RESULTADO DA PAUTA LEGISLATIVA SEMANAL
CONGRESSO NACIONAL
Plenário da Câmara – 07/11 – 19h – Sessão conjunta
Deputados e senadores terão sessão conjunta para analisar sete vetos presidenciais a projetos de lei. Projetos que autorizam créditos orçamentários a ministérios e órgãos públicos também constam da pauta, como o PLN 6/2017, que abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério Público da União, crédito especial no valor de R$
2.700.000,00, para o fim que especifica; e o PLN 7/2017, que abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério Público da União, crédito suplementar no valor de R$
7.720.000,00, para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente.
Resultado: O Congresso apreciou seis vetos presidenciais. Cinco foram mantidos e um derrubado, no projeto que convalida isenções concedidas por estados durante a chamada guerra fiscal (PLP 54/15). O Congresso também analisou 15 projetos que abrem créditos orçamentários. Todos foram aprovados e seguiram à sanção.
SENADO FEDERAL
Plenário – 07 a 09/11 – 14h – Sessão deliberativa
Na pauta do Plenário do Senado, projeto (PRS 55/2015) que fixa o limite de 12% para a alíquota de ICMS sobre o combustível de aviação utilizado em operações dentro do país de transporte aéreo regular, não regular e de serviços aéreos especializados.
Também pode ser votada, em primeiro turno, a PEC 24/2012, que cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública (FNDSP). O objetivo é financiar ações de aparelhamento, capacitação e integração das forças policiais dos estados.
Resultado: O Plenário do Senado aprovou a medida provisória (MP 785/2017) que reformula o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O texto segue para sanção presidencial. O Senado também aprovou projeto de lei (PLC 5/2016) que garante às
mulheres vítimas do câncer de mama a reconstrução nos dois seios, mesmo que o câncer se manifeste apenas de um dos lados. A intenção é garantir a simetria. Como sofreu mudanças, o projeto voltará para a Câmara.
Também foi aprovado o PLC 9/2017, que autoriza o Ministério Público a pedir a exclusão do direito à herança do legatário ou herdeiro autor de homicídio doloso, ou tentativa de homicídio, contra aquele que deixa os bens. O texto vai à sanção.
Os senadores aprovaram ainda o PLS 369/2017, que permite a destinação de recursos dos fundos constitucionais de financiamento a projetos de revitalização dos rios nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O projeto permitirá financiar ações de recuperação da cobertura vegetal em bacias hidrográficas vulneráveis, como a do Rio São Francisco. O texto segue para a Câmara.
Também foi aprovado o PLC 9/2016 que aumenta a pena para os crimes de dano e receptação contra o patrimônio do Distrito Federal. A proposta corrige uma distorção no Código Penal, que tipifica como dano qualificado a destruição, inutilização ou deterioração do patrimônio da União, dos estados e dos municípios, mas não menciona o DF. A proposta segue para sanção presidencial.
Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) – 08/11 – 10h – Plenário 03
Item 06 – PLS 271/2013, do senador Vital do Rêgo - Estabelece critérios para o uso progressivo da força e de armas de fogo pelos órgãos, agentes e autoridades de segurança pública.
A relatora, senadora Simone Tebet, apresentou parecer pela rejeição do projeto.
Resultado: Projeto rejeitado e arquivado.
Item 07 – PEC 31/2017, do senador Antonio Carlos Valadares - Dá nova redação aos arts.
103 e 109, para dispor sobre a legitimidade do Defensor Público-Geral Federal para a ação direta de inconstitucionalidade, a ação declaratória de constitucionalidade e o incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
O relator, senador Antonio Anastasia, apresentou parecer pela aprovação, com emendas.
Resultado: Projeto aprovado, com emendas. Segue para o Plenário do Senado.
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Plenário – 06 a 10/11 – 14h – Sessão deliberativa
A Câmara dos Deputados vai fazer um esforço concentrado nessa semana: estão marcadas sessões de votação de segunda a sexta-feira. Na pauta estão sete medidas provisórias, todas já trancando os trabalhos das sessões ordinárias. Entre as MPs a serem analisadas está o pacote de mineração, três medidas que mudam regras do setor. A Medida Provisória 789/17 muda regras de royalties da mineração; a MP 790/17 altera o marco legal do setor; e a MP 791/17 cria a Agência Nacional de Mineração (ANM), no lugar do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Resultado: Nessa semana, o Plenário da Câmara aprovou diversos projetos na área da segurança pública:
- PL 8504/2017, que prevê prisão em regime fechado, sem direito a progressão de regime, para condenados pelo assassinato de autoridades e agentes de segurança pública. O texto retorna para análise do Senado.
- PL 6699/2009, que cria a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, com a previsão de ações articuladas e a reformulação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. O tema segue para análise do Senado.
- PL 3468/2012, que muda regras de saída temporária de presos em regime semiaberto, conhecida como “saidão”. De acordo com o substitutivo, para o juiz conceder o benefício dependerá de parecer favorável da administração penitenciária e, se o preso for reincidente, terá de ter cumprido metade da pena, em vez de 1/4 como é hoje. Para os condenados a crimes hediondos, o cumprimento mínimo de pena aumenta para poder concorrer ao saidão. Se for réu primário, terá de cumprir 2/5 da pena e, se reincidente, 3/5. O tempo total é reduzido de sete para quatro dias e a quantidade de vezes que a saída temporária poderá ser renovada no ano passa de quatro para apenas uma vez. O texto estipula que o juiz deverá determinar o uso de equipamento de monitoração (tornozeleira eletrônica), se disponível; e comunicar aos
órgãos de segurança pública quais presos contarão com o benefício. A matéria será enviada ao Senado.
- PL 2862/2004, que retira do Código Penal o atenuante obrigatório da pena para menores de 21 anos. O texto também acabou com a redução à metade dos prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos. A matéria segue para o Senado.
- PL 3019/2015, que obriga as empresas de telefonia e operadoras de telefonia celular a instalar bloqueadores de sinal em estabelecimentos penais. A matéria irá ao Senado.
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) – 07/11 – 10h – Plenário 01
Item 01 – PEC 412/2009, do dep. Alexandre Silveira - Altera o § 1º do art. 144 da Constituição Federal, dispondo sobre a organização da Polícia Federal.
O relator, deputado João Campos, apresentou parecer pela aprovação.
Resultado: Aprovado requerimento de adiamento de discussão por cinco sesões.
Item 02 – PEC 430/2009, do dep. Celso Russomanno - Altera a Constituição Federal para dispor sobre a Polícia e Corpos de Bombeiros dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, confere atribuições às Guardas Municipais e dá outras providências.
O relator, deputado Marcos Rogério, apresentou parecer pela aprovação desta e das apensadas.
Resultado: Retirada de pauta.
Comissão de Trabalho, de Administração e de Serviço Público (CTASP) – 08/11 – 10h – Plenário 12
Item 06 – PL 5707/2016, da Procuradoria-Geral da República - Dispõe sobre a estrutura organizacional e o quadro de pessoal do Conselho Nacional do Ministério Público e dá outras providências.
O relator, deputado Lelo Coimbra, apresentou parecer pela aprovação.
Resultado: Projeto aprovado. Segue para a Comissão de Finanças e Tributação.
Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) – 08/11 – 14h – Plenário 06
Item 20 – PL 7688/2017, do dep. Lelo Coimbra - Dispõe sobre vedação de recebimento de vantagem econômica em caso de colaboração premiada.
O relator, deputado Rocha, apresentou parecer pela aprovação.
Resultado: Não deliberado.
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) – 08/11 – 14h30 – Plenário 01
Audiência Pública para debater o PLP 337/2017, que altera a Lei Complementar nº 73 de 10 de fevereiro de 1993, que institui a Lei Orgânica da Advocacia-Geral da União, e as alterações no Modelo de Estado Brasileiro. Convidados: Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal; Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal; Ayres Britto, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal; Grace Maria Mendonça, advogada-geral da União; Luciano Mariz Maia, vice-procurador-geral da República; Cleso José da Fonseca Filho, procurador-geral Federal; Marcelino Rodrigues, presidente da Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais; Valéria Saques, representante da Associação Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional; Bruno Fortes, advogado da União; Pablo Luciano, procurador do Banco Central; Thirzzia de Carvalho, procuradora Federal; Marcelo Neves, professor titular da UnB.
Resultado: Reunião cancelada.
Comissão Especial do PL 2303/2015 – Banco Central Regular Moedas Virtuais – 08/11 – 14h30 – Local a definir
Audiência Pública sobre o PL 2303/2015, que dispõe sobre a inclusão das moedas virtuais e programas de milhagem aéreas na definição de “arranjos de pagamento” sob a supervisão
do Banco Central. Convidados: Ana Carolina Guimarães, diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Secretaria Nacional do Consumidor; Carlos Bruno da Silva, procurador da República; Spencer Sydow, doutor em direito pela USP; Wisley Salomão, delegado da Coordenação de Repressão aos Crimes contra Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes da Polícia Civil do DF.
Resultado: Para debater as fraudes e a regulamentação de moedas virtuais no país, a Comissão Especial das Moedas Virtuais (PL 2303/15), responsável por analisar a inclusão das moedas virtuais e de programas de milhagem à supervisão do Banco Central, promoveu audiência pública. Para o procurador da República Carlos Bruno Ferreira da Silva, coordenador do Grupo de Trabalho “Tecnologias da Informação e Comunicação”, da Câmara do Consumidor e Ordem Econômica do MPF, a circulação de moedas virtuais ainda não oferece riscos à economia brasileira por ser insignificante o seu quantitativo total internamente para o nosso cenário macroeconômico. Para ele, a regulamentação deste mercado deveria priorizar a tributação, o controle do anonimato da internet e o rastreio e identificação dos usuários dessas transações. “Alertamos para o risco de uma forte regulação do setor desmoralizar o legislador e os órgãos reguladores, por se tratar de um mercado que se aproveita da ausência de fronteiras na internet”, afirmou Carlos Bruno.
Ainda assim, em caso de regulamentação, o MPF sugere que o Congresso e o Banco Central se esforcem para criar uma uniformidade de terminologia, adotando os conceitos de moeda virtual centralizada e distribuída, seguindo a recomendação prevista na Meta nº 8 da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Enccla). Recomenda também que a comissão especial analise a tecnologia blockchain, que permite a identificação de cada pessoa que já adquiriu cada moeda virtual e aumenta a segurança das transações, o que pode revolucionar e baratear o setor cartorial no Brasil.
No caso dos programas de milhagem aérea, o procurador defende que qualquer tipo de regulação em um mercado em desenvolvimento acabaria por gerar elevados custos de transação na indústria de fidelização e as empresas poderiam deixar de oferecer aos seus clientes este benefício. “Acreditamos que a própria autorregulação,
que na prática já existe, com a criação da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), seja a melhor solução para esse mercado”, afirmou Carlos Bruno.
Respeitosamente,
Natasha Machado Assessora Parlamentar Fone.: (61) 3961-9012 (61) 99121-2238
DR. JOSÉ ROBALINHO CAVALCANTI PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA PRESIDENTE - BIÊNIO 2015/2017