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Plano de Educação Ambiental (Resíduos Sólidos)

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Plano de Educação Ambiental (Resíduos Sólidos)

Consórcio Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos COMARES UCV - Litoral Leste do Estado do Ceará

Versão 2 - Atualizada

Cascavel (CE), 2020.

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PLANO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – RESÍDUOS SÓLIDOS ATUALIZADO NO ANO DE 2020:

GESTORES MUNICIPAIS Valdemar Araújo da Silva Filho Presidente do COMARES – Litoral Leste

Prefeito do Município de Pindoretama Bismarck Costa Lima Pinheiro Maia

Prefeito do Município de Aracati Pedro da Cunha

Prefeito do Município de Beberibe Tiago Lutiani Oliveira Ribeiro Prefeito do Município de Cascavel

Naselmo de Sousa Ferreira Prefeito do Município de Fortim

DIRETORIA EXECUTIVA Clodoaldo Monteiro Uchôa

Superintendente do COMARES Litoral Leste Paulo Henrique Silva Coelho

Secretário Executivo EQUIPE DE ELABORAÇÃO

Coordenação na Área de Educação Ambiental Clodoaldo Monteiro Uchôa – Consórcio

Revisão Geral na Área de Educação Paulo Henrique Silva Coelho - Pindoretama

Técnicos Ambientais

Ana Lúcia Nogueira da Silva - Beberibe Letícia Cândido de Sousa - Cascavel Francisco Nairton Alves Pereira - Pindoretama

Valeria Pereira Rocha - Pindoretama Francisco Alex Lopes Brindeiro – Pindoretama

Orithia dos Santos Leão - Pindoretama Assessorias técnicas do consórcio

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“Não basta ter sido bom quando deixar o mundo. É preciso deixar um mundo melhor”. Bertolt Brecht

Imagem – Google.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Informações municipais...15

Quadro 2 – Situação atual da disposição final dos entes consorciados...16

Quadro 3 – Situação de serviços de coleta...16

Quadro 4 – Situação da Política de Meio Ambiente e Educação Ambiental...16

Quadro 5 – Linhas de ação – objetivos 1 ...43

Quadro 6 – Linhas de ação – objetivos 2...44

Quadro 7 – Linhas de ação – objetivos 3 ...45

Quadro 8 – Linhas de ação – objetivos 4 ...45

Quadro 9 – Linhas de ação – objetivos 5 ...46

Quadro 10– Linhas de ação – objetivos 6 ...47

Quadro 11 – Linhas de ação – objetivos 7 ...47

Quadro 12 – Linhas de ação – objetivos 8 ...48

Quadro 13 – Linhas de ação – objetivos 9 ...49

Quadro 14 – Linhas de ação – objetivos 10...49

Quadro 15 – Linhas de ação – objetivos 11 ...50

Quadro 16 – Linhas de ação – objetivos 12 ...52

Quadro 17 – Linhas de ação – objetivos 13 ...53

Quadro 18 – Cronograma de execução...54

LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Localização dos municípios do Litoral Leste – CE...7

LISTA DE GRÁFICO Gráfico 1 – Componente gravimétrico do Litoral Leste – CE...14

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ARCE - Agência Reguladora do Estado do Ceará

CAOMACE - Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia, Meio Ambiente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural

CMR’S - Centrais Municipais de Resíduos

COMARES – Consórcio Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

GEE – Gases com Efeito Estufa

IQM – Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente PCSM - Plano de Coletas Seletivas Múltiplas

PGRSS - Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde PNRS – Plano Nacional de Resíduos Sólidos

PRGIRS - Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos SEMA – Secretaria do Meio Ambiente

TAC – Termo de Ajustamento de Conduta SCIDADES – Secretaria das Cidades

SETUR – Secretaria de Turismo do Estado do Ceará PNEA – Plano Nacional de Educação Ambiental

PEARS – Plano de Educação Ambiental – Resíduos Sólidos SEDUC – Secretaria de Educação do Estado do Ceará EA – Educação Ambiental

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...8

LITORAL LESTE...8

CONSÓRCIO COMARES UCV LITORAL LESTE...8

1 INTRODUÇÃO...11

2 JUSTIFICATIVA...12

2.1 Diagnóstico nos municípios do Consórcio Comares...12

3 PÚBLICO ALVO...17

4 OBJETIVOS...18

4.1 Objetivos Gerais...18

4.2 Objetivos Específicos...18

5 CONTÉUDO PROGRÁMATICO...20

5.1 Educação Ambiental...20

5.2 Resíduos Sólidos...32

6 DIRETRIZES...35

7 PRINCÍPIOS...37

8 ESTRATÉGIAS E LINHAS DE AÇÃO...40

9 METAS...42

9.1 Metas Gerais...42

9.2 Metas específicas e ações propostas...43

10 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO...54

11 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DAS METAS DO PEARS...56

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...57

ANEXOS...61

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APRESENTAÇÃO

A Equipe de Gestão do Consórcio Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – Unidade Cascavel, Litoral Leste do Estado do Ceará através de sua equipe de Educação Ambiental em conjunto com as equipes dos Municípios entes consorciados realizou estudos objetivando analisar as ações de Educação Ambiental na temática de resíduos sólidos que melhor se aplicam a realidade de cada município e que estejam de acordo com as Diretrizes Nacionais, Estaduais e Municipais de Educação Ambiental.

LITORAL LESTE

O território do Litoral Leste (CE) está localizado na Região Nordeste e é composto por 8 municípios: Aracati, Beberibe, Cascavel, Fortim, Icapuí, Itaiçaba, Jaguaruana e Pindoretama, no entanto, apenas cinco Municípios do Litoral Leste fazem parte do referido consórcio sendo composto por Aracati, Beberibe, Cascavel, Fortim e Pindoretama.

Figura 1 – Localização dos Municípios – Litoral Leste - Ceará

Fonte: IBGE, 2006

A economia regional está pautada no setor comercial e de serviços, sendo o artesanato, o comércio do pescado e o turismo as atividades

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predominantes. Destaca-se ainda a exploração do coco-da-baía, do cajueiro, da cana-de-açúcar e do camarão de cativeiro, todas geradoras de renda e emprego, além de produtos fortemente identificados com a culinária típica do polo, que tem Aquiraz e Aracati como seus principais municípios.

Nesta região, os atrativos e recursos estão naturalmente vinculados ao ambiente fisiográfico da faixa litorânea, caracterizado por possuir uma rica biodiversidade e geossistemas constituídos por falésias, dunas, mangues, lagamares, formações rochosas e praias com águas calmas e temperatura agradável. Tais características são aproveitadas pela atividade turística, sendo os principais atrativos as praias e as linhas de falésias que se estendem por 190 km de litoral. Há também um conjunto de recursos e atrativos culturais representados pelo patrimônio histórico instalado nos Municípios de Aracati e Aquiraz, além das manifestações artísticas locais, expressas no artesanato, especialmente.

O artesanato produzido na região tem boa aceitação no mercado turístico, gerando expressivo número de empregos. Conta com acervo do patrimônio histórico originários do século XVIII, enriquecido por igrejas, museus, praças e monumentos que hoje ainda demonstra a pujança econômica e cultural do Município de Aracati. Nessa região, os principais produtos concentram-se nos Municípios de Aquiraz, Cascavel, Beberibe e Aracati.

CONSÓRCIO COMARES – UCV – LITORAL LESTE

O Consórcio COMARES Litoral Leste com data de inauguração em meados de 2010, no entanto até o segundo semestre de 2013 estava com suas atividades suspensas. Começou a ser restituído no mesmo período do ano retromencionado, na ocasião reiniciou os trabalhos de reorganização com os municípios de Pindoretama, Cascavel e Beberibe.

No dia 22 de outubro de 2015, celebrou no Município de Cascavel a inauguração de sua Sede. Na sequência em 2016 foram realizadas reuniões

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um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, do qual tanto o Consórcio como os municípios estabeleceram tarefas a cumprir frente ao objetivo de construir a gestão integrada de resíduos sólidos no âmbito regional.

Em 2017, muitas experiências foram construídas com o início dos trabalhos desenvolvidos em parceria com as empresas Gaia Engenharia Ambiental e com a Empresa I&T – Gestão de Resíduos. Como produtos gerados dessas parcerias, temos o Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PRGIRS e o Plano de Coletas Seletivas Múltiplas – PCSM, que na ocasião teve a sua implementação discutida.

Em 2018, se iniciou a parceria entre o Consórcio e a equipe do Projeto ProteGEEr, a instituição desenvolve ações de cooperação técnica entre Brasil e Alemanha. O foco central destas junto ao COMARES é a discussão sobre a gestão dos resíduos sólidos e sua relação com a produção de gases de efeito estufa (GEE). O projeto disponibiliza apoio com trabalho intelectual, treinamento e discussões almejando o planejamento da gestão dos resíduos no âmbito dos entes consorciados.

No mesmo ano ocorreu a inserção dos municípios consorciados na edição do Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente – IQM 18 – A, do qual permitiu ao Consórcio contar com recursos e planejar ações amparado pelo Decreto n° 29.306, de 5 de junho de 2008, e alterado pelo Decreto n°

32.483, de 29 de dezembro de 2017. Essa legislação corrobora com as metas da Política Estadual de Resíduos Sólidos no que compete a gestão dos resíduos no âmbito municipal.

O Consórcio trabalha para construir uma política de estado, para isso conta com a parceria do Estado do Ceará por meio da Secretaria de Meio Ambiente – SEMA, Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia, Meio Ambiente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural – CAOMACE, Superintendência Estadual de Meio Ambiente – SEMACE, Agência Reguladora do Estado do Ceará – ARCE e demais colaboradores, dentre eles, a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária – ABES.

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Nesse cenário a luz da participação do Consócio no programa Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente - IQM, alavancou-se o trabalho intensivo de pesquisa e planejamento dos planos PRGIRS e PCSM. Um plano de trabalho foi elaborado com implementação prevista para 2019. Ocorre que em 2019 eventos de natureza política, atinentes a mudanças de gestão, consequência de assuntos de caráter particular dos municípios envolvidos.

Dentre os conteúdos do supracitado plano estava a implementação de edificações, preparação de legislação para geradores e discussões sobre planos de gerenciamento. Todos esses conteúdos intrinsecamente interrelacionados com o funcionamento da Central Municipal de Resíduos.

Com o realinhamento das ações, trabalho feito no segundo semestre de 2018, ficou para o início de 2020, a implementação das Centrais Municipais de Resíduos – CMR’s, nessa conjectura incluiu-se os preparativos para processos de licitação cerne de todas as ações que corroboram os primeiros passos dos municípios consorciados frente ao início do cumprimento do previsto na PNRS, lei 12.305/10.

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1 INTRODUÇÃO

A elaboração do presente trabalho se deu apartir da necessidade do Consórcio Intermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sóldios – COMARES UCV de propor ações de Educação Ambiental que possam mudar hábitos e customes das populações para o tratamento dos resíduos sólidos ambientalmente correta, a fim de aplicar ações no próprio consórcio bem como servir de base orientadora as ações a serem executadas de forma regionalizada e integrada aos seus entes consorciados através das Secretarias Municipais de Educação, Secretarias Municipais de Meio Ambientes e outras afins, também realizado em parceria com órgãos estaduais como a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), Secretaria das Cidades e Secretaria Estadual de Educação – SEDUC.

Vale ressaltar também que esse plano cumpriu metas sobre Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Consórcio COMARES-UCV (Unidade Cascavel) firmadas no Termo de Ajustamento e Conduta-TAC com o Ministério Público do Estado do Ceará através do Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia, Meio Ambiente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (CAOMACE) e as Promotorias de Justiça dos entes consorciados.

O Plano de Educação Ambiental - Resíduos Sólidos busca incentivar a participação dos diversos sujeitos sociais envolvidos ou que desejam envolver- se em ações de educação ambiental em resíduos sólidos. Assim sendo, serão elaborados planos de ação municipais, que serão implementados em até dois anos, envolvendo os diversos segmentos da sociedade.

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2 JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos têm-se discutido muito a temática ambiental, destacando para a poluição atmosférica, a contaminação e degradação do solo e dos recursos hídricos, a desigualdade social associada um consumo excessivo, a ameaça à biodiversidade e à saúde social como também a poluição por tratamento, transporte e disposição final dos resíduos sólidos de forma incorreta.

O Plano de Educação Ambiental desse consórcio propõe abordar a temática dos impactos ambientais, econômicos e sócias causados pelo manejo incorreto dos resíduos sólidos. Além disso, dos desafios da educação ambiental a serem enfrentados pelos municípios entes consorciados a partir do momento da implementação e operação da Central Municipal de Resíduos – CMR equipamentos previstos a serem implementados em cada ente, diante de hábitos e costumes da população e das gestões públicas através do uso atual de coleta sistemática tudo junto e destinado aos lixões, como também as ações servirão de contribuição de todos para o processo de encerramento dos seis lixões existentes na região territorial do COMARES.

A ciência dos problemas acima citados e a sensibilização da sociedade e gestores públicos são pilares fundamentais para a construção de cidades mais sustentáveis partindo da prevenção, participação e principalmente pelas mudanças de atitudes, onde a educação ambiental é o principal caminho para alcançar os resultados e tudo expressamente em concordância com as legislações da área de resíduos, na área de educação como as orientações científicas e acadêmicas.

2.1 Diagnóstico nos Municípios do Consórcio COMARES

De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS o Brasil coletou 183 mil de toneladas de resíduos por dia, o que significa uma média de 401,5 kg de lixo por ano para cada brasileiro (e 1,1 kg/dia), segundo o plano

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Nacional de Resíduos Sólidos (ano base 2008).

Esses são dados dos resíduos sólidos urbanos coletados, porém, o país ainda apresenta 10% de déficit em número de municípios atingidos pela coleta de resíduos, principalmente na área rural. Se a coleta melhorou nos últimos anos, a destinação ainda continua ruim: 58,3% do que é coletado é destinado a aterros sanitários (obra de engenharia capaz minimizar impactos ambientais), o restante, é disposto em aterros controlados (que enganam no nome, mas são lixões cobertos), lixões a céu aberto, terrenos baldios, rios, mares, etc.

E, estamos enterrando muito material reciclável nesse montante todo.

De tudo que é gerado, apenas 31,9% tem potencial de ser reciclado (plástico, vidro, metal e papel). Os demais (51,4%) são orgânicos – passíveis de compostagem – e os 16,7% são “outros” ou rejeitos, aqueles que “não tem jeito”, ou seja, não apresentam outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. Desse material potencial de ser reciclado, apenas 3,8% é recuperado pelos programas oficias das prefeituras enquanto o restante, 96,2% chega à indústria recicladora por outras fontes: resíduo sólido industrial, pré-consumo, coleta seletiva informal, importação, entre outros caminhos percorridos até a efetiva reciclagem.

Segundo o Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PRGIRS Os resíduos sólidos urbanos gerados na Região Litoral Leste, 2018, são estimados em 285,7 ton/dia, tendo como origem 8 municípios, e tendo como Polo Regional de Reciclagem (PRR) o Município de Cascavel.

Para o Plano de Coletas Seletivas no Litoral Leste, todos os municípios, exceto Cascavel e Fortim, realizam os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos por meio da contratação de empresas.

Vale a pena destacar que em todos os municípios entes do COMARES realizam a coleta tipo sistemática, com caminhões abertos e compacatadores com disposição final em 6(seis) lixões a céu aberto, sem aplicação de coleta

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seletiva e com número aproximado de 100 (cem) catadores.

Desta forma, a caracterização gravimétrica de referência para este diagnóstico é a apresentada no Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Ceará e nos Planos Regionais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que aponta a presença de 54% de resíduos orgânicos, 27% de resíduos recicláveis secos e 19% de rejeitos.

Gráfico 1 - Composição Gravimétrica do Litoral Leste

Fonte: I&T/PRGIRS

Baseado em todas as informações acima o diagnóstico apresenta uma situação que de 100% dos resíduos coletados são transportados aos lixões a céu aberto e que a gravimetria foi dividida em três categorias de resíduos, sendo 54% de resíduos orgânicos (recicláveis), 27% resíduos secos (recicláveis) e 19% de rejeitos (não recicláveis ainda).

A população dos Municípios de Aracati, Beberibe, Cascavel, Fortim e Pindoretama, que formam o Consórcio COMARES, são de 236.910 habitantes e, ocupam uma área de 4.021,12 km².

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Quadro 1 – Informações Municipais

Municípios

População estimada 2019 (hab.)

Área Total (Km²)

IDH 2010

Número de escolas Rede

Municipal Fundamental

Número de escolas Rede

Estadual - Médio

Estabele- cimentos de Saúde SUS

2009

PIB Percapita

2017 R$

Aracati 74.547 1.227,197 0,655 41 7 73 17.321,75

Beberibe 53.573 1.596,751 0,638 36 3 63 15.037,31

Cascavel 71.743 838,115 0,646 48 7 46 12.605,08

Fortim 16.480 285,024 0,624 10 1 11 9.685,71

Pindoretama 20.567 74,033 0,636 14 1 16 10.708,89

TOTAL 236.910 4.021,12 - 149 19 209 65.358,74

Fonte: IBGE 2012

Os municípios, quando associados, podem superar a fragilidade da gestão, racionalizar e ampliar a escala no tratamento dos resíduos sólidos e se prepararem tecnicamente para gerir os serviços podendo inclusive, operar unidades de processamento de resíduos, garantindo sustentabilidade.

Nos cinco municípios acima referidos não possuem coleta seletiva regulamentada e em execução, ocorrem ações individualizadas de destinação correta através de projetos escolares, acadêmicos ou por conta própria por empresas privadas. A coleta dos resíduos sólidos domiciliares em ambos é classificada como sistemática e ainda de forma ainda muito primária com caminhões abertos e alguns compactadores e muitos trabalhadores não utilizam os equipamentos de proteção individual.

A disposição final dos resíduos nos municípios entes consorciados ainda se dá por uso lixão a céu aberto e no caso do Município e em Cascavel existem dois lixões na sede e no Distrito de Caponga. Os municípios possuem catadores cadastrados, e estão sendo criadas associações de Catadores em cada ente, como exemplo de Cascavel que já possui a ASCAVEL.

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Quadro 2 – Situação atual da disposição final dos entes consorciados.

Municípios Lixão a céu aberto

Ativo

Lixão a céu aberto Inativo

Aterro Sanitário Outros

ARACATI 1 0 0 0

BEBERIBE 1 1 0 0

CASCAVEL 2 0 0 0

FORTIM 1 0 0 0

PINDORETAMA 1 0 0 0

Fonte: Consórcio Comares

Quadro 3 – Situação de Serviço de Coleta Seletiva.

Municípios Legislação Transporte Serviço Porta a Porta Previsão

ARACATI Não Não Não Sim

BEBERIBE Sim Não Não Sim

CASCAVEL Sim Não Não Sim

FORTIM Não Não Não Sim

PINDORETAMA Não Não Não Sim

Fonte: Consórcio Comares

Sobre a Política Municipal de Educação Ambiental nos municípios foram identificados os dados no quadro abaixo.

Quadro 4 – Situação da Política de Meio Ambiente e Educação Ambiental.

Municípios Legislação Municipal

Plano Municipal

Plano Regionalizado Resíduos Sólidos

Projetos

ARACATI Sim Não Sim Sim

BEBERIBE Sim Não Sim Sim

CASCAVEL Sim Sim Sim Sim

FORTIM Sim Não Sim Sim

PINDORETAMA Não Não Sim Sim

Fonte: Consórcio Comares

Também foi identificada uma quantidade satisfatória de projetos de educação ambiental na temática de resíduos sólidos nas escolas da Rede Municipal de Ensino e na Rede Estadual de Ensino em carater científico, sendo apresentados em feiras regionais e nacionais.

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3 PÚBLICO ALVO

O Plano de Educação Ambiental – Resíduos Sólidos do Consórcio COMARES têm seu Público Alvo baseado nas Diretrizes do Programa Nacional de Educação Ambiental PNEA, que deve atender a toda sociedade, em todas as faixas etárias, visando o compromisso com processos educativos articulados, continuados e permanentes, que assegurem um enfoque humanista, histórico e crítico sobre a concepção de ambiente em sua totalidade, contextualizado global e localmente, promovendo o compromisso com a inclusão, participação, emancipação e justiça socioambiental. Dentre o público destacam-se:

• Grupos em condições de vulnerabilidade social e ambiental

• Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais1(caso exista).

• Produtores rurais, agricultores familiares, incluindo os assentados rurais e atingidos por barragens.

• Agentes comunitários e de saúde.

• Lideranças de comunidades ribeirinhas, rurais, urbanas e periurbanas, a exemplo de grupos étnicos e culturais.

O Projeto também é voltado para os geradores de resíduos sólidos domésticos, geradores comerciais, turistas (geradores eventuais), comunidade escolar – alunos/professores, comunidade acadêmica (alunos/professores), Gestores Municipais, Organizações-não Governamentais e Conselhos Municipais.

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4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Estimular e apoiar processos de educação ambiental voltados para valores humanistas, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências que contribuam para a participação cidadã na construção de sociedades sustentáveis nos Municípios de Aracati, Beberibe, Cascavel, Fortim e Pindoretama na área de resíduos sólidos.

4.2 Objetivos Específicos

 Promover a Educação Ambiental articulada à gestão ambiental.

 Formular e implementar as políticas públicas de Educação Ambiental ao tema de resíduos sólidos.

 Promover interfaces entre Educação Ambiental e os diversos programas e políticas de governo nas diferentes áreas.

 Articular a mobilização social como instrumentos de Educação Ambiental.

 Estimular à Educação Ambiental associada ao setor produtivo e a obra ou atividade potencialmente causadora de degradação ao meio ambiente.

 Proporcionar apoio institucional e financeiro as ações de educação ambiental.

 Formar gestores e educadores de Educação Ambiental na área de resíduos sólidos.

 Contribuir com a comunicação e tecnologia para Educação Ambiental.

 Produzir e apoiar à elaboração de materiais educativos e didáticos- pedagógicos.

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 Apresentar a gestão de resíduos sólidos relacionado a Educação Ambiental aos entes consorciados.

 Apresentar o gerenciamento de resíduos sólidos relacionados a Educação Ambiental nos municípios entes.

 Fortalecer a compreensão e adesão da população e poder público sobre os tipos de resíduos e seus processos de manejo ambientalmente corretos.

 Difundir as técnicas de boas práticas para os resíduos da logística reversa e resíduos de agrotóxicos.

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5 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

O Consórcio COMARES buscou referências na lógica cronológica da aboradagem de Educação Ambiental no mundo e no Brasil.

5.1 Educação Ambiental

A Educação Ambiental com os mais remotos já era praticada, mas o termo educação ambiental é recente, surgido na década de 70.

REIGOTA (2009), em seu livro “O que é Educação Ambiental”, caracteriza a Educação Ambiental como uma educação política, visto que a mesma está comprometida com a ampliação da cidadania, da liberdade, da autonomia e da intervenção direta dos cidadãos na busca de soluções e alternativas que permita uma convivência digna e voltada para o bem comum.

A sobrevivência do homem primitivo era diretamente ligada ao meio ambiente, pois era por meio dela que os seres humanos conseguiam tirar o seu sustento. Assim, todos os conhecimentos e cuidados com o meio ambiente eram transmitidos para os filhos e, de geração em geração, implicitamente praticava-se aquilo que contemporaneamente chamamos de Educação Ambiental.

Nessa perspectiva, KRUGER (2001), afirma que o homem interage com a natureza desde os primórdios da humanidade, assim, “entre 50 e 40 mil anos atrás a natureza dominava o homem. Com o surgimento da agricultura (10 mil anos atrás) o homem passa lentamente a inverter tal relação”. Num primeiro momento, o homem é tido como refém das grandes florestas e matas, pois não tinha o conhecimento de seus frutos, dos animais que a habitavam, das plantas medicinais, das estações de seca e chuva etc.

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Com o passar do tempo, o homem começa a ter um maior conhecimento do meio ambiente e, consequentemente, explorar seus recursos.

As ciências evoluíram e os fenômenos naturais começam a ser compreendidos. Com isso, a relação homem-natureza passa por uma grande transformação, onde o homem pretendeu, por suas ações, submeter à natureza aos seus interesses.

De acordo com KRUGER (2001), ao se referir ao emprego da tecnologia, “um saber baseado em teoria e experimentação científica, não sendo possível separar nitidamente as duas”, aspecto que somente ocorre após a Revolução Industrial, no século XVIII. Há, neste momento histórico, a introdução de fundamentos científicos no uso das técnicas pelo homem, que, através da ciência, buscou a possibilidade de generalização e de seu uso sistemático na ransformação dos recursos naturais da terra. São justamente estes atributos de generalidade, utilização sistemática e inserção socioeconômica que criaram uma tecnologia.

Segundo ARAÚJO (2007), a questão da dominação da natureza, a partir de épocas tão remotas, pode ser exemplificada pelo controle da técnica da irrigação, cujo resultado foi sua domesticação pelas práticas da agricultura e a fixação dos homens em territórios propícios, originando o berço das antigas civilizações. É a partir daí que surge a concepção de domínio sobre a natureza, tendo em vista que a dominação da mesma significaria controlar algo de características inconstantes, imprevisíveis e instintivas. Considerando essa proposta de domínio, a natureza passa a assumir o papel de objeto a ser conquistado pelo sujeito, representada pelo homem. O termo sujeito – atribuído orgulhosamente ao homem – apresenta, além do significado de ser ativo, dono de seu destino, a significação de um ser submetido a determinadas circunstâncias. Essa segunda conotação do termo é esquecida por influência da visão antropocêntrica de mundo, na qual o homem é o senhor de todas as coisas, fazendo assim com que se esqueça de que o termo sujeito pode significar tanto o ser que age como aquele que se submete. É lamentável a constatação que essa visão de natureza separada do homem é característica

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do pensamento dominante no mundo ocidental atual. (ARAÚJO, 2007).

Dessa maneira, à medida que aumenta a capacidade de extração dos insumos da natureza, aumenta também a quantidade de matéria-prima transformada e, obviamente, de recursos naturais explorados, mas tudo isso é justificado, pois, somado a todo este desgaste, vem o que realmente interessa aos grandes capitalistas: o aumento do lucro.

Nessas condições, os bens, antes duradouros, passam cada vez mais a ter um aspecto descartável, de forma a promover o aumento do consumo. Essa cultura passa a ser tão enraizada que o grau de desenvolvimento de uma sociedade ou nação passa inclusive a ser avaliado pela quantidade de lixo não orgânico produzido. Quanto mais elementos descartáveis, não orgânicos, o lixo contiver, mais aquela sociedade é considerada desenvolvida economicamente, contribuindo, paradoxalmente, para maior degradação do planeta. (KRÜGER, 2001).

É este contexto capitalista de desenvolvimento acelerado de tecnologias para o aumento desenfreado de produção, consumo e lucro que trouxe à sociedade contemporânea o panorama catastrófico no qual se encontra. Uma mobilização de ambientalistas e profissionais preocupados com o futuro da humanidade, os quais levam em conta a característica finita dos recursos naturais não renováveis, busca novas formas de desenvolvimento baseadas na sustentabilidade das ações antrópicas em relação à natureza.

(SOAREZ DE OLIVEIRA, 2002).

Segundo relatório da UNESCO (1997), a humanidade está tomando consciência da envergadura desses danos e destruições. Começa-se a avaliar as consequências das catástrofes ocorridas e aquelas que poderão vir. Nesse contexto, até que se chegasse a uma conscientização de que o homem precisava interagir com a natureza de forma proveitosa e menos degradante, muitos desastres ambientais já haviam acontecido. Agora, era preciso mudar a forma do homem se relacionar com a natureza. Nessa ótica, não bastava

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apenas conhecer o meio ambiente, mas também, ensinar. Assim, urgia reestruturar e preservar, buscando minimizar os efeitos da ignorância no passado.

Estudar a história da educação ambiental, assim, é de extrema relevância para a completa compreensão dos esforços da humanidade, na busca do desenvolvimento sustentável e da compreensão da educação ambiental em países como o Brasil.

Diante desse quadro exposto acima, surgiram vários grupos de defensores e pacifistas ambientais que, conforme SANTOS (2005), buscaram discutir com o cidadão comum, com as autoridades e os meios de comunicação a responsabilidade de cada um deles diante das questões que envolviam a degradação do meio ambiente. Ao impulsionar a reflexão sobre o alcance da intervenção humana no planeta, inauguraram uma nova concepção de cidadania, na qual o homem é vinculado à complexa teia da vida.

Um dos primeiros movimentos sociais a reverter esse quadro caótico em que se encontrava o meio ambiente foi à construção de uma nova ciência, denominada de Ecologia, isso tudo nas décadas de 60 e 70. Notou-se assim, que o conhecimento sobre o meio ambiente era insuficiente, e que qualquer decisão agora seria baseada nas descobertas da Ecologia e demais ciências afins. Sobre isso, em 1864, ocorre o lançamento do livro “O Homem e a Natureza”, ou “Geografia Física Modificada pela Ação do Homem”, de autoria do norte-americano Georges Perkins Marsh. Cinco anos depois, o vocábulo

“ecologia” é proposto por Ernst Haeckel para definir os estudos a serem realizados sobre as relações entre as espécies e seu ambiente. (ARAÚJO, 2007).

Em 1972 realizou-se a Conferência de Estocolmo, onde foi concebido o Plano de Ação Mundial e, em particular, foram dadas diretrizes para um Programa Internacional de Educação Ambiental que, segundo dispõe PEDRINI (1998) “pela primeira vez, a educação ambiental foi reconhecida como essencial para solucionar a crise ambiental internacional, enfatizando a

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Terra”. Assim, PEDRINI (Ibidem) afirmava que é indispensável um trabalho de educação em questões ambientais, dirigido, seja às gerações jovens, seja aos adultos, o qual dê a devida atenção aos setores menos privilegiados da população, a fim de favorecer a formação de uma opinião pública bem informada e uma conduta dos indivíduos, das empresas e das coletividades, inspiradas no sentido de sua responsabilidade com a proteção e melhoria do meio, em toda a sua dimensão humana.

Apesar da sua importância, esta conferência configurou-se mais como um ponto centralizado para identificar os problemas ambientais, do que um começo de ação para resolvê-los.

Em 1975, a UNESCO, em colaboração com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em resposta à recomendação 96 da Conferência de Estocolmo, sobre o Ambiente Humano, nomeia o desenvolvimento da Educação Ambiental como um dos elementos mais críticos para que se possa combater rapidamente a crise ambiental do mundo, e cria o Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA).

É curioso notar que, de acordo com PEDRINI (1998), a UNESCO realizou estudos sobre educação ambiental, compreendendo-a como tema complexo e interdisciplinar. Nesse estudo sobre a relação entre meio ambiente e escola, realizado junto a seus países membros, a UNESCO entendeu que não se deve limitar a educação ambiental a uma disciplina específica no currículo escolar. Essa interpretação da eficácia da educação ambiental interdisciplinar acabou por influenciar, anos depois, a Política Nacional de Educação Ambiental, instituída pela Lei n.º 9.795/99, que no art. 10, §1º, dispõe: “A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino”.

Em 1975, é lançada a “Carta de Belgrado”, buscando uma estrutura global para a educação ambiental. A Carta, precipuamente constatou um crescimento econômico e um processo tecnológico sem precedentes, os quais, ao tempo em que trouxeram benefícios para muitas pessoas, produziram

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também sérias consequências ambientais e sociais.

A Carta de Belgrado entendeu como absolutamente vital que os cidadãos de todo o mundo insistissem a favor de medidas que dessem suporte ao tipo de crescimento econômico que não trouxesse repercussões prejudiciais

às pessoas, bem como não diminuíssem, de nenhuma maneira, as condições de vida e de qualidade do meio ambiente, propondo uma nova ética global de desenvolvimento, através, dentre outros mecanismos, da reforma dos processos e sistemas educacionais (PEDRINI, 1998).

A Carta de Belgrado (1975) afirmava textualmente: Governos e formuladores de políticas podem ordenar mudanças e novas abordagens para o desenvolvimento, podem começar a melhorar as condições de convívio do mundo, mas tudo isso não passa de soluções de curto prazo, a menos que a juventude mundial receba um novo tipo de educação. Esta implicará um novo e produtivo relacionamento entre estudantes e professores, entre escolas e comunidades, e entre o sistema educacional e a sociedade em geral.

Em outubro de 1977, em Tbilisi (URSS), acontece a Primeira Conferência Internacional em Educação Ambiental, que constitui o ponto culminante do Programa Internacional de Educação Ambiental, portanto, a segunda reunião internacional promovida pela UNESCO. Nessa conferência, definiram-se objetivos e estratégias, a nível nacional e internacional. Naquele instante, postulava-se que a Educação Ambiental fosse um elemento essencial para uma educação formal e não formal, da qual resultariam benefícios para a humanidade. (PEDRINI, 1998).

A Declaração de Tbilisi de 1977, a exemplo das manifestações internacionais anteriores, segundo dispõe PEDRINI (1998), também entendeu que a educação ambiental é o resultado da reorientação e compatibilidade de diferentes disciplinas e experiências educacionais que facilitam uma percepção integrada dos problemas ambientais, proporcionando capacitação

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para ações suficientes às necessidades socioambientais Desse modo, definiu como objetivos da educação ambiental o seguinte: fomentar plena consciência e preocupação sobre a interdependência econômica, social, política e ecológica nas áreas urbanas e rurais; proporcionar, a cada pessoa, oportunidades de adquirir conhecimento, valores, atitudes, compromisso e habilidades necessários a proteger e melhorar o meio ambiente; criar novos padrões de comportamento de indivíduos, grupos e sociedade como um todo em favor do ambiente (Declaração de Tbilisi de 1977, Apud. PEDRINI, 1998)

Foi nessa primeira conferência que se chegou à conclusão de que a educação deveria, simultaneamente, preocupar-se com a conscientização, a transmissão de informação, o desenvolvimento de hábitos e a promoção de valores, bem como o estabelecimento de critérios e orientações para a resolução de problemas.

Em 1987, realiza-se o Congresso Internacional sobre Educação e Formação Relativa ao Meio Ambiente, em Moscou, promovido pela UNESCO.

No documento final, “Estratégia internacional de ação em matéria de educação e formação ambiental para o decênio de 90”, ressaltava-se a necessidade de atender, prioritariamente, à formação de recursos humanos, nas áreas formais e não formais da Educação Ambiental, e na inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis de ensino. (PEDRINI, 1998).

Após longa discussão sobre a Globalização e a situação dos países do terceiro mundo e a relação destes com os países desenvolvidos, no que diz respeito à preservação ambiental, começou a ser preparada a Conferência Rio- 92, cuja grande preocupação era os problemas ambientais globais e as questões do desenvolvimento sustentável.

Nesse contexto, são lançados os desafios fundamentais para o próximo milênio. Entre os vários documentos emanados dessa conferência, destaca-se a Agenda 21, que apresenta um plano de ação para o desenvolvimento sustentável dos vários países. De acordo com os preceitos

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desta agenda, deve-se promover, com a colaboração apropriada das organizações não governamentais, todo o tipo de programas educacionais centrados nos problemas locais, de forma a incentivar uma educação permanente sobre meio ambiente e desenvolvimento.

No capítulo 36 da Agenda 21, intitulado como “Promoção do ensino, da conscientização e do treinamento”, afirma: O ensino, o aumento da consciência pública e o treinamento estão vinculados virtualmente a todas as áreas de programa da Agenda 21 e ainda mais próximas das que se referem à satisfação das necessidades básicas, fortalecimento institucional e técnica, dados e informação, ciência e papel dos principais grupos. Este capítulo formula propostas gerais, enquanto que as sugestões específicas relacionadas com as questões setoriais aparecem em outros capítulos. A Declaração e as Recomendações da Conferência Intergovernamental de Tbilisi sobre Educação Ambiental, organizada pela UNESCO e o PNUMA e celebrada em 1977, ofereceram os princípios fundamentais para as propostas deste documento.

A Educação Ambiental pensada de acordo com os princípios da Agenda 21 engloba tanto a educação institucional como a informal, dando especial atenção àquela promovida pela sociedade civil organizada. A participação da sociedade civil na sistematização dos princípios da Educação ambiental no Brasil foi firmada durante a realização da Primeira Conferência Nacional de Educação Ambiental realizada em Brasília em 1997.

Para MEDINA, et al, (2001), a grande contribuição desses movimentos para a Educação Ambiental, não está no fato de tão-somente ensinar sobre a natureza, mas de educar “para” e “com” a natureza: para compreender e agir corretamente antes os grandes problemas das relações do homem com o ambiente, trata-se de ensinar sobre o papel do ser humano na biosfera para a compreensão das complexas relações entre a sociedade e a natureza e dos processos históricos que condicionam os modelos de desenvolvimento adotados pelos diferentes grupos sociais.

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Além de todos estes movimentos que corroboraram para uma conscientização do papel do homem na natureza e desta para com a humanidade, as inúmeras leis que surgiram ao longo do tempo, também foi fator determinante para paralisar qualquer prática nociva ao meio ambiente, tudo sobre o forte predomínio de sanções penais e administrativas.

Uma das primeiras leis que tratou desse assunto foi a de nº 6.938/81, que tratava da Política Nacional do Meio Ambiente, onde em seu artigo 2º aduzia que: Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:

...

X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.

Segundo PEDRINI (1998), esta lei foi um marco histórico na institucionalização da defesa da qualidade ambiental brasileira (apesar dos argumentos exageradamente antropocêntricos de sua justificação e dos quase dez anos de atraso em relação às recomendações da Conferência de Estocolmo).

Posteriormente, a Constituição da República de 1988 previu a educação ambiental como política pública assecuratória do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo preservá-lo para os presentes e futuras gerações.

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§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

...

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.

E a crescente preocupação com o meio ambiente não parou por aí, inúmeras outras leis foram surgindo com o mesmo objetivo, qual seja: a preservação e conscientização sobre a importância do meio ambiente para a humanidade. Todos esses movimentos querem dizer uma única coisa: que o homem continua a depender do meio ambiente para encontrar alimento, água e adaptar-se ao clima, e que estas razões são mais do que suficientes para que o homem seja, ele próprio, o guardião desse ambiente, protegendo-o dos ataques insensatos.

Em 2010 foi criada a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS através da Lei Federal nº 12.305/2010 destaca a educação ambiental como é citado no artigo a seguir:

Art. 8o São instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre outros:

VIII - a educação ambiental;

No Estado do Ceará a Política Estadual de Educação Ambiental, instituída pela Lei 14.892, de 31.03.11, envolve em sua esfera de ação além da Secretaria do Meio Ambiente – SEMA, a Secretaria de Educação do Estado do Ceará – SEDUC, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE, e a Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental – CIEA, as instituições educacionais públicas e privadas, formais e não-formais do Estado do Ceará e seus Municípios, bem como as Organizações Não-Governamentais – ONGs, Movimentos Sociais em atuação na Educação Ambiental.

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O Estado do Ceará, na esfera de sua competência e nas áreas de sua jurisdição, definirá diretrizes, normas e critérios para o funcionamento e o exercício da Educação Ambiental, formal e não-formal, atendendo às suas peculiaridades regionais, culturais e sócio-econômicas, respeitados os princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.

A Coordenação da Política Estadual Ambiental é da responsabilidade do Órgão Gestor, formado pela Secretaria do Meio Ambiente e pela Secretaria da Educação do Estado do Ceará – SEDUC, com as seguintes atribuições:

– definir diretrizes da Educação Ambiental para a implementação no âmbito do Estado do Ceará, na forma definida pela regulamentação desta Lei;

– articular, coordenar, monitorar e avaliar os planos, programas e projetos na área de Educação Ambiental, em âmbito estadual;

– participar da negociação de financiamentos dos planos, programas e projetos na área de Educação Ambiental de interesse do Estado do Ceará.

Nos municípios que compõe o Consórcio COMARES possuem alguns instrumentos voltados a educação ambiental:

Município de Aracati – Instituida a Polítcia Municipal de Meio Ambiente – PMMA pela Lei Municipal nº 446/2018 que ressalta no seu artigo:

Art. 3º - para elaboração, implementação e acompanhamento da PMMA do Município do Aracati, serão observadas as Diretrizes, os Princípios e os Objetivos dispostos nesta lei, considerando os seguintes componentes;

VI – Educação Ambiental.

Município de Beberibe – Instituida a Política Ambiental do Meio Ambiente através da Lei Municipal nº 1.122/2014, ressaltado no:

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Art. 3º - Ao Município de Beberibe, no exercício de sua competência Constitucional e nos termos da Lei Orgânica, caberá a criação de meios, instrumentos e mecanismos que assegurem eficácia na implementação e controle das políticas, programas e projetos, relativos ao meio ambiente e em especial:

XII – Promover a educação ambiental e a conscientização de todos para a formação dos cidadãos participantes.

Município de Cascavel – Instituida a Política Municipal de Educação Ambiental definida na Lei Municipal nº 1877/2017 destacando:

Art. 4º - A Educação Ambiental é um termo essencial e permanente da educação, devendo estar presente de forma articulada e transversal em todos dos níveis e modalidades do processo educativo, em carater formal, não formal e informal.

Município de Fortim – Foi criado o Código Ambiental pela Lei Complementar Municipal nº 034/2017. Pela Lei Orgânica do município, bem como solidariamente como o estado ou a união, caberá a criação de meios, instrumentos e mecanismos que assegurem eficácia na implementação e controle das políticas, programas e projetos relativos ao meio ambiente e em especial;

XXIV – Promover a Educação Ambiental e a conscientização de todos para formação de cidades participantes.

Município de Pindoretama – De acordo com a Lei Orgânica do Município destaca no:

Art. 166 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem como de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público Municipal e à coletividade o dever de

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defendê-lo e preservá-lo, para as presentes e futuras gerações.

VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

Consórcio – De acordo com o Contrato de Constituição do Consórcio COMARES UCV na CLÁUSULA SEXTA – da admissão no consórcio:

VI – O Município deve apresentar o plano municipal de informação e educação ambiental dentro de um prazo pré-estabelecido pela Assembleia Geral.

Na CLÁUSULA SÉTIMA dos conceitos, considera-se:

XXXIV – educação ambiental: processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem como de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

5.2 Resíduos Sólidos

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a preocupação com os resíduos vem sendo discutida há algumas décadas nas esferas nacional e internacional, devido à expansão da consciência coletiva com relação ao meio ambiente. Assim, a complexidade das atuais demandas ambientais, sociais e econômicas induz a um novo posicionamento dos três níveis de governo, da sociedade civil e da iniciativa privada.

Ainda do MMA, a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, após vinte e um anos de discussões no Congresso Nacional, marcou o início de uma forte articulação institucional envolvendo os três entes federados – União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade em geral - na busca de soluções para os problemas na gestão resíduos sólidos que

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Também do MMA, a partir de agosto de 2010, baseado no conceito de responsabilidade compartilhada, a sociedade como um todo – cidadãos, governos, setor privado e sociedade civil organizada – passou a ser responsável pela gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos.

Agora o cidadão é responsável não só pela disposição correta dos resíduos que gera, mas também é importante que repense e reveja o seu papel como consumidor; o setor privado, por sua vez, fica responsável pelo gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos sólidos, pela sua reincorporação na cadeia produtiva e pelas inovações nos produtos que tragam benefícios socioambientais, sempre que possível; os governos federal, estaduais e municipais são responsáveis pela elaboração e execução dos planos de gestão de resíduos sólidos, assim como os demais instrumentos previstos na PNRS.

No Estado do Ceará, com o objetivo de instituir ferramentas de planejamento e integração dos órgãos envolvidos na mencionada gestão e, consequentemente, propiciar o fortalecimento da gestão municipal na área em pauta, bem como a minimização do potencial de riscos de contaminação do meio ambiente e das comunidades expostas, o Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará está implementando a Política Estadual de Resíduos Sólidos.

Ceará, vem ao longo dos anos buscando desenvolver políticas na área de Resíduos Sólidos que possibilitem aos 184 municípios aplicarem uma gestão mais eficiente de acordo com a capacidade operacional de cada um, considerando os vários fatores que diferenciam um do outro.

Também de acordo com CEARÁ, a Lei Nº 13.103, de 24 de Janeiro de 2001, que instituiu a Política Estadual de Resíduos Sólidos do Ceará, já trazia em seu escopo a proposta da gestão integrada entre os Municípios, e no ano de 2012 o Estado, por meio do então CONPAM (Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente), firmou convênio com o Ministério do Meio Ambiente para desenvolver um modelo tecnológico que mais se adequasse a realidade

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do Ceará. O estudo constatou a fragilidade dos municípios cearenses de implementarem esta política de forma individual. Assim, iniciou-se a construção de um modelo regionalizado, que permitisse aos municípios compartilhar os custos na gestão e reduzir os impactos ambientais, relacionados aos passivos dos Aterros Sanitários.

E Por fim CEARÁ, no ano de 2016 foi publicada a Lei Nº 16.032, da Política Estadual de Resíduos Sólidos, que, além de regulamentar a Gestão regionalizada, reúne princípios e objetivos inovadores com metas a serem estabelecidas do Plano Estadual de Resíduos Sólidos para serem implementadas ao longo de 20 anos, contados a partir de sua publicação, coordenado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SEMA.

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6 DIRETRIZES

O Plano de Educação Ambiental – Resíduos Sólidos do presente consórcio fundamentou suas Diretrizes a partir do Programa Nacional de Educação Ambiental Versão 2018 2.1 Diretrizes O Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) tem como eixo orientador a perspectiva da sustentabilidade com base no Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global.

Suas ações destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a interação e a integração equilibradas das múltiplas dimensões da sustentabilidade buscando envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida de todos os seres vivos. Nesse sentido assume as seguintes diretrizes:

• Transversalidade, transdisciplinaridade e complexidade.

• Descentralização e articulação espacial e institucional, com base na perspectiva territorial.

• Sustentabilidade socioambiental.

• Democracia, mobilização e participação social.

• Aperfeiçoamento e Fortalecimento dos Sistemas de Educação (formal, não formal e informal), Meio Ambiente e outros que tenham interface com a educação ambiental.

• Planejamento e atuação integrada entre os diversos atores no território.

Dessa forma, o plano propõe para que a atuação do poder público no campo da Educação Ambiental possa viabilizar a articulação entre as iniciativas existentes no âmbito educativo e as ações voltadas à proteção, recuperação e melhoria socioambiental– com potencial de transformação e emancipação para a sociedade – faz-se necessária a formulação e implementação de políticas

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públicas de educação ambiental que fortaleçam essa perspectiva transversal de forma democrática e participativa. A educação ambiental deve ser capaz de integrar os múltiplos aspectos e dimensões da problemática ambiental contemporânea.

Vale ressaltar também as Propostas de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental.

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7 PRINCÍPIOS

Da mesma forma, o plano segue os princípios da Política Nacional de Educação Ambiental.

• Concepção de ambiente em sua totalidade, considerando a interde pendência sistêmica entre o meio natural e o construído, o socioeconômico, o cultural, a trajetória histórica, o espiritual, sob o enfoque da sustentabilidade e considerando as especificidades territoriais.

• Abordagem contextualizada e articulada das questões socioambientais locais, regionais, por bacias hidrográficas, territoriais, nacionais, transfronteiriças e globais.

• Respeito e garantia à liberdade e à equidade de gênero.

• Reconhecimento, respeito e valorização da diversidade de orientação sexual e de gênero, cultural, étnica, espiritual, genética, de espécies e de ecossistemas.

• Enfoque humanista, holístico, histórico, crítico, político, democrático, participativo, inclusivo, dialógico, cooperativo e emancipatório.

• Compromisso ético com a cidadania e justiça socioambiental.

• Vinculação entre as diferentes dimensões de saberes e conhecimentos; entre os valores éticos e estéticos; entre a educação, o trabalho, a cultura, a tecnologia e as práticas sociais.

• Democratização na produção, divulgação e acesso a saberes, conhecimentos e informações socioambientais, com base na liberdade de expressão e no fomento às tecnologias e demais instrumentos de comunicação.

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• Respeito ao pluralismo de ideias, concepções pedagógicas e práticas sociais, com a perspectiva da abordagem crítica.

• Garantia de processos educativos articulados, continuados e permanentes.

• Permanente avaliação crítica e construtiva do processo educativo.

• Coerência entre o pensar, o falar, o sentir e o fazer.

• Transparência, gestão democrática e controle social dos planos, programas, projetos e ações locais que envolvam a Educação Ambiental.

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A preservação do meio ambiente começa com pequenas atitudes diárias, que fazem toda a diferença.

Uma das mais importantes é a reciclagem do lixo.

Natália alves.. Nathy

Foto: Clodoaldo Uchôa – Turma 3º Ano Ensino Fundamental – Centro Educacional Municipal.

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8 ESTRATÉGIAS E LINHAS DE AÇÃO

O Plano de Educação Ambiental – Resíduos Sólidos - PEARS têm como foco mitigar problemas socioambientais na área de resíduos sólidos enfrentados pelos Municípios de: Aracati, Beberibe, Cascavel, Fortim e Pindoretama ambos componentes desse consórcio.

No tocante a definição dos eixos temáticos do PEARS, foi levada em consideração os problemas ambientais na áres de resíduos sólidos nos entes consorciados através de oficinas, reuniões e levantamentos bibliográficos realizados na fase de elaboração da edição número 1 nos anos de 2016 a 2018 e na atual fase de atualização textual e de formatação, bem como da inclusão de dois entes Aracati e Fortim, sem alteração das propostas que deverão ser avaliadas e alteradas após quatro anos de sua elaboração, como também tomou como base as linhas de ação do PNEA. Onde todos os esforços desse plano contemplam em promover uma melhor qualidade ambiental, equilibrio socioambiental e uma legítima mudança de hábitos e costumes na população ao consumir, tratar e destinar corretamente os resíduos sólidos. Além disso, esse item destaca a visão de identificação de projetos de educação ambiental já em práticas nos municípios.

As estratégias e linhas de ação serão planejadas para abranger as principais questões socioambientais na área de resíduos sólidos e que possam ser reunidas com as linhas de ação, metas e objetivos dos Planos Municipais de Educação, Projetos Políticos Pedagógicos – PPP, Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PRGIRS, Plano de Coletas Seletivas Múltiplas do Litoral Leste e outros instrumentos que tratem de educação ambiental e resíduos sólidos.

O Plano de Educação Ambiental – Resíduos Sólidos foi planejado em dois eixos temáticos:

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EIXO 1 - Educação Ambiental que propõe trabalhar com a temática voltada as questões ambientais, de políticas públicas para EA, meios de mobilização e comunicação do tema.

EIXO 2 – Resíduos Sólidos, com a proposta de trabalhos voltados também as questões ambientais, políticas públicas para manejos resíduos sólidos nos entes consorciados.

No que toca a linha de ação e estratégias como embasamento destacados nas potencialidades e fragilidades no campo de educação ambiental nos municípios do Consórcio COMARES, compreendidas por quatro linhas de ação e estratégias:

A primeira linha ação (LA) correspondendo a Gestão e Planejamento da educação ambiental a partir de atuação de forma integrada entre os órgãos, promovendo a transversalidade da Educação Ambiental, no planejamento, apoio a instituições de educação ambiental voltada a temática de resíduos sólidos, articulando a inserção da educação ambiental como políticas públicas, articulando e mobilizando a sociedade para importancia dessa abordagem, incentivar as parcerias e apoios da cadeia produtiva nesse processo.

Na segunda linha de ação (LA) compreende a Formação de Gestores e Educadores, a partir da promoção de planos e programas para formação continuada e todos os processos formativos e de divulgação à comunidade escolar, promoção de processos educativos a distância para uma maior inclusão social e realização.

Já na terceira linha de ação (LA) é formada por instrumentos que fomente a comunicação e o uso das tecnologias para a educação ambiental e produção de material educativo.

Na última linha de ação (LA) basea-se na Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos, abordando as principais temáticas aplicadas ao manejo de resíduos sólidos na realidade de cada ente consorciado e suas gestões públicas.

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9 METAS

9.1 Metas Gerais

Fomentar a educação ambiental como um processo de mudança de hábito diário na vida do cidadão aracatiense, beriberiense, cascavelense, fortiense e pindoretamense, de forma eficaz, eficiente e permanente para que haja um desenvolvimento ambiental, social e econômico como os principais pilares da sustentabilidade ambiental.

Também fundamentado nos objetivos do PNEA, nos objetivos identificados nas oficinas e pelo diagnótico de educação ambiental, o Plano de Educação Ambiental – Resíduos Sólidos têm como metas gerais:

1. Tornar as ações do plano e seus impactos de conhecimento da população da região do consórcio;

2. Incentivar a adesão quantitativa e qualitativa dos gestores públicos e da sociedade dos entes consorciados, permitindo o diálogo e a participação social;

3. Estimular a uma nova consepção sobre a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;

4. Fortificar o arranjo institucional necessário entre os setores públicos, setores privados e as organizações da sociedade civil envolvidas na temática em questão.

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9.2 Metas Específicas e Ações Propostas

As metas específicas e ações propostas estão coerentes aos objetivos desse plano, definidos nas metas, ações, indicadores e responsáveis.

LA - GESTÃO E PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Objetivo 1 - Promover a Educação Ambiental articulada à Gestão Ambiental.

Quadros 5 a 13 – Linhas de Ação, Metas, Recursos, Indicadores, Parceiros e Responsabilidade.

METAS AÇÃO RECURSOS INDICADOR

M1

Atuação de forma integrada, intra entre os diferentes órgãos e instituições públicas promovendo a

transversalidade da EA.

Integrar os grupos através de

encontros e rodas de conversa.

Espaço físico, equipamentos de multimídias e materiais digitais e impressos.

Convites, fotos e frequencias.

M2 Inserção da educação ambiental no planejamento, execução, monitoramento e avaliação das políticas.

Elaborar instrumentos de inserção da EA nas polítcas.

Equipamentos de multimídias e materiais digitais e impressos.

Fotos e

documentos/produtos.

M3 Apoio à institucionalização da EA nos órgãos públicos de meio ambiente e de educação.

Elaborar instrumentos de inserção da EA nas polítcas.

Equipamentos de multimídias e materiais digitais e impressos.

Fotos e

documentos/produtos.

PARCEIROS Ministério Público, SEMA, SEDUC, Universidades e Prefeituras.

RESPONSABILIDADE Consórcio e Prefeituras

Objetivo 2 - Formular e implementar as políticas públicas de educação ambiental para o tema de resíduos sólidos.

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