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De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a preocupação com os resíduos vem sendo discutida há algumas décadas nas esferas nacional e internacional, devido à expansão da consciência coletiva com relação ao meio ambiente. Assim, a complexidade das atuais demandas ambientais, sociais e econômicas induz a um novo posicionamento dos três níveis de governo, da sociedade civil e da iniciativa privada.

Ainda do MMA, a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, após vinte e um anos de discussões no Congresso Nacional, marcou o início de uma forte articulação institucional envolvendo os três entes federados – União, Estados e Municípios, o setor produtivo e a sociedade em geral - na busca de soluções para os problemas na gestão resíduos sólidos que

Também do MMA, a partir de agosto de 2010, baseado no conceito de responsabilidade compartilhada, a sociedade como um todo – cidadãos, governos, setor privado e sociedade civil organizada – passou a ser responsável pela gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos.

Agora o cidadão é responsável não só pela disposição correta dos resíduos que gera, mas também é importante que repense e reveja o seu papel como consumidor; o setor privado, por sua vez, fica responsável pelo gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos sólidos, pela sua reincorporação na cadeia produtiva e pelas inovações nos produtos que tragam benefícios socioambientais, sempre que possível; os governos federal, estaduais e municipais são responsáveis pela elaboração e execução dos planos de gestão de resíduos sólidos, assim como os demais instrumentos previstos na PNRS.

No Estado do Ceará, com o objetivo de instituir ferramentas de planejamento e integração dos órgãos envolvidos na mencionada gestão e, consequentemente, propiciar o fortalecimento da gestão municipal na área em pauta, bem como a minimização do potencial de riscos de contaminação do meio ambiente e das comunidades expostas, o Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará está implementando a Política Estadual de Resíduos Sólidos.

Ceará, vem ao longo dos anos buscando desenvolver políticas na área de Resíduos Sólidos que possibilitem aos 184 municípios aplicarem uma gestão mais eficiente de acordo com a capacidade operacional de cada um, considerando os vários fatores que diferenciam um do outro.

Também de acordo com CEARÁ, a Lei Nº 13.103, de 24 de Janeiro de 2001, que instituiu a Política Estadual de Resíduos Sólidos do Ceará, já trazia em seu escopo a proposta da gestão integrada entre os Municípios, e no ano de 2012 o Estado, por meio do então CONPAM (Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente), firmou convênio com o Ministério do Meio Ambiente para desenvolver um modelo tecnológico que mais se adequasse a realidade

do Ceará. O estudo constatou a fragilidade dos municípios cearenses de implementarem esta política de forma individual. Assim, iniciou-se a construção de um modelo regionalizado, que permitisse aos municípios compartilhar os custos na gestão e reduzir os impactos ambientais, relacionados aos passivos dos Aterros Sanitários.

E Por fim CEARÁ, no ano de 2016 foi publicada a Lei Nº 16.032, da Política Estadual de Resíduos Sólidos, que, além de regulamentar a Gestão regionalizada, reúne princípios e objetivos inovadores com metas a serem estabelecidas do Plano Estadual de Resíduos Sólidos para serem implementadas ao longo de 20 anos, contados a partir de sua publicação, coordenado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SEMA.

6 DIRETRIZES

O Plano de Educação Ambiental – Resíduos Sólidos do presente consórcio fundamentou suas Diretrizes a partir do Programa Nacional de Educação Ambiental Versão 2018 2.1 Diretrizes O Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) tem como eixo orientador a perspectiva da sustentabilidade com base no Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global.

Suas ações destinam-se a assegurar, no âmbito educativo, a interação e a integração equilibradas das múltiplas dimensões da sustentabilidade buscando envolvimento e a participação social na proteção, recuperação e melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida de todos os seres vivos. Nesse sentido assume as seguintes diretrizes:

• Transversalidade, transdisciplinaridade e complexidade.

• Descentralização e articulação espacial e institucional, com base na perspectiva territorial.

• Sustentabilidade socioambiental.

• Democracia, mobilização e participação social.

• Aperfeiçoamento e Fortalecimento dos Sistemas de Educação (formal, não formal e informal), Meio Ambiente e outros que tenham interface com a educação ambiental.

• Planejamento e atuação integrada entre os diversos atores no território.

Dessa forma, o plano propõe para que a atuação do poder público no campo da Educação Ambiental possa viabilizar a articulação entre as iniciativas existentes no âmbito educativo e as ações voltadas à proteção, recuperação e melhoria socioambiental– com potencial de transformação e emancipação para a sociedade – faz-se necessária a formulação e implementação de políticas

públicas de educação ambiental que fortaleçam essa perspectiva transversal de forma democrática e participativa. A educação ambiental deve ser capaz de integrar os múltiplos aspectos e dimensões da problemática ambiental contemporânea.

Vale ressaltar também as Propostas de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental.

7 PRINCÍPIOS

Da mesma forma, o plano segue os princípios da Política Nacional de Educação Ambiental.

• Concepção de ambiente em sua totalidade, considerando a interde pendência sistêmica entre o meio natural e o construído, o socioeconômico, o cultural, a trajetória histórica, o espiritual, sob o enfoque da sustentabilidade e considerando as especificidades territoriais.

• Abordagem contextualizada e articulada das questões socioambientais locais, regionais, por bacias hidrográficas, territoriais, nacionais, transfronteiriças e globais.

• Respeito e garantia à liberdade e à equidade de gênero.

• Reconhecimento, respeito e valorização da diversidade de orientação sexual e de gênero, cultural, étnica, espiritual, genética, de espécies e de ecossistemas.

• Enfoque humanista, holístico, histórico, crítico, político, democrático, participativo, inclusivo, dialógico, cooperativo e emancipatório.

• Compromisso ético com a cidadania e justiça socioambiental.

• Vinculação entre as diferentes dimensões de saberes e conhecimentos; entre os valores éticos e estéticos; entre a educação, o trabalho, a cultura, a tecnologia e as práticas sociais.

• Democratização na produção, divulgação e acesso a saberes, conhecimentos e informações socioambientais, com base na liberdade de expressão e no fomento às tecnologias e demais instrumentos de comunicação.

• Respeito ao pluralismo de ideias, concepções pedagógicas e práticas sociais, com a perspectiva da abordagem crítica.

• Garantia de processos educativos articulados, continuados e permanentes.

• Permanente avaliação crítica e construtiva do processo educativo.

• Coerência entre o pensar, o falar, o sentir e o fazer.

• Transparência, gestão democrática e controle social dos planos, programas, projetos e ações locais que envolvam a Educação Ambiental.

A preservação do meio ambiente começa com pequenas atitudes diárias, que fazem toda a diferença.

Uma das mais importantes é a reciclagem do lixo.

Natália alves.. Nathy

Foto: Clodoaldo Uchôa – Turma 3º Ano Ensino Fundamental – Centro Educacional Municipal.

8 ESTRATÉGIAS E LINHAS DE AÇÃO

O Plano de Educação Ambiental – Resíduos Sólidos - PEARS têm como foco mitigar problemas socioambientais na área de resíduos sólidos enfrentados pelos Municípios de: Aracati, Beberibe, Cascavel, Fortim e Pindoretama ambos componentes desse consórcio.

No tocante a definição dos eixos temáticos do PEARS, foi levada em consideração os problemas ambientais na áres de resíduos sólidos nos entes consorciados através de oficinas, reuniões e levantamentos bibliográficos realizados na fase de elaboração da edição número 1 nos anos de 2016 a 2018 e na atual fase de atualização textual e de formatação, bem como da inclusão de dois entes Aracati e Fortim, sem alteração das propostas que deverão ser avaliadas e alteradas após quatro anos de sua elaboração, como também tomou como base as linhas de ação do PNEA. Onde todos os esforços desse plano contemplam em promover uma melhor qualidade ambiental, equilibrio socioambiental e uma legítima mudança de hábitos e costumes na população ao consumir, tratar e destinar corretamente os resíduos sólidos. Além disso, esse item destaca a visão de identificação de projetos de educação ambiental já em práticas nos municípios.

As estratégias e linhas de ação serão planejadas para abranger as principais questões socioambientais na área de resíduos sólidos e que possam ser reunidas com as linhas de ação, metas e objetivos dos Planos Municipais de Educação, Projetos Políticos Pedagógicos – PPP, Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PRGIRS, Plano de Coletas Seletivas Múltiplas do Litoral Leste e outros instrumentos que tratem de educação ambiental e resíduos sólidos.

O Plano de Educação Ambiental – Resíduos Sólidos foi planejado em dois eixos temáticos:

EIXO 1 - Educação Ambiental que propõe trabalhar com a temática voltada as questões ambientais, de políticas públicas para EA, meios de mobilização e comunicação do tema.

EIXO 2 – Resíduos Sólidos, com a proposta de trabalhos voltados também as questões ambientais, políticas públicas para manejos resíduos sólidos nos entes consorciados.

No que toca a linha de ação e estratégias como embasamento destacados nas potencialidades e fragilidades no campo de educação ambiental nos municípios do Consórcio COMARES, compreendidas por quatro linhas de ação e estratégias:

A primeira linha ação (LA) correspondendo a Gestão e Planejamento da educação ambiental a partir de atuação de forma integrada entre os órgãos, promovendo a transversalidade da Educação Ambiental, no planejamento, apoio a instituições de educação ambiental voltada a temática de resíduos sólidos, articulando a inserção da educação ambiental como políticas públicas, articulando e mobilizando a sociedade para importancia dessa abordagem, incentivar as parcerias e apoios da cadeia produtiva nesse processo.

Na segunda linha de ação (LA) compreende a Formação de Gestores e Educadores, a partir da promoção de planos e programas para formação continuada e todos os processos formativos e de divulgação à comunidade escolar, promoção de processos educativos a distância para uma maior inclusão social e realização.

Já na terceira linha de ação (LA) é formada por instrumentos que fomente a comunicação e o uso das tecnologias para a educação ambiental e produção de material educativo.

Na última linha de ação (LA) basea-se na Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos, abordando as principais temáticas aplicadas ao manejo de resíduos sólidos na realidade de cada ente consorciado e suas gestões públicas.

9 METAS

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