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Estudo e desenvolvimento de um sistema de gestão de aprendizagem com suporte para tecnologias móveis

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Academic year: 2021

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Estudo e desenvolvimento de um sistema de

gest˜

ao de aprendizagem com suporte para

tecnologias m´

oveis

Por

Ant´onio Fernando Capela

Orientador: Doutor Manuel Jos´e Cabral dos Santos Reis

Co-orientador: Doutor Emanuel Soares Peres Correia

Tese submetida `a

UNIVERSIDADE DE TR ´AS-OS-MONTES E ALTO DOURO para obten¸c˜ao do grau de

MESTRE

em Comunica¸c˜ao e Multim´edia, de acordo com o disposto no

Regulamento Geral dos Ciclos de Estudo Conducentes ao Grau de Mestre na UTAD DR, 2.a

s´erie – N.o

133 – Regulamento n.o

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Estudo e desenvolvimento de um sistema de

gest˜

ao de aprendizagem com suporte para

tecnologias m´

oveis

Por

Ant´onio Fernando Capela

Orientador: Doutor Manuel Jos´e Cabral dos Santos Reis

Co-orientador: Doutor Emanuel Soares Peres Correia

Tese submetida `a

UNIVERSIDADE DE TR ´AS-OS-MONTES E ALTO DOURO para obten¸c˜ao do grau de

MESTRE

em Comunica¸c˜ao e Multim´edia, de acordo com o disposto no

Regulamento Geral dos Ciclos de Estudo Conducentes ao Grau de Mestre na UTAD DR, 2.a

s´erie – N.o

133 – Regulamento n.o

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Orienta¸c˜ao Cient´ıfica :

Doutor Manuel Jos´e Cabral dos Santos Reis

Professor Associado c/ Agrega¸c˜ao do

Departamento de Engenharias da Escola de Ciˆencias e Tecnologia Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro

Doutor Emanuel Soares Peres Correia

Professor Auxiliar do

Departamento de Engenharias da Escola de Ciˆencias e Tecnologia Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro

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Estudo e desenvolvimento de um sistema de gest˜ao de aprendizagem

com suporte para tecnologias m´oveis

Ant´onio Fernando Capela

Submetido na Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro para o preenchimento dos requisitos parciais para obten¸c˜ao do grau de

Mestre em Comunica¸c˜ao e Multim´edia

Resumo –

A necessidade da utiliza¸c˜ao de tecnologias no ensino tradicional (presencial) ´e cada vez mais recorrente na nossa sociedade. A prolifera¸c˜ao da Internet e dos dispositivos m´oveis permitem apresentar solu¸c˜oes, n˜ao s´o para as limita¸c˜oes do ensino presen-cial, como tamb´em uma poss´ıvel evolu¸c˜ao nos modelos, m´etodos e metodologias de ensino. Estas tecnologias podem ser utilizadas por variad´ıssimas faixas et´arias e estados s´ocio-econ´omicos, devido `a facilidade da sua aquisi¸c˜ao e utiliza¸c˜ao. A possi-bilidade de an´alises detalhadas de dados em tempo real, da inexistˆencia da limita¸c˜ao espa¸co-temporal, da facilidade no acesso `a informa¸c˜ao e da sua capacidade de in-teratividade, permite-nos afirmar que as tecnologias de informa¸c˜ao e comunica¸c˜ao (TIC) constituem uma presen¸ca essencial no ensino.

O e-learning, ou ensino eletr´onico, ´e um dos m´etodos de ensino com base na uti-liza¸c˜ao das TIC, apresentando diversas vantagens e algumas desvantagens, como a necessidade de adapta¸c˜ao de todos os seus intervenientes. O b-learning ou apren-dizagem mista, permite a combina¸c˜ao de elementos de ensino presencial com os do e-learning, permitindo uma menor “curva de aprendizagem”. O m-learning ou mo-bile learning oferece a possibilidade de o aluno poder aprender a qualquer hora e em qualquer lugar, recorrendo a dispositivos computacionais m´oveis (telefones, tablets, etc.). Estes modelos e metodologias de ensino, que recorrem `a utiliza¸c˜ao sistem´atica destas tecnologias, s˜ao geralmente suportados por um LMS (Learning Manegement System). Estes sistemas permitem diversos modos de utiliza¸c˜ao, enquadrados com os m´etodos apresentados anteriormente. Estes permitem uma maior efic´acia no ensino, pois o Docente ou Formador tem acesso a todo um hist´orico de informa¸c˜ao de um aluno ou formando de uma forma simplificada, permitindo assim verificar e avaliar a efic´acia dos seus m´etodos de ensino. Os conte´udos, exerc´ıcios, testes, etc., est˜ao permanentemente dispon´ıveis na Internet, eliminando por completo as limita¸c˜oes presentes, neste caso, no ensino tradicional/presencial. Estas tecnologias permitem igualmente um maior dinamismo e intera¸c˜ao com os conte´udos, atraindo e retendo muito mais facilmente a aten¸c˜ao dos seus utilizadores. Todas estas vantagens podem aumentar a eficiˆencia do ensino e da aprendizagem.

Estes sistemas devem ser de f´acil utiliza¸c˜ao e intera¸c˜ao, possuindo interfaces intui-tivas, procurando, simultaneamente, diminuir a um valor m´ınimo a necessidade de

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necessitar de licenciamento, tal como o Moodle (LMS mais utilizado em Portugal), necessita de conhecimentos t´ecnicos para a sua adapta¸c˜ao, quando conjugado com a falta de suporte, poder´a levar a custos adicionais para as Institui¸c˜oes. A segunda op¸c˜ao, comercial, tal como o BlackBoard (LMS predileto de Universidades em ter-rit´orio nacional) necessita da compra de licen¸cas, apresentando de imediato custos na sua implementa¸c˜ao.

Apesar das diversas solu¸c˜oes tecnol´ogicas existentes conseguirem colmatar grande parte das limita¸c˜oes do ensino tradicional, estas n˜ao permitem, na maior parte dos casos, uma utiliza¸c˜ao intuitiva, eficaz e mais pr´oxima da realidade do ensino em Portugal.

Neste contexto, neste trabalho ´e apresentado um prot´otipo de uma plataforma, de nome PLATINA, dispon´ıvel em http://platina.utad.pt, com as seguintes funci-onalidades e potencialidades:

• gest˜ao de uma escola e do seu respetivo agrupamento; • gest˜ao interna da escola (turmas, disciplinas, etc.);

• gest˜ao do corpo docente, administrativo e discente, com os seus respetivos registos e credenciais;

• gest˜ao e disponibiliza¸c˜ao de exerc´ıcios e jogos educativos, bem como informa¸c˜oes essenciais sobre a resolu¸c˜ao dos mesmos (tempo de resolu¸c˜ao, n´umero de ten-tativas, etc.);

• gest˜ao do hist´orico das atividades dos utilizadores do sistema; • utiliza¸c˜ao do sistema em diversas plataformas;

• com suporte para tecnologias m´oveis.

A plataforma aqui apresentada assegura a disponibiliza¸c˜ao de todos os recursos, etapas e m´etodos, para que a distribui¸c˜ao de exerc´ıcios seja realizada de uma forma organizada, eficiente l´ogica e segura.

Os testes efetuados `a plataforma, embora meramente te´oricos/laboratoriais, permitem-nos concluir que esta reage de acordo com o previsto.

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Study and development of a learning management system with

support for mobile technologies

Ant´onio Fernando Capela

Submitted to the University of Tr´as-os-Montes e Alto Douro in partial fulfillment of the requirements for the degree of

Master of Science in Communication and Multimedia

Abstract –

The need to use technology in the traditional teaching method (classroom teaching) is recurrent in our society. The proliferation of the Internet and mobile devices allow us to present solutions, not only for the classroom teaching, but also as a possible evolution in the models, methods and methodologies of teaching. These technologies can be used by a wide range of age groups and socioeconomic status, due to the ease of purchase and use. The possibility of detailed data analysis in real time, the non-existence of space-time limitations, the ease of access to information and is interactive capability, allow us to state that the Information Technologies (IT) are an essential presence in teaching.

E-learning, is one of the teaching methods based on IT, presenting several advanta-ges and some disadvantaadvanta-ges, such as the need for adaptation of its users. B-learning or mixed learning, allows the combination of classroom teaching methods elements with those of e-learning, allowing for a smaller “learning curve”. M-learning or mo-bile learning offers the possibility to the student to learn anytime and anywhere, with the help of mobile devices (cell phones, tablets, etc.). A Learning Management System (LMS) generally supports these models and teaching methods, which depend on technologies. These systems allow various utilization modes, in accordance with the methods presented above. These allow greater efficiency in teaching, since the teacher has access to a whole history of the student data in a simple way, allowing verifying and evaluating the effectiveness of their teaching methods. The contents, exercises, tests, etc., are always available on the Internet, nullifying the classroom teaching limitations. These technologies also allow greater dynamism and content interaction, attracting and retaining more easily the user attention. All these ad-vantages can increase the learning and teaching efficiency.

These systems should be easy to use and interact with, having an intuitive interface, and reducing to a minimum the need for specific training. For such, the market has a wide range of possibilities and solutions, which may be freeware or commercial. These two options have both advantages and disadvantages. The first one (freeware),

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such as Blackboard (Portuguese universities’ favorite LMS) requires the purchase of licenses, giving immediate costs for implementation.

In spite of the fact that several technological solutions exits to overcomer most of the limitations of classroom teaching, they do not allow, in most cases, an intuitive, effective and close to the reality of teaching in Portugal.

In this context, this work presents a prototype of a platform, named PLATINA, available at http://platina.utad.pt, with the following functionalities and potentia-lities:

• management of a school and its respective grouping; • internal school management (classes, disciplines, etc.);

• management of teachers, administration and students, with their respective records and credentials;

• management and availability of exercises and educational games, as well as essential information about their solution (solution time, number of attempts, etc.);

• activity history management of users of the system; • use of the system in different platforms;

• support for mobile technologies.

The system presented here ensures the availability of all resources, stages and methods, so that the distribution of exercises is carried out in an organized, effi-cient and safe way.

The tests carried out on the system, although merely theoretical/laboratorial, allow us to conclude that the platform reacts as planned.

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Agradecimentos

A presente disserta¸c˜ao resulta de um muito forte incentivo dos orientadores Prof. Manuel Cabral e Prof. Emanuel Peres, da Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Tenho ainda o dever de atribuir um agradecimento especial a todos os que con-tribu´ıram para este trabalho. Aqueles que colaboraram diretamente na realiza¸c˜ao desta disserta¸c˜ao, e aos que contribu´ıram, ainda que de uma forma indireta, para que conclu´ısse este trabalho. Um grande obrigado, tanto pela disponibilidade, aux´ılio, troca de impress˜oes, ou somente para ouvirem as minhas d´uvidas e quest˜oes. Um agradecimento final `a restante fam´ılia, aos colegas e demais amigos! Obrigado!

UTAD, Vila Real Ant´onio Capela

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(13)

´Indice geral

Resumo vii

Abstract ix

Agradecimentos xi

´Indice de tabelas xvii

´Indice de figuras xix

Gloss´ario, acr´onimos e abreviaturas xxi

1 Introdu¸c˜ao 1 1.1 Motiva¸c˜ao e enquadramento . . . 1 1.2 Objetivos . . . 4 1.3 Organiza¸c˜ao da disserta¸c˜ao. . . 5 2 Estado da Arte 7 2.1 Ensino `a distˆancia. . . 8 2.1.1 Enquadramento hist´orico . . . 8 2.1.2 Defini¸c˜oes e conceitos . . . 8

2.1.3 Ensino eletr´onico (e-learning) . . . 9

2.1.4 B-learning . . . 13

2.1.5 M-learning . . . 14 xiii

(14)

2.3 Objeto de aprendizagem . . . 23

2.4 Normaliza¸c˜ao de metadados para e-learning . . . 24

2.5 Normaliza¸c˜ao dos conte´udos de e-learning . . . 25

2.5.1 AICC . . . 25

2.5.2 IMS . . . 26

2.6 SCORM . . . 27

2.6.1 Content Aggregation Model (CAM) . . . 29

2.6.2 Run-Time Environment (RTE) . . . 29

2.6.3 Sequencing and Navigation (SN) . . . 30

2.7 Tecnologias no ensino . . . 30

2.7.1 Realidade aumentada . . . 30

2.7.2 Dispositivos m´oveis . . . 34

2.7.3 Plataformas multim´edia interativas . . . 35

2.8 Arquitetura MVC (Model-View-Controller) . . . 37 2.9 Frameworks . . . 38 2.9.1 Frameworks PHP . . . 39 2.9.2 Zend Framework 2 . . . 40 2.9.3 Outras frameworks . . . 43 2.10 Conclus˜ao . . . 44 3 Especifica¸c˜ao da aplica¸c˜ao 47 3.1 Estrutura organizacional t´ıpica de um agrupamento escolar . . . 47

3.2 Especifica¸c˜ao da aplica¸c˜ao . . . 48

3.2.1 Diagramas de Casos de Uso . . . 49

3.2.2 Desenvolvimento da identidade visual — Design . . . 55

3.2.3 Conceitos de interface com o utilizador — Web Design . . . . 57

3.3 Ambiente de desenvolvimento . . . 62

3.3.1 M´aquina virtual . . . 62

3.3.2 Ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) . . . 63

3.3.3 Zend framework 2 . . . 64

4 Testes e Resultados 67 4.1 Testes . . . 67

4.2 Resultados . . . 69 xiv

(15)

5 Conclus˜oes e trabalho futuro 73

5.1 Conclus˜oes . . . 73

5.2 Trabalho futuro . . . 75

Referˆencias bibliogr´aficas 77

(16)
(17)

´Indice de tabelas

2.1 Estudo comparativo das principais funcionalidades existentes nos LMS, do ponto de vista do aluno. . . 19

2.2 Estudo comparativo das principais ferramentas e funcionalidades exis-tentes nos LMS, disponibilizadas aos docentes e administradores.. . . 20

2.3 Estudo comparativo das principais especifica¸c˜oes t´ecnicas existentes nos LMS. . . 21

2.4 Diferen¸cas nas frequˆencias de utiliza¸c˜ao das funcionalidades do Moo-dle e do Blackboard por estudantes utilizadores destes dois sistemas (os valores m´edios da escala de frequˆencia de 1 (muitas vezes) a 4 (nunca)).. . . 21

2.5 Estudo comparativo das principais carater´ısticas existentes nas fra-meworks PHP, com o objetivo de aumentar a eficiˆencia na cria¸c˜ao de aplica¸c˜oes web. . . 41

2.6 Estudo comparativo das principais carater´ısticas existentes nas fra-meworks baseadas em diferentes linguagens de programa¸c˜ao. . . 44

4.1 Resumo dos totais de turmas e alunos por ano letivo. . . 68

4.2 Resumo dos grupos de alunos criados para as turmas do 1.o CEB. . . 69

(18)
(19)

´Indice de figuras

2.1 Realidade aumentada recorrendo `a t´ecnica monitor-based (adaptado

de Vallino (1998)). . . 33

2.2 Realidade aumentada recorrendo `a t´ecnica video see-through (adap-tado de Vallino (1998)). . . 33

2.3 Realidade aumentada recorrendo `a t´ecnica optical see-through (adap-tado de Vallino (1998)). . . 33

2.4 Realidade aumentada recorrendo `a t´ecnica projector-based (adaptado de Krempien et al. (2008)).. . . 33

2.5 Modelo MVC apresentado por (Edward e Paul, 2008).. . . 38

3.1 Rela¸c˜oes globais entre os diferentes atores e principais funcionalidades do sistema. . . 51

3.2 Auntentica¸c˜ao. . . 52

3.3 Elemento qu´ımico Platina (Pt). . . 56

3.4 Representa¸c˜ao 3D do elemento qu´ımico Platina (Pt). . . 56

3.5 Log´otipo final PLATINA. . . 57

3.6 Mockup do ´ecran de entrada no sistema. . . 59

3.7 Mockup do ´ecran principal para o administrador do sistema. . . 60

3.8 Mockup do ´ecran principal para acesso `as estat´ısticas globais da escola. 60 xix

(20)

4.1 Print screen do formul´ario para cria¸c˜ao de turma. . . 69

4.2 Print screen da listagem de utilizadores. . . 70

4.3 Print screen do gr´afico de m´edia dos resultados de diferentes exerc´ıcios em diferentes turmas. . . 71

4.4 Print screen do gr´afico de resultados dos diferentes exerc´ıcios por aluno. 71

4.5 Print screen do gr´afico de resultados de diferentes exerc´ıcios por di-ferentes grupos numa turma. . . 72

(21)

Gloss´

ario, acr´

onimos e

abreviaturas

Lista de acr´

onimos

Sigla Expans˜ao

ADL Advanced Distributed Learning AICC Aviation Industry CBT Committee API Application Programming Interface

ARIADNE Alliance of Remote Instructional Authoring & Distribution Networks for Europe

ASP Active Server Pages

BBC British Broadcasting Corporation b-learning blended-learning

CAM Content Agregation Model CBT Computer Based Training CC Common Cartridge CEB Ciclo do Ensino B´asico

CLE Collaboration and Learning Environment COM Component Object Model

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DRY Don’t Repeat Yourself e-learning electronic-learning

GPS Global Positioning System HMD Head Mounted Display HTML HyperText Markup Language HTTP Hypertext Transfer Protocol

IDE Integrated Development Environment

IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers IMAP Internet Message Access Protocol

IMS Instructional Managements Systems ISO Internacional Standard Organization JSP JavaServer Pages

LDAP Lightweight Directory Access Protocol LMS Learning Management System

LO Learning Object

LOM Learning Object Metadata

LTSC Learning Technology Standards Committee m-learning mobile-learning

Moodle Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment MVC Model-View-Controller

NEE Necessidades Educativas Especiais NNTP Network News Transfer Protocol OA Objeto de Aprendizagem

OAE Open Academic Environment PHP Hypertext Preprocessor POP3 Post Office Protocol

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Sigla Expans˜ao

RTE Run-Time Environment SAAS Software as a Service

SCORM Sharable Content Object Reference Model SMART System of Augmented Reality for Teaching SN Sequencing and Navigation

SNMP Simple Network Management Protocol TIC Tecnologias de Informa¸c˜ao e Comunica¸c˜ao UI em User Interface

URL Uniform Resource Locator WBT Web Based Training

XML Extensible Markup Language

Lista de abreviaturas

Abreviatura Significado(s) e.g. por exemplo et al. e outros (autores) i.e. isto ´e, por conseguinte etc. etecetera, outros

(24)
(25)

1

Introdu¸c˜

ao

O presente cap´ıtulo divide-se em trˆes partes. Na primeira parte procuramos fazer um enquadramento do tema aqui proposto, bem como apresentar os motivos que nos levaram `a escolha desta ´area de trabalho. Na segunda parte s˜ao descritos os objetivos que pretendemos alcan¸car com o desenvolvimento deste trabalho e procurando dar respostas a algumas das necessidades encontradas na primeira sec¸c˜ao. Na terceira parte ´e descrita a organiza¸c˜ao deste documento, com o principal objetivo de melhor elucidar e localizar os assuntos tratados.

1.1

Motiva¸c˜

ao e enquadramento

As Tecnologias de Informa¸c˜ao e Comunica¸c˜ao (TIC) apresentam-se como uma in-fraestrutura s´olida para suportar a evolu¸c˜ao nos e dos m´etodos de ensino. No seu contexto educativo, a Internet permite o acesso `a informa¸c˜ao, a sua publica¸c˜ao e a sua difus˜ao, permitindo tamb´em uma elevada intera¸c˜ao. No caso particular do Ensino da Matem´atica e do Portuguˆes, a quantidade, qualidade e adaptabilidade de recursos dispon´ıveis em l´ıngua Portuguesa s˜ao pouco abonat´orios, em particular quando se trata de crian¸cas com Necessidades Educativas Especiais (NEE) e no caso do 1o e 2o ciclos do ensino b´asico. Estas desvantagens podem ser, em grande parte,

(26)

solucionadas, ou pelo menos minimizadas, recorrendo `a utiliza¸c˜ao destas mesmas tecnologias.

Apesar do sucesso apresentado pelo ensino presencial ou tradicional, s˜ao constatadas algumas desvantagens. Os alunos tˆem, obrigatoriamente, de marcar presen¸ca nas diversas sess˜oes apresentadas pelos diferentes docentes, existindo assim, uma des-loca¸c˜ao, de ambos, para um determinado espa¸co f´ısico (sala de aula); esta desloca¸c˜ao ´e determinada por um hor´ario definido e por conseguinte limitado. Na maioria dos casos, os conte´udos apresentados numa sala de aula n˜ao s˜ao interativos, podendo levar `a falta de concentra¸c˜ao, de interesse e de envolvimento por parte dos alunos. O ensino que tenha por base a utiliza¸c˜ao das TIC ´e muitas vezes designado por e-learning, electronic-learning, ou ensino eletr´onico. Este facilita o acesso `a in-forma¸c˜ao, servi¸cos e recursos, permitindo n˜ao s´o uma interatividade entre forman-dos e formadores, mas tamb´em com o pr´oprio conte´udo. A transmiss˜ao de conte´udos atrav´es da Internet possibilita as atualiza¸c˜oes em tempo real, fazendo com que os alunos possam aceder aos conte´udos mais atuais, sendo que as limita¸c˜oes esp´acio-temporais, presentes no ensino tradicional, s˜ao abolidas.

Apesar das diversas vantagens, o e-learning poder´a levar a algum desconforto de-vido, essencialmente, `a necessidade de adapta¸c˜ao. Para que estas limita¸c˜oes sejam anuladas, criando uma adapta¸c˜ao gradual e simplificada, a utiliza¸c˜ao de b-learning apresenta-se como uma alternativa. O b-learning, blended learning, ou aprendizagem mista, combina os elementos do ensino presencial com os recursos disponibilizados pelo e-learning. Consequentemente, o b-learning garante uma combina¸c˜ao das van-tagens apresentadas no e-learning com as diversas vanvan-tagens do ensino tradicional ou presencial.

Adicionalmente, o objetivo do m-learning, mobile learning, ´e fornecer ao aluno a pos-sibilidade de aprender em qualquer hora em qualquer lugar (anytime & anywhere). Contudo, o termo m-learning pode possuir diferentes significados. Pelo que foi dito anteriormente, est´a intimamente relacionado com o e-leraning, tecnologia educativa e educa¸c˜ao `a distˆancia, mas ´e distinto no seu foco de aprendizagem contextualizada e recorrendo a dispositivos m´oveis.

(27)

1.1. MOTIVAC¸ ˜AO E ENQUADRAMENTO 3

Por outro lado, podemos definir um Learning Management System (LMS) ou sistema de gest˜ao de aprendizagem como uma aplica¸c˜ao ou conjunto de aplica¸c˜oes disponibi-lizadas na web que permitem a gest˜ao dos processos de aprendizagem. Este sistema permite modos distintos de utiliza¸c˜ao, enquadrados nos diferentes modelos de ensino baseados na Internet e apresentados anteriormente.

O ensino com base na tecnologia visa eliminar os limites do ensino presencial ou tradicional, apresentados anteriormente, tais como os limites geogr´afico e temporal, permitindo que o aluno possa ter uma maior liberdade, sem que a sua disponibilidade ou ritmo de aprendizagem afete a sua evolu¸c˜ao acad´emica.

A utiliza¸c˜ao de LMS no ensino, entre diversas vantagens, permite uma maior efic´acia e organiza¸c˜ao, pois o formador tem acesso a todo o hist´orico de aprendizagem do formando, podendo assim avaliar a efic´acia da aprendizagem, definindo solu¸c˜oes mais eficientes e indicadas para cada aluno. Todos os conte´udos est˜ao permanen-temente dispon´ıveis na Internet, sendo que as limita¸c˜oes dos formandos no acesso `a informa¸c˜ao s˜ao quase nulas. A atualiza¸c˜ao da informa¸c˜ao pode ser realizada de uma forma r´apida e simples, fazendo com que os docentes possam introduzir, alte-rar ou corrigir as informa¸c˜oes e os conte´udos via web. Os conte´udos disponibilizados podem ser dinˆamicos, incluindo anima¸c˜oes, ´audio e v´ıdeo, formul´arios interativos, entre outros. O facto da distribui¸c˜ao de conte´udos ser efetuada por meios digitais permite uma redu¸c˜ao substancial dos custos, n˜ao s´o por parte dos formadores e for-mandos como para a pr´opria institui¸c˜ao de ensino. Estas carater´ısticas e vantagens dos LMS e do ensino eletr´onico, permitem afirmar que podem aumentar a eficiˆencia na aprendizagem.

Tratando-se de ferramentas que devem ser usadas tanto por professores como por alunos, e mesmo por pais (ou encarregados de educa¸c˜ao), na g´enese da sua conce¸c˜ao, devemos ter presente que devem ser ferramentas extremamente f´aceis de utilizar e de interagir. Pretendemos dizer com isto que idealmente estas ferramentas deve-riam possuir interfaces intuitivas e ser utiliz´aveis por pessoas sem a necessidade de forma¸c˜ao espec´ıfica para o efeito. Contudo, como procuraremos mostrar posterior-mente neste trabalho, embora as ferramentas dispon´ıveis (tanto de acesso gratuito

(28)

como pago) possam ser adaptadas `as necessidades encontradas nas escolas portugue-sas (e a n´ıvel internacional), nem sempre essa adapta¸c˜ao ´e simples, nem t˜ao pouco a intera¸c˜ao com tais ferramentas ´e intuitiva.

O interesse pelo tema da disserta¸c˜ao, bem como a importˆancia do desenvolvimento de t´ecnicas de ensino para a evolu¸c˜ao da educa¸c˜ao e aprendizagem de jovens alu-nos, permite considerar a importˆancia da elabora¸c˜ao de um sistema de gest˜ao de aprendizagem simples, intuitivo e eficaz, procurando assim contribuir para melhorar o sucesso escolar.

1.2

Objetivos

Esta disserta¸c˜ao visa o estudo, conce¸c˜ao e desenvolvimento de um sistema de gest˜ao de aprendizagem com suporte para tecnologias m´oveis, permitindo, n˜ao s´o um apoio ao docente no seu processo de ensino e avalia¸c˜ao, bem como uma poss´ıvel melhoria no sucesso escolar dos alunos.

O sistema dever´a incorporar diversas funcionalidades, tais como:

• gest˜ao de uma escola e seu respetivo agrupamento;

• gest˜ao interna da escola (turmas, disciplinas);

• gest˜ao do corpo docente, administrativo e discente, com os seus respetivos registos e credenciais;

• gest˜ao e disponibiliza¸c˜ao de exerc´ıcios e jogos educativos, bem como informa¸c˜oes essenciais sobre a resolu¸c˜ao dos mesmos (tempo de resolu¸c˜ao, n´umero de ten-tativas, etc.);

• gest˜ao do hist´orico das atividades dos utilizadores do sistema;

(29)

1.3. ORGANIZAC¸ ˜AO DA DISSERTAC¸ ˜AO 5

O sistema dever´a assegurar a disponibiliza¸c˜ao de todos os recursos, etapas e m´etodos, para que a distribui¸c˜ao de exerc´ıcios seja realizada de uma forma organizada, efici-ente l´ogica e segura.

Adicionalmente, com esta disserta¸c˜ao pretende contribuir-se, ainda que de uma forma mais indireta, para a resolu¸c˜ao de problemas em duas classes distintas:

• por um lado para a dissemina¸c˜ao e partilha de recursos educativos, em particu-lar os intimamente relacionados com o ensino da matem´atica e do Portuguˆes, tendo sempre por base de utiliza¸c˜ao a Internet;

• por outro, para o desenvolvimento de aplica¸c˜oes mais “amig´aveis” do ponto de vista do utilizador comum, procurando eliminar-se as necess´arias no¸c˜oes de programa¸c˜ao que atualmente s˜ao exigidas pelas aplica¸c˜oes existentes.

O nosso trabalho pretende diferenciar-se dos existentes criando numa s´o aplica¸c˜ao todas estas funcionalidades, ao contr´ario do existente, levando a um menor esfor¸co por parte do utilizador para atingir os seus objetivos e criando assim uma aplica¸c˜ao simples e de r´apida aprendizagem para a sua utiliza¸c˜ao, sem ser necess´ario possuir quaisquer conhecimentos de programa¸c˜ao.

1.3

Organiza¸c˜

ao da disserta¸c˜

ao

Esta disserta¸c˜ao est´a organizada em 5 cap´ıtulos distintos.

O segundo cap´ıtulo “Estado da Arte” est´a dividido em 10 partes. Neste cap´ıtulo apresentam-se alguns dos conceitos, defini¸c˜oes e tecnologias que podem e tˆem vindo a ser usados em contextos educativos, nomeadamente no ensino `a distˆancia. Procura-se ainda extrair as principais caracter´ısticas e funcionalidades a que os sistemas e tecnologias utilizadas neste contexto devem obedecer para melhor auxiliarem nos processos ensino-aprendizagem.

(30)

planifica¸c˜ao da aplica¸c˜ao. Assim sendo, apresentam-se an´alises dos poss´ıveis interve-nientes do sistema, planifica¸c˜ao de mecanismo e funcionalidades para a intera¸c˜ao des-tes mesmo interveniendes-tes com a aplica¸c˜ao e uma identidade visual para a aplica¸c˜ao. Este cap´ıtulo demonstra assim todo o processo realizado e necess´ario para a cria¸c˜ao de um sistema de informa¸c˜ao.

O quarto cap´ıtulo “Teste e Resultados”, permite uma vis˜ao mais pr´oxima da rea-lidade do funcionamento da aplica¸c˜ao. Ou seja, a aplica¸c˜ao foi testada exaustiva-mente com dados fict´ıcios, muito similares `a nossa realidade, para assim verificarmos o “comportamento” da aplica¸c˜ao criada. Estes dados permite-nos uma an´alise dos dados recolhidos, verificando se a aplica¸c˜ao compre realmente com os requisitos pres-supostos.

Por ´ultimo, e n˜ao menos importante, o quinto cap´ıtulo, permite uma introspe¸c˜ao sobre todo o trabalho desenvolvido no ˆambito da Disserta¸c˜ao. Este, apresenta uma an´alise sobre as necessidades e as possibilidades existentes no ensino, apresentando, igualmente, os poss´ıveis desenvolvimentos futuros da aplica¸c˜ao, para n˜ao s´o tornar esta aplica¸c˜ao mais uma ferramenta de apoio ao ensino, mas sim uma ferramenta para a melhoria do ensino.

(31)

2

Estado da Arte

O ensino tradicional ou presencial apresenta limita¸c˜oes espa¸co-temporais, podendo ser ultrapassadas atrav´es de diversas tecnologias existentes e emergentes na nossa sociedade. Diversos conceitos para o ensino `a distˆancia (e-learning, b-learning, m-learning), com base na Internet atrav´es de diversos sistemas (LMS), com recurso a diversas tecnologias de implementa¸c˜ao e normaliza¸c˜ao (SCORM, OA, etc.), bem como outras tecnologias para poder facilitar o processo de aprendizagem (realidade aumentada, dispositivos m´oveis, etc.), permitem solucionar algumas limita¸c˜oes exis-tentes no ensino presencial, disponibilizando, n˜ao s´o ferramentas tecnol´ogicas no apoio ao ensino, como tamb´em solu¸c˜oes para a evolu¸c˜ao do ensino e consequente-mente a melhoria de resultados dos alunos.

Neste cap´ıtulo apresentam-se alguns dos conceitos, defini¸c˜oes e tecnologias que po-dem e tˆem vindo a ser usados em contextos educativos, nomeadamente no ensino `a distˆancia. Procura-se ainda extrair aqui as principais caracter´ısticas e funciona-lidades a que os sistemas e tecnologias devem obedecer para melhor auxiliarem no processo ensino-aprendizagem.

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2.1

Ensino `

a distˆ

ancia

2.1.1

Enquadramento hist´

orico

O ensino `a distˆancia, em meados do s´eculo XIX, era definido pela troca de in-forma¸c˜oes atrav´es de correspondˆencia, em suporte de papel, entre alunos, professo-res e institui¸c˜oes (de Carvalho, 2001). Este m´etodo resumia-se `a troca de d´uvidas ou conte´udos de estudo. Contudo, o tempo necess´ario para este mesmo processo era muito elevado, sendo que a sua fiabilidade era duvidosa por falta de contacto direto entre os seus intervenientes. Posteriormente, nos Estados Unidos (1890), foi criada a Internacional Correspondence School, sendo a primeira organiza¸c˜ao para o ensino `a distˆancia com base na correspondˆencia. Com a evolu¸c˜ao tecnol´ogica, r´adio, telefone e televis˜ao, o ensino `a distˆancia teve um progresso significativo. Um dos grandes marcos consistiu na cria¸c˜ao da Open University, Inglaterra (1969), onde a utiliza¸c˜ao das tecnologias para apoio `a educa¸c˜ao era relevante, como, por exemplo, a demonstra¸c˜ao de exerc´ıcios pr´aticos atrav´es de v´ıdeo. Outro fator importante era o reconhecimento profissional dos seus alunos, sendo que o n´umero de aderentes a este m´etodo de ensino multiplicou-se, abrangendo v´arios pa´ıses. Este crescimento era baseado em motiva¸c˜oes econ´omicas e pol´ıticas, pois permitia um maior n´umero de alunos formados, independentemente da sua localiza¸c˜ao geogr´afica, com uma eficiˆencia econ´omica consider´avel. Este m´etodo n˜ao s´o foi adotado por Universida-des tradicionais, como tamb´em por empresas, oferecendo v´arias forma¸c˜oes aos seus funcion´arios. Com a evolu¸c˜ao exponencial da tecnologia, as Universidades Aber-tas come¸caram a utilizar as tecnologias de informa¸c˜ao e comunica¸c˜ao (em particular atrav´es de computadores e da utiliza¸c˜ao da Internet), criando assim os primeiros contactos do ensino `a distancia atrav´es da Internet.

2.1.2

Defini¸c˜

oes e conceitos

O ensino presencial ou tradicional ´e definido por uma difus˜ao de conhecimentos atrav´es de um docente para um conjunto de alunos, localizados num determinado

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2.1. ENSINO `A DISTˆANCIA 9

espa¸co geogr´afico e temporal (de Lima Sobral, 2008). Apesar do sucesso apresen-tado por este m´etodo de ensino, tamb´em s˜ao constatadas algumas desvantagens. Os alunos tˆem, obrigatoriamente, de marcar presen¸ca nas diversas sess˜oes apresen-tadas pelos diferentes docentes, existindo assim, uma desloca¸c˜ao, por ambos, para um determinado espa¸co f´ısico (sala de aula), esta desloca¸c˜ao ´e determinada por um hor´ario definido, e por conseguinte limitado. Na maioria dos casos, os conte´udos apresentados numa sala de aula n˜ao s˜ao interativos, podendo levar a uma falta de concentra¸c˜ao, de interesse e de envolvimento nos alunos.

A Internet apresenta-se como uma infra-estrutura s´olida para suportar a evolu¸c˜ao nos m´etodos de ensino. No seu contexto educativo permite o acesso `a informa¸c˜ao, publica¸c˜ao e sua difus˜ao, permitindo tamb´em uma elevada intera¸c˜ao. Estas cara-ter´ısticas s˜ao, em grande parte, as solu¸c˜oes para as diferentes desvantagens apresen-tados no ensino presencial. O ensino `a distˆancia visa eliminar os limites apresenta-dos anteriormente, tais como o limite geogr´afico e o limite temporal, permitindo que um aluno possa ter uma maior liberdade, sem que a sua disponibilidade ou ritmo de aprendizagem afete a sua evolu¸c˜ao acad´emica. de Carvalho (2001) define este mesmo aluno `a distˆancia, como “algu´em fisicamente separado do professor, com um processo de aprendizagem planeado e guiado participando num processo bidirecional estruturado do Ensino. O aluno ´e caraterizado pela sua autonomia e independˆencia, de tal forma que se ajuste a uma situa¸c˜ao de maior responsabilidade, capacidade de usar efetivamente os meios e m´etodos disponibilizados e adequa¸c˜ao `as particula-ridades culturais, sociais e individuais exigidas.” A utiliza¸c˜ao destas metodologias de ensino `a distˆancia s˜ao questionadas pelos docentes, pelo facto de permitirem ou n˜ao, a mesma eficiˆencia do ensino presencial. Diversos trabalhos de investiga¸c˜ao (de Lima Sobral, 2008; Gomes et al., 2011) demonstram que o ensino `a distˆancia ´e igualmente eficiente, por vezes superior, quando comparado com o ensino tradicio-nal.

2.1.3

Ensino eletr´

onico (e-learning)

A implementa¸c˜ao do ensino `a distancia pode ser realizada atrav´es de diferentes mo-delos de forma¸c˜ao baseados na Internet. O e-learning representa uma metodologia

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mais flex´ıvel, tendo em conta a sociedade e as diversas tecnologias existentes. O e-learnig electronic learning ou ensino eletr´onico, pode ser definido como qualquer ensino que tenha por base a utiliza¸c˜ao de tecnologia. Esta defini¸c˜ao ´e amb´ıgua, pois, existem enumeras vertentes de utiliza¸c˜ao das tecnologias na educa¸c˜ao, levando assim a erros de comunica¸c˜ao. Sendo assim, “o e-learning est´a intrinsecamente associado `a Internet e ao servi¸co WWW, pelo potencial da´ı decorrente em termos de facilidade de acesso `a informa¸c˜ao independentemente do momento temporal e do espa¸co f´ısico, pela facilidade de r´apida publica¸c˜ao, distribui¸c˜ao e atualiza¸c˜ao de conte´udos, pela diversidade de ferramentas e servi¸cos de comunica¸c˜ao e colabora¸c˜ao entre todos os intervenientes no processo de ensino-aprendizagem e pela possibilidade de desenvol-vimento de hiperm´edia colaborativos de suporte `a aprendizagem. Exclu´ımos assim as defini¸c˜oes que, com base no ‘e’, defendem que qualquer utiliza¸c˜ao de tecnologias para apoiar a aprendizagem ´e ‘e- learning’ ” (Gomes et al., 2011). Contudo, nem toda a utiliza¸c˜ao dos servi¸cos dispon´ıveis na Internet para fins educativos pode ser considerado como e-learning, como por exemplo, se um aluno efetuar uma pesquisa num motor de busca (dispon´ıvel na Internet), n˜ao constitui, no seu todo, o conceito de e-learning. Assim sendo, o e-leaning pode ser considerado como um m´etodo que tem por base a utiliza¸c˜ao de tecnologias multim´edia atrav´es da Internet, permitindo uma melhoria na aprendizagem, facilitando o acesso `a informa¸c˜ao, servi¸cos e recur-sos, existindo n˜ao s´o uma interatividade entre formandos e formadores, mas tamb´em com o pr´oprio conte´udo, criando assim uma colabora¸c˜ao `a distˆancia. O e-learning permite uma forma¸c˜ao s´ıncrona, possibilitando uma comunica¸c˜ao e interatividade em tempo real, atrav´es de chats, v´ıdeo conferˆencia, entre outros, e ass´ıncrona, onde a intera¸c˜ao entre formando e formador n˜ao necessita de uma interven¸c˜ao simultˆanea. Apesar da efic´acia do e-learning, este, tal como qualquer outra tecnologia, apre-senta diversas vantagens e desvantagens, sendo que estas podem ser corrigidas com o avan¸co tecnol´ogico e social. A vantagens da sua utiliza¸c˜ao podem ser divididas pela sua efic´acia, facilidade de acesso, simplicidade de utiliza¸c˜ao, atualiza¸c˜ao de conte´udos, uniformidade, intera¸c˜ao e interatividade, economia e rapidez (Ca¸c˜ao e Dias, 2003). A efic´acia pode ser definida pela organiza¸c˜ao do ensino, isto ´e, o for-mador tem acesso a todo o hist´orico de aprendizagem do formando, podendo assim avaliar a efic´acia da aprendizagem, definindo solu¸c˜oes mais eficientes e indicadas

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2.1. ENSINO `A DISTˆANCIA 11

para o aluno. Esta vantagem permite uma personaliza¸c˜ao de cada curso, fazendo com que cada aluno possa definir o seu pr´oprio ritmo e m´etodo de estudo, frequen-tando apenas os cursos de acordo com as suas necessidades.

O e-learning permite uma maior facilidade de acesso e simplicidade de utiliza¸c˜ao, sendo poss´ıvel aceder aos diferentes conte´udos, independentemente da localiza¸c˜ao temporal e espacial dos alunos. Todos os conte´udos est˜ao permanentemente dis-pon´ıveis na Internet, sendo que as limita¸c˜oes dos formandos no acesso `a informa¸c˜ao s˜ao quase nulas. Neste caso o formador ter´a de corresponder `as exigˆencias impos-tas por este m´etodo, uma vez que dever´a estar dispon´ıvel para ajudar um aluno a qualquer altura, sendo que este apoio ser´a realizado atrav´es das tecnologias, salas virtuais, f´oruns, entre outros.

A atualiza¸c˜ao dos conte´udos ´e fundamental, pois o formando pode trabalhar com base em informa¸c˜ao atualizada, sendo que esta r´apida atualiza¸c˜ao de conte´udos pode ser ben´efica para o aluno em termos profissionais. Esta atualiza¸c˜ao pode ser rea-lizada de uma forma r´apida e simples atrav´es de sistemas de gest˜ao de conte´udos, fazendo com que os formadores possam introduzir, alterar ou corrigir as informa¸c˜oes e os conte´udos disponibilizados via web.

No ensino presencial o formador ou docente aborda o mesmo tema de formas dis-tintas, sendo que a sua transmiss˜ao varia de acordo com cada profissional. No e-learning os temas abordados s˜ao disponibilizados na Internet. Sendo assim os conte´udos s˜ao formatados pelos docentes e transmitidos de igual forma para os alu-nos, existindo uma maior uniformidade na transmiss˜ao de conte´udos. No e-learning, tendo como base a Internet, existe a possibilidade de os utilizadores comunicarem entre eles de diversas formas, tais como chats (di´alogo efetuado atrav´es de men-sagens escritas), f´oruns (onde s˜ao publicadas diversas menmen-sagens; neste caso, por formadores e formandos), email e salas virtuais. Os conte´udos disponibilizados po-dem ser dinˆamicos, incluindo anima¸c˜oes, ´audio e v´ıdeo, formul´arios interativos, entre outros. Adicionalmente, este “processo de intera¸c˜ao entre formandos ´e respons´avel pelo desenvolvimento de um fen´omeno que podemos definir como esp´ırito de comu-nidade. Ao longo da aprendizagem, os alunos criam la¸cos entre eles que resultam do intercˆambio de experiˆencias e troca de conhecimentos. ´E um tipo de relaciona-mento caracter´ıstico da Internet, onde ´e comum criarem-se comunidades em torno

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de interesses comuns, como por exemplo a inform´atica, a fic¸c˜ao cientifica, o cinema ou a m´usica” (Ca¸c˜ao e Dias,2003).

Por ´ultimo e n˜ao menos importante, a economia e a rapidez, s˜ao outras vantagens que caraterizam o e-learning. O facto da distribui¸c˜ao de conte´udos ser efetuada por meios digitais permite uma redu¸c˜ao substancial dos custos, n˜ao s´o por parte dos for-madores e formandos como para a pr´opria institui¸c˜ao. Os custos tamb´em podem ser reduzidos na medida em que os intervenientes n˜ao necessitam de v´arias desloca¸c˜oes, tal como o ensino presencial obriga, visto que todo o processo de aprendizagem pode ser executado remotamente.

Podemos pois afirmar que o e-learning permite uma maior eficiˆencia na aprendiza-gem. A transmiss˜ao de conte´udos atrav´es da Internet permite um maior n´umero de atualiza¸c˜oes em tempo real, fazendo com que os alunos possam obter mais facil-mente conhecimentos, aumentando as suas hip´oteses de sucesso nos seus percursos profissionais. Estas vantagens podem ser confirmadas pelo estudo levado a cabo por

Gomes et al. (2011), identificando as principais “raz˜oes para a utiliza¸c˜ao de plata-formas de e-learning” evocadas por docentes da Universidade do Minho, sendo elas, “a facilidade de disponibiliza¸c˜ao de informa¸c˜ao aos alunos”, “a facilidade de comu-nica¸c˜ao com os alunos” e “pelo fato de existirem alunos que n˜ao podem assistir ´as aulas” (presenciais).

As desvantagens associadas ao e-learning n˜ao implicam uma perda de eficiˆencia no processo de forma¸c˜ao. Ca¸c˜ao e Dias(2003) afirmam que “n˜ao pode falar-se propri-amente em desvantagens, mas antes em dificuldades ou obst´aculos que o e-learning enfrenta no seu processo de desenvolvimento”. As desvantagens podem ser dividas em trˆes fatores: os modelos pedag´ogicos, responsabilidade do aluno e dificuldades t´ecnicas (de Lima Sobral,2008).

Os modelos pedag´ogicos utilizados n˜ao s˜ao, na sua plenitude, adequados aos m´etodos de ensino na modalidade online, n˜ao s´o por falta de conhecimento, mas tamb´em por falta de forma¸c˜ao dos docentes sobre estas mesmas metodologias de ensino. Este ´

ultimo caso tem como base o facto de um docente necessitar de alterar a sua pre-para¸c˜ao de aulas em rela¸c˜ao `as aulas presenciais, pois os conte´udos dados numa aula presencial n˜ao devem ser utilizados no ensino `a distˆancia, podendo levar ao desinteresse dos alunos. Este fator tem de ter em conta a altera¸c˜ao dos hor´arios

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2.1. ENSINO `A DISTˆANCIA 13

dos docentes, em compara¸c˜ao com o ensino presencial, pois estes tˆem de ser mais flex´ıveis, permitindo um apoio mais eficiente `a distˆancia.

Os alunos ou formandos, neste caso, necessitam de um maior n´ıvel de responsabi-lidade, limitado a uma faixa et´aria espec´ıfica, pois ter´a de existir uma motiva¸c˜ao constante para completar um curso, visto que existe uma “dificuldade dos forman-dos se concentrarem diante do ecr˜a em per´ıoforman-dos de tempo superiores a 20 minutos seguidos”(Ca¸c˜ao e Dias, 2003). No ensino ´a distˆancia n˜ao ´e poss´ıvel “garantir que os testes de avalia¸c˜ao s˜ao feitos realmente pelo formando e n˜ao por uma outra pes-soa” ou “confirmar que o aluno frequentou todos os m´odulos necess´arios para obter aproveitamento”(Ca¸c˜ao e Dias, 2003).

Os fatores t´ecnicos, representam outra dificuldade na utiliza¸c˜ao do e-learning, pois todo o servi¸co est´a dependente do acesso `a Internet, da largura de banda dispon´ıvel e da necessidade de equipamento inform´atico. O estudo apresentado por Gomes et al. (2011) confirma que as principais raz˜oes para a n˜ao utiliza¸c˜ao de plataformas de e-learning, por docentes da Universidade do Minho s˜ao: “a falta de competˆencias adequadas”, “a complexidade de uso da plataforma” e “por falta de tempo para or-ganizar os materiais e atividades ao n´ıvel da plataforma”. Este estudo mostra-nos que o fator pedag´ogico constitui a maior dificuldade na utiliza¸c˜ao do e-learning. Po-demos assim concluir que todo o processo do ensino `a distˆancia e a sua eficiˆencia depende, essencialmente, dos seus intervenientes. Este modelo de ensino exige uma adapta¸c˜ao correta, tanto ao n´ıvel do formador como do formando, pois, no caso contr´ario, os seus utilizadores poder˜ao n˜ao ter os resultados pretendidos, ou seja, uma melhoria e uma maior liberdade na aprendizagem.

2.1.4

B-learning

Tal como foi apresentado anteriormente o e-learning apresenta v´arias vantagens para os seus utilizadores, mas a sua utiliza¸c˜ao poder´a levar a algum desconforto devido a necessidade de adapta¸c˜ao. Para que estas limita¸c˜oes possam ser anuladas, criando uma adapta¸c˜ao gradual e simplificada, a utiliza¸c˜ao do m´etodo b-learning apresenta-se como uma solu¸c˜ao cred´ıvel. “O b-learning pode ser definido como uma forma de distribui¸c˜ao do conhecimento que reconhece os benef´ıcios de disponibilizar

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parte da forma¸c˜ao on-line, mas que, por outro lado, admite o recurso parcial a um formato de ensino que privilegie a aprendizagem do aluno, integrado num grupo de alunos, reunidos em sala de aula com um professor ou formador” (Mesquita, 2011). O b-learning, blended learning ou aprendizagem mista, combina os elementos do ensino presencial com os recursos disponibilizados pelo e-learning. Esta metodologia permite a combina¸c˜ao das vantagens apresentadas no ensino `a distˆancia e do e-learning, com as diversas vantagens do ensino presencial ou tradicional. O b-learning permite tornar o processo de aprendizagem mais flex´ıvel e personaliz´avel, sendo um sistema fi´avel e de f´acil utiliza¸c˜ao. Pelas suas caracter´ısticas, o b-learning assume-se como uma alternativa ou complemento do ensino presencial ou tradicional, sendo poss´ıvel execut´a-lo atrav´es de modelos distintos, podendo ter, ou n˜ao, uma forte componente tecnol´ogica, dependendo da familiariza¸c˜ao e da evolu¸c˜ao na adapta¸c˜ao dos seus utilizadores. Contudo, quanto mais o ensino se aproximar do e-learning, e consequentemente uma maior utiliza¸c˜ao das tecnologias, maior ser´a a liberdade dos alunos, facilitando a aprendizagem e a evolu¸c˜ao da mesma.

2.1.5

M-learning

Existem diversas defini¸c˜oes para o m-learning, mobile learning ou aprendizagem m´ovel. Esta ambiguidade, na sua defini¸c˜ao, deve-se ao significado do “mobile”, pois, este poder´a referir-se a tecnologias e dispositivos m´oveis (smartphones, tablets, etc.), bem como, a pr´opria mobilidade de um aluno (Kukulska-hulme, 2009). Sendo as-sim, de um modo geral, o m-learning pode ser definido como uma ´area do ensino `a distˆancia onde a aprendizagem, a partilha de conte´udos e de informa¸c˜ao ´e efetu-ada atrav´es de tecnologia e dispositivos m´oveis, sendo n˜ao s´o criefetu-ada uma mobilidade espacial, como tamb´em “uma mobilidade em termos de transforma¸c˜oes temporais, alargando os horizontes da aprendizagem e do acesso `a informa¸c˜ao” (Moura,2011). O m-learning, tal como o e-learning, apresenta diversas vantagens na sua utiliza¸c˜ao em contextos educativos. Primeiramente, as tecnologias e dispositivos m´oveis, per-mitem o acesso a diversos conte´udos multim´edia, podendo criar a mesma interativi-dade existente no e-learning. Existe uma grande percentagem de alunos e docentes que possuem dispositivos m´oveis, tais como smartphones. Sendo estes dispositivos

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2.2. LEARNING MANAGEMENT SYSTEMS 15

altamente port´ateis, com utiliza¸c˜oes mais pessoais, s˜ao, cada vez mais, utilizados no quotidiano dos alunos e professores. Estes, oferecem n˜ao s´o o acesso e a dispo-nibiliza¸c˜ao de informa¸c˜oes e conte´udos de uma forma mais c´omoda e flex´ıvel, como tamb´em um acesso mais frequente destas mesmas informa¸c˜oes e conte´udos, em com-para¸c˜ao com outros dispositivos (computadores port´ateis, etc.) (Moura, 2011). Existem, igualmente, algumas desvantagens, como por exemplo, a utiliza¸c˜ao de smartphones numa sala de aula, n˜ao sendo sempre autorizada por v´arios docen-tes. Esta proibi¸c˜ao pode estar relacionada com o facto de um dispositivo m´ovel representar uma fonte de distra¸c˜ao e lazer, sendo necess´ario, tal como no ensino `a distˆancia, um comportamento respons´avel por parte dos alunos e docentes.

O m-learning apresenta-se assim com um grande potencial para o apoio e melho-ria dos diferentes tipos de ensino: presencial, `a distˆancia (e-learning) e misto (b-learning).

2.2

Learning management systems

Learning management system (LMS) ou sistema de gest˜ao de aprendizagem, pode ser definido como “uma aplica¸c˜ao web que permite a gest˜ao de processos de forma¸c˜ao/ aprendizagem nas perspetivas administrativas e pedag´ogicas” (Pimenta e Baptista,

2004). Este tipo de aplica¸c˜ao ou plataforma surgiu para apoiar o ensino `a distˆancia online, disponibilizando um n´umero elevado de ferramentas e funcionalidades, tanto ao n´ıvel administrativo, como ao n´ıvel pedag´ogico. A utiliza¸c˜ao e introdu¸c˜ao de LMS est´a a evoluir progressivamente, atingindo todos os n´ıveis de escolaridade, existindo uma crescente utiliza¸c˜ao das tecnologias de informa¸c˜ao nas diferentes institui¸c˜oes de ensino e nos pr´oprios alunos. Este crescimento tamb´em ´e significativo nas diferen-tes empresas dos diferendiferen-tes setores para apoiar a forma¸c˜ao dos seus funcion´arios. Os LMS permitem distintos modos de utiliza¸c˜ao, enquadrados nos diferentes mode-los de ensino `a distˆancia baseados na Internet apresentados anteriormente, corres-pondendo a n´ıveis crescentes de complexidade na sua utiliza¸c˜ao (Francis e Raftery,

2005):

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utilizado para a distribui¸c˜ao de informa¸c˜ao e administra¸c˜ao de uma determi-nada aula ou disciplina, sendo que as atividades de ensino ocorrem numa sala de aulas convencional;

• “Blended learning leading to significant enhancements to learning and teaching processes”: onde a utiliza¸c˜ao de um LMS ´e mais generalizada, usufruindo de ferramentas de comunica¸c˜ao, criando uma intera¸c˜ao entre docente e aluno, ferramentas de colabora¸c˜ao para o aux´ılio dos alunos no desenvolvimento de trabalhos, ferramentas de avalia¸c˜ao e realiza¸c˜ao de testes, bem como a in-trodu¸c˜ao e partilha de conte´udos de aprendizagem;

• “Online course/module”: usufrui, por completo, das funcionalidades dos LMS e do ensino `a distˆancia.

Apesar da utiliza¸c˜ao de um LMS poder ser efetuada em contextos diferentes, to-dos estes sistemas convergem para um ´unico modelo base, para satisfazer qualquer tipo de utiliza¸c˜ao pedag´ogica e institucional. Este modelo base ´e constitu´ıdo por (Pimenta e Baptista,2004):

• “Acesso protegido e gest˜ao de perfis”: onde o utilizador necessita de um login para aceder aos diferentes cursos, existindo um sistema de gest˜ao do perfil de cada utilizador;

• “Gest˜ao do Acesso a conte´udos”: todos os conte´udos s˜ao configurados pelo autor, sendo que o LMS indicar´a o progresso e desempenho do aluno nos diferentes m´odulos existentes num curso;

• “Comunica¸c˜ao formador/formando”: s˜ao permitidas comunica¸c˜oes s´ıncronas e ass´ıncronas atrav´es de v´ıdeo, ´audio e texto, sendo tamb´em poss´ıvel definir diferentes fun¸c˜oes, dependente do tipo de utilizador (docente, aluno, grupo, etc.) e diferentes tipos de comunica¸c˜ao (avisos, coment´arios, corre¸c˜oes, etc.);

• “Controlo de atividade”: esta fun¸c˜ao permite uma gest˜ao do processo de forma¸c˜ao de cada utilizador, informando sobre o tempo de permanˆencia, acesso a documentos e recursos, entre outros;

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2.2. LEARNING MANAGEMENT SYSTEMS 17

• “Gest˜ao de alunos e gest˜ao do processo de forma¸c˜ao”: onde ´e poss´ıvel, num n´ıvel mais complexo, realizar processos de inscri¸c˜ao na institui¸c˜ao de ensino e pagamentos eletr´onicos, ou num n´ıvel menos complexo, informa¸c˜oes sobre a pr´opria institui¸c˜ao: “an´alise das necessidades de forma¸c˜ao e do percurso de forma¸c˜ao de cada funcion´ario ou formando”.

2.2.1

Compara¸c˜

ao de LMS

No que diz respeito `a escolha de um LMS, as institui¸c˜oes disp˜oem de um vasto e riqu´ıssimo leque de possibilidades. Em Portugal, o Moodle apresenta-se como o LMS mais utilizado por escolas prim´arias e secund´arias (Carvalho et al.,2011), exis-tindo tamb´em uma utiliza¸c˜ao, significativa por parte das Universidades. Por outro lado, o BlackBoard apresenta-se como o sistema predileto para v´arias Universida-des e Institutos Polit´ecnicos (Carvalho et al., 2011). Apesar da prolifera¸c˜ao destas duas plataformas em Portugal, o n´umero de LMS existentes no mercado ´e elevado. Plataformas como a Sakai e a Desire2Learn, apresentam igualmente elevadas taxas de utiliza¸c˜ao e de funcionalidades.

Os LMS em quest˜ao tˆem em comum a alta disponibilidade, usabilidade, escalabi-lidade, interoperabiescalabi-lidade, estabilidade e seguran¸ca, existindo solu¸c˜oes gratuitas e comerciais.

Num LMS gratuito (freeware) e open source n˜ao existem custos de licenciamento, tendo uma maior flexibilidade, pois o seu desenvolvimento ´e efetuado por uma vasta comunidade de utilizadores, existindo a possibilidade de altera¸c˜ao do servi¸co e da colabora¸c˜ao no seu desenvolvimento. Apesar do seu licenciamento ser totalmente gratuito, estes sistemas apresentam algumas desvantagens. A falta de suporte dedi-cado e a necessidade de conhecimentos t´ecnicos para a sua adapta¸c˜ao poder´a levar a custos adicionais, uma vez que as institui¸c˜oes poder˜ao necessitar de t´ecnicos espe-cializados para a sua manuten¸c˜ao e suporte (Alves et al., 2011). Os seguintes LMS apresentam estas caracter´ısticas:

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• Moodle (https://moodle.org): a origem do nome provem do acr´onimo Mo-dular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, sendo que ´e caracte-rizado por ser um pacote de software para a produ¸c˜ao de cursos baseados na Internet e web sites e projetado para suportar a teoria educativa do constru-tivismo social. Tem como base de desenvolvimento o PHP, sendo execut´avel em diferentes sistemas operativos (como Windows, Mac e Linux). A sua im-plementa¸c˜ao e hospedagem pode ser realizada por diferentes parceiros Moodle (existindo neste caso custos adicionais);

• Sakai (http://www.sakaiproject.org): desenvolvido por um cons´orcio entre v´arias Universidades e Institui¸c˜oes, suportado por uma funda¸c˜ao, facilitando o sucesso da comunidade e da plataforma atrav´es de diversos financiamen-tos. O seu principal objetivo reside na melhoria do ensino, aprendizagem e investiga¸c˜ao, criando, inicialmente, o CLE (Collaboration and Learning Envi-ronment) e o desenvolvimento do OAE (Open Academic EnviEnvi-ronment), com o objetivo de evoluir a colabora¸c˜ao acad´emica. Tem como base de desenvolvi-mento a linguagem Java.

As solu¸c˜oes comerciais necessitam da compra de licen¸cas para a sua utiliza¸c˜ao, apre-sentando assim custos para a sua implementa¸c˜ao. Contudo, a obten¸c˜ao destas mes-mas licen¸cas permitem um suporte dedicado e a existˆencia de diversas atualiza¸c˜oes peri´odicas, diminuindo os custos de manuten¸c˜ao. N˜ao sendo open source, n˜ao ´e poss´ıvel a total liberdade para a altera¸c˜ao destes LMS, bem como a colabora¸c˜ao no seu desenvolvimento. Os seguintes LMS apresentam estas mesmas carater´ısticas:

• Blackboard (http://www.blackboard.com): plataforma direcionada para o ensino `a distˆancia, permitindo a cria¸c˜ao de sites personalizados para dife-rentes cursos online com uma elevada eficiˆencia. Este LMS oferece diversas plataformas, desde a plataforma de ensino at´e a plataformas de comunica¸c˜oes, colabora¸c˜ao e transa¸c˜oes. Este pode ser instalado em servidores locais ou hos-pedados atrav´es do Blackboard ASP Solutions.

• Desire2Learn (http://www.desire2learn.com): este LMS oferece, igualmente, v´arias solu¸c˜oes ou plataformas para o apoio ao ensino `a distˆancia, tendo

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2.2. LEARNING MANAGEMENT SYSTEMS 19

Moodle Sakai Blackboard Desire2Learn Ferramentas de comunica¸c˜ao

F´oruns de discuss˜ao Sim Sim Sim Sim Gest˜ao do f´orum Sim Sim Sim Sim Partilha de ficheiros Sim Sim Sim Sim Email interno Sim Sim Sim Sim Jornal online Sim Sim Sim Sim Chat (tempo real) Sim Sim Sim Sim V´ıdeo conferˆencia Sim N˜ao N˜ao N˜ao Partilha de ficheiros Sim Sim Sim Sim Ferramentas de produ¸c˜ao

Bookmarks (favoritos) Sim N˜ao N˜ao N˜ao Calend´ario Sim Sim Sim Sim Orienta¸c˜ao e ajuda N˜ao Sim N˜ao Sim Pesquisa de cursos Sim Sim Sim Sim Modo offline Sim Sim Sim Sim Ferramentas dedicadas aos alunos

Trabalhos de grupo Sim Sim Sim Sim Comunidades Sim Sim Sim Sim Portef´olios Sim Sim Sim Sim

Tabela 2.1 – Estudo comparativo das principais funcionalidades existentes nos LMS, do ponto de vista do aluno.

solu¸c˜oes baseados na Cloud como SAAS (Software as a Service), podendo armazenar toda a informa¸c˜ao e dados em servidores remotos.

Apesar destes LMS apresentarem servi¸cos e funcionalidades similares, existem igual-mente diferen¸cas, podendo influenciar a escolha das institui¸c˜oes e dos seus utiliza-dores. Baseado nos estudos de Kumar et al. (2011) e Al-Ajlan e Zedan (2008), apresentando as principais funcionalidades e diferen¸cas entre os diferentes LMS evo-cados anteriormente, a tabela 2.1 mostra as principais funcionalidades, do ponto de vista dos alunos, na utiliza¸c˜ao destes LMS, sendo analisadas as ferramentas de comunica¸c˜ao, produtividade e atividades. A an´alise sobre as ferramentas para os administradores, ferramentas de distribui¸c˜ao de cursos e o desenvolvimento de cur-sos ´e apresentada na tabela 2.2. Finalmente a tabela 2.3 apresenta as principais especifica¸c˜oes t´ecnicas dos diferentes LMS. Todas a funcionalidades e ferramentas descritas s˜ao nativas de cada LMS, sendo que existem diversos plugins e m´odulos que podem ser instalados, sendo assim poss´ıvel acrescentar funcionalidades, anulando, algumas diferen¸cas.

(44)

Moodle Sakai Blackboard Desire2Learn Ferramentas de administra¸c˜ao

Autentica¸c˜ao Sim Sim Sim Sim Permiss˜ao Sim Sim Sim Sim Partilha de ficheiros Sim Sim Sim Sim Ferramentas de distribui¸c˜ao de um curso

Diferentes tipos de teste

Sim Sim Sim Sim

Gest˜ao automatizada Sim Sim Sim Sim Suporte automatizado Sim Sim Sim Sim Gest˜ao de cursos Sim Sim Sim Sim Classifica¸c˜ao online Sim Sim Sim Sim Monitoriza¸c˜ao dos

alu-nos

Sim Sim Sim Sim

Ferramentas de desenvolvimento de conte´udo

Acessibilidade Sim Sim Sim Sim Partilha de conte´udos Sim Sim N˜ao Sim Modelos de cursos Sim Sim Sim Sim Personaliza¸c˜ao dos

mo-delos

Sim Sim Sim Sim

Design dos cursos Sim Sim Sim Sim Standards (SCORM) Sim Sim Sim Sim

Tabela 2.2 – Estudo comparativo das principais ferramentas e funcionalidades existentes nos LMS, disponibilizadas aos docentes e administradores.

funcionalidades previstas para estes quatros LMS s˜ao muito similares. Apesar de existir esta similaridade nas suas funcionalidades, o estudo realizado por Carvalho et al. (2011), tabela 2.4, na Universidade do Minho demonstra que os utilizadores do Moodle e Blackboard apresentam diversas formas de utiliza¸c˜ao, dependendo do sistema em quest˜ao, ou seja, apresentam maiores facilidades, e por conseguinte uma maior frequˆencia na utiliza¸c˜ao de algumas funcionalidades, de um LMS em com-para¸c˜ao ao outro. O mesmo estudo afirma que 46.5% dos alunos da Universidade do Minho que participaram no estudo d˜ao preferˆencia ao Blackboard contra os 34,7% do Moodle. Contudo, outro estudo realizado por Machado e Tao (2007) afirma que 71% dos estudantes consideram o Moodle mais f´acil de utilizar, sendo que 75% afir-mam a possibilidade de realizar uma migra¸c˜ao do Blackboard para o Moodle no futuro.

Por se tratar dos dois LMS mais utilizados em Portugal ´e apresentada uma maior relevˆancia nos estudos comparativos do Moodle e do Blackboard. Contudo, ´e ne-cess´ario real¸car que tanto os docentes como os alunos salientam a importˆancia dos

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2.2. LEARNING MANAGEMENT SYSTEMS 21

Moodle Sakai Blackboard Desire2Learn Hardware e Software

Servidores Unix Sim Sim Sim N˜ao

Windows Sim Sim Sim Sim

Requerimentos da base de dados Sim Sim Sim Sim Custos e licencas

Perfil da empresa N˜ao Sim Sim Sim Custos N˜ao N˜ao Sim Sim Open source Sim Sim N˜ao N˜ao Plugins e op¸c˜oes extra Sim Sim Sim Sim

Tabela 2.3 – Estudo comparativo das principais especifica¸c˜oes t´ecnicas existentes nos LMS.

Blackboard Moodle Download de conte´udos (textos, atividades e tutoriais) 1.28 1.53 Visualiza¸c˜ao de avisos 1.48 1.81 Visualiza¸c˜ao de notas 1.80 2.02 Visualiza¸c˜ao dos programas e hor´arios 2.20 2.37 Submiss˜ao de trabalhos 2.43 1.95 Visualiza¸c˜ao do corpo docente e contatos 2.48 2.67 Realiza¸c˜ao de testes 3.13 2.78 Envio de emails 3.17 3.23 Participa¸c˜ao em pesquisas 3.41 3.14 Comunica¸c˜oes em tempo real com docentes 3.50 3.48 Participa¸c˜ao em for´uns 3.60 3.41 Partilha de ficheiros 3.61 3.57 Participa¸c˜ao nas aulas virtuais 3.86 3.82

Tabela 2.4 – Diferen¸cas nas frequˆencias de utiliza¸c˜ao das funcionalidades do Moodle e do Blackboard por estudantes utilizadores destes dois sistemas (os valores m´edios da escala de frequˆencia de 1 (muitas vezes) a 4 (nunca)).

LMS na evolu¸c˜ao do ensino, independentemente dos LMS escolhidos.

2.2.2

Vantagens e desvantagens

Os LMS possuem in´umeras funcionalidades. ´E comum a evolu¸c˜ao da tecnologia (e da Internet) poder gerar algumas d´uvidas nas institui¸c˜oes e nos seus utilizadores. Uma das principais d´uvidas reside na utiliza¸c˜ao e na intera¸c˜ao que um LMS pode ter com uma rede social, isto ´e, a integra¸c˜ao de algumas funcionalidades existentes num LMS, com algumas funcionalidades do Facebook (rede social com maior n´umero de utilizadores). Algumas Universidades incentivam a cria¸c˜ao de grupos, em seu nome,

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numa rede social, sendo que, n˜ao existe um controlo direto por parte das Univer-sidades. O principal argumento para a existˆencia desta possibilidade ´e o facto das Universidades em quest˜ao n˜ao necessitarem de hospedar este mesmo servi¸co, visto que a grande maioria dos seus alunos utilizam os servi¸cos do Facebook, existindo uma maior atualiza¸c˜ao da informa¸c˜ao, uma maior atra¸c˜ao para os alunos e provavel-mente uma maior efic´acia do que uma funcionalidade implementada num LMS para este mesmo fim. A utiliza¸c˜ao dos servi¸cos de uma rede social por uma institui¸c˜ao de ensino tamb´em implica diversas desvantagens, como por exemplo, a existˆencia de publicidade intrusiva e falta de confidencialidade da informa¸c˜ao dos seus utiliza-dores. Esta informa¸c˜ao, publicada pelo utilizador, pode ter diversos fins comerciais, sendo que diversas empresas podem utiliz´a-la para conhecer melhor um potencial funcion´ario, podendo comprometer a sua contrata¸c˜ao (Sclater, 2008).

A integra¸c˜ao dos servi¸cos de um LMS nos servi¸cos de uma rede social, e n˜ao o contr´ario, pode ser bem aceite pelos alunos, pois as rede sociais fazem parte do seu dia a dia. Contudo, alguns alunos poder˜ao n˜ao aceitar a “mistura” da sua vida pessoal com a sua educa¸c˜ao. Neste caso, as institui¸c˜oes tˆem de ter um certo cui-dado, pois o acompanhamento, o registo das atividades e o hist´orico dos alunos dever˜ao continuar a estar presentes para melhorar n˜ao s´o o sistema educativo, como a evolu¸c˜ao dos seus alunos.

Outra d´uvida existente reside na necessidade de uma liga¸c˜ao `a Internet para a uma utiliza¸c˜ao eficiente do LMS. A possibilidade de liga¸c˜ao permanente `a Internet n˜ao est´a dispon´ıvel a todos os alunos e utilizadores de um LMS, sendo que existe mui-tas vezes necessidade de acesso offline dos servi¸cos de aprendizagem e dos seus conte´udos. Esta situa¸c˜ao poder´a tornar-se numa desvantagem para os alunos que n˜ao tˆem acesso `a Internet, pois a liberdade espa¸co-temporal oferecida pelo e-learning e consequentemente pelos LMS n˜ao ser´a ating´ıvel. Alguns LMS permitem o acesso a informa¸c˜ao ou conte´udos importantes em modo offline. Apesar desta possibili-dade existir, a intera¸c˜ao, sendo uma das principais caracter´ısticas e vantagem de um LMS, ser´a limitada (ass´ıncrona).

Apesar das similaridades das funcionalidades existentes nos diferentes LMS, a sua correta utiliza¸c˜ao depende essencialmente dos seus intervenientes, podendo repre-sentar uma desvantagem. Neste caso, por exemplo, um professor poder´a n˜ao estar

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2.3. OBJETO DE APRENDIZAGEM 23

ambientado a pr´aticas de comunica¸c˜ao atrav´es da Internet (chats, blogs), dificul-tando a utiliza¸c˜ao de um LMS. A falta de pr´aticas tecnol´ogicas acarreta d´uvidas significativas sobre a eficiˆencia de um LMS na educa¸c˜ao, ou seja, no exemplo apre-sentado anteriormente n˜ao podemos afirmar que o professor “vai conseguir passar a usar essas ferramentas na plataforma adoptada, isto ´e, vai conseguir mudar rapi-damente as suas pr´aticas, vai conseguir interiorizar as vantagens e as limita¸c˜oes de cada uma” (Carvalho, 2007).

A utiliza¸c˜ao de um LMS est´a dependente da utiliza¸c˜ao e aquisi¸c˜ao de infra-estruturas tecnol´ogicas, n˜ao s´o por parte dos intervenientes, como tamb´em, por parte das pr´oprias institui¸c˜oes. A utiliza¸c˜ao destas plataformas e das suas diversas funciona-lidades podem ser limitadas, pois um administrador se “n˜ao tiver sensibilidade para abordagens colaborativas, por exemplo, poder´a n˜ao colocar acess´ıveis as ferramen-tas necess´arias. Ou ent˜ao, considera que determinada ferramenta n˜ao tem interesse para as suas aulas, esquecendo-se de que pode ser pertinente para outros professo-res” (Carvalho, 2007).

Apesar das limita¸c˜oes e desvantagens apresentadas anteriormente, as vantagens s˜ao genericamente as mesmas que as listadas anteriormente quando apresentamos as principais funcionalidades e caracter´ısticas do e-learning, visto tratar-se de plata-formas de apoio para este tipo de ensino. A seguran¸ca e fiabilidade podem ser encaradas como vantagens adicionais deste tipo de plataformas, seja no registo dos utilizadores, no armazenamento de todo o hist´orico e nos diversos conte´udos.

2.3

Objeto de aprendizagem

O termo “objeto de aprendizagem” (OA) ou “learning object” n˜ao possui uma de-fini¸c˜ao consensual pelos diferentes autores e organiza¸c˜oes. Apesar desta falta de consenso, existem duas defini¸c˜oes que podem ser usadas. A primeira, da autoria do Learning Technology Standards Comittee (LTSC) do Institute of Electrical and Elec-tronics Engineers (IEEE), que o define como uma qualquer entidade, digital ou n˜ao, que pode ser utilizada na aprendizagem, educa¸c˜ao ou forma¸c˜ao. A segunda, utili-zada por v´arias autores, como no caso de David (2000), define OA como qualquer

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recurso digital que pode ser reutilizado para apoiar a aprendizagem. Apesar da sua defini¸c˜ao n˜ao ser consensual, as principais caracter´ısticas dos OA s˜ao similares:

• Acessibilidade: permitindo um f´acil acesso via Internet para qualquer utiliza-dor;

• Reutiliza¸c˜ao: ou seja, um OA pode ser reutiliz´avel (diversas vezes) em diver-sos ambientes de aprendizagem, em m´ultiplos contextos e m´ultiplas li¸c˜oes ou cursos;

• Granularidade de um objeto: pode variar de uma imagem, um v´ıdeo, um texto, uma li¸c˜ao ou um curso, sendo que, quanto maior for a dimens˜ao do OA, menor ser´a a possibilidade de reutiliza¸c˜ao, mas quanto maior for a sua granularidade maior ser´a a possibilidade de reutiliza¸c˜ao; contudo, a sua gest˜ao ser´a mais dif´ıcil e mais elevados ser˜ao os seus custos de produ¸c˜ao e manuten¸c˜ao (Gon¸calo e Amorim,2008);

• Interoperabilidade: permite a utiliza¸c˜ao dos OA em diversas plataformas, re-posit´orios, LMS, entre outros;

• Durabilidade: um OA continua reutiliz´avel ap´os diversas atualiza¸c˜oes sejam elas de software ou de hardware;

• Metadados: estes s˜ao um elemento fundamental, pois contˆem informa¸c˜oes para auxiliar a identifica¸c˜ao, descri¸c˜ao, gest˜ao e localiza¸c˜ao dos recursos digitais. Os metadados permitem a visualiza¸c˜ao das rela¸c˜oes entre os OA, para uma poss´ıvel combina¸c˜ao. A conce¸c˜ao, o armazenamento, a reutiliza¸c˜ao e a gest˜ao de OA podem ser efetuadas atrav´es de sistemas de gest˜ao de aprendizagem, ou Learning Content Management System (LCMS).

2.4

Normaliza¸c˜

ao de metadados para e-learning

A cria¸c˜ao de normas e especifica¸c˜oes ´e necess´aria em virtualmente todos os dom´ınios. No caso dos OA, se a sua cria¸c˜ao tiver em conta as diversas normas existentes, o

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2.5. NORMALIZAC¸ ˜AO DOS CONTE ´UDOS DE E-LEARNING 25

investimento nesta cria¸c˜ao poder´a ser significativamente reduzido. No e-learning s˜ao relevantes duas estruturas de metadados: a Dublin Core Metadata Element Set (DCMES) e o Learning Object Metadata Standard (LOM).

O DCMES ´e constitu´ıdo por 15 elementos gen´ericos de metadados recomendados pela Dublin Core Metadata Initiative e identificado pelas normas ISO (Internaci-onal Standard Organization). Todos os elementos s˜ao opcionais, apresentando um vocabul´ario controlado, onde o utilizador pode selecionar o conte´udo de alguns ele-mentos. A defini¸c˜ao de cada um dos elementos permite abranger um vasto n´umero de situa¸c˜oes. Por exemplo, Gon¸calo e Amorim (2008) referem que “sendo uma das suas grandes vantagens, ´e tamb´em a sua maior limita¸c˜ao pois n˜ao permite caracte-rizar determinados aspetos exclusivos dos objetos de aprendizagem”.

Por sua vez, o LOM ´e uma norma criada pelo Learning Technologies Standard Co-mitee do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), que compreende sessenta e oito elementos, sendo eles todos opcionais com um vocabul´ario contro-lado. A aprova¸c˜ao do LOM como norma permitiu uma melhor caracteriza¸c˜ao dos objetos de aprendizagem relativamente ao DCMES, tornando contudo a tarefa de preenchimento de metadados mais complexa.

2.5

Normaliza¸c˜

ao dos conte´

udos de e-learning

Devido ao elevado n´umero de plataformas para e-learning e `a necessidade de trans-ferir objetos de aprendizagem entre estas diversas plataformas tˆem sido desenvolvi-das v´arias especifica¸c˜oes com o objetivo de normalizar os conte´udos de e-learning, destacando-se aqui trˆes projetos: o AICC, IMS e SCORM.

2.5.1

AICC

O Aviation Industry CBT Comitee (AICC) foi, na sua essˆencia, criado para norma-lizar conte´udos pedag´ogicos para fabricantes e compradores de material aeron´autico (Santos e Barbeira, 2002), sendo a sua primeira fun¸c˜ao a cria¸c˜ao de normas rela-tivamente ao hardware para a distribui¸c˜ao de conte´udos pedag´ogicos baseados em

Imagem

Tabela 2.1 – Estudo comparativo das principais funcionalidades existentes nos LMS, do ponto de vista do aluno.
Tabela 2.2 – Estudo comparativo das principais ferramentas e funcionalidades existentes nos LMS, disponibilizadas aos docentes e administradores.
Tabela 2.3 – Estudo comparativo das principais especifica¸c˜ oes t´ecnicas existentes nos LMS.
Figura 2.3 – Realidade aumentada recorrendo ` a t´ecnica optical see-through (adaptado de Vallino (1998))
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Referências

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