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ERA VARGAS ( ) Prof. Victor Creti Bruzadelli

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(1)

ERA VARGAS (1930-45)

Prof. Victor Creti Bruzadelli

(2)

Revolução de 1930

Insatisfações com o sistema político:

Sistema oligárquico;

Crise financeira;

Eleição de 1929:

Ruptura entre PRP e PRM:

Washington Luís (SP) indica

Júlio Prestes (SP) à presidência.

Cartaz da campanha da Aliança Liberal

(3)

Revolução de 1930

Formação da Aliança Liberal:

Organizada por Antônio Carlos, governador de MG;

Getúlio Vargas (RS) e João Pessoa (PB);

Apoio de grande parte PRM, Partido Democrático de SP, tenentes e classes médias urbanas;

Propostas:

Reforma política e voto secreto;

Incentivo econômico, não só ao café;

Proteção dos trabalhadores (regulamentação do trabalho dos menores e mulheres, extensão da aposentadoria e lei de férias);

Defesa das liberdades individuais.

(4)

Revolução de 1930

Crise de 1929:

Iniciada durante a campanha;

Cafeicultores exigem que o presidente enfrente a crise;

Insatisfação das oligarquias com Washington Luís;

Vitória fraudulenta de Júlio Prestes:

Oposição de tenentes ao governo eleito;

Assassinato de João Pessoa,

desencadeia a Revolução em MG e RS;

Ascensão de Getúlio Vargas ao poder.

“Ao se caracterizar a Revolução de 1930, é preciso considerar que as suas linhas mais significativas são dadas pelo fato de não importar em alteração das relações de produção na instância econômica, nem na substituição imediata de uma classe ou fração de classe na instância política. As relações de produção, com base na grande propriedade agrária não são tocadas; o colapso da hegemonia da burguesia do café não conduz outra classe ou fração de classe com exclusividade”

(FAUSTO, Boris. A revolução de 1930)

(5)

Periodização

A Era Vargas é composta de três períodos:

Governo Provisório (1930- 34);

Governo Constitucional (1934-37);

Estado Novo (1937-45);

Obs.: Vargas terá um outro governo entre 1951-54.

Vargas e as lideranças revolucionárias (1930)

(6)

Getúlio Vargas

Nascido em São Borja (RS);

Família de políticos ligados ao PRR;

Ingressou jovem na política, passando por diversos cargos;

Foi ministro da Fazenda de

Washington Luís e Governador do RS;

Ascendeu ao poder num

momento de instabilidade

econômica.

(7)

Governo Provisório (1930-34)

O tenentismo:

Principal base de apoio de Vargas;

Propostas:

Desenvolvimento da indústria básica;

Nacionalização das minas, comunicação e meios de transporte;

Diversos tenentes indicados como interventores, sobretudo no NE e SP;

Clube 3 de outubro: prolongamento do governo provisório e centralização do poder;

Esvaziamento do poder após a Constituição de 1934.

(8)

“Pacto nacional”:

Tenentes, Igreja Católica, novas lideranças regionais etc.;

Centralização política:

Dissolução do poder Legislativo;

Governo por decretos;

Nomeação de interventores federais.

Governo Provisório (1930-34)

São Paulo, 18 de agosto de 1929.

Carlos,

Achei graça e gozei com o seu entusiasmo pela candidatura Getúlio Vargas João Pessoa. É. Mas veja como estamos… trocados. Esse entusiasmo devia ser meu e sou eu que conservo o ceticismo que deveria ser de você. (…). Eu… eu contemplo numa torcida apenas simpática a candidatura Getúlio Vargas, que antes desejara tanto. Mas pra mim, presentemente, essa candidatura (única aceitável, está claro) fica manchada por essas pazes fragílimas de governistas mineiros, gaúchos, paraibanos (…), com democráticos paulistas (que pararam de atacar o Bernardes) e oposicionistas cariocas e gaúchos. Tudo isso não me entristece.

Continuo reconhecendo a existência de males necessários, porém me afasta do meu país e da candidatura Getúlio Vargas. Repito: única aceitável.

Mário

(9)

Crise econômica:

Crise de 1929;

Desemprego, inflação e falta de moedas;

Medidas:

Departamento Nacional do Café (1933): controle econômico da produção cafeeira;

Compra e destruição de lotes de café.

Governo Provisório (1930-34)

Política de queima de café (1931)

(10)

Governo Provisório (1930-34)

1925 1927 1929

Consumo mundial 21697 23536 23552 Produção mundial 24017 36194 38379

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 45000

A superprodução do café (em milhões de sacas)

Consumo mundial Produção mundial

“No plano econômico, o Estado Novo continuou com o sistema das ‘cotas de sacrifício’, ou seja, a queima de café para controlar os preços e regular a produção. Criou-se o Conselho Técnico de Economia e Finanças, pois o Conselho de Economia Nacional, criado pela Carta de 1937, nunca foi implantado.

Proibia-se aos funcionários o uso das palavras plano, planificação, quinquenal, talvez por soarem demasiado subversivas, soviéticas, bolchevistas. Só mais tarde, em 1942, foi criada a Comissão de Planejamento Econômico, aliás sem qualquer formulação clara para um projeto integrado de desenvolvimento nacional”

(MOTA, Carlos Guilherme; LOPEZ; Adriana.

História do Brasil: uma interpretação)

Fonte: CAMPOS, Flávio de; DOLHNIKOFF, Miriam. Atlas história do Brasil

(11)

Motivações:

Demora em convocar uma Constituinte;

Indicações de interventores não-paulistas para SP;

Criação da Frente Única Paulista: união do PRP e do PD pressionando Vargas;

Movimento MMDC:

Jovens atacam um jornal tenentista;

Assassinato de Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, por forças governistas;

Estopim da Revolta.

Revolta Constitucionalista (1932)

Cartaz da Revolta de 32

(12)

Revolta Constitucionalista (1932)

A revolta:

Enfrentamento das tropas federais pela Força pública paulista e milícias populares;

Sem apoio de outros estados e do proletariado paulista;

Uso da indústria paulista para produção bélica;

Desequilíbrio de forças entre União e SP;

Rápida vitória de Vargas.

“A ‘guerra paulista’

teve um lado voltado para o passado e outro para o futuro. A bandeira da constitucionalização abrigou tanto os que esperavam retroceder às formas oligárquicas de poder como os que pretendiam estabelecer uma democracia liberal no país. O movimento trouxe consequências importantes. Embora vitorioso, o governo percebeu mais claramente a impossibilidade de ignorar a elite paulista. Os derrotados, por sua vez, compreenderam que teriam de estabelecer algum tipo de compromisso com o poder

central”

(FAUSTO, Boris. História do Brasil)

(13)

Revolta Constitucionalista (1932)

Vídeo do Canal Nerdologia sobre a Revolta Constitucionalista de 1932

(14)

Criação do Código Eleitoral (1933):

Estabelecia os critérios eleitorais para a Constituinte:

Voto secreto e obrigatório;

Voto feminino;

Eleições proporcionais para o Legislativo;

Criação dos Deputados classistas;

Criação da Justiça Eleitoral: redução das fraudes, julgamento de recursos,

organização e fiscalização das eleições;

Enfraquecimento do poder oligárquico.

Governo Provisório (1930-34)

Cartaz do Partido

Constitucionalista (1933)

(15)

Governo Provisório (1930-34)

A Constituinte:

Convocada em 1933 pela recém-criada Justiça Eleitoral;

Maior participação

popular que nas demais eleições;

Promulgação da

constituição em 1934;

Constituição brasileira de mais curta duração (1934-37).

Fotografia, de autoria desconhecida, da Constituinte de 1933 com destaque para a deputada Carlota Pereira de Queiroz, única mulher eleita

(16)

Governo Provisório (1930-34)

Constituição de 1934:

Propunha a nacionalização das jazidas;

Diversos direitos às mulheres;

Estabelecimento do ensino primário obrigatório;

Serviço militar obrigatório;

Eleição indireta de Vargas.

(17)

Governo Constitucional (1934-37)

Difusão de novos modelos políticos e econômicos pós- Crise de 1929:

Keynesianismo:

Intervencionismo estatal nas questões econômicas e sociais, garantindo o Estado de bem-estar social (New Deal);

Stalinismo:

Totalitarismo baseado na planificação (nacionalização e estatismo) da economia;

Nazifascismo:

Totalitarismo e autoritarismo político, ultranacionalismo, belicismo, conservadorismo e anticomunismo.

(18)

Governo Constitucional (1934-37)

Fortalecimento do pensamento

autoritário no Brasil entre todos os grupos políticos:

Difusão do conceito de Modernização Autoritária:

Brasil atrasado em relação aos demais Estados;

Estado forte seria capaz de acabar com os conflitos políticos, sociais e de classe;

Estado forte seria a única forma de trazer ordem, desenvolvimento

econômico e bem-estar geral.

“O termo ‘modernização autoritária’ tem sido geralmente empregado para dar conta de projetos de reforma social liderados pelo Estado que têm em comum duas premissas básicas: 1. a percepção, por parte de um grupo social – geralmente membros de uma elite – de uma inferioridade da própria sociedade em relação a outras […];

2. a defesa de uma solução autoritária, entendida como o único meio capaz de proporcionar um atalho para a modernidade, que permita superar a distância em relação às sociedades mais avançadas”

(ALBUQUERQUE, Afonso de. A modernização autoritária no jornalismo brasileiro)

“A constituição é como as virgens. Foi feita para ser violada”

(Frase atribuída à Vargas)

(19)

Governo Constitucional (1934-37)

Ação Integralista Brasileira (AIB):

Líder: Plínio Salgado;

Influência: Nazifascismo;

Lema: “Deus, Pátria e Família”;

Composição:

Classes médias urbanas, alto clero, imigrantes, militares de alta patente e alta burguesia.

Cartaz Integralista (década de 1930)

(20)

Governo Constitucional (1934-37)

Ação Integralista Brasileira (AIB):

Propostas políticas:

Ditadura totalitária;

Anticomunismo e antiliberalismo;

Antissemitismo e antidemocracia;

Crença no progresso econômico e social;

Ultranacionalismo, unipartidarismo e corporativismo.

Cartaz Integralista (década de 1930)

(21)

Governo Constitucional (1934-37)

Ação Integralista Brasileira (AIB):

Saudação: Anauê (Você é meu irmão, em tupi);

Grupo jovem chamados de plinianos e plinianas;

Símbolo: Sigma (somatória);

Camisas verdes: grupo

paramilitar que perseguia comunistas com a anuência do Exército e do Estado.

“A

Nação Brasileira deve ser organizada, una, indivisível, forte, poderosa, rica, próspera e feliz. Para isso precisamos de que todos os brasileiros estejam unidos. Mas o Brasil não pode realizar a união intima e perfeita de seus filhos, enquanto existirem Estados dentro do Estado, partidos políticos fracionando a Nação, classes lutando contra classes, indivíduos isolados, exercendo a ação pessoal nas decisões do governo; enfim todo e qualquer processo de divisão do povo

brasileiro”

(SALGADO, Plínio. Manifesto integralista)

(22)

Governo Constitucional (1934-37)

Ação Integralista Brasileira (AIB):

Batalha da Sé (07/10/34):

Comemoração convocada pelos Camisas Verdes;

Mobilização dos movimentos antifascistas paulistas;

Confronto entre os dois grupos e as forças policiais;

Integralistas apelidados de

“Galinhas verdes”.

Capa do Jornal do Povo de 10/10/1934

(23)

“Os insaciáveis judeus da Sinagoga Paulista contrariados momentaneamente em todas as suas pretensões pela revolução de 1930, aliaram-se a políticos despeitados e ambiciosos e envenenaram o povo paulista contra o governo central e o resto do Brasil, conduzindo-o à guerra civil de 1932. Fizeram crer à mocidade que o Sr. Getúlio Vargas era inimigo de São Paulo, aplicando o processo judaico a que alude Ford: “incitar o ódio contra as pessoas a quem se quer aniquilar”.

Entretanto, nós integralistas, técnicos por dever de ofício, sabemos que os únicos inimigos de São Paulo são os judeus que o sugam”

(BARROSO, Gustavo. A sinagoga paulista)

Governo Constitucional (1934-37)

Plínio Salgado e os integralistas na década de 1930

(24)

Governo Constitucional (1934-37)

Aliança Nacional Libertadora (ANL):

Líder: Luís Carlos Prestes;

Lema: “Pão, Terra e Liberdade”;

Composição:

Diversas correntes políticas e intelectuais anti-fascistas;

Sindicalistas, intelectuais,

estudantes e militares de

esquerda.

(25)

Governo Constitucional (1934-37)

Aliança Nacional Libertadora (ANL):

Propostas políticas:

Governo popular nacionalista;

Anti-imperialismo: nacionalização de empresas e não pagamento da dívida externa;

Antifascismo;

Reforma agrária;

Defesa da liberdade individual;

Contra a Lei de Segurança Nacional.

Cartaz da ALN (década de 1930)

(26)

Governo Constitucional (1934-37)

Intensa polarização política e confronto entre os grupos;

Lei de Segurança Nacional (1935):

Tornava crime as greves, a incitação ao ódio contra as classes, a

propaganda subversiva, partidos contrários à ordem etc.

Manifesto de Prestes:

Conclamação do povo à revolução;

Levantes da ANL em NataI, Recife e Rio de Janeiro;

Vargas decreta a ilegalidade do movimento.

“Referiu-se aos vários pontos do programa do movimento e terminou afirmando que ‘a situação é de guerra e cada um precisa ocupar o seu posto’. As massas deviam “organizar a defesa de suas reuniões” e preparar-se

‘ativamente para o momento do assalto. A idéia do assalto amadurece na consciência das grandes massas. Cabe a seu chefe organizá-las e dirigi-las.’ O documento terminava com as palavras de ordem ‘Abaixo o fascismo! Abaixo o governo odioso de Vargas! Por um governo popular nacional revolucionário! Todo poder à ANL!’”

(CPDOC da FGV)

(27)

Governo Constitucional (1934-37)

Intentona Comunista (1935):

Eclodiu em diversos estados, mas sem coordenação e unidade;

Não obteve a

participação popular;

Massacrada

violentamente pelo Estado.

“No Rio de Janeiro, liderados por Prestes e Agildo [Barata], os rebelados tentaram sublevar algumas unidade militares, inclusive em outros estados, mas sem sucesso, pois o levante em Natal dera a Getúlio tempo para preparar a reação. Em poucos dias, as tropas leais ao governo dominaram a situação. Agildo tomou o Regimento de Infantaria, mas foi cercado e preso por Dutra, comandante do I Exército. Na Escola de Aviação, Eduardo Gomes domina o levante”

(MOTA, Carlos Guilherme; LOPEZ; Adriana.

História do Brasil: uma interpretação)

(28)

Governo Constitucional (1934-37)

Intentona Comunista (1935):

Consequências:

Perseguição aos comunistas e decreto do estado de sítio;

Criação do Tribunal de Segurança Nacional e Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo;

Fim da autonomia do legislativo;

Maior apoio da população à

Vargas e fortalecimento do poder policial na capital federal.

“Os membros da ANL foram duramente perseguidos pelo governo Vargas. O presidente aproveitou a oportunidade para suspender todas as garantias civis que constavam da Constituição de 1934. No linguajar oficial, o movimento foi denominado como ‘intentona comunista’, em vez de usar as temidas palavras ‘reforma’ ou

‘revolução’”

(MOTA, Carlos Guilherme; LOPEZ;

Adriana. História do Brasil: uma interpretação)

(29)

Governo Constitucional (1934-37)

Disputa eleitoral de 1937:

Impossibilidade de reeleição de Vargas;

Candidatos:

Armando Sales de Oliveira:

Oposição;

Plínio Salgado: AIB;

José Américo de Almeida:

trabalhismo.

“Em 1937,

preparavam-se as eleições presidenciais para janeiro de 1938, quando foi denunciado pelo governo a existência de um plano comunista, conhecido como Plano Cohen.

Esta situação criou um clima favorável para a instauração do Estado Novo, que ocorreria em novembro deste ano”

(Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930)

(30)

Governo Constitucional (1934-37)

Plano Cohen:

Publicação de um plano revolucionário comunista;

Plano falso, atribuído ao capitão integralista

Olímpio Mourão Filho;

Aprovação do estado de guerra pelo Congresso;

Fechamento do congresso e início do Estado Novo.

“No plano deverão figurar […]

os homens a serem eliminados e o pessoal encarregado dessa missão. Todavia, tão importantes quanto estes serão os reféns, que, em caso de fracasso parcial, servirão para colocar em choque as autoridades.

Serão reféns: os Ministros de Estado, presidente do Supremo Tribunal, e os presidentes da Câmara e do Senado, bem como, nas demais cidades, duas ou três autoridades ou pessoas gradas. [Os]

raptos deverão ser executados em pleno dia, nas próprias residências, que serão invadidas por homens dispostos e bem- armados e munidos de narcóticos violentos e serão transportadas para pontos secretos e inatingíveis, com absoluta segurança. Em caso de fracasso, proceder ao fuzilamento dos reféns”

(Trecho do Plano Cohen)

(31)

Capa do Jornal do Brasil (01/10/1937)

Governo Constitucional (1934-37)

(32)

Estado Novo (1937-45)

Constituição de 1937:

Escrita por Francisco

Campos e outorgada por Getúlio Vargas;

Características:

Centralização política em torno do executivo;

Dissolução de todas as instâncias do legislativo;

Extinção dos partidos

políticos e da justiça eleitoral.

À vontade do freguês, de Belmonte (1937)

(33)

Estado Novo (1937-45)

Constituição de 1937:

Características:

Suspensão dos direitos civis e instituição da Censura Prévia;

Indicação de

interventores estaduais;

Subordinação do

judiciário ao executivo;

Leis trabalhistas.

Cerimônia de cremação das bandeiras estaduais (1937)

(34)

Estado Novo (1937-45)

Os integralistas no Estado Novo:

Aliado de Vargas na caça aos comunistas;

Plínio Salgado

desejava fazer parte do ministério;

Fechamento de todos

os partidos em 1837,

inclusive a AIB.

(35)

Estado Novo (1937-45)

Intentona Integralista (1938):

Camisas verdes tentam de tomar o Palácio da Guanabara;

Todos os participantes são executados;

Perseguição aos

integralistas.

Capa do O Globo (15/03/1938)

(36)

Estado Novo (1937-45)

O aparelho do Estado:

Personalismo político;

Forças Armadas:

Representantes das ideias da Modernização autoritária;

Incorporadas através do Conselho de Segurança Nacional;

Participação direta em setores fundamentais;

Criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (1938):

Burocratização do Estado;

Controle político dos servidores públicos.

(37)

Estado Novo (1937-45)

A marcha para o Oeste:

Busca de desenvolver regiões de MT, MS, GO e TO;

Incentivo às migrações internas:

Construção de estradas;

Apoio a agropecuárias;

Criação de colônias agrícolas;

Reforma agrária;

Goiânia fundada neste contexto.

Cartaz propagandeando a criação de Goiânia

(38)

Estado Novo (1937-45)

Industrialização:

Baseada nos princípios da modernização autoritária;

Reformas educacionais: educação para a indústria;

Diversificação da produção;

Territorialização do trabalho:

Crescimento das migrações internas e diminuição das migrações externas;

RJ e SP como polos atrativos de nordestinos;

Fenômeno intensificado a partir da II Guerra Mundial;

Forte presença de temas nordestinos na arte brasileira.

Uma educação pela pedra: por lições;

Para aprender da pedra, frequentá-la;

Captar sua voz inenfática, impessoal (pela de dicção ela começa as aulas).

A lição de moral, sua resistência fria Ao que flui e a fluir, a ser maleada;

A de poética, sua carnadura concreta;

A de economia, seu adensar-se compacta:

Lições da pedra (de fora para dentro, Cartilha muda), para quem soletrá-la.

Outra educação pela pedra: no Sertão (de dentro para fora, e pré-didática).

No Sertão a pedra não sabe lecionar, E se lecionasse, não ensinaria nada;

Lá não se aprende a pedra: lá a pedra, Uma pedra de nascença, entranha a alma.

(MELO NETO, João Cabral do. A educação pela pedra)

(39)

Estado Novo (1937-45)

1.427 1.368 1.339 1.379 1.369 1.455 1.561 1.869 1.907 2.091 2.222 3.847 3.647 3.524 3.592 3.430 3.702 3.922

4.650 4.686 5.089 5.333

0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000

1928 1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938

Produção industrial (em mil contos de réis)

São Paulo Resto do país

Fonte: Atlas Istoé Brasil 500 anos

(40)

Estado Novo (1937-45)

Fonte: Atlas Istoé Brasil 500 anos

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

1929 1930 1931 1932 1933 1934 1935 1936 1937 1938

Desemprego operário no mundo (em %)

(41)

Estado Novo (1937-45)

Os retirantes, de Cândido Portinari (1944)

Cena de Gonzaga de pai pra filho, de Breno Silveira (2012)

(42)

Estado Novo (1937-45)

Asa Branca

(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira – 1947)

Quando oiei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu preguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Eu preguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornaia Nem um pé de prantação

Por farta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão

Por farta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão

Inté mesmo a asa branca Bateu asas do sertão

Depois eu disse, adeus Rosinha

Guarda contigo meu coração Depois eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe, muitas léguas Numa triste solidão

Espero a chuva cair de novo Pra mim vortá pro meu sertão Espero a chuva cair de novo Pra mim vortá pro meu sertão Quando o verde dos teus óios Se espaiar na prantação

Eu te asseguro não chore não, viu Que eu vortarei, viu

Meu coração

Eu te asseguro não chore não, viu Que eu vortarei, viu

Meu coração

(43)

Estado Novo (1937-45)

Industrialização:

Substituição de importações:

Organizada diretamente pelo Estado:

Restrição a importação de bens de consumo e estímulo à bens de

produção;

Motivações:

Balança comercial desfavorável;

Iminência da grande guerra;

Fortalecimento da indústria de base.

Acidente de trabalho, de Eugênio Proença Sigaud (1944)

(44)

Estado Novo (1937-45)

Industrialização:

Substituição de importações:

Empresas estatais:

1. Companhia Siderúrgica Nacional (1941);

2. Companhia Vale do Rio Doce (1942);

3. Fábrica Nacional de Motores (1943);

4. Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945);

Obs.: fundadas a partir de empréstimo pego junto aos EUA levando o Brasil à Segunda Guerra.

Construção da CSN (1941)

(45)

Estado Novo (1937-45)

O trabalhismo:

Conceito:

Objetivos:

Controle político dos trabalhadores;

Apoio ao novo governo;

Afastamento de partidos e organizações de

esquerda.

“Corrente política centrada nos direitos, no bem-estar dos trabalhadores e na valorização do trabalho”

(IANNI, Otávio. O colapso do populismo no Brasil)

“No pós-30 havia um processo de controle dos trabalhadores, sem dúvida, mas havia também um processo de negociação, que eu queria ressaltar. Entrevistei para a minha tese o Seu Hílcar Leite, um gráfico comunista e depois trotskista, que me disse: “Eu ia para a porta da fábrica falar mal do Getulio e quase apanhava. Os trabalhadores adoravam o Getulio!” Ora, dizer que se vivia um processo de manipulação dos trabalhadores, que eram todos enganados durante tanto tempo, era algo insatisfatório para mim. Essas pessoas seriam completamente desprovidas de discernimento? Ou, afinal, tinham uma lógica em seu comportamento político que deveríamos encontrar e respeitar? Os trabalhadores, quando “gostam” de Vargas, entendem que há ganhos nessa negociação, e vão explorar essa possibilidade”

(GOMES, Angela de Castro. Liberdade não é de graça)

(46)

Estado Novo (1937-45)

O trabalhismo:

Medidas:

Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (1930);

Criação da Justiça do Trabalho (1939):

árbitro nas relações trabalhistas;

Sindicatos pelegos:

Sindicatos que defendiam os interesses do Estado ou dos patrões;

Leis de enquadramentos dos sindicatos (1931), reforçada em 1939;

Criação do imposto sindical obrigatório.

Discurso de Getúlio Vargas, no

Pacaembu, durante a comemoração do dia do Trabalho em 1943

(47)

O trabalhismo:

Leis trabalhistas (1931-40):

Regulamentação do trabalho das mulheres e menores;

Jornada de 8 horas de trabalho;

Férias remuneradas;

Aposentadoria e pensões;

Salário mínimo;

Consolidação das Leis do Trabalho (1943).

0 50 100 150 200 250 300

1931 1932 1933 1934 1935 1936

Sindacatos de trabalhadores reconhecidos ao ano

Estado Novo (1937-45)

Fonte: Atlas Istoé Brasil 500 anos

(48)

Estado Novo (1937-45)

O trabalhismo:

A outra face do trabalhismo:

Conciliação nacional:

Trabalhadores submetidos aos interesses do Estado e da

burguesia;

Impedimento de articulação político-partidária;

Péssimas condições de trabalho em diversas indústrias.

Comemoração do dia Trabalho no Estádio S. Januário (1940)

(49)

Estado Novo (1937-45)

O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP):

Funções:

Censura prévia;

Promoção de arte e manifestações cívicas favoráveis ao governo;

Promoção do trabalhismo;

Construção da imagem de Vargas:

“Pai dos pobres”;

“Protetor dos trabalhadores”;

Incentivo ao patriotismo. Getúlio Vargas, amigo das crianças (1940)

(50)

Estado Novo (1937-45)

O Departamento de

Imprensa e Propaganda (DIP):

Rádio Nacional:

Primeira forma de integração nacional;

Inaugura a “Era do Rádio”;

Transmissão da Hora do Brasil;

Cantores populares do RJ;

Transmissões de futebol.

“Pode-se dizer com segurança que, já no final dos anos 1930, o rádio era o primeiro e único veículo de massa do país. Concebido por Roquette-Pinto para levar cultura às massas, transforma- se em produto, e ao mesmo tempo, em instrumento de expansão dos novos valores criados pelo processo urbano- industrial; um difusor, bem como um espelho do estilo de vida que esse novo processo originava[...]. Em 1944 existiam no país 106 emissoras. Seis anos depois, em 1950, esse número praticamente triplicou, chegando a 300.

Em 1952, existiam no Brasil 2,5 milhões de aparelhos, o que lhe conferia o posto de segundo colocado entre os países de língua portuguesa e espanhola”

(HUPFER, Maria Luisa Rinaldi. As rainhas do Rádio)

(51)

Estado Novo (1937-45)

Política Cultural:

Voltada para a promoção do nacionalismo;

Criação do Serviço do

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional:

Fundação de diversos museus;

Instituto Nacional do Livro;

Serviço Nacional do Teatro;

Instituto Nacional do Cinema Educativo.

“O decreto de criação do SPHAN definia o patrimônio histórico e artístico nacional como

‘o conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja do interesse público quer por sua vinculação a fatos memoráveis da História do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico’. Eram também classificados como patrimônio ‘monumentos naturais, bem como sítios e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana’”

(CPDOC FGV)

(52)

Estado Novo (1937-45)

Política Cultural:

Cultura popular:

Descriminalização e valorização da capoeira;

Organização dos desfiles carnavalescos

Samba elevado à música nacional;

Condenação da malandragem, promoção do trabalhismo, de Vargas e das riquezas do Brasil.

“A eleição da Rainha do Rádio galvanizava o gosto popular e o culto a personalidades direcionadas para o mundo da comunicação de massa, fazendo mesclar valores privados com imagens públicas. O transe tomava conta das fãs, que não tinham vergonha de expressar, de maneira exagerada e até histérica em muitos casos, o culto aos seus ídolos, fossem mulheres ou homens. Como a maior parte do público que constituía o auditório dos programas era formada por mulheres jovens, negras e pobres, começou a circular na imprensa, no final dos anos 1940, a expressão ‘macacas de auditório’, com um sentido abertamente racista”

(NAPOLITANO, Marcos. A síncope das ideias)

(53)

Estado Novo (1937-45)

Lenço no pescoço

Wilson Batista (1933)

Meu chapéu do lado Tamanco arrastando Lenço no pescoço

Navalha no bolso Eu passo gingando Provoco e desafio Eu tenho orgulho

Em ser tão vadio Sei que eles falam Deste meu proceder Eu vejo quem trabalha Andar no miserê

Eu sou vadio

Porque tive inclinação

Eu me lembro, era criança

Tirava samba-canção

(54)

Estado Novo (1937-45)

Bonde São Januário

Wilson Batista e Ataulfo Alves (1941)

Quem trabalha é que tem razão

Eu digo e não tenho medo de errar

O bonde São Januário Leva mais um operário:

Sou eu que vou trabalhar

Antigamente eu não tinha juízo

Mas resolvi garantir meu futuro

Vejam vocês:

Sou feliz, vivo muito bem

A boemia não dá camisa a ninguém

É, digo bem

(55)

Brasil na Segunda Guerra

Postura pragmática: inicialmente ambígua;

Entrada na guerra (1942):

Empréstimos dos EUA ao governo de Vargas (US$ 20 milhões) para a construção da CSN, Companhia Vale do Rio Doce e FNM;

Bases militares, portos,

aeroportos, meios de comunicação e estradas estadunidenses no

Brasil;

Torpedeamento de navios

brasileiros pelos alemães.

(56)

Brasil na Segunda Guerra

Brasil declara guerra ao Eixo;

Oposição interna ao governo:

Homens do círculo de poder que simpatizavam declaradamente com o nazismo;

Filinto Müller (chefe da guarda de Vargas), Lourival Fontes (chefe do DIP), Francisco Campos (Min.

Da Justiça) e os generais Góis Monteiro e Eurico G. Dutra;

Envio de homens da FEB e da FAB;

Atuação importante na invasão da Itália.

Tropas brasileiras embarcando em aviões para a Campanha da Itália

(57)

Brasil na Segunda Guerra

Política da Boa Vizinhança (1942-45):

Ruptura das relações com o Eixo;

EUA estacionam tropas no NE;

Envio da FEB (1944);

Produção de uma imagem exótica do Brasil no EUA;

Produção de uma imagem ordeira dos EUA no Brasil;

Trecho do filme Alô, amigos, da Walt Disney (1942)

(58)

Brasil na Segunda Guerra

Política da Boa Vizinhança (1942-45):

Carmem Miranda:

Sambista branca, sensual e exótica;

Zé Carioca:

Malandro, falador e

preguiçoso que precisa de orientação.

Carmen Miranda

(59)

Fim do Estado Novo

Manifesto dos Mineiros (1943):

Políticos liberais apontavam as contradições da participação do país na II Guerra Mundial;

Desejo de retorno à

normalidade democrática;

Manifesto da União Nacional do Estudantes (1943):

Exigia publicamente o fim da ditadura.

Fundação da UNE (1938)

(60)

Fim do Estado Novo

Processo de

redemocratização:

Vargas promete eleições ao final da Guerra;

Anistia aos presos políticos;

Indicação de Eurico Gaspar Dutra como candidato do governo.

Getúlio Vargas e Mal. Eurico Gaspar Dutra

(61)

Eleições de 1945

Pluripartidarismo:

Partido Social Democrático (PSD):

situação, liderado por Vargas;

Partido Trabalhista Brasileiro (PTB):

situação, liderado pelos sindicatos;

União Democrática Nacional (UDN):

oposição democrática, liderara por Carlos Lacerda;

Partido Comunista Brasileiro (PCB):

tendência comunista, liderado por Luís

Carlos Prestes.

(62)

Eleições de 1945

Queremismo:

“Queremos Getúlio!”;

Protagonizado pelo PTB e PCB;

Propostas:

Criação de uma Constituinte com Getúlio à frente;

Eleições com participação de Getúlio;

Medo do continuísmo leva à um golpe militar contra

Vargas.

Manifestação Queremista (1945)

(63)

Estado Novo (1937-45)

“Retrospectivamente,

é comum afirmar que Vargas foi ambíguo.

Foi vários ao mesmo tempo: ditador, pai dos pobres e, por que não, da esquerda e da direita. O fato é que naquele momento essas divisões não tinham conotações definidas como as que viríamos a descobrir nos anos 1960. Também não seriam fixas, como talvez só hoje podemos perceber.

Entre outras razões, Getúlio Vargas foi

‘muitos’

porque muitos eram os caminhos possíveis diante da inexistência de uma sociedade civil reivindicativa, de uma burguesia emergente indefinida, e das propostas alternativas de governar; todos unidos, no entanto, pelo diagnóstico do

‘atraso’

brasileiro, e pelo fascínio exercido pelo

‘desenvolvimento’. Nos

anos 30 do século XX, desenvolvimento significa industrialização, máquinas, e produção de mercadorias em massa [...]. Vargas foi realmente grande ao perceber (como nenhum outro político de sua geração) como lidar com [...] as grandes massas

urbanas”

(DAHÁS, Nashla. A força da circunstância)

(64)

Educação

Propostas educativas

liberais e conservadoras- católicas;

Sensível diminuição nos índices de analfabetismo;

Criação do Ministério da Educação e Saúde (1930):

Centralização do sistema educacional brasileiro.

“O Brasil, mais do que qualquer outra nação do mundo, porém, precisa modernizar a sua educação e torná-la mais econômica e política. Educação econômica, quer dizer rural, industrial e profissional, que forme técnicos em eletricidade, mecânica e demais especialidades;

educação política, que prepare bons administradores, capazes de dirigir a nossa complicada máquina governamental com eficiência e rendimentos. Carecemos, enfim, de políticos e economistas verdadeiros, pessoas práticas e industriais habilitados. Estes transformarão a nossa nacionalidade em poderosa potência mundial”

(GRANDE, Humberto. A pedagogia do Estado Novo)

(65)

Educação

Incentivo à criação de Universidades:

Universidade do Rio de Janeiro (1931),

Universidade de São Paulo (1934) e Universidade do Distrito Federal (1935);

Quantidade de alunos no ensino superior cresceu 60% entre 1929-39.

“A preparação da força de trabalho não pode se dar, como nos modos de produção anteriores, apenas no interior do próprio processo de trabalho. Além disso, a forma particular da sociabilidade capitalista, que articula desigualdade social com desigualdade formal, implica, por parte de todos e, portanto, também dos explorados, a adesão esta forma de sociedade, sem que, para isso, tenha que ser utilizada, rotineiramente, a violência direta”

(TONET, Ivo. Atividades educativas emancipadoras)

(66)

Educação

Reforma Capanema:

Estabelecimento e

organização do ensino secundário;

Ensino profissionalizante:

Lei Orgânica do Ensino Industrial (1942);

Criação do Senai e Senac.

Cartaz-propagando Estado Novo

(67)

Frente Negra Brasileira (FNB):

Movimento negro vinha se

estruturando desde o começo do século XX;

Fundada em 1931;

Influenciado pela luta pelos direitos civis nos EUA;

Objetivavam a defesa dos negros e a criação de uma identidade própria;

Baseavam-se nos princípios de

“congregar, educar e orientar com finalidades emancipatórias.

"A Frente Negra foi um movimento social que ajudou muito nas lutas pelas posições do negro aqui em São Paulo. Existiam diversas entidades negras.

Todas essas entidades cuidavam da parte recreativa e social, mas a Frente veio com um programa de luta para conquistar posições para o negro em todos os setores da vida brasileira. Um dos seus departamentos, inclusive, enveredou pela questão política, porque nós chegamos à conclusão de que, para conquistar o que desejávamos, teríamos de lutar no campo político, teríamos de ter um partido que verdadeiramente nos representasse. A consciência que existia na época eu acho que era muito mais forte que a que existe agora. Quando o negro sente uma pressão, quando qualquer agrupamento humano sente uma pressão, procura um meio de defesa”

(LUCRÉCIO, Francisco. Frente Negra Brasileira)

Movimento Negro

(68)

Frente Negra Brasileira (FNB):

Divisão político ideológica:

Arlindo Veiga dos Santos, liderava o Movimento Patrianovista e apoiava o governo Vargas, devido ao

autoritarismo e ao nacionalismo;

José Correia Leite se aproximava do comunismo;

Transformou-se em partido em 1936 e foi fechado em 1937;

Para Abdias do Nascimento, “Como

movimento de massas, foi a mais

importante organização que os negros lograram após a abolição da

escravatura em 1888”.

“Como os partidos políticos não se preocupavam com os problemas vividos pela população negra, em 1936 a FNB transformou-se em partido.

Contudo, com a decretação do Estado Novo, ela foi fechada. A luta do movimento negro continuou durante o Estado Novo. O surgimento da União Negra Brasileira, do Clube Recreativo Palmares e os festejos do cinquentenário da Abolição da escravidão tornaram possível debater a situação dos afro- brasileiros, mesmo durante o período ditatorial”

(FLORES, Elio Chaves. Jacobinismo negro)

Movimento Negro

(69)

Política indigenista

Postura política de valorização e preservação das culturas indígenas;

Expressão do extremo nacionalismo do período;

Propaganda valorizava as

populações indígenas como as

“raízes” brasileiras;

Choques entre indígenas e não índios devido a Marcha para o Oeste;

Início da atuação dos irmãos Villas- Bôas.

Vargas em visita à comunidade Karajá (1940)

(70)

Política indigenista

Constituição de 1934:

Assegurava territórios aos indígenas;

Estado Novo:

Fundação do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (1940):

Integração dos índios ao Brasil;

Responsáveis por proteção às fronteiras;

Necessidade de educação física e ensino agrícola.

“É

claro que os índios, assim como o negro, terão que desaparecer um dia entre nós, onde não formam

‘quistos raciais’

dissolvidos na massa branca cujo afluxo é continuo e esmagador;

mas do que se trata é de impedir o desaparecimento anormal dos índios pela morte, de modo o que a sociedade brasileira, além da obrigação que tem de cuidar deles, possa receber em seu seio a preciosa e integral contribuição do sangue indígena de que carece para a constituição do tipo racial, tão apropriado ao meio, que aqui

surgiu”

(Paulo Vasconcelos, diretor do CNPI)

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