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OFICINA HÁBITOS DE ESTUDO : UMA EXPERIÊNCIA COM UNIVERSITÁRIOS

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Academic year: 2021

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ISSN 2176-1396

OFICINA “HÁBITOS DE ESTUDO”: UMA EXPERIÊNCIA COM UNIVERSITÁRIOS

Francielle Pereira Nascimento1 - UEL Ana Priscilla Christiano2 - PUCPR Eixo – Psicologia da Educação Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo

O presente texto tem como objetivo compartilhar a experiência de uma oficina piloto denominada “Hábitos de Estudo”, realizada com estudantes do ensino superior. A atividade foi promovida pelo Serviço de Apoio Psicopedagógico (SEAP) da PUCPR Campus Londrina que tem a finalidade de prestar atendimento psicopedagógico e social aos estudantes e apoio e orientações ao corpo docente. Nos atendimentos individuais realizados pelo serviço, observou-se a dificuldade dos estudantes no que diz respeito ao desenvolvimento do hábito de estudo. Muitos relatam saber o que devem fazer para ter um bom desempenho, no entanto, têm dificuldade organizar uma rotina acadêmica, de seguir as datas de avaliações, estudar em locais propícios e organizá-lo. Em outras palavras, muitos não dominam as estratégias de gerenciamento de recursos, como por exemplo, tempo, esforço, o espaço e apoio externo. O conhecimento declarativo das estratégias e a utilização delas são parte do constructo da aprendizagem autorregulada, que é multidimensional, abrangendo a motivação do aluno, seu controle sobre seus processos cognitivos e as estratégias de estudo utilizadas. Frente à demanda apresentada, a oficina foi planejada com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de um dos elementos da autorregulação da aprendizagem, a utilização e domínio de estratégias de gerenciamento de recursos, que permite o estudante ter hábitos adequados frente às exigências acadêmicas. Por intermédio da participação ativa dos estudantes no decorrer da intervenção e da avaliação positiva realizada por eles, foi possível verificar a necessidade de mais oficinas ou atividades coletivas com essa ou outras temáticas, sugeridas por eles. Desse modo, o serviço planejou com o auxílio de dois estagiários outras oficinas e intervenções que estão sendo ofertadas em no ano letivo de 2017, visando minimizar as dificuldades e contribuir com o processo de aprendizagem dos estudantes da universidade.

Palavras-chave: Estudantes do Ensino Superior. Hábitos de estudo. Gerenciamento de Recursos.

1 Pedagoga e mestranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Londrina.

2Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Educação pela Universidade Estadual de Campinas. Professora assistente da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Campus Londrina e membro do SEAP.

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Introdução

O SEAP, enquanto um serviço atuante dentro da PUCPR que acolhe, apoia, orienta e acompanha os estudantes em suas dificuldades de aprendizagem e interação social, tem o atendimento individual como o primeiro passo quando há busca espontânea ou encaminhamento por professores. Esse momento tem como finalidade conhecer o aluno, ouvir suas queixas, buscar acolhê-lo e pensar em medidas preventivas para auxiliá-lo.

Parte desses estudantes, de diferentes cursos, mencionaram ter dificuldade de aprender determinados conteúdos. Entretanto, a referida afirmação em muitas vezes esteve atrelada a falas que demonstraram a ausência de hábitos adequados de estudo. Esse fato pode ter diferentes causas, sendo algumas delas observáveis e percebidas durante os atendimentos individuais, como por exemplo, a ausência de organização da sua vida acadêmica, conhecimento declarativo e domínio sobre os recursos disponíveis em seu entorno.

Para McKeachie (1988), o ensino secundário raramente fornece orientação aos alunos sobre escolhas e utilização de estratégias para estudar. Por não terem auxílio sobre isso, eles apenas percebem a existência de estratégias mais eficazes quando, por acaso, variam seu modo de estudar e assim descobrem que um método funciona melhor que outros. Nas salas de aula organizadas da forma tradicional, os professores têm o controle sobre a maior parte dos elementos que a norteiam, enquanto os estudantes têm poucas oportunidades de controlar o contexto e sua própria autorregulação (ZIMMERMAN, 2013).

O estudante do Ensino Superior, assim como de qualquer outra etapa, necessita desenvolver diversas habilidades para aprender. Além da motivação, uma variável importante é a autorregulação, que em outras palavras se refere à capacidade do aluno de traçar metas acadêmicas, escolher estratégias adequadas, controlar e monitorar suas ações, o ambiente e o tempo a fim de alcança-las. Desse modo, frente à demanda atendida pelo SEAP, estudantes que necessitam de um apoio psicopedagógico para melhorar seu rendimento acadêmico, é pertinente a oferta de uma oficina que auxilie os estudantes a se organizarem e desenvolverem, ainda que inicialmente, o hábito de estudo por meio da estratégia de gerenciamento de recursos, um dos elementos da autorregulação.

A PUCPR Londrina oferta 7 cursos de graduação, sendo eles: Administração, Ciências Contábeis, Direito, Engenharia de Produção, Medicina, Psicologia e Teologia. Devido à recente estruturação da equipe técnica, o SEAP ainda não havia promovido uma oficina ou atividade coletiva, e as ações se restringiam ao atendimento individual, portanto, tratou-se de

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uma oficina piloto, que mediante a avaliação foi possível pensar ações futuras. Participaram 7 estudantes de 4 cursos distintos.

O objetivo da oficina foi contribuir para o desenvolvimento de um dos elementos da autorregulação da aprendizagem, a utilização e domínio de estratégias de gerenciamento de recursos, que permite o estudante ter hábitos adequados frente às exigências acadêmicas. Isso foi possível por intermédio de momentos em eles puderam relatar o tempo dedicado ao estudo na semana antecedente à oficina e as estratégias que utilizaram, aprender sobre novas formas de gerenciar os recursos disponíveis em seu entorno e então pensar sobre como superar estratégias disfuncionais de estudo como a procrastinação.

Breve contextualização do SEAP da PUCPR- Londrina

Como já mencionado anteriormente, o SEAP é o Serviço de Apoio Psicopedagógico direcionados aos estudantes e docentes da PUCPR. Este relato é especificamente sobre uma oficina desenvolvida pelo serviço do campus de Londrina, no entanto, ele é presente em outros Campus do Paraná como Curitiba e Maringá. O SEAP é responsável por garantir atendimento psicopedagógico aos estudantes da instituição que apresentem, um ou mais, indicadores de dificuldades de aprendizagem e/ou integração social decorrentes de transtorno de aprendizagem ou mental, dependência química, necessidades educacionais especiais, deficiências e o uso de estratégias inadequadas de hábitos de estudo (PUCPR,2012).

No SEAP os estudantes são acolhidos e ouvidos em suas necessidades, posteriormente, orientados e/ou encaminhados a outros setores da instituição ou da comunidade externa. Todo esse processo voltado para o estudante é realizado pela equipe que compõe o SEAP, reestruturada recentemente e composta por dois professores do curso de Psicologia e uma assistente psicopedagogico contratada no segundo semestre de 2016. Até então, o serviço era composto pelos referidos professores que realizavam atendimentos individuais, buscando acolher e acompanhar dos estudantes com dificuldades de aprendizagem ou queixas de ordem psicológica.

Há um documento norteador do serviço, elaborado no ano de 2016 pela então equipe e que parte da Política de Inclusão da PUCPR, o “Programa de Atenção à diversidade Educacional e Social da PUCPR Campus Londrina: Serviço de Apoio Psicopedagógico do Campus Londrina.” O documento está em concordância com a Resolução Nº 80/2012, a qual afirma que o SEAP tem como função “ [...] prestar atendimento psicopedagógico e social aos

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estudantes da PUCPR, bem como orientações e apoio ao corpo docente, em caráter preventivo, formativo, informativo e de orientação individual ou em grupo (PUCPR, 2012, p.2) ”.

Entretanto, devido à ausência de um profissional da área da educação no serviço e das outras funções docentes dos que compunham a equipe, havia algumas limitações para a realização de atividades coletivas. Diante dessa realidade, no decorrer do segundo semestre de 2016 houve a contratação de uma assistente psicopedagógico, no intuito de compor uma equipe multidisciplinar para atender de maneira mais abrangente as demandas pedagógicas dos universitários.

A ausência do hábito de estudo foi percebida mediante aos atendimentos individuais, também nas reuniões com as coordenações dos cursos e em conversas com professores. Esses profissionais mencionam que alguns estudantes possuem dificuldades em aprenderem determinados conteúdos devido à hábitos inadequados de estudo, a ausência de metas objetivas, de formas de organização e planejamento de uma rotina acadêmica proveitosa.

Esses comportamentos muitas vezes conduz o estudante a reprovação, troca de curso e até à desistência.

A fim de oportunizar um momento aos estudantes de reflexão, práticas e orientações acerca de estratégias de gerenciamento de recursos que possibilite uma organização da vida acadêmica e uma adequação aos novos hábitos de estudo, o SEAP da promoveu em 2016 a primeira atividade coletiva do serviço no campus Londrina, sendo uma oficina piloto intitulada “Hábitos de Estudo”. Partiu-se do pressuposto de que o avanço no desempenho pode ser promovido por meio do aprendizado de estratégias adequadas, que os possibilitem gerenciar os recursos como o tempo, esforço, apoio externo, do espaço (PINTRICHI, 1989), pois, influenciam na qualidade e na quantidade do envolvimento do estudante em determinada tarefa acadêmica.

No tópico a seguir, serão descritos os procedimentos realizados no decorrer da oficina.

Procedimentos

A estruturação da oficina, bem como o estabelecimento de objetivos e procedimentos foi realizada pela equipe técnica do SEAP. Durante o período de planejamento, os atendimentos individuais continuaram, para que fosse identificada a demanda dos estudantes participantes da referida oficina e de futuras propostas do serviço. Devido à diversidade de

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horários dos alunos e as especificidades de cada curso, optou-se por realizar a oficina em um sábado pela manhã. Foi reservada a sala do Núcleo de Práticas em Psicologia dentro do campus, pois, trata-se de um ambiente propício para atividades em grupo por ser um espaço confortável, iluminado e com recursos tecnológicos de fácil acesso.

Como meio de divulgação, foi criado um site em que os estudantes poderiam visualizar a proposta, os objetivos e realizarem as inscrições gratuitamente. A carga horária da oficina pôde ser aproveitada como hora acadêmica complementar. Também foi encaminhado aos coordenadores e professores tutores um e-mail pedindo que divulgassem a oficina nas salas de aula. Ao final do prazo de três semanas, houveram 16 alunos inscritos.

Os estudantes inscritos receberam por e-mail um calendário da semana e foram orientados a preenchê-lo indicando quais dias estudaram, qual a carga horária e os recursos (materiais, ambientais e temporais) utilizados, apontando se foi um momento de estudo proveitoso ou não, conscientes de que seria discutido na oficina.

Na figura abaixo, é exposto a estruturação da oficina após seu planejamento e os procedimentos realizados em cada momento.

Figura 1: estruturação da oficina “Hábitos de Estudo”.

1º momento

- Apresentação dos estudantes e seus conhecimentos prévios sobre o SEAP;

- Breve exposição do SEAP e das especificidades do serviço.

2º momento - Fala dos estudantes sobre as expectativas com a oficina;

- Discussão sobre o conceito de hábito e sua relação com o estudo.

3º momento - Fala dos estudantes acerca do preenchimento do calendário enviado na semana anterior;

- Questões norteadoras: A forma com que você estudou em todos os momentos foi igual? As estratégias foram as mesmas? Você preparou o ambiente para estudar? Em sua opinião, a carga horária foi suficiente? Ao verificar suas notações a que conclusão você chega?

4º momento Dinâmica 1:

- Identificação de estratégias adequadas e um bom gerenciamento de recursos;

-Discussões sobre as estratégias.

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5º momento Dinâmica 2:

-Escolha de uma palavra que o estudante considere essencial no desenvolvimento do hábito de estudo e justificativa.

6º momento Avaliação anomia da oficina

Dos 16 inscritos, sete estudantes compareceram na oficina, fato que propiciou à equipe uma avaliação quanto ao dia da semana em que foi realizada, o horário, os veículos de divulgação e comunicação com os universitários. A duração da oficina foi de 3 horas conforme previsto. No próximo tópico, serão discutidos alguns desdobramentos da oficina, bem como uma reflexão fundamentada acerca dos procedimentos realizados, levando em consideração os pontos de vistas e participação dos estudantes.

Discussão e Possibilidades

No decorrer da oficina, os estudantes tiveram momentos em que puderam falar sobre a temática, um deles foi quando expuseram suas expectativas sobre a atividade. A maioria mencionou que esperava aprender hábitos adequados para estudar, tendo em vista que se consideram indisciplinados frente às exigências acadêmicas e procrastinam as tarefas frequentemente. Acerca da discussão sobre o conceito de hábitos de estudo, os participantes demonstraram saber o que devem fazer, como por exemplo, ter um cronograma de estudos, não deixar para estudar perto do prazo final das avaliações, estudar em locais sem barulho, evitar estudar na cama, entre outros. Entretanto, no terceiro momento, a maioria relatou ter dificuldade para preencher o calendário enviado durante a semana, pois, não haviam estudado, assim, nem levaram para a oficina. Esse fato sugere que eles sabem sobre as estratégias, entretanto, não tem o conhecimento declarativo sobre elas, ou seja, não reconhecem a verdadeira importância no processo de aprendizagem.

Posteriormente, os participantes foram divididos em dois grupos e receberam diversas imagens impressas de pessoas estudando em diversos espaços de diferentes maneiras:

deitadas, em grupo, no computador, lendo livro etc. O quadro foi dividido em duas partes e foi solicitado que os grupos colassem as imagens nele. De um lado, deveriam colar aquelas que representassem estratégias ou hábitos que eles acreditavam ser adequados para estudar e do outro, formas de gerenciamento dos recursos inadequadas. Apesar da diferença de idade, gênero e curso, a interpretação dos participantes sobre as estratégias foram similares. Nesse

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momento foi enfatizada a relevância da tomada de decisão, da capacidade de escolha, da organização e estruturação do contexto de estudo, do planejamento e efetivo processamento da informação, pois, essas são características fundamentais de estudantes autorregulados.

(ZIMMERMAN, & SCHUNK, 2011).

Também foi discutido com os universitários acerca de como praticar o que haviam identificado nas imagens. Como aponta Pintrich (1989), todo estudante dispõe de recursos que estão à sua disposição e sob o seu controle, como o tempo, o ambiente físico de estudo, as outras pessoas (pares, professores e pais) e o próprio esforço e persistência. Saber administrá- los em benefício das aprendizagens é uma estratégia importante que todo aluno deve e pode aprender, pois, todo indivíduo é agente do seu próprio desenvolvimento, e isso significa influenciar intencionalmente no funcionamento da própria vida em diversas situações.

(BANDURA, 2005).

Posteriormente, a fim de sintetizar as discussões e possibilitar uma reflexão acerca dos aspectos apresentados sobre a organização e hábitos dos estudos fora da instituição, cada estudante escreveu uma palavra ou frase que para ele foi essencial. As escolhas foram justificadas por aqueles que quiseram, sendo elas: “Autoconhecimento”; “Organizar o tempo”; “Planejamento de estudos”; “Planejar”; “Autodisciplina”; “Organização”; “[...]

mantenha o foco e a determinação no objetivo que é a aprendizagem, a formação será uma consequência natural”.

Muitos deles expressaram verbalmente o anseio em mudar sua postura diante dos estudos, principalmente em relação à procrastinação. Bandura (1986) descreveu as pessoas como auto-organizadoras, proativas, autorreflexivas e autorreguladoras, ao invés de simplesmente reativas a forças do ambiente social ou a forças internas, logo, a agência humana implica intencionalidade, capacidade de antecipação, autorreatividade e autorreflexão. Desse modo, foi salientado o papel fundamental de cada um sobre sua aprendizagem e da capacidade que todos têm em se autorregular.

Ao final da oficina, foi solicitado que os participantes fizessem uma avaliação anônima acompanhada por sugestões. O feedback foi bastante positivo, e de variadas formas eles expressaram a necessidade de serem realizadas mais atividades como essa, as quais propiciam subsídios para o desenvolvimento de suas competências relacionadas à vida acadêmica.

As avaliações serviram de reflexões para aperfeiçoamento de intervenções futuras e novas ações na universidade, assim como a literatura da área também vem auxiliando. No

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cenário internacional, programas de incentivo ao desenvolvimento das habilidades dos alunos expressaram sua contribuição no processo de aprendizagem de universitários. Rosário et al.

(2010) avaliaram de maneira positiva os resultados de um projeto de promoção da autorregulação da aprendizagem em alunos com experiência de insucesso no primeiro ano da universidade. O projeto foi eficaz no que diz respeito ao ensino e treino de estratégias de aprendizagem.

No Brasil também há relatos de programas de intervenções no Ensino Superior considerados promissores. Dentro eles o de Basso et al. (2013), no qual os autores relatam um programa Oficinas de Organização e Métodos de Estudo realizado com 23 estudantes do primeiro ano dos cursos de graduação que tinha por objetivo contribuir com o aperfeiçoamento de estratégias de estudo e criar um espaço de discussão de expectativas e dificuldades no contexto acadêmico. Segundo os autores, a maioria dos estudantes relatou ao final do programa maior preparação para lidar com as exigências acadêmicas.

A oficina realizada pelo SEAP, assim como a experiência de Basso et al. (2013), por envolver exercícios práticos que abrangem a organização do tempo e métodos de estudos, buscou auxiliar os estudantes pós-oficina, por intermédio de reflexões durante a oficina sugestões a serem aplicadas no cotidiano. Durante as discussões, quando eram citadas algumas estratégias, como, por exemplo, a biblioteca como um ambiente adequado para estudo, formas de calendários de parede, monitoramento do tempo de estudo, utilização de estratégias cognitivas, estudo em grupo, entre outros, os participantes se identificavam, expressando a real possibilidade de utilização das mesmas.

Considerações finais

A oficina intitulada “Hábitos de Estudo” promovida pelo Serviço de Apoio Psicopedagógico da PUCPR Londrina buscou atender uma demanda de estudantes que apresentaram dificuldades em gerenciar os recursos que estão à sua volta para estudar de maneira satisfatória. A atuação ativa dos participantes durante a oficina e a avaliação da mesma, possibilitou identificar a necessidade de mais oficinas ou atividades em grupo, com essa e outras temáticas apontadas pelos mesmos. Percebeu-se que eles acolheram de forma positiva as estratégias ensinadas e mencionaram que o incentivo proporcionado pela oficina iria ajuda-los a começar a desenvolver o hábito de estudo, gerenciando melhor os recursos que têm em seu contexto.

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O serviço estruturou um calendário de oficinas que estão sendo ofertadas no ano letivo de 2017 e outras atividades coletivas, como o “Bate-Papo Calouro” e oficinas de Discussão sobre Temáticas (na cantina), muitas delas ministradas por dois estudantes do último ano do curso de Psicologia que tem como campo de estágio o SEAP.

Por intermédio da referida oficina também está sendo possível fazer uma revisão e um novo planejamento sobre outras formas de divulgação das ações do serviço, de modo a atender o maior número de estudantes possível, pois, como limitação na atividade piloto, percebeu-se o número reduzido participantes se comparado à quantidade de cursos e turmas existentes no Campus. No entanto, compreende-se que o serviço está em fase de reestruturação e que o foco do SEAP enquanto um local dentro da universidade que oferta apoio psicopedagógico para os alunos começou a ser divulgado apenas no segundo semestre de 2016, assim, muitos ainda não conhecem suas especificidades.

Diante do exposto, apesar de ter um grupo pequeno de estudantes participantes, a proposta foi promissora e bem avaliada, sendo ofertada neste ano com algumas alterações, também ocorridas mediante a avaliação. Os atendimentos individuais continuam ocorrendo como forma de identificação da demanda, de acolhimento e escuta aos estudantes que necessitam de um apoio imediato.

REFERÊNCIAS

BANDURA, A. The evolution of social cognitive theory. In: Smith, K.G.; Hitt, M.A. Great minds in management. Oxford University Press, 2005. p. 9-35. Disponível em:

<http://web.stanford.edu/dept/psychology/bandura/pajares/Bandura2005.pdf>. Acesso em: 15 dez 2016.

_____. Social foundations of thought and action: A social cognitive theory. Englewood Cliffs, Prentice-Hall. 1986.

BASSO, C.; et al. Organização de tempo e métodos de estudo: Oficinas com estudantes universitários. Revista Brasileira de Orientação Profissional, Florianópolis, SC, v. 14, n. 2, p. 277-288, 2013. Disponível em: <

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902013000200012>.

Acesso em: 04 mai. 2017.

McKEACHIE, W.J. (1988). The Need for Study Strategy Training. In C. E. Weinstein;

E.T.Goetz; e P.A Alexander (Eds.) Learning and Study Strategies: Issues in Assessment, Instruction, and Evaluation.New York, Academic Press, Inc.; 3-9.

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PINTRICH, P.R The Dinamic Interplay of Student Motivation and Cognition in the College Classroom. In: MAEHR, M.L.; AMES, C. (Eds.) Advances in Motivation and

Achievement. Vol. 6: Motivation Enhancing Environments. Greenwich, Conn.: JAI Press, 1989, p. 117-160.

PUCPR- PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ. Resolução nº 80/2012. Aprova o regulamento do Serviço de Apoio Psicopedagógico da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba: CONSUN, 2012.

ROSÁRIO, P.; et al. Processos de auto-regulação da aprendizagem em alunos com insucesso no 1. º ano de Universidade. Psicologia Escolar e Educacional, v. 14, n. 2, p. 349-358, 2010.

Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/pee/v14n2/a17v14n2>. Acesso em: 01 abr. 2017.

ZIMMERMAN, B.J From cognitive modeling to self-regulation: A social cognitive career path. Educational Psychologist, n. 48.3, 2013, p. 135-147. Disponível em:

<https://www.researchgate.net/profile/Barry_Zimmerman/publication/263080929_From_Cog nitive_Modeling_to_Self-

Regulation_A_Social_Cognitive_Career_Path/links/55ddf67d08ae45e825d39539.pdf>.

Acesso em: 06 dez 2016.

ZIMMERMAN, B. J.; SCHUNK, D. H. Handbook of self-regulation of learning and performance. New York, NY: Taylor & Francis, 2011.

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