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Planejamento Tributário Empresarial

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Academic year: 2021

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Planejamento Tributário Empresarial

Aula 20

Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho

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Este material é parte integrante da disciplina, oferecida pela UNINOVE.

O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE.

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Aula 20: Dos impostos em espécies – Parte III

Objetivo: Nesta última aula, vamos encerrar o estudo do imposto de renda pessoa jurídica e dar continuidade no estudo dos impostos em espécie de competência Federal, Estaduais e Municipais.

Imposto de Renda e proventos de qualquer natureza – artigo 153, III da CF/88

Do Lucro Arbitrado

Pessoa Jurídica Tributada com base no lucro arbitrado

Na ocorrência de qualquer das hipóteses de arbitramento, previstas no art. 47 da Lei n° 8.981, de 1995, a pessoa jurídica poderá, quando conhecida a receita bruta, efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base no lucro arbitrado.

A apuração do imposto de renda com base no lucro arbitrado abrangerá todos os trimestres do ano-calendário, assegurada a tributação com base no lucro real ou presumido relativa aos trimestres não submetidos ao arbitramento, se:

• A pessoa jurídica dispuser de escrituração comercial e fiscal que demonstre o lucro real dos períodos não abrangidos pela tributação com base no lucro arbitrado.

• Puder optar pelo lucro presumido.

Atenção: sendo tributada pelo lucro real, a pessoa jurídica poderá apurar o lucro trimestralmente ou anualmente, com pagamentos mensais por estimativa, sem considerar o resultado do período em que se sujeitou ao arbitramento (RF, 2012).

O imposto pago sobre o lucro arbitrado será definitivo, não podendo, em qualquer hipótese, ser compensado com recolhimentos futuros.

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Pagamento do Imposto Local de Pagamento

Os contribuintes deverão pagar o imposto de renda da pessoa jurídica nas agências bancárias integrantes da rede arrecadadora de receitas federais.

Documento a Utilizar

O pagamento será feito mediante a utilização do Documento de Arrecadação de Receitas Federais - Darf sob o código 5625.(RF, 2012)

Prazo para Pagamento

O imposto de renda devido, apurado trimestralmente, será pago em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.

À opção da pessoa jurídica, o imposto devido poderá ser pago em até três quotas mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder.

Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$1.000,00 (um mil reais) e o imposto de valor inferior a R$2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única.

As quotas do imposto serão acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia do segundo mês subsequente ao do encerramento do período de apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento (RF, 2012).

Rendimentos distribuídos

Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pela pessoa jurídica tributada com base no lucro arbitrado, não estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nem integrarão a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País ou no exterior

(Lei n° 9.249, de 1995, art. 10).

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Poderá ser distribuído, a título de lucros, sem incidência do imposto, conforme o disposto no art. 48 da IN SRF n° 93, de 1997, o valor do lucro arbitrado (base de cálculo do imposto), diminuído do imposto de renda da pessoa jurídica – IRPJ, inclusive adicional, quando devido, da contribuição social sobre o lucro líquido – CSLL, da contribuição para financiamento da seguridade social – COFINS e das contribuições para o PIS/PASEP

(ADN COSIT n° 4, de 29 de janeiro de 1996).

Atenção: esta isenção não abrange os valores pagos a outro título, tais como pró labore, aluguéis e serviços prestados, que se sujeitam à incidência do imposto de renda na fonte e na declaração de rendimentos dos beneficiários.

Receitas e rendimentos não tributáveis

Consideram-se não tributáveis as receitas e rendimentos relacionados no site da receita e na norma que disciplina a matéria.

Imposto sobre produtos industrializados - IPI (art. 153, inc. IV da CF)

Incide sobre produtos industrializados, que são aqueles aperfeiçoados para o consumo. O fato gerador é, pois, o processo de beneficiamento, transformação, montagem, acondicionamento ou renovação.

Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários – IOF

Tem como fato gerador, além das operações de crédito, câmbio, seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários, o ouro, quando definido por lei como ativo financeiro.

É utilizado como instrumento de política financeira (função extrafiscal).

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Imposto Territorial Rural – ITR

Seu fato gerador é a propriedade, domínio, posse de terra localizada em zona rural. Possui alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades não produtivas (progressividade).

Imunidade Tributária: são imunes, ou seja, dispensados do pagamento do ITR os proprietários de pequenas glebas de terras, desde que exploradas pelo próprio dono e que este não possua outro imóvel.

Isenção Tributária: o imóvel compreendido em programa de reforma agrária.

A fiscalização e cobrança desse imposto é feita pelos municípios que assim optarem por esta atribuição.

Impostos estaduais e do distrito federal

Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doações (ITCMD)

O fato gerador deste imposto é a transmissão de bens da pessoa falecida a seus herdeiros, no caso de herança ou quando se aperfeiçoa a liberalidade nas doações de bens. Na herança, o fato gerador é apurado no inventário ou arrolamento, momento em que se verifica judicialmente a legitimidade dos herdeiros.

As alíquotas do ITCMD, por se tratar de imposto de competência estadual são fixadas pela legislação de cada estado membro ou DF, cabendo ao Senado Federal, por meio de resolução, estabelecer a alíquota máxima e mínima que os entes federados poderão cobrar (RF, 2012).

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Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS

Têm-se como fato gerador deste imposto diversas atividades que pode ser visto na lei que regula o tributo quer pela CF/88 ou ainda pela legislação de cada um dos Estados.

As alíquotas de ICMS aplicáveis às operações e prestações de serviço interestaduais e de exportação são fixadas pelo Senado Federal por meio de resolução. Nas demais operações, por se tratar de imposto de competência estadual, as alíquotas são fixadas pela legislação de cada estado-membro ou DF, cabendo ao Senado Federal, por meio de resolução, estabelecer a alíquota máxima e mínima que os entes federados poderão cobrar (RF, 2012).

No sistema de cobrança do ICMS, temos a figura do responsável tributário por substituição visando facilitar a arrecadação tributária a um número menor de sujeitos passivos. Temos, assim, como responsáveis tributários por substituição:

• Produtor industrial ou comerciante atacadista quanto ao imposto devido pelo comerciante varejista.

• Produtor ou industrial quanto ao imposto devido pelo comerciante atacadista e pelo comerciante varejista.

Neste aspecto, o fato gerador é presumido, ou seja, a circulação da mercadoria ainda não ocorreu para o consumidor final.

A base de cálculo deve ser fixada previamente por lei.

Durante a circulação da mercadoria com a mudança de titular, temos a incidência do imposto desde a produção até o consumo. O contribuinte em cada operação ou prestação tem direito ao crédito da operação ou prestação anterior para compensar o que seria devido na operação subsequente.

O ICMS é imposto não cumulativo, ou seja, não poderá haver reincidência de um tributo sobre a mesma base de cálculo.

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Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA

Fato gerador: a propriedade de veículos automotores. O próprio veículo pode servir como garantia para a satisfação do tributo em caso de inadimplência. O imposto acompanha o bem, tanto que o licenciamento e transferência ficam impossibilitados. O marco de incidência do fato gerador do tributo é fixado por lei – final de placa.

O aspecto valorativo do IPVA é composto de base de cálculo e alíquota fixados em lei.

Base de cálculo: valor venal do veículo levando-se em conta o modelo, ano, potência do motor, o combustível utilizado, etc. A alíquota é variável considerando o combustível. O lançamento deste imposto é de ofício (direto).

XVIII – Impostos municipais e do distrito federal

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)

Fato gerador: a propriedade imóvel (prédio, casa, terreno) localizado em zona urbana. Imposto incidente tanto sobre a propriedade quanto sobre o domínio útil ou a posse de bem imóvel. A ocorrência do fato gerador (aspecto temporal) se dá em primeiro de janeiro de cada ano, podendo o Município lançá-lo a partir do dia 2 de janeiro.

O aspecto valorativo do IPTU é composto de base de cálculo e alíquota fixados em lei. Base de cálculo: valor venal do imóvel, levando-se em conta o valor, a localização e o uso do imóvel. A alíquota poderá ser aumentada progressivamente em razão do não cumprimento da função social da propriedade, conforme prevê a CF/88.

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Imposto sobre Transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso de Bens Imóveis (ITBI)

Fato gerador: transmissão de bens imóveis por pessoa viva, não podendo ser por doação, incluindo a cessão de direitos destes bens imóveis (usufruto, cessão de crédito de financiamento do imóvel, etc.).

O momento de incidência deste tributo é o da transmissão do imóvel a título oneroso. Como a transmissão é feita pelo registro no Cartório de Registro de Imóveis, este poderá ser o momento considerado para a incidência.

O aspecto valorativo do imóvel é composto de base de cálculo e alíquota.

Base de cálculo: valor do imóvel (preço de venda). Alíquota fixada por lei – uma porcentagem sobre o valor do imóvel.

Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – (ISS-QN)

Fato gerador: são todos os serviços relacionados no Decreto-lei 406/68. O fato gerador deste tributo consuma-se quando há a efetiva prestação do serviço, não importando quando ocorreu o pagamento do preço combinado.

Este imposto encontra-se regulado pela LC 116/2003.

Parabéns! Chega ao final o curso, outros aspectos práticos serão apresentados nas aulas.

As informações oferecidas estão baseadas na legislação em vigor na época de sua elaboração em informações adquiridas em diversas fontes oficiais e secundárias. Trata-se, portanto, de material meramente informativo, não se destinando à orientação dos procedimentos legais no âmbito empresarial. Fica indispensável a checagem das informações nos sites oficiais que estão sempre sendo alterados.

Para fixar o seu aprendizado, vamos aos exercícios acessando a plataforma AVA e não esqueça que as dúvidas deverão ser levadas ao fórum.

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Vale a pena conferir

1. As importâncias pagas ou creditadas à pessoa jurídica, sujeitas à incidência do imposto na fonte, terão tratamento especiais. Para conhecer mais, visite o site da Receita Federal.

Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/Pessoajuridica/dipj/1999/Inf_

Gerais/Receitas_Tributadas_na_Fonte.htm>. Acesso em 26 dez. 2012.

2. Veja quais são receitas e rendimentos não tributáveis. Disponível em:

<http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2000/orientacoes/lucropresum ido.htm>. Acesso em 26 dez. 2012.

3. Veja a regulamentação do imposto Serviços de Qualquer Natureza pela LC 116/2003. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm>.

Acesso em 26 dez. 2012.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria da Receita Federal. Disponível: <www.receita.fazenda.gov.br>.

Acesso em: 26 dez. 2012.

Códigos 3 em 1. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

COSTA, Regina Helena. Curso de Direito Tributário. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

FÜHRER, Maximilianus Cláudio Américo; FÜHRER, Maximiliano Roberto Ernesto.

Resumo de Direito Constitucional. 7. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2004.

______________. Resumo de Direito Tributário. 19. ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2008.

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MESSA, Ana Flávia. Direito Tributário e Financeiro. 4. ed. São Paulo: Editora Rideel, 2010.

SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito Tributário. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

SEBRAE. Informativo Empresarial. Disponível:

<www.sebrae.com.br/uf/goias/para.../lucro-real/Lucro%20Real.doc>. Acesso em: 26 dez. 2012.

SILLOS, Lívio Augusto de. Planejamento Tributário: Aspectos teóricos e práticos.

São Paulo: Livraria e Editora Universitária de Direito – LEUD, 2005.

ZANLUCA, Júlio César. Planejamento Tributário: Luxo ou necessidade? Disponível:

<http://www.portaltributario.com.br/artigos/planejamento.htm>. Acesso em: 26 dez.

2012.

Referências

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