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Relação entre incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos e desempenho físico em mulheres de meia idade: um estudo transversal

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DEM FISIOTERAPIA. RELAÇÃO ENTRE INCONTINÊNCIA URINÁRIA, PROLAPSO DE ÓRGÃOS PÉLVICOS E DESEMPENHO FÍSICO EM MULHERES DE MEIA IDADE: UM ESTUDO TRANSVERSAL. Mariana Carmem Apolinário Vieira. NATAL/RN 2016. 0.

(2) MARIANA CARMEM APOLINÁRIO VIEIRA. RELAÇÃO ENTRE INCONTINÊNCIA URINÁRIA, PROLAPSO DE ÓRGÃOS PÉLVICOS E DESEMPENHO FÍSICO EM MULHERES DE MEIA IDADE: UM ESTUDO TRANSVERSAL. Dissertação apresentada ao Programa pós-graduação em Fisioterapia Universidade Federal do Rio Grande Norte como requisito para obtenção título de Mestre em Fisioterapia.. Orientador: Prof. Dr. Álvaro Campos Cavalcanti Maciel. NATAL/RN 2016. 1. de da do do.

(3) 2.

(4) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia: Prof. Dr. Álvaro Campos Cavalcanti Maciel. iii.

(5) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA. RELAÇÃO ENTRE INCONTINÊNCIA URINÁRIA, PROLAPSO DE ÓRGÃOS PÉLVICOS E DESEMPENHO FÍSICO EM MULHERES DE MEIA IDADE: UM ESTUDO TRANSVERSAL. Mariana Carmem Apolinário Vieira. BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. Álvaro Campos Cavalcanti Maciel - Presidente - UFRN Profa. Dra. Elizabel Souza Ramalho Viana - Membro interno - UFRN Profa. Dra. Valéria Conceição Passos de Carvalho - Membro externo– UNICAP. Aprovado em 26/01/2016. NATAL/RN 2016 iv.

(6) Dedicatória À minha família por todo incentivo e apoio.. v.

(7) Agradecimentos À Deus por tornar tudo possível. Aos meus pais, que sempre me apoiaram e me deram força, confiança, amor, ensinando-me a persistir nos meus objetivos e ajudando a alcançá-los. Ao meu irmão, pelos bons exemplos. A Felipe por todo amor e compreensão. Ao Prof. Dr. Álvaro Campos, pela orientação desde a graduação, pela paciência, dedicação e competência profissional. À Profa. Elizabel Viana por todo o ensinamento repassado durante a graduação e mestrado, pela disponibilidade e prontidão em tirar minhas dúvidas. À Profa. Valéria Carvalho pela disponibilidade em participar da minha banca. Às amigas Saionara, Mayle e Rafaela pelo auxílio, pelo exemplo, pelo incentivo, por tudo. Aos amigos do laboratório 07: Juliana e Cristiano que muito me ensinaram, me ajudaram e me fizeram rir. À todos que participaram da realização da pesquisa pelo empenho, pelo companheirismo e pelas risadas que deixavam as coletas mais descontraídas. Aos funcionários que nos receberam tão bem na NIPEC, especialmente a Fábio por sempre ser tão prestativo, dedicado e eficiente. Às voluntárias que se dispuseram a participar dessa pesquisa por acreditarem, por confiarem e por terem compartilhado tantas experiências e lições de vida conosco. À todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigada.. vi.

(8) SUMÁRIO. Lista de tabelas...................................................................................... viii. Lista de figuras...................................................................................... ix. RESUMO................................................................................................. x. ABSTRACT............................................................................................. xi. 1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 2. 1.1. Desempenho físico no envelhecimento feminino.................................... 2. 1.2. História reprodutiva, alterações ginecológicas e desempenho físico...... 4. 2. JUSTIFICATIVA……………………………………………………………... 7. 3. OBJETIVOS............................................................................................ 9. 3.1. Geral….................................................................................................... 10. 3.2. Específicos……………………………………………………………………. 10. 4. MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................... 11. 4.1. Tipo de estudo……………………………………………………………….. 12. 4.2. Local da pesquisa……………………………………………………………. 12. 4.3. Procedimentos éticos……………………………………………………….. 12. 4.4. População e amostra………………………………………………………... 13. 4.5. Critérios de inclusão e exclusão………………………………………….... 13. 4.6. Variáveis do estudo………………………………………………………….. 14. 4.7. Instrumentos de avaliação………………………………………………….. 15. 4.8. Procedimentos...............……………………………………………………. 16. 4.9. Análise dos dados................................................................................... 18. 5. RESULTADOS………………………………………………………………. 20. 6. DISCUSSÃO........................................................................................... 26. 7. CONSIDERAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO........................ 28. 8. CONCLUSÃO......................................................................................... 30. 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………. 32. 10. APÊNDICES……………………………………………………………….…. 40. 11. ANEXOS……………………………………………………………………… 46. vii.

(9) LISTA DE TABELAS. Tabela 1: Caracterização da Amostra...............................................................20 Tabela 2: Comparações das médias do desempenho físico em relação às covariáveis e variáveis independentes..............................................................21 Tabela 3: Modelos ajustados de regressão linear múltipla para as variáveis teste de sentar e levantar e velocidade da marcha, Natal, RN, 2016...............22 Tabela 4: Tabela 4: Modelos ajustados de regressão linear múltipla para as variáveis equilíbrio olhos abertos e equilíbrio olhos fechados, Natal, RN, 2016...................................................................................................................23. viii.

(10) LISTA DE FIGURAS. Figura 1: Fluxograma de seleção amostral........................................................13 Figura 2: Ilustração do teste de sentar e levantar da cadeira............................18. ix.

(11) RESUMO Introdução: As mulheres apresentam maior declínio físico e incapacidade durante o envelhecimento em relação aos homens. Com isso, diversas explicações biológicas vêm sendo propostas para explicar a razão pela qual as mulheres apresentam piores resultados de saúde. Dentre elas, sabe-se que a história reprodutiva e possíveis alterações uroginecológicas vem sendo associada a limitações na função física. Entretanto, sabe-se pouco sobre a relação entre a incontinência urinária, o prolapso de órgãos pélvicos e o desempenho físico. Objetivo: Verificar a relação entre incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos e desempenho físico em mulheres de meia-idade. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional analítico, de caráter transversal, realizado com mulheres (40 a 65 anos), residentes em Parnamirim/RN, entre setembro de 2014 e julho de 2015, com amostra composta por 361 mulheres. Todas as participantes foram avaliadas através de um questionário estruturado, sendo coletados dados socioeconômicos, demográficos, alterações uroginecológicas e desempenho físico. Na análise estatística, a normalidade dos dados foi verificada utilizando o teste Kolmogorov-Smirnov. Para avaliar a relação entre as variáveis independentes e as de desempenho físico foram utilizados o test t e a ANOVA. Análises de regressão linear foram realizadas para observar a relação entre incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos e o desempenho, ajustadas pelas covariáveis. Resultados: Foram avaliadas 361 mulheres, com média de idade 52,0 (±5,6) anos. As mulheres que apresentavam incontinência urinária mostraram pior desempenho no teste de sentar e levantar (p=0,04) e aquelas com prolapso de órgãos pélvicos, pior equilíbrio de olhos abertos (p=0,04). Após as análises de regressão linear múltipla, as alterações uroginecológicas. permaneceram relacionadas ao teste sentar e levantar (incontinência urinária: β = 0,923; IC: 0,016 : 1,830) e ao equilíbrio de olhos abertos (prolapso pélvico: β = -2,467; IC: -4,706 : -0,228). Conclusão: As mulheres com incontinência urinária apresentaram pior desempenho físico no teste de sentar e levantar da cadeira e aquelas com prolapso de órgãos pélvicos apresentaram pior desempenho físico no teste de equilíbrio com olhos abertos. Palavras-chave: Envelhecimento, Incontinência urinária, Prolapso de órgão pélvico, desempenho físico. x.

(12) ABSTRACT Introduction: Women have presented higher charge of physical decline and disability during aging compared to men. Consequently, several biological explanations have been proposed to explain the reason why women have worse health outcomes. Among them, has knowledge that the reproductive history and possible urogynecological changes has been associated with limitations in physical function. However, little is known about the relationship between urinary incontinence, pelvic organ prolapse and physical performance. Objective: To verify the relationship between urinary incontinence, pelvic organ prolapse and physical performance in middle-aged women. Methodology: A cross-sectional study, accomplished with women (40-65 years), living in Parnamirim-RN, between September of 2014 and July of 2015, with a sample of 361 women. All participants were assessed using a structured questionnaire, being collected socioeconomic and demographic data, urogynecological changes and physical performance. In the statistical analysis, the normality of the data was verified using the Kolmogorov-Smirnov test. To evaluate the relationship between independent variables and physical performance variables were used test t and ANOVA. Linear regression analysis was performed to observe the relationship between urinary incontinence, pelvic organ prolapse and physical performance, adjusted for covariates. Results: A total of 361 women were assessed with mean of age 52.0 (± 5.6) years. Women who had urinary incontinence showed worse performance in the chair stand test (p = 0.04) and those with pelvic organ prolapse, worse balance with open eyes (p = 0.04). After multiple linear regression analysis, urogynecological changes related to the test remained related chair stand test (urinary incontinence: β = 0.923; CI: 0.016 : 1.830) and balance with open eyes (pelvic prolapse: β = 2.467; CI: -4.706 : -0.228). Conclusion: Women who had urinary incontinence showed worse performance in the chair stand test and those with pelvic organ prolapse, worse balance with open eyes.. Keywords: Aging, Urinary incontinence, Pelvic organ prolapse, Physical Performance.. xi.

(13) 1. INTRODUÇÃO. xii.

(14) 1.1 - Desempenho físico no envelhecimento feminino. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2011, na faixa etária acima dos 40 anos, existiam 5,2 milhões de mulheres a mais que homens. Em meados do século XXI, presume-se que exista uma proporção de quase duas mulheres para cada homem entre os idosos (CARVALHO, 2008), resultado que acentuará a tendência histórica de predominância feminina na população brasileira. Entretanto, apesar de apresentarem uma maior expectativa de vida, as mulheres desenvolvem maior quadro de debilidade física e convivem maior tempo com doenças (SANTOS, 2011). O processo de envelhecimento é caracterizado por diversas alterações estruturais, metabólicas e fisiológicas, ocasionando um impacto significativo na saúde física e mental, como também nas relações sociais dessa população (LIMA e DELGADO, 2010). Ainda nesse contexto, o aumento no número de idosos também é acompanhado pelo aumento de condições adversas, como presença de múltiplas doenças crônicas, fragilidade e incapacidades, o que leva a efeitos deletérios na qualidade de vida do idoso (GLEIZE, 2015; LIMA e DELGADO, 2010; ASADUROGLU, 2015). Com o avançar da idade, as alterações no sistema músculo-esquelético podem gerar déficits de força (ASADUROGLU, 2015), equilíbrio (LELARD, 2015) e alterações na marcha (MIRELMAN, 2015). Tais alterações, progressivamente, ocasionam uma maior incapacidade física e limitação funcional (ASADUROGLU, 2015) diminuindo, com isso, a capacidade do indivíduo em realizar atividades comuns de vida diária, um dos fatores essenciais para a sua qualidade de vida (HUANG, 2010). As alterações decorrentes do envelhecimento ocorrem em ambos os sexos, entretanto, ainda buscam-se razões pelas quais a diminuição da força muscular, ao longo dos anos, não se apresenta na mesma proporção e idade para ambos (LOWE, 2010). As mulheres apresentam uma acelerada perda de força, em torno dos 50 anos, uma tendência que não é observada em homens até, pelo menos os, 60 anos (MALTAIS, 2009). Nas. mulheres,. significativamente. a com. massa. muscular. esquelética. se. correlaciona. os níveis sanguíneos de estrona e. estradiol 2.

(15) (RONKAINEN, 2009). Isso confirma uma crescente evidência de que os hormônios reprodutivos estejam envolvidos no surgimento da sarcopenia (ZANANDREA, 2014), responsável pela redução de mobilidade e aumento da incapacidade funcional e dependência em idosos (MAKANAE, 2015). Em decorrência do hipoestrogenismo, nos primeiros anos após a menopausa, as mulheres. também. apresentam. uma. rápida. perda. da. massa. óssea. (SILVERMAN, 2006; LOWE, 2010), predispondo a osteoporose, que pode ocasionar fraturas, responsáveis por sérios prejuízos à qualidade de vida, mobilidade e podem levar a dependência familiar (DEMIRTAS, 2014). Além disso, a diferença entre as funções físicas do homem e da mulher está cada vez mais relacionada às desigualdades de gênero existentes na sociedade. (MECHAKRA-TAHIRI,. 2012).. Nos. países. com. maiores. desigualdades de gênero, como no Brasil, as mulheres apresentam maiores chances de desenvolver incapacidade funcional quando comparadas aos homens (MECHAKRA-TAHIRI, 2012) e as deficiências, em idades mais avançadas, podem começar no início da meia-idade (MURRAY, 2011). Sendo ainda mais evidenciado nas pessoas com baixa escolaridade e baixa renda (MISZKURKA, 2012; ALVARADO, 2007). As mulheres, diferentemente dos homens, durante o processo do envelhecimento tornam-se mais vulneráveis, tanto por problemas de saúde, quanto por isolamento social e transtornos emocionais devido à aposentadoria, à viuvez e as alterações fisiológicas (LIMA, 2009). Ocorrem, ainda, elevadas taxas de dependência, pois essa etapa da vida é associada à retirada da atividade econômica, taxas crescentes de morbidade, pior desempenho físico e declínio da capacidade funcional, o que leva a maior fragilidade, perda da autonomia e, consequentemente, termina impedindo-as de realizarem suas atividades cotidianas (SEINO, 2014; PAZ, 2006). A população feminina está mais exposta a desvantagens materiais e sociais no decorrer da vida, quando comparadas aos homens (ALVARADO, 2007). Nesse sentido, a exposição às adversidades sociais e econômicas, durante o curso da vida, também estão relacionadas ao pior desempenho físico ao longo dos anos. E, em países como o Brasil, as pessoas que apresentaram pobreza na infância, ocupações semi-qualificadas e renda insuficiente, mostraram um baixo desempenho físico em idades posteriores (SOUSA, 2014). 3.

(16) Além disso, dentre as explicações biológicas propostas para explicar a razão pela qual as mulheres apresentam maior carga de declínio físico e incapacidade, as variáveis da história reprodutiva vêm sendo relacionadas, tanto ao desenvolvimento de complicações, quanto ao desenvolvimento de doenças, como artrite e osteoporose, que limitam a função física (PIRKLE, 2014). Ainda nesse sentido, quando as mulheres têm filhos em idades precoces e/ou apresentam maior número de filhos, podem ocorrer alterações fisiológicas permanentes, que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças crônicas, bem como a ocorrência de pior desempenho físico na senescência (CHO, 2012). 1.2 – História reprodutiva, alterações ginecológicas e desempenho físico. As mulheres apresentam, ao longo da vida, eventos que podem influenciar sua história reprodutiva e seu desempenho físico (PIRKLE, 2014; CÂMARA, 2015). Estudos mostram que as mulheres residentes em países de baixa renda convivem com maiores adversidades sociais e econômicas, acarretando em diferenças na sua história reprodutiva (BIRNIE, 2011, PIRKLE, 2014). As mulheres com histórico de gravidez precoce apresentam lacuna educacional e, a longo prazo, vivem em famílias com menor renda per capita e, dessa forma, podem apresentar pior função física. (VILLALOBOS-HERNÁNDEZ, 2015; ARCEO-GOMEZ, 2014, BIRNIE, 2011). No Brasil, a idade materna precoce e a multiparidade foram associadas ao pior desempenho físico, em mulheres de meia-idade (CÂMARA, 2015). Ainda, estão relacionadas ao desenvolvimento da osteoporose, responsável por aumentar o risco de fraturas, podendo ocasionar o aumento da morbidade, redução da qualidade de vida, mortalidade e ocasionar o baixo desempenho físico, em idades mais avançadas (DEMIRTAS, 2014; PIRKLE, 2014). Além disso, o aumento do número de gravidezes e partos podem lesionar permanentemente os ossos, ligamentos e nervos, ao redor da pélve e quadris, dando origem a desordens da marcha e ao aparecimento de alterações ginecológicas que, em idades posteriores, podem levar a um impacto significativo sobre a saúde das mulheres, podendo apresentar consequências para o funcionamento físico (WALL, 1999; AIKEN, 2012). 4.

(17) Sabe-se que alterações ginecológicas vêm sendo relacionadas ao aparecimento de condições adversas de saúde no decorrer da vida das mulheres (GE, 2015; ELBISS, 2015; SAADIA, 2015). Dentre elas, as disfunções do assoalho pélvico, podem causar uma série de condições clínicas, como a incontinência urinária ou fecal, a obstrução da micção ou defecação, distúrbios sexuais, dor perineal e abaulamento vaginal, um sintoma específico de prolapso de órgãos pélvicos (MATTHEWS, 2013; DIETZ, 2015). Em meio dessas, a incontinência urinária e o prolapso de órgãos pélvicos estão associadas à diminuição da atividade física (TAMANINI, 2009; ELBISS, 2015), que pode acarretar em um pior desempenho físico (DESLANDES, 2010). Diante disso, destaca-se a importância de se avaliar as consequências relacionadas aos fatores reprodutivos, como a redução do desempenho físico, que podem levar ao possível desenvolvimento de incapacidade em mulheres mais velhas (AIKEN, 2012). Segundo a Sociedade Internacional de Continência (SIC), a incontinência urinária é definida como a perda involuntária de urina, o que pode resultar em problemas físicos, psicológicos, sexuais, econômicos e sociais (ABRAMS, 2013), além de acarretar em um efeito negativo sobre a qualidade de vida e a auto-estima (ABRAMS, 2013; AMARAL, 2015). Comumente a literatura aborda a idade, os níveis de educação, a paridade, o índice de massa corporal (IMC) e o histórico de constipação como fatores de riscos para o seu desenvolvimento e sua prevalência variando, entre os estudos epidemiológicos, de 16,2 a 81,9% (KWON, 2010; SAADIA, 2015). O prolapso de órgãos pélvicos é definido como a descida de órgãos pélvicos (bexiga, uretra, vagina, útero, intestino delgado ou reto) devido a deficiências no sistema de apoio pélvico (TINELLI, 2010), sendo geralmente apresentado na pós-menopausa (ELBISS, 2015). Em geral, 40% das mulheres com idade entre 45 e 85 anos apresentam essa alteração (SLIEKER-TEN, 2009). Além do avanço da idade, múltiplos fatores de risco foram relatados na literatura, tais como raça, doenças do tecido conjuntivo, obesidade, história de constipações crônicas, paridade vaginal, alto peso fetal e tabagismo (CHOW, 2013; ELBISS, 2015). Muitas mulheres, com sintomas de prolapso de órgãos pélvicos, sofrem mudanças nas suas atividades diárias, função sexual e. 5.

(18) exercício. Além disso, a presença de prolapso de órgãos pélvicos pode ter um impacto negativo sobre a imagem corporal e sexualidade (LOWDER, 2011). Embora existam evidências a respeito da relação entre incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos e um impacto negativo em alguns aspectos da vida das mulheres, pouca atenção tem sido dada para a possível relação entre essas alterações ginecológicas e o desempenho físico durante o processo de envelhecimento feminino. Presume-se que não existam estudos na. literatura. que abordem. se. essas. alterações. ginecológicas. estão. relacionadas ao pior desempenho fisico em mulheres de meia-idade, como o presente estudo se propõe a analisar.. 6.

(19) 2. JUSTIFICATIVA. 7.

(20) O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea. Este fenômeno ocorreu, inicialmente, em países desenvolvidos, mas é nos países em desenvolvimento, como o Brasil, que está cada vez mais evidente. Dessa forma, estudar o processo de envelhecimento e suas consequências tem sido uma preocupação crescente no meio científico. Segundo dados do IBGE, as mulheres estão alcançando idades mais avançadas e, em 2014, a expectativa de vida delas superou, em torno de sete anos, a dos homens. Em todo o mundo, as mulheres apresentam pior função física e maior declínio funcional, que os homens, e os eventos reprodutivos ao longo da vida parecem afetar o desempenho físico e contribuir para os problemas de saúde futuros. Esse declínio físico e funcional constitui-se uma preocupação para saúde pública, uma vez que as despesas médico-hospitalares crescem com o avançar da idade, sendo as mulheres as usuárias mais frequentes de serviços médicos. Tendo em vista que a limitação física e funcional em idades mais avançadas pode começar no início da meia-idade, torna-se imprescindível a realização de estudos como esse, que investiguem as mulheres, em processo de envelhecimento, e novos fatores que possam estar relacionados ao desempenho físico, como as alterações ginecológicas. Assim, será possível compreender melhor este processo e viabilizar estratégias preventivas, que reduzam os prejuízos funcionais e promovam um incremento no nível de saúde e qualidade de vida dessa população. Diante disso, estudos com essa temática no campo da fisioterapia são fundamentais para a implantação de estratégias de prevenção e reabilitação da incapacidade física em indivíduos de forma precoce.. 8.

(21) 3. OBJETIVOS. 9.

(22) 3.1 - Geral: Investigar a relação entre incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos e desempenho físico em mulheres de meia-idade.. 3.2 - Específicos:. -Traçar. o. perfil. da. amostra,. quanto. às. variáveis. demográficas,. socioeconômicas, antropométricas, paridade, incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos e desempenho físico; -Analisar a relação entre incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos e covariáveis em relação ao desempenho físico; -Analisar a relação entre a incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos e o desempenho físico, ajustado pelas covariáveis.. 10.

(23) 4. MATERIAS E MÉTODOS. 11.

(24) 4.1 – Tipo de estudo. Trata-se de um estudo observacional analítico, de caráter transversal, que objetiva investigar a relação entre a incontinência urinária, o prolapso de órgãos pélvicos e o desempenho físico em mulheres.. 4.2 - Local da pesquisa. Esta pesquisa foi realizada no Núcleo Integrado de Ensino, Pesquisa, Extensão e de Ação Comunitária – NIPEC/Parnamirim/RN. Parnamirim é um município que se localiza na região metropolitana de Natal, capital do Rio Grande do Norte, que possui aproximadamente 200.000 habitantes, distribuídos em 123,5km² e é 100% urbanizada (IBGE, 2014).. 4.3 - Procedimentos éticos. Considerando-se os aspectos éticos referentes a pesquisas envolvendo seres humanos, o presente estudo, o qual faz parte de uma pesquisa já existente, denominada “Influência do status menopausal e dos níveis hormonais na funcionalidade, força muscular e composição corpórea: um estudo longitudinal”, foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e aprovado com o parecer número 387.737 (Anexo 1). Foi solicitada, às participantes, a leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, de acordo com o determinado pela Resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Este documento deixa explícito o convite às mulheres para participação no estudo, por via escrita, informando ainda, que este consentimento garante ao entrevistado o direito de interromper sua colaboração na pesquisa, a qualquer momento, caso julgue necessário, sem que isso implique em constrangimento ou prejuízo de qualquer ordem. As participantes da pesquisa foram informadas previamente a respeito dos objetivos e procedimentos desta, assim como do seu anonimato e da confidencialidade de suas respostas. As que aceitaram participar do estudo, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 1). 12.

(25) 4.4 – População e amostra. A população do presente estudo foi constituída pelas mulheres, residentes na cidade de Parnamirim, que possuíam entre 40 e 65 anos. A amostra foi por conveniência, composta por 361 mulheres, oriundas de um estudo longitudinal conduzido com 500 mulheres, que visa investigar a influência dos estágios menopausais e níveis hormonais na funcionalidade, no desempenho muscular e na composição corpórea de mulheres de meia idade. Neste sentido, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão especificamente para este estudo, que estão descritos abaixo, a amostra final foi de 361 mulheres, conforme a figura 1.. Figura 1: Fluxograma de seleção amostral. 4.5 – Critérios de inclusão e exclusão. 13.

(26) Foram incluídas no estudo mulheres com idade entre 40 e 65 anos que aceitaram participar do estudo. Também foram admitidas mulheres que não possuiam doenças neurológicas e degenerativas como Parkinson, acidente vascular cerebral (AVC), doenças degenerativas medulares, fratura nos membros, processos dolorosos ou outra condição que pudesse comprometer a mensuração dos parâmetros musculares. Foram excluídas mulheres que não tiveram filhos e apresentaram tais condições descritas anteriormente durante o período do estudo ou que se recusaram a participar de todas as etapas da coleta de dados.. 4.6- Variáveis do estudo. 4.6.1. Variáveis independentes. Quadro 01: Lista das variáveis independentes do estudo.. Nome. Descrição. Idade. Idade da voluntária em anos.. Peso. Altura. Tipo Quantitativa contínua. Medida padronizada do peso, em. Quantitativa. quilogramas (Kg).. contínua. Medida padronizada da altura, em metros. Quantitativa. (m).. contínua. Quociente do peso pela altura elevada à segunda potência, em quilogramas por metro quadrado (Kg/m2). IMC. Categorizado em: Normal (entre 18,5 e 24,9 kg/m²) /. Categórica ordinal. Sobrepeso (entre 25,00 e 29,99 kg/m²) / Obeso (acima de 30,00 kg/m²). Avaliada pelo histórico escolar: Escolaridade. Categórica Até o ensino fundamental (até 7 anos de. ordinal. estudo) / Entre o ensino fundamental e 14.

(27) médio (mais de 7 e menos de 11 anos de estudo) / Ensino médio ou mais (11 anos ou mais de estudo). Categórica Renda familiar. Menos de 3 SM ou 3 ou mais SM.. Paridade. Categorizada em menos de 3 filhos e 3. nominal. Categórica nominal. filhos ou mais. Incontinência. Autorrelato de presença ou ausência de. urinária e prolapso. incontinência urinária e prolapso de. de órgãos pélvicos. órgãos pélvicos nos últimos 12 meses.. Categórica nominal. 4.6.2 – Variáveis dependentes. Quadro 02: Lista das variáveis dependentes do estudo. Nome. Descrição. Tipo. Equilíbrio unipodal (olhos abertos e Desempenho físico. fechados) - s. Quantitativa. Velocidade da marcha – m/s. contínua. Teste de sentar e levantar - s. 4.7 - Instrumentos de avaliação. Para a medida de peso foi utilizada uma balança digital da marca Wiso®, W903 e estadiômetro para registro da altura. A pressão arterial foi mensurada por um monitor de pressão arterial automático de braço, Omron®, validado clinicamente pela BHS (British 15.

(28) Hypertension Society) e a AAMI (Association for the Advancement of Medical Instrumentation) (OMBONI, 2007; ALTUNKAN, 2006).. 4.8 - Procedimentos. As. mulheres. foram. avaliadas. por. entrevistadores. treinados,. no. NIPEC/Parnamirim-RN, em dia e horário previamente agendados, utilizando questionário. estruturado. padronizado. (Apêndice. 02),. seguindo. os. procedimentos descritos abaixo.. Dados demográficos, socioeconômicos e medidas antropométricas. Inicialmente foram coletados dados de identificação e as medidas antropométricas de peso e altura, para posterior cálculo do IMC, o qual foi categorizado como: normal (entre 18,5 e 24,9), sobrepeso (entre 25,00 e 29,99) e obeso (maior do que 30,00) de acordo com a classificação internacional da World Health Organization (WHO). A escolaridade foi avaliada em anos de estudo e, então, categorizada como: até ensino fundamental (até sete anos), entre fundamental e médio (mais de sete anos e menos de 11 anos) e ensino médio ou mais (11 anos e mais) (CÂMARA, 2015). A renda familiar foi categorizada usando como referência o salário mínimo brasileiro (SM), o qual, no momento da entrevista, era fixado em um valor de R$ 788,00, sendo dicotomizada em menos de 3 SM e 3 SM ou mais (CÂMARA, 2015).. Paridade. A paridade foi coletada através de autorrelato das participantes, a qual foi categorizada em menos de 3 filhos e 3 filhos ou mais (CÂMARA, 2015).. Prolapso de órgãos pélvicos e incontinência urinária. 16.

(29) Após uma breve explicação a respeito do que seriam incontinência urinária e prolapso de órgãos pélvicos, as mulheres responderam as seguintes questões, através do autorrelato: “Nos últimos 12 meses, você perdeu uma pequena quantidade de urina?” e “Você tem uma sensação de que há uma protuberância em sua vagina ou que algo está caindo fora de sua vagina?”. Em caso afirmativo, as mulheres foram consideradas com incontinência urinária e prolapso de órgãos pélvicos, respectivamente. Desempenho físico. Avaliação da velocidade da marcha. Para avaliação da velocidade da marcha das participantes, foi demarcado um espaço de 4 metros com fita adesiva e solicitado que a voluntária caminhasse da marca inicial até ultrapassar a marca final em passo habitual (GURALNIK, 1994). Inicialmente o examinador demonstrou o teste, e permaneceu ao lado da voluntária durante a realização do mesmo. Marcou-se o tempo em 2 tentativas e o menor tempo foi utilizado para pontuação, sendo utilizada para análise a velocidade em metros/segundo (GURALNIK, 1994).. Teste de sentar e levantar. Para realização do teste de sentar e levantar, a participante foi instruída pelo examinador a levantar e sentar na cadeira, com os braços cruzados sobre o tórax, o mais rápido possível durante 5 repetições (Figura 2). Foi cronometrado o tempo em segundos, a partir da posição inicial, sentada, até a posição em pé após as cinco repetições de levantar-se (GURALNIK, 1994).. 17.

(30) Figura 2: Ilustração do teste de sentar e levantar da cadeira.. Teste de equilíbrio. O teste de equilíbrio unipodal foi realizado por meio da realização dos testes de olhos abertos e fechados, ambos realizados tanto para perna direita e esquerda. A participante foi orientada a ficar em apoio unipodal, sem auxílio, e o tempo foi marcado a partir do momento que a participante iniciou a posição unipodal, e finalizado quando a mesma não conseguiu manter a postura. A duração máxima do teste foi de 30 segundos (COOPER, 2008). Para a análise dos dados, foi utilizada a média em segundos dos testes de olhos abertos e de olhos fechados, com a perna direita e esquerda (CHENG, 2009). 4.9 - Análise dos dados Os dados foram analisados pelo programa estatístico SPPS versão 20.0 (SPSS, Chicago, IL). A normalidade dos dados foi verificada utilizando o teste de Kolmogorov-Smirnov. Para a estatística descritiva foram utilizadas medidas de tendência central (média aritmética) e de dispersão (desvio padrão) para as variáveis quantitativas, e frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas. As relações entre as variáveis independentes (categóricas) e as variáveis de desempenho físico (quantitativas) foram analisadas pelo teste t e análise de variância (ANOVA), de acordo com o número de categorias. Por meio das análises de regressão linear, foram criados modelos para cada variável de desempenho físico, com a finalidade de observar a relação entre as 18.

(31) alterações ginecológicas e o desempenho físico, sendo ajustadas pelas covariáveis que apresentaram p < 0,20 nas análises bivariadas (idade, renda, escolaridade, IMC e paridade). Em toda a análise estatística, foi considerado um intervalo de confiança (IC) de 95% e um p < 0,05.. 19.

(32) 5. RESULTADOS. 20.

(33) Um total de 361 mulheres, com média de idade de 52,0 (±5,6) anos foram avaliadas. Dentre as mulheres avaliadas, 44% relataram ter nível de escolaridade abaixo do ensino fundamental, 70,6% possuem renda familiar menor que três salários mínimos e apenas 19,7% apresentaram-se com peso normal. A prevalência de incontinência foi de 7,2%, enquanto de prolapso de órgãos pélvicos de 17,7%. As demais características da amostra podem ser observadas na Tabela 1. Tabela 1 – Caracterização da amostra, Natal, RN, 2016 (n=361).. Variáveis Idade (anos) Peso (kg) Altura (kg) Escolaridade Até o ensino fundamental Entre o ensino fundamental e o médio Ensino médio ou mais Renda familiar < 3 SM ≥ 3 SM IMC Normal Sobrepeso Obeso Paridade 1-2 filhos ≥ 3 filhos Incontinência urinária Sim Não Prolapso de órgãos pélvicos Sim Não Teste sentar-levantar (s) Velocidade da marcha (m/s) Equilíbrio Unipodal com olhos abertos (s) Unipodal com olhos fechados (s). n(%). média (DP) 52,0 (5,6) 68,9 (12,4) 1,53 (0,05). 159 (44) 149 (41,3) 53 (14,7) 255 (70,6) 106 (29,4) 71 (19,7) 150 (41,6) 140 (38,7) 161 (44,6) 200 (55,4) 26 (7,2) 335 (92,8) 64 (17,7) 297 (82,3) 10,0 (2,1) 0,99 (0,17) 23,0 (8,2) 7,6 (6,0). 21.

(34) A Tabela 2 apresenta as comparações das médias das variáveis dependentes, de desempenho físico, em relação às variáveis independentes do estudo. Houve significância estatística para variável IMC, em relação à velocidade da marcha (p=0,01) e os equilíbrios, de olhos abertos (p=0,002) e fechados (p=0,03), no qual observou-se que as mulheres com maior IMC apresentaram piores resultados de desempenho em relação a essas variáveis. A paridade apresentou relação significativa quanto ao equilíbrio de olhos fechados (p=0,02), o qual apresentou-se pior nas mulheres que tinham 3 filhos ou mais. Além disso, mulheres que apresentavam incontinência urinária mostraram pior desempenho no teste de sentar e levantar (p=0,04) e aquelas com prolapso de órgãos pélvicos, pior equilíbrio de olhos abertos (p=0,04). Tabela 2 – Comparações das médias do desempenho físico em relação às covariáveis e variáveis independentes, Natal, RN, 2016. Equilíbrio unipodal Olhos Olhos abertos fechados (s) (s) Média (DP). Teste de sentar e levantar (s). Velocidade da marcha (m/s). 10,0 (2,1) 10,0 (2,0). 0,97 (0,18) 1,00 (0,16). 21,9 (8,7) 23,7 (7,9). 7,4 (6,4) 7,8 (5,7). 9,9 (2,6) 0,96. 1,03 (0,16) 0,09. 24,5 (7,1) 0,06. 7,4 (5,6) 0,87. 10,1 (2,2) 9,9 (1,9) 0,51. 0,99 (0,15) 1,00 (0,18) 0,59. 22,8 (8,3) 23,6 (7,9) 0,39. 7,3 (5,7) 8,3 (6,6) 0,12. 9,8 (2,1) 9,9 (1,9) 10,2 (2,3) 0,29. 1,02 (0,15) 1,01 (0,20) 0,96 (0,15) 0,01. 25,8 (5,8) 23,1 (8,3) 21,6 (8,7) 0,002. 9,2 (6,9) 7,4 (6,2) 6,9 (5,1) 0,03. 1-2 filhos. 9,8 (1,8). 1,01 (0,15). 23,8 (7,8). 8,4 (6,5). ≥ 3 filhos. 10,2 (2,3). 0,98 (0,19). 22,5 (8,5). 6,9 (5,5). P valor. 0,07. 0,11. 0,12. 0,02. Incontinência urinária Sim Não P valor Prolapso de órgãos. 10,8 (2,3) 9,9 (2,1) 0,04. 1,00 (0,15) 0,99 (0,17) 0,82. 24,6 (7,8) 22,9 (8,2) 0,31. 8,1 (6,7) 7,5 (6,0) 0,65. Variáveis Escolaridade Até ensino fundamental Entre o ensino fundamental e médio Ensino médio ou mais P valor Renda familiar < 3 SM ≥ 3 SM P valor IMC Normal Sobrepeso Obeso P valor Paridade. 22.

(35) pélvicos Sim Não P valor. 9,9 (2,1) 10,0 (2,1) 0,76. 0,98 (0,19) 0,99 (0,17) 0,55. 21,3 (8,6) 23,4 (8,1) 0,04. 6,7 (6,3) 7,8 (5,9) 0,22. A Tabela 3 mostra as análises de regressão linear as variáveis de desempenho teste sentar e levantar e velocidade da marcha. A incontinência urinária permaneceu estatisticamente significante em relação ao teste sentar e levantar (β = 0,923; IC: 0,016 : 1,830), as mulheres com incontinência urinária apresentaram maior tempo para realização do teste sentar e levantar.. Tabela 3: Modelos ajustados de regressão linear múltipla para as variáveis teste de sentar e levantar e velocidade da marcha, Natal, RN, 2016. Variáveis. Prolapso de órgãos pélvicos Sim Não. Teste de sentar e levantar. Velocidade da marcha. B. IC 95%. P valor. B. IC 95%. P valor. -0,314 0. -0,921 : 0,292. 0,309. -0,027 0. -0,077 : 0,023. 0,284. Sim Não. 0,923 0. 0,016 : 1,830. 0,046. 0,010 0. -0,065 : 0,084. 0,801. Idade. 0,043. 0,001 : 0,086. 0,047. -0,001. -0,005 : 0,002. 0,470. ≥ 3 SM. -0,231. -0,751 : 0,290. 0,384. -0,007. -0,050 : 0,036. 0,747. < 3 SM. 0. Incontinência urinária. Renda familiar. 0. Escolaridade Até o ensino fundamental Entre o ensino fundamental e médio Ensino médio ou mais. -0,059. -0,827 : 0,709. 0,880. -0,041. -0,104 : 0,023. 0,209. 0,189. -0,516 : 0,894. 0,598. -0,023. -0,082 : 0,035. 0,431. -0,104 : -0,001 -0,052 : 0,049. 0,044 0,945. 0. 0. IMC Obeso Sobrepeso Normal. 0,374 0,019 0. -0,256 : 1,004 -0,599 : 0,638. 0,243 0,951. -0,053 -0,002 0. Paridade. 23.

(36) 1-2 filhos 3 ou mais. -0,378 0. -0,872 : 0,116. 0,134. 0,011 0. -0,030 : 0,051. 0,611. A tabela 4 apresenta as análises de regressão linear para as variáveis de desempenho físico equilíbrio olhos abertos e fechados. O prolapso de órgãos pélvicos permaneceu estatisticamente significante em relação ao teste de equilíbrio de olhos abertos (β = -2,467; IC: -4,706 : -0,228), as mulheres com prolapso de órgãos pélvicos apresentaram pior desempenho na realização do teste de equilíbrio de olhos abertos, ou seja, menor tempo de permanência na posição unipodal.. Tabela 4: Modelos ajustados de regressão linear múltipla para as variáveis equilíbrio olhos abertos e equilíbrio olhos fechados, Natal, RN, 2016. Variáveis. Equilíbrio olhos abertos. Equilíbrio olhos fechados. Prolapso de órgãos pélvicos. B. IC 95%. P valor. B. IC 95%. P valor. Sim Não. -2,467 0. -4,706 : -0,228. 0,031. -1,110 0. -2,762 : 0,543. 0,188. Sim Não. 2,572 0. -0,799 : 5,942. 0,134. 1,780 0. -0,708 : 4,268. 0,160. Idade. -0,294. -0,450 : -0,139. <0,001. -0,218. -0,333 : -0,104. <0,001. ≥ 3 SM. 0,777. -1,153 : 2,707. 0,429. 1,506. 0,077 : 2,935. 0,039. < 3 SM. 0. Incontinência urinária. Renda familiar. 0. Escolaridade Até o ensino fundamental Entre o ensino fundamental e médio Ensino médio ou mais. -1,028. -3,880 : 1,825. 0,479. 1,864. -0,241 : 3,970. 0,082. -0,685. -3,304 : 1,934. 0,607. 0,617. -1,317 : 2,552. 0,531. -4,036 : -0,634 -3,617 : -0,274. 0,007 0,023. 0. 0. IMC Obeso Sobrepeso Normal. -4,190 -2,693 0. -6,488 : -1,892 -4,954 : -0,432. <0,001 0,020. -2,335 -1,946 0. 24.

(37) Paridade 1-2 filhos 3 ou mais. 0,138 0. -1,704 : 1,979. 0,883. 1,231 0. -0,131 : 2,593. 0,076. Além das alterações ginecológicas, após as análises de regressão linear, as seguintes covariáveis permaneceram relacionadas ao desempenho físico: idade (teste de sentar e levantar, equilíbrio olhos abertos e fechados), renda familiar (equilíbrio olhos fechados) e IMC (equilíbrio olhos abertos, fechados e velocidade da marcha). As demais relações podem ser observadas nas Tabelas 3 e 4.. 25.

(38) 6. DISCUSSÃO. 26.

(39) O presente estudo analisou a relação entre incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos e desempenho físico em mulheres de meia-idade. Os resultados sugerem que mulheres com incontinência urinária e prolapso de órgãos pélvicos apresentam pior desempenho físico, durante os testes de sentar e levantar e equilíbrio olhos abertos, respectivamente. Em relação a prevalência das alterações ginecológicas, observou-se que 7,2% das mulheres apresentavam incontinência urinária e 17,7% prolapso de órgãos pélvicos. Essa prevalência difere do que é encontrado na literatura, na qual observa-se que alguns estudos encontraram prevalências de incontinência urinária entre 16,2% a 81,9% (KWON, 2010; SAADIA, 2015) e de prolapso de órgãos pélvicos de 40% (SLIEKER-TEN, 2009). Entretanto, como essas alterações apresentam-se mais frequentemente em mulheres em idades mais avançadas, nossos resultados podem estar relacionados à menor média de idade das mulheres do presente estudo. Além disso, devido essas variáveis terem sido autorrelatadas, algumas mulheres poderiam ter vergonha ou considerado a perda de urina um episódio normal e inevitável durante o processo de envelhecimento (ARDILA, 2015). Observou-se uma relação significativa, entre IMC, velocidade da marcha, equilíbrio de olhos abertos e equilíbrio de olhos fechados. A gordura corporal desencadeia um efeito adverso sobre a função muscular, assim, uma maior quantidade de tecido adiposo está associada com a gordura intramuscular e a baixa qualidade do músculo (FIELDING, 2011). A infiltração de gordura no músculo ainda representa uma sobrecarga para a locomoção, devido à massa adicional a ser transportada (WATERS, 2011). Dessa forma, um maior IMC está relacionado não só com co-morbidades e mortalidade, mas também com um baixo nível de atividade física, força muscular reduzida e desempenho físico (SAARELAINEN, 2012). Os achados do presente estudo corroboram os resultados do estudo realizado por Falsarella et al (2015) no qual um maior IMC está relacionado a uma pior velocidade da marcha, bem como o estudo de Hita-Contreras et al (2013) no qual as mulheres com maior IMC apresentaram um pior desempenho nos testes de equilíbrio de olhos abertos e fechados. Houve correlação significativa entre a idade das participantes e o teste de sentar e levantar da cadeira, equilíbrio de olhos abertos e equilíbrio de olhos 24.

(40) fechados, o que já era esperado de acordo com a literatura. Resultado que pode ser explicado devido ao fato de que com o avançar da idade ocorre, devido às alterações músculo-esqueléticas do envelhecimento, um aumento no tempo de desempenho do teste de sentar e levantar da cadeira (EHLENBACH, 2015), além de um menor tempo na realização dos testes de equilíbrio de olhos abertos e fechados (CATTAGNI, 2015; KUBICKI, 2015). No presente estudo, as mulheres com prolapso de órgãos pélvicos apresentaram pior desempenho físico no teste de equilíbrio com olhos abertos. Considerando que as mulheres com prolapso de órgãos pélvicos apresentam desconforto (HUMALAJÄRVI, 2014), uma possível explicação para esse achado, seria o desconforto sentido por essas mulheres durante a posição unipodal, levando a um menor tempo de realização do teste. Considerando que a estabilidade postural depende da interação de várias estruturas neuronais, sistema visual e vestibular (CHENG, 2009), durante o teste de equilíbrio de olhos abertos, o sistema visual é o principal utilizado (CHENG, 2009), sendo também solicitada a contração muscular para estabilizar o quadril, a pelve e o membro inferior. Enquanto para o teste de equilíbrio de olhos fechados, o sistema vestibular se torna essencial para a manutenção da posição unipodal (CHENG, 2009). Tendo em vista que a fraqueza dos músculos do assoalho pélvico podem ocasionar o aparecimento do prolapso de órgãos pélvicos (RESENDE, 2010), haveria uma maior relação entre o prolapso de órgãos pélvicos e o equilíbrio de olhos abertos do que entre o equilíbrio de olhos fechados, já que provavelmente o sistema vestibular não está relacionado à alterações ginecológicas. Diferentes fases na vida de uma mulher, como a gravidez, período pósparto e a menopausa, podem causar alterações nos músculos do assoalho pélvico, podendo resultar em incontinência urinária e prolapso de órgãos pélvicos (AMARO, 2005; RESENDE, 2010). Acredita-se que essas condições são causadas pelos danos à fáscia, ligamentos, nervos periféricos e músculos que funcionam como suporte e continência para os órgãos pélvicos (OZDEMIR, 2015), bem como pelas alterações hormonais que ocorrem nesses períodos de vida da mulher (LOWE, 2010). Em mulheres com prolapso de órgãos pélvicos, a limitação funcional aumenta com o decorrer da idade (SANSES, 2015). Em estudo realizado por 25.

(41) Sanses et al. (2015) a prevalência de limitações funcionais em mulheres com prolapso de órgãos pélvicos, foi de 76,2% na força e 65,8% da mobilidade nos membros inferiores. No entanto, em nossa amostra de mulheres de meiaidade, a perda da função física parece estar em estágio inicial e a funcionalidade não foi objetivo do presente estudo, mas acredita-se que o pior desempenho físico encontrado possa levar a alterações, também, de funcionalidade em estágios posteriores do envelhecimento. As mulheres com incontinência urinária apresentaram maior tempo de realização do teste de desempenho físico de sentar e levantar da cadeira. Tendo em vista que mulheres com incontinência urinária tendem a evitar riscos e constrangimentos (TAMANINI, 2009), esse resultado seja devido ao fato de que essas mulheres, ao realizarem o teste, poderiam apresentar medo de perder urina e, por isso, realizaram o teste de forma mais lenta. Parece que alguns testes de aptidão física estão associados ao desenvolvimento da incontinência urinária, mas existem discrepâncias na literatura. Em estudo realizado por Goode et al. (2008) as mulheres americanas com pontuações mais baixas no teste de sentar e levantar eram mais propensas a desenvolver incontinência urinária nos 3 anos subsequentes. Entretanto, no estudo realizado por Krause et al. (2010), o teste de caminhada de 6 minutos, o teste de sentar e levantar da cadeira, o teste de sentar-ealcançar, dentre outros, não foram preditores significativos para incontinência urinária. Dessa forma, ressalta-se a necessidade da realização de mais estudos longitudinais para apresentar a relação de causa e efeito entre essas varíaveis. Embora a incontinência urinária não represente uma ameaça para a vida, ela tem uma influência negativa sobre a condição física, psicológica e social das mulheres e está associada a uma diminuição significativa da qualidade de vida e aumento dos custos com a saúde (SUBAK, 2006). Diversos estudos epidemiológicos. sugerem. que. mulheres. com. incontinência. urinária,. especialmente as residentes em comunidade, apresentam alto risco de quedas e geralmente não procuram tratamento médico, por não perceberem sua condição como um importante problema de saúde (CHANDRA, 2015, WAETJEN, 2015, AKKUS, 2015).. 26.

(42) A literatura postula, como um modelo teórico, que as mulheres com urgência urinária, devido à necessidade de irem mais vezes ao banheiro, caem durante esse trajeto em razão da falta de equilíbrio e do fraco funcionamento dos membros inferiores (MILES, 2001). Em estudo realizado por Avita et al (2015) as mulheres com perda noturna de urina apresentaram pior pontuação nos testes de desempenho físico realizado através da Short Physical Performance Battery (SPPB), o qual também avalia equilíbrio, velocidade da marcha e teste de sentar e levantar da cadeira. Dessa forma, ressalta-se a importância da realização de estudos, como o nosso, com o intuito de investigar a relação entre as alterações uroginecológicas e o desempenho físico.. 27.

(43) 7. CONSIDERAÇÕES E CONTRIBUÇÕES DO ESTUDO. 28.

(44) Existem poucos estudos que mostrem a relação entre alterações ginecológicas e desempenho físico, além da ausência de estudo desse tipo em mulheres de meia idade realizado no Brasil. Dessa forma, a identificação de limitações no desempenho físico presentes nas mulheres com alterações ginecológicas, como esse estudo propôs, permitirá o desenvolvimento de intervenções específicas para essas alterações de forma precoce, com o intuito de prevenir futuras incapacidades físicas. Em relação às limitações do estudo, o seu delineamento transversal limita as inferências causais necessitando de estudos longitunais sobre esta temática para atingir tais objetivos. Além disso, o autorrelato da incontinência urinária e do prolapso de órgãos pélvicos pode acarretar em subnotificações das condições ginecológicas. No entanto, existe uma elevada correlação entre o auto-relato e a avaliação clínica, sendo o autorrelato usado pela maioria dos estudos epidemiológicos (KRAUSE, 2010; ARDILA, 2015 ). Embora existam limitações, ressalta-se a importância do presente estudo devido ao seu pioneirismo. Poucos estudos investigaram a associação entre condições ginecológicas e desempenho físico (CHIU, 2015; FRITEL, 2013) principalmente em uma população de mulheres de meia-idade. Dessa forma, estudar essa parcela da população pode ajudar na elucidação da diferença do desempenho físico entre os gêneros. Ainda, o presente estudo poderá servir como base para novos estudos com o intuito de melhorar as alterações ginecológicas e consequentemente a função física de forma precoce, além, da qualidade de vida das mulheres.. 29.

(45) 8. CONCLUSÕES. 30.

(46) O presente estudo se prôpos a analisar a relação entre incontinência urinária, prolapso de órgãos pélvicos e desempenho físico em mulheres de meia idade. As mulheres com presença de prolapso de órgãos pélvicos apresentaram pior desempenho físico no teste de equilíbrio com olhos abertos e aquelas com incontinência urinária apresentaram pior desempenho físico no teste de sentar e levantar da cadeira. Demonstrou-se, com isso, a necessidade de uma maior investigação acerca dessas condições ginecológicas e a realização de intervenções preventivas a fim de melhorar o perfil de envelhecimento feminino e prevenir incapacidades em mulheres quando em idades mais avançadas. Além disso, o pioneirismo do presente estudo, oferece à fisioterapia informações importantes para o direcionamento de condutas de prevenção, promoção de saúde e tratamento para as mulheres de meia-idade.. 31.

(47) 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 32.

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