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TÍTULO: TECENDO CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL À GESTANTE NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DOLORES MASSEI - SCS

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Academic year: 2021

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TÍTULO: TECENDO CONSIDERAÇÕES A RESPEITO DO ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL À GESTANTE NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DOLORES MASSEI - SCS

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: MEDICINA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): DARIANE BEATRIZ MARINO CARDOSO, BEATRIZ BOVO OTONI FONSECA, BEATRIZ GERALDO MOITINHO, FERNANDA ORMENEZE PAIVA, GIOVANNA LAPENNA SZENDLER, MARINA ALVARENGA CAMILOTTI

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ANDREA DE BARROS COSCELLI FERRAZ ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): FRANCISCO D’ARTGNAN CIARLINI MENDES, JULIANA BAHOV SHINNISHI COLABORADOR(ES):

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Resumo

O presente artigo é resultado das discussões sobre a temática no estágio da quarta etapa do curso de Medicina da Universidade de São Caetano do Sul, a unidade curricular IESC (Instituto de Estudos em Saúde Coletiva). Onde o tema pensado foi investigado por meio de pesquisa bibliográfica na qual foram utilizadas como fontes de estudo obras de relevante importância sobre o tema, livros, artigos científicos, além de sites sobre o tema. Verificou-se a necessidade da elaboração do fluxo de atendimento às gestantes atendidas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dolores Massei. Como projeto aplicativo fez-se o fluxo, focado no atendimento integral as necessidades e com a identificação de todo os atores envolvidos neste trabalho. Dessa forma, aprimorou-se a gestão do cuidado a este grupo específico, facilitando o trabalho dos profissionais e garantindo uma melhor assistência a saúde da gestante e sua família.

1. Introdução

O objetivo do presente relato de experiência é apresentar informações relevantes sobre o atendimento multiprofissional à Gestante na Unidade Básica de Saúde Dolores Massei. Será realizada uma revisão da literatura científica utilizando busca bibliográfica eletrônica contendo dados atualizados relevantes sobre o tema.

Acreditamos que a disciplina do IESC pretende colocar precocemente os educandos em contato com atividades de atenção na comunidade, proporcionando o conhecimento de uma unidade básica de saúde e observando como se desenvolve a rotina de uma Equipe de Saúde da Família e mais ainda, mostra como está sendo estruturado o atendimento às necessidades da sua área de abrangência, proporcionando a professores e discentes o trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar. Busca a formação geral e específica dos egressos com ênfase na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde.

Vale a pena ressaltar no trabalho que no IESC os princípios norteadores: atenção, gestão e educação em saúde são abordados nas discussões das situações-problema e nas narrativas vivenciadas pelos estudantes de medicina, por

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meio do método da Problematização, no qual o professor/facilitador deverá conduzir os estudantes a observar a realidade.

De acordo com a demanda existente dentro das unidades de saúde em relação ao atendimento a gestante e quanto aos procedimentos que devem ser realizados e quem os realiza, fez-se necessário a elaboração de um Fluxograma de Atendimento Multiprofissional à Gestante.

Embasado no fluxograma disponibilizado pelo Ministério da Saúde (ANEXO 1), abaixo relacionado: Fluxograma de Pré-Natal.

Fonte:Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de Atenção Básica, 2012.

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Foram acrescentados itens e procedimentos vistos como necessários pelos profissionais da Unidade, além de especificar o atendimento relativo ao perfil em que a mulher se encaixa.

Ficou evidente para nós pesquisadores iniciantes que a Unidade Básica de Saúde Dolores Massei não tem controle atual do número de gestantes presentes na área de cobertura, devido à falta de comunicação entre os profissionais responsáveis pela abertura de Programa de Cadastro da Gestante (PCG); a ausência de contrarreferência dos hospitais nos quais são realizados os partos das gestantes é um fator complicador para a realização da visita domiciliar (VD) à puérpera e ao recém-nascido. Esses problemas interferem no atendimento da gestante e sua família.

2. Objetivos

Elaborar um fluxograma de atendimento a gestante para aplicação na Unidade de Saúde Dolores Massei.

3. Metodologia

Trata-se de um estudo de caráter descritivo, o local da pesquisa foi no Município de São Caetano do Sul, na Unidade Básica de Saúde Dolores Massei. Neste trabalho foi utilizado o método da pesquisa secundária de natureza bibliográfica, esta pesquisa foi escolhida por proporcionar um embasamento e aprofundamento sobre as informações referentes ao tema estudado. Deste modo, para a execução desta utilizou-se como metodologia a revisão integrativa de literatura. Quanto à abordagem, esta pesquisa utilizou a qualitativa. No estudo descritivo, o pesquisador tem acesso aos dados, fatos. Utilizando-os da maneira que sua pesquisa exige, mas sem interferência do pesquisador. Tem como caracterizador a padronização da coleta de dados, a ser desenvolvida preferencialmente por questionários e observação sistemática (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).

Com as informações obtidas, elaborou-se um fluxograma de atendimento, com descrição de cada etapa realizada, visando facilitar o cotidiano dos profissionais e

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padronizar um atendimento multiprofissional a cada gestante. Além de promover a comunicação entre a Unidade de Saúde e os hospitais em que partos são realizados visando o controle da fase do puerpério.

Segundo o Fluxograma de Atendimento à Gestante disponível na Cartilha de Atenção a Mulher, juntamente com a pesquisa de artigos e a necessidade da Unidade Básica de Saúde Dolores Massei foi elaborado um novo esquema de atendimento, visando a padronização do cuidado à gestante. Que nos permitiu a discussão dos resultados e confronto com a literatura pertinente.

4. Resultados e Discussão

A interpretação dos resultados foi realizada à luz das políticas públicas voltadas para a promoção da saúde da mulher, especificamente as ações relacionadas ao âmbito de competência do profissional da saúde.

Para melhor analisar os dados referentes ao objeto de estudo, elaborou-se um fluxograma (ANEXO 2), abaixo relacionado: Fluxograma de Atendimento à Gestante

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Podemos descrevê-lo da seguinte maneira:

➢ Ao receber a mulher com queixa de suspeita de gravidez, deve-se questionar sobre há quantos dias ela se encontra com atraso menstrual, se sente náuseas, se realizou suspensão do uso de contraceptivo, ou uso irregular deste, e se há o desejo de ser mãe no presente momento. (1)

➢ O primeiro acolhimento deve ser realizado pela enfermeira na UBS. Durante a consulta, avalia-se principalmente a data da última menstruação (DUM), a regularidade do ciclo menstrual, a atividade sexual (frequência, intercorrências como dor e sangramentos, entre outros), uso de método contraceptivo (uso correto, tempo de uso) e calendário vacinal. Observou-se na UBS Dolores Massei, que há uma escala entre os enfermeiros para realizar acompanhamento. (2)

➢ Ainda na primeira consulta, realiza-se a captação da gestante para o início do pré-natal, faz-se a solicitação de exames (teste rápido de HIV, sífilis, entre outros), preenchimento do SISPRÉNATAL, preenchimento do cartão da gestante, preenchimento do prontuário da gestante, encaminhamento odontológico, além de pré-natal do parceiro. (3)

❖ A consulta seguinte é realizada pelo médico, e nela há análise dos exames solicitados da primeira consulta e avaliação do risco gestacional. Um pré-natal de baixo risco não apresenta necessidade de se utilizar alta densidade tecnológica em saúde e a morbimortalidade materna e perinatal são iguais ou menores do que as da população em geral. Já o pré-natal de alto risco caracteriza-se pela presença de fatores associados a um pior prognóstico materno e perinatal, exigindo avaliações mais frequentes, e de procedimentos com maior densidade tecnológica. Ambos os tipos de pré-natal recebem atendimento multiprofissional com médico, enfermeiro, nutricionista, dentista e psicólogo. (4,5)

❖ Incentiva-se a realização de atividades educativas mensais na UBS realizada por um Grupo de Gestante, com o intuito de promover a autoestima da gestante, a participação do pai, adquirir informações relevantes sobre o puerpério e seus cuidados principais, o pós natal e o aleitamento materno. (6)

❖ A avaliação de risco gestacional deve ocorrer em toda consulta, e não implica necessariamente na referência da gestante para o pré-natal de alto risco. Assim,

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alguns fatores de risco que permitem a realização do pré-natal na atenção básica são: situação familiar e conjugal insegura, não aceitação da gravidez, macrossomia fetal e síndromes hemorrágicas ou hipertensivas. Alguns fatores de risco que indicam encaminhamento ao pré-natal de alto risco são, por exemplo: cardiopatias, diabetes mellitus ou gestacional, abortamento habitual e gemelaridade. E os fatores que indicam encaminhamento à urgência/ emergência obstétrica são: descolamento prematuro de placenta, suspeita de pré-eclâmpsia, sinais premonitórios de eclâmpsia em gestantes hipertensas; e eclâmpsia. (7)

➢ A visita à maternidade pela gestante deve ser realizada no 3º trimestre, visando que a mãe conheça o local do parto. (8)

➢ Após o parto, a contrarreferência do hospital para a UBS pós parto é um momento chave, pois promove a transferência de informações sobre mãe e as possíveis intercorrências durante o trabalho de parto, permitindo que os profissionais da unidade básica mantenham contato com a puérpera através das visitas domiciliares e possam, assim, realizar o atendimento e assistência ao puerpério, momento este, muito delicado para a mulher. (9).

Para se alcançar os princípios norteadores do IESC, estes devem ser implementados desde a prática formadora. Não há programa, independente de sua excelência teórica e técnica, que consiga êxito em um contexto marcado por dificuldades em relação às mudanças estruturais e processuais necessárias e por profissionais de saúde com uma formação conceitual não consoante com os princípios da integralidade.

A implementação das políticas de atenção integral à saúde da mulher é um desafio para os gestores e profissionais inseridos no sistema de saúde. Essas políticas apresentam caráter contra-hegemônico à medida que introduzem conceitos de assistência à saúde que se contrapõem à maneira histórica de se compreender o processo saúde-doença.

Faz-se necessária a incorporação dos princípios propostos na prática cotidiana dos serviços, que devem contar com suficientes recursos financeiros e com recursos humanos capacitados a executar esse novo modelo. Esses desafios somente serão superados com a articulação dos diversos segmentos sociais envolvidos na questão. Governo, profissionais de saúde e usuárias precisam trabalhar de maneira solidária

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e colaborativa no desenvolvimento de estratégias que induzam a reorganização da atenção à saúde da mulher no sentido da integralidade e equidade.

5. Considerações Finais

No decorrer das discussões realizadas, pode-se perceber que diante da demanda da UBS Dolores Massei, o grupo sugeriu a implementação de propostas de intervenção para o aprimoramento do atendimento à gestante, sendo elas: comunicação efetiva entre as enfermeiras responsáveis pela abertura do PCG, criação de um “Grupo de Gestante" na UBS Dolores Massei, o acompanhamento contínuo entre CAISM e UBS em caso de gestação de alto risco, visita à maternidade e contra referência do hospital para a UBS após o parto.

O Fluxograma de Atendimento à Gestante tem como objetivo auxiliar os profissionais de saúde e pode ser utilizado não só na Unidade Básica de Saúde Dolores Massei, mas em todo o município de São Caetano do Sul. Visando o cuidado multiprofissional, focando no aspecto biopsicossocial da gestante.

Portanto, nos próximos semestres será realizada a verificação da efetividade da implementação do fluxograma e de seus benefícios na UBS Dolores Massei.

6. Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.

CUNHA, Margarida de Aquino et al . Assistência pré-natal: competências essenciais desempenhadas por enfermeiros. Esc. Anna Nery,Rio de Janeiro , v. 13, n. 1, p. 145-153, Mar. 2009 . Available from

<

http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S1414-81452009000100020&lng=en&nrm=iso>. access on 04 June 2017.

http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452009000100020.

BARBOZA, Tatiane Aparecida Venâncio; FRACOLLI, Lislaine Aparecida. A utilização do "fluxograma analisador" para a organização da assistência à saúde no Programa

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Saúde da Família. Cad. Saúde Pública,Rio de Janeiro , v. 21, n. 4, p. 1036-1044, Aug. 2005 . Available from

<

http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S0102-311X2005000400006&lng=en&nrm=iso>. access on 04 June 2017.

http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2005000400006.

MENDES, K.D.S.; SILVEIRA, R.C.C.P.; GALVÃO, C.M. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm., v.17, n.4, p.758-764, 2008.

Referências

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