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O Barreiro já não estava habituado a tanta obra

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Academic year: 2021

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O SEU DIÁRIO DA REGIÃO

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

QUARTA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2020

PREÇO 0,60€ | N.º 466 | ANO III | 5.ª SÉRIE

PUBLICIDADE PUBLICIDADE PUBLICIDADE

SESIMBRA

Câmara mantém

horários até às

22 horas

p12

QTA. DO CONDE

Associação para o

Desenvolvimento

é a mais antiga

p13

Dores Meira defende

nova gestão no Vitória

“O Barreiro já

não estava

habituado

a tanta obra”

No discurso do feriado municipal, a presidente da Câmara de Setúbal

afirmou que o clube deve procurar "novos modelos de governação"

p4 e 5

Entrevista

Frederico

Rosa diz que encontrou

um concelho

estagnado

p8 e 9

O SETUBALENSE

TST e Nex são

as escolhidas

para operar os

transportes

na região

p3

(2)

Abertura

H

á muito tempo que se tem posto em evidência a gravidade da acção do homem delapidando a natureza, consumindo sem qual-quer cuidado os bens que a Mãe Terra fornece, desde o petróleo, aos variados minerais (carvão, ferro, pedras preciosas, volfrâneo, lítio e tantos outros) e até a agua. Mas a acção do homem no afã do consumo e do lucro inerente a esse consumismo, segue a sua acção destrutiva com a desflorestação de grandes áreas modificando o habitat de muitos seres vivos que assim correm graves riscos de desaparecerem alterando os equilíbrios que a natureza criou e diminuindo o oxigénio essencial à vida.

E depois nas suas correrias loucas o homem encheu as estradas de automóveis, os mares de barcos e dejectos e os ares de aviões cada vez maiores e…mais poluentes. Tudo isto numa corrida pela ânsia descontrolada de produzir, levar a consumir e obter riqueza sem olhar a consequências de poluição, de desequilíbrios ecológicos, de alterações climáticas inevitáveis – e assistimos a mais tufões ou ciclo-nes, a inundações, novas doenças e ao aumento global da tempera-tura do ar e do mar .

Mas os homens com os seus com-portamentos, há muitos séculos que se confrontam uns contra outros por muitas razões de que a principal é o desejo de terem cada vez mais poder e ter o domínio de cada vez mais terreno e mais riquezas.

E a História descreve-nos imensa guerras cada vez mais destrutivas na sequência dos constantes e

A Europa devia

ter vergonha!

OPINIÃO

Mário Moura

rápidos progressos das tecno-logias .E dessas guerras, e das desigualdades tremendas geradas pelas intransigências étnicas e religiosas, formam-se movimentos de refugiados procurando outras paragens onde reine a paz ou onde se possa alimentar ,não só a fome do corpo mas também a fome duma vida calma e feliz. E por isso a Europa é procurada por milhares de refugiados de África.

E assim o mar Mediterrânio, fron-teira sul da Europa, se tornou um verdadeiro cemitério onde pere-ceram milhares desses fugitivos em embarcações superlotadas e frágeis.

E os que chegam a terra firme são mal recebidos pois os países Euro-peus não conseguem entender-se sobre como acolhe-los – deixando a Grécia com um problema grave. Vêm estas considerações a propó-sito do drama dos milhares desses refugiados amontoados sem con-dições há dois ou três anos na ilha de Lesbos (Grécia) que ardeu há uns dias deixando os, agora fugiti-vos, pelas estradas e pelos campos em redor, aí contidos pela polícia de choque dos gregos-.

É a imagem deprimente da desu-manidade dos homens ás voltas com a pandemia dum vírus quem vai aumentando o egoísmo do ser humano “proibido” de qualquer ato de ternura.

Quem ajuda aquelas famílias? Perdeu o ser humano a sua parte solidária?

Se é assim muito mal vai a nossa Humanidade! “A Europa devia ter vergonha!” disse um responsável da EU.

Médico Alguns moradores da Cooperativa de Habitação Bem-Vinda a

Liberdade, localidade de Faralhão na freguesia do Sado, referem que uma das árvores localizadas na Rua Alves Redol tem pernadas secas, em risco de queda. Uma situação que poderá causar ferimentos a quem frequenta aquele espaço verde com frequência, ou danos materiais em viaturas estacionadas nas imediações. Em contacto com a Junta de Freguesia do Sado, os moradores obtiveram a resposta de que aquela zona verde está a ser gerida por uma empresa.

O REPARO

Árvore com

ramos em risco

de queda

DR

regressar a Portugal pela porta do Vitória, depois de representar dez clubes após a última passagem pelo Bonfim. Actualmente com 31 anos, tem um longo currículo no estrangeiro e poderá jogar pela primeira vez na equipa principal do emblema setubalense. O atleta volta assim ao Bonfim onde teve a sua formação.

Bruno Luz

Higiene urbana na Rua

Camilo castelo Branco

A Rua Camilo Castelo Branco, no cruzamento que vem do hospital ao cemitério, frequententemente está imunda, cheira muito mal e os latões [do lixo] estão muito sujos.

Leitora devidamente identificada, Setúbal

Produção literária

nas comunidades

portuguesas em tempos

de pandemia

Nestes tempos difíceis que atravessa-mos, devido aos efeitos da pandemia, uma das áreas mais afectadas tem sido o sector cultural. Diariamente são conhecidas batalhas de sobrevi-vência que muitos artistas enfrentam no seu quotidiano, agravadas pelo cancelamento de iniciativas que sustentavam os demais agentes

cul-CARTAS DO LEITOR

turais. A crise estende-se ao mundo dos livros e autores, onde as quedas nos números de vendas de livros e o encerramento de livrarias e edito-ras são uma realidade cada vez mais presente na sociedade portuguesa. Alento que surge na diáspora, onde a capacidade de arrojo e resiliência tem sido capaz de manter activa a produ-ção literária. Os recentes lançamen-tos no seio das comunidades portu-guesas, como foi a apresentação no dia 13 de Setembro, em Toronto, do livro “Avós: Raízes e Nós”, reforçam estes sinais de esperança.

Ainda no Canadá, onde vive e traba-lha uma das maiores comunidades portuguesas na América do Norte, foi lançada em Montreal a “Antolo-gia Literária Satúrnia – Autores Luso--Canadianos”. Em meados deste ano, a Oxalá Editora, na Alemanha, editou “Correr Mundo – Dez mulheres, dez histórias de emigração”.

Daniel Bastos, Fafe

ESCREVA-NOS. Envie-nos a sua carta ou comentário para

correiodoleitor@osetubalense.com, para a morada Travessa Gaspar Agostinho, n.º 1, 1.º - 2900-389 Setúbal, ou ligue-nos pelo telefone 265 094 354.

Os textos não devem ultrapassar os 750 caracteres e o jornal reserva-se o direito de seleccionar ou cortar. Não devolvemos originais.

(3)

O primeiro diz respeito às descargas de águas residuais não tratadas na Baía do Seixal, devido à “falta de investimento por parte da SIMARSUL”, e à “falta de eficiência do funcionamento da estação de tratamento de esgotos da Quinta da Bomba, gerida pelos

Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento de Almada”. O outro tema referiu-se à

AMARSUL e ao aterro sanitário intermunicipal do Seixal, que “tem causado graves impactos ambientais sobre os habitantes que residem junto ao mesmo”.

Joaquim Santos

exige resolução

de problemas

ambientais no

Seixal

O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, reuniu ontem com a secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, para procurar soluções para problemas ambientais na autarquia.

N

a sua obra, Romeu Correia (1917-1996) não deixou de se preocupar com Bo-cage, tornando-o tema e personagem central de uma peça, usando como título o nome do poeta (Lisboa: Editora Ulisseia, 1965). Bo-cage é, de resto, personalidade que se tem prestado a ser personagem de vários textos dramáticos, assina-dos por Luzia Maria Martins (1967), José Sinde Filipe (1974), Fernando Cardoso (1999) ou Fernando Gomes (2005).

A obra de Romeu Correia (que mereceu segunda edição em 1978), aparecida quando passava o segundo centenário do nascimen-to de Bocage, só estreou em palco cinco anos depois, em iniciativa do Grupo de Teatro do Instituto Comercial do Porto, no Teatro Sá da Bandeira.

O leitor ainda hoje pode ver um vigor moderno pela interpretação da obra e do percurso bocagiano, pela estrutura da peça, com mui-tas intromissões do autor no que poderiam ser recomendações de encenação, pela vontade de levar uma época e um país para dentro de um palco.

Nesta peça representa-se tam-bém o teatro, com figuras da arte dramática como Arlequim, Pierrot, o Histrião, os Saltimbancos ou as Máscaras (sugerindo o papel do coro), numa espécie de “espectá-culo de feira”, uma “representação dentro de outra representação”, como o pretendeu o autor.

“Bocage” foi apresentado como “crónica dramática e grotesca” pa-ra destacar, mais do que a imagem que do poeta ficou, o percurso que ele teve e as circunstâncias que o fizeram.

A abrir a obra, ficou a observa-ção: “Inconstante e volúvel como o momento histórico que testemu-nhou, o poeta, entrando na Lenda como um incorrigível trocista e desfrutador de prazeres, confun-de-se com a agonia do próprio século, o XVIII, – e os anseios anó-nimos, a irreverência e o escárnio de um mundo novo que nasce…”

O Bocage que

Romeu Correia legou

500 PALAVRAS

João Reis Ribeiro

gam o lençol e trucidam o morto, dividindo-o entre si, como relíquia. Este com um pé, aquele com um braço, aqueloutro com a cabeça, etc., e somem-se, felizes, no hori-zonte.”

Pela história passam momen-tos vários da vida e do tempo do poeta sadino – a viagem à Índia, o balão de Lunardi, a boémia, o café “Nicola”, a tertúlia, a censura, a prisão, a reeducação no mosteiro, as relações de amizade (Morgado de Assentis, Bingre, Santos Silva, os padres do mosteiro) e de desa-vença (Pina Manique, José Agos-tinho de Macedo) –, num trajecto em que a sua figura se vai impondo para, depois, começar a declinar, ao mesmo tempo que o ambiente vai ficando impregnado da poesia bocagiana.

A intenção desta peça passa por corrigir um pouco a memória que de Bocage se fez.

Argumentava o Histrião, ao falar sobre o teatro, que “um homem sobre as tábuas dum palco é rei, é tudo o que ele sonha ser (…), é imperador, sendo um pobre de Cristo”, talvez um pouco como foi o trajecto de Bocage no palco da vida, apresentado como valor se-guro e superior. Professor

“Bocage” foi

apresentado

como “crónica

dramática

e grotesca”

para destacar,

mais do que a

imagem que do

poeta ficou, o

percurso que

ele teve e as

circunstâncias

que o fizeram

A história começa com a evoca-ção de uma anedota protagoniza-da por um Bocage mítico, lembra-da por “uma voz”, ainlembra-da com o pa-no descido, ao mesmo tempo que no palco se vai delineando a per-sonagem José Pedro da Silva (das Luminárias), amigo e protector do poeta (que, em cena, zela pela sua memória, insurgindo-se contra o anedotário), e conclui com a morte do mesmo Bocage, numa encena-ção que o projecta para a memória, tal como é acentuado na didascália que orienta a encenação: “Súbito, mil mãos caem sobre o leito,

ras-Humberto Lameiras

O júri já entregou o

relatório preliminar às

empresas concorrentes

e, se não houver

contestação, há

alterações na península

A Transportes Sul do Tejo (TST) é uma das quatro empresas que vai operar os novos autocarros na Área Metropolitana de Lisboa (AML). O júri responsável pelo concurso já enviou o relatório provisório aos concorren-tes, que agora têm dez dias para se pronunciarem sobre a classificação que lhes foi atribuída.

A par da TST, controlada pela Arri-va, que vai operar em Almada, Seixal e Sesimbra, as empresas alinhadas para a concessão da Carris Metropolitana são a Rodoviária de Lisboa, Scotturb e Netxt. Esta última vai ficar com a ope-ração de transportes em Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.

A informação avançada, ontem, pe-lo Jornal de Negócios, foi confirmada a O SETUBALENSE por fonte oficial da AML, que confirma o envio do relató-rio preliminar aos concorrentes, mas nada mais avança até estar esgotado o prazo para estes solicitarem escla-recimentos ou mesmo contestação.

Com o concurso dividido em quatro lotes para os 18 concelhos da AML, à margem sul cabem os lotes 3 e 4, sen-do que o lote 3 corresponde aos con-celhos de Almada, Seixal e Sesimbra,

CONCURSO DA AML

TST e Nex são as empresas

escolhidas para operar os

transportes na margem sul

representando 18% da procura. O lote 3 trata-se de uma zona que vale cerca de 273 milhões de euros, pa-ra a qual a opepa-radopa-ra britânica Arriva apresentou a melhor proposta, com um preço de 254 milhões, ou seja, me-nos 7%. A TST, que já funcionava neste território da península, vai responder por 116 linhas, sendo 43 delas novas. O lote 4, o mais pequeno do concur-so, envolve os concelhos de Alcoche-te, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, e deverá ficar com a nova operadora de transportes; a Nex Continental Hol-dings, detida pela National Express, que apresentou a melhor proposta.

Esta zona vale cerca de 197 mi-lhões de euros, corresponde a 14% da procura e inclui 111 linhas, sendo 21 novas O contrato proposto pela Nex é de 180,7 milhões de euros, menos 8,3%, e implica o maior desconto do concurso.

Neste concurso não foram conces-sionados os serviços municipais de transportes de autocarros para ser-viço público, caso do Barreiro onde opera a TCB – Transportes Colectivos do Barreiro. O mesmo acontece com Cascais e Lisboa que têm prestação por empresas próprias.

As regras do concurso obrigam que, a partir do final de 2021, os autocarros na AML serão amarelos e com a marca Carris Metropolitana. Impõe ainda que no início do contrato nenhum autocar-ro poderá ter mais de 16 anos sendo a média exigida de oito anos. A partir do quinto ano, nenhum autocarro poderá ter mais de 12 anos, com idade média de oito anos. O contrato é válido por sete anos.

(4)

Setúbal

Dores Meira defende novo modelo

de gestão para o Vitória e diz que

o município fez o que pôde pelo clube

Em dia da cidade de Setúbal e tam-bém de Bocage, o discurso da presi-dente da Câmara Municipal sadina, Maria das Dores Meira, arrancou, após referência ao poeta, com pa-lavras dirigidas a um dos “símbolos maiores” da comunidade à beira--Sado: o Vitória FC.

“Agora, urge procurar novos mo-delos de governação que devolvam o clube à cidade; que apostem na diversificação dos serviços que o emblema sadino pode oferecer, tor-nando-o imprescindível”, defendeu. A autarca não fugiu aos problemas e ao contexto actual e difícil do clu-be, bem como às “dificuldades que todos os setubalenses e vitorianos

No discurso do feriado

municipal, a autarca

afirmou que “o Vitória é

parte da cidade”

DIA DA CIDADE E DE BOCAGE

Autarcas depositaram flores junto à estátua do poeta na Praça do Bocage, antes de rumarem ao Fórum Luísa Todi

Rui Salvador (Texto) Mário Romão (Fotografia)

A sessão solene do Dia de Bocage e da Cidade contou, depois de uma homenagem aos trabalhadores camarários que se aposentaram no último ano, com a entrega de medalhas honoríficas a várias instituições e personalidades.

Os destaques vão para o Club Naval Setubalense e para a Marinha, agraciados com a Medalha de Prata da Cidade. A consagrada instituição sadina recebeu a distinção pelas mãos do presidente Hugo O’Neill. Pela Marinha, esteve presente o chefe do Estado-Maior da

Medalhados Mais de cem medalhas entregues a quem honrou a cidade de Setúbal

Armada, António Calado. Já a Medalha de Honra da Cidade foi atribuída a mais de cem personalidades/ instituições, que viram assim o seu trabalhado e mérito, verificado em diversos sectores da sociedade, serem reconhecido pela autarquia.

Antes da sessão solene no Fórum Municipal Luísa Todi, destaque para o hastear da bandeira e a interpretação do hino da cidade, para depois junto à estátua de Bocage serem declamados e musicados poemas pelo grupo TOMA.

(5)

estabelecido entre a autarquia e o grupo Supera. O novo espaço desportivo insere-se na estratégia municipal que tem vindo a ser implementada pelo município, com o objectivo de devolver o rio à cidade e criar condições para a promoção da actividade física em espaços naturais.

Novo centro

desportivo em

Albarquel

Um novo equipamento municipal dedicado a actividades em meio aquático já está em funcionamento no Parque Urbano de Albarquel. O Centro Municipal de Natação de Águas Abertas de Setúbal, representa um investimento de 75 mil euros, realizado a partir de um protocolo

querem ultrapassar”, mas também não deixou de sublinhar que “a Câ-mara Municipal não é o Vitória”.

“A Câmara Municipal não tem, nem pode querer ter, as chaves que desbloqueiam todos os problemas do clube. Tem, contudo, o dever mo-ral, histórico e político de defender uma instituição que faz parte da identidade urbana e desportiva de toda a região”, adiantou.

Maria das Dores Meira, acrescen-tando que o clube “povoa o imagi-nário de muita gente”, frisou que “este símbolo maior de Setúbal não pode ser alvo de tentativas de instru-mentalização, seja a mando de inte-resses financeiros, seja a mando de vontades políticas ou partidárias”. Isto porque os resultados deste ti-po de intervenções “serão sempre negativos”.

Com esta ideia bem assente, a autarca assegurou que o município está “ao lado das soluções” e que haverá “empenho” para que o Vi-tória se mantenha “no lugar que é seu por direito”, até para proteger “um património que é da cidade e do concelho”.

“Fizemos o que podíamos e devía-mos fazer pelo Vitória. Agora, urge procurar novos modelos de governa-ção que devolvam o clube à cidade”, disse, garantindo ainda que mesmo “tendo no futebol o principal foco, [o clube] consegue ir muito para lá das quatro linhas do campo da bola”.

“O Vitória é, insisto, parte impor-tante da cidade de Bocage”, concre-tizou sobre o tema.

Cidade mais atractiva com obras do convento inauguradas em Outubro

Com uma “cidade mais atractiva e mais funcional”, guiada pelas mãos de um executivo cujo “único propó-sito é fazer melhor cidade”, Dores Meira usou várias vezes a expressão “mais Setúbal”, visto poder “resu-mir todo um programa de trabalho já cumprido e até superado”.

“Ainda que possa haver quem ache que tornar Setúbal mais bonita pos-sa ser apenas um exercício menor, a verdade é que ter uma cidade bo-nita é muito mais do que isso para nós”.

Referiu ainda “uma cidade e um concelho que funcionam bem”, on-de “regras urbanísticas são agora mais respeitadas e aperfeiçoadas”, com uma rede viária “adaptada” às necessidades e uma cidade que é “ambientalmente sustentável”.

Assim, “construir mais Setúbal” é

“apostar” no “novo terminal inter-face”, em “investimentos como as bacias de retenção da Várzea”, e na requalificação do Convento de Je-sus, um “problema herdado que se arrastou por demasiado tempo”.

“Em Outubro, além do Conven-to e do Museu da Cidade, teremos concluída a operação de requalifi-cação de toda a envolvente daque-le magnífico monumento, com um largo renovado e um novo espaço de estacionamento nas traseiras do convento que servirá todo o centro da cidade”, garantiu.

Setúbal virada para o Sado

Não sendo possível dissociar Setú-bal do ‘seu’ Sado, Maria das Dores Meira recordou “todo o processo de transformação da zona ribeirinha”. “Além de mais cidade, queríamos mais rio”, frisou.

“Hoje, o que foi uma área degra-da e esquecidegra-da é uma área cheia de pessoas”, afirmou, referindo que a cidade “pode agora debruçar-se sobre o seu rio” e “senti-lo”, para, “finalmente, dizer que não está de costas voltadas para ele”.

Dores Meira destacou ainda que “Setúbal é em 2020 uma terra pro-curada por milhares de pessoas em busca de paisagens fabulosas, de boa gastronomia, de mar e praias”, juntando a este facto o “desenvolvi-mento inédito dos sectores da hote-laria e restauração”, e uma “enorme animação económica, com mais trabalho e mais emprego”.

Na “primeira linha” do combate à Covid-19

A líder do executivo setubalense falou perante uma plateia esgotada no Fórum Municipal Luísa Todi. Ca-sa cheia, mas com distanciamento e com lugares vazios para garantir o cumprimento de normas em tempo de pandemia.

E foi precisamente sobre a Co-vid-19 e o contexto que se vive, “al-go inédito nas nossas vidas”, onde foram saudados todos os que, no concelho e na Câmara Municipal, “estiveram, e estão, profundamente envolvidos neste trabalho”.

Enaltecendo a autarquia que “com as complicações impostas pelo con-finamento, esteve na primeira linha deste combate”, estendeu o elogio a outros responsáveis, enviando uma “forte saudação a todos os autarcas das freguesias que, nestes difíceis meses, andaram de porta em porta, rua a rua, a dar apoio a quem dele mais precisou”.

Maria Carolina Coelho

O Movimento SOS Autocarros e a As-sociação Rodoviária de Transporta-dores Pesados de Passageiros (ARP) marcaram ontem presença frente ao Estádio do Bonfim, no âmbito da iniciativa Volta a Portugal, com o objectivo de “recolher as tapas das matrículas dos proprietários de au-tocarros de turismo do distrito, para serem entregues hoje na Assembleia da República, numa tentativa de alertar o Governo para o facto de o sector estar prestes a morrer”, co-meça por explicar Amabília Costa, porta-voz do Movimento, a O Setu-balense.

Parados “forçosamente” desde Março devido à propagação da Co-vid-19, os profissionais do sector “es-tão há mais de 180 dias impedidos de trabalho”, depois de terem enfrenta-do “um Inverno difícil, altura enfrenta-do ano em que há sempre menos turismo”. Por este motivo tomaram a decisão de se unir, numa tentativa “de aler-tar o Governo para a actual situação vivida”. “Se o Governo não nos rece-ber, até ao final do ano mais de 70% das empresas a nível nacional deste sector não vão conseguir aguentar pois estão com quebras de facturação entre os 80% e os 100%. Avançámos

AUTOCARROS DE TURISMO

“Vamos entregar hoje as tapas

de matrícula na Assembleia

da República, simbolizando a

morte do sector”

com esta iniciativa, que marcou, no penúltimo dia, presença em Setúbal, com a motivação de muitos colegas, para levarmos até à Assembleia da República todas as nossas reivindi-cações”, explica.

Antes de chegar à cidade sadina, a iniciativa marcou presença em to-das as capitais de distrito de Portugal, numa tentativa de “dar voz às mais de 200 empresas do sector”, das quais 35 se encontram no distrito de Setúbal, onde se encontram em risco “cerca de 2 500 postos de trabalho”. Segundo explica Amabília Costa, “as medidas que o Governo tomou, principalmente as voltadas para o turismo, não se enquadram no sec-tor, que não pertence à Confedera-ção do Turismo de Portugal”. “Neste momento existem mais de 70 empre-sas com facturação nula e outras com pouca facturação em relação ao ano passado. No total só conseguimos fazer o levantamento de 90% das empresas existentes porque algumas já fecharam portas. Esperamos com esta volta de sensibilização que nos seja dada a permissão de viajar com a lotação máxima imposta pelo Go-verno no transporte de passageiros, tal como têm os aviões, os comboios e os autocarros urbanos, porque nós também somos um meio de transpor-te seguro”, frisa. DR

CONTÁGIO

Corporação

de Bombeiros

Sapadores

com seis casos

de Covid-19

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo confirmou a O SETUBALENSE que foram diagnos-ticados seis casos de Covid-19, “nos Bombeiros Sapadores de Setúbal”, tendo sido “determinado pela Auto-ridade de Saúde Local a desinfecção do espaço”.

O SETUBALENSE questionou o co-mandante da Corporação de Bom-beiros Sapadores de Setúbal, Paulo Lamego, sobre o ponto de situação actual, mas o comandante referiu apenas que tem alguns elementos da corporação de baixa médica por diferentes motivos, não confirman-do se haveria casos de contágio por Covid-19.

Na última semana, o contágio por Covid-19 originou mais de 1500 no-vos casos na Área Metropolitana de Lisboa (AML), mantendo-se a ten-dência de aceleração que tem vindo a confirmar-se nas últimas cinco sema-nas, tendo em conta os casos divulga-dos pela Direcção-Geral da Saúde nos relatórios epidemiológicos.

Em Agosto e nas primeiras sema-nas de Setembro os 18 municípios da AML contabilizaram 611, 694, 697, 831 e 1 008 novas infecções. Desde o início da pandemia, a AML soma 27 255 casos.

(6)

Barreiro

Luís Geirinhas

Veículo “inédito” em

Portugal quer dar

resposta mais eficaz no

terreno

INVESTIMENTO RONDA OS 250 MIL EUROS

Câmara compra viatura para resolver

entupimentos e rupturas no saneamento

O vereador João Pintassilgo, respon-sável pelo departamento de Águas e Higiene Urbana da Câmara do Barrei-ro, onde se insere a divisão que tutela a área do Saneamento, anunciou que aquele município procedeu, recen-temente, à aquisição de uma viatura que permite resolver de forma “mais eficaz problemas que possam surgir na nossa rede”.

O novo equipamento, que o au-tarca considera ser “inédito em Por-tugal”, junta num único veículo duas componentes que são bastante “im-portantes”. Por um lado, um sistema de alta pressão para desentupimento dos colectores de esgoto e, em se-gundo lugar, o facto de estar dotado de um sistema de CCTV, com um pe-queno robot, que procede à captação de imagens, permitindo desta forma “detectar possíveis obstruções e rup-turas”, explicou.

Nova viatura custou cerca de 250 mil euros à autarquia

DR

tência de “um software apropriado” que está acoplado ao referido sistema e que procede à gravação daquilo que vê e regista, fornecendo dados que

são possíveis extrair para um Sistema de Informação Geográfica (SIG), que vai possibilitar uma adaptação e ac-tualização dos esquemas que a autar-quia possui ao nível do saneamento, durante as operações realizadas no terreno.

“É um pequeno passo numa pers-pectiva ambiental”, frisou, tendo real-çado que o investimento feito “não é uma exorbitância”, tendo em conta a mais-valia que o equipamento vai tra-zer para “uma rede que está bastante envelhecida, apesar do investimento que estamos a realizar diariamente, durante as obras que, muitas vezes, acabam por aborrecer as pessoas”, disse. João Pintassilgo acrescenta que “estamos finalmente a desenvol-ver um trabalho de revitalização das redes de saneamento”, que melhora-rá este serviço “substancialmente”.

Desta forma, destaca, a autarquia “poderá acudir mais rapidamente a alguns problemas que temos por resolver e que continuaremos a ter durante muitos anos”, reconheceu. O equipamento que a câmara possuía anteriormente, pela sua dimensão, já “não era adequado em zonas que eram mais exíguas”, tendo em con-ta que foi adquirido há mais de três décadas.

A Escola Básica José Joaquim Rita Seixas, situada na freguesia do Bar-reiro, foi o primeiro espaço do con-celho a ser intervencionado, recen-temente, no âmbito de um plano de melhoria do desempenho energéti-co dos vários edifícios municipais.

Bruno Vitorino, vereador respon-sável pela Divisão de Sustentabilida-de Ambiental e Eficiência Energética daquela autarquia, explicou que a intervenção “traduz-se na coloca-ção de 50 painéis fotovoltaicos para

REDUZIR CUSTOS FINANCEIROS

Básica Rita Seixas passa a produzir própria energia

o autoconsumo, integrados na ar-quitectura do edifício, os quais vão produzir cerca de 60 por cento da energia consumida” por aquele es-tabelecimento de ensino.

“Isto quer dizer que os custos da energia produzida pela rede serão reduzidos para 40%, traduzindo--se numa poupança anual estimada de, aproximadamente, quatro mil euros por ano”, adianta o autarca. “Estamos a apostar fortemente nas energias alternativas, nomeada-mente, nos sistemas fotovoltaicos para autoconsumo”, destaca, com o objectivo de “reduzir custos

finan-ceiros, diminuir emissões e ajudar o ambiente”.

Bruno Vitorino acrescenta que “pretendemos replicar este investi-mento noutros edifícios municipais, algo que permitirá poupar milhares de euros ao município”, realça. Com efeito, a verba poupada “poderá ser canalizada para outras neces-sidades ao nível das escolas”, tais como a climatização das salas de aula, dado que “em muitas escolas simplesmente não existe qualquer sistema de aquecimento” e “as crian-ças passam frio no Inverno e calor no Verão”, sublinha.

BREVES

No âmbito das Jornadas Europeias do Património – 2020, o Espaço Memória, no Barreiro, promove no fim-de-semana dos próximos dias 26 e 27, a partir das 09h30, duas visitas subordinadas ao tema “Coina e os seus portos”, num encontro que aborda a importância destes espaços. Após um “enquadramento histórico da localidade”, segue-se uma caminhada pela margem direita do rio. Com inscrição obrigatório, o evento é gratuito.

No próximo domingo, dia 19, no âmbito da iniciativa “Reserva o Verão à Família”, a Câmara do Barreiro vai promover um workshop de “Iniciação à Fotografia Digital”, entre as 9 e as 13h00 e das 14 às 17h00. As inscrições para todas as actividades previstas, podem ser efectuadas através da linha verde do Centro de Educação Ambiental (800 912 070), estando o número de participantes “limitado”, realça a autarquia.

Na sequência da empreitada de repavimentações, em curso no concelho do Barreiro, as Ruas 5 de Outubro e Teresa Borges, na freguesia do Alto do Seixalinho, estão condicionadas ao trânsito desde ontem e até ao próximo dia 21, numa intervenção levará a que a circulação e o estacionamento de veículos fiquem condicionados durante este período de tempo.

PATRIMÓNIO

Visitas ‘Coina e

os seus portos’

WORKSHOP

Iniciação à

fotografia digital

TRÂNSITO

Obras melhoram

artérias

O responsável adianta que esta aquisição, num valor “que se apro-xima dos 250 mil euros”, tem ainda uma terceira vantagem, que é a

exis-Autonomia será de 60%

DR

(7)

o mesmo nome, situada na freguesia de Palhais. O município informa que os trabalhos em curso “incluem a substituição da vedação em madeira” por outra “metálica”,

que é mais resistente, garantindo às crianças que frequentam aquele espaço “uma maior segurança”. A autarquia prevê que os trabalhos decorram durante cerca de duas semanas.

Vedação de parque

infantil está a ser

substituída em

Palhais

A Câmara do Barreiro deu início na última sexta-feira, à substituição da vedação do Parque Infantil da Quinta de São João Sul, localizado na Rua de Calcut, na urbanização com

Luís Geirinhas

Medidas específicas

apontam regras de

utilização e deixam

alerta a utilizadores

Face à problemática gerada pela pan-demia causada pelo surto de Covid-19 e em linha com as orientações forne-cidas pelas autoridades nacionais, regionais e locais, em conjunto com a Direcção-Geral de Saúde, o muni-cípio barreirense já tem disponível o seu Manual de Procedimentos de Protecção de Praticantes Desportivos e Funcionários.

O documento pretende “dotar de condições de segurança todos os es-paços desportivos geridos” pela câ-mara, de modo a garantir que funcio-nários e praticantes “cumpram todas as regras de etiqueta respiratória, dis-tanciamento social” e de lavagem cor-recta das mãos, entre outras medidas de higienização e controlo ambiental. Deste modo, todas as infra-estru-turas onde decorram a práctica de actividade física e desportiva devem obedecer a uma série de critérios que incluem o fornecimento de informa-ção sobre a pandemia, especialmente, sobre como “reconhecer e atuar pe-rante um utilizador com suspeita” de ter contraído o vírus, e a garantia de utilização de Equipamentos de Pro-tecção Individual (EPI) para todos os técnicos que não estejam a realizar exercício físico.

De acordo com o manual, o distan-ciamento físico de pelo menos dois metros, também deve ser assegurado em todos os espaços fechados e aber-tos, assim como não devem ser reali-zados treinos simultâneos com “parti-lha de espaço por equipas diferentes”. Com excepção de jogos de preparação e treinos de pré-competições.

Auto-monitorização diária de sinais e sintomas

Segundo o novo documento, os fun-cionários, elementos das equipas téc-nicas e praticantes “devem efectuar a

PROCEDIMENTOS DE PROTECÇÃO

Município com manual

para praticantes desportivos

e funcionários

auto-monitorização diária de sinais e sintomas e abster-se de ir trabalhar, treinar ou competir, se surgir sintoma-tologia compatível” com a doença. Os departamentos médicos dos clubes, por sua vez, devem garantir “uma avaliação clínica periódica e adequada de forma a identificar precocemente qualquer sintoma” associado à pan-demia.

Entre o conjunto de medidas espe-cíficas que devem ser tidas em conta, conta-se a necessidade de qualquer elemento evitar a sua deslocação ao polidesportivo, se apresentar qual-quer tipo de sintoma, mesmo que le-ve, nos 14 dias anteriores à actividade, se recebeu outras indicações sanitá-rias como o isolamento, por contacto com algum caso suspeito ou, ainda, se pertencer a algum grupo de risco.

Nas deslocações antes e após a práctica desportiva, o manual lem-bra que se deve evitar a partilha de viaturas com outros e, se isso acon-tecer, recorrer ao uso de máscara, a EPI’s e que se “proceda à higienização das mãos, limpeza e desinfecção das áreas comuns do veículo, antes e após a viagem”.

O documento recorda ainda que, aplicando-se o princípio da precaução em saúde pública, é obrigatório “o uso de máscara por todas as pessoas que permaneçam no limite exterior do polidesportivo”.

Os balneários destes equipamen-tos estão encerrados, conforme in-formação afixada no local, e que os praticantes deverão “vir equipados de casa procedendo apenas à troca de calçado à entrada e à saída da ins-talação” desportiva. No que se refere à utilização dos espaços, ficou defini-do que cada utilização terá a duração apenas de uma hora, estando limitada a 10 participantes.

DR

Ana Martins Ventura

Antigos varinos levaram

dezenas de barreirenses

pela Reserva Natural

Local do Sapal do Rio

Coina e da Mata da

Machada

15.ª SUBIDA DO RIO COINA

Vereador do PSD defende

que o Barreiro precisa estar

mais próximo do rio

Na 15ª Subida do Rio Coina, o ve-reador Bruno Vitorino, responsável pelo pelouro da Sustentabilidade Ambiental na Câmara Municipal do Barreiro, defendeu que os bar-reirenses precisam de estar mais próximos das zonas ribeirinhas do seu concelho, para conhecerem o seu potencial e riqueza ambiental e o que diferencia o Barreiro de outros territórios.

A bordo do varino ‘Sou do Tejo’, o vereador do PSD, que todos os anos organiza esta iniciativa, referiu que o objectivo da já tradicional actividade é ser mais do que um passeio. “Passa por dar a conhecer aos barreirenses a sua cidade vista do rio”, afirma, re-ferindo que “numa terra com cerca 80 mil habitantes, a maior parte vive de costas voltadas para o rio”.

Bruno Vitorino destacou ainda as zonas ribeirinhas como a Reserva Natural Local do Sapal do Rio Coina

DR

e da Mata da Machada como “locais de excelência que podem ser um fac-tor diferenciador do concelho, numa logica de crescimento e aposta na vertente turística e valorização das zonas ribeirinhas”.

Uma via também com grande po-tencial para “criar emprego” a partir de “centros de estágio para a prática de remo ou canoagem”, refere Bruno Vitorino sem esquecer de reforçar que “se aproveitássemos mais as nossas margens poderíamos ver me-nos ruínas e, quem sabe, um hotel, restauração”.

Mauro Hilário, biólogo do do CEA – Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Rio Coina apresentou ainda aos cerca de 20 passageiros a bordo do ‘Sou do Tejo’ a biodiversidade que faz desta reserva um local único e de grande aposta de preservação, por parte da Câmara do Barreiro.

“Esta é uma zona de fusão do Rio Coina e do Tejo com o oceano Atlân-tico, com grande biodiversidade. Gaivotas, corvos marinhos, gara-jaus, colhereiros, flamingos, cavalos marinhos, hoje uma espécie rara na zona”, são algumas das espécies que habitam a reserva. Muitas em risco devido à poluição.

Neste caso, Mauro Hilário referiu em particular a actividade dos maris-cadores, que estão a colocar grande pressão sobre estes ecossistemas,

“ao deixarem plástico e outro lixo potencialmente perigoso no rio”.

Lixo que coloca em risco a fauna, mas também a flora. Nesta última a sobrevivência de plantas halófitas, “que ajudam a filtrar a água eliminan-do metais pesaeliminan-dos”.

História dos ‘grandes’ do Tejo

A bordo do ‘Sou do Tejo’, o mestre da embarcação, João Martins, reve-lou a história deste varino que, em tempos, andou à bolina pelos dois rios: Coina e Tejo.

Junto com o bote-fragata ‘Sejas Feliz’, que também participou na 15ª Subida do Rio Coina, o ‘Sou do Tejo’ transportava carga diversa “entre as duas margens e fazia a ligação com os navios parados no meio do rio”.

Apesar da primeira referência oficial ao ‘Sou do Tejo’ recolhida até hoje, datar de 1948, João Martins revela que “quando foram realiza-das recuperações na embarcação identificaram-se técnicas utilizadas no final do século XIX”. E com esta pista, o mestre considera provável que a origem do ‘Sou do Tejo’ seja mais longínqua do que dizem os registos.

Quanto ao ‘Sejas Feliz’, tem regis-to oficial de ter sido lançado à água, pela primeira vez, “no dia de Natal de 1947”, sendo um dos últimos barcos a ser construído na margem sul para o transporte de carga.

(8)

Entrevista

“O Barreiro já não

estava a habituado

a tanta obra”

“Rejuvenescido, requalificado e orgulhoso”. É assim que

o autarca do PS vê o Barreiro, três anos depois da

tomada de posse. Frederico Rosa diz que encontrou

um concelho estagnado

Desde a Pólis, na frente ribeirinha, ao renovado núcleo histórico, até ao centro da cidade onde nascerá um projecto dedicado a empresas jovens e a Estação Barreiro A será ponto de paragem para turistas e empresários, Frederico Rosa traça o rumo dos próximos anos para o Barreiro. Embora não confirme a recandidatura, admite que a vida política é uma paixão e afirma que, desde que iniciou funções em 2017, o Governo e investidores encontram outra dinâmica no concelho.

Com os projectos em concretização estamos mais perto do ‘novo Barreiro’ anunciado em 2017?

Se há algo de que tenho orgulho, é de não ter obra feita apenas para vencer eleições. Desde que iniciamos funções, a 22 de Outubro de 2017, temos investido na reabilitação do concelho, com dinheiro público e privado. Acho que o Barreiro já não estava a habituado a ver tanta obra, a estagnação era evidente. Por isso, estamos satisfeitos, mas sabemos que ainda há muito por fazer, o que me deixa sempre um sentimento ‘agridoce’ cada vez que terminamos uma obra.

Que obras foram executadas desde 2017?

Destaco a zona do antigo Campo do Luso [com novas acessibilidades pedonais e rodoviárias, o novo Mercado 25 e Abril e uma superfície

LIDL]. Na Quinta da Lomba, ruas totalmente remodeladas. As rotundas dos Fidalguinhos, da União e a do Salineiro. A rotunda da zona chamada de ‘Ferro Velho’. E a Rotunda do Álvaro Velho, que, mesmo por terminar, já faz a diferença no modo como as pessoas hoje entram na cidade. Temos em curso um plano de repavimentação no valor de 900 mil euros, em que se insere a requalificação da Estrada 510, na Vila Chã que representa mais uma entrada da cidade renovada. Obra à qual se une a requalificação do polidesportivo do Santoantoniense, que estava devoluto há mais de dez anos.

Mas não temos apenas a requalificação ao nível da mobilidade e acessos?

Temos um investimento fortíssimo na requalificação da rede de saneamento, que estava muito envelhecida. Em cima disto temos outros projectos, que já deixaram a sua marca, como a requalificação do Moinho de Maré Pequeno e zona envolvente. Destaco também o espaço verde criado na Avenida do Bocage. Uma das vias da cidade com maior circulação. Uma obra simples, que mudou a vivência no espaço. Tal como a abertura da Rua Armindo de Almeida para a Avenida do Bocage, quase concluída.

A requalificação da zona Pólis assenta no eixo mobilidade e infra-estruturas?

Essa estratégia é fundamental para o usufruto que as pessoas têm e

terão do rio.

Ninguém no Barreiro percebe porque é que aquela zona esteve mais de uma década parada. Quando assumimos autarquia resolvemos a questão com o banco, refizemos projectos e está tudo a acontecer. Três anos depois de termos tomado posse, a 2ª fase da obra está na rua, planeada para ficar concluída até ao fim de Outubro. Um investimento de cerca de 2,5 milhões de euros, que inclui um conjunto de melhoramentos que vão casar com a requalificação de toda a Avenida da Liberdade. Uma 3ª fase da Pólis que já está em fase de aprovação pelo Tribunal de Contas. No final, o Barreiro terá uma nova frente ribeirinha com 39 mil metros quadrados requalificados. Um projecto que me emociona e enche os olhos, cada vez que aqui venho.

O diálogo da cidade com o Tejo continuará para lá da Avenida da Liberdade?

Temos uma área identificada como o ‘terreno do Gaio’, paralela à Rua Miguel Pais, que, durante décadas era apenas terra batida, remendada com gravilha. Agora, com uma obra dividida em duas fases, até ao final do primeiro trimestre de 2021 o Barreiro vai ganhar mais uma área ajardinada, com melhores condições de pedonalização junto do rio e mais estacionamento.

A doca seca, nessa zona, aguarda uma inquilina: a muleta. Quando estará de volta ao Barreiro essa

FREDERICO ROSA

PRESIDENTE DA CÂMARA DO BARREIRO

embarcação tradicional?

Estamos a terminar o projecto que fará da doca uma casa para os pescadores do Barreiro, com câmara frigorífica, máquina de gelo, grua, pontes. Falta apenas acabar o acesso ao rio e só então poderemos receber a muleta. Ela é importante para a nossa cultura e tradições, mas adjudicá-la quando não se tinham as infraestruturas para a receber não foi a melhor solução. E com estas intervenções teremos, melhor ambiente, melhor relação com o rio, mais mobilidade e espaço público. Uma cidade para as pessoas.

Áreas interligadas com o núcleo histórico da cidade. Em que é se vai traduzir a requalificação dessa área?

A população pergunta-nos sempre porque é que não recuperamos o edificado daquela zona, que, na sua maioria, é particular. Mas temos projectos prioritários que vão resolver muitas questões nesta zona, como a 5ª Esquadra da PSP. Para além da nova esquadra, vamos refazer todos os arruamentos, condutas de água e saneamento.

Um investimento de cerca de 6,5 milhões de euros, entre a esquadra e o espaço público, que tornará esta área mais atractiva para investidores privados.

Quando estará concluído esse ‘Novo Barreiro Velho’?

O concurso já avançou e estamos na fase de contratualização dos 5 milhões de euros adjudicados para a requalificação urbana. Mas sabemos que este será um processo de anos. Quanto à nova esquadra, provavelmente estará concluída no final do primeiro semestre de 2021.

O que a recuperação do ‘Barreiro Velho’ representará para a futura e ainda muito questionada Braamcamp?

Os dois projectos estão ligados. Investimento atrai investimento. Vamos valorizar muito aquela zona. Criar um espaço de lazer único, novas dinâmicas de socialização, trazer um hotel para o Barreiro. E isso vai contagiar todas as zonas envolventes.

Em que ponto está o processo da Quinta do Braamcamp?

Não há ainda datas previstas para

(9)

PUBLICIDADE

“Quem não quer investimento no Barreiro vai

continuar a interpor providências cautelares

Frederico Rosa

O SETUBALENSE

decisões judiciais. Temos duas fases distintas. A providência cautelar interposta [pela Plataforma Cidadã Braamcamp é de Todos] e a acção principal. Consideramos que temos matéria suficiente para nos defendermos. E está provado, pela nossa óptica, que o projecto se vai concretizar. A situação da Braamcamp não é nada que não esperássemos. Este investimento é ancora e vamos ter outros no futuro. E quem não quer investimento no Barreiro vai continuar a interpor providências cautelares. Quem pensa que afastar os investidores é o caminho certo para o Barreiro, não conta com o nosso apoio.

E o projecto planeado para a Estação Sul e Sueste?

É um dos projectos que ficou parado devido à actual situação pandémica e todas as condicionantes que trouxe à restauração. Estamos a acompanhá-lo embora seja um investimento privado realizado em parceria com a I.P. [Infraestruturas de Portugal] que é a proprietária do espaço. Sabemos que ainda há intenção das coisas avançarem,

mas estamos num momento mais cauteloso.

E a recuperação da Estação Barreiro A e zona envolvente?

O concurso já está lançado. Estamos na fase administrativa. É uma obra que pensamos colocar no terreno ainda este ano. Vamos interligar uma zona que estava fechada, no centro da cidade, com a Rua Miguel Bombarda e a Rua Stara Zagora. Depois vai ser feita a requalificação do edifício do antigo dormitório, que já está concessionado para um hostel. O outro edifício vai receber um espaço da autarquia, com sala de conferências e zonas de trabalho.

Próximo a essa na zona ficará também o projecto START UP?

Terminámos agora o desenho e é um dos projectos que me deixa bastante entusiasmado. Envolve o edifício de uma antiga fábrica da CUF, localizada paredes-meias com a Estação Barreiro A e o Fórum Barreiro e vai trazer uma nova dinâmica empresarial para o centro da cidade. Será um espaço para os jovens barreirenses desenvolverem os seus projectos, partilharem ideias e experiências. Criando um ecossistema para que a população jovem se fixe no concelho.

Qual tem sido o impacte do Regulamento Municipal de Concessão de Incentivos ao Investimento neste caminho?

Tem sido muito importante, embora ainda esteja no início. Já concedemos cinco benefícios. O último foi o maior. Um investimento de cerca de 2,5 milhões de euros que vai trazer mais 51 postos de trabalho para concelho [através de uma nova unidade da Original Spot Design Lda. que ficará sediada na Quinta das Rebelas, em Palhais]. Mas, para nós, o mais importante é que pessoas, que normalmente olhavam para o Barreiro com alguma dúvida, estão a fazê-lo de forma diferente. E o regulamente tem sido decisivo nessa imagem.

Projectos de âmbito municipal…

Uma coisa são os grandes projectos do Governo, que continuamos a querer captar, embora seja algo que nos ultrapasse. Depois temos os projectos que dependem do município e nesse ponto o Barreiro não podia continuar estagnado. Por exemplo, era necessário um centro de saúde na zona do Alto do Seixalinho. A única coisa que se fez, foi disponibilizar um terreno, que nem era o mais indicado para o crescimento futuro da unidade.

Hoje estamos a terminar o projecto para a construção desta unidade de saúde na zona da Escavadeira, [junto à linha férrea e Bairro das Palmeiras]. E a autarquia não só cedeu o terreno, como vai investir na sua concretização integral. Estou convencido de que até ao final deste ano estaremos no terreno.

Destaca um hotel e um hostel. O Barreiro pode ser uma cidade turística?

Exclusivamente, não. Mas quem procura dormidas não são apenas turistas. Há profissionais a participar em conferências. Atletas em actividades desportivas deslocalizadas. Todos são potenciais clientes. O Barreiro não tinha nada e isso não podia continuar. E precisamos gerar emprego, assim como construir equipamentos com capacidade de resposta para quem procura o grande espaço do turismo: Lisboa.

Fala de estagnação, já calculou

de quantos anos é o atraso do Barreiro?

Para responder a essa pergunta precisava voltar atrás nestes anos todos e ainda assim não conseguia chegar a tempo para responder. O que sabemos é o que o Barreiro tem pela frente. E é com os olhos postos no futuro que fazemos o nosso trabalho. Não podemos voltar à imagem do coitadinho, em protesto constante contra o Governo. Mas, claro, vamos manter-nos exigentes com todas as entidades que têm responsabilidades no Barreiro.

Refere-se ao papel do Governo no projecto do Terminal de Contentores e na Terceira Travessia do Tejo?

Seja a I.P. a APL [Administração do Porto de Lisboa], a Baía do Tejo, o próprio Governo, todos têm responsabilidade. E todos precisam entender que os investimentos são determinantes para rejuvenescer. Alguns não são possíveis, mas, no

caso da Terceira Travessia do Tejo, acredito que, pode demorar, mas concretizar-se-á.

Como é que o Governo vê o Barreiro neste momento?

De uma forma transversal, hoje, toda a gente reconhece que o Barreiro está a mudar. Seja o Governo ou investidores. Mas também sabem que isto não se faz de um dia para o outro. Quem passa algum tempo sem vir ao concelho, quando volta vê coisas novas. E esta dinâmica coloca o Barreiro a ser falado lá fora.

Quais as expectativas da continuidade do PS em 2021?

Estou a executar por vontade expressa da população, mas a obra é para o Barreiro e não para mim. Fique quem ficar na liderança da Câmara, o importante é continuar. Gosto de partilhar a minha vida com todos os barreirenses, ouvir o que eles precisam, o que querem para a cidade. Isso é uma paixão.

ALMADA 265 520 716 SETÚBAL 265 094 354 SEIXAL 265 092 725 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 212 384 894 ALCOCHETE 937 081 515 OUTROS CONCELHOS 212 383 228 ANUNCIE NO SEU DIÁRIO DA REGIÃO

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CARNEIRO 21.03 a 20.04

No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta

da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita

vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos.

TOURO 21.04 a 21.05

No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimen-tos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas.

Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas

ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise.

GÉMEOS 22.05 a 21.06

No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da

semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos. CARANGUEJO 22.06 a 22.07

No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente re-novados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão.

LEÃO 23.07 a 23.08

No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profis-sional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver.

VIRGEM 24.08 a 23.09

No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em rela-ção. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias.

Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de

vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo.

BALANÇA 24.09 a 23.10

No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição.

Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma

objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera.

ESCORPIÃO 24.10 a 22.11

No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de dece-ções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado.

SAGITÁRIO 23.11 a 20.12

No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins.

CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01

No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante.

AQUÁRIO 21.01 a 19.02

No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações.

PEIXES 20.02 a 20.03

No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da

semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos

importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.

O SEGREDO DAS CARTAS

TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO

Resolva todos os seus problemas sentimentais, profissionais, financeiros e de saúde, marcando uma consulta pelo número 96 377 05 04. Após a 1.ª consulta efectua tratamentos espiri-tuais. Consultório: Rua Serpa Pinto n.º 127 - 3.º Esq. - Montijo

E-mail:francisco_astrologo@hotmail.com

A

través de uma petição pro-movida pela Associação Transparência e Integrida-de, a Assembleia da Repú-blica volta hoje a discutir o combate á corrupção.

Infelizmente a corrupção continua a ser um assunto atual e o seu com-bate continua a impor-se, não só para melhorar a nossa democracia, mas também para a tornar mais transpa-rente e atribuindo mais rigor à gestão da coisa pública.

Um combate para credibilizar as instituições da nossa democracia, mas também um combate na defe-sa e na afirmação de uma cultura de responsabilidade democrática.

E se é verdade que a AR tem vindo a dar alguns passos no plano legisla-tivo com vista a fortalecer esse com-bate, também é verdade que outros passos terão de ser dados.

Passos não só no plano legislati-vo, mas também ao nível dos meios técnicos e humanos dos órgãos de investigação criminal, que são deci-sivos neste combate, porque infeliz-mente o que temos assistido é que grande parte dos casos de corrupção que chegam a tribunal, proveem de denúncias de cidadãos e muitas ve-zes as entidades que investigam são confrontados com falta de meios, sobretudo numa era em que cons-tatamos uma grande sofisticação dos instrumentos utilizados para a pratica dos crimes desta natureza.

Quanto ao plano legislativo, Os Verdes destacam, duas matérias, que assumem uma importância absolu-tamente decisiva no combate que todos reconhecemos ser necessário travar.

Por um lado, a criação do crime de enriquecimento ilícito e por outro, a necessidade de reforçar o combate à criminalidade económica e financeira

O combate à corrupção

OPINIÃO

José Luis Ferreira

através dos Centros off-shore. Na verdade, a impunidade com que os cidadãos, tantas vezes, vão assistindo, perante o enriquecimen-to “estranho” de pessoas que exer-cem Funções Publicas, não fragiliza apenas a ideia da Justiça, acaba por descredibilizar também o conjunto das instituições democráticas, crian-do fortes desconfianças sobre o seu funcionamento.

É também por isso que entende-mos que a transparência que deve nortear a gestão da coisa pública, e sobretudo a responsabilização das pessoas que têm essa missão peran-te os cidadãos, exige, a nosso ver, a criminalização do enriquecimento ilícito, respeitando naturalmente as garantias Constitucionais.

Quanto ao combate à criminalida-de económica e financeira através dos Centros off-shore, todos sabe-mos que estes mecanissabe-mos são a ima-gem da injustiça que reina no sistema. Os paraísos fiscais, apenas servem para os grandes grupos económicos e as grandes fortunas criarem meca-nismos altamente elaborados, para fugir aos impostos ou para proceder ao branqueamento de capitais.

Bem sabemos que um Governo não pode impor o fim dos paraísos fiscais fora das suas fronteiras. Mas também sabemos que qualquer Governo pode e deveria ter a obrigação de canalizar esforços, junto dos restantes Estados e das Organizações Internacionais de que faz parte, para procurar medidas e encontrar soluções no sentido de acabar definitivamente com os pa-raísos fiscais.

É este impulso que, em matéria de combate á corrupção, se exige do Governo. Deputado do PEV

Os paraísos

fiscais, apenas

servem para os

grandes grupos

económicos

e as grandes

fortunas

criarem

mecanismos

altamente

elaborados,

para fugir

aos impostos

ou para

proceder ao

branqueamento

de capitais

DR

(11)

Bloco Clínico

LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DRA. MARIA FILOMENA LOPES PERDIGÃO

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Horário 2ª a 6ª-feira: 08.00/12.30 - 14/18.00h Sábado: 09.00/12.00h Rua Jorge de Sousa, 8 | 2900-428 Setúbal www.precilab.pt | tel. 265 529 400/1 telm.: 910 959 933 | Fax: 265 529 408

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218969114 geral@lva-ace.pt

FERNANDO BERNARDINO DA CONCEIÇÃO DIAS ARNALDO JOSÉ CANAS PENA MANUEL INOCÊNCIO VAZ DA COSTA CARLOS ALBERTO TAVIRA

A funerária Armindo lamenta informar o fale-cimento de Fernando Bernardino da Concei-ção Dias. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acom-panhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências. A funerária Armindo lamenta informar o

lecimento de Arnaldo José Canas Pena. A fa-mília vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, ma-nifestaram as suas condolências.

A funerária Armindo lamenta informar o falecimen-to de Manuel Inocêncio Vaz da Costa. Mais se infor-ma que o corpo se encontra em câinfor-mara ardente na capela do Socorro, realizando-se o funeral pelas 12h00 no crematório de Setúbal. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se digna-ram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências. A funerária Armindo lamenta informar o

falecimen-to de Carlos Alberfalecimen-to Tavira. Mais se informa que o corpo se encontra em câmara ardente na capela da Anunciada, realizando-se o funeral pelas 13h00 no crematório de Setúbal. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra for-ma, manifestaram as suas condolências.

(1946 – 2020) (1944 – 2020) (1951 – 2020) (1945 – 2020) Participação e Agradecimento Participação e Agradecimento Participação e Agradecimento Participação e Agradecimento

AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496

FALECEU A 14/09/2020

ANTÓNIO JOSÉ VALENTE D’OLIVEIRA

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Sua esposa, filhos e restante família, têm o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente muito querido e de agradecer reconhecidamente a todos os que se dignaram acompanhá-lo à sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestaram pesar.

(12)

Sesimbra

medidas de contingência impostas na Área Metropolitana de Lisboa, sem o tradicional arraial mas com um apontamento musical a cargo do Quarteto Zana Batuta e uma missa na Quinta de São Payo na tarde de domingo.

Festa da Luz

de forma

condicionada

último fim-de-semana – o segundo do mês de Setembro – a Festa da Luz, evento em honra de Nossa Senhora da Luz. Habitualmente uma das manifestações religiosas mais populares do concelho, este ano a celebração decorreu de forma

CONCERTO

António

Zambujo abre

temporada

do Cineteatro

Municipal

João Mota

Vão ser hoje colocados à venda os in-gressos para o concerto de António Zambujo, que marcará o arranque da temporada de 2020/21 no Cine-teatro Municipal João Mota, em Se-simbra, que se volta a apresentar ao público com lotação reduzida devido à pandemia de covid-19.

Brevemente serão também co-nhecidos os restantes espectáculos que compõem a temporada, com os bilhetes para os mesmos a serem disponibilizados a partir do dia 7 de outubro. A atuação de António Zambujo marca também o regresso dos concertos ao Cineteatro desde o início do período de confinamento e decorrerá com as medidas impostas pela Direcção Geral de Saúde para eventos do género: higienização das mãos, uso obrigatório de máscara, proibição de trocar de lugar, respei-to pela distância de segurança reco-mendada e cumprimento da sinalé-tica disponível no local. A autarquia sublinha ainda que, de acordo com a evolução da pandemia, qualquer espectáculo poderá ser adiado ou cancelado.

Miguel Nunes Azevedo

DR

António Zambujo

A requalificação do percurso pedo-nal na Avenida 25 de Abril, que liga a rotunda a Corredoura ao Zambujal, está praticamente concluída e entra agora na reta final.

Numa extensão de cerca de 1.600 metros foram construídos e requali-ficados passeios, criadas zonas para paragem de transportes públicos jun-to às paragens de aujun-tocarro, criados lugares de estacionamento, cons-truído um cais para os contentores de resíduos sólidos urbanos e refor-mulada a rede de esgotos pluviais. Foram ainda colocados pilaretes para travar o estacionamento abusivo em cima dos passeios e substituídas as antigas passadeiras pintadas no pa-vimento por passadeiras em calçada, com uma altura ligeira, que poderá

NUMA EXTENSÃO DE CERCA DE 1 600 METROS

Obras na Avenida 25 de Abril praticamente concluída

também contribuir para a redução da velocidade dos automobilistas.

Esta obra, integrada no Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentá-vel (PAMUS), representou um inves-timento de aproximadamente 157 mil euros, e beneficiou do apoio do pro-grama PORTUGAL 2020, ao abrigo de uma candidatura apresentada pela Câmara Municipal de Sesimbra. No âmbito do PAMUS, estão também em curso requalificações semelhantes de percursos pedonais nos troços entre Santana e Cotovia e entre Sampaio e Maçã, que servirão aglomerados populacionais, estabelecimentos de ensino, equipamentos desportivos, instalações do movimento associa-tivo e empresas.

M.N.A.

DR

Requalificação passa pela construção de passeios e zonas para autocarros

Miguel Nunes Azevedo

Comércio a retalho e de

prestação de serviços,

cafés e pastelarias

podem permanecer

abertos até às 22 horas,

definiu a autarquia

ESTADO DE CONTINGÊNCIA

Sesimbra mantém horários

até às 22 horas

A Câmara Municipal de Sesimbra revelou ontem que não alterará os horários em vigor para os estabele-cimentos comerciais, que desde 21 de agosto receberam luz verde para continuar de portas abertas até às 22 horas. A medida abrange estabeleci-mentos de comércio a retalho e de prestação de serviços, cafés e paste-larias, mas mantêm-se as excepções de acordo com as normas da Resolu-ção do Conselho de Ministros.

Recorde-se que o país voltou a entrar em Estado de Contingência

Comércio de Sesimbra continua a funcionar com os horários alargados DR

sam a ser aplicadas em todo o territó-rio nacional destacam-se a proibição de eventos com mais de dez pessoas, “salvo cerimónias religiosas, eventos de natureza familiar e eventos de natureza cooperativa realizados em

espaços adequados para o efeito” e a proibição da venda de bebidas al-coólicas após as 20 horas.

Quanto às excepções, os estabele-cimentos de restauração como cafés e pastelarias que se situem num raio de 300 metros de estabelecimentos de ensino devem encerrar às 20 horas nos dias úteis. Já serviços de restauração com take-away e/ou entrega ao domi-cílio ou estabelecimentos de prestação de serviços de aluguer de veículos de mercadorias ou passageiros sem con-dutor podem operar até à 1 hora.

Estas medidas já haviam sido im-postas na Área Metropolitana de Lisboa no dia 1 de agosto e forçaram vários estabelecimentos a encerrar portas às 20 horas, até que o prazo pôde ser alargado pelos municípios. Conforme noticiou O SETUBALENSE na altura, estas restrições colocaram vários desafios aos proprietários, que foram confrontados com uma quebra na faturação naquela que é uma das épocas mais importantes do ano para as contas.

ontem, com a decisão do Governo a permitir às autarquias a tomada de decisão quanto ao horário de encer-ramento do comércio, mediante um parecer favorável da autoridade local de saúde. Entre as medidas que

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