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Introdução. O Mito da Alma Gêmea

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Academic year: 2021

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O Mito da Alma Gêmea

Introdução

O mito da Alma Gêmea

Quem nunca ouviu dizer: encontrei minha tampa da panela, cara metade, carne e unha, metade da laranja, minha alma gêmea! O que significa isso? De onde saiu que nós, humanos, individuais, temos ou compartilhamos nossa alma com outro ser? Alma gêmea quer dizer que nasceram juntas?

Na verdade, o mito da alma gêmea foi criado por Platão que em seu livro “O Banquete” tenta definir o que é o amor. E nessa busca, muitos convidados de uma festa, cada um por vez, faz um elogio ao deus Eros (deus do amor).

No entanto, um dos momentos mais fascinantes do texto é quando toma a palavra o comediógrafo Aristófanes. Ele faz um discurso belo e que se imortalizou como a teoria da alma gêmea.

Aristófanes começa dizendo que no início dos tempos os homens eram seres completos, de duas cabeças, quatro pernas, quatro braços, o que permitia a eles um movimento circular muito rápido para se deslocarem. Porém, considerando-se seres tão bem desenvolvidos, os homens resolveram subir aos céus e lutar contra os deuses, destronando-os e ocupando seus lugares. Todavia, os deuses venceram a batalha e Zeus resolveu castigar os homens por sua rebeldia. Tomou na mão uma espada e cindiu todos os homens, dividindo-os ao meio. Zeus ainda pediu ao deus Apolo que cicatrizasse o ferimento (o umbigo) e virasse a face dos homens para o lado da fenda para que observassem o poder de Zeus.

Dessa forma, os homens caíram na terra novamente e, desesperados, cada um saiu à procura da sua outra metade, sem a qual não viveriam. Tendo assumido a forma que nós temos hoje, os homens procuram sua outra metade, pois a saudade nada mais é do que o sentimento de que algo nos falta, algo que era nosso antes. Por isso, os homens vivem em sociedade, pois desenvolvem o trabalho para buscar, nessa relação amorosa, manter a sua sobrevivência. Dessa forma, o ser que antes era completo homem-homem gerou o casal homossexual masculino; o ser mulher-mulher, o casal homossexual feminino. E o andrógino (parte homem, parte mulher) gerou o casal heterossexual. E a força que une a todos é o que nos protege, já que Zeus prometeu cindir novamente os homens (ficaríamos com uma perna e um braço só!) se não cumpríssemos o que foi designado pela divindade. Vale notar que Platão vai utilizar uma linguagem poética-imagética para poder refutar essa teoria, mas no fundo, a plasticidade do texto é que ficou na tradição como a obra mais bela que explica sobre o amor. Isso inspirou os movimentos românticos em todas as suas fases na modernidade.

Um caminho para tornar os relacionamentos mais saudáveis.

Costumo dizer que casar não é difícil, o grande desafio é permanecer casado e feliz. Isto porque o casamento é a união entre duas pessoas diferentes que decidiram viver juntas. O processo de ajustamento leva tempo, e depende muito da vontade dos dois de crescerem juntos.

Se você vai se casar ou já se casou, ou está pensando no assunto, casar é para ser feliz e o segredo para ser feliz é fazer o cônjuge feliz. Quando o homem faz sua esposa feliz ele passa a colher felicidade, e vice versa. Dar motivos para que o outro viva feliz é semear a favor da sua própria felicidade. Quando marido e esposa vivem com esta consciência, o resultado final é paz, comunhão, alegria, unidade, prazer e segurança para os dois dentro do casamento.

É impossível ser feliz sozinho. Porque nós seremos humanos fomos criados e feitos para amar. Este é a vontade de Deus. Ele nos criou para amarmos, sermos amados e através deste amor, vivermos experiências fascinantes para amadurecermos e

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crescermos. Amar é uma necessidade vital do ser humano por isso queremos amar porque queremos ser felizes e sermos também amados.

Queremos amar porque o amor é o alimento da alma e, é através do amor, que podemos viajar no mundo da fantasia, embalados pelas emoções, em busca do prazer e da plena felicidade.

Mas por ser um sentimento da alma e do coração, o amor, para muitas pessoas, é algo complicado, difícil de administrar, sobretudo quando existem desequilíbrios na intensidade e na reciprocidade .

Muitos têm medo de amar pelo risco de sofrer, porém, viver um amor, sem que tenhamos cicatrizes, é tão difícil como encontrar uma rosa sem espinhos. As rosas são lindas, perfumadas, delicadas. Mas todas possuem espinhos. Assim também é o amor. Por isso, a maioria de nós não está preparada para amar alguém, porque imaginamos que o amor é lindo e só nos trará prazer e felicidade. Mas a realidade mostra que isso não é uma certeza. O amor pode trazer sofrimento também. Mas se fomos feitos para amar e queremos sentir um amor lindo e maravilhoso, porque isso pode causar sofrimento?

Porque amar é envolve-se emocionalmente. Quando amamos, nos doamos, nos entregamos e passamos a viver, também a vida da outra pessoa. Porém, não existem duas pessoas iguais. Somos diferentes, pensamos de forma diferente, agimos diferente.

O envolvimento será motivado pelo sentimento e pelo desejo, mas poderão surgir atritos, com base nas diferenças de personalidade, comportamento e ações de um e de outro. Se as atitudes, palavras e comportamento forem diferentes daquilo que imaginávamos, surgirão situações inesperadas e que podem trazer decepção e sofrimento.

Esse é o momento em que a maioria das pessoas desiste e se despede do amor. Entendem que a ruptura resolverá todos os problemas. É quando a razão fala mais alto do que o coração.

É sempre um momento difícil, de reflexões, de luta interior de noites mal dormidas. Razão e emoção em conflito. Sabemos que estamos gostando, que estamos

amando, mas não queremos aceitar um amor que pode nos fazer sofrer. E se a razão predominar, com tristeza, nos despediremos.

Mas quando gostamos de verdade, é após a despedida do amor que sofremos mais ainda! Dúvidas e questionamentos começam a surgir e começamos a buscar

respostas de como será possível seguir nosso caminho se ainda amamos aquela pessoa.

Percebemos, então, que a razão só falou mais alto no momento da decisão de deixar o amor. Passado aquele momento, outro sentimento começa a se agigantar dentro de nós. Um sentimento que não imaginávamos que pudesse surgir, E esse, é avassalador: a saudade.

A saudade nos obriga a entender que a razão jamais calará o coração e que, a cada batimento, ele trará a lembrança dos momentos lindos vividos durante esse amor.

O coração nos lembrará de tudo o que poderia ter acontecido e não aconteceu. Isso trará mais sofrimento ainda, mas agora é tarde. O amor já se foi. Decidimos deixá-lo lembra? Não existe dor maior do que prosseguirmos pela vida amando alguém que já perdemos e que não precisa ter perdido. Mas, o amor se foi. Ficou a saudade e as lembranças. Ficou somente o aprendizado. Lições a tirar. Só o tempo é capaz de curar a dor de um amor que já se foi, mas que contínua vivo, latente, palpitante dentro do coração. Sim, só o tempo, lentamente… dia a pós dia, noite após noite.

O tempo vai passar e ai, virá um novo dia, após uma longa noite de trevas. Que os ensinamentos aqui descritos possam servir de instrumento que auxilie aos casais a conviverem harmoniosamente, com sabedoria e prudência. Que amem e sejam amados, dentro dos princípios equilíbrio do respeito.

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E que, ao fim, perceba que é possível viver um amor sem sofrimento. Um amor de felicidade, de prazer e de alegria. Um amor que possa ser construído, um pouco a cada dia. E assim, que se transforme, ao longo do tempo, em uma construção sólida, resistente a tudo e a todos, e principalmente, resistente as ações do próprio tempo.

Há quem diga que relacionamentos são complicados. Na verdade eles não andam sozinhos e requerem atenção permanente. Tem que cuidar sempre como se fosse uma horta. Arrancar as ervas daninhas, que teimam em crescer, regar, alimentar, proteger. As pessoas, em geral, relaxam após a conquista e imaginam que o barco possa seguir sem comando ou que a horta sobreviva por conta própria e isso é o começo do fim. Não existe receita para o sucesso, nem fórmula mágica, que assegurem garantia de felicidade e longevidade, mas nestas palavras você descobrirá caminhos e atitudes indispensáveis para construir bases sólidas, tornando, assim, as relações mais saudáveis e felizes. É claro que só esses caminhos não bastam, mas sem eles, a horta morre e o barco afunda. Somente assim podemos quebrar o Mito da Alma Gêmea.

Índice

Falar menos, ouvir mais

A complexidade do simples

Equilíbrio emocional

Diga “não” às polêmicas e discussões

Gentileza e educação

Dar sem esperar retomo

Generosidade e doação

Cumplicidade

Não faça cobranças

Construindo confiança

Compromisso X liberdade

Temores e fantasmas

Construindo a relação

A armadilha das expectativas

Respeitando limites

Paciência e saber esperar

Perdoe

Você é o que você pensa

Lidando com os defeitos

Deixe o amor chegar, naturalmente

Ninguém é perfeito

Amar com o coração, agir com a razão

O novo conceito do amor

Deixe ir

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Falar menos e ouvir mais

A sinceridade não consiste em dizer tudo o que se pensa, mas em pensar tudo o que se diz

Afinal, não é sem propósito que temos 2 ouvidos e uma boca. Quem fala demais acaba se complicando e se comprometendo. É um equivoco pensar que por muito falar dominam as conversas e diálogos, e assim se destacam, trazendo para si a razão.

Falar mais e ouvir aumenta a dificuldade de maximizar possibilidades, de ver o macro e não o micro, de analisar mais profundamente, ponderar, entender, compreender, encontrar soluções e definir respostas apropriadas.

Quando falamos mais do que ouvimos, multiplicamos a chance de errar, julgar ou agir precipitadamente, pensamos menos, não dando espaço para a mente elaborar ideais, raciocinar. E quanto menos se elabora o pensamento, mais improvisamos. Ao improvisar, floreamos e enriquecemos o enredo. Desta modo ficamos no limiar entre realidade e fantasia, do que é verdadeiro ou falso.

Quem fala demais em uma relação desequilibra, tornando quem fala mais, mais evidente, e quando isso acontece evidencia mais seus defeitos do que suas qualidades.

É escutando e com atenção os detalhes que percebemos o que o outro espera de você, alem de mostrar respeito e interesse. Um aspecto negativo é quando na relação, um tende a interromper o que o outro está falando, já tirando conclusões, como seu já soubesse o fim da história e quer ganhar tempo, sem deixar que o outro exponha seu ponto de vista até o fim. Quebra-se o diálogo, esfria-se a comunicação. E sem comunicação, não há relação. Deixe-o falar, escute-o com atenção, não faça ouvidos de mercador, apenas para ser simpático, pois se está dizendo algo é que suas conclusões ao final do que está sendo dito tem

importância senão não estaria dizendo a você.

De todos os sentidos humanos, o mais importante para aprendizagem,

conhecimento, e alimentação da intimidade, do amor e do viver a dois é a audição. É o órgão no casal que deveria ser o mais estimulado, com afeto, respeito,

compreensão e carinho.

Isso permite que possamos falar não somente de coisas banais do dia-a-dia, mas dá mais segurança ao casal de expor seus sentimentos mais profundos, evoluir na relação, crescer, abrindo o coração, desta forma criando um espaço para que cada um expresse o que há de mais intimo, sem temor, ou medo de ser rejeitado, trazendo assim, compreensão e comunhão.

E o melhor de tudo isso é que sabendo ouvir, aprendemos a falar na hora certa e com mais propriedade. Isso aumenta a credibilidade e a admiração, pois o ato de ouvir exige humildade, desta forma motivado, fala-se não com a cabeça, mas com o coração, permitindo até que o outro tenha discordâncias, uma visão diferente da nossa, uma opinião, até contrária, porem tratada com respeito e consideração. Tende-se a admirar mais a quem ouve do que quem fala.

A arte de amar está intimamente ligada com a arte de ouvir. Será muito difícil amar uma pessoa que não sabe ouvir.

A Complexidade do Simples

Para harmonizar a convivência basta ser simples e verdadeiro

O princípio da simplicidade. Casamento não é algo tão complexo assim.

Simplicidade é um princípio com sinônimo de sabedoria, e presente nas relações afetivas torna a vida simples e bela.

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Significa naturalidade, espontaneidade, singelo, puro. Qualidade do é simples. Do que não apresenta obstáculo ou dificuldade.

Quando deixamos de ser práticos e simples, seja em atitudes ou em palavras, transformamos coisas simples em complexas demais, as vezes até insuportáveis. Isso acontece muitas das vezes porque queremos competir, e desta forma, tornar coisas simples em complexas dá idéia de surpreender, superestimar, querendo sempre agradar ao outro. Pois queremos fazer acontecer sempre do nosso jeito, perfeccionista de ver.

Nas relações tendenciosas a complexidade, fica evidente a falta de entendimento e compreensão das partes. Desta forma as coisas simples se tornam confusas, pesadas, e existirão grandes dificuldades de interpretar com simplicidade o que o outro quer, alem de criar ambientes de discórdia, competição, desentendimentos constantes, freqüentes e crescentes.

Dizer com clareza, verdade, simplicidade o que pensa e sente, é a chave para se relacionar melhor. Na verdade, por mais que doa, há sempre simplicidade.

A terceira Lei de Newton, também conhecida com a Lei da Ação e Reação, é uma afirmação da ciência, e que a Bíblia a expõe claramente na Lei da Semeadura, que em resumo, declara que toda a ação tem sua reação, ou que nenhuma ação fica sem uma reação. Frase do tipo “tudo o que sobe desce”, ”o que vai vem”, “olho por olho, dente por dente”, “bateu, levou”, aqui se faz, aqui se paga”, “colhemos o que plantamos”, são alguns exemplos da aplicabilidade desta Lei em nosso

cotidiano.

Em uma relação afetiva, se nós ofendemos alguém com uma palavra ou atitude dura (ação) estaremos, ao mesmo tempo, sendo alvo do todo o ressentimento e dor que isso pode causar (reaçao).

Isso pode, na verdade, fazer mais mal a quem ofendeu do àquele a quem foi dirigida a ofensa, por criar um clima explicito de animosidade (richas). E

geralmente, e pior, é que há grandes chances de que, na reação, seja mantida a essência, mais se aumente a intensidade, então a reação se torna ação mais forte, e a ação anterior, de menor intensidade, esquecida momentaneamente, se torna alvo da nova ação (agora do ofendido, tornando-se ofensor), criando um ciclo terminal, crescente e altamente destrutivo a relação.

Jamais, repito jamais, use uma comunicação verbal ou não verbal, sem tato, cortesia, destituída de palavras bondosas, afáveis, bem como o uso de palavras ferinas, agressivas, richosas, com a intenção de ferir, machucar, magoar, ofender, com tom de voz mandatório, gritando, autoritário, incluindo também, e não menos dolosa, a arma do silêncio e indiferença após a discussão.

Este comportamento tem sido o maior responsável pela perda do respeito, admiração, afeto, a honra, tornando-se um ataque cruel ao amor, abrindo uma hemorragia fatal na relação, causando frustração e decepção, o começo do fim da relação.

Por isso, em tudo, seja claro, simples, verdadeiro, mas, sobretudo, com delicadeza, gentileza, respeito, sendo gentil com as palavras. Saber ouvir, o domínio próprio e o controle das emoções são elementos fundamentas no sucesso da comunicação simples e eficaz. Se colocar no lugar do outro, também, é um bom exercício, afinal você gostaria de ser ouvinte de suas próprias palavras?

Equilíbrio Emocional

Não há nada de nobre em sermos superiores aos outros. A verdadeira nobreza consiste em sermos superiores hoje ao que éramos ontem.

Conhecer a si mesmo! Conhecer suas falhas e aprender como lidar com elas, evita a ruptura do equilíbrio e ajuda a manter consigo a harmonia desejada. Quem tem equilíbrio emocional está mais predisposto a estabelecer relacionamentos

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duradouros e saudáveis. Neste aspecto, é imprescindível a manutenção do

equilíbrio entre o racional e o emocional através da força pedagógica de ensinar e aprender com os erros e acertos.

Nós, seres humanos, somos compostos de planos físico, mental, emocional e espiritual.

Tudo o que você vê ou os outros vêem em você, se refere ao seu plano físico, ou seja, seu mundo visível: dinheiro, saúde, trabalho; criado a partir do seu mundo invisível: pensamentos, emoções e espírito. Na natureza, as raízes, invisível para nós, dependendo da força, da qualidade da terra e da sustentação, poderão dar bons ou maus frutos em suas árvores. Em sua vida o processo ocorre da mesma maneira. Há todo um conjunto invisível em você que trabalha para apresentar o que você é. Como funciona? Os seus pensamentos geram as emoções que você está vivendo tais como, alegria, dor e raiva. As emoções são responsáveis diretas pelas ações que você pratica em cada situação. E das ações obtêm-se os

resultados. Tudo se origina no nível invisível, ou seja, seus pensamentos, e, este nível levará você aos resultados, ou seja, seu nível visível. Se você deseja um dar os resultados em sua vida, você precisa mexer no seu nível invisível, seu mundo interior, pois é nele que tudo se forma. Procure desde já observar seus

pensamentos.

Alimente aqueles que tornam você mais forte e despreze os pensamentos

negativos. Assim você começa a mexer nos seus resultados, em busca do equilíbrio emocional. Contudo, saiba que isso nem sempre é fácil de ser feito.

A ruptura do equilíbrio, geralmente ocorre em ambientes de estresse intenso, motivado por duas áreas, particularmente, significativas na vida das pessoas: questões envolvendo a atividade profissional e a incapacidade de se manter relacionamentos saudáveis.

Nestes casos, é importante meditar e verificar como anda a nossa vida fisicamente, espiritualmente e emocionalmente.

No plano físico, procure ter uma rotina consistente de exercícios e uma

alimentação saudável. Cuide bem do seu corpo. Alimentação, sono e exercício são fundamentais para uma vida melhor. Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para os outros gostarem também.

No plano espiritual, leia livros de doutrinas e textos de inspiração e meditação. Forme novos princípios e valores que possam criar ações para guiar a sua vida. Tenha uma rotina espiritual. Converse diariamente com Deus, especialmente para agradecer. Reconheça com gratidão, benção e benefícios de Tê-lo em sua vida. Ore antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma. Reconheça com humildade seus erros e os confesse a Deus em oração. Arrependa-se. Mude, transforme-se a cada passo errado, a cada falha, por menor que seja. Oração e meditação da Palavra de Deus são fontes de inspiração. A leitura de bons livros ajuda e nos enriquece a alma.

No plano emocional, avalie os seus relacionamentos, especialmente com o

parceiro. Observe se a relação precisa de reparos e com que intensidade isso influi nas outras áreas de sua vida.

Mas isso não significa que você deva desanimar. Acredite sempre no amor. Não fomos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, você está sendo a pessoa errada ou amando de uma forma ruim para você. Caso tenha se separado, e decidiu encontrar outra pessoa, curta a dor, não por muito tempo… mas, se abra para outro relacionamento.

Amor é um jogo cooperativo. Se vocês estão juntos é para jogar no mesmo time. Se não estão, conserte a relação.

Alimentar relacionamentos que só trazem sofrimento é masoquismo e isso vai atrapalhar sua vida.

Em qual área você é melhor ou mais forte? Em que área fica clara a necessidade de investir mais tempo e energia? Todas as três áreas são importantes, porque é sempre no elo mais fraco que a corrente arrebenta. É imprescindível se dedicar e

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iniciar as ações necessárias para trazer mais harmonia a estas áreas, com

conseqüência direta sobre a longevidade e prosperidade da sua vida, tanto pessoal quanto profissional. A verdade é que a sua vida provavelmente nunca estará em

“equilíbrio completo”. A minha com certeza nunca esteve. A chave não é a busca de um ponto místico de equilíbrio, mas sim a caminhada para chegar lá.

No que você se transforma durante a jornada é o que realmente importa. E a diferença está toda em começar a caminhada. Certamente, essa será uma maratona que vai durar a vida inteira e, talvez, você nunca cruze a linha de chegada, Mas a transformação na sua vida, corpo e mente certamente valerão a pena. 0 fato de criar um estado de crescimento contínuo, avaliando e corrigindo seu curso de ação, também não é o essencial. O ponto importante é que, ao iniciar a jornada e fazer esse esforço, você dará passos largos na direção de uma vida mais feliz, mais saudável e mais produtiva.

Diga NÃO as polêmicas discussões

Devemos absorver e desfrutar o colorido das coisas e jamais discutir suas minúcias. As minúcias são sempre vulgares. Apenas detalhes.

Todos nós desejamos que a vida nos conceda duas coisas: Sucesso e felicidade. Somos todos diferentes uns dos outros. O conceito de sucesso pode variar de pessoa para pessoa, mas, existe um fator muito importante e decisivo para o sucesso: ninguém pode obter a realização pessoal e a felicidade, sozinho. É na convivência com outra pessoa que encontramos as bases de sustentação para ser feliz. Mas esta convivência nem sempre pode ser fácil. Ao mesmo tempo em que nossos relacionamentos nos abastecer: de satisfação, e também, por meio dele, que experimentemos nossas dores e sofrimentos.

Existe quase um consenso de que ninguém muda ninguém, mas você pode mudar a sua maneira de receber e dar sentimentos para as pessoas. Se todas as pessoas, que cruzassem os nossos caminhos, nos mostrassem o seu melhor lado, não haveria problemas. É muito fácil construir relacionamentos com aqueles que se encontram nas mais altas esferas evolutivas. Geralmente são pessoas plenas de amor, dispostas a reparti-lo sem cobrar retorno ou reconhecimento. São humildes e sempre prontas a servir ao próximo. Segundo estudiosos, os seres humanos, de todos os continentes, possuem quase que na sua totalidade, quatro características básicas:

1 ― todos têm sede de alimentar o próprio ego e, portanto, necessitam aumentar sua auto-estima.

2 – Todos estão mais interessados em si mesmos do que em qualquer outra coisa no mundo.

3 Todos querem se sentir importantes e chegar a ser alguém.

4 – Todos desejam ter a aceitação dos outros para poderem então se aceitar. Quando encontramos pessoas que possuem alta dose de auto-estima, fica fácil nos darmos bem com elas. Geralmente são leves, generosas, tolerantes, dispostas a escutar as idéias dos outros, possuem jovialidade nas atitudes. Admitem, sem nenhum problema, que não são perfeitas e que cometem erros, que se equivocam. Podem ser criticadas, pois isso não abala a sua sólida e elevada confiança. Agora, quando ocorre o contrário e, em nosso caminho surge alguém com baixa auto- estima é que a coisa se complica sobremaneira. Isso porque estas pessoas são o estopim para criar situações de brigas e desentendimentos.

Os arrogantes e prepotentes têm um baixo conceito de si mesmo de si mesmos, por isso têm uma necessidade enorme de aumentar a sua importância como pessoas, e conseguem isso com atitudes que diminuem os outros. Eles também são muito medrosos. Esse medo faz com que se sintam extremamente vulneráveis.

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Eles trazem no mais profundo de seu ser a convicção de que qualquer humilhação vinda de você os deixará completamente destruídos.

Percebendo que as pessoas que agem assim carecem de auto-estima, você estará mais bem preparado para um relacionamento produtivo com elas, se não agravar a situação em que se encontram.

Desarme o gatilho usando um elogio sincero. No exato momento em que ele estiver preparado para odiá-lo, faça-o gostar de você. Expresse seu apreço por qualquer coisa que ele faça bem, fale sobre seus interesses e ofereça sugestões úteis. Quebre o ciclo do antagonismo. Raiva gera raiva, Intimidação gera

intimidação, retaliação também. Só o amor com a mão estendida é capaz de atrair amor.

Quando nos relacionamos com as outras pessoas, é necessária a prática de vermos nossas próprias atitudes refletidas no comportamento do outro. É como se

estivéssemos diante de um espelho. Quando sorrimos, a pessoa do espelho também sorri. Quando fechamos nossa fisionomia, o outro também fecha. Nosso tom de voz também pode refletir o do outro. Se alguém grita: com você, responda num tom equilibrado. Isto fará com que o outro baixe o tom. Procure plantar, dentro do seu Coração e da sua mente, a empatia, aprenda a trocar de lugar com O outro. Não tome as ofensas que receber dos outros para si. A resolução de conflitos é uma atribuição humana. É para isto que você está aqui nesta vida e só será possível construir relacionamentos sólidos e bem-sucedidos se mentalmente e emocionalmente você estiver sintonizado com a compaixão.

Quando alguém cruzar o seu caminho, saiba que não será por acaso. Você

certamente terá algo a compartilhar com esta pessoa. Na vida, não temos amigos nem inimigos. Todos são nossos instrutores.

Gentileza e Educação

Ser gentil é mais importante do que estar certo. Prefira ser feliz ao ter sempre razão.

Gentileza é o nobre sentimento que, bem cultivado, liga as almas umas às outras, gerando alegria, bem-estar e respeito mútuo. É a expressão do amor ao

semelhante, que precisa trocar as experiências sob os estímulos do entendimento e do apreço fraternal entre as criaturas.

Existe muita falta de gentileza nos relacionamentos. A maior causa é o egoísmo que afasta as pessoas e as isola, por temer o contato com o semelhante.

Não percebemos que o outro carrega as mesmas dificuldades e temores, as quais nos atormentam. O medo nos coloca em guarda, e por qualquer coisa agredimos ou· infelicitamos O nosso parceiro, sem nos darmos conta de que uma atitude de gentileza une e alegra a relação, apaziguando os ânimos, equilibrando as ações, enquanto que a desconfiança desarmoniza e desequilibra as mentes, endurecendo os corações.

Em nossa vida diária, a gentileza é fácil de ser cultivada, através de pequenas atitudes, em gestos de simpatia e com as quais se firmam as raízes do afeto seguro. Elas se fortalecem e não esgotam diante dos choques naturais dos relacionamentos e conquistaram os corações que, como o nosso, também estão ávidos por esses sentimentos.

Mas, por que ser gentil?

Porque é comprovado que gestos de gentileza, isentos da busca de recompensa, melhoram a saúde mental, a auto-estima e a sensação de bem-estar de quem os cultivam. Nas relações a dois, a prática constante de atitudes gentis é uma etiqueta obrigatória, sobretudo porque o parceiro é a pessoa mais importante para você. Puxar a cadeira para ela ou abrir a porta do carro, são pequenos gestos

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desprendidos que, muitas vezes, trazem resultados grandiosos e que geram respeito e admiração.

Isso é recíproco. Estreitamos nossos relacionamentos com as pessoas, que nos respeitam, nos tratam bem e são, especialmente, gentis conosco.

Diga sempre ao seu cônjuge: Diante da vastidão do tempo e da imensidão do planeta, é um prazer imenso, pra mim, dividir este espaço e este momento com você!

Dar sem esperar retorno

Se fizer, não te lembres, se receber nunca esqueça

Não existe amor de palavras. Ninguém dá amor. O amor não é substantivo. A gente pode dar coisas como, carinho, atenção e respeito, mas amor não. Por essa razão, digo que amor é “verbo condicionado”, assim, à ação de amar. E na vida, quando encontramos as pessoas que amam de verdade, não é difícil percebê-las, embora, muitas vezes, não reconheçamos isso. Acredito, pois, que amar é, sobretudo, dar sem esperar retorno. Amar é doar- se ao outro.

O amor é incondicional, mas a única condição que ele pede é que você acredite que ele exista. Alguém só vai gostar de você se você se valorizar. Se não, por que fará com que alguém sinta amor por você? Amar é acreditar no amor, ame para ser amado, sem esperar jamais um retomo.

Um motivo de grande frustração e sofrimento para as pessoas é quando elas criam expectativas. Expectativas são as esperanças que colocamos em outras pessoas ou em outras coisas e que acabam norteando nossa maneira de viver. As pessoas mais sensíveis estão mais sujeitas ao sofrimento, porque vivem na esperança de que os outros vão reagir como elas esperam. E elas esperam quase sempre. Ama, doam-se verdadeira e inteiramente e quando o retorno não vem, sentem-se feridas, pequenas, magoadas e até mesmo mal-amadas.

Amar incondicionalmente é amar sem esperar retomo, E precisamos lançar mão de práticas educativas para conviver com as circunstâncias que poderão ocorrer, contrariamente, ao que convencionamos chamar de retomo e reciprocidade. É verdade que é cansativo dar-se a cada instante e se contentar com isso, sem esperas. Geralmente quem dá, dá o que gostaria de receber. Quem visita, convida, telefona e diz coisas agradáveis, vive com a constante expectativa de receber um retorno equivalente. É como dar um presente e ficar esperando pra ver se o outro gostou. É claro que queremos agradar e que fiquem felizes para que nos sintamos recompensados pelo ato.

Mas no amor, não podemos esperar retorno e nos angustiar pela falta de sinais. Devemos sempre fazer a nossa parte e ter em nossa consciência a serenidade que o ato de amar somente é autenticado por atitudes naturais, sublimes e divinas. Se livrarmos nossa alma das expectativas do sentimento dos outros, aprenderemos a amar e seremos felizes, não por que o outro nos corresponde, mas,

simplesmente, porque o ato de dar e levar felicidade nos traz ternura e alegria ao coração, iluminando nossa vida e tornando-a mais encantada.

Esse é o único e verdadeiro retomo do amor.

Generosidade e Doação

Dá, se puderes; se não, sê ao menos afável.

Generosidade é a virtude do dom. Não se trata mais de atribuir a cada um, o que é seu, mas de oferecer o que não é seu.

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A generosidade pode não ser amante, mas o amor é quase necessariamente generoso, pelo menos em relação ao amado e enquanto ama. Sem se reduzir ao amor, a generosidade tenderia, pois, em seu mais extremo ápiœ, a se confundir com ele, pois, se é possível dar sem amar, é por assim dizer impossível amar sem dar.

É possível dar sem amar, mas impossível amar sem dar.

A generosidade, como todas as virtudes, é plural, tanto em seu conteúdo como nos nomes que lhe prestamos ou que servem para designá-la. Somada à coragem, pode ser heroísmo. Somada à justiça, faz·se eqüidade. Somada à compaixão, torna-se benevolência. Somada a misericórdia, vira indulgência. Mas, todos conhecem o seu lado mais belo: somada à doçura, ela se chama bondade. Nas relações afetivas, o verdadeiro ato de dar requer quatro elementos:

1- É se importar, demonstrando preocupação ativa com a vida e o crescimento do parceiro.

2 – È a responsabilidade, ou seja, responder às necessidades sentimentais, expressadas ou não.

3 – É o respeito, a habilidade de ver a pessoa como ela é, estar ciente de sua individualidade única, e conseqüentemente, querer que cresça e se revele como ela é. Este três componentes dependem do quarto:

4 – O conhecimento. Você pode cuidar atender às necessidades e respeitar o próximo tão profundamente quanto o conhece.

A prática da generosidade facilita sobremaneira a decisão de amar. O amor é uma escolha e ele não vem só do fato de apreciarmos a bondade. O amor não precisa necessariamente acontecer, você pode fazer acontecer. O amor é ativo. Você pode criá-lo. A generosidade nos conduz a outro milagre, pois o efeito do ato de DAR é profundo. Permite-nos entrar no mundo de outra pessoa e perceber a sua

bondade. Ao mesmo tempo, significa investir parte de si mesmo no outro, capacitando-lhe a amar esta pessoa como ama a si mesmo.

Enfoque na bondade de outra pessoa ― e todo mundo tem alguma. Se puder fazer isto facilmente, amará facilmente.

Cumplicidade

Ser cúmplice é ser luz, cuminho, mão dupla. Ter idéias, seguir juntos, de mão dadas. Ser refúgio e fortaleza.

Ninguém duvida que, relacionar-se é difícil, sobretudo pelas circunstâncias dos dias atuais, onde os valores se invertem e as pessoas andam mais perdidas do que nunca. Preocupadas apenas consigo mesmas buscam em outra pessoa, alguém capaz de satisfazer suas necessidades, seja de carência, seja de auto-afirmação. Não há foco no doar, no se dedicar, no se entregar. A maioria não se preocupa em construir uma relação, Saudável, sólida e comprometida em satisfazer as

necessidades de ambos os parceiros. Falta cumplicidade.

Cúmplice se entende como alguém que está a par do que o outro sabe e faz. Mais do que isso: compartilha dos mesmos ideais. A cumplicidade cria uma aliança, um compromisso entre os dois, onde um faz pelo outro e vice-versa. Tem como base de sustentação, a confiança, construída por revelações intimas, as quais fortalecem os laços da união. A cumplicidade nos torna parceiros de uma história e não um simples coadjuvante.

Os benefícios de uma relação com cumplicidade é que há uma tendência de haver maior entendimento e umidade entre os dois por partilharem das mesmas coisas. A história é construída a quatro mãos, com apoio e fortalecimento mútuos. Mas porque falta cumplicidade nos relacionamentos?

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