REVISÃO
1 Conceitos gerais e terminologia aplicável à contabilidade de custos. 2
Conceitos e classificação dos custos. 3 Apropriação dos custos à produção: conceito e critérios de atribuição dos custos. 4 Departamentalização:
conceito, tratamento contábil, forma de apropriação e impacto no custo do produto. 5 Taxa de aplicação dos custos indiretos de produção. 6 Apuração da produção acabada, dos produtos em elaboração e dos produtos
vendidos. 7 Utilização de equivalentes de produção. 8 Tipos de produção (conceito, aplicabilidade, tratamento contábil e apropriação dos custos): produção por ordem, produção contínua, produção conjunta. 9 Tipos de custeio: conceitos, diferenciações, apropriação dos custos, impactos nos resultados. 10 Formas de controle dos custos. 11 Custos estimados:
conceito, tratamento contábil, análise das variações. 12 Custos
controláveis: conceito, tratamento contábil e aplicação. 13 Custo padrão: conceito, tratamento contábil, aplicação e análises das variações. 14
Margem de contribuição: conceito, cálculos e aplicação. 15 Análise do custo x volume x lucro. 16 Variações do ponto de equilíbrio. 17 Grau de alavancagem operacional. 18 Margem de segurança.
História e conceitos introdutórios
Contabilidade e contabilidade de custos;
Nascimento: revolução industrial séc. XVIII com o aumento da complexidade do processo produtivo e necessidade de melhorar o detalhamento dos custos de produção.
Prioritariamente: controle do custo de estoque
(CESPE/EBSERH/ Analista Administrativo/2018) A informação de custos deve ser oportuna, ou seja, estar
• Gasto:
quaisquer sacrifícios financeiros realizados pela
companhia ou a promessa de pagamento futuro. Só nasce com
diminuição de um ativo ou por reconhecimento contábil de uma
obrigação. Exemplos: vigilância, telecomunicações, água, salários
a pagar, etc.
• Desembolso:
pagamento – saída de dinheiro ou equivalentes –
para aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer antes,
durante ou após o recebimento do bem/item.
• Investimento:
é um gasto que ativado considerando seus critérios
de: vida útil ou benefícios futuros atribuíveis.
• Custos:
gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de
outros bens ou serviços. Exemplos: matéria-prima, MOD, energia
elétrica da fábrica, etc.
• Despesas: é um bem ou um serviço que é consumido de maneira
direta ou indireta para a obtenção de receitas. Exemplos: despesas com comissões de vendedores, despesas com material de consumo, etc.
• Perda: bens ou serviços consumidos de forma anormal e involuntária.
Exemplos: perdas de tecido por corte errado de funcionário inexperiente.
Tratamento contábil das perdas: PERDAS
Normais
Anormais
Reconhecidas contabilmente como
custos dos produtos Reconhecidas contabilmente como
(CESPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016) O evento contábil que deve ser classificado como custo de produção do período em que tenha ocorrido é
A) a perda normal de matéria-prima durante o processo produtivo.
B) o gasto com entrega dos produtos fabricados aos clientes por ocasião de sua venda.
C) o juro incidente sobre os recursos obtidos em bancos para o financiamento da produção.
D) a aquisição de matéria-prima para utilização futura no processo de produção.
(CESPE/Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016) O evento contábil que deve ser classificado como custo de produção do período em que tenha ocorrido é
A) a perda normal de matéria-prima durante o processo produtivo.
B) o gasto com entrega dos produtos fabricados aos clientes por ocasião de sua venda.
C) o juro incidente sobre os recursos obtidos em bancos para o financiamento da produção.
D) a aquisição de matéria-prima para utilização futura no processo de produção.
Eliseu Martins: todo produto vendido e todo serviço ou utilidade transferidos provocam despesas. Costumamos chamá-lo de Custo de Mercadoria Vendida e assim fazemos aparecer na DRE; o significado mais correto seria despesa.
Uma mercadoria adquirida pela loja comercial provoca um gasto
(genericamente), um investimento (especificamente), que se transforma em uma despesa no momento do reconhecimento da receita trazida pela venda, sem passar pela fase de custo. Logo, o nome Custo de Mercadoria Vendida não é, em termos técnicos, rigorosamente correto. Já caiu em prova do CESPE.
(CESPE/SEFAZ-RS/ Auditor do Estado/2018) A construção da contabilidade de custos, a partir da contabilidade societária
pré-industrial, exigiu o desenvolvimento de novas terminologias e novas regras que se adaptaram aos procedimentos e às práticas contábeis vigentes. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir.
I Sendo a despesa um bem ou serviço consumido com vistas à obtenção de uma receita, a expressão custo das mercadorias vendidas é tecnicamente incorreta: é, antes, uma despesa do que um custo.
II O custeio por absorção está apoiado no regime de competência: só se registram em contas de resultado os custos fixos e os variáveis dos produtos e das mercadorias que tenham sido efetivamente vendidos.
III Um contrato de manutenção de equipamentos industriais com cláusula de reajuste periódico pelo índice de preços é um exemplo de custo variável.
IV Se o salário do pessoal da área produtiva for contratado por mês e não por peça produzida, o custo da mão de obra torna-se um custo indireto.
Estão certos apenas os itens: a) I e II
b) II e III c) III e IV d) I, II e IV e) I, III e IV.
Na compra de matéria-prima nós temos um gasto, quando pagamos pela matéria-prima comprada, temos um desembolso. Ao estocar essa matéria-prima para uso posterior
realizamos um investimento e quando essa matéria-prima vai para o processo produtivo e é manufaturada temos um custo.
Quando temos a venda do produto fabricado vai para o estoque de produtos, temos um
GASTO DESEMBOLSO INVESTIMENTO CUSTO DESPESA
Na compra Pagamento Estoque de MP Na produção
Estoque de produtos
acabados Na venda
(CESPE/TCU/AFCE/2015) A respeito da terminologia aplicada à
contabilidade de custos e à distinção entre custos e despesas, julgue o item subsecutivo.
Entre os custos de uma empresa incluem-se os gastos com a compra de matéria-prima.
• Custos fixos: são os custos que não variam de acordo com a produção do período. Exemplos:
aluguel da fábrica, IPTU da área de produção, salário do pessoal de limpeza da área de produção, depreciação das máquinas de produção.
Atenção podem existir custos fixos que variam de um mês para o outro, mas isso não os transforma em custos variáveis (Ex.: variação no valor de aluguel, depreciação, etc).
Semi fixos: inicialmente são considerados fixos, um aumento de produção força o aumento dos
custos (períodos sazonais, ovos de páscoa)
• Custos variáveis: são aqueles que variam de acordo com a produção do período (Exemplos:
matéria-prima, Salários, Depreciação por unidade produzida). A principal característica dos custos variáveis é que suas atribuições são mais precisas aos departamentos de produção, se comparadas aos custos fixos.
Semi variáveis: possuem comportamento de custos fixos até determinado ponto, depois variam (a
maior parte dos seus custos são fixos e têm uma menor parcela em variável).
Detalhar a questão da matéria-prima em quantidade fixa por unidade produzida – 400gr de farinha – não a transforma em custo fixo.
(CESPE/TCE-PR/ Analista de Controle Externo – contábil/2016) Em relação à terminologia aplicada à contabilidade de custos e à classificação de custos, assinale a opção correta.
A) As principais características dos custos variáveis incluem atribuições mais precisas aos departamentos de produção, se comparadas aos custos fixos.
B) O custo dos produtos vendidos é superior ao custo de fabricação no período. C) O custo da produção acabada é superior ao custo dos produtos vendidos.
D) Os termos custo de transformação, custo de conversão e custo primário são sinônimos.
E) A soma dos custos indiretos de fabricação no período e do custo primário no período resulta no custo da produção acabada.
• Custos de produção do período:
soma dos custos incorridos no
período dentro da fábrica. Atenção: uso do pessoal de manutenção
em trabalhos fora da fábrica não são custos.
• Custos de produção acabada:
soma dos custos contidos na produção
acabada no período. Pode conter custos de produção de períodos
anteriores, de unidades que só foram concluídas no período
presente.
• Custo de Produtos Vendidos:
soma dos custos incorridos na produção
dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Princípio
da competência aplicado à contabilidade de custos.
Sld. Inicial Sld. Inicial Sld. Inicial
Utilização (-) (+) Entradas Saídas (+) (+) Entradas Saídas (+) (+) Compras MOD Saída de produtos Custo da Prod. Custo dos Prod.
(=) Sld. Final CIF Acabada Vendidos
Custos Fixos
(=) Custo Custo (=) Est. Final Produção do Produção
Período Acabada
Estoque
Produtos Acabados Est. Matéria-prima Produto em Processo
• Custos diretos: são os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando que se tenta uma medida de consumo (Kg, embalagens, CPC 16).
• Custos indiretos: são os custos que não podem ser diretamente
apropriados aos produtos (energia elétrica da fábrica, depreciação, aluguel da fábrica, IPTU, supervisão, chefias – que são mão-de-obra indireta, CPC 16)
Destacar que pelo custo benefício de aferição a soma de custos indiretos pode conter valores de custos diretos (depreciação, energia elétrica).
(CESPE/EBSERH/ Analista Administrativo/2018) Em dado período, uma indústria que
apropria custos indiretos a seus produtos à razão do tempo de mão de obra direta
necessário à produção produziu 6 mil unidades do produto A e 4 mil unidades do produto B, incorrendo em 6 minutos para a produção de cada unidade do produto A e 18 minutos para a produção de cada unidade do produto B.
Nessa situação, o produto A receberá um terço dos custos indiretos de produção do período.
Produto Produção Tempo
Médio Tempo total
A 6.000 6 min 36.000
B 4.000 18 min 72.000
O produto B tomou o dobro do tempo para a produção do produto A. Logo, t(b) é igual a 2t(a):
CIF = t(A) + t(B) CIF = t(A) + 2(t(A))
• Custos primários:
é a soma de matéria-prima e mão-de-obra direta.
Atenção é a mesma coisa que Custo Direto.
• Custos de transformação:
são todos os custos de produção, exceto as
MP e outros adquiridos e empregados sem nenhuma modificação
pela empresa. Representam custos de transformação todos aqueles
empregados no processo de elaboração de determinado item
(CESPE/TCE-PR/ Analista de Controle Externo – contábil/2016) A respeito de contabilidade de custos, assinale a opção correta.
A) O gasto com mão de obra durante o período de greve dos empregados de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia da informação deverá ser classificado como custos gerais dos serviços, já que não é possível uma associação direta desse gasto com os serviços em andamento.
B’) Matéria-prima, mão de obra direta e gastos indiretos de fabricação são considerados custos estocáveis e representam ativos até o momento da venda das unidades produzidas, quando se transformam em despesas.
C) Define-se custo de transformação como a soma dos custos primários com os custos indiretos de fabricação.
D) Custo de fabricação é equivalente à soma dos seguintes custos: primários, mão de obra direta e gastos indiretos de fábrica.
E) A compra de um guindaste com pagamento à vista, para ser utilizado em ambiente fabril, representa desembolso no momento da aquisição e, em função da vida útil do bem adquirido, é considerada despesa incorporada ao ativo.
Avaliação de Estoques (CPC 16)
Estoques são ativos:
(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios; (b) em processo de produção para venda; ou
(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços.
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração. (Alterada pela Revisão CPC 03).
Mensuração: os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.
O valor do estoque deve conter todos os custos de aquisição e de transformação.
Custos de aquisição: o preço de compra, os impostos de importação e
outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco [IPI, ICMS, Pis,
Cofins]), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Compras de matéria-prima a prazo: juros não devem integrar o custo de estoque, são despesas financeiras.
Custos de transformação: incluem os custos diretamente relacionados
com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como pode ser o caso da mão de obra direta. Também incluem a alocação
sistemática de custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar os materiais em produtos acabados.
Os custos indiretos de produção fixos são aqueles que permanecem
relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris,
máquinas, equipamentos e ativos de direito de uso utilizados no processo de produção e o custo de gestão e de administração da fábrica.
Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam
diretamente, ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais indiretos e certos tipos de mão de obra indireta.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes: não
compõem os estoques, portanto, devem ser deduzidos. Destacar a diferença entre descontos incondicionais e condicionais, assim como o tratamento
(CESPE/TRE-BA/Analista Judiciário/ Ciências Contábeis/2017) O valor do
custo de aquisição de estoques compreende o preço de compra:
a) Acrescido dos tributos, exceto os recuperáveis, e os custos de transporte diretamente atribuíveis à aquisição, deduzidos os descontos comerciais.
b) Acrescido dos tributos, exceto os recuperáveis, deduzidos os custos de transporte e de seguro atribuíveis à aquisição.
c) Deduzidos todos os impostos, os custos de transporte diretamente atribuíveis à aquisição e os descontos comerciais.
d) Sem deduções ou acréscimos decorrentes do valor descrito na nota fiscal de aquisição.
e) Deduzidos todos os tributos incidentes sobre a mercadoria e acrescidos os custos de armazenagem.
PEPS – Primeiro que Entra Primeiro que Sai ou FIFO (First in first out).
UEPS – Último que Entra o Primeiro que Sai ou LIFO (Last in first out). Não pode ser usado para fins fiscais.
Custo Médio – também pode ser usado para fins fiscais
Custo Específico – pode ser usado para fins fiscais, mas o custo benefício do controle não é favorável. Não costuma ser cobrado em prova.
Método do Varejo – supermercados. Costumam usar uma margem fixa
sobre o custo para formar seu preço de venda. Atualmente em desuso por causa dos softwares que favorecem o controle de estoques, mas
antigamente foi muito usado. Para apurar o custo faz a conta mais famosa da contabilidade:
PEPS UEPS Custo Médio 13 – R$13 11 – R$ 11 10 – R$ 9 13 – R$13 11 – R$ 11 10 – R$ 9 13 – R$13 11 – R$ 11 10 – R$ 9 Venda: 14 unid.
(CESPE/POAL/2013) Com relação a custo e controle dos estoques de
mercadorias e impostos relacionados, julgue os itens seguintes.
Em uma economia deflacionária, o método de controle de estoques
primeiro que entra primeiro que sai (PEPS) tende a apresentar custo do produto vendido mais elevado que o método da média ponderada móvel.
E (CESPE/TCDF/ACE/2014) Com relação às contas, aos métodos e às
operações contábeis, julgue os itens seguintes:
O saldo do estoque de mercadoria apurado pelo método da média
ponderada móvel deve ser inferior ao apurado pelo método primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS) e superior ao apurado pelo método último a entrar, primeiro a sair (UEPS).
(CESPE/ANTT/Especialista – Contabilidade/2013) No que concerne aos
controles de estoque e aos tributos incidentes sobre as compras e vendas, julgue os itens subsecutivos.
O método da média ponderada móvel sempre fornece um valor de estoque final e um custo do produto vendido intermediário entre os apurados pelo PEPS e pelo UEPS.
Departamento:
é uma unidade administrativa, representada por
pessoas e máquinas que desenvolvem determinada atividade. Um
Departamento é um centro de custos, ou seja, os custos indiretos
são acumulados no Departamento e depois distribuídos aos
produtos (Martins, Eliseu).
Por que departamentalizar: facilita a tomada de decisão.
Há Departamento de Produção e Departamento de Serviços: a
apropriação dos CIF é realizada com sistema similar.
(CESPE/CORREIOS/Analista – Contador/2011) Considere que uma
padaria pretenda ratear os custos indiretos de R$ 500,00 entre seus
dois departamentos W e M, de acordo com as horas trabalhadas em
cada produto nesses departamentos, segundo a tabela abaixo. Nesse
caso, o custo indireto (CIF) do departamento W equivale a 60% dos
custos indiretos totais.
Produção por ordem: principal entidade de acumulação de custos - ordem de serviço. Principal característica: produz bens de forma específica, atendendo a pedidos de clientes. Pode produzir para venda posterior, mas de acordo com determinações internas e não de forma contínua. Exemplos: construção de navios, móveis.
Produção contínua: principal entidade de acumulação de custos – processo de produção
(montagem, pintura, etc).
Produção conjunta: é o aparecimento de diversos produtos a partir, normalmente, da
mesma matéria-prima, como é o caso do tratamento industrial de quase a totalidade dos produtos na agroindústria. Decorrem de uma mesma matéria-prima diversos produtos, classificados como subprodutos ou co-produtos
Equivalentes de produção: é um problema que existe na produção contínua. Nessa forma de produção os custos por processo são acumulados para serem atribuídos aos produtos elaborados.
A técnica consiste em atribui nível de produção aos produtos em elaboração. Exemplo:
Custo total: $100.000
Produção iniciada: 1.000 unidades Produção acabada: 800 unidades
Produtos em elaboração: 200 unidades sendo 50% produzidas.
Cálculo da produção acabada pelo equivalente de produção: $100.000 / 900 unidades (800 acabadas + 200*50%) = R$ 111,11
Equivalentes de produção: é um problema que existe na produção contínua. Nessa forma de produção os custos por processo são acumulados para serem atribuídos aos produtos elaborados.
A técnica consiste em atribui nível de produção aos produtos em elaboração. Exemplo:
Custo total: $100.000
Produção iniciada: 1.000 unidades Produção acabada: 800 unidades
Produtos em elaboração: 200 unidades sendo 50% produzidas.
Cálculo da produção acabada pelo equivalente de produção: $100.000 / 900 unidades (800 acabadas + 200*50%) = R$ 111,11
Equivalentes de produção: é um problema que existe na produção contínua. Nessa forma de produção os custos por processo são acumulados para serem atribuídos aos produtos elaborados.
A técnica consiste em atribui nível de produção aos produtos em elaboração. Exemplo:
Custo total: $100.000
Produção iniciada: 1.000 unidades Produção acabada: 800 unidades
Produtos em elaboração: 200 unidades sendo 50% produzidas.
Cálculo da produção acabada pelo equivalente de produção: $100.000 / 900 unidades (800 acabadas + 200*50%) = R$ 111,11
Sistema de acumulação de custos (Martins, Eliseu) “definição da ‘entidade’ que a empresa considera mais relevante custear antes de chegar ao custo os produtos e das unidades produzidas, tendo em vista as características do seu sistema de produção, suas práticas de vendas e seu modelo de gestão”.
Produção por ordem: principal entidade de acumulação de custos - ordem de
serviço. Principal característica: produz bens de forma específica, atendendo a pedidos de clientes. Pode produzir para venda posterior, mas de acordo com determinações internas e não de forma contínua. Exemplos: construção de navios, móveis.
Produção contínua: principal entidade de acumulação de custos – processo de
produção (montagem, pintura, etc).
Produção conjunta: é o aparecimento de diversos produtos a partir,
normalmente, da mesma matéria-prima, como é o caso do tratamento industrial de quase a totalidade dos produtos na agroindústria. Decorrem de uma mesma matéria-prima diversos produtos, classificados como subprodutos ou co-produtos
Tratamento contábil:
Coproduto - são os próprios produtos principais, só que assim chamados
porque nascidos de uma mesma matéria-prima. São os que respondem pelo faturamento da empresa.
Subproduto – são aqueles que surgem de forma natural no processo
produtivo e possuem mercado de venda relativamente estável. São itens com participação ínfima no faturamento da empresa.
Sucatas – tens com venda esporádica e resultam do processo produtivo
COPRODUTOS SUBPRODUTOS SUCATAS
Produtos principais Mercado de venda estável Venda esporádica e por valores imprevisíveis
Transitam em estoque Não recebem custos Não recebem custos Recebem custos Sua receita de venda é considerada
uma redução do custo do período Sua receita é considerada como Outras Receitas ou Rendas Eventuais
Não devem ser reconhecidas contabilmente (Eliseu Martins)
Produção conjunta: são 03 os métodos de apropriação dos custos.
Método do valor de mercado - obtém o total de custos conjuntos e aplica-se uma proporção de cada co-produto à receita total. Produto A tem 10% de participação na receita total, então ele terá 10% dos custos totais.
Método dos volumes produzidos – o custo do produto é atribuído de acordo com sua participação % na produção total. Não é um método tecnicamente válido porque podem existir grandes
divergências de critérios de produção entre produtos distintos. Seria válido se os produtos fossem muitos semelhantes entre si.
Método do Lucro Bruto – também é arbitrário. Primeiro, divide-se o valor do lucro bruto (Receita Total (-) custo total conjunto). Segundo, divide-se o Lucro Bruto pela quantidade (em peso)
produzida. Assim teremos o valor/kg. Por último deduz o valor por kg do preço de venda do produto para chegar ao seu custo.
Método das Ponderações – também é subjetiva e procura definir a cada co-produto uma método de ponderação que pode ser por grau de dificuldade, importância, facilidade de venda, etc.
Diferenças no tratamento contábil:
Produção
Por ordem Contínua
A acumulação dos custos permanece enquanto a ordem de serviços estiver aberta. Caso seja encerrado o exercício financeiro antes da conclusão da obra ou serviço os custos permanecerão acumulando saldos no ativo (obras em andamento; serviços em andamento; bens em andamento). Quando a ordem for encerrada o saldo é transferido para estoque de produtos acabados ou para Custo dos Produtos Vendidos.
A acumulação dos custos é realizada nas contas representativas das diversas linhas de produção e encerradas no período de fechamento contábil (semana, mês, ano); considerando o princípio da competência. Na apuração por processo não se avalia o custo por produto, mas por período.
Detalhe: quando o período de construção é maior que um exercício financeiro há exceção (contrato de construção – CPC 17) porque acabaria acontecendo distorções. Nesse caso deve-se reconhecer receitas por etapas de conclusão e os custos acumulados tornam-se despesas. Palavra-chave: confiabilidade.
Custeio por absorção: é o método que observa a aplicação dos princípios de
contabilidade. Apropria todos os custos incorridos – fixos ou variáveis – aos bens produzidos. É o sistema de custeio adotado para a contabilidade oficial.
Custeio variável ou Custo Direto: nesse método de custeio somente os custos variáveis são apropriados aos produtos. Os custos fixos são tratados como
despesa do período e lançados diretamente na DRE. Só pode ser usado para fins gerenciais, o fisco não permite seu uso na contabilidade oficial. Não observa os princípios contábeis. Não confundir Custeio Variável com Custo Variável.
Exemplificando: aluguel da fábrica. Absorção será CIF. Custeio variável ou direto será despesa do período na DRE.
Custeio Baseado em Atividades (Activity Based Costing – ABC): procura reduzir a arbitrariedade da apropriação dos custos. Primeiro atribui custos à atividade e
Absorção Variável ou Direto
Vantagens Desvantagens Vantagens Desvantagens
Atende aos princípios
contábeis Apropriar custos fixos aos produtos gera distorções (rateios e estimativas) e impacta na tomada de decisões
Evita distorções em
função do custo fixo, que são tratados como
despesa.
Só pode ser utilizado para fins gerenciais
O custo fixo é um encargo para a existência da empresa e não diretamente vinculado ao processo produtivo Quando se quer identificar os produtos que mais contribuem para o lucro de uma empresa industrial, o custeio por absorção é preferível ao custeio variável.
Não observa os princípios contábeis
(CESPE/STJ/Contador/2015) Quando se quer identificar os produtos que
mais contribuem para o lucro de uma empresa industrial, o custeio por absorção é preferível ao custeio variável.
Gab.: E
(CESPE/Anatel/Especialista/ Contador/2014) A incorporação aos
produtos e custos gerais de produção, também denominados custos indiretos de produção, é típica do custeio por absorção, não ocorrendo no método do custeio variável.
(CESPE/CGE PI/AUD/2015) O método de custeio por absorção é o mais
adequado para efeitos de tomada de decisão, planejamento e controle, já que, além de obedecer ao regime de competência é o mais aceito pelos profissionais de contabilidade e pelo fisco brasileiro.
Gab.: E
(CESPE/STJ/Contador/2015) No custeio variável os custos fixos são
separaos e considerados como despesas do período, portanto, não são alocados aos produtos. Esse procedimento evita que eventuais
arbitrariedades, provocadas pelo rateio dos custos fixos venham a afetar o cálculo do custo dos produtos.
A principal diferença entre o sistema de custeio por absorção e
variável é o custo fixo retido no estoque.
•
Absorção
– CF e CV são apropriados aos produtos.
•
Variável
– CV são apropriados aos produtos, enquanto os CF vão
Custeio Baseado em Atividades (Activity Based Costing – ABC):
tbasicamente, é um sistema de custeio que trabalha com os custos
indiretos, apropriando-os aos produtos, mas também pode ser
aplicado aos custos diretos, mas nesse caso não existirá tanta
diferença em relação aos métodos tradicionais, porque a diferença
fundamental em relação aos métodos tradicionais está no
tratamento dos custos indiretos.
O método foi desenvolvido no século passado quando as grandes
empresas começaram a possuir maior complexidade ao seu processo
produtivo. Conseqüentemente, os CIF passaram a aumentar
O que é isso?
Identifica as atividades mais relevantes dentro do
Departamento e o critério é, normalmente, o custo da atividade.
Depois disso é feita a apropriação do custo aos produtos.
Como fazer?
Podemos usar a alocação direta, quando há
identificação clara e objetiva dos itens de custos com as atividades. O
rastreamento, quando é possível identificar uma relação de causa e
efeito entre atividades e custos, por meio dos direcionadores de
custos. Rateio, quando não é possível realizar alocação direta ou
rastreamento.
Direcionadores de custos -
são fatores, critérios que geram custos
para uma atividade. Em outras palavras, é o que causa o custo da
atividade. Alguns exemplos de direcionadores de custos:
-Qtde. de empregados;
-Tempo de máquina
Há dois tipos de direcionadores de custos (Martins, Eliseu):
D. Custos de Recursos – demonstra a relação entre recursos gastos e
a atividade (quanto de recursos são empregados na atividade).
D. Custos de Atividades – indica a relação entre as atividades e os
produtos (quanto da atividade é destinada para gerar produtos).
ABC
Vantagens Desvantagens
Reduz o grau de arbitrariedade na
apropriação dos custos provocada pelo rateio dos CIF aos produtos
Complexidade de sua implantação
Auxilia na tomada de decisão, identificando atividades que não agregam valor à
produção.
Baixa relevância nas empresas em que os CIF não são tão relevantes.
A principal diferença entre o sistema de custeio por absorção e
variável é o custo fixo retido no estoque.
•
Absorção
– CF e CV são apropriados aos produtos.
•
Variável
– CV são apropriados aos produtos, enquanto os CF vão
(CESPE/CGE PI/AUDITOR/2015) No método de custeio variável ou direto,
somente os custos diretos são alocados aos produtos; os indiretos, ainda que variáveis, são considerados como despesas na demonstração dos
resultados do exercício.
(CESPE/CGE PI/AUDITOR/2015) De acordo com o método de custeio por
absorção, os custos fixos, embora não sejam ativados, são considerados no resultado à medida que os produtos fabricados são vendidos.
(CESPE/TER-RJ/Contabilidade/2012) Se determinada entidade faz o
levantamento de seus custos apenas pelo método de custeio por
absorção, o valor correspondente aos custos fixos dessa entidade estará embutido em cada unidade de seus produtos.
Custos controláveis: são aqueles diretamente sob responsabilidade e
controle de uma determinada pessoa cujo desempenho se quer analisar e controlar.
Custos não-controláveis: são aqueles que estão fora dessa
responsabilidade.
Imagine um gestor do departamento de fundição. O que não é
controlável por este gestor, o é pelo gestor da fábrica, pela diretoria, pela alta administração, pelos sócios. Por isso Martins afirma que “de fato, não existem custos não controláveis; o que existem são custos fora do
Custos Estimados: ao invés de trabalhar somente com custos reais, que são os custos passados, podemos também, trabalhar com custos
projetados. Não há grandes detalhamentos na doutrina e seu uso não é tão vasto na prática, porque esse método está bastante alinhado ao
custo-padrão.
Custo-padrão: existem diversas acepções a respeito do custo-padrão IDEAL, seria aquele custo obtido com o uso da melhor matéria-prima, com os melhores equipamentos e mão de obra mais eficiente, sem nenhuma parada imprevista na produção. Atualmente em desuso.
Custos Estimados: ao invés de trabalhar somente com custos reais, que são os custos passados, podemos também, trabalhar com custos
projetados. Não há grandes detalhamentos na doutrina e seu uso não é tão vasto na prática, porque esse método está bastante alinhado ao
custo-padrão.
Custo-padrão: existem diversas acepções a respeito do custo-padrão IDEAL, seria aquele custo obtido com o uso da melhor matéria-prima, com os melhores equipamentos e mão de obra mais eficiente, sem nenhuma parada imprevista na produção. Atualmente em desuso.
Custo-padrão Corrente: é o custo que a empresa estima, fixa como meta para o próximo período, mas ciente de que há a possibilidade de
variações por força da qualidade de matéria-prima, mão de obra, equipamentos, paradas imprevistas. É o custo-padrão mais usual. Portanto, a grande finalidade do custo-padrão é o planejamento e
controle. Ele não é um novo sistema de custeio (como o variável e
absorção), mas sim, uma técnica adicional de planejamento e controle. A sua instalação não elimina a aplicação de custos a valores reais
incorridos.
O padrão pode ser financeiro (expressão monetária) ou físico (quantidade, volume de cada fator produtivo).
Análise de variações no custo-padrão: normalmente acontecerão
variações de toda ordem. Pode ser por efeito da inflação na moeda e nesse caso a análise deve considerar índices (UFIR, UMC, etc) para
ajustar a variação monetária e colocar os valores passados e futuros a valor presente. Essa técnica vai deixar a análise homogênea. As análises podem ser por quantidade, por preço ou mista.
Contabilização do custo-padrão: na prática não é realizada a
contabilização. Para fins contábeis oficiais somente o custo real é
contabilizado. Não é proibida a contabilização do custo padrão, caso a empresa queira e julgar o custo benefício vantajoso, pode fazer.
Relembrando: Custos Fixos – são aqueles que não sofrem variação em função da quantidade produzida. Custos variáveis – são os que variam de acordo com a quantidade produzida. Os custos fixos são rateados entre todos os produtos e isso pode distorcer o custo apurado para cada produto dependendo do critério de rateio. Então, pra a tomada de decisão sobre lucratividade de linhas de produção a ADM pode fazer uso do custeio variável ou margem de contribuição.
Margem de contribuição: é a diferença entre preço de venda e a soma
do custo variável e despesa variável de cada produto. Logo, é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o seu custo + despesa que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro. MC = PV – (Cunit + Dunit)
Pra que serve: tomada de decisão nas empresas. Pra gente: acertar
Margem de contribuição unitária: é um valor que é obtido através da aplicação da fórmula MCU = PvendaUnit – (Cunit + Dunit).
Margem de contribuição total: é o mesmo conceito, mas agora
expandindo os cálculos a todos os produtos que são fabricados pela empresa.
Custos fixos identificados: quando a questão detalha a existência de
Produto L
700
80
780
1.550
770
Produto M
1.000
100
1.100
2.000
900
Produto N
750
90
840
1.700
860
Custo Direto
Variável
Custo
Indireto
Variável
Custo
Variável
Total
Preço de
Venda
Margem de
Contribuição
(CESPE/MP/PI/Analista – CI/2012)
A margem de contribuição unitária foi igual a R$ 56,00
Custos e despesas variáveis unit. Valor unitário (R$)
Matéria-prima 30,00
Mão de obra direta 10,00
Custos gerais de produção 4,00
Gastos com vendas e faturamento 4,00
Custos e despesas fixas totais Valor (R$)
Custos gerais de produção 120.000,00
Margem de Segurança indica a quantidade de unidades produzidas pela empresa que estão acima do ponto de equilíbrio.
É aquela quantidade que a empresa poderá suportar de redução de vendas até chegar ao ponto que passará a apresentar prejuízo.
Ponto de Equilíbrio: 1.500 unidades Vendas atual: 2.300 unidades
Margem de Segurança: 800 unidades
Ponto de Equilíbrio é o ponto em que o lucro da empresa é zero. É o ponto em que a receita total se iguala aos custos e despesas totais. Outras denominações: Break-even Point ou Ponto de Ruptura ou Ponto Crítico.
Fórmula: P.E = (Custos Fixos + Despesas Fixas)/Margem de Contribuição
Capacidade produtiva: 4.300
Produção atual: 3.700
Preço de venda: 90
Custo variável: 13
Custo fixo total: 150.000
Despesas variáveis: 15
Despesas fixas totais: 27.000
MCU: 90 - (13+15).: $62
Alguns tipos de Ponto de Equilíbrio:
v Financeiro: não leva em conta as despesas com depreciação,
amortização e exaustão (Custos fixos + Despesas fixas (-) D, A e/ou E)/ Margem de contribuição;
vEconômico: considera o custo de oportunidade (Custos fixos +
Despesas fixas + Custo de Oportunidade)/ Margem de Contribuição; e
Alavancagem Operacional ou Grau de Alavancagem é um índice que indica o aumento do lucro resultante de um determinado aumento no volume/produção.
Há duas fórmulas que nos permite calcular o grau de alavancagem operacional