃO PRECISA SER AUTORIZADO • Divulgação de imagens de políticos, artistas e outras pessoas públicas: • Divulgação de imagens em nome do interesse público:

• Divulgação de imagens de fatos, eventos ou locais públicos:

EMENTA: DIREITO CIVIL. DIREITO DE IMAGEM. TOPLESS PRATICADO EM CENÁRIO PÚBLICO. Não se pode cometer o delírio de, em nome do direito de privacidade, estabelecer-se uma redoma protetora em torno de uma pessoa para torná-la imune de qualquer veiculação atinente a sua imagem. Se a demandante expõe sua imagem em cenário público, não é ilícita ou indevida sua reprodução pela imprensa, uma vez que a proteção à privacidade encontra limite na própria exposição realizada. Recurso especial não conhecido. (REsp 595.600/SC, Rel. Ministro CESAR ASFOR ROCHA, 4ª T., j. 18.03.2004, DJ 13.09.2004 p. 259).

2.3. DIREITO À PRIVACIDADE E DIREITO À INTIMIDADE • PRIVACIDADE:

• INTIMIDADE:

Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.

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EMENTA: RECURSO DE REVISTA REALIZAÇÃO DE REVISTA ÍNTIMA LESÃO À INTIMIDADE - DANOS MORAIS 1. O Eg. Tribunal Regional consignou que o Reclamante era submetido a revistas visuais cotidianas, nas quais estava obrigado a se despir na frente de terceiros. 2. O poder fiscalizatório do empregador de proceder às revistas encontra limitação na garantia de preservação da honra e intimidade da pessoa física do trabalhador, conforme preceitua o artigo 5º, inciso X, da Constituição da República. 3. A realização de revistas sem a observância dos limites impostos pela ordem jurídica acarreta ao empregador a obrigação de reparar, pecuniariamente, os danos morais causados. Precedentes do Eg. TST (RR - 928/2004-006-06-00. DJ - 07/03/2008).

2.4. DIREITO À HONRA

QUESTÃO: QUAL É A DIFERENÇA ENTRE HONRA SUBJETIVA E HONRA OBJETIVA?

3. INTEGRIDADE INTELECTUAL • DIREITO AUTORAL

• DIREITO À LIBERDADE DE PENSAMENTO

QUESTÕES DE CONCURSO

QUESTÃO 43 – Juiz Subst. TRT 3ª Reg./2008 – 1ª Fase) Sobre as pessoas, analise as afirmativas abaixo e assinale a opção correta:

II. O nome da pessoa e o pseudônimo adotado para atividades lícitas não podem ser empregados por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória, ou usados, sem autorização, em propaganda comercial. CORRETA

QUESTÃO n.44 – Juiz Subst. TRT 8ª Reg./2007 - 1ª Etapa). Assinale a alternativa correta acerca da disciplina do Código Civil sobre os direitos de personalidade:

a) Os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária.

b) É defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes, todavia, é válida a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, com objetivo científico ou altruístico.

c) Com a finalidade da preservação do direito à integridade física é possível, mediante determinação judicial, a adoção coativa de tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.

d) O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, desde que presente a intenção difamatória, bem como, sem autorização, não será utilizado em propaganda comercial.

e) O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome. Gabarito Oficial: E

QUESTÃO n.49 – Juiz Subst. TRT 8ª Reg./2007 - 1ª Etapa). Marque a alternativa incorreta: c) O Direito Civil estende às pessoas jurídicas a proteção dos direitos da personalidade, no que couber, havendo possibilidade de, inclusive, sofrer dano moral.

Gabarito Oficial: INCORRETA

QUESTÃO n.87 – Juiz Subst. TRT 9ª Reg./2009 - 2ª Etapa). Considere as seguintes proposições:

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I. Os direitos de personalidade, como tais considerados aqueles direitos próprios da pessoa, são sempre intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. INCORRETA II. Uma das soluções doutrinárias para os casos de violação à privacidade e à imagem permite a apropriação, pela vítima, dos proventos ilicitamente auferidos pelo autor da ofensa. INCORRETA

III. Pelo Código Civil brasileiro, a única solução possível para a vítima de ofensa aos direitos da personalidade é o pedido de indenização pelos danos sofridos. INCORRETA

QUESTÃO n.22 – Juiz Subst. TRT 14ª Reg./2008 - 1ª Prova) Assinale a alternativa falsa:

d) Salvo as exceções previstas em lei, os direitos da personalidade são irrenunciáveis, intransmissíveis, imprescritíveis e inexpropriáveis.

Gabarito Oficial: D

QUESTÃO n.21 – Juiz Subst. TRT 15ª Reg./2008 - 1ª Etapa) Assinale a alternativa incorreta: c) os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, podendo somente a pessoa viva exigir que cesse a ameaça a esses direitos e reclamar perdas e danos;

Gabarito Oficial: C

QUESTÃO n.35 – Juiz Subst. TRT 16ª Reg./2008 – VI Concurso - 1ª Etapa – Banca própria) Sobre personalidade e capacidade, considerar as alternativas propostas:

V – A lei que instituiu os alimentos gravídicos modifica as regras da capacidade do nascituro, atribuindo-lhe capacidade de fato ou de gozo. INCORRETA

Referências

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