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dissertação de mestrado Carina Fonseca

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Academic year: 2021

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Carina Sofia Mendes Fonseca

Tipologias de Qualidade Conjugal e Associações com Risco de Divórcio

e Coparentalidade

Dissertação de Mestrado

Psicologia Clínica e da Saúde

Dissertação defendida em provas públicas na Universidade Lusófona do

Porto no dia 09/12/2016 perante o júri seguinte: Presidente: Prof. Doutora

Inês Jongenelen

Vogais: Prof. Doutora Rita Conde (Universidade Lusófona do

Porto) - arguente

Orientador: Prof. Doutor Diogo Lamela da Silva

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É autorizada a reprodução integral desta tese/ dissertação apenas para efeitos de investigação, mediante declaração escrita do interessado, que tal se compromete.

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Agradecimentos

A ti mãe, a pessoa mais importante da minha vida. Obrigada pelo amor incondicional, pela força e coragem que me transmites diariamente. Agradeço-te pelo papel de mãe e de pai ao longo desta caminhada, obrigada pelo exemplo que és

para mim.

Ao meu amor, um doce, encantador e admirável homem, obrigada por estares sempre presente. Pelos teus braços nos momentos difíceis, pelas tuas palavras de incentivo e de apoio. Hugo, um grande obrigada por me fazeres uma pessoa melhor e mais feliz.

A ti minha irmã, Patrícia. Agradeço as tuas palavras e pela sorte de ter uma irmã como tu. Obrigada pela linda sobrinha que me deste, que enche o meu coração de orgulho e alegria.

A toda a minha família em geral, avô, madrinha… Obrigada por todo o orgulho e confiança que depositaram em mim.

Agradeço às minhas colegas de turma, Inês e Carla por todos estes anos de partilha e companheirismo. O meu sincero obrigado. Foi um prazer partilhar ao vosso lado este percurso.

Em especial ao professor Diogo Lamela, pela oportunidade de poder partilhar consigo esta caminhada. Agradeço todos os conselhos e ensinamentos que partilhou comigo, por toda a confiança que depositou em mim e, acima de tudo, por sempre ter exigido o máximo de mim, fazendo com que isso se refletisse no meu trabalho. Foi um enorme gosto trabalhar consigo.

Por fim, a ti pai, meu eterno herói, amigo e protetor. Obrigada por me deixares tanto de ti, por me protegeres sempre. O teu corpo não está presente mas trago-te sempre no meu coração e a todas as boas recordações que me deixaste. Sei o quanto deves estar orgulhoso.

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V Resumo

O presente estudo teve dois objetivos. Primeiro, identificar perfis de satisfação e conflito conjugal numa amostra de homens e mulheres portugueses, recorrendo à aplicação de procedimentos de análise de clusters. O segundo objetivo foi testar se existiam diferenças entre os perfis filtrados ao nível do risco de divórcio, conflito coparental aberto, sabotagem coparental e suporte coparental. O estudo foi composto por uma amostra de 512 participantes, envolvidos numa relação íntima heterossexual e pelo menos um filho do parceiro conjugal atual. A análise de clusters revelou a adoção de quatro clusters como uma solução ótima para os dados. No objetivo 2, foram encontradas diferenças significativas entre os perfis ao nível do risco de divórcio, conflito coparental aberto, sabotagem coparental e suporte coparental. Os resultados apresentados na presente dissertação parecem sugerir uma associação entre tipos de qualidade conjugal, risco de divórcio e coparentalidade.

Palavras-chave

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VI Abstract

This study had two objectives. First, identify profiles of satisfaction and marital conflict in a sample of Portuguese men and women, by applying cluster analysis procedures. The second objective was to test whether there were differences between the profiles filtered to the level of risk of divorce, coparental conflict opened, sabotage coparental and support coparental. The study consisted of a sample of 512 participants, involved in a heterosexual intimate relationship and at least one child of the current marital partner. The analysis of clusters revealed the use of four clusters as a great solution for the data. In Objective 2, significant differences were found between the profiles at the level of risk of divorce, coparental conflict opened, sabotage coparental and support coparental. The results presented in this thesis seem to suggest an association between types of marital quality, risk of divorce and coparenting.

Key-words

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VII Índice Agradecimentos ... IV Resumo ... V Abstract ... VI Introdução ... 1 Método ... 5 Participantes ... 5 Medidas ... 6 Resultados ... 7 Discussão ... 11

Limitações e investigação futura ... 13

Referências ... 13

Índice de Tabelas Tabela 1. Diferenças entre os Perfis de Qualidade Conjugal nas Variáveis de Clustering...9

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Tipologias de Qualidade Conjugal e Associações com Risco de Divórcio e Coparentalidade

É no seio familiar que são desenvolvidas aprendizagens fulcrais que dizem respeito ao afeto e à interação com ou outros (Alarcão, 2000). Por sua vez o sistema familiar, está organizado em unidades sistémico-relacionais às quais chamamos de subsistemas, sendo que cada um dos subsistemas desempenham funções distintas mas que se encontram relacionadas entre si (Alarcão, 2000). O sistema conjugal é criado quando duas pessoas decidem viver como um casal.

Do ponto de vista teórico, a satisfação conjugal é um conceito subjetivo, que implica ter as próprias necessidades e desejos satisfeitos (Comin & Santos, 2010). Relaciona-se com sensações de bem-estar, companheirismo, afeto e segurança, aspetos que proporcionam o aumento da intimidade entre o casal (Gottman & Krokoff, 1989). Por definição, a satisfação conjugal é um fenómeno complexo, no qual interferem diversas variáveis. Os traços da personalidade, as atitudes, a vida sexual, o momento do ciclo familiar, o nível socioeconómico e a parentalidade são fatores que influenciam a satisfação conjugal (Ribeiro & Shelton, 2012). No entanto, é notório que para o homem e para a mulher, os motivos pelos quais se sentem conjugalmente satisfeitos são distintos (Hernandez & Oliveira, 2003). Diferentes propostas teóricas têm surgido na literatura para explicar a variabilidade da satisfação conjugal (Mosmann et al., 2006, citado por Comina & Santos, 2010). A literatura tem demonstrado sistematicamente, que as vivências prematuras do sujeito no âmbito familiar, assim como as particularidades vivenciadas na relação conjugal e as variáveis de personalidade e bio demográficas são fatores determinantes da satisfação conjugal (Wagner & Falcke, 2001, citado por Comina & Santos, 2010).

A confiança, a cooperação e a afetividade entre os membros da díade são descritos como preditores para uma relação conjugal satisfatória (Rebello,Junior & Brito, 2014), sendo que, por sua vez, a satisfação conjugal e outros domínios da relação conjugal predizem longitudinalmente a saúde física e a qualidade de vida (Comin & Santos, 2010). Adicionalmente, a intimidade física e emocional e a satisfação sexual parecem também estar associadas a valores mais elevados de satisfação conjugal e ao bem-estar do casal (Andrade, Garcia & Cano, 2009). A satisfação e a estabilidade conjugais resultam da

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capacidade que o casal tem para enfrentar a resolução de conflitos (Rodrigues, Hall & Fincham, 2006).

Por outro lado, o conflito conjugal tem recebido atenção empírica, onde é apontado como preditor da insatisfação conjugal e consequentemente do risco de divórcio (Gottman & Levenson, 1999). Por definição, o conflito conjugal é visto como a utilização de estratégias de resolução de problemas negativos e desaptativos, pautados por trocas emocionais de elevado afeto negativo e que podem envolver processos de escalada, crítica, hostilidade, raiva, retraimento emocional e agressividade (Rinaldi & Howe, 2003). O conflito conjugal aparenta causar emoções negativas para o casal que o vivencia, assim como para os filhos. A regulação emocional parece ser um aspeto central para a promoção de um relacionamento funcional. No entanto, a literatura tem também sugerido que as associações entre a regulação emocional, o conflito e a satisfação conjugal são longitudinais e bidirecionais (Bloch, Haase & Levenson, 2014). Uma das estratégias de resolução de problemas conjugais é o evitamento do foco de desentendimento, não existindo envolvimento na resolução positiva e assertiva do conflito. De acordo com este ponto de vista, o evitamento do conflito parece estar associado a declínios na satisfação do casal, dando lugar ao conflito conjugal (Bradbury, Fincham & Beach, 2000). Os recursos e as estratégias utilizados pelo casal na resolução de conflitos têm efeito moderador quando a tensão entre o casal tem propensão de aumentar (Rodrigues et al., 2006).

A investigação sugere que em qualquer relação conjugal, independentemente do seu estado (casamento, união de facto, namoro etc.) estão presentes contrariedades e o que diferencia a qualidade conjugal é a forma como o casal enfrenta a resolução de conflitos (Mosmann, 2007, citado por Wilhelm & Oliveira, 2011). Segundo alguns autores, a intensidade, origem e frequência do conflito conjugal não são fatores determinantes no risco de divórcio (Karney & Bradbury, 1995). Os comportamentos funcionais utilizados pela díade conjugal podem deteriorar a relação, na medida que funcionam como fuga ao conflito (Gottman & Krokoff, 1989). A investigação empírica tem sugerido que o conflito conjugal é uma dimensão da relação que pode influenciar negativamente a satisfação conjugal e aumentar a probabilidade de divórcio (Lavner & Bradbury, 2012).

Os modelos interaccionistas simbólicos das relações conjugais têm centrado a sua atenção na compreensão das variáveis que explicam a manutenção da satisfação conjugal ao longo do tempo e sobre a associação entre satisfação conjugal e risco de divórcio (Karney & Bradbury, 1995). De facto, a investigação longitudinal tem revelado que a

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insatisfação conjugal é um preditor significativo da dissolução conjugal, sendo que a satisfação conjugal está associada a relações mais longas e satisfatórias. A literatura tem demonstrado consistentemente que o impacto negativo do conflito conjugal na satisfação conjugal e no risco de divórcio é significativamente explicado pela forma como os parceiros chegam a soluções e como trocam informação potencialmente negativa e não pelo conteúdo desencadeador do conflito (Lavner & Bradbury, 2012).

Modelos teóricos têm sido desenvolvidos para explicar as tipologias conjugais. O modelo de Fowers & Olson (1992) explora quatro dimensões relativas às tipologias conjugais, onde surgem perfis com denominações distintas: o perfil Vitalizados, o perfil Harmonioso, o perfil Tradicional e por fim, o perfil Conflituoso. O perfil Vitalizados revelou um alto nível de satisfação conjugal, uma forte capacidade para discutir sentimentos e para resolver problemas em conjunto. Estes casais demonstraram estar satisfeitos com a forma como se relacionam entre si, a nível emocional e sexual. O perfil Harmonioso foi caracterizado por um nível moderado de satisfação conjugal. Estes casais sentem-se satisfeitos um com o outro, sentem-se compreendidos, capazes de partilhar sentimentos e resolver diferenças existentes entre o casal. O perfil Tradicional demonstrou uma insatisfação moderada em diversas áreas da relação, nomeadamente na tomada de decisões e no planeamento de eventos futuros. É notório um certo grau de infelicidade com os hábitos pessoais do parceiro, desconforto em discutir sentimentos e lidar com o conflito. Por último, o perfil Conflituoso relatou um alto nível de insatisfação com aspetos de personalidade, hábitos do parceiro e capacidade de discutir e comunicar os problemas. Demonstraram também, descontentamento a nível sexual e no relacionamento entre familiares e amigos (Fowers & Olson,1992).

Gottman (1993), na sua investigação longitudional com jovens casais, identificou três perfis conjugais. O perfil Voláteis foi caracterizado por um forte misto de afectos positivos e negativos, onde existe uma forte tendência para discussões, embora demonstrem ser um casal bastante romântico. O perfil Validador demonstrou ser mais calmo e intimista. Demontram gostar de partilhar as experiências em conjunto, não demonstrando atitudes individualistas. O terceiro grupo denominado Evitante, demonstrou uma certa tendência para o evitamento da discussão e do confronto, que por consequência poderá resultar em afastamento e solidão (Gottman,1993).

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O risco de divórcio percebido tem sido avaliado na literatura como a frequência dos pensamentos sobre terminar a relação, a discussão sobre o rompimento conjugal com o parceiro ou outros significativos, entusiasmar-se com as expectativas de vida futura após-rutura conjugal (Karney & Bradbury, 1995). O risco de divórcio é, então definido pela percepção subjetiva de um membro do casal sobre a estabilidade da relação, que após a avaliação das recompensas e custos emocionais, psicológicos e sociais da relação, infere que a relação apresenta mais ameaças e custos ao seu próprio desenvolvimento.

No entanto, tem sido sistematicamente demonstrado que para um casal, o surgimento de um filho é um fator influenciador da relação, que demonstra ser um período do ciclo familiar caracterizado por fortes mudanças. Investigações realizadas neste âmbito concluem que a qualidade conjugal difere muito do pré para o pós-natal, e que para as mulheres a chegada do primeiro filho pode trazer algumas contrariedades para o relacionamento amoroso (Hernandez & Hutz, 2010). Este acontecimento na vida do casal, parece associar-se à dissolução do casal, porém, existem estudos que revelam que ter filhos é essencial e que sem eles a vida é muito “vazia” e pouco gratificante (Hansen, 2012). A coparentalidade pode também explicar as ligações entre as relações conjugais, práticas e estilos parentais e adaptação dos próprios filhos, funcionando como mediador entre a qualidade da relação conjugal e no próprio desenvolvimento da criança (Bronte-Tinkew, Horowitz & Carrano, 2010; Morril, Hines, Mahmood & Cardova, 2003). Nesta linha, a satisfação coparental demonstra ser uma variável fulcral na qualidade das relações conjugais. A satisfação coparental ocorre quando ambos os pais se encontram envolvidos de forma coerente na vivência dos filhos em comum. A investigação empírica tem sugerido que o equilíbrio presente na aliança parental tem um forte impacto na explicação de processos sistémicos, assim como na própria vida dos filhos (Lamela, Castro & Figueiredo, 2013). Alguns estudos comprovam que o comportamento coparental é um mediador da relação entre satisfação conjugal e práticas parentais, tais como suporte emocional, tentativas de controle e rejeição (Pedro, Ribeiro & Shelton, 2012).

Modelos teóricos sustentaram que o nível de conflito coparental, o nível de cooperação e o nível de triangulação são dimensões da coparentalidade (Belsky et al., 1996; Feinberg, 2003; Margolin, Gordis & John, 2001; McHale, 1995; McHale, Kuersten-Hogan, & Lauretti, 2001). Por outro lado, Van Egeren e Hawkins (2004), defendeu que a coparentalidade pode ser conceptualizada por uma estrutura externa que consiste em quem é que faz parte da díade parental, como por uma estrutura interna que diz respeito às

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dimensões intraindividuais e intrafamiliares, únicas da aliança parental. Desta forma, os processos familiares da parentalidade parecem funcionar como factor de risco na satisfação conjugal e consequentemente no risco de divórcio.

O presente estudo

Sustentado na investigação anterior, o presente estudo tem dois objetivos. Primeiro, procurou-se identificar perfis de satisfação e conflito conjugal, recorrendo à aplicação de procedimentos de análise de clusters. Foi hipotetizado que quatro perfis iriam emergir: um grupo com elevada satisfação conjugal e baixo conflito conjugal, um grupo com baixa satisfação conjugal e alto conflito conjugal, um grupo de alta satisfação conjugal e alto conflito conjugal e, por fim, um grupo de baixa satisfação conjugal e baixo conflito conjugal. O segundo objetivo foi testar se seriam encontradas diferenças entre os perfis ao nível do risco de divórcio, conflito coparental aberto, sabotagem coparental e suporte coparental. Colocamos a hipótese que o grupo de alta satisfação conjugal e baixo conflito conjugal iria exibir os valores mais baixos de risco de divórcio, conflito coparental aberto e sabotagem coparental e os valores mais elevados de suporte coparental. Em contraste, os participantes do grupo de baixa satisfação conjugal e alto conflito conjugal iriam relataram os valores mais altos de risco de divórcio, conflito coparental aberto e sabotagem coparental e os valores mais baixos de suporte coparental.

Método Participantes

A amostra foi constituída por 512 participantes (85% do sexo feminino) envolvidos numa relação íntima (72.2% eram casados e 27.8% viviam em união de facto). A idade média foi de 39.5 anos (SD = 6.2 anos). A duração media da relação conjugal foi de 12/13 anos (SD = 6.8 anos). O rendimento financeiro médio foi de €13,808 por ano (SD = €764). Aproximadamente 36% dos participantes relataram uma escolaridade igual ou inferior ao ensino secundário e 64% tinham um grau de ensino superior. O número de filhos apresentou uma mediana de 2 filhos, em que a idade média do filho-foco foi de 6.51 anos (SD = 5.02 anos), sendo 50.3% rapazes (n = 528).

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6 Medidas

A satisfação conjugal foi medida através da escala The Couple Satisfaction Índex (CSI; Funk & Rogge, 2007). A CSI mede a satisfação com o parceiro romântico/íntimo em quatro itens, numa escala de Likert de 7 pontos. O score total é alcançado pela soma de todos os itens. Os valores mais altos indicam maior satisfação marital. A versão portuguesa mostrou boas qualidades psicométricas (Lamela, Morais, & Jongenelen, 2015). Na amostra atual encontrou-se excelentes propriedades psicométricas (α = 0.91).

O conflito conjugal foi avaliado através de dois itens adaptados da subescala de conflito da Coparenting Relationship Scale (CRS; Feinberg, Brown, & Kan, 2012). Os dois itens gerados foram: ‘Sente-se no meio de uma interação tensa e sarcástica com o seu companheiro?’ e ‘Quando falam sobre a vossa relação íntima, um de vocês ou ambos dizem algo cruel ou ofensivo um ao outro?’. Dados empíricos prévios sugerem que estes itens funcionaram como indicadores de comportamentos não assertivos de resolução de conflito conjugal (Lamela et al., 2015). Os itens foram respondidos numa escala de Likert de 7 pontos (desde ‘0’ nunca a ‘6’ muito frequente, várias vezes ao dia), em que o score total é calculado através da média dos itens. Maior score total reflete maior conflito conjugal. O alfa de Cronbach foi de .88 para a atual amostra.

O risco de divórcio foi avaliado através da escala The Divorce Proneness Scale (Booth, Johnson, & Edwards, 1983). Esta escala mede a instabilidade marital, definida como a percepção do indíviduo sobre a frequência em pensar sobre o fim da relação conjugal, considera a possibilidade de dissolução íntima com o parceiro ou outras pessoas significativas ou equaciona como seria a sua vida sem a relação íntima. A escala é composta por cinco itens, que é respondida utilizando uma escala de Likert de 5 pontos (de ‘1’ discordo fortemente a ‘5’ concordo fortemente). Scores mais elevados refletem uma maior instabilidade conjugal e maior risco de dissolução conjugal (Booth et al., 1985). A versão portuguesa mostrou boas qualidades psicométricas (Lamela et al., 2015). O valor de consistência interna (alfa de Cronbach) foi de .89 no presente estudo.

O suporte coparental, a sabotagem coparental e conflito coparental aberto foram medidos, respetivamente, pelas subescalas de suporte, sabotagem e exposição ao conflito da Coparental Relationship Scale. A subescala de suporte coparental contém 6 itens e avalia o grau de apoio emocional e instrumental percebido entre a díade coparental na prestação de cuidados à criança. A subescala sabotagem tem 6 itens e mede técnicas cobertas de conflito coparental (e.g., hostilidade, crítica, competição). A subescala de

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exposição ao conflito é composta 5 itens e avalia a utilização de estratégias de conflito coparental aberto na gestão da educação e prestação de cuidados à criança (e.g., raiva, insultos, ameaças físicas). Os participantes usaram uma escala de classificação de 7 pontos (de ‘0’ nada verdadeiro sobre nós, a ‘6’ muito verdadeiro sobre nós) para respondem aos itens nas três subescalas. Os scores totais nas subescalas foram obtidos pelo cálculo da média, em que quanto maior a pontuação, maior presença do construto avaliado em cada subescala. A versão portuguesa mostrou boas qualidades psicométricas (Morais, 2015). Os coeficientes de Cronbach foram de .79 para a subescala de exposição ao conflito, de .82 para a subescala de sabotagem e .88 para a subescala de suporte coparental.

Procedimentos

Foi conduzido um estudo numa página online construída para o efeito. O questionário foi hospedado no site da ULP entre Março a Julho de 2016. Os participantes foram recrutados através de emails das instituições do ensino superior e fóruns online. O questionário demorava cerca de 20/25 minutos para ser respondido e não obteve qualquer tipo de financiamento. De forma a garantir a qualidade dos dados, orientações metodológicas e éticas padrão foram seguidas (Kraut et al., 2004). Numa fase prévia às análises estatísticas, foram aplicados procedimentos de limpeza da base de dados aplicados por Funk e Rogge (2007). Cinquenta e dois entrevistados foram eliminados após este procedimento. A amostra final foi composta por 512 participantes.Para o presente estudo, os participantes deveriam ter uma relação íntima heterossexual e pelo menos um filho com o atual parceiro conjugal. Para ser incluído no estudo, os participantes não deveriam ter uma relação conjugal anterior de longo prazo e filhos de outros relacionamentos íntimos. Em caso de mais de uma criança, os participantes teriam que avaliar a relação de coparentalidade com o seu parceiro tendo como foco a criança de menor idade. A idade média do filho-foco foi de 6.51 anos (SD = 5.02 anos).

Resultados Perfis de Conflito e Satisfação Conjugais

Análise de clusters do conflito e satisfação conjugais. A Couple Relationship Index e o índice compósito de conflito conjugal foram usados para realizar as análises de clusters. De início, com o intuito de estabelecer o número de clusters, foi uma realizada uma análise de clusters hierárquica (distância Euclidiana standardizada, método de aglomeração

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hierárquica de ard). A verificação visual dos outputs da análise de clusters hierárquica (i.e., análise do dendograma, o gráfico da distância euclidiana e esquema de aglomeração) sugeriu a adoção de quatro clusters como uma solução ótima. Com vista à confirmação desta solução, foi realizada, posteriormente, uma análise de cluster K-means, com dist ncia uclidiana quadrada como o índice de similaridade (z-scores). A comparação entre os resultados com a análise de clusters hierárquica e os resultados da análise K-means revelou um acordo substancial (κ = 0.76). De seguida, foi realizada uma MANOVA com vista a testar a estabilidade da solução de quatro clusters, usando as variáveis usadas para realizar os testes de clusters como variáveis dependentes e os clusters como fator fixo. A MANOVA mostrou que as subescalas diferiam significativamente entre os clusters, ilks’s λ, F (2, 639) = 265.86, p < .001. Subsequentes ANOVAs (com correção Bonferroni) revelaram que as variáveis usadas para realizar os clusters eram significativamente diferentes entre os quatros clusters (Tabela 1).

Definição dos perfis. As médias e os desvios-padrão para as variáveis de conflito conjugal e satisfação conjugal para cada cluster, assim como as diferenças por cada cluster estão descritas na Tabela 1. Os clusters foram rotulados em função das suas dimensões mais salientes, usando designações de estudos tipológicos anteriores (Gottman, 1993; Fowers & Olson, 1992). Assim, o cluster 1 (5.6% da amostra) relatou scores médios moderados de satisfação conjugal e níveis elevados de conflito conjugal. Com efeito, este

cluster foi denominado por Voláteis (VOL). O cluster 2 (10.0% da amostra), por sua vez,

relatou scores médios baixos de satisfação conjugal e níveis elevados de conflito conjugal, tendo sido denominado por Desvitalizados (DESVIT). O cluster 3 (30.8% da amostra) mostrou scores médios baixos de satisfação conjugal e baixos níveis de conflito conjugal. Este cluster foi denominado por Insatisfeitos (INS). Finalmente, o cluster 4 (53.7% da amostra) relatou elevados níveis de satisfação conjugal e baixos níveis de conflito conjugal. Foi, por isso, rotulado como Vitalizados (VITA).

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Tabela 1.

Diferenças entre os Perfis de Qualidade Conjugal nas Variáveis de Clustering

Variável VOL (n = 31) DESVIT (n = 55) INS (n = 171) VITA

(n = 298) Teste de diferenças entre perfis M SD M SD M SD M SD F(3, 552) Contrastes entre

perfisa Conflito

conjugal 5.12 2.3 5.69 2.1

1.18 1.0

0.41 0.7 445.56 VOL, DESVIT > INS > VITA Satisfação conjugal 14.9 3.0 5.55 2.8 11.02 2.5 17.56 1.9 590.91 DESVIT < INS < VOL < VITA Nota. ANOVAs para as diferenças entre os grupos foram significativas a p < .001. a Diferenças

significativas entre os grupos a p < .05, usando o teste Tukey-Kramer. VOL = Perfil relacionamentos voláteis. DESVIT = Perfil relacionamentos desvitalizados. INS = Perfil relacionamentos insatisfeitos. VITA = Perfil relacionamentos vitalizados.

Testes post-hoc Tukey-Kramer revelaram que, quando comparado com os outros perfis, o perfil Vitalizados exibiu scores significativamente mais baixos de conflito conjugal e mais elevados de satisfação conjugal (Tabela 1). Por sua vez, o perfil Desvitalizalidos evidenciou os scores mais elevados em conflito conjugal e os mais baixos de satisfação conjugal. O perfil dos Insatisfeitos evidenciou níveis de satisfação conjugal inferiores aos perfis Voláteis e Vitalizados, mas superiores ao perfil Desvitalizados. Não foram encontradas diferenças significativas entre os perfis Voláteis e Desvitalizados nos níveis de conflito conjugal.

Diferenças entre Perfis no Risco de Divórcio e Coparentalidade

Risco de divórcio. Diferenças estatisticamente significativas entre os perfis foram identificadas pela ANOVA (Tabela 2). As comparações post-hoc Tukey revelaram que, quando contrastado com os outros três perfis, o perfil Vitalizados exibiu os scores mais baixos de risco de divórcio e o perfil Desvitalizados evidenciaram os maiores scores de risco de divórcio. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os perfis Voláteis e Insatisfeitos, sendo que ambos mostraram menores pontuações de risco de divórcio do que o perfil Desvitalizados e maiores pontuações, quando contrastados com o perfil Vitalizados (Tabela 2).

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Tabela 2.

Diferenças entre os Perfis de Qualidade Conjugal nas Variáveis Dependentes

Variável VOL (n = 31) DESVIT (n = 55) INS (n = 171) VITA

(n = 298) Teste de diferenças entre perfis M SD M SD M SD M SD F(3, 552) Contrastes entre

perfisa Risco divórcio 2.18 2.8 6.54 2.6

2.56 2.48

0.54 0.9 150.05 DESVIT < VOL, INS < VITA Conflito coparental aberto 2.11 1.1 2.41 1.1 0.72 0.50 0.36 0.4 240.56 VOL, DESVIT < INS < VITA Sabotagem coparental 1.63 1.3 1.73 1.3 0.78 0.80

0.39 0.7 54.11 VOL, DESVIT < INS < VITA Suporte

coparental 3.53 1.9 2.37 1.6

4.17 1.43

5.21 1.2 80.22 DESVIT < VOL, INS < VITA Nota. ANOVAs para as diferenças entre os grupos foram significativas a p < .001. a Diferenças significativas entre os grupos a p < .05, usando o teste Tukey-Kramer. VOL = Perfil relacionamentos voláteis. DESVIT = Perfil relacionamentos desvitalizados. INS = Perfil relacionamentos insatisfeitos. VITA = Perfil relacionamentos vitalizados.

Conflito coparental aberto. Diferenças estatisticamente significativas entre os perfis foram identificadas pela ANOVA (Tabela 2). As comparações post-hoc Tukey revelaram que os perfis Voláteis e Desvitalizados exibiram as pontuações mais altas de conflito coparental aberto quando contrastado com os outros dois perfis (Tabela 2). Por outro lado, o perfil Vitalizados mostraram os scores mais baixos de conflito coparental aberto, sendo que o perfil Insatisfeitos apresentou pontuações mais altas de conflito do que o perfil Vitalizados e mais baixas do que os outros dois perfis.

Sabotagem coparental. Diferenças estatisticamente significativas entre os perfis foram identificadas pela ANOVA (Tabela 2). As comparações post-hoc Tukey revelaram que os perfis Voláteis e Desvitalizados mostraram ter as pontuações mais elevadas de sabotagem coparental quando contrastado com os outros dois perfis (Tabela 2). Os participantes do perfil Vitalizados exibiram os scores mais baixos de sabotagem coparental, sendo que o perfil Insatisfeitos apresentou pontuações mais altas de sabotagem do que o perfil Vitalizados e mais baixas do que os outros dois perfis.

Suporte coparental. A ANOVA revelou diferenças estatisticamente significativas entre os perfis no suporte coparental (Tabela 2). As comparações post-hoc Tukey mostraram que, quando contrastado com os outros três perfis, o perfil Vitalizados exibiu os

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baixos. Não existiram diferenças estatisticamente significativas entre os perfis Voláteis e Insatisfeitos, sendo que ambos demonstraram maiores scores de suporte coparental quando contrastados com o perfil Desvitalizados e menores scores de suporte, quando contrastados com o perfil Vitalizados (Tabela 2).

Discussão

Esta investigação teve como finalidade responder a dois objetivos. Em primeiro, sustentado na literatura anterior, identificar perfis de satisfação e conflito conjugal e, em segundo, testar se existiriam diferenças entre os perfis encontrados, ao nível do risco de divórcio, conflito coparental aberto, sabotagem coparental e suporte coparental.

Os clusters foram rotulados em função das suas dimensões mais salientes, usando designações de estudos tipológicos anteriores (Gottman, 1993; Fowers & Olson, 1992). Através da análise de clusters hierárquica obtivemos: um grupo com elevada satisfação conjugal e baixo conflito conjugal denominado por Vitalizados um grupo com baixa satisfação conjugal e alto conflito conjugal, denominado por Desvitalizados, um grupo de alta satisfação conjugal e alto conflito conjugal denominado por Voláteis e, por fim, um grupo de baixa satisfação conjugal e baixo conflito conjugal denominado por Insatisfeitos. Tal como esperado esta hipótese foi confirmada, uma vez que se verifica que os motivos pelos quais se sentem conjugalmente satisfeitos são distintos (Hernandez &Oliveira, 2003), o que remete, para diferentes perfis de satisfação conjugal. A partir dos resultados, foi possível observar que o perfil Vitalizados exibiu scores significativamente mais baixos de conflito conjugal e mais elevados de satisfação conjugal. Por sua vez, o perfil Desvitalizalidos evidenciou os scores mais elevados em conflito conjugal e os mais baixos de satisfação conjugal. O perfil dos Insatisfeitos evidenciou níveis de satisfação conjugal inferiores aos perfis Voláteis e Vitalizados, mas superiores ao perfil Desvitalizados. Os resultados obtidos vão de encontro ao estudo de Fowers e Olson (1992), que estudaram anteriormente as tipologias conjugais, sendo que foí possível obter o mesmo número de perfis. Desta forma, os perfis foram denominados de acordo com as variáveis que os caracterizam.

No segundo objetivo , foi hipotetizado que o grupo de alta satisfação conjugal e baixo conflito conjugal iria exibir os valores mais baixos de risco de divórcio, conflito coparental aberto e sabotagem coparental e os valores mais elevados de suporte coparental. Em contraste, os participantes do grupo de baixa satisfação conjugal e alto conflito

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conjugal iriam relataram os valores mais altos de risco de divórcio, conflito coparental aberto e sabotagem coparental e os valores mais baixos de suporte coparental. Esta hipótese foi confirmada e de acordo com a literatura anterior a insatisfação conjugal é um preditor de risco de divórcio e a satisfação conjugal está associada a relações mais longas e satisfatórias (Lavner & Bradbury, 2012). A coparentalidade pode também explicar as ligações entre as relações conjugais, práticas e estilos parentais, funcionando como mediador entre a qualidade da relação conjugal e no próprio desenvolvimento da criança (Bronte-Tinkew, Horowitz & Carrano, 2010; Morril, Hines, Mahmood & Cardova, 2003).

Por consequência, o risco de divórcio, torna-se algo percetível no conflito conjugal e os resultados encontrados nesta variável parecem estar em linha com os diversos estudos longitudinais, que revelam que o conflito conjugal é uma dimensão da relação que pode influenciar negativamente a satisfação conjugal e aumentar a probabilidade de divórcio (Lavner & Bradbury, 2012). Tem sido avaliado na literatura como a frequência dos pensamentos sobre terminar a relação, a discussão sobre o rompimento conjugal com o parceiro ou outros significativos, entusiasmar-se com as expectativas de vida futura após-rutura conjugal (Karney & Bradbury, 1995). Foram encontradas diferenças significativas entre perfis nesta variável. Quando comparado com outros perfis, o perfil Vitalizados exibiu os scores mais baixos de risco de divórcio e o perfil Desvitalizados evidenciaram os maiores scores de risco de divórcio. De salientar, que nos restantes perfis, não foram encontradas diferenças significativas, uma vez que ambos demonstraram menores pontuações de risco de divórcio que o perfil Desvitalizados e maiores pontuações, quando comparados com o perfil Vitalizados.

Nas variáveis conflito coparental aberto, sabotagem coparental e suporte coparental, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os perfis identificadas pela ANOVA. As comparações post-hoc Tukey revelaram que os perfis Voláteis e Desvitalizados mostraram ter as pontuações mais elevadas de conflito coparental aberto e de sabotagem coparental quando contrastado com os outros dois perfis. Já na dimensão do suporte coparental os resultados demonstraram que, quando contrastado com os outros três perfis, o perfil Vitalizados exibiu os scores mais elevados de suporte coparental e o perfil Desvitalizados relataram os mais baixos. No nosso ver, os resultados demonstram significativamente que existe uma associação entre as variáveis risco de divórcio, coparentalidade e satisfação conjugal.

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13 Limitações e investigação futura

O presente estudo apresenta limitações que devem ter sidas em conta na interpretação dos resultados. Em primeiro, o facto de ter sido utilizada uma amostra por conveniência, através de um questionário online, o que poderá ter diminuído a possibilidade de generalização dos resultados. A amostra foi constituída por participantes com níveis elevados de educação, que poderá estar associado ao tipo de divulgação do estudo. Em segundo lugar, trata-se de um estudo de design transversal, que dado a avaliação ter ocorrido num só momento, não permitiu estudar a evolução desenvolvimental dos construtos e, dessa forma perceber se os perfis de satisfação conjugal iram predizer a longo prazo as variáveis estudadas. O facto de não serem incluídos no estudo, participantes com uma relação conjugal a longo prazo anterior ao atual relacionamento representa uma limitação, uma vez que poderá ter diminuído a variabilidade sociodemográfica da amostra. Esta homogeneidade entre os participantes permitiu aumentar o poder estatístico das análises. Porém, esta homogeneidade condiciona a generalização dos resultados a díades coparentais compostas por pais do mesmo sexo, a pais e mães recasados ou com filhos noutras faixas etárias. Assim, sugere-se que em investigações futuras o presente design metodológico seja replicado com participantes heterossexuais e do mesmo sexo, de forma a existir uma maior heterogeneidade entre os participantes.

Apesar das limitações referidas, este estudo é um contributo no avanço da compreensão da conjugalidade, com pistas para novas investigações. Sugere-se um estudo que permita refletir de que forma a satisfação conjugal e aliança parental se influenciam mutuamente ao longo das várias etapas do ciclo de vida familiar, verificando quais são os factores mediadores nesta relação. Em síntese, com este estudo, mais do que obter resultados conclusivos, espera-se que contribua como motor para novas investigações na área da conjugalidade.

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