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A ICONICIDADE, DA SEMIÓTICA À LINGÜÍSTICA: SITUAÇÃO DO PROBLEMA

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A ICONICIDADE, DA SEMIÓTICA À LINGÜÍSTICA: SITUAÇÃO DO PROBLEMA

Expedito Ferraz Júnior - UFPB Paula Frassinetti Lima Ferraz - UFPB 1. Iconicidade e Motivação na Lingüística Funcionalista

Um breve levantamento da bibliografia pertinente aos estudos lingüísticos de orientação funcionalista divulgados no Brasil a partir dos anos 90 permitirá constatar que a noção de iconicidade, proveniente da Semiótica peirciana, tem sido evocada com freqüência, por autores diversos, para designar processos os mais variados do fenômeno da motivação lingüística. A correlação entre os dois conceitos pode ser inferida, por exemplo, da identificação que se faz entre iconicidade e não-arbitrariedade, como está sugerido em Neves, Cunha e Votre, respectivamente, nos excertos transcritos a seguir. 1

A iconicidade é um princípio pelo qual se considera que existe uma relação

não-arbitrária entre forma e função, ou entre código e mensagem na linguagem humana.

Trata-se de uma relação natural entre o código lingüístico e o seu designatum. (Neves, 1997: 103)

O princípio da iconicidade é definido como a correlação natural e motivada entre forma e função, isto é, entre o código lingüístico (expressão) e seu significado (conteúdo). (Cunha, In: Martelotta: 2008: 167)

Por hipótese, tudo o que, em determinado estágio de mudança, é icônico e transparente, será ou tenderá a ser, um dia, opaco e aparentemente arbitrário. (Votre, apud Abreu, In: Azeredo, 2000: 149)

Em algumas ocorrências, o conceito de iconicidade parece abranger o de motivação, como em Martelotta e Areas (2003), que se referem a “tendências que se manifestam paralelamente à arbitrariedade, refletindo algum tipo de motivação”, a que “os funcionalistas chamam iconicidade” (In: Cunha; Oliveira; Martelotta, 2003: 26). Em outros contextos, o termo motivação recebe o adjetivo icônica, o que pressupõe a existência de outros tipos de motivação que não implicariam iconicidade. Tal é o que se observa no título do ensaio citado de Abreu, “Motivação icônica, do léxico à gramática” (In Azeredo, op. cit.), e também nesta passagem de Neves.

Haiman (1985a) define a “motivação” icônica como o paralelismo existente entre, de um lado, a relação das partes numa estrutura lingüística, e, de outro lado, a relação das partes na estrutura daquilo que é significado. (Op. cit.: 103-104)

E há ainda casos em que os dois termos chegam a permutar-se de modo a sugerir uma total equivalência entre os conceitos. No estudo mencionado de Abreu, o título refere-se à “motivação icônica”, enquanto, no corpo do trabalho, o autor optou pela expressão iconicidade. Já em Wilson e Martelotta (2008), encontramos a seguinte formulação:

A noção de arbitrariedade observa exclusivamente a relação existente entre o som e o sentido da palavra, já a noção de motivação ou iconicidade leva em conta o fato de o falante, de algum modo, fazer corresponder a forma da palavra com o significado que ela expressa. (In: Martelotta, 2008: 77)

Partindo dessa identificação, os exemplos de motivação analisados pelos diversos autores manifestam-se nos níveis fonético, morfológico, semântico e sintático das construções lingüísticas. Assim, Wilson e Martelotta (op. cit., p. 75 e ss.) aludem inicialmente aos três primeiros tipos. Os casos de onomatopéias (“tilintar”, “sussurrar”, “cochichar” etc.) ilustram exemplos de motivação fonética, pois “a estrutura sonora das palavras apresenta uma semelhança ou harmonia em relação ao sentido que ela expressa” (p.75). A motivação morfológica relaciona-se aos processos de formação de palavras, seja em casos de derivação, como em “leiteiro” (radical + sufixo que designa profissão), ou nas palavras compostas (“pára-quedas”, “guarda-roupa” etc..), em que a combinação de elementos já existentes na língua dá origem a novas palavras. Processos como as metáforas (“o cabeça do grupo”),

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catacreses (“pé de mesa”, “cabeça de prego”, “dente de serra”) e metonímias (“beber uma garrafa”) constituem, para os autores, casos de motivação semântica. Entretanto, na seqüência do ensaio, citando os subprincípios de iconicidade de Givón (ordem seqüencial e topicalidade, quantidade, proximidade), os autores estendem seu comentário também a contextos de motivação sintática.

O termo motivação encontra-se bastante sedimentado nos estudos lingüísticos, enquanto o emprego da expressão iconicidade implica uma assimilação relativamente recente, por esses estudos, de uma das categorias da Semiótica (a categoria dos signos icônicos ou hipoícones). Uma vez constatada, na abordagem funcionalista, a apreensão de mais de um sentido na relação entre esses dois termos — desde uma coincidência parcial até uma suposta identidade —, torna-se necessário avaliar a questão da interseção entre os conceitos. Para situar este problema, começaremos por indagar o que diz a Semiótica peirciana acerca do conceito de iconicidade.

2. O Conceito de Iconicidade em Peirce

A teoria semiótica elaborada por Peirce parte de uma concepção de signo que envolve basicamente três componentes conceituais: o signo propriamente dito ou representâmen (que equivale à dimensão perceptível do signo), o objeto representado (idéia ou coisa, real ou irreal, de que o signo é um substituto na linguagem) e o interpretante (um segundo signo, este concebido mentalmente pelo usuário, a partir da correlação entre representâmen e objeto).2

Um signo, ou representâmen, é aquilo que, sob certo aspecto ou modo, representa algo para alguém. Dirige-se a alguém, isto é, cria, na mente dessa pessoa, um signo equivalente, ou talvez um signo mais desenvolvido. Ao signo assim criado denomino interpretante do primeiro signo. O signo representa alguma coisa, seu

objeto. (Peirce, 1990: 46) 3

A análise das relações possíveis entre o representâmen e o objeto deu origem à mais disseminada das tricotomias peircianas — aquela em que os signos estão classificados em ícones, índices e símbolos (Idem: p. 64). Diversamente do símbolo, cuja associação com o objeto se dá por convenção (“luz verde” para a mensagem “siga”, no código de trânsito); e do índice, que está factualmente ligado ao objeto (nuvens escuras para “tempestade iminente”); o ícone é definido como um signo que mantém com aquilo que representa certos traços de semelhança em suas qualidades imediatas, isto é, em suas características perceptíveis.

Um ícone é um signo que se refere ao Objeto que denota apenas em virtude de seus

caracteres próprios, caracteres que ele igualmente possui quer um tal Objeto

realmente exista ou não. (Peirce, op. cit., p. 52)

Um ícone é um Representâmen cuja Qualidade Representativa é uma sua Primeiridade como Primeiro. Ou seja, a qualidade que ele tem qua coisa o torna apto a ser um representâmen. Assim, qualquer coisa é capaz de ser um Substituto para qualquer coisa com a qual se assemelhe. (Idem, p. 64)

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2.1. A categoria dos signos icônicos

Não obstante isto, a semelhança entre representâmen e objeto pode assumir certas nuances, apresentando-se relativamente mais icônica, ou mais indexical, ou mais simbólica. Ao descrever esses níveis, Peirce estabelece a subcategoria dos hipoícones ou signos icônicos, aqueles que ocorrem “na realidade cotidiana dos ícones que são signos genuínos” (Nöth, 2003: 79). Os hipoícones desdobram-se, portanto, em três tipos: as imagens, os diagramas e as metáforas.

a) As imagens constituem o tipo mais próximo de um ícone ideal. São os signos que “participam das qualidades simples” do objeto representado (Peirce, op. cit.: 64), configurando assim uma reprodução mimética desse objeto: um retrato naturalista, uma maquete de edifício, uma onomatopéia são exemplos de signos imagéticos.

b) Os diagramas são “ícones de relações inteligíveis” (Jakobson, 1995:105), isto é, representam o objeto através de relações análogas entre as partes desse objeto e suas próprias partes (Peirce, op. cit., 64), não havendo um mimetismo entre representâmen e objeto, mas semelhanças pontuais, da ordem de uma analogia ou proporcionalidade. É o que ocorre com um mapa em relação à região que representa, ou com a escala de um termômetro em relação à temperatura medida.

c) Já as metáforas, na complexa definição de Peirce, “representam o caráter representativo de um representâmen através da representação de um paralelismo com alguma outra coisa” (Ibidem).

3. Implicações para a Abordagem Lingüística Funcionalista

Ao distinguir, a partir da semiótica peirciana, os níveis de iconicidade imagética e diagramática, Neves (op. cit., p.106) enfatiza, como objeto de interesse específico da lingüística funcional, os casos que se enquadram no segundo nível.

Os estudiosos da iconicidade em geral invocam a distinção do filósofo Peirce, que separou uma iconicidade imagética de uma iconicidade diagramática [...] E é a iconicidade desta última natureza que tem importância em lingüística e que tem entrado na investigação das línguas.

Outros autores — em face dos próprios contextos lingüísticos escolhidos para análise — destacam a relevância dos processos metafóricos, como Abreu (In: Azeredo, op. cit.).

A transferência metafórica é a maior responsável pela iconicidade nos processos de denominação [...]. O fundamento da transferência metafórica na denominação é algum tipo de semelhança existente entre dois referentes. Quando alguém diz, por exemplo, a casa do botão [...] está vendo uma semelhança entre casa (lugar onde ficam as pessoas, para onde voltam sempre) e um lugar onde deve ficar o botão, para onde “deve voltar”, quando uma peça de roupa é vestida. Trata-se, pois, de um processo fortemente motivado iconicamente. (Op. cit., p.148)

Com efeito, nenhuma ressalva poderia ser feita a qualquer dessas duas orientações, no que diz respeito à descrição de exemplos de não-arbitrariedade presentes no código verbal, quer estes exemplos se apresentem em seus desdobramentos fonéticos, morfológicos, sintáticos ou semânticos. Entretanto, no que concerne à identificação deste último caso de motivação ao fenômeno da iconicidade, algumas observações tornam-se necessárias.

A ênfase exclusiva nos processos diagramáticos, com desdobramentos nos níveis morfológicos e sintáticos da linguagem verbal, nos remete ao ensaio pioneiro de Roman Jakobson, já citado neste trabalho. De acordo com esse autor:

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Verifica-se a existência de um nítido caráter diagramático não somente na combinação de palavras em grupos sintáticos, mas também na combinação de morfemas em palavras. Tanto na sintaxe quanto na morfologia, qualquer relação entre as partes do todo se conforma com a definição que Peirce dá dos diagramas e de sua natureza icônica. (Jakobson, op. cit., 1995: 108)

A correspondência que existe quanto à ordem entre o significante e o significado encontra o lugar que lhe cabe no quadro das “variedades fundamentais da semiosis possível” esboçado por Peirce. Este distinguia entre os ícones duas subclasses diferentes: as imagens e os diagramas... (Idem, p. 105) (Grifos na edição consultada).

É significativo que Jakobson (assim como outros lingüistas que se debruçaram posteriormente sobre os mecanismos icônicos do código verbal) concentre sua abordagem no domínio da iconicidade diagramática, a partir de uma distinção diádica entre imagem e diagrama — desconsiderando, portanto, a terceira classe de hipoícones, não obstante se apóie em referências diretas à obra de Peirce. Supomos ser esta posição indicadora de certa reserva em relação ao papel da categoria dos hipoícones do tipo metafórico, no que se refere ao código lingüístico, o que, de fato, parece constituir um problema complexo de interpretação.

Retomemos, entretanto, a definição de metáfora nos termos de Peirce. Trata-se, como vimos, dos signos “que representam o caráter representativo de um representâmen através da representação de um paralelismo com alguma outra coisa” (op. cit.). Antes de qualquer questionamento, convém decifrarmos essa intricada formulação, que, até onde pudemos observar, é a única passagem na obra do autor que define explicitamente o conceito em exame. Para tanto, podemos dividi-la em duas partes: a primeira determina o objeto a que o signo icônico metafórico se refere, ou o que ele representa (“o caráter representativo de um representâmen”); a segunda parte determina o modo por que ele o faz (“através da representação de um paralelismo com alguma outra coisa”). Este segundo termo não traz dificuldades à apreensão, já que a idéia de um paralelismo semântico entre dois objetos apenas reafirma o conceito tradicional de metáfora que conhecemos dos estudos retóricos. É a primeira parte da definição que implica maior risco de ambigüidade, e, para tentar evitá-lo, analisaremos um exemplo, seguindo de perto a definição do autor.

Considere-se qualquer Representâmen: por exemplo, a palavra ESMERALDA. Como todo Representâmen, ela possui obviamente certo “caráter representativo”, isto é, certa capacidade de significar (estar no lugar de) algo. De acordo com a definição de Peirce, a metáfora é o recurso de linguagem utilizado para representar (trazer à presença) o caráter representativo, ou seja, a capacidade que tem esse Representâmen de evocar, não todas, mas algumas qualidades de um objeto. E como a metáfora faz isto? Através da representação de um paralelismo entre aquele primeiro signo e alguma outra coisa, que é naturalmente um segundo signo: a palavra MAR, por exemplo. Esse paralelismo é possível pelo fato de os dois objetos representados possuírem ao menos uma qualidade em comum (no caso, a cor verde). Assim, expressões como o mar é uma líquida esmeralda (em que os dois termos se associam pela predicação), ou as jangadas deslizam sobre a líquida esmeralda (em que se dá uma substituição entre eles),4 têm a faculdade de realçar certa qualidade evocada pelo Representâmen ESMERALDA, por meio do paralelismo com o signo MAR. Num sentido semiótico, o que esta metáfora coloca em evidência é a propriedade que possui a palavra ESMERALDA de funcionar conotativamente como signo do mesmo objeto que a palavra MAR.

O processo acima descrito pode ser representado, em termos mais gerais, através do esquema gráfico a seguir. Temos um Representâmen (S1) que remete simultaneamente a dois Objetos (O1 e O2), os quais se interceptam em qualidades comuns, permitindo assim o paralelismo de S1 com um segundo signo (que não está representado no esquema) e gerando, conseqüentemente, dois Interpretantes, sendo um deles (I1) imediatamente deduzido da relação entre S1 e O1 (sentido “literal”), enquanto o outro (I2) surge de uma relação especificamente ligada ao contexto presente (sentido “metafórico”).

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Fig. 2 – Esquema gráfico para o hipoícone metafórico

De acordo com a interpretação de alguns leitores de Peirce, a exemplo de Lúcia Santaella, a metáfora resulta de um paralelismo ou semelhança situada no nível dos significados evocados pelos signos postos em relação: “a imagem é uma similaridade na aparência, o diagrama, nas relações, e a metáfora, no significado” (1992: 44). A natureza icônica do signo metafórico se explicaria, assim, pelo fato de que “as cintilações conotativas da metáfora produzem nítidos efeitos imagéticos” (ibidem). Para Santaella, a metáfora contém em si o diagrama e a imagem, refletindo um processo que se observa também no envolvimento dos ícones e índices pelos símbolos — processo este que tende a relativizar a aplicação das categorias sígnicas.

[...] o símbolo não é senão uma síntese dos três níveis sígnicos: o icônico, indicial e o próprio simbólico. A afirmação de que a imagem é ícone já é relativamente enganadora; a de que a palavra é pura e simplesmente símbolo é decididamente equivocada. Os níveis de convencionalidade, que estão presentes, em maior ou menor medida, nas imagens, correspondem ao caráter simbólico, além de que há imagens alegóricas que figuram simbolicamente aquilo que denotam. Assim, também, há necessariamente imagem no símbolo, pois sem a imagem o símbolo não poderia significar (ibidem).

Aceitando-se esta interpretação, cabe observar que a iconicidade é aqui considerada como um componente intrínseco dos símbolos. A metáfora pode ser assim entendida como potencializadora de um caráter icônico inerente, em certa medida, aos signos verbais em geral e, portanto, preexistente nos signos que participam do paralelismo semântico em que ela se baseia.

Considerações Finais

Estas considerações em torno do conceito de iconicidade oferecem alguns elementos para a discussão do tema da motivação no contexto dos estudos lingüísticos. Algumas das observações que se seguem apresentam nitidamente um caráter de hipóteses investigativas, cuja comprovação ou refutação não cabem nos propósitos deste trabalho, em que procuramos tão-somente situar o problema teórico em questão. Um aspecto importante a se observar é que parece existir uma variação de perspectiva no percurso da análise dos fenômenos da iconicidade, conforme o nível lingüístico em que estes fenômenos se localizam. Enquanto as motivações de ordem fonética, sintática e morfológica invocam um conceito de iconicidade stricto sensu — vale dizer: correspondendo a uma similaridade entre o objeto representado e o representâmen do signo —, os casos de motivação semântica convergem para uma semelhança situada no nível dos interpretantes, isto é, no plano das imagens (ou “ícones mentais”) evocadas pelas palavras.

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A fundamentação deste último nível de iconicidade num componente icônico associado a priori aos símbolos em geral traz ainda algumas conseqüências para a pesquisa da motivação lingüística. Nos processos fonéticos, morfológicos e sintáticos, haveria assim dois níveis de iconicidade sobrepostos, pois a cada uma dessas formas de motivação se somaria a carga imagética inerente ao símbolo. Já no caso das expressões metafóricas, o paralelismo semântico que as caracteriza não poderia ser considerado como traço distintivo entre iconicidade e arbitrariedade, atuando antes como um recurso metalingüístico cuja função seria a de evidenciar, na percepção do usuário, a iconicidade subjacente em cada um dos signos que dela participam.

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Referências

AZEREDO, José Carlos de (org.). Língua Portuguesa em debate: conhecimento e ensino. Petrópolis: Vozes, 2000.

CUNHA, Maria Angélica; OLIVEIRA, Mariângela Rios; MARTELOTTA, Mário Eduardo (orgs.). Lingüística funcional: teoria e prática. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

JAKOBSON, Roman. Lingüística e comunicação. 15 ed. São Paulo: Cultrix, 1995.

MARTELOTTA, Mário Eduardo (org.). Manual de lingüística. São Paulo: Contexto, 2008. NEVES, Maria Helena de Moura. A gramática funcional. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

NÖTH, Winfried. Panorama da Semiótica: de Platão a Peirce. 3 ed. São Paulo: Annablume, 2003. PEIRCE, Charles S.. Semiótica. Trad. J. Teixeira Coelho. 2 ed., São Paulo: Perspectiva, 1990.

PIGNATARI, Décio. Semiótica e Literatura: icônico e verbal; Oriente e Ocidente. 2. ed. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979.

SANTAELLA, Lúcia. A Teoria Geral dos Signos: como as linguagens significam as coisas. São Paulo: Cengage Learning, 2000.

______. Matrizes da linguagem e pensamento: sonora, visual, verbal; aplicações na hipermídia. São Paulo: Iluminuras, 2001.

______. Palavra, Imagem & Enigmas. Revista USP. Dossiê Palavra, Imagem. nº 16. São Paulo: 1992. p. 36-51.

SANTAELLA, Lúcia; NÖTH, Winfried. Imagem: cognição, semiótica, mídia. 2 ed. São Paulo: Iluminuras, 1999.

NOTAS:

1 Os grifos em itálico nas citações são nossos, exceto nos casos assinalados.

2 Para os propósitos a que se limita este trabalho, desconsideramos deliberadamente algumas subclassificações

do modelo sígnico peirciano.

3

As referências à obra de Charles S. Peirce costumam indicar o volume e o parágrafo citados da edição dos

Collected Papers. No presente trabalho, optamos por indicar as citações do autor pelo número da página na 2ª

edição de Semiótica, editora Perspectiva, Col. Estudos, trad. José Teixeira Coelho Neto (cf. nossas referências bibliográficas).

4 Valemo-nos aqui da inventividade do escritor José de Alencar, que, no entanto, preferiu empregar a imagem da

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