INDÚSTRIA DA SONDAGEM DA CONSTRUÇÃO DE ALAGOAS 3º TRIMESTRE DE Construção de Alagoas, enquanto a dos nordestinos. Publicado em Novembro de 2021

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SONDAGEM DA

INDÚSTRIA DA

CONSTRUÇÃO DE

ALAGOAS

Estabiliza a intenção média de investir dos empresários da

Construção de Alagoas, enquanto a dos nordestinos

apresentam tendência de retração.

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NÍVEL DE ATIVIDADE

A média trimestral do Indicador Nível de Atividade em relação ao Usual da Indústria da Construção registrou (na margem) aumento no caso de Alagoas e redução no do Nordeste

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GRÁFICO Nº 1 - INDICADOR DO NÍVEL DE ATIVIDADE USUAL E UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE (%) DE OPERAÇÃO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO DE ALAGOAS E NORDESTE – JULHO A SETEMBRO DE 2021 - CNI - ELABORAÇÃO NÚCLEO DE PESQUISA IEL/FIEA

A industria da construção de Alagoas e do Nordeste no terceiro trimestre de 2021, no tocante ao indicador nível de atividade em relação ao usual, assim como no segundo trimestre de 2021, continuou abaixo dos 50 pontos, conforme gráfico nº 1. Na média trimestral em relação a igual período do ano anterior, houve redução no caso de Alagoas que passou de 47,3 para 43,1 e, no caso do Nordeste, aumento de 34,8 para 41,3. No que tange ao UCO (%) médio, em relação ao terceiro trimestre de 2021, houve aumento 2,5% em Alagoas e de 7,3% no Nordeste. Estes dados continuam indicando que o pior da pandemia parece ter ficado para trás, apesar de Alagoas e Nordeste ainda apresentarem nível de atividade usual em um patamar que indica retração.

DADOS

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0

JUL AGO SET JUL AGO SET

Alagoas Nordeste

46,4

38,5

44,5

39,8 40,2

43,6 64,0

67,0

75,0

62,0 64,0 64,0

Nível de atividade em relação ao usual Utilizaçao da Capacidade Operação - UCO (%)

(3)

DADOS

02

GRÁFICO Nº 2 - INDICADORES DO NÍVEL DE ATIVIDADE E EMPREGO EM RELAÇÃO AO MÊS ANTERIOR DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE ALAGOAS E NORDESTE – JULHO A SETEMBRO DE 2021 - CNI - ELABORAÇÃO NÚCLEO DE PESQUISA IEL/FIEA.

Em relação ao número de empregados quando comparado ao mês anterior, cujas médias foram calculadas a partir dos dados do gráfico nº 2, a indústria da construção de Alagoas apresentou aumento de 1,35% na margem e retração de 12,7% em relação a igual período do ano anterior, passando de 54,27 para 47,43. O Nordeste, por sua vez, registrou estabilidade no primeiro caso e aumento de 6,8%, no segundo. Vale destacar que a indústria da construção de Alagoas e nordestina no terceiro trimestre de 2021, na média, ainda se mantém abaixo dos 50 pontos, sinalizando tendência de desaceleração do número de pessoas empregadas.

No que diz respeito ao nível de atividade em relação ao mês anterior, no terceiro trimestre de 2021, tanto Alagoas como o Nordeste encontram-se no entorno dos 50 pontos, sinalizando expansão. Quando comparado a igual período do ano anterior e ao segundo trimestre do corrente, em Alagoas, na média trimestral, esse indicador oscilou muito próximo dos 50 pontos, respectivamente, o mesmo ocorrendo com o Nordeste. Estes sinais de estabilidade demonstram a resiliência da Industria da Construção, apesar das restrições impostas pela COVID19. Em nível nacional, segundo a CNI, as perspectivas são satisfatórias, ou seja, “em outubro, a Indústria da Construção registrou avanço em relação a setembro. O número de empregados subiu, interrompendo a sequência de queda acumulada nos últimos dois meses e a recuperação do nível de atividade, verificada em setembro, ganhou intensidade em outubro”. Algumas restrições apontadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na análise da Sondagem do 2º trimestre ainda continuam pressionando os custos do setor: disparada dos preços das commodities minerais e metálicas; câmbio depreciado; alta dos preços dos fretes; e dificuldade de importações dos itens usados no setor para atender o mercado doméstico.

52,0

44,5 43,0 50,9 46,6 49,0

52,6

41,8

57,0 49,6

48,6 49,3

0 20 40 60 80 100 120

Número de empregados comparado ao mês anterior

NÚMERO DE EMPREGADOS

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NÚMERO DE EMPREGADOS

03

GRÁFICO Nº 3 - INDICADORES DO NÍVEL DE ATIVIDADE E EMPREGO PARA OS PRÓXIMOS SEIS MESES DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE ALAGOAS E NORDESTE – JULHO A SETEMBRO DE 2021 - CNI - ELABORAÇÃO NÚCLEO DE PESQUISA IEL/FIEA

Os empresários alagoanos e nordestinos estão com expectativas favoráveis, pontuando acima de 50, para os próximos seis meses, tanto no tocante ao nível de atividade como em relação ao número de empregados, como pode ser visto no gráfico nº 3.

Em relação ao trimestre imediatamente anterior e a igual período do ano anterior, as empresas alagoanas ajustaram para cima sua expectativa média quanto ao nível de atividade, ou seja, 66,2 contra 60 e 59,7, respectivamente. No que tange ao emprego, o ajuste foi de 61,3 vis a vis 54,3 e 55,2. Os empresários do Nordeste, por sua vez, continuaram apresentando otimismo quanto ao futuro, com as médias dos indicadores de atividade e emprego acima dos 50 pontos, seja na comparação com o ano anterior seja na margem, mas não tão otimista como os empresários alagoanos. De maneira geral, as expectativas dos empresários de Alagoas situam-se em um patamar acima do observado em níveis do Nordeste e Brasil. O ICEI da CNI vem se mantendo acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança, e da média histórica, 53,8 pontos. Assim, embora a confiança tenha se tornado menor e menos disseminada entre os empresários do que em outubro, as empresas seguem confiantes. Apesar deste nível de expectativa empresarial, levantamento realizado pela empresa de pesquisa Bran, em novembro de 2021, identificou que para 62% da amostra algum dos seguintes fatores podem afetar a decisão de compra ao longo da crise aumento da inflação (39%); taxa de desemprego (38%); cenário político complicado com eleição no próximo ano (31%); Aumento da taxa de juros para o financiamento (26%); pandemia (19%); e baixo crescimento econômico do país (13%). Estes dados mostram que a demanda pode não acompanhar o ritmo de lançamentos levando a um aumento de estoques, que, no contexto de alta dos juros, pode elevar o custo de oportunidade do investimento. Dados apresentados no Webinar: “Expectativas para o Mercado Imobiliário para 2022”.

EXPECTATIVAS

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0

55,5

66,0

57,7

55,4 54,9 56,9

55,5 57,5

52,7

49,9 51,4

55,1

Nível de atividade para os próximos seis meses Número de empregados para os próximos seis meses

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INSUMOS E MATÉRIAS-PRIMAS

04

As médias trimestrais obtidas, a partir dos dados do gráfico nº 4, expressam o mesmo padrão: níveis de expectativas dos empresários alagoanos da indústria da construção acima dos registrados pelos empresários em nível regional para os indicadores compra de insumos, matérias-primas e novos empreendimentos. Em relação a igual trimestre do ano anterior, o Nordeste registrou médias de 53,7 contra 55,0 para compras de insumos e de 54,8 contra 54,3 para novos lançamentos. Enquanto Alagoas, no primeiro caso, apresentou médias de 56,7 contra 63,8 e 64,3 contra 62,5, no segundo. Ou seja, o setor continua apostando na continuidade da retomada e que o momento mais crítico da pandemia ficou para trás com o avanço da vacinação.

EXPECTATIVAS

GRÁFICO Nº 4 - INDICADORES DO NÍVEL DE COMPRAS DE INSUMOS E NOVOS EMPREENDIMENTOS PARA OS PRÓXIMOS SEIS MESES DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE ALAGOAS E NORDESTE – JULHO A SETEMBRO DE 2021 - CNI - ELABORAÇÃO NÚCLEO DE PESQUISA IEL/FIEA

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0

ALAGOAS NORDESTE

68,8

60 62,5

56,8

55,1

53,0 69,1

60 58,5

56,8

53,6 52,6

Compras de insumos e matérias-primas para os proxímos seis meses Novos empreendimentos e serviços para os próximos seis meses

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INTENÇÃO DE INVESTIMENTOS

05

No tocante à intenção de investimento para os próximos seis meses do setor da construção, os dados do gráfico nº 5 continuam a exibir uma perspectiva de maior cautela por parte dos empresários alagoanos, por sua vez, no mês de setembro passou a apresentar um maior nível de oscilação, diferentemente do trimestre imediatamente anterior, puxando a média da intenção de investimento em Alagoas para 49 pontos, muito próxima da fronteira de 50 pontos que separa retração de crescimento. Não dá para dizer ainda se o dado de setembro é um outlier. É importante salientar, no entanto, que o comportamento dos empresários da construção nordestinos está em linha com o observado em nível nacional pela CNI, ou seja, “em novembro, o índice de intenção de investimento da Indústria da Construção avançou 2,1 pontos, para 44,5 pontos. Com esse aumento, o índice amplia sua distância da média histórica e se consolida em um patamar elevado em relação ao que tem sido observado nos últimos anos. Trata-se do segundo ponto mais elevado desde 2014, seguido do mês de agosto de 2021, quando a intenção de investir atingiu 45,4 pontos.” É importante destacar, por sua vez, que na média do período em análise, a intenção de investimento passa ser de crescimento no caso dos empresários alagoanos e de retração para os nordestinos, ou seja: 44 e 49 pontos, respectivamente.

EXPECTATIVAS

GRÁFICO Nº5 – INTENÇÃO DE INVESTIMENTO PARA OS PRÓXIMOS SEIS MESES DA INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO DE ALAGOAS E DO NORDESTE – SET/20 A SET/21 - CNI - ELABORAÇÃO NÚCLEO DE PESQUISA IEL/FIEA

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0

SET-20 OUT-20 NOV-20 DEZ-20 JAN-21 FEV-21 MAR-21 ABR-21 MAI-21 JUN-21 JUL-21 AGO-21 SET-21

43,7

62,4

51,9

60,6

64,1

46,7

37,9

52,8

56,9

51,5

44,8

41,0

61,0

40,6

46,6

44,8 47,2 47,4

41,8

37,7

43,8 44,6 45,8 47,3

43,4

41,0 Gráfico nº 5 - Intenção de investimento para os próximos seis meses da Industria da Construção de Alagoas e do Nordeste -

set/20 a set/21 - CNI - Elaboração Núcleo de Pesquisa IEL/FIEA

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PROBLEMAS APONTADOS PELA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

06

Dos principais problemas apontados pelos empresários alagoanos e nordestinos destacam-se a falta ou alto custo da matéria-prima, elevada carga tributária, falta ou alta do custo da energia e de mão de obra qualificada, e competição desleal. Além destes fatores, os alagoanos deram maior destaque para a inadimplência dos clientes, burocracia excessiva e falta de capital de giro e falta e alto custo de mão de obra qualificada. Os nordestinos, por sua vez, destacaram demanda interna insuficiente, taxas de juros elevadas e falta de financiamento de longo prazo. De maneira geral, com pouca variação, estes problemas vem sendo apontados ao longo dos últimos trimestres, o que é preocupante para a sustentação da recuperação do setor da Construção.

PROBLEMAS

GRÁFICO Nº6 – PRINCIPAIS PROBLEMAS APONTADOS PELOS EMPRESÁRIOS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO DE ALAGOAS E DO NORDESTE – JULHO A SETEMBRO DE 2021 – SONDAGEM DA CNI – ELABORAÇÃO NÚCLEO DE PESQUISA IEL/FIEA.

Demanda Interna insuficiente Burocracia Excessiva Elevada carga tributária Competição desleal (informalidade, contrabando, etc) Inadimplência dos clientes Falta de capital de giro Falta de financiamento de longo prazo Taxas de juros elevadas Falta ou alto custo da matéria-prima Falta ou alto custo de trabalhador qualificado Falta ou alto custo de energia

0,0%

50,0%

33,3%

16,7%

66,7%

33,3%

0,0%

50,0%

16,7%

18,9%

25,8%

37,1%

9,1%

18,2%

14,4%

5,3%

18,2%

50,8%

9,8%

13,6%

NE AL