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CRISE ECONÔMICA E INTERIORIZAÇÃO NA UFMA: REPERCUSSÕES SOBRE O TRABALHO DOCENTE EM ALGUNS CAMPI DO CONTINENTE

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Anais do XXIV Seminário Nacional UNIVERSITAS/BR ISSN 2446-6123

Universidade Estadual de Maringá – 18 a 20 de Maio de 2016 733

CRISE ECONÔMICA E INTERIORIZAÇÃO NA UFMA: REPERCUSSÕES

SOBRE O TRABALHO DOCENTE EM ALGUNS CAMPI DO CONTINENTE

Denise Leda (docente UFMA) Neylla Cordeiro (discente UFMA/bolsista FAPEMA) Ruan Ferreira (discente UFMA, bolsista CNPq) Samiris Silva (discente UFMA/bolsista OBEDUC) Eixo 4: Trabalho docente na expansão da educação superior

Resumo: O Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Uni-versidades Federais (REUNI), que teve início em 2008 e cujo término foi em 2012, provocou um grande impacto sobre o processo de expansão e interiorização da Uni-versidade Federal do Maranhão (UFMA), favorecendo a criação de novos campi e cursos (como, por exemplo, as licenciaturas interdisciplinares), bem como o aumen-to da oferta de vagas para discentes. Com a diminuição dos repasses de verbas para as IFES que já vinha ocorrendo desde o fim do REUNI e se agravou em 2015 com a crise econômica, é cabível questionar em que condições esta instituição vem susten-tando sua expansão, especialmente aquela em direção ao interior. Assim, o presente estudo objetiva analisar o processo de interiorização na UFMA e suas repercussões para os docentes dos campi de Chapadinha, Bacabal, Codó e São Bernardo, levando-se em consideração o atual contexto de cortes orçamentários. Para isso, teremos co-mo base um levantamento bibliográfico acerca da temática, articulado às entrevistas semiestruturadas realizadas, até o momento, com os docentes dos referidos campi, o que possibilitará a construção de uma análise crítica e reflexiva sobre o processo de reestruturação e expansão das IFES.

Palavras-chave: trabalho docente; interiorização; UFMA; crise econômica.

1 INTRODUÇÃO

O processo de expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), que ocorreu entre 2003 e 2014, possibilitou a ampliação do acesso ao ensino superior público no Brasil e apresentou como principal expressão o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI). O REUNI foi criado pelo Decreto nº 6.096 de abril de 2007 e previsto para ocorrer até 2012 nas IFES, por meio da assinatura de um contrato de metas, onde ficou estabelecido o repasse de verbas pelo Ministério da Educação (MEC), que, por sua vez, exigiu das IFES a apresentação de resultados estipulados anteriormente no contrato. Contudo, até 2014, a UFMA ainda estava implantando um novo campus, Balsas.

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Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), objeto de estudo deste texto, a implantação do REUNI foi realizada após aprovação de seu plano de metas pela Resolução nº 104/CONSUN, de 30 de novembro de 2007, sendo um de seus principais impactos a retomada do processo de interiorização nesta instituição. Nesse aspecto, houve a formalização de 6 novos campi, ampliação do número de vagas, ofertadas na graduação e na pós-graduação e aumento do número de docentes. Entretanto, a execução do processo de expansão e interiorização da

maranhense e, por vezes, não oferecendo as condições adequadas para um processo de ensino-aprendizagem de qualidade e, tampouco, para a permanência de alunos, técnicos e docentes nestes campi.

Com o fim do REUNI, tais efeitos são agravados em 2015 após a realização de cortes no orçamento das IFES, como medidas do chamado ajuste fiscal proposto pelo governo federal. Diante desse quadro, o presente artigo pretende fazer algumas considerações acerca dos impactos que o contingenciamento de verbas na educação superior pública vem gerando sobre alguns campi da UFMA situados no interior, verificando ainda as repercussões desses impactos sobre o trabalho docente. Para tal propósito, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com três docentes dos campi de Bacabal, Codó e São Bernardo, identificados, respectivamente,

partir da articulação de análises teóricas com as entrevistas, questionar a importância que vem sendo dada às IFES como instrumento de formação profissional e de construção de reflexões, num cenário de crise econômica, em que o governo traz a educação em seu lema.

2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O REUNI E SEUS IMPACTOS NA UFMA

Segundo o Decreto nº 6.096, o REUNI tinha como objetivo geral criar condições de acesso e permanência na educação superior, em nível de graduação, visando o melhor aproveitamento da estrutura física e dos recursos humanos existentes nas IFES. Foi proposto um acréscimo nos recursos de custeio e pessoal das universidades, limitado a 20%, assim como um aumento nos recursos de investimento relativo ao número de matrículas projetadas.

O repasse de recursos estava vinculado à assinatura de um contrato de metas que deveriam ser atingidas dentro de determinados prazos. Entre essas metas estavam o aumento para 90% da taxa de conclusão média dos cursos presenciais de graduação, estabelecimento da relação de 18 alunos em cursos presenciais de graduação por professor em sala de aula,

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ociosas, criação de estratégias para mobilidade acadêmica, aumento de vagas, ampliação ou abertura de cursos noturnos, redução do custo por aluno, criação de ações para o combate à evasão, dentre outros mecanismos que conduzissem à expansão das IFES. Tal expansão ocorreu também para o interior dos estados, onde houve a abertura de novos campi e cursos, estes com estruturas curriculares diferenciadas , de caráter mais flexível e articulado às metas do Programa (SOUSA; COIMBRA, 2014).

É importante destacar que o processo de expansão das universidades federais extrapola o período do REUNI, pois desde 2003 já vinham ocorrendo investimentos significativos nas IFES. O Ministério da Educação MEC, por meio da Secretaria de Educação Superior SESu, faz uma divisão desse processo em três fases, onde a primeira seria a de interiorização das IFES (de 2003 a 2007), a segunda (entre 2008 e 2012) a de implantação do REUNI e a terceira (de 2013 a 2014) a de prosseguimento dos avanços anteriores, com desenvolvimento de

BRASIL, 2014, p. 35).

Segundo dados oficiais (BRASIL, 2012), esses investimentos trouxeram um crescimento de aproximadamente 66% na oferta de vagas nos cursos de graduação presencial nas IFES e de 95% em seus orçamentos no período de 2008 a 2012. O número de municípios atendidos passou de 114 para 237 e foram contabilizadas desde o início da expansão 14 novas universidades, no período de 2003 a 2011. Além disso, houve um crescimento de 111% na oferta de vagas nos cursos de graduação presencial nas IFES no período de 2003 a 2011 e aumento de 60% nas matrículas dos cursos de graduação presencial. Em relação ao quantitativo dos docentes, houve um aumento de 44% e 16% dos técnico-administrativos no período de 2003 a 2012.

De acordo com Lobo e Gomes (2014), essa expansão ocorreu sem a mínima estrutura física e de pessoal necessários para atender as demandas cada vez maiores. Sobre isso, Nishimura (2014) mostra que o REUNI gerou uma otimização dos gastos do Estado, a partir de uma ampliação de verbas para infraestrutura e recursos humanos que não acompanhou a ampliação de vagas. Se por um lado o Programa trouxe a expansão e interiorização das universidades federais, proporcionando aos alunos a oportunidade de cursar a tão sonhada graduação, por outro, tal política evidenciou a falta de infraestrutura dos novos campi e a precarização do trabalho dos docentes e técnicos neles inseridos, que devem dar conta de inúmeras atividades, diante de um número cada vez menor de contratações (BESSA et al, 2015). Na UFMA, objeto das análises da pesquisa aqui apresentada, desde a década de 1980 já havia um movimento de interiorização, mas este ganhou uma nova configuração a partir de 2007, quando esta IFES aderiu ao REUNI. Este Programa permitiu que a universidade

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alcançasse um significativo crescimento, não somente em relação ao número de vagas discentes na graduação, mas também no que diz respeito à ampliação de cursos e matrículas em nível de pós-graduação. Em termos quantitativos, Sousa e Coimbra (2014, p.8) mostram que:

Entre 2007 e 2012, o número de vagas na graduação presencial cresceu em 63,8% e na pós-graduação stricto senso, 145%; o quantitativo de alunos matriculados em programas especiais aumentou em aproximadamente cinco vezes, o número de cursos de graduação presencial obteve uma expansão de aproximadamente 50%; as matrículas em cursos à distância (graduação, extensão e especialização) cresceram de 712 para 13.725 (1900%); em relação ao número de docentes, o incremento foi de 43,3% e o de técnicos-administrativos, 6,9%.

Diante desses números, Sousa e Coimbra (2014) afirmam que a relação professor/aluno passa a ser de 1:20, o que não só ultrapassa a meta estabelecida pelo REUNI (1:18), mas também contribui para a intensificação e precarização do trabalho docente, já que vários desses professores desempenham suas atividades na graduação e na pós-graduação.

Outra importante consequência do REUNI na UFMA foi a formalização de novos campi no interior do estado, como os campi de Codó, Pinheiro, Grajaú, São Bernardo, Balsas e Bacabal, que somaram-se aos que já existiam nos interiores de Chapadinha e Imperatriz. A interiorização se deu principalmente através da implantação dos cursos de Licenciaturas que estão presentes em seis dos oito campi da UFMA no continente. Segundo análise de Bessa et al (2015), a

a necessidade de, cada vez mais, aproximar a formação teórica da prática, promover a interdisciplinaridade entre as áreas afins e formar professores para atender às demandas das escolas do interior. Entretanto, o que se percebe é a tentativa de diminuição de gastos e o enxugamento das formações, levantando questões acerca da qualidade do ensino que tem sido proposta para os campi do continente.

A expansão na UFMA registrou aumentos significativos quanto ao número de cursos de graduação, de discentes (graduação e pós-graduação) e de programas de pós-graduação. Entretanto, o aumento na contratação de docentes efetivos e de técnico-administrativos não seguiu a mesma proporção, contribuindo também para a intensificação do trabalho docente, já que este profissional se insere não somente nas atividades da graduação, mas também nas atividades administrativas (devido ao déficit de técnicos) e da pós-graduação (BESSA et al, 2015). Esse quadro tem se complicado ainda mais com os cortes orçamentários que têm atingido as IFES nos últimos meses.

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3 FIM DO REUNI E O AJUSTE FISCAL: IMPACTOS SOBRE A EDUCAÇÃO SUPERIOR

Com o término do REUNI em 2012, tem início, a partir de 2013, o terceiro ciclo de expansão da educação superior brasileira, pautado

unidades, mas também na implementação de políticas específicas de integração, fixação e desenvolvimento regional, tais como o Programa de Expansão do Ensino Médico, o Programa

BRASIL, 2014, p. 39).

Durante a implantação do REUNI, houve o aumento da destinação de recursos para a reestruturação e expansão das IFES, viabilizando não só a construção de novas instalações, mas também o aumento do número de cursos de graduação presencial, assim como de vagas e matrículas nessa modalidade e a contratação de novos docentes, ainda que em número insuficiente para atender às novas demandas.

Após a finalização desse Programa, entretanto, é possível constatar que, apesar de ainda haver crescimento, sua proporção é menor. Segundo dados da SESu (BRASIL, 2014), o número de cursos de graduação presencial aumentou de 2.660 em 2007, para 4.687 em 2013. No entanto, os mesmos dados revelam que o período de 2008 a 2009 é o que possui um aumento mais expressivo, tendo sido implantados 1.046 novos cursos. A partir daí, esse número diminui, de tal forma que entre 2012 (fim do REUNI) e 2013, ocorre a implantação de apenas 15 novos cursos, nas IFES em geral. O mesmo pode ser verificado em relação ao quantitativo de docentes efetivos, que no período de 2008 a 2009 apresentou um aumento de 7.303 professores, número que caiu no decorrer dos anos seguintes, aumentando em 4.727 entre 2012 e 2013, e 2.408, entre 2013 e 2014. Tais números podem constituir-se em um indicativo da diminuição na proporção dos recursos disponibilizados para essas instituições.

Nesse aspecto, é cabível analisar os números correspondentes aos repasses de verbas para a educação superior, entre os anos de 2003 e 2014, trazidos por Reis (2016, p.25).

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Despesas da União com as universidades federais, como percentual das despesas com a função Educação: 2003-2014 Valores (R$ 1,00), a preços de

janeiro de 2015 (IPCA)

Ano Despesas com a

função educação (A)

Despesas com as universidades federais

R$ (B) % A/B 2003 26.884.296.223 16.827.902.088 62,59 2004 25.767.606.329 19.060.833.662 73,97 2005 26.856.681.601 18.408.298.661 68,54 2006 31.319.091.126 22.562.547.967 72,04 2007 37.409.814.975 24.222.544.228 64,75 2008 41.075.120.934 26.073.363.294 63,48 2009 50.844.792.868 30.706.012.287 60,39 2010 64.007.866.621 35.426.933.937 55,35 2011 72.340.209.676 37.802.840.192 52,26 2012 67.632.051.183 35.370.114.929 52,30 2013 75.575.245.707 39.017.383.884 51,63 2014 84.649.023.540 41.076.643.811 48,53 2003-2014 214,86% 144,10% -22,46% 2003-2014 60,49% Fonte: (REIS, 2016, p.25).

Analisando os dados, é possível perceber o aumento das despesas da União com a educação superior entre 2003 e 2014, período de expansão apontado pela SESu, especialmente durante a implantação do REUNI (2007-2012). Entretanto, quando se compara as despesas com as universidades federais e com a função educação, de forma mais geral, percebe-se que a partir do ano de 2007 há uma diminuição na proporção dos repasses, ou seja, apesar de as despesas com a educação terem aumentado, a parcela destinada às universidades federais diminuiu, principalmente entre os anos de 2007 e 2014. Conforme aponta Reis (2016), houve uma redução de 22,46%, considerando o período entre 2003 e 2014, já que em 2003 a proporção (despesas com as universidades federais/despesas com a função educação) foi de 62,59% e em 2014 foi de 48,53%.

A educação superior, entretanto, viria a sofrer cortes ainda mais pesados. Com a chegada

-se contraditório diante dos cortes empreendidos no orçamento destinado à educação superior no referido ano, cortes estes realizados enquanto medidas do chamado ajuste fiscal.

As medidas de ajuste fiscal implantadas pelo governo em 2015 ocorreram num momento em que o Brasil sofreu um aprofundamento de sua crise fiscal, expressa, dentre outros fatores, por uma diminuição de 3,5% na arrecadação previdenciária e de impostos da União, numa comparação com o mesmo período de 2014 (DELGADO, 2015). As estratégias adotadas no primeiro mandato do governo Dilma visavam promover o aumento dos investimentos em áreas sociais, bem como o crescimento e fortalecimento do mercado interno de consumo a

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partir de medidas que facilitavam o acesso ao crédito, por exemplo. Entretanto, conforme aponta Oliveira (2015b, p.28):

crescimento econômico reduziu-se substancialmente, atingindo, na média dos últimos quatro anos, um patamar de apenas 1,6%; a inflação acelerou-se e estabilizou-se em níveis muito próximos do teto do regime de metas; a dívida (líquida ou bruta) como percentual do PIB assinalou um ligeiro crescimento; enquanto a trajetória positiva dos indicadores sociais e de mercado de trabalho arrefeceu, com exceção da taxa de desemprego, que continuou a declinar, graças, sobretudo, a uma menor pressão da oferta sobre o mercado de trabalho.

Diante desse quadro, o ajuste fiscal que vem sendo praticado no Brasil tem como base o aumento da carga tributária e os cortes orçamentários em diversas pastas do governo, inclusive os Ministérios da área social. Além disso, Oliveira (2015a, p. 15) aponta como

[...] a tarifas

de bens e serviços essenciais para a população, como os dos combustíveis e energia, combate

No que se refere propriamente à educação, o MEC apresentou o terceiro maior corte orçamentário em 2015. Inicialmente, houve a redução a 1/18 por mês dos valores previstos para as universidades federais, entre os meses de janeiro e março de 2015. Já em maio do referido ano, foi anunciado o corte de R$ 9,42 bilhões no orçamento do MEC, comprometendo principalmente os recursos para investimento (47%) que seriam destinados às IFES. Em julho de 2015, conforme aponta Lima (2015), a redução de R$ 1 bilhão foi realizada. Além disso, outros programas foram seriamente afetados como: Ciência Sem Fronteiras (CsF) e Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), além de readequações orçamentárias no Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP) (PORTO; QUEIROZ; SANTOS, 2015).

Assim, Guimarães (2015) aponta que o corte total de verbas para o Ministério da Educação foi, em 2015, de R$ 10,5 bilhões, tendo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES - SN) acrescentado a este valor mais R$ 1,76 bilhão, em virtude da redução empreendida entre janeiro e março de 2015. Tais cortes, sem dúvida, comprometem o funcionamento das IFES, que já vinham sofrendo reduções graduais de repasses ao longo dos últimos anos.

Já no início deste ano, em meados de fevereiro, o ANDES publicou uma notícia1 sobre o Ofício Circular da Capes nº 2/2016-CGV/DEB/CAPES, que previa a diminuição de bolsas

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SINDICATO NACIONAL DOS DOCENTES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (ANDES-SN). Cortes orçamentários afetam bolsas na área de educação. ANDES, Brasília, 25 fev. 2016. Disponível em: <http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=8011>.Acesso em: 10 mar. 2016.

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do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), com uma redução de 45.000 bolsas deste programa, desligamento de bolsistas que completaram 24 meses no PIBID, além da diminuição de escolas participantes do mesmo (redução de 3 mil). Em audiência pública realizada no dia 24 de fevereiro na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado, o ofício foi revogado pelo secretário de Educação Superior do MEC. Para a presidente do Fórum Nacional do PIBID, Alessandra Santos, com a efetivação dos cortes, haveria um efeito cascata, culminando no encerramento definitivo do programa (MONTEIRO; KLEBIS; COSTA, 2016).

No que se refere à UFMA, objeto de análise deste texto, diversos foram os impactos sobre o cotidiano da universidade após as medidas de contigenciamento de verbas para as IFES. Segundo ANDES (2016), a UFMA já havia sofrido uma redução de 30% do orçamento previsto, antes mesmo do término do primeiro semestre. Em entrevista realizada com o ex-Reitor da UFMA Natalino Salgado em agosto de 2015, este sinalizou o corte de R$ 28 milhões que seriam destinados à Universidade, o que teve como consequência a demissão de 140 terceirizados, responsáveis por tarefas como segurança e limpeza. O ANDES aponta ainda que, com a diminuição dos repasses, a UFMA (campus Bacanga) fechou seu Restaurante Universitário (RU) durante o período de greve da instituição (de junho a outubro de 2015), reabrindo com uma redução no número de refeições (de 4 mil para 1,5 mil refeições por dia) e aumento dos preços cobrados para servidores (de R$ 3,50 para R$ 5,00) e visitantes (de R$ 8,00 para R$ 20,00). Falou-se, inclusive, da possibilidade de não terminar o ano letivo de 2015, como consequência dos cortes efetuados pelo governo federal.

Diante deste quadro de ajuste fiscal e considerando ainda o processo de expansão e reestruturação recente pelo qual passaram as IFES, torna-se necessário verificar as repercussões dos cortes orçamentários que vêm ocorrendo nas universidades, especificamente na UFMA e em seus campi do interior, objetos de análise deste texto. Para além da estrutura física, é imprescindível investigar os impactos sobre o trabalho de alguns daqueles que fazem da universidade o seu ambiente laboral, a saber, os trabalhadores docentes.

4 O PROCESSO DE INTERIORIZAÇÃO DA UFMA E OS IMPACTOS DO AJUSTE FISCAL: REPERCUSSÕES SOBRE O TRABALHO DOCENTE

A interiorização da UFMA é caracterizada positivamente por docentes e discentes (BESSA et al, 2015) como um processo que permitiu parte da população maranhense ter acesso à educação superior:

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nunca nem pensou que uma região como São Bernardo

federal ali, e hoje a gente tem toda uma estrutura física que dá suporte para todos esses municípios. O problema é que a interiorização aconteceu de maneira um pouco desordenada. (Docente de São Bernardo)

Entretanto, como nos diz este docente, o processo de interiorização da UFMA apesar de positivo, já se inicia de forma desordenada. A interiorização foi fomentada por uma política específica, o REUNI, que trouxe em si objetivo e metas, sem um diagnóstico da realidade maranhense, o que repercutiu sobre alunos, técnicos e docentes s enormes para essas categorias, conforme aponta a entrevista abaixo:

de uma política, que foi o REUNI, e não foi pensado a partir da própria universidade, então isso criou embaraços enormes pra gente. Aconteceu de qualquer jeito, foram apenas prédios, foram alocados professores e sem que a gente tivesse muita estrutura, muita condição pra trabalhar. (Docente de Bacabal)

Tendo como foco a perspectiva do cumprimento de metas quantitativas, as medidas traçadas pelo REUNI para viabilizar o processo de expansão acabaram por configurar um quadro de interiorização precária da UFMA, em que houve um aumento do número de alunos atendidos, com desproporcional contratação de professores e técnicos para atender a essa demanda. Além disso,

estando entre eles três dos aqui analisados: Bacabal, Codó e São Bernardo cursos de graduação cujo projeto pedagógico não trazia de forma operacionalizada o processo de implantação destes cursos, quadro que contribui para a intensificação e a precarização do trabalho docente, pois como afirma Bessa et al (2015), ocorre aqui o envolvimento do professor em mais uma atividade, a de pensar e executar . Segundo um dos entrevistados:

nós teríamos menos problemas hoje. A implementação desses novos cursos, porque quem pensou na interiorização pensou em levar cursos diferenciados, como por exemplo, as , mas isso não foi planejado de maneira rigorosa, e aí ficou uma bomba pra gente tá resolvendo agora E o pior é que o discurso da PROEN ainda uma responsabilização para nós, para quem está na base desse processo, quando na verdade a ideia partiu das instâncias superiores (Docente de São Bernardo)

Outro ponto a destacar, é que alguns campi do interior não tiveram a conclusão de obras previstas durante a implantação do REUNI, o que compromete a permanência do aluno na universidade. Tal fato pode ser exemplificado nas falas da docente de Codó.

[...] o restaurante universitário que seria algo que deveria já estar pronto há muito tempo pra subsidiar a permanência daquele aluno em sala de aula e dentro do campus,

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não tá. Eles fizeram foi uma quadra que eu não vejo sentido. Entre uma quadra e um restaurante universitário, uma casa de estudante, melhor uma casa de estudante pra

A biblioteca parece que é um apêndice daquele campus, acredita? Agora que eu tô lá três anos que chegou um funcionário técnico pra ajudar. pra mim a biblioteca tem que tá aberta de manhã e de tarde, a bibliotecária só vai à tarde, de manhã é fechado. (Docente Codó)

De entrada temos um processo de interiorização respaldado apenas em uma política de governo, o que já repercute sobre o trabalho docente, como expresso por alguns entrevistados. Somam-se a isso os cortes orçamentários que foram fortemente sentidos a partir de 2015. Qual é o quadro resultante? Isso afeta o contexto de trabalho, que já era difícil, para os docentes? De que modo?

Dois docentes, de Bacabal e de São Bernardo, foram unânimes em afirmar que o trabalho docente sofre impactos dessa conjuntura, respondendo es complementa com a seguinte colocação:

de recursos, né, então a situação que já era precária se tornou muito mais, porque hoje em dia a gente não tem garantido nem o pagamento dos funcionários terceirizados.

(Docente de Bacabal)

Os docentes reconhecem e apontam alguns dos impactos que os cortes em 2015 no orçamento das IFES tiveram sobre seu cotidiano laboral, sinalizando inclusive o comprometimento do próprio fazer pedagógico.

[...] a nossa própria entrada em sala de aula, no que diz respeito à questão dos materiais didáticos-pedagógicos, que às vezes a gente precisa e não consegue. Porque não tem. E isso já vem de um tempo, mas só que assim do final do ano pra cá, do ano passado pra cá foi muito mais acirrado, a nossa carência no que diz respeito a alguns materiais que são necessários pra gente, pro fazer pedagógico dentro de sala de aula. (Docente Codó)

Como docente, a gente sente na pele. A gente não tem mais direito a diárias pra participar de eventos, pra participar de formação, pra publicar os nossos trabalhos. cio da interiorização existiam verbas destinadas ao campus para incentivo Acabou. Fechou a

torneira.

porque há poucas bolsas na UFMA como um todo e lamentavelmente, quando a gente faz a inscrição em um projeto em um programa como o PIBIC, 90% dessas bolsas fica aqui em São Luís, então a gente não tem bolsa para os nossos orientandos do continente. (Docente de São Bernardo) (grifo nosso)

O relato deste docente abre espaço ainda para outro questionamento: O modelo de expansão direcionado para as IFES e, em especial, para os campi da UFMA situados no interior, tem dado ênfase ao tripé ensino, pesquisa e extensão? A universidade tem fornecido as condições necessárias para que tais atividades sejam desenvolvidas?

Sousa e Coimbra (2014) apontam que umas das tendências da interiorização ocorrida a partir do REUNI é a focalização do trabalho docente sobre a atividade do ensino, reduzindo a

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disponibilidade dos professores para o desenvolvimento de pesquisa e extensão. O aumento da relação professor/aluno somado a fatores como a pouca oferta de bolsas de pesquisa nos campi do interior e a própria redução no orçamento da UFMA em 2015, vem dificultando o desenvolvimento de tais atividades. As falas dos professores entrevistados de Codó e São Bernardo trazem essas questões.

para além do cotidiano de sala de aula, de material didático, tem essas questões mesmo que inviabilizam o professor pesquisador de levar o aluno pro campo. Porque às vezes a gente precisa de um carro, a gente precisa de uma passagem pra trazer um professor pra uma banca e não tá tendo verba. (Docente Codó)

Já procuramos o diretor de pós-graduação e ele disse que infelizmente tem poucas bolsas, e o que ocorre? Aquele ranking de classificação exige o que? Critério de produtividade. Um campus que tá novinho, cheio de professores doutores recém-formados que ainda não tem publicação, concorrendo com professores que tem 20, 25 anos de praça? É uma concorrência desleal. Então a gente precisa discutir essa distribuição dessas bolsas, esses critérios. Não é tirar de quem já tem, mas repensar

como oferecer pra quem não tem. (Docente de São Bernardo) (grifo nosso)

A inserção em projetos de pesquisa e de extensão é, segundo Bessa et al (2015), um fato que contribui para a identificação do aluno com o curso escolhido. Entretanto, esses projetos também têm sido atingidos com os ajustes fiscais. As ameaças de cortes sofridas no início de 2016 e a não renovação das bolsas que já tivessem completado 24 meses no PIBID, por exemplo, afetaram o ambiente de trabalho dos docentes, sendo um ponto que compareceu em todas as entrevistas. Os docentes de São Bernardo e Bacabal apontam que:

o que mais afetou agora foi o PIBID, que desde o ano passado deixou claro que os editais que fossem encerrando, essas vagas não seriam mais disponibilizadas e isso de fato tá afetando bastante impacta principalmente na questão da evasão escolar, da evasão universitária, porque o nosso aluno depende da bolsa do PIBID não é nem tanto por questão de deslocamento. Ele depende é pra se alimentar, ele depende é pra sobreviver. Essa bolsa do PIBID é algo que ele tem como necessidade fundamental pra poder existir na universidade. Nós não temos restaurante universitário, então o aluno por mais que ele consiga, a prefeitura dê o transporte pra ele vim, mas ele tem que se alimentar, tirar xerox, ele tem que fazer uma série de coisas que aquele dinheirinho é a única coisa que ele tem pra passar o mês todinho. Então quando um aluno desse perde a bolsa, que é já tão pouca, 400,00, pra ele, ele perdeu foi a faculdade, ele perdeu tudo, e fica sem condições de continuar. (Docente São Bernardo)

Não tem transporte público , o deslocamento ele é precário, as unidades são afastadas do centro da cidade, eles tem que trabalhar pra garantir a sua própria permanência no curso. Então as bolsas de certa forma garantiam a manutenção desse aluno no curso. Só que tá havendo um processo de contingenciamento também dessas bolsas, cortes de alguns programas, então isso aí já percebe, por exemplo, esse semestre agora, a evasão em uma das turmas que eu dou aula lá já chegou a 50% no primeiro semestre. Ou seja, coisa que só acontecia a partir do terceiro, quarto, já tá se antecipando, né. (Docente de Bacabal)

Como bem pontuam os docentes, a bolsa é importante para a própria manutenção do aluno na cidade. Muitos alunos são de outras localidades, e Bessa et al (2015) afirmam que, para estes, os custos com alimentação e moradia são altos, pois a maioria dos campi ainda não

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possuem restaurante universitário e/ou casa de estudantes. A assistência estudantil é realizada através da oferta de alguns tipos de auxílios2, que segundo os relatos, são insuficientes para todos os gastos, o que resulta em evasão. Desta forma, esses programas acabam sendo sinônimo de permanência do aluno na universidade.

A falta de estrutura em muitos desses campi também é outro ponto que traz impactos para o trabalho docente e agrava a qualidade do ensino. Após os cortes orçamentários, isso têm se agravado, como contam os docentes:

[...] datashow que quebra, não tem condições de arrumar, o lápis pra você escrever no quadro, material pra xerox não tem. [...] nós estamos numa situação tão difícil que nem gasolina pra botar no carro pra fazer um translado [...] de São Luís [pra] Codó, é até perto, a gente consegue. (Docente Codó)

Problemas físicos têm de tudo que vocês possam imaginar: telhado com vazamento, ar-condicionado com problema, banheiros faltando, banheiros precisando de reforma, sala de aula infiltrando Copo a gente entra no sistema e não tem. material tá vindo escasso, papel higiênico tem pouco, tudo tá vindo muito escasso. [...] O . (Docente de São Bernardo) (grifo nosso)

Outra consequência o

contigenciamento de verbas que comprometeu o pagamentos de terceirizados que atuavam em áreas como segurança e limpeza dentro da universidade. Em entrevista realizada com a atual pró-reitora de Gestão e Finanças da UFMA, Eneida Ribeiro, esta informou que em decorrência dos cortes de verbas, [...] a UFMA foi obrigada a fazer uma redução considerável de contratos de bens e serviços, que incluem gastos com terceirizados e despesas de água, energia, passagens

3. Tal fato também tem repercutido nos campi do interior, conforme aponta a entrevista

abaixo:

a situação que já era precária se tornou muito mais, porque hoje em dia a

gente não tem garantido nem o pagamento dos funcionários terceirizados. Recentemente teve uma greve de vigilantes da empresa que é responsável, houve muita insegurança nos campi. Inclusive um dos campus foi invadido, né, porque os vigilantes não estavam lá. Os funcionários da conservadora estão sem receber dinheiro e sem receber ticket . Os motoristas também estão sem receber, os carros estão parados. Então isso é, já impacta diretamente no contexto laboral, porque você tá ali numa, num espaço de tensão . (Docente Bacabal)

2Segundo informações da página da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PROAES) atualmente há disponibilizados os seguintes auxílios: Bolsa permanência UFMA (R$400,00); Bolsa permanência MEC (R$400, 00 ou R$900,00, neste caso se o aluno é morador de tribo indígena ou área quilombola); Auxílio moradia (R$300,00) e Auxílio alimentação (R$300,00). Sendo necessário que os alunos se inscrevam em edital aberto pela IFES, obedecendo a critérios específicos de cada um.

3

CORTE NO REPASSE DE VERBAS LEVA CRISE À UNIVERSIDADE. O Imparcial, São Luís, 02 abr. 2016. Disponível em: < http://www.oimparcial.com.br/_conteudo/2016/04/ultimas_noticias/urbano/188916-corte-no-repasse-de-verbas-leva-crise-a-universidade.html> Acesso em: 05 abr. 2016.

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Diante desses relatos podemos perceber que a situação que já não estava favorável tem piorado a cada dia. Isso tem atingido diretamente o trabalho de docentes e, consequentemente, a qualidade do ensino. Logo, é pertinente questionar se a interiorização da UFMA está de fato oferecendo um adequado contexto laboral aos servidores e um ensino de qualidade aos alunos e ou se está apenas preocupada em oferecer números aos dados oficiais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante dos relatos apresentados, pode-se perceber que com os cortes orçamentários de 2015, houve um agravamento dos efeitos de um processo de interiorização não planejado, que desconsiderou as peculiaridades dos interiores maranhenses (atividades econômicas predominantes, condições dos transportes, distância intermunicipal e etc.). Uma análise desses cortes nos permite questionar a prioridade que a educação pública, e em especial a educação superior aqui tratada, vem ganhando e as repercussões futuras sobre os profissionais que estão sendo formados.

O slogan da UFMA

traz dúvidas com relação a estrutura desses cursos, que mais parecem servir ao ideal da flexibilização toyotista do que à formação de professores aptos a promoverem um ensino de qualidade para os alunos da educação básica. O que se percebe é a priorização da diminuição de gastos e o enxugamento das formações, deixando de forma secundária a qualidade do ensino.

Reconhecemos a importância que os campi implantados possuem na ampliação do acesso à educação superior. O processo de expansão e reestruturação das IFES foi, sem dúvida, de grande importância, mas sua forma de implantação deixou marcas que tendem a se tornar mais profundas com a redução do orçamento das IFES. Considera-se preocupante o futuro das IFES, pois novos cortes orçamentários já estão sendo anunciados, e a Educação certamente será uma das áreas mais atingidas.

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_______. Ministério da Educação e Cultura. Análise sobre a expansão das Universidades Federais (2003 a 2012). Relatório da comissão constituída pela portaria n. 126/2012. Brasília, DF, 2012.

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educação superior no país (2003-2014). Brasília, 2014. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16762-balanco-social-sesu-2003-2014&Itemid=30192>. Acesso em: 18 mar. 2016.

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Anais do XXIV Seminário Nacional UNIVERSITAS/BR ISSN 2446-6123

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