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Radiol Bras vol.34 número1

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Academic year: 2018

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V V V V V

Radiol Bras 2001;34(1):V–VI

E d i t o r i a l

Claudia da Costa Leite Claudia da Costa Leite Claudia da Costa Leite Claudia da Costa Leite Claudia da Costa Leite

A espectroscopia de prótons vem sendo utilizada nas áreas acadêmica e industrial desde a década de 60, no entanto, sua aplicação na avaliação bioquímica do cérebro in vivo é

mais recente.

A espectroscopia por ressonância magnética e a ressonância magnética “convencional” são métodos que se utilizam dos mesmos princípios físicos, diferindo na forma em que os dados são processados e apresentados. Em vez das imagens anatômicas de

ressonância magnética a que estamos acostumados, as imagens de espectroscopia são representadas por um gráfico, que demonstra picos de metabólitos que apresentam diferentes radiofreqüências e intensidades.

A espectroscopia pode ser obtida a partir de diversos átomos como hidrogênio, fósforo, carbono, sódio e flúor. De maneira geral, do ponto de vista clínico, a espectroscopia mais utilizada é a de hidrogênio, devido à abundância deste átomo no organismo. A espectroscopia de prótons permite a distinção entre tecidos normais e anormais.

A espectroscopia de prótons analisa amostras tridimensionais (“voxel”). De acordo com o “voxel”, a espectroscopia pode ser dividida em “voxel” único e “voxel” múltiplo. Existem duas técnicas básicas de realização de espectroscopia de prótons: “stimulated echo acquisition mode” (STEAM) e “point resolved spectroscopy” (PRESS), que variam de acordo com os parâmetros escolhidos para a obtenção do espectro.

Para que uma substância seja detectada pela espectroscopia de prótons, sua concentração deve ser maior que 0,5–1,0 mmol/l. Por esse motivo, a maioria dos neurotransmissores e aminoácidos essenciais não é detectada por esta técnica, sendo então detectadas outras substâncias chamadas de metabólitos, cujo papel no cérebro muitas vezes ainda é desconhecido(1).

Os metabólitos identificados pela espectroscopia são: N-acetil-aspartato, colina, creatina total, mio-inositol, glutamato/glutamina, lactato e lipídios(2). Em geral, os metabólitos não podem ser estudados em valores absolutos e sua avaliação é feita por meio de relações, sendo, em geral, o denominador a creatina ou, menos comumente, a colina. Ainda deve-se saber que a concentração dos metabólitos varia de acordo com a localização no encéfalo e com a idade do paciente(3).

Algumas indicações já estão bem estabelecidas: diferenciação entre lesão focal neoplásica e não-neoplásica, diferenciação entre radionecrose e recidiva tumoral, diagnóstico de doença de Canavan e detecção de encefalopatia hepática subclínica(4–6). Outras aplicações estão sendo pesquisadas exaustivamente.

Espectroscopia de prótons por ressonância

Espectroscopia de prótons por ressonância

Espectroscopia de prótons por ressonância

Espectroscopia de prótons por ressonância

Espectroscopia de prótons por ressonância

magnética

magnética

magnética

magnética

magnética

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VI VI VI VI

VI Radiol Bras 2001;34(1):V–VI

A grande discussão está em quais as verdadeiras indicações e aplicações da

espectroscopia de prótons, pois como qualquer método novo, num primeiro momento, parece ao menos tentar resolver alguns dos dilemas diagnósticos, antes não-resolvidos pelas outras técnicas que já utilizávamos.

REFERÊNCIAS

1. Kwock L. Localized MR spectroscopy. Basic principles. Neuroimaging Clin N Am 1998;8:713–31.

2. Castillo M, Kwock L, Scatliff J, Mukherji SK. Proton MR spectroscopy in neoplastic and non-neoplastic brain disorders. Magn Reson Imaging Clin N Am 1998;6:1–20.

3. Pouwels PJW, Frahm J. Regional metabolite concentrations in human brain as determined by quantitative localized proton MRS. Magn Reson Med 1998;39:53–60.

4. Nelson SJ, Huhn S, Vigneron DB, et al. Volume MRI and MRSI techniques for the quantitation of treatment response in brain tumors: presentation of a detailed case study. J Magn Reson Imaging 1997;7:1146–52. 5. Austin SJ, Connelly A, Gadian DG, Benton JS, Brett EM. Localized 1H NMR spectroscopy in Canavan's disease:

a report of two cases. Magn Reson Med 1991;19:439–45.

6. Danielsen ER, Ross BD. Magnetic resonance spectroscopy. Diagnosis of neurological diseases. Califórnia: Marcel Dekker, 1999.

Radiol Bras 2001;34(1):V–VI

Referências

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