Nzchzm- TCC UFSC ENE 0454 a Brag .--4 .-‹ -‹ Borba, Can ¢_| Au or
CENTRO DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
CUR&)DEGRADUAÇÃOENHEWERMAGEM
INCONTINÉNCIA
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1mvE 0454 Ex. 24 89 Q' A 748 97249 UFSC BSCCSM CCSM × LL]v-Õ
. - 3' ;._,'AMÍLA
BRAGAMONTE
PEREIRA
BORBA
MARGARETE
MARIA
DE
LINIA
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA cArAR1NA
CENTRO DE
CIÊNCIAS
DA
SAÚDE
CURSO DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM
INCONTINÊNCIA
UR1NÁR1A.-
PROMO
VENDO
O
AUTOCUIDADO
ATRA
I/És
DA
EDUCAÇÃO
EM
sA
ÚDE
COM
PACIENTES
CIR
ÚRGICOS
ARelatório
da
prática assistencial, apresentado a disciplinaEnfermagem
Assistencial Aplicada,do Curso
deGraduação
em
Enfermagem
Acadêmicas: Camila Bragamonte
PereiraBorba
Margarete
Maria
deLima
Orientadora: Margareth Linhares MartinsSupervisoras: Paula Stela Leite
-
Clínica CirúrgicaII-HU
Clarice
Magalhães
Sirzanink- Matemidade
Dr. Carlos CôrreaCélia Jungbluter
Becker
-
Unidade
de Intemação GincelógicaHU
igLígia Dutra Vieira
-
Unidade
de Internação GincelógicaHU
Terceiromembro
da
banca: DeniseMaria
Guerreiro Vieira da Silvanão
é
como
ele secomporta
em
momentos
de
conforto e conveniência,mas como
ele semantém
em
tempos de
controvérsia e desafio".A
GRADE
CIMEN
T
OS
A
Deus
que
nos guiouem
cada passo de
nossa caminhada,nos
ajudando,dando
força ecoragem
em
todos osmomentos
de
nossas vidas.Aos
Paisque nas
horasmais
difíceis nosamaram, nos compreenderam,
deram
carinho eajudaram
no
que foi possível, renunciandode
alguns sonhosna
esperança de nossa vitória.Aos
Nossos Amores, Alexandre
eFernando
pelo amor, companheirismo, paciência ecompreensão.
Amamos
Vocês!Ao
filho
Lucas
que
mesmo
tãopequeno
teveque compreender
osmomentos
de ausência,o
brilho
de
seus olhos, seu sorriso e seu carinho muitas vezesme
deram
forçapara
seguirem
frente. Te
amo!
Aos
Colegasde
Turma
pelosmomentos
que
vivemos,não
importaa
onde
vamos, aproveitamosum
pouco
de
cada
um
de
vocêsem
todaa
parte.A
KellyRegina
eSimone
que
estiverama
nossa lado, compartilhando alegrias e tristezas,nos ajudando
a
enfrentar os obstáculos, acreditandoem
nos
eem
nossos ideais.A
Nossa
OrientadoraMargareth Linhares Martins
pelo incentivo, apoio, disponibilidade eamizade. Beijos
das
']ilhotas".A
Enfermeira,Paula
Stela Leite, pelo estímulo, dedicação e contribuiçãono
desenvolvimento deste trabalho. Obrigada!As
Supervisoraspela
oportunidade oferecida contribuindona
realização deste trabalho.A
ProfessoraDenise
Guerreiro pela colaboração nesta etapa eno
decorrerdo
curso.A
Equipe
de
Enfermagem
pela
participação nesta conquista.Aos
Pacientesque
interagimos durantea
prática assistencial,agradecemos
pelaRESUMO
Trata
do
relatórioda
prática assistencial apresentado a disciplinade
Enfermagem
AssistencialAplicada,
da
8” fase curriculardo
Curso deGraduação
em
Enfermagem
da UniversidadeFederal
de
Santa Catarina.A
prática foi realizada durante o primeiro semestre de 2002, nasunidades de intemação cirúrgica II e internação ginecológica
do
Hospital Universitário e na Maternidade Dr. Carlos Corrêaem
Florianópolis-
Santa Catarina. Objetiva prestar assistênciade enfermagem no
período pré e pós operatório a pacientes submetidos a cirurgia paracorreção de incontinência urinária e a seus familiares,
com
enfoque napromoção do
autocuidado através
da
educaçãoem
saúde. Utilizacomo
Marco
Conceitual a teoria deenfermagem de Dorothea
E.Orem
e alguns preceitos de Paulo Freire.Aborda
os conceitos deser
humano, meio
ambiente, saúde,enfermagem
e educação.O
modelo
de processo deenfermagem,
aplicado a cinco pacientes, écomposto
por três passos: diagnóstico e prescriçãode
enfermagem,
projeção e planejamentodo
sistema deenfermagem,
produção egerenciamento
do
sistema de enfermagem. Apresentauma
ampla
revisão de literatura.Mostra
a vivência
com
indivíduos incontinentes e adimensão que
a incontinência urináriapode
tersobre suas vidas. Relata as atividades administrativas e assistenciais desenvolvidas pelas acadêmicas. Conclui
que
para prestaruma
assistência interdisciplinar e de qualidade é necessárioque
os profissionaisde
saúde adquiram eaprimorem
conhecimentos acerca daincontinência urinária, relacionem a teoria
com
a prática etroquem
conhecimentos entre pacientes, familiares e equipe de saúde.1
1NTRoDUÇÃo
... ..s 2OBJETIVOS
... ..11 2.1 Objetivo Geral ... ..11 2.2 Objetivos específicos ... ..11 3REVISÃO
DA
LITERATURA
... .. 12 3.1 Incontinência Urinária ... .. 12 3.2Anatomia
... ..14 3.3Neuroanatomia
... ..15 3.4 Neurofisiologia damicção
... .. 173.5 Classificação
da
Incontinência Urinária ... .. 193.6 Tratamento não Cirúrgico e Cirúrgico ... ..21
3.7
Enfermagem
perioperatória ... ..293.7.1 Assistência Pré Operatória ... ..29
3.7.2 Assistência
Pós
-
Operatória ... ..324
MARCO
CONCEITUAL
... ..404.1
Conhecendo
a autora e a Teoriado
Autocuidado ... ..404.2 Teoria Geral
de
Enfermagem
deDorothea
E.Orem
... ..414.3
Conhecendo
Paulo Freire ... ..434.4 Pressupostos ... ..43
4.5 Conceitos ... ..45
METODOLOGIA
... ..495.1 Contextualização
do
Local de Estágio ... ..495.3 Processo de
Enfermagem
... _.5.4 Objetivos e Estratégias ... ..
6
APRESENTANDO
E REFLETINDO OS
OBJETIVOS
PROPOSTOS
7
coNsn)ERAÇÕ1:s
FINAIS
... ..8
REFERÊNCIAS E
BIBLIOGRAFIAS
CON
SULTADAS
... ..1
1NTRo1›
UÇÃo
Este trabalho foi elaborado durante a disciplina de
Enfermagem
Assistencial Aplicada,da VIII
Unidade
Curriculardo
Curso deGraduação
em
Enfermagem
da
Universidade Federalde Santa Catarina. Refere-se ao relatório da prática assistencial
com
indivíduos nos períodospré e pós operatório submetidos a cinirgia para correção de incontinência urinária (I.U.), e a
seus familiares.
Desenvolvemos
nossa prática assistencial naMatemidade
Dr. Carlos Corrêa,na
Clínica Cirúrgica II e
na Unidade
de Internação Ginecológicado
Hospital Universitário(HU)
no
períodode
12de
junho àO9
de agosto de 2002.A
escolha desses locais para a realizaçãodo
estágio foi devido a encontrarmosindivíduos
que
vivenciamo
ato cirúrgico para correção de I.U.,o que
inevitavelmente nospermitiu prestar assistência de
enfermagem
nos periodos pré e pós operatório, enfocandoo
autocuidado através
da
educação.A
idéia inicial surgiu duranteo
estágioremunerado
deuma
das acadêmicasna
unidadede urodinâmica
numa
clínica de Florianópolis.O
contato diário e relatos de' pacientescom
distúrbios urinários a fez perceber a vergonha e a dificuldade
de
alguns de lidaremcom
0
problema, isolando-se socialmente e freqüentemente tendo sua auto-estima e
auto-imagem
prejudicada.A
preocupaçãoda
maioria deles era sobre a necessidade de realizarou não
cirurgia.
Alguns
reagiam deforma
confiante, percebendoo
ato cirúrgicocomo
solução parao
problema
e outras sentiam-se desconfortáveiscom
esta possibilidade.A
estimativada
prevalência destes sintomas angustiantes écomprometida
pelarelutância das pessoas
em
admitir a incontinência urinária, aceitando-acomo
parte integrantedo
seu dia a diasem
procurar auxílio de profissionaisde
saúde.Além
disso, os critérios utilizados para a avaliaçãoda
incontinência urinária,em
termos demétodo
diagnóstico egravidade da perda de urina
também tomam
a estimativa variável.Em
geral, as mulheres9
da
idade, nos pacientes mais idosos a incontinência éem tomo
de40%
(ADIS
INTERNATIONAL,
1998).Diante disso,
buscamos
na literatura subsídios paracompreendermos
os aspectos fisicos, psicológicos e sociaisque envolvem
estes indivíduos. Para nossa surpresaencontramos
uma
enorme
carência de estudos a respeitodo
tema, principalmentena
área deenfermagem
médico-cirúrgica.A
dificuldadeem
encontrar material bibliográfico nosmotivou
a estudar e escrever sobre o assunto, pois
percebemos o
quanto seria importante para aenfermagem
um
trabalho sobre I.U.,onde
posteriormente servirácomo
fonte de pesquisa para acadêmicos e profissionais.Atualmente
vem
crescendo onúmero
de profissionais interessadosno
assunto.No
HU
estáem
fase de estruturação o grupo de incontinência urinária,com
uma
equipe multidisciplinar,onde
a coordenadorado
grupo éuma
enfermeira.A
oportunidade departiciparmos
do
grupo, juntamentecom
o
entusiasmo das supervisoras eda
orientadora,foram
fatoresque
também
contribuíram para a construção deste relatório.Todos
os profissionais deenfermagem
lidamcom
a I.U.em
momentos
de sua carreirae
no
entanto, algunsdesconhecem
suas causas e seu controle. Cuidardo
pacientenão
éapenas deixá-lo limpo e confortável, é preciso ir além, ter a responsabilidade para
com
eles e suas famílias tanto napromoção
da continência quanto para o controleda
incontinência.O
enfermeiro através da educaçãopode
desenvolveruma
abordagem
mais positiva entre os profissionais de saúde, familiares e amigos, motivando-os a apoiaro
autocuidado e a reintegração socialdo
paciente. Paraque
haja maior interação e melhor qualidadena
assistência prestada é necessário ter conhecimento e entendimento
da
perda urinária, dos tiposde
tratamento (cirúrgico, conservador e farmacológico) edo
impacto sobre a vida das pessoas.Desta forma,
o
enfermeiro poderá ajudar os pacientes e suas famílias atomarem
decisõesinformadas sobre as opções de tratamento
que
venham
a corresponder suas expectativas.Considerando que
o
tratamento cirúrgico cria grandes esperanças de cura nospacientes/familiares e que este
não
oferece100%
de resultados efetivos, é de fundamental importância queo
enfermeiro permita queo
paciente expresse seus sentimentos, apoiando-o e orientado-oque
a continência poderánão
ocorrer de forma imediata,mas
a longo prazo,permitindo assim,
que
este fatonão
seja encaradocomo
um
insucesso cirúrgico, exacerbandoainda mais seus sentimentos.
Para desenvolver este trabalho
procuramos
uma
teoriaque
estivesse relacionada ao processo de aprendizagem e desenvolvimentodo
autocuidado,optamos
então, pela teoria deenfermagem de Dorothea
Orem
.e alguns preceitos de .educação de Paulo Freire.Orem
acredita
que
os sereshumanos
são capazes de aprender e desenvolver0
autocuidado, tantoem
seu próprio beneficio
como
para outros,promovendo
a saúde e obem
estar. Para ela, aenfermagem
contribui parao
desenvolvimentodo
autocuidado, pois orienta e/ou auxiliao
paciente a autocuidar-se,
ou
realizao
cuidadoquando
este está impossibilitado de fazê-lo.Para
que o
indivíduo aprenda e execute asmedidas
de autocuidado é necessário a educaçãoque, para Paulo Freire, deve ser
uma
relação horizontal, respeitando os educandosnão
somente
como
indivíduos,mas
também como
expressões deuma
prática social, escutandosuas urgências e opções.
Acreditamos
que
a I.U. constituium
grandedesafio
para a enfermagem,onde
aconscientização dos profissionais de saúde e o conhecimento
em
relação as alternativas detratamento deve ser
o
primeiro passo para vencer este desafio.Apresentaremos a seguir
o
relatório de nossa prática assistencial, acreditandoque
asua
implementação
possa contribuir para a construção de conhecimentos e para a melhoriada
11
2
OBJETIVOS”
2.1
Objetivo
Geral
Prestar assistência de
enfermagem no
período pré e pós operatório à pacientessubmetidos a cirurgia para correção de Incontinência Urinária, internados
na
Matemidade
Dr. Carlos Corrêa, na clínica cirúrgica II e unidade de internação ginecológicado
Hospital Universitário (HU), e a seus familiares,fimdamentada
na Teoriado
Autocuidado de DorotheaE.
Orem
eem
preceitos Paulo Freire.2.2
Objetivos
Específicos
1.
Ampliar
a literatura sobre a Incontinência Urinária e suas formas de tratamento, assimcomo
a assistência deenfermagem
ao paciente submetido a cirurgia para correção.2.
Ampliar
nossos conhecimentosem
relação a teoria deenfermagem
deDorothea
Orem
eo enfoque de Paulo Freire.3. Cuidar de pacientes
com
Incontinência Urináriano
pré e pós operatório.4. Assistir duas .técnicas cirúrgicas diferentes para correção de Incontinência Urinária. 5. Participar de atividades
que
integram assistência, ensino e pesquisa à pessoascom
incontinência.
6. Desenvolver atividades voltadas para
o
gerenciamento da assistência na clínica cirúrgicaII
do
HU.
3
REVISÃO
DA
LITERATURA
Com
o
intuitode compreender
e ajudar o individuocom
incontinência urinária~
buscamos
subsídios teóricos para a realizaçao de nossa prática assistencial.A
seguirabordaremos assuntos relacionados ao tema, altemativas de tratamento, anatomia,
neuroanatomia e neurofisiologia
do
trato urinário inferior e a assistência deenfermagem
aopaciente cirúrgico
com
incontinência urinária.3.1
Incontinência
Urinária
Segundo
a Sociedade Intemacional de Continência (SIC) a incontinência urinária é aperda involuntária de urina
que
determina desconforto socialou
higiênico,podendo
serdemonstrável de
modo
objetivo.Os
termos social e higiênicorefletem
a intensidade destequadro
que
varia entre as sociedades e entre pessoas.A
perda de urina através de outras viasque
não a uretral é consideradacomo
incontinência extra uretral,como
as fistulas vésico- vaginal e uretro-vaginal(HALBE,
1994)..Quando
a pressãona
bexiga involuntariamente excede a pressão dentro da uretra~ ~
ocorre a incontinência urinária.
A
perdada
urinapode
ocorrer devido a contraçoesnao
inibidas
do
detrusor; relaxamentodo
esfincter uretralou
a incompetênciado mecanismo
de fechamento uretral(D'ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
]ÚNIOR,l995).
O
problema da incontinência urinária atinge grandes proporções. Calcula-se que essedistúrbio contribui para a intemação de até
50%
a60%
das pacientes quemoram
em
casas de repouso, já que tomou muito diflcil para as famílias continuar cuidando do
paciente
em
casa. Vários relatos indicam que, somente entre a populaçãocom
mais de 60 anos de idade, de20%
a30%
são portadores de incontinência emoram
em
casa. Quase20%
dos jovens no meio da adolescência apresentam episódios deincontinência urinária. Atualmente, a incontinência urinária de esforço constitui
um
problema socialmente embaraçoso para as mulheres.
A
prostatectomia continuasendo
uma
das principais causas de incontinência nos homens(URONEWS,
1998,13
De
acordocom
D”Ancona
&
Rodrigues Netto Júnior (1995) a causa mais freqüente deincontinência urinária pós prostatectomia é a lesão iatrogênica
da
área esfincteriana, sendomais
observada na ressecção transuretralda
próstata (RTU-P).Um
estudo prospectivorandomizado
entre prostatectomia aberta eRTU-P
demonstrouque aproximadamente
50%
apresentaram incontinência
no
período da alta hospitalar,em
ambos
os grupos.A
duraçãomédia
da incontinência foi de quatrosemanas no
grupo de prostatectomia aberta e de dezsemanas no
grupo deRTU-P.
Mas
nem
sempre
a prostatectomia representa a causa de incontinência urinária,homens
com
Hiperplasia ProstáticaBenigna
também
estão propensos a hipercontratilidadedetrusora e sintomas irritativos e obstrutivos
do
trato urinário inferior(GLASHAN;
LELIS,
2001).
A
incontinência urinária éuma
condiçãocomum
observadaem
mulheres de todas as idades, muitosadmitem que
a diminuiçãodo
estrógeno circulante,que começa
antes damenopausa,
e continua diminuindo por vários anos, leva à atrofia urogenitalpodendo
aumentar de
acordocom
vários fatorescomo
peso, histerectomia e paridade(D”ANCONA;
RODRIGEUS
NETTO
JÚNIOR,
1995).Não
faz partedo
processo normaldo
envelhecimento,
mas
as alterações relacionadas à idadefazem
com
que
indivíduos maisidosos
tenham
predisposição a incontinência. Estas alterações incluem lesões anatõmicasou
fisiológicas ao trato urinário e distúrbios sistêmicos
comuns
à população mais idosa(RESNICK;
NOVICK,
1996).Não é possível negar que
com
a idade a capacidade vesical diminui e a prevalênciade contrações involuntárias da bexiga aumenta, além disso, mais urina é produzida a
noite.
A
redução na capacidade da bexiga e 0 aumento de contrações involuntáriasda
mesma
podem propiciar a urgência miccional. Mulheres idosas que não fazemreposição hormonal estrogênica podem apresentar alterações do tônus muscular
uretral e consequentemente, virem a desenvolver a incontinência
(MCDOWELL;
BURGIO;
LOCHER
et al, apudGLASHAN;
LELIS, 2001, p. 19).A
qualidade de vida dos indivíduos é afetada pela incontinência urinária, levando aproblemas sociais, psicológicos, ocupacionais, domésticos, fisicos e sexuais
(ADIS
INTERNATIONAL,
1998).Por
medo
deque
ocorra perda de urinaem
locais indesejados aspessoas incontinentes
deixam
de realizar atividades,ficam
em
casaou saem
para lugares pertode
casa para evitar situações embaraçosas(URONEWS,
1998)._
Um
dos sintomas mais desagradáveis e angustiantesque
um
indivíduopode
sofrer é aperda de urina.
As
pessoas afetadas geralmente sentem-se constrangidas, envergonhadas eamigos. Pessoas incontinentes freqüentemente
optam
por se esconderou
disfarçar seuproblema,
negando
a existência deste para si próprias, para enfermeiros e outros profissionaisde saúde
(JETER;
FALLER;
NORTON,
1990).O
ambienteem
que
o indivíduo está inserido influenciana
habilidade de enfrentar e resolvero
problema,o
apoio dosamigos
e da famíliapodem
dar a assistência necessária eo
encorajamento
quando
uma
pessoa enfrentauma
criseou
estressor crônico talcomo
aincontinência.
A
presença destapode romper
toda a rede social/familiarou
íntima. Fatores deestresse tais
como
teremque
lavar roupasem
caráter extraordinário,temor
quanto ao controleda incontinência
em
público e a condição desagradávelda
fuga urináriapodem
colocar tensãosignificativa nos relacionamentos dentro
da
famíliaou
da sociedade. Famíliaspodem
sentir-se aprisionadas dentro
do
seu lar por causado
temorem
controlar a filga urinária de seuparente
quando
estãoem
ambientespouco
familiares.Muitos tem
medo
de
convidaramigos
para sua casa por causa
do
constrangimento causado pelo odor da urina. Estes problemaspodem
levar a crises agudas, dificuldades conjugais, relacionamentos sexuais alterados,ou
arecusa
em
participardo
cuidado deuma
pessoa incontinente(]ETER;
FALLER;
NORTON,
1990)
As
atitudes das enfermeiras paracom
os pacientes incontinentes deveriam demostrarque
elasnão
vêem
a incontinênciacomo
um
estigma,mas
simcomo
sintoma deuma
condição subjacente.
A
culpa, a vergonha eo embaraço
de muitas pessoas incontinentes (etambém
dos seus parentes)pode
ser diminuída pelos cuidadoresque
tratam os pacientescom
respeito. Isto é vital, porque tantas pessoas incontinentes
podem
perdero
seuamor
próprio esua confiança
que
acabam
ficando pessimistas sobre as possibilidades de melhora.As
enfermeiras deveriam sentir-se confortáveis ao discutirem detalhes íntimos caso os pacientesexpressem seus temores e preocupações.
As
que desenvolvem
umazrelação estreita e deconfiança
com
os pacientes estãonuma
melhor
posição para abordar seus problemas e ajudarnas suas necessidades
(IETER;
FALLER;
NORTON,
1990).Para
que
a enfermeira possa apoiar, compreender e prestaruma
assistência dequalidade aos pacientes
com
incontinência urinária, é necessárioque
conheça osmecanismos
envolvidos neste distúrbio.
15
O
trato urinário éformado
pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. Para relacionarrnos a incontinência urinária abordaremos apenaso
trato urinário inferiorque compreende
a bexiga euretra.
A
bexiga éuma
bolsa ôca responsável peloarmazenamento
de urina.A
parede dabexiga é
composta
por três camadas: serosa, muscular e mucosa.A
camada
serosa envolvesomente
a cúpulada
bexiga.A
muscular,chamada
demúsculo
detrusor consisteem
trêscamadas
demúsculo
liso, longitudinal externo, circularmédia
e longitudinal interna,arranjadas de tal
forma que possam
se contrair por ocasiãoda
micção.A
baseou
paredeposterior
da
bexiga é mais densa etem
distribuição mais circular, tendo fibras que se orientamem
direção a uretra. Acredita-seque
o arranjo muscular aqui seja de talmodo
a produzirum
efeito
de
fiinil por ocasião da micção.Na
baseda
bexigahá
uma
área triangular lisa,chamada
de trígono, delimitado pelos óstios uretéricos e óstio uretral.
As
trêscamadas
musculares seconvergem
produzindoum
espessamentoque
formao denominado
colo vesical.(HAMILTON,
1982)A
uretra éformada
por tecido conectivo entremeado por fibras musculares lisas e estriadasque
acabam
por formaro complexo
esfrncteriano.O
músculo
liso é inervado por fibras parassimpáticas deS2
aS4
eo músculo
estriado pelo nervo pudendo.As
estruturasque
dão
suporte a região parauretral são os músculos elevadores etambém
o
ligamentopubo
uretral.Em
ambos
os sexos, a musculatura lisatem
duascamadas
a partirdo
colo vesical.A
camada
interna écomposta
de fibras longitudinaisque
se contraemno
início da micção,diminuindo o
tamanho da
uretra.A
camada
externa é constituída de fibras muscularescom
arranjos circular e obliquo
que tem
açãono mecanismo
esfincteriano, isto é, participamdo
fechamento
da
uretra edo
colo vesical (esfincter internoou
liso).O
esfincter intemo localiza-se na junção da uretra
com
a bexiga.O
esfincterextemo
é constituídode
fibras muscularesestriadas dispostas circularmentersituadas entre as
camadas da
fásciado
diafragma urogenital e é suprido pelo nervo pudendo. Este esfincter permite a cessação voluntáriada
micção.(HAMILTON,
1982)3.3
Neuroanatomia
A
revisãoque
se apresenta é de acordocom
D`Ancona
&
Rodrigues Netto Júnior (1995).O
estudo da neuroanatomia da bexiga deve incluir os esfincteres retrais interno eextemo,
que
constituem a unidade morfofuncional responsável pelas funções vesicais desimpática e parassimpática,
que atuam
deforma
antagônicano
mecanismo
da micção.Paralelamente possui inervação somática sensitivo-motora, responsável pelo controle central
da micção
agindo sobreo
esfincter uretral externo,que
é constituído de musculatura estriada.As
vias aferentes vesicais dividem-se basicamenteem
dois grupos: aquelas relacionadas a dor ( nociceptivas, responsáveis pela sensibilidade somática ) e as relacionadas à percepção consciente da distensão vesical ( sensibilidade proprioceptiva ).As
fibras nociceptivas são estimuladas porespasmo do
detrusor edo
esñncter intemoe por processos irritativos de natureza fisico-quimica relacionados
com
a presença decálculos vesicais e processos inflamatórios, entre outros.
Seguem
juntamentecom
as fibras motoras simpáticas e parassimpáticas,com
predomínio nestas últimas, através dos nervoshipogástricos
que
penetram namedula
espinhal.Agrupam-se
nos tratos espinotalâmicoslaterais
no
funículo medular lateral, prosseguindo até a ponteonde
é integrada, eem
seguidaaté
o
encéfalo ,onde a sensação dolorosa toma-se consciente.Fibras proprioceptivas são relacionadas a percepção da distensão vesical. Acredita-se
que
estas fibrasseguem
após a origemdo músculo
detrusor atravésdo
plexo hipogástrico atéo
gânglio simpáticolombar
superior deonde
continuam terminando nos seguimentosT9
àLl2
da
medula
espinhal. Nesta,prosseguem no
funículo medular posterior atravésdo
fascículo grácil, sendo integradas a nível encefálico .
Na
sensação de distensão vesicalpode
haver participação
do
peritônio visceral que recobre a superficie dorsal da bexiga.Na
integração central dos estímulos vesicais ,deve-se considerar dois pontos distintos:a integração encefálica e ao nível medular.
O
córtex cerebral relaciona-se ao início voluntárioda micção
e interrupção atravésda
contraçãodo
esñncter externo.As
respostas autonômicas geralmenteacompanham-se
de alteraçõesda
atividade elétrica cortical, sobretudo aquelasrelacionadas a
algum
zcomponente emocional.A
função vesicalpode
alterar-se após lesões aonível
do
trato piramidal,como
nos infartos cerebrais isquêmicos ao nívelda
cápsula intema.Nessa
situação, écomum
o
desenvolvimento de incontinência urináriaacompanhada
dehesitação e gotejamento terminal.
Os
estudos a partirda
estimulação vesical edo
nervopudendo
determinaramque
a área- corticalnormalmente
relacionadaao
controle consciente damicção
é representada pelo giro paracentraldo
lobo frontal.A
presença de processos expansivos, lesão isquêmicaou
traumática desta região relaciona-senormalmente
ahiperreflexia
do
detrusor.O
cerebelo relaciona-se diretamentecom
a coordenaçãomotora
.Na
micção, admite-17
supressivo dos estímulos miccionais ao nível da ponte,
com
possível participaçãona
coordenação entre a contração
do
detrusor e relaxamento da musculatura estriada periuretral.A
relação da porção caudaldo
núcleo dorso-lateralda
pontecom
amicção
,também
denominado
núcleo detrusor, representao
principal centrodo
tronco encefálico responsável pelo controlemotor
da micção, integrando as informações dos níveis superiores , as quaisem
seguida serão transmitidas aos centros medulares simpáticos e parassimpáticos atravésdo
tracto retículo-espinhal.
O
sistema nervosoautônomo
, responsável pela inervaçãomotora
visceral, possui doiscomponentes
:o
sistema nervosoautônomo
simpático e parassimpático.Na
realidade , observa-seque próximo
as vísceras , toma-se dificil a distinção entre as fibras- simpáticas e parassimpáticas. Desta forma, os plexos visceraistem composição
mista, constituídos defibras simpáticas,
na
maioria pós ganglionares, fibras parassimpáticas pré e pós ganglionares ,além
de gânglios parassimpáticos e gânglios pré vertebrais simpáticos.Nas
vias motoras simpáticas os impulsosdeterminam
a contraçãodo
esfincter intemoe vasoconstricção. Admite-se que
podem
exercer função inibidora durante a fasede
enchimento
vesical.A
contraçãodo
esfincter intemo relacionada a ejaculaçãotambém
édeterminada por esta via.
As
fibras parassimpáticas pré ganglionares responsáveis pela inervação vesicaloriginam-se de neurônios nos níveis
S2
aS4 da medula
espinhal.74%
deles localizadosno
seguimento medular
S2
, correspondendo ao principal centro medular da micção.As
fibras destas raízes agrupam-se nos nervos esplâncnicos pélvicoschegando
atéo
plexohipogástrico.
As
fibras pós ganglionares , por sua vez, estabelecem contato principalmentecom
omúsculo
detrusor.Nas
vias motoras somáticaso
esfincter uretral externo é ínervado por -fibras originadasnas raízes anteriores dos segmentos medulares
S2
aS4
, agrupadasno
nervo pudendo.Embora
sob controle voluntário, a atividadenormalmente
é coordenadacom
a damusculatura lisa vesical.
3.4
Neurofisiologia
da micção
O
fenômeno
de enchimento e esvaziamento resulta deum
movimento
de
reversão degradientes de pressão entre a bexiga e a uretra.
Na
fase de enchimento vesical,ou
seja,no
intervalo entre as micções, a variação de pressão
no
interiorda
bexiga é muitopouco
que
se apoiaem
dois valores de tônus diferentes:o
tônusda
região esfincteriana queaumenta
a
medida
em
que
a bexiga vai setomando
repleta eo
da bexigaque
semantém
praticamenteinalterada, adaptando-se de maneira admirável a esse fenômeno.
Na
fase de esvaziamentoou
micção
,o
fenômeno
se inverte e a pressãona
região esfincteriana desaparece enquanto abexiga
tem
o seu tônus e consequentemente seu gradiente de pressão elevado afim
de que
possa ocorrer a expulsão completa da urina e
com
isso completar-seo fenômeno da
micção.(D`
ANCONA; RODRIGUES NETTO
JÚNIOR,
1995)De
acordocom
Girão;Lima;
Baracat (1997), diversosfenômenos
neurológicos estãoenvolvidos na micção, são divididos
em
alguns setoreschamados
de alçasou
circuitos:Circuito
I
: Este circuito conecta a córtexdo
lobo central àfonnação
reticular pontino mesencefálicado
tronco cerebral, possibilitandoo
controle voluntáriodo
detrusor.Circuito II :
Tem
origem na substância reticular e terminano
centro sacral da micção.É
responsável por manter a contraçãodo
detrusor portempo
suficiente parao
completo esvaziamento vesical.Circuito III : Circuito
que
interligao
detrusor ao centro sacral e este ao sistema esfincterianouretral.
Coordena
a sincronia entre a contraçãodo
detrusor eo
relaxamentodo
esfincteruretral e vice-versa.
Circuito
IV
:É
fomrada
pelacomunicação
entreo
córtex eo
centro sacralda micção
.Tem
como
funçãoo
controle voluntáriodo
esfincterextemo da
uretra.3.4.1
Micção
A
função vesicalpode
ser divididaem
duas fases distintas: a fase de enchimento e afase de esvaziamento.
Na
fase de enchimento observa-seque
a bexiga é capaz de recebervolumes
crescentes de urinasem
quehajam
modificações importantesno
seu gradienteinterno
de
pressão. Estefenômeno
deve-se às propriedades visco-elásticasda
parededa
bexiga
que fazem
com
que as variações de pressão sejam mínimas.(D`ANCONA;
RoDRIGUEs NETTQ
JÚNIOR,
1995)Ao
estudar-se a inervaçãodo complexo
vésico-uretral, constata-seque
a baseda
bexiga e a uretra posterior são ricas
em
terminações simpáticas tipo alfa , enquanto o corpo eespecialmente a cúpula
contêm
número
mais significativo de terminações parassimpáticas eum
número
relativamente escasso de terminações simpáticas tipo beta.(D`ANCONA;
19
Podemos
dizer que a fase de enchimento éuma
manifestação eminentementesimpática
onde
o
estímulo às tenninações alfa-adrenérgicas localizadasno complexo
esfincteriano faz
com
que
a pressão a esse nível mantenha-se elevada e assim propicie acontinência.
Por
outro lado, a estimulação das tenninações tipo beta localizadasno
corpo da bexiga contribuiriam para amanutenção
deum
gradiente de pressão.Embora
sejao
corpovesical rico
em
terminações parassimpáticas acredita-se quenão
haja envolvimento nesta fasedeste
segmento do
sistema nervoso autônomo. Atingida a plenitudeda
fase de enchimento, chega-se ao desejo de urinar.(D`ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR,
1995)A
fase de esvaziamentopode
ser consideradacomo
um
acontecimento primordialmente parassimpático. Atingida a fase de plenitude vesical,um
estímulo é enviadoatravés das vias parassimpáticas aferentes ( nervo pélvico ) até os centros cerebrais superiores
onde
é analisado e enviado de volta a bexiga através de fibras parassimpáticas eferentes.Em
conseqüência
aumenta
a pressão intra-vesical aomesmo
tempo
em
que
os sistemas simpático e somático , atravésdo fenômeno
inibitório ,promovem
o
relaxamentodo
assoalho pélvico e região esfincteriana.A
continênciaou
controle de urina existe à partirdo
momento
em
que
a pressão intrauretral excede aquelano
interiorda
bexiga.(D`ANCONA;
RODRIGUES
NETTQ
JÚNIOR,
1995)3.5 Classificação
da
Incontinência
Urinária
De
acordocom
D'Ancona
&
Rodrigues Netto Júnior (1995) a incontinênciaurinária
pode
ser classificada de acordocom
diversos critérioscomo:
idade, sexo, etiologiaou
pelo estudo urodinâmico.
A
classificaçãoque
se apresenta é da.Sociedade Intemacional de Continência (ICS), baseia-se nos sintomas eem
alguns parâmetros urodinâmicos:0 Incontinência Urinária
de
Esforço ( I.U.E. ) : Caracteriza-se por perda de urina duranteo
esforço (tosse, espirro), devido aoaumento
da pressão intraabdominal.
0 Incontinência
por Urgência
: Ocorre forte desejo miccionalacompanhado
deperda urinária.
O
volume
da perda urináriadepende da
habilidade da pacientecontrair
o
esfincter uretral voluntário eo
assoalho pélvico.A
perda varia de0 Incontinência
Reflexa:
O
paciente não apresenta desejo miccional. Ocorreem
pessoas
com
lesão neurológica evidente (paraplegia, tetraplegia e outras).0 Incontinência
por
Transbordamento:
Ocorrequando
a bexiga está cheia,muitas vezes palpável, e
O aumento
passivo da pressão vesical provoca perda deurina.
0 Incontinência
Paradoxal
:É
observadaquando
a paciente apresenta fatorobstrutivo -
Ainda segundo O
autor acima citado, as causas de incontinência urináriapodem
serdivididas
em
fatores relacionados à disfunção uretral ( hipermobilidadeda
uretra,insuficiência intrínseca
do
esfincter ) e/ou vesical ( instabilidade vesical, hiperrreflexiado
detrusor, incontinência por transbordamento, incontinência paradoxal e baixa complacência ).
A
Incontinência Urinária de Esforçopode
ser causada por alteração funcionalda
uretra, tendo
como
causa a hipermobilidadedo
colo vesical e a disfunção uretral intrínseca.A
hipermobilidade
da
uretra é a causa mais freqüente, atingindo90%
dos casos. Durante a tosseou aumento
importanteda
pressão abdominal ocorre a hipermobilidadeda
uretra eda
basevesical.
A
hipermobilidade ocorre devido ao enfraquecimento das estruturas de suporteperiuretrais de sustentação da uretra e bexiga.
A
perda de urina ocorrequando
a uretra sai desua posição normal (retropúbica), devido ao
aumento da
pressão intra abdominal, ocorrendoum
desequilíbrio entre a pressão da bexiga e uretra.(D`ANCONA;
RODRIGUES NETTO
JÚNIOR,
1995)Insuficiência intrínseca
do
esfincter (disfunção uretral intrínseca): uretra consiste deum
tecido vascular esponjoso revestido poruma
camada
muscular e fibras elásticas.Funcionalmente essa estrutura
promove
a coaptaçãoda
mucosa
uretral, executandoo
mecanismo
de “selo d` agua”. Este sistema está sob controlehormonal
e, a diminuição deestrógeno causa atrofia e substituição
do
tecido esponjoso por tecido fibroso. Múltiplascirurgias,
trauma
e doenças neurológicapodem
afetar a perfeita coaptaçãoda
uretra.A
incontinência urinária devido à insuficiência
do
esfincter ocorrequando
essemecanismo não
funciona.
(D`ANcoNA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR,
1995)Nas
disfunções vesicais, a instabilidade vesical apresentacomo
sintomas a urgência ea incontinência.
Pode
estar relacionadacom
corpo estranho intravesical, neoplasia da bexigaeinfecção urinária, e muitas vezes a- causa é desconhecida.
É
uma
causa freqüente de21
em
jovenspode
serum
sinal inicial de doença neurológica,como
a esclerose múltipla.G)`ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR,
1995)Na
Hiperreflexiado
detrusoro
paciente apresenta lesão neurológica evidente egeralmente ausência de sensibilidade vesical.
(D`ANCONA;
RODRIGUES NETTO
JÚNIOR,
1995)Já a incontinência por transbordamento ocorre
em
pacientescom
lesãodo
neurônioaferente,
como
no
casodo
Diabetes Mellitus,onde
os doentes acometidosdesenvolvem
gradualmente grande resíduo urinário.
A
incontinência ocorreno
limite da distensibilidade viscoelástica da bexiga, geralmenteo
resíduo urinário é maiorque
800ml.O
cateterismointermitente limpo é
uma
técnicaque
pode
beneficiar estes pacientes.(D`ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR,
1995) ,A
Incontinência Paradoxalpode
ser fiincionalou
anatômica.A
causa fiincional éconseqüente à dissinergia detrusor-esfincteriana decorrente de lesão neurológica.
A
anatômicaestá relacionada à cirurgia para correção da I.U.E., devido à hipercorreção
da
posiçãodo
colovesical
ou quando
a sutura é posicionada nametade
da uretra.(D`ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR,
1995)A
complacência vesical reflete a propriedade de conterum
determinadovolume
com
baixa pressão.
As
causas maiscomuns
de alteração da complacência são a enervação da complacência durante a histerectomia radical, ressecção abdominal perineal, radioterapia,cistite intersticial, lesões das raízes sacra e infrasacrais.
(D`ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR,
1995)A
pressão intiavesical deve ser baixa para que a urina possa vazar pelos ureteres atéa bexiga; simultaneamente, a pressão íntravesical precisa ser menor que a pressão
uretral durante a fase de enchimento, caso contrário ocorrerá incontinência
(URONEWS,
1998, p. 5).3.
6
Tratamento não
Cirúrgico
-eCirúrgico
Na
literatura encontramos várias altemativas de tratamento para a incontinênciaurinária,
como
o tratamento farmacológico,O
conservador eo
cirúrgico.Segundo D`Ancona;
Rodrigues Netto. Júnior (1995), o objetivo principal
do
tratamento é produzir alíviosintomático de acordo
com
O
nível de expectativado
paciente. Para alguns significa a curacompleta da incontinência, para outros, a redução
do
número
e tipo de absorvente poderá ser suficiente.O
tratamento é dirigido para a condiçãoque
causa a incontinência; sejauma
A
seguir faremosuma
breve revisãodo
tratamento, enfocando deforma
maisdetalhada
o
tratamento cirúrgico, pois nossa prática assistencial ocorrerácom
pacientescirúrgicos.
A
farmacoterapia
é a principalopção
de tratamentoem
pacientecom
bexigahiperativa e encontramos
uma
gama
demedicamentos
disponíveis atualmente. Entretanto,enquanto alguns são eficazes, seu uso é freqüentemente limitado
em
virtude de suas propriedades farmacocinéticasou
em
virtude de seus efeitos colaterais(ADIS
INTERNATIONAL,
1998).O
trato urinário inferior apresentacomo
funções básicaso armazenamento
eo
esvaziamento de urina. Considerando-se que a perda urinária ocorre
sempre que
a pressãointravesical ultrapassa a pressão intrauretral, o_
mecanismo
básico de ação das drogas está relacionado à diminuição da contratilidade vesicalou ao aumento da
resistência uretral.(PALMA,
2000).Segundo
Uronews
(1998), as drogas apresentadas a seguir são úteisno
tratamentoda
urge-incontinência e incontinência reflexa por instabilidade.
O
brometo
de propantelina possui importante efeito antimuscarínico sobreo
trato urinário inferior.Os
efeitos colaterais maiscomuns
são a secura naboca
pela diminuiçãoda
secreção salivar,
aumento
da freqüência cardíaca por bloqueio vagal e turvação visualcom
aumento da
pressão intra-ocular. Outros efeitos colaterais são: constipação e tonturas.O
cloridrato de oxibutinina é a droga de escolha utilizada atualmente para otratamento da instabilidade vesical, possuindo intensa atividade relaxante muscular associada a efeito anticolinérgico.
Os
efeitos colaterais são semelhantes a Propantelina.-
A
tolterodinarepresenta
um
grande avançono
tratamentoda
hiperatividade vesical,por necessitar de doses
menores
e apresentar efeitos colateraismenos
intensosque
as outrasdrogas desta categoria.
O
antidepressivos tricíclicos representados pela Imipramina,tem demonstrado
seruma
excelente coadjuvante à ação das drogas anticolinérgicas. Clinicamente a Imipramina parece
ser efetiva por detenninar a diminuição da contratilidade- vesical associada a
aumento
da23
O
tratamento conservador
vem
ganhando
realce nos últimos anosem
faceda
melhora dos resultados e dos baixos efeitos colaterais. Pode-se subdividi-lo
em
váriasmodalidades: exercícios perineais, técnicas comportamentais
ou
de “biofeedback”, pressários vaginais, eletroestimulação e obturadores uretrais(G1RÃO;
LIMA;
BARACAT,
1997).Os
exercícios perineaisforam
introduzidos por Kegelem
1948, visando fortalecer a musculatura pubococcígea e restaurar a continência(INTERNATIONAL
CONTINENCE
SOCIETY.
COMMITTEE
OF STANDARDIZATION
OF
TERMINOLOGY
apud
GIRÃO;
LIMA;
BARACAT,
1997). Diversas técnicas foram descritas desde os anos 50.Devem
sersempre
recomendados, inclusivecomo
adjuvantes às outras formas de tratamento(GIRAO;
LIMA;
BARACAT,
1997).Podem-se
ensinar exercícios específicos paraque
o
paciente interrompao
jato urináriono meio da
micção, resultandona
compressão sobre os músculosque envolvem
a vagina eo
períneo.O
exercício consistenuma
ação compressão-manutenção-relaxamento repetidonum
período de 15 minutos, várias vezes ao dia
(BEREK;
ADASHI; HILARD,
1990).Nos
casos de graus leves de incontinência urinária, esses exercíciospodem
mostrar-se benéficos,embora
sejam necessárias váriosmeses
para se avaliaruma
melhora
significativa.Para a incontinência acentuada, esses exercícios
não
tem
probabilidade de produzirum
resultado satisfatório(BEREK;
ADASHI;
HILARD,
1990).A
terapia comportamental eo
biofeedbacktem
como
objetivo melhorar os sintomasurinários, através da conscientização
da
paciente(GIRÃO;
LIMA;
BARACAT,
1997).A
técnica comportamental
pode
ser aplicada a todos os tipos de incontinência uretral, utilizando- se amodificação do
comportamento,como
a alteraçãodo
tempo
evolume de micção
pelamudança
no
intervalo entre elas, e alteração na ingestão de líquidos(D`ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR,
1995)O
biofeedback éuma
técnica desenvolvida para auxiliar a paciente a conseguircontrolar
o músculo
esfincteriano e controlaro
detrusor.A
maioria dos equipamentosexistentes possui
um
sensor eletrônicoque
é introduzido na vagina para registrar a atividadedos
músculos
pélvicos e os eletrodos sãofixados
na parede abdominal para monitorizar suaatividade e informar se esta musculatura está relaxada
(PALMA,
2000).As
sessões são realizadas duas vezes por semana.Os
índices de sucesso para este tipode tratamento ainda
não foram
determinados. Claramente, parece ajudar certas pacientes eV
algumas
têm
sido curadas.Não
existemrelatos de complicações para esta modalidade
possibilidade de cirurgia,
que aprendem
a contrair a musculatura pélvica para evitar a perda de urina((D`ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
IÚNIOIL
1995;GIRÃO; LIMA;
BARACAT,
1997).A
eletroestimulação é utilizada tantono
tratamentoda
Incontinência Urináriade
Esforço quanto
no
da instabilidade vesical.Pode
ser feita pelas vias vaginal, transretal, transou
percutânea(GIRÃO;
LIMA;
BARACAT,
1997).O
objetivo desta técnica é determinar acontratura
do
assoalho pélvico poruma
estimulação diretado músculo ou
por excitaçãodo
nervo
pudendo
(HALBE,
1994).Um
eletrodoque
se assemelha aum
absorvente intemo éintroduzido na vagina.
O
eletrodo é ligado auma
fonteque
gera impulsos elétricos, os quaispromovem
a contraçãoda
musculatura perineal(PALMA,
2000).A
dependerda
intensidade,freqüência e duração
do
estímulo pode-se obteraumento
da pressãomáxima
de fechamentouretral
ou
diminuição das contrações involuntáriasdo
detrusor(GIRÃO;
LIMA;
BARACAT,
1997)
Os
dispositivosde
oclusão uretral ( obturadores ) foram desenvolvidos nos últimosanos para
o
tratamento da I.U.E.,em
particular, dos casos refratários às demais modalidadesterapêuticas.
O
obturador deve ser colocado na uretra pela paciente, retirando e substituídopor outro a cada micção.
Os
problemas usuais de sua utilização são a cistite bacteriana eabandono de
tratamento(PALMA
et al,apud
GIRÃO;
LIMA;
BARACAT,
1997).A
utilização de cones vaginais visa o enrijecimento da musculatura do assoalhopélvico.
O
cone é introduzido na vagina e retido acima do assoalho pélvico, atravésda contração da musculatura. Quando há
um
aumento da pressão intra-abdominal, ocorreuma
contratura reflexa do assoalho, retendo o oone (HALBE, 1994,p.543).A
cirurgia representa,sem
dúvida, aforma
terapêutica principalda
Incontinência Urináriade
Esforço.Porém
ao
se observar as inúmeras técnicas propostas para a sua correção,percebe-se
que o
tema não
está todo esclarecido, pois há taxas elevadas de recidiva,o que
desafia
osque
sepropõem
a tratá-la(GIRÃO;
LIMA;
BARACAT,
1997).A
seleção deuma
técnica cirúrgicaem
particular é baseada: 1) nas anormalidadesanatômicas e fisiológicas responsáveis pela incontinência, 2) na necessidade de procedimentos vaginais ou retropúbicos concomitantes, 3) na preferência e habilidade do cirurgião, 4) nas expectativas da paciente e 5) nas alterações
associadas
(D*ANcoNA;
RoDR1GUEs
Niarro JÚNIOR, 1995, p.222).O
tratamento
cirúrgicoda
Incontinência Urinária de Esforçotem
uma
história longae
com
múltiplos aspectos. Existem descritos mais de 125 procedimentos cirúrgicos, atestandoo
fato deque
nenhuma
cirurgiaganhou ampla
aceitação.Do
ponto de vista conceitual,25
operação para colocação de faixas pubovaginais
de
suporte, 4) próteses esfincterianas e 5)injeções periuretrais.
(D`ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR
1995)De
acordocom
Halbe, 1994, O tratamento cirúrgicotem
por objetivos: reposiçãodo
colo vesical
em
sua posição anatômica; sustentaçãoadequada do
colo vesical duranteO
aumento da
pressão intra-abdominal; restabelecimentodo comprimento
funcionalda
uretra; evitar lesõesdo
seguimento muscular vesicoesfmcteriano e evitar obstrução urinária porcompressão
uretral iatrogênica.No
caso de hipermobilidade uretral,O
objetivo da cirurgia é impedir a descida anormaldo
colo vesical e uretra proximal,O que pode
ser obtido por qualquer cirurgia de suspensãovaginal
ou
retropúbicaou
aumentaro
suporte através de faixas pubovaginais (Slings).Resultados a curto prazo
mostram que
todos os procedimentos resultamem
sucesso de80
a95%.
Entretanto, a longo prazosugerem
que a faixa pubovaginal e outras técnica retropúbicastêm
maior
índice de sucessoque
as suspensões transvaginaisdo
colo vesical.(D`ANCONA;
RODRIGUES NETTO
JÚNIOR,
1995)Apesar
das cirurgias de suspensãodo
colo vesicalserem
consideradas eficientes paraalgumas
pacientescom
insuficiência esfincteriana intrínseca, acreditamosque
os índices gerais de curanão
são maioresque
50%,
e portanto,não
recomendamos
estes procedimentosnestes casos.
O
tratamento mais efetivo para a insuficiência esfincteriana intrínseca é a faixapubovaginal.
(D”ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR,
1995, p.224)As
preferências e habilidadesdo
cirurgião são de fiindamental importância na seleçãoda melhor abordagem
cirúrgica.Não
é suficiente apenas selecionar a cirurgia mais apropriada para a paciente,O
cirurgião deve estar treinado e se sentir confortávelcom
a técnica escolhida.Muitas vezes
ocorrem
complicações devastadoras resultantes de cirurgiões inexpenientes tentado técnicas novasque
prometem
maior eficácia ecom
menor
morbidade.A
ênfase atualquanto aos aspectos de redução de custo-beneficio e
morbidade
éum
objetivo admirável,mas
deve ser
ponderado
com
a realidade científica e a necessidade de treinamento cirúrgicoadequado.
A
faixa pubovaginal é a operação mais efetiva e durável para a incontinência decorrenteda
hipermobilidade e insuficiência esfincteriana intrínseca. Existe tendênciado
cinirgião inexperiente aplicar muita tensão
no
momento
defixar
a faixano
local, e portanto,geralmente
não
érecomendado
como
procedimento primário.(D`ANCONA;
RODRIGUES
As
expectativasdo
paciente são importantes na seleção da cirurgia.Assim
como
em
outros tipos de tratamento para a incontinência, a cirurgia é totalmente eletiva. Isso significa
que
nenhum
tratamento é necessário, amenos
que
a paciente sinta-seincomodada
como
ossintomas.
O
tratamento deve ser individualizado, tendocomo
base os sintomasda
paciente,em
seus objetivos eem
suas condições clínicas.Algumas
pacientescom
incontinência muitosevera
ficam
satisfeitas seo
tratamento for capaz de reduzi-la a ponto de ser possível manejá-la
com
absorventes. Outrasficam
incomodadas
com
perda dealgumas
gotas de urina eesperam estar perfeitamente secas
o
tempo
todo.Doenças
de basepodem
oferecerum
riscopré-operatório
que
supera os beneficios da cirurgia. Este fatotem
sidocontomado,
em
parte,com
procedimentosque
podem
ser realizados sob anestesia local,como
injeções periuretraisde gordura autóloga
ou
colágeno e alguns tipos de suspensõescom
agulha.(D`ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR,
1995)Suspensão
do
colo vesical: Este tipo de cirurgia está indicadasomente
em
pacientescom
hipermobilidadeda
uretra. Existem dois tipos básicos: suspensãodo
colo por viatransvaginal
ou
“íiretropexia por agulha”, e uretropexia retropúbica.O
objetivoda
cirurgia é prevenir a descida anormaldo
colo vesical e uretra proximal e não reposicionar o colo vesicalnuma
posição retropúbica alta,como
alguns autorestêm
recomendado.Na
posição supinaou
de litotomia,
com
a paciente anestesiada,o
colo vesical estáem
posição anatômica normal,não sendo necessário aplicar excessiva tensão nas “suturas de suspensão”.
É
necessáriosomente remover
a parte frouxa para que as suturasimpeçam
deslocamento inferiorquando
ocorrer
aumento da
pressão abdominal.A
causa maiscomum
demorbidade
após a cirurgiasão suturas
com
demasiada
tensão. Assim,pode
resultarem
obstrução uretralou no
desenvolvimento
de
sintomasde
instabilidadedo
detrusor. Por outro lado, se as suturas sãomuitos frouxas, poderão
não
ter qualquer beneficio. Se as suturasde
suspensão são colocadasmuito próximas
da
uretra existe tendência à obstrução, perfuraçãoou
erosão e fistula.Quando
muito laterais,
ao
tracioná-las,na
verdade, estar-se-ia tracionandosomente
os ligamentosda
fáscia endopélvica junto
ao
osso,sem
resultarem
nenhum
efeito.Se
as suturasforem
posicionadas
muitoproximalmente
haverá a possibilidade de lesão uretralou
vesical.Quando
em
posição muito distal, as suturasnão
evitarão a descidado
colo vesical e serão inefetivas nacura
da
incontinência(D”ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JÚNIOR,
1995).Uretropexia Retropúbica:
A
primeira operação retropúbicado
colo vesical para Incontinência Urinária de Esforço foi descritaem
1949 pelos Drs. Marshall, Marchetti e27
todas elas
possuem
a característicacomum
de corrigiro
deslocamento da colo vesical e ahipermobilidade uretral por ressuspensão cirúrgica dessas estruturas
com
uma
operaçãorealizada
no
espaço de Retzius.A
diferença entre essas técnicas sedevem
principalmente aosdiferentes pontos de fixação de cada operação
(ROCK;
THOMPSON,
1999).Todas as uretropexias retropúbicas têm o objetivo
comum
de identificar tecidosperiuretrais mais resistentes, próximos do colo vesical, e sutura-los a
uma
forte estrutura de suporte ou tecido ligado ao púbis. Idealmente, as suturas atravessamotecido periuretral mais resistente, envolvendo quase a espessura total da parede
vaginal, excluindo seu epitélio. Este pontoinclui o complexo elevador
com
suafáscia e as condensações desta fáscia, conhecidas como arco tendíneo da fáscia
pélvica ou arco tendíneo da fáscia do elevador, dependendo da cirurgia
específica(D”ANCONA;
RODRIGUES
NETTO
JUNIOR, 1995, p. 227).Estes tipos de operação são
bem
sucedidas na curada
incontinência urinária de esforçocausada por hipermobilidade anatômica
da
saída vesical, sãomenos
eficazesno
tratamentopor disfunção intrínseca
do
esfincter.Algumas
dessas técnicas tracionamo
colo vesical e a uretra mais forteque
as outras.Quanto
maior for o ponto deñxação
maisfirme
foro
reparo,maior é a probabilidade de desenvolver dificuldade miccional pós-operatória e formação de
enterocele posterior
(ROCK;
THOMPSON,
1999).Uretropexia
por
Agulhas: Esta técnica foi descritaem
1959 por Pereyra. Através deuma
pequena
incisão vaginal e suprapúbica,um
agulha longa é passada logo atrás da sínfise púbica, pelo espaço retropúbico e lateral a uretra.Modificações
subsequentes da cirurgia original aconteceram etomaram-se
conhecidascomo
cirurgias de Pereyra modificadas.Apesar
das cirurgias parecerem, á primeira vista, trataram-se de pequenas modificações dacirurgia original, existem diferenças fisiológicas importantes entre elas.
Os procedimentos de suspensão
com
agulha longa mostraram-se populares, e muitoscirurgiões fizerarn posteriormente pequenas modificações nesse procedimento e
vincularam seus nomes a eles como se fosse operações exclusivas; entretanto,
praticamente não há modificação do uso que não tenha sido primeiramente descrita
pelo inventor. As modificações propostas são divididas
em
cinco categorias: o tipode dissecção vaginal; o método pelo qual as suturas são fixadas na face vaginal do campo; a fomra como o espaço de Retzius é atravessado; o método pelo qual as suturas são fixadas na face abdominal no campo cirúrgico; e o uso de endoscopia
(ROCK;
THOMPSON,
1999, p. 884).Esta cirurgia
tem
muitas vantagens sobre a cirurgiado
colo vesical retropúbica aberta.São
relativamente fáceis de realizar,mesmo em
pacientes obesas, ~e amorbidade
é baixa.Também
é fácil incorporar esses procedimentos a outras fomias de cirurgia vaginal,como
histerectomia vaginal