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BANHEIRO COMPOSTÁVEL A SECO. curso prático de capacitação

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(1)

BANHEIRO COMPOSTÁVEL A SECO

(2)

FICHA TÉCNICA

Autoria:

Bruno Azevedo

Flávio Duarte

Colaboração:

Samuel Siqueira

www.

BIO

habitate

.com.br

- Saúde Ambiental e Arquitetura Viva

(3)

Construção com terra crua

(4)

ÍNDICE

Introdução Banheiro Compostável a Seco

Apresentação do curso e do professor

Projeto

Etapas da construção

Fundação

Piso

Alvenaria para apoio dos adobes

Alvenaria de adobe

Telhado

Detalhes Construtivos

Tijolos de adobe .

Tambor de compostagem

Escada para níveis de acesso ao sanitário

Laje pré-fabricada do assento

Fechamento com painel de bambu

Aduela / verga da porta

Porta da câmara do tambor de compostagem

Termo-sifão para eliminar mau cheiro

Dicas para bom uso do tambor de compostagem

Lista de matérias para a construção

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01 INTRODUÇÃO

BANHEIRO SECO COMPOSTÁVEL

A saúde e a manutenção da qualidade de vida nos ecossistemas da terra dependem

do funcionamento sustentável dos organismos que nela habitam. Incluindo as edificações,

que como os seres vivos, possuem suas funções excretoras com geração

de esgotos e dejetos, que podem ser substituídas por produção de húmus e alimento,

através da consciência ecológica e do uso de técnicas como o Banheiro Seco.

Para dar destino ao esgoto negro (aquele que contem fezes) o melhor a se fazer é

ter um Banheiro Compostável a Seco, no qual utilizamos na descarga, matéria orgânica

seca (serragem, folha secas ou terra) ao invés de água.

Além de não utilizar água na descarga e não necessitar de rede de esgoto, esses

sanitários são mais higiênicos e ecológicos que as fossas comuns, pois não despejam

dejetos no meio ambiente poluindo o solo, os mananciais de água subterrânea e

os nossos córregos, rios e mares.

(6)

01 INTRODUÇÃO

BANHEIRO SECO COMPOSTÁVEL

No banheiro seco, os dejetos juntamente com papel higiênico usado e a serragem

que se joga no “vaso” depois do uso, passam por um processo de compostagem,

com temperaturas de ate 60 graus, para eliminar os agentes patológicos do material

e transformar os dejetos em ricos compostos orgânicos, utilizados no minhocário para

gerar húmus agrícola. Em países da Europa e nos EUA já são comercializados sanitários

compostáveis a seco compactos, que podem ser instalados dentro de nossos banheiros

convencionais. Outra maneira de se ter um banheiro seco é através da construção de

pequenas edificações que contenham as câmaras de compostagem.

(7)

02 APRESENTAÇÃO

 do curso e professores

7

O curso será totalmente prático, no qual o aluno aprenderá fazendo.

Seu objetivo é qualificar a mão-de-obra para a construção do banheiro compostável.

Será ministrado pelos arquitetos Bruno Azevedo e Flávio Duarte,

para pedreiros e interessados nas técnicas apresentadas.

Bruno Aluísio dos Santos Azevedo é Arquiteto Urbanista e BIOconstrutor e

diretor executivo da BIOhabitate - Saúde Ambiental e Arquitetura Viva.

Desde 2003 é colaborador da BIOhabitate, atuando em diversos projetos em parceria com

Flávio Duarte. Desde 2011 vem trabalhando ativamente nos projetos como coautor e

sócio-diretor da empresa.

Flávio Pereira Dias Duarte é Arquiteto Urbanista, BIOconstrutor, Geobiólogo e Consultor de

Salubridade Ambiental, Sustentabilidade e Feng Shui.

É fundador e diretor executivo da BIOhabitate em Belo Horizonte - MG, na qual trabalha com

a criação e execução de projetos de BIOarquitetura e BIOconstrução, como consultor

(8)

03 O projeto

O projeto do banheiro seco apresentado nesse curso foi concebido pelo arquiteto

Flávio Pereira Dias Duarte.

Todos os materiais e técnicas escolhidos para a construção do banheiro foram

escolhidos a partir da disponibilidade do material no local onde os banheiros

serão construídos e das técnicas tradicionais de construção da região.

Além disso, foi considerado a condição de que os banheiros serão construídos

(9)

4.1 FUNDAÇÃO

9

A fundação é uma das etapas mais importantes da construção dos banheiros.

É na fundação que se assentarão as paredes da obra e onde todo peso da

construção será descarregado.

Quando é executada de maneira correta, a fundação garante uma boa

durabilidade da construção, evitando que as paredes executadas sobre ela se

movimentem e apareçam trincas indesejadas.

(10)

CAMADAS DA FUNDAÇÃO

Assentar blocos de concreto

e preenche-los com pedras e solo-cimento.

Executar 5cm de concreto magro

no fundo do buraco da fundação sobre o colchão

de areia média compactada e nivelada.

Forrar o fundo do buraco da fundação

com 5cmde areia média compactada e nivelada

NOTAS:

1 - Escolha da orientação cardinal para insolação na câmara para compostagem.

Direcionar parte de trás do banheiro para o norte geográfico.

2 - Massa para encher e assentar os blocos da fundação e alvenaria de apoio

4 x (3 carrinhos areia + 1 saco cimento + 2 carrinhos brita 1)

3 – Coroamento da fundação e massa

A fundação deve terminar com 5cm de altura em relação ao terreno natural.

(11)

11

COROAMENTO DA FUNDAÇÃO

A fundação de blocos fica 5cm acima do nível do terreno natural.

Preencher com:

(12)

EXECUÇÃO PISO

PISO GROSSO (CAMADA DE 5CM)

4 AREIA + 1 CIMENTO + 1/2 CAL + ARGILA PARA COLORIR

CONCRETO MAGRO (CAMADA DE 5CM)

AREIA MÉDIA (CAMADA DE 5CM)

COMPACTADA E NIVELADA NO FUNDO DO BURACO

4.2 PISO

O piso grosso deve ser executado logo após a conclusão da fundação.

NOTAS

(13)

4.3 ALVENARIA DE APOIO

A alvenaria de apoio será executada sobre o coroamento da fundação.

Essa alvenaria tem a função de distanciar a alvenaria de adobe do solo.

Assim as paredes de adobe ficarão protegidas da umidade ascendente do solo

e da água da chuva que bate no chão e poderá respingar na parede.

Para cumprir sua respectiva função, essas paredes deverão ter no mínimo 40cm de altura

em relação ao terreno natural, além de serem revestidas para serem resistentes a água.

(14)

NOTAS:

1 - Massa para encher e assentar os blocos da fundação e alvenaria de apoio

4 x (3 carrinhos areia + 1 saco cimento + 2 carrinhos brita 1)

2 – Revestimento dos blocos de concreto

Camada 1 - nata de cimento - 0,5 saco cimento + 15 L água + pigmento mineral

4.3 ALVENARIA DE APOIO

Abertura de 100cm

para porta do compartimento

para o tambor de compostagem

Paredes de blocos de concreto com duas fiadas e altura final de 40cm acima da fundação

(15)

15

Inserir aduela da porta

durante a execução das paredes

de bloco de concreto

4.3 ALVENARIA DE APOIO

(16)

4.4 ALVENARIA DE ADOBE

O principal material construtivo escolhido para execução do projeto

foi o tijolo de adobe feito com terra crua.

A terra crua é o material mais abundante nos locais onde os banheiros serão executados não

necessitando de queima para ser usada e nem de transporte de material para os locais das

construções, que em sua maioria só se chega a pé.

Além disso a construção com terra crua já faz parte da cultura construtiva da região,

onde a maioria das famílias têm casas feitas com tijolos de adobe.

Os tijolos de adobe são executados com terra e água e não necessitam de queima de lenha e

desmatamentos, pois ele é seco ao sol.

Para fabricar os adobes deve escolher a terra certa, sem nenhuma matéria orgânica,

(raízes, galhos, folhas, cipós e materiais em decomposição) portanto a conhecida terra vegetal,

rica em material orgânica e com leve cheiro de mofo não deve ser usada.

Para se evitar a terra com matéria orgânica, deve-se extrair a terra à pelo menos

60cm de profundidade da superfície, assim descartamos a camada superficial do solo que

contém a maior quantidade de material orgânico.

As melhores terras para se preparar os adobes são as terras com uma porcentagem um

(17)

4.4 ALVENARIA DE ADOBE

17

NOTAS:

1 - Massa de assentamento dos tijolos de adobe

5 x (2 carrinhos areia + 1/2 carrinho terra argilosa + 1/2 balde 20L esterco fresco)

2 – Revestimento dos tijolos de adobe

Para terras muito argilosas

1ª - Opção

Única Camada: 1 x (3 carrinhos areia + 1,5 carrinhos terra argilosa +

1 carrinho terra formigueiro + 1 balde 20L esterco fresco)

2ª - Opção

1ª. Camada: 1 terra argilosa + 1 areia

2ª. Camada: 1 terra argilosa + 1 cal hidratada + 3 areia

3ª. Camada: 1 cal hidratada + 2 areia*

Para terras muito arenosas

Única Camada: 4 terra arenosa (ou areia) + 2 formigueiro + 1 esterco fresco

3 – Tinta de terra para os adobes

(18)

4.4 ALVENARIA DE ADOBE

REBAIXO DE 5cm NAS PAREDES LATERAIS

DE ADOBE PARA RECEBER A LAJE DO ASSENTO

d e t a l h e l a j e d e a s s e n t o

Aduela de madeira da porta

Pregos ou tarugos de madeira

fixados na aduela

(19)

19

4.4 ALVENARIA DE ADOBE

Conferir altura máxima

da alvenaria para assentar a laje

(20)

Paredes de adobe acabas com altura de 210cm

a partir do piso do banheiro

4.4 ALVENARIA DE ADOBE

DETALHE:

ENROLAR E AMARRAR ARAME OU CIPÓ

NAS GARRAFAS PARA MELHORAR ADERÊNCIA

DO VIDRO NA MASSA DE ASSENTAMENTO

(21)

21

4.4 ALVENARIA DE ADOBE

Conferir alturas no desenho.

(22)

4.5 TELHADO

O telhado deve ser executado com varas de bambu tratado de no mínimo 12 cm de diâmetro.

As varas devem ser fixadas nas paredes de adobe com tabiques (pregos de bambu),

além disso, elas devem ser encaixadas e tabicadas umas as outras.

A telha escolhidas para cobertura são da marca Eco-top. Estas são produzidas

com tubos de pasta de dentes reciclados e possuem baixo índice de

transmissão de calor, são leves e bem resistentes.

(23)

23

4.5 TELHADO

Colocação de 2(duas) telhas onduladas

medindo cada uma 220cm X 90cm,

com sobreposição de 20cm na instalação

(24)

5.1 DETALHES CONSTRUTIVOS

detalhe medidas internas

forma de adobe para parede interna assento

a d o b e s

h

(25)

25

5.1 DETALHES CONSTRUTIVOS

calço interno para moldar a fenda

adobe especial que receberá aduela de madeira

(26)

5.1 DETALHES CONSTRUTIVOS

(27)

27

5.2 DETALHES CONSTRUTIVOS

t a m b o r d e c o m p o s t a g e m

diâmetro total

diâmetro abertura

NOTA:

VEJA COMO PREPARAR

(28)

5.3 DETALHES CONSTRUTIVOS

escada para níveis de acesso ao sanitário

com alta declividade terreno

corte esquemático com medidas terreno com declividade média

corte esquemático com medidas sem declividade terreno

corte esquemático com medidas

com baixa declividade terreno

corte esquemático com medidas

NOTA:

(29)

29

5.4 DETALHES CONSTRUTIVOS

l a j e p r é f a b r i c a d a d o a s s e n t o

5cm

BURACO ASSENTO

EXECUTAR LAJE COM LUVA

DE PVC SOLDÁVEL 50mm

PARA ENCAIXE DO TERMOSIFÃO

LAJE DE FERROCIMENTO

COM REVESTIMENTO

(30)

2,5

3

5.5 DETALHES CONSTRUTIVOS

aduela/ verga de madeira e de bambu

profundidade para chumbar no piso

pregos ou tarugos de madeira

fixados na aduela

a partir de 50cm de altura

vista da porta de

208 x 60cm feita

com varas e ripas de bambu

2,5

PAINEL DE VARAS E RIPAS DE BAMBU

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31

5.6 DETALHES CONSTRUTIVOS

porta da câmara de compostagem e TERMOSIFÃO

vista interna TERMOSIFÃO

(32)

5.7 COMPOSTAGEM

dicas para bom uso da câmara

1ª camada (fundo da câmara):

20 cm de uma mistura de folhas secas, serragem e

aparas de galhos ou cavacos de madeira.

Importante que esse material tenha elementos finos e grossos

com variações entre 1cm e 3cm de tamanho.

2ª camada

5 cm de terra vegetal úmida

(sem estar encharcada)

CORTE ESQUEMÁTICO DO TAMBOR DE COMPOSTAGEM

NOTA:

(33)

33

4 - O QUE É COMPOSTAGEM

A compostagem é o processo controlado de decomposição biológica aeróbica (com a presença de oxigênio) de matéria orgânica. Com o controle das condições ideais, o composto rico em nutrientes é gerado em menos tempo do que se acontecesse normalmente na natureza.

Na natureza podemos ver o mesmo processo de compostagem no chão das florestas, onde as folhas, galhos, fezes e urina de animais silvestres, juntamente com a terra formam alimento excelente para as arvores. Porem na natureza esse processo pode durar ate 3 anos, enquanto a compostagem no BIO'S dura de 3 a 6 meses.

Nos sanitários compostáveis o principal objetivo é transformar dejetos humanos potencialmente perigosos em compostos ricos em nutrientes para o solo e plantas.

5 - CONDIÇÕES IDEAIS PARA BOA COMPOSTAGEM NO BIO'S / RESOLVENDO PROBLEMAS DO COMPOSTO

Para que o sanitário compostável funcione bem, não produza cheiros desagradáveis e mate todos agentes patogênicos, é essencial que a câmara de compostagem também funcione bem. Para isso é necessário que esta câmara propicie condições ideais para que as bactérias que fazem a compostagem possam fazer seu trabalho.

Os fatores que influenciam na compostagem são:

- Umidade – Temperatura – Oxigênio - Nitrogênio e Carbono

Uma dica importante para propiciar boas condições para a compostagem é adicionar alguns elementos na câmara de compostagem antes de iniciar o uso do BIO'S, veja abaixo: (IMAGEM DA CAMARA COM AS CAMADAS INICIAIS)

1ª - camada (fundo da câmara) - 20 cm de uma mistura de folhas secas, serragem e aparas de galhos ou cavacos de madeira. Importante que esse material tenha elementos finos e grossos com variações entre 1 cm e 4 cm de tamanho.

2ª – camada – 5 cm de terra vegetal úmida (sem estar encharcada).

5.6 DICAS

condições ideais para boa compostagem

Os fatores para uma boa compostagem estão listados e aplicados abaixo:

A - Umidade

A quantidade de umidade no composto é um aspecto essencial para permitir que o processo de compostagem ocorra com eficiência, matando assim os agentes patogênicos contidos nas fezes e não gerando mau cheiro

O ideal é que o composto seja úmido como uma esponja depois de espremida, não podendo ter excesso de umidade nem pouca umidade. O ideal para as bactérias envolvidas na compostagem é em torno de 45% a 55% de umidade.

Quando temos excesso de urina ou água o composto tende a se compactar e a água ocupa os espaços vazios que o ar ocuparia para oxigenar o composto. Sem oxigênio a decomposição passa a ser feita por indesejáveis bactérias anaeróbicas, que só sobrevivem na ausência de oxigênio e geram mau cheiro. Portando é desejável que o composto esteja sempre bem aerado e

oxigenado alem de estar com umidade ideal.

Quando temos pouca umidade a compostagem não ocorre e o composto passa a ser somente uma pilha de dejetos e matéria orgânica que não se decompõe e conseqüentemente não diminui de volume como normalmente acontece na compostagem. Para saber se seu composto está com falta de água perceba se a câmara de compostagem esta enchendo muito rápido ou está fria.

Teste da vara - umidade

(34)

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Controlando a quantidade de Umidade

- Se ao puxar a vara, ela estiver molhada e pingando é porque estamos com

excesso de umidade no composto. Para isso devemos fazer buracos com a vara e adicionar em diferentes pontos do composto, matéria orgânica seca e

grosseira (tamanho médio de 2 cm a 4 cm), como serragem e pequenas aparas de jardim e gravetos, palha e feno.

- Se ao puxar a vara, ela estiver seca em algumas partes secas devemos adicionar umidade ao composto. Para isso devemos fazer buracos com a vara e adicionar em diferentes pontos do composto, matéria orgânica molhada, como serragem molhada em água de chuva, restos de legumes e verduras da cozinha e horta, terra vegetal úmida, água de chuva ou urina diluída na água.

B - Oxigênio

No processo de decomposição que acontece na câmara de compostagem do BIO'S é necessário que tenhamos uma adequada aeração do

composto

com a presença de oxigênio, para as bactérias aeróbicas trabalhem e transformem os dejetos em húmus. Se não temos a presença de oxigênio a

decomposição que passa a acontecer é anaeróbica.

A decomposição anaeróbica é a principal responsável por gerar gases inflamáveis que tem forte mau cheiro, portanto não desejamos que ela ocorra

no BIO'S. Além disso, essa decomposição é fria e demorada, diferente da compostagem que acontece em até 3 meses nas condições ideais e a suas altas temperaturas permitem a eliminação mais eficaz e rápida dos patogênicos.

Odores anaeróbios podem ter cheiro de ovos podres (causada pelo sulfeto

de hidrogênio), leite azedo (causada por ácidos butírico), vinagre (ácido acético), vômito, e putrefação (alcoóis e compostos fenólicos). Através dos

cheiros podemos detectar se está ou não acontecendo a indesejada

Teste da vara – Oxigênio - introduzir uma vara de madeira de espessura do dedão da mão (2 cm) até

o fundo da câmara de compostagem. O ideal é que o os espaços no composto sejam uniformes e a vara possa ser introduzida até o fundo da câmara sem dificuldade e fazendo uma força uniforme. Um composto mal cheiroso, compactado ou muito úmido é um sinal de pouca aeração e oxigenação.

Controlando a quantidade de Oxigênio

- Pouca aeração pode ser resolvida com medidas de correção do excesso de umidade e compactação. O ideal para isso é introduzirmos galhos e ou gravetos até o fundo do composto puxando para fora, para que assim fiquem espaços vazios no composto. Podemos também adicionar galhos, varas ou canos na câmara antes de iniciarmos o uso.

Esses galhos podem ser finos (3 cm), mas devem ter a altura da câmara de compostagem, para permitir que o composto receba ar corretamente. (IMAGEM DAS CAMADAS INICIAIS E OS GALHOS PARA RESPIRACAO)

- Muita aeração pode diminuir a temperatura do composto, que é desejável que esteja sempre com 60 C dentro da câmara de compostagem do BIO'S.

C - Temperatura

A decomposição na compostagem é feita pelas bactérias que gostam de calor. São por isso chamadas de mesofilicas e termofilicas, que se desenvolvem melhor em temperaturas entre 45 C e 70 C.

Na câmara de compostagem a temperatura ideal é de 60 C, para isso é importante orientar a câmara para a parte mais ensolarada do terreno ou dispor de um sistema artificial de aquecimento.

(35)

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O calor na câmara de compostagem também ajuda o trabalho do convector, que retira todo cheiro da câmara de compostagem através da convecção do ar quente e mal cheiroso até a abertura superior do tubo de ventilação.

Depois de cheia a câmara de compostagem deve ser esvaziada no quintal em pilhas de compostagem de até no máximo 1,5m de altura. Nessa fase de cura ou maturação onde a temperatura cai abaixo de 45 C e fica constante indicando que começou o processo de humificação. Quando a temperatura do composto fica a mesma que a do ambiente significa que o composto está humificado e já pode ser usado.

Teste da vara – Temperatura

- depois de 1 semana (ou quando a câmara estiver com 1/3 do volume cheio) de uso do BIO'S, introduzir um galho seco ou vara de madeira sem casa até o fundo da câmara e deixar alguns minutos. O ideal é que ao puxar o galho ele esteja quente e úmido uniformemente em toda sua superfície, não podendo estar frio e nem levemente morno.

Teste do Tato (na superfície externa da câmara de compostagem) - Temperatura

- depois de 1 semana de uso do BIO'S, abrir a porta de metal do compartimento onde fica a câmara de compostagem e apalpar a câmara de plástico em diferentes pontos de altura. Caso ela esteja fria ou levemente morna, deve-se conferir e corrigir as condições de umidade, oxigenação ou quantidades de nitrogênio e carbono, que provavelmente estarão fora dos padrões ideais.

Controlando a Temperatura

- se ao puxar o galho ou apalpar a câmara de compostagem eles estiverem frios ou apenas levemente úmido significa que a compostagem não esta com sua temperatura ideal de 60 C

- é raro, mas pode acontecer de a câmara aquecer mais que 70 C. Se isso ocorrer deve-se aerar o composto para que ele possa perder calor.

D - Relação entre quantidades de Nitrogênio e Carbono

Para que as bactérias da compostagem possam fazer a decomposição sua dieta deve ser balanceada. Os principais alimentos delas são o carbono e o nitrogênio e a quantidade ideal é de 30 partes de carbono para 1 parte de nitrogênio. Se existe nitrogênio demais, os microorganismos não podem usar tudo e o excesso é perdido na forma de gás amônia, muito mal cheiroso.

Isso significa que os materiais adicionados como fonte de carbono serão a maioria de elementos da câmara de compostagem. Na prática pode se acrescentar 3 vezes mais volume de material orgânico, do que de fezes feita durante o uso do BIO'S. Para uma pessoa normal isso equivale a uns 500 ml de serragem acrescentada depois de cada uso.

Os restos de comida da cozinha e também as aparas de legume e verduras, são geralmente equilibrados em relação à quantidade de nitrogênio e carbono, e podem ser adicionados na câmara de compostgem sem problemas. Serragem (não pode ser madeira tratada ou seca em estufa) é um material rico em carbono, boa para o equilíbrio do excesso de nitrogênio proveniente das fezes e urina humana ou de outros animais (esterco de vaca ou de galinhas). A 18Serragem também costuma ter de 40 a 65%, o que é bom para a compostagem.

Para manter uma dieta equilibrada para as bactérias da compostagem na câmara do BIO'S veja na abaixo alguns materiais que são fontes de nitrogênio e carbono.

Fontes de nitrogênio: Fontes de Carbono:

(36)

Teste de Nitrogênio e Carbono

- verifique as condições de umidade e oxigenação, se elas estiverem corretas e mesmo assim a temperatura não estiver perto de 60 C em cinco dias de uso do BIO'S, pode ser um forte indicativo de que a bactéria não tem alimentos balanceados ou que o nitrogênio está em excesso. Isso gerara mau cheiro de urina deteriorada, pois o nitrogênio que não for consumido pelas bactérias se desprenderá na forma de gás amônia. (ver teste de oxigênio, temperatura e umidade)

Controlando a quantidade Nitrogênio e Carbono

- se as condições de umidade e oxigenação estiverem corretas e mesmo assim a temperatura na câmara de compostagem não aumentar até 60 C (ver teste temperatura) em ate cinco dias, e alem disso sentirmos um cheiro de urina deteriorada (presença de amônia) significa que temos que acrescentar fontes de carbono na câmara de compostagem do BIO'S, pois existe excesso de nitrogênio. Para isso faça buracos em diferentes partes do composto usando uma vara de madeira e adicione uniformemente boas fontes de carbono na câmara.

- não é comum encontrarmos um BIO'S onde exista excesso de carbono e falta de nitrogênio na câmara de compostagem. Mas isso pode acontecer, para resolver o excesso de carbono é só fazer buracos no composto usando uma vara e adicionar materiais fontes de nitrogênio.

6 - DICAS PARA BOM USO

Abaixo estão listadas dicas de uso separadas em o que deve e o que não se fazer ao usar o BIO'S.

Fazer:

- antes de começar a usar o BIO'S, colocar na câmara de compostagem os seguintes elementos: 1ª camada (fundo da câmara) - 20 cm de uma mistura de folhas secas, serragem e aparas de galhos ou cavacos de madeira. Importante que esse material tenha elementos finos e grossos com variações entre 1 cm e 3 cm de tamanho. 2ª camada – 5 cm de terra vegetal úmida (sem estar encharcada).

- deixar lixeira no BIO'S para absorventes, e outros eventuais lixos que não devem ser jogados na câmara de compostagem.

- testar as condições de umidade, temperatura, oxigenação e concentração de nitrogênio e carbono, fazendo as correções sempre que necessário. - Deixar no BIO'S um reservatório com mistura preparada de materiais fontes de carbono com tamanhos variados entre 1 cm a 4 cm, que deve ser jogada na câmara de compostagem depois de usar o BIO'S. Mais ou menos 500ml de material deve ser jogado depois do uso.

- Sempre deixe a tampa do assento fechada quando não estiver em uso, isso evitará insetos e outros visitantes indesejados.

Não fazer:

- não jogar cinza cal ou calcário, esses elementos podem matar as bactérias da compostagem. Esses elementos devem ser utilizados diretamente no solo para correção de acidez. - Não jogar papel colorido, plástico, absorvente, materiais não biodegradáveis fralda, guimba de cigarro, serragem de madeira tratada, cinza de queima de plásticos ou fogão a lenha acendidos com plásticos.

- Evitar urina em excesso, pois essa contem cheiros desagradáveis e substancias tóxicas para as bactérias da compostagem. Os homens podem usar mictórios, e as mulheres podem fazer xixi no BIO'S, sempre ficando atento ao excesso de umidade no composto.

- Não jogue nada que tenha cheiro no vaso sem cobrir depois com matéria limpa. (serragem, feno, palhas, folhas picadas etc.)

- Não separe o papel higiênico dos dejetos, tudo deve ir para dentro da câmara de compostagem.

- Não use água tratada para umedecer o composto, use água da chuva.

- Não use o composto logo que ele for retirado da câmara de compostagem, é necessário que passe pelo processo de maturação e cura para que se transforme em húmus. Para isso esvazie a câmara de compostagem em pilas de 1m de altura, cubra com matéria limpa (palha, feno, tecido permeável), mantenha as condições ótimas de umidade, oxigenação e temperatura. Depois que o composto baixar a temperatura de 40 C para a temperatura significa que está pronto para ser usado.

(37)

37

- 500 adobes simples

- 50 adobes especiais para fixação da aduela da porta

- 50 adobes especiais para fixação da laje do assento nas paredes

- 80 Blocos de concreto 0.2

- 20 blocos de concreto 0,15

- 7 sacos de 50kg de cimento CP 3

- 20 latas de 20L de brita número 2

- 3 sacos de cal-hidratada para massa

- 150L sumo de cactos palma –impermeabilizante (colocar cactos palma cortado,

até encher 1 quarto de um tonel de 200L. Depois encher todo o tonel

com água e deixar descansar por 5 dias. Depois coar e guardar).

- 2 m3 areia média lavada

- 50 latas de 20L de terra (a ser escolhida e retirada no local)

5.8 LISTA DE MATERIAIS

(38)

-2 varas de bambu tratado de 2m com 12cm de diâmetro

- 3 varas de bambu tratado de 1,6m com 12cm de diâmetro

- 2 telhas Ecotop 220cm x 90cm

- 2 tonéis de plástico com boca de 54cm de diâmetro e altura de 95cm ou -90cm.

(ver desenho detalhe)

- 5 litros de cola branca forte

- 1 aduela / verga da porta (ver desenho detalhe)

- 2 fechamentos de bambu para ventilação (ver desenho detalhe)

- 1 porta de 210cm x 60cm de bambu

- 1 porta de chapa metálica com esquadria para fixação na parede com vão de 100cm x 100cm

- 1 escada de bambu (ver desenho detalhe)

- 3 formas para tipos diferentes de adobe (ver desenho detalhe)

- 2 metros de tubo 100mm de PVC

(39)

REFERÊNCIAS:

BUENO, Mariano. Como hacer um buen compost. 2003.

CAMPBELL, S. Manual de Compostagem para Hortas e Jardins. 1995.

JENKINS, Joseph. The humanure hand book, A Guide to Composting Human Manure.1999.

LENGEN, V. Johan. Manual do arquiteto descalço. 2004

Referências

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