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A GRANDE FARSA DA TRIBUTAÇÃO E DA SONEGAÇÃO

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Academic year: 2022

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A GRANDE FARSA DA TRIBUTAÇÃO E DA SONEGAÇÃO

AUTOR: DEONI PELLIZZARI

Rua Francisco Petuco, 140/apto.1003- Boa Vista CEP: 90520620 – Porto alegre - RS

Fone: (51) 3328.7475 - Residencial (51) 3224.1811 – Profissional

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(1a orelha)

A Grande Farsa da Tributação e da Sonegação é um livro chocante. Choca pelo que revela, pelo que desnuda, pelo que desmistifica. Choca pela sua linguagem direta, sem meios termos, apontando com precisão os caminhos e descaminhos do fisco num país onde a carga tributária só faz aumentar a desigualdade social.

Baseado na experiência do autor, que é fiscal de tributos estaduais no Rio Grande do Sul, o livro revela por dentro uma realidade muito comentada mas pouco conhecida da população.

Desnuda corajosamente essa realidade e, por fim, desmistifica o que há de fantasia em torno dela.

Disso tudo, brotam pelo menos duas teses inovadoras para a análise do capitalismo no Brasil: a sonegação como forma de concentração de renda e a sonegação como base da corrupção. Além disso, traz uma concepção diferenciada a respeito da tributação no país, taxando-a como mais um mecanismo de opressão sobre os assalariados.

Outro mérito de A Grande Farsa da Tributação e da Sonegação, que esse talvez seja o primeiro trabalho que trata do fisco nacional de forma abrangente e, note-se, sob o ponto de vista dos contribuintes. Para isso, o autor aborda o tema de maneira simples e direta, abdicando da linguagem jurídica, analisando exemplos concretos e assumindo uma postura de defesa dos únicos e verdadeiros contribuintes - segundo a sua tese: os consumidores.

(2a orelha)

Deoni Pellizzari nasceu em Nova Bassano, interior do Rio Grande do Sul, em 1955. Formou-se em Administração de Empresas pela Faculdade Porto-Alegrense de Ciências Contábeis e Administrativas em 1982. Seis anos depois concluiu também o curso de Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Atualmente cursa a Escola Superior da Magistratura do RS. Passou por diversas empresas privadas, tanto no seu Estado quanto no centro do país. Foi funcionário concursado do Banco do Brasil. Há quatro anos é Fiscal de Tributos Estaduais do Estado do Rio Grande do Sul, mais conhecido como Fiscal do ICM, tendo exercido sua função em várias cidades gaúchas.

AGRADECIMENTO

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Nossos agradecimentos pela colaboração aos colegas e amigos Adagir Stradiotto, Jacques Távora Alfonsin, João Batista Mezzomo, Jorge Humberto Pozza, Landro Oviedo, Luis Antônio Maia, Naira De Marchi Stradiotto, Sílvio Melatti, Walmir Blanco e, em especial, à colega, esposa e companheira Raquel M. Pirovano.

Í N D I C E

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1 - TRIBUTO - NOÇÕES BÁSICAS 1.1 - Evolução histórica 1.2 - Conceito

1.3 - Imposto

1.3.1 - Diretos e indiretos

1.3.2 - Progressivos e regressivos 1.3.3 - Federais

1.3.4 - Estaduais 1.3.5 - Municipais

1.4 - Algumas conclusões generalizadas sobre os impostos

1.5 - Taxas

1.6 - Contribuição de melhoria

1.7 - Contribuições sociais ou parafiscais 1.7.1 - Para a seguridade social

1.7.2 - Para as entidades profissionais ou econômicas

1.8 - Empréstimos compulsórios CAPÍTULO 2 - CARGA TRIBUTÁRIA

2.1 - No Brasil e no exterior 2.2 - Serviços públicos

2.3 - Distribuição da carga tributária por classe de renda

2.4 - Carga tributária e o empresariado CAPÍTULO 3 _ QUEM PAGA A CONTA?

CAPÍTULO 4 - FUGA TRIBUTÁRIA

4.1 - Cumprimento das leis tributárias 4.2 - Elisão tributária

4.3 - Evasão tributária (sonegação) CAPÍTULO 5 - QUEM SONEGA

5.1 - Só sonega quem pode 5.2 - Assalariado

5.3 - Produtores rurais

5.4 - Profissionais liberais

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5.5 - Empresas pequenas e microempresas 5.6 - Empresas médias

5.7 - Empresas grandes 5.8 _ Multinacionais

5.9 - Atividades ilícitas CAPÍTULO 6 - COMO SONEGAM

6.1 - Estratégia mais comum 6.2 - Outras estratégias

CAPÍTULO 7 - SONEGAÇÃO COMO FORMA DE MANUTENÇÃO DO PODER POLÍTICO PELO PODER ECONÔMICO

7.1 _ Manutenção do poder 7.2 - "Caixa 2"

7.3 - "Caixinha"

7.4 - Disputa eleitoral 7.5 - Favores públicos

7.6 - O Estado, mau gestor?

CAPÍTULO 8 - SONEGAÇÃO COMO FATOR DE CONCENTRAÇÃO DE RENDA 8.1 - Concentração

8.2 - Capital de giro

8.3 - A sonegação, sempre lucrativa

8.4 - Os valores sonegados são desviados da empresa 8.5 - Concordata/Falência

CAPÍTULO 9 - SONEGAÇÃO: A BASE DA CORRUPÇÃO 9.1 - Corrupção

9.2 - Quem são os corruptos 9.3 - Tipos de corrupção

9.3.1 - Corrupção física 9.3.2 - Corrupção ideológica

9.4 - Quem ganha e quem perde com a corrupção 9.5 - A quem interessa a corrupção

9.6 - Corrupção privada 9.6.1 - Mordomias

9.6.2 - Outros exemplos de corrupção privada 9.7 - A sonegação, a base da corrupção

CAPÍTULO 11 - TRIBUTAÇÃO E IDEOLOGIA

10.1 - A força da ideologia

10.2 - "A tributação, muito alta"

10.3 - "A tributação, odiosa"

10.4 - "Não vale a pena pagar impostos, pois o Estado gasta mal"

10.5 - "Para quê pagar os impostos se o Estado, corrupto e ineficiente"

10.6 - "O leão, voraz"

10.7 - "Sonegar para a economia crescer"

10.8 - "Quem não sonega não fica rico"

10.9 - "Tem que sonegar para poder competir"

10.10 - "Lei do Gerson"

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10.11 - "Sentimento próprio de rebeldia"

10.12 - O mito: "a galinha dos ovos de ouro"

CAPÍTULO 11 - ECONOMIA INFORMAL

11.1 - O que, economia informal 11.2 - Fábrica de fundo de quintal 11.3 - Microempresa

11.4 - Mão-de-obra informal 11.5 - Economia ilícita 11.6 - Dólar paralelo

11.7 - Títulos ao portador e contas numeradas CAPÍTULO 12 - SONEGAÇÃO COMO DELITO PENAL

12.1 - Sonegação, crime

12.2 - O crime de sonegação nos países desenvolvidos 12.3 - A certeza da impunidade

12.4 - Risco, e não ganho certo 12.5 - Publicidade

CAPÍTULO 13 - FISCALIZAÇÃO

13.1 - Funcionalismo público 13.2 - Fisco

13.3 - Como a fiscalização estadual atua 13.4 - Envolvimento

13.5 - Escolha da empresa a ser fiscalizada 13.6 - Visita fiscal

13.7 - Auditoria fiscal 13.8 - Pressões

13.9 - "Acerto"

13.10 - Falência

13.11 - Cobrança do crédito tributário 13.12 - Função social do fisco

13.13 - Reconhecimento e valorização da função fiscal

CAPÍTULO 14 - CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA

I N T R O D U Ç Ã O

Quem quiser entender a tributação e a sonegação no Brasil, terá uma tarefa árdua pela frente. Praticamente não existem obras que tratem do assunto. As poucas que existem trazem uma interpretação legal, atrasada e conservadora.

Como Fiscal de Tributos Estaduais, não poderíamos deixar de fazer uma reflexão sobre a tributação, a sonegação e seus efeitos econômicos e sociais, sob pena de não entendermos a função e,

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conseqüentemente, não desempenhá-la adequadamente. É evidente que, ao se analisar a tributação, principalmente sob o ponto de vista de um agente fiscal, a função do fisco, seus dilemas, conflitos e contradições, bem como a sua função social, o seu reconhecimento ou seu repúdio pela sociedade, fazem parte deste contexto. Foi justamente no exercício desta profissão, no dia a dia, que surgiu, para nós, a realidade da tributação nacional.

Aos poucos começamos a constatar o total desconhecimento, por parte da grande maioria dos contribuintes de fato, os consumidores, de como funciona a tributação neste país, quais são os tributos, quanto eles representam, quem paga, como paga, quem recolhe ao cofres públicos, quem se beneficia, quem sonega, etc.

Desconhecimento aliado a uma infinidade de inverdades, tabus, mistificações, fraudes e demais distorções do sistema, criando essa verdadeira farsa que é a tributação e a sonegação vigente.

Agravando, em suma, a crise moral, ética e jurídica que estamos vivendo.

Neste processo de vivência da realidade e a necessidade pessoal de entendê-la, buscamos, através da pesquisa e da reflexão, o sentido dos atos e fatos tributários e suas conseqüências políticas, econômicas e sociais. Assim, chegamos às conclusões que agora expomos, para o conjunto da sociedade, como forma de colaboração ao debate e ao entendimento deste tema, tão importante para ela própria.

Pretendemos com esta publicação o desencadeamento de uma discussão na sociedade a respeito da tributação, sonegação, corrupção e seus efeitos reais. Em especial, gostaríamos que o fisco, de um modo geral, fizesse uma reflexão e uma discussão da função, do ponto de vista social, ético, moral e jurídico e descobrisse a sua importância para o grupo social e a desempenhasse com lisura, independência e eficácia, recebendo, com isso, o reconhecimento e a valorização social tão almejada.

Obviamente, a discussão proposta de nada adianta se a sociedade não a fizer também, sobretudo os governantes e os políticos, assim como os consumidores, que são os que realmente suportam a carga tributária.

(Capítulo I)

TRIBUTO - NOÇÕES BÁSICAS 1.1 - Evolução histórica

A origem do tributo é muito antiga, e a variação no tempo e no espaço foi relativa a quem cobrou, quem pagou, como pagou e quanto pagou. Os primeiros tributos foram cobrados na antiguidade, quando os vencidos de guerra eram forçados a entregar parte ou a

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totalidade de seus bens aos vencedores. Após essa época, começou a cobrança pelos chefes de estado de parte da produção dos súditos, por conta de tributos. Surgindo, portanto, o embrião do entendimento de que o tributo é a contribuição dos particulares para a manutenção do Estado.

Na Idade Média os tributos eram cobrados como se fossem uma dádiva dos servos para atendimento das despesas governamentais.

Com a evolução das concepções de Estado e a criação das cartas constitucionais, passaram a ser definidos como a contribuição dos administrados para a manutenção deste Estado, a fim de que promova o bem estar social

Hoje, com uma base teórica mais elaborada, e amparado por leis, o sistema tributário brasileiro atual não inova em essência:

a classe dominante cobra tributos dos dominados pelo poder que tem, com o objetivo de ter mais poder e se manter sempre dominante, mesmo que para isso use da justificativa de que o que cobra destina-se às despesas do Estado na realização do bem comum.

Este é, na prática, o bem comum da classe dominante, e não de toda a população.

1.2 - Conceito

O Código Tributário Nacional, ainda na versão de 1966 (sem a regulamentação prevista na nova Constituição Federal de 1988), em seu artigo 3§, assim conceitua o tributo:

"Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada."

Já o Modelo de Código Tributário para a América Latina, da OEA/BID de 1967, no artigo 13, traz um conceito mais incisivo:

"Tributo é a prestação em dinheiro que o Estado, no exercício de seu poder de império, exige com o objeto de obter recursos para o cumprimento de seus fins."

No Brasil os tributos são compostos pelos impostos, taxas e contribuições de melhoria. São equiparados a eles as contribuições sociais ou parafiscais e os empréstimos compulsórios. A seguir veremos as características principais de cada um deles.

1.3 - Imposto

O imposto é o tributo por excelência. Sendo tão importante que, por seu volume de arrecadação em relação aos demais tributos, é normalmente confundido com o próprio tributo. É comum se tratar o gênero (tributo), pela espécie (imposto). Em nosso trabalho, a análise maior recai sobre os impostos e as contribuições sociais ou parafiscais, pois abrangem quase a totalidade dos recursos

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arrecadados pelo poder público. O Código Tributário Nacional (CTN) de 1966, em seu artigo 16§, assim define o imposto:

"Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte."

Além do CTN existe uma infinidade de juristas e doutrinadores que têm outras definições de imposto. Vejamos dois:

"Imposto é a prestação exigida obrigatória e unilateral pelo Estado, ao indivíduo, para cobrir as despesas feitas no interesse comum, sem levar em conta vantagens particulares que possa auferir como contribuinte." (Walter Paldes Valério)

"Imposto é o processo de repartição dos encargos públicos entre os cidadãos." ( Trotabas )

Enfim, impostos são os recursos que o poder público toma dos administrados, sem contraprestação específica, e que servem para custear suas atividades.

1.3.1 - Diretos e indiretos tributário

Os impostos podem ser classificados em diretos e indiretos.

Os diretos são aqueles que a pessoa que sofre o ônus, que paga na realidade (contribuinte de fato) é a mesma que recolhe aos cofres públicos (contribuinte de direito). Ou seja, o contribuinte de fato é o contribuinte de direito. São impostos diretos: Imposto de Renda (IR - somente na parte paga através da declaração da Pessoa Física); Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (IPTR); Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA); Imposto de Transmissão "Causa Mortis" (ITCD); Imposto sobre a Transmissão "Inter Vivos" de Bens Imóveis (ITBI); e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Os impostos indiretos são aqueles em que o contribuinte de fato não é o mesmo que o de direito. Ou seja, quem recolhe o imposto aos cofres públicos não é quem o paga na realidade. O exemplo clássico é o ICMS, em que o consumidor (contribuinte de fato), ao comprar uma mercadoria, paga o imposto ao comerciante (contribuinte de direito), e este fica com o dinheiro até o prazo estipulado, quando então recolhe ao poder público. Portanto, o contribuinte de direito é um mero depositário do imposto. É falsa a idéia de que ele (normalmente as empresas), quem paga o ICMS.

Pelo contrário, cobra do consumidor e recolhe ao Estado, sendo na realidade o consumidor quem paga, quem sofre o ônus do imposto.

Assim acontece com todos os demais tributos indiretos.

A grande maioria dos impostos são indiretos. No Brasil, em termos de volume de recursos, os impostos indiretos representam em torno de 95% da carga tributária. Os existentes após a nova Constituição são: Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros (IIMP); Imposto sobre Exportação de Produtos

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Nacionais ou Nacionalizados (IEXP); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto de Renda e proventos de qualquer natureza (IR - imposto de renda pessoa jurídica e o imposto de renda pessoa física retido na fonte dos assalariados e o imposto de renda pessoa física dos profissionais liberais); Imposto sobre Operações Financeiras e Seguros ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF); Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS); Adicional de Imposto de Imposto de Renda (AD/IR - na parte devida pelas empresas); Imposto sobre a Venda a Varejo de Combustíveis e lubrificantes (IVVC) e Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Além de todos os impostos, a princípio diretos, e que são cobrados pelas empresas ou profissionais liberais, junto com seus produtos ou serviços, e por eles recolhidos.

Muitos autores não classificam o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IR/PJ) como indireto, por entenderem que a empresa recolhe-o depois de calculado o lucro bruto e, em conseqüência, não repassa o seu custo. Não concordamos com este entendimento por estarmos convictos de que, no Brasil, onde não existe um sistema de controle de custos pela população, estes são invariavelmente repassados aos preços, transformando-se em imposto indireto. Mesmo não constando no balanço como custo, o IR/PJ, repassado, pois quando o empresário estipula suas metas de resultados computa a previsão do IR para calcular seus preços. Ou seja, o empresário quer ter um lucro líquido, no fim do ano, de "x" . Para tal, estipula o preço de venda como sendo "x", mais o custo de produção, gastos gerais, impostos, incluindo o IR/PJ previsto. No fim do ano pagará tudo, inclusive o IR/PJ, e sobrará o "x"

estipulado. Tanto é verdade que houve até demandas judiciais em função de o governo ter alterado os valores do IR/PJ durante o exercício. As empresas alegaram, entre outras coisas, que no início do ano não estava prevista esta alteração, e que elas não tiveram condições de planejar suas atividades e projetar seus preços, sentindo-se prejudicadas com isso. O deputado José Serra, que foi o relator da Comissão do Sistema Tributário do Congresso Constituinte, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, na edição do dia 10 de maio de 1987, diz "... Porque hoje o Imposto de Renda Pessoa Jurídica se transformou praticamente num imposto indireto, que onera o consumo, porque é transferido para o preço".

1.3.2 - Progressivos e regressivos

Impostos progressivos são os que gravam mais os que ganham mais e gravam menos os que ganham menos, isto é, são impostos com alíquotas diferenciadas e que vão aumentando conforme a capacidade econômica do contribuinte. No Brasil, esse princípio é muito pouco

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utilizado e somente em alguns impostos está prevista a progressividade, como no ITBI de alguns municípios e no Imposto de Renda Pessoa Física (IR/PF), apesar que, neste último, a medida ser muito tímida, pois só diferencia três faixas de capacidade contributiva. Este é um dos princípios mais justos e que deveria ser observado em todos os impostos, a exemplo dos países desenvolvidos.

Os regressivos são aqueles estipulados sem considerar o poder aquisitivo ou a capacidade contributiva dos contribuintes. Este princípio é utilizado nos impostos indiretos que gravam os produtos e os serviços, independentemente de quem vai comprá-los.

A carga tributária é estipulada para os produtos e serviços, e não para os contribuintes que irão consumi-los. Com isso, quem gasta tudo o que ganha no consumo de produtos e serviços, a maioria dos assalariados, tem uma carga tributária, percentualmente ao seu ganho, muito maior do que aqueles que fazem poupança ou investimentos. A conseqüência do imposto regressivo é que, quanto menor é a remuneração do indivíduo, tanto maior é a proporção da carga tributária sofrida. Como Já dissemos, a maioria dos impostos no Brasil são indiretos e de caráter regressivo, penalizando mais os pobres do que os ricos. O que é uma injustiça fiscal e social.

1.3.3 - Federais

1.3.3.1 - IR / Imposto de Renda e proventos de qualquer natureza

O imposto de renda se divide em Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IR/PJ) e Imposto de Renda Pessoa Física (IR/PF). O IR/PJ é devido sobre o lucro líquido das empresas num percentual de 30%, em regra geral, que pode ser adicionado de mais 5 ou 10%, dependendo do lucro. Ele representa em torno de 40% do total de IR arrecadado pela União. Como Já vimos, este imposto, que em princípio deveria ser um imposto direto, torna-se indireto pelo repasse do seu custo pelas empresas. Quem paga o IR/PJ são os consumidores dos produtos e serviços das empresas que apresentam lucros contábeis, e estas são responsáveis pelo recolhimento aos cofres do tesouro nacional.

Já o IR/PF pode ser subdividido em IR devido pelos assalariados, IR devido pelos profissionais liberais e IR devido pelas pessoas que obtêm outras rendas. O Imposto de Renda Pessoa Física observa uma certa progressividade ao fazer distinção, por faixas, de rendas. Assim, quem ganha pouco é isento do imposto.

Quem ganha relativamente bem paga uma alíquota de 10%, e os que ganham mais pagam 25% dos seus rendimentos, após as deduções previstas.

O IR/PF sobre os salários, praticamente todo descontado do trabalhador na folha de pagamentos, a título de IR na fonte, e

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