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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

TEORIA, LEGISLAÇÕES

08 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS

Edição  2017

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais).

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SUMÁRIO

1. DA INVESTIGAÇÃO, DO INQUÉRITO POLICIAL E DO TERMO CIRCUNSTANCIADO ... 05

2. DA PRISÃO PROVISÓRIA(prisão em flagrante, prisão temporária e prisão preventiva) ... 13

DA LIBERDADE PROVISÓRIA ... 19

3. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA ... 23

4. SUJEITOS PROCESSUAIS ... 28

QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS ... 31

GABARITO ... 32

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AGENTE (Investigador e Escrivão)  PC-MS

Noções de Direito Processual Penal  Teoria, Legislações e Questões

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NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

1 DA INVESTIGAÇÃO, DO INQUÉRITO POLICIAL E DO TERMO CIRCUNSTANCIADO.

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

[...]

TÍTULO II

DO INQUÉRITO POLICIAL

Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.

* Alterado pela Lei nº 9.043, de 9.5.95.

Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função.

Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

I - de ofício;

II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.

§ 1º O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:

a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;

b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;

c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.

§ 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.

§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.

§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.

§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:

I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;

* Alterado pela Lei nº 8.862, de 28.3.94.

* Vide Lei nº 5.970, de 11.12.73.

II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;

* Alterado pela Lei nº 8.862, de 28.3.94.

III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;

IV - ouvir o ofendido;

V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;

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VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;

VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;

IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.

Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

Art. 8º Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título IX deste Livro.

Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.

§ 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.

§ 2º No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.

§ 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.

Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.

Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra.

Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:

I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos;

II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;

III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;

IV - representar acerca da prisão preventiva.

Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial.

Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.

Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.

Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes.

* Alterado pela Lei nº 12.681, de 4.7.12.

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Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.

Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 27 de abril de 1963)

* Alterado pela Lei nº 5.010, de 30.5.66.

Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.

Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.

[...]

A grande maioria das investigações é feita pelo inquérito policial. Tem previsão que vai dos arts. 4º ao 23 do CPP. Inquérito policial é um procedimento investigatório de polícia judiciária destinado a apurar as infrações penais.

Não existe polícia judiciária, mas essa é uma função da polícia. A polícia é uma instituição pública pertencente ao poder executivo federal, estadual e distrital.

FUNÇÕES DA POLÍCIA:

Polícia administrativa: ela realiza atos de administração pública desvinculados da persecução criminal. Ex: Detran, expedição de passaportes, enorme controle e cadastramento de armas de fogo, concessão de porte de arma.

Polícia preventiva ou profilática: é a função de evitar, prevenir o crime, eis que possui certa relação com a persecução penal. Esta tem vários métodos de atuação, entre eles o ostensivo. Procura através da presença física do policial, dissuadir o potencial criminoso da ideia do crime (dissuadir: convencer a não fazer), pode ser de maneira fixa ou móvel. Esta situação de policiamento ostensivo é mais antiga.

Polícia repressiva: que investiga o crime que já ocorreu.

O Inquérito é uma função repressiva da polícia.

INQUÉRITO é um procedimento administrativo (não é processo) e é um procedimento sem litígio.

O inquérito policial: é um procedimento administrativo de caráter investigatório, não se aplica o contraditório, pois a Constituição Federal o contraditório na fase processual. Do inquérito policial não resulta punição alguma, pode resultar um processo (ação penal).

O inquérito não tem devido processo legal. Mas isso não quer dizer que o inquérito não tenha valor algum. O Juiz verifica se as provas do inquérito e as do juízo são similares. Soma os valores e chega a um resultado.

Via de regra, o Juiz não pode condenar somente com as provas produzidas no inquérito, mas se tiver alguma sustentação pode condenar. Não há defesa técnica no inquérito policial, e quando há, é limitada, esta defesa técnica é incumbida ao advogado. A única defesa técnica é o acompanhamento do indivíduo (no interrogatório, acareação, reconstituição).

Esse direito do advogado é de presenciar e não de participar.

O advogado não pode atuar na fase do Inquérito Policial, sua atividade se resume a acompanhar e requerer algo que julgue necessário. O advogado pode fazer requerimentos em nome do seu cliente (vide artigo 14 do CPP). Não cabe nenhum recurso do indeferimento.

O Ministério Público não requer que significa pedir diligências quer no curso do processo ou após o término, ele requisita que significa determinar, ou seja, sem discricionariedade. E o MP pode determinar que sejam feitas diligências, não há hierarquia entre o Ministério Público e a Polícia. O MP determina a ordem em razão da função e não de hierarquia.

O MP requisitar as seguintes diligências com fulcro, art. 129, VIII da CF, e em duas orgânicas: 1-(Ministério Público da União – Ministério Público Estadual) 2-( Ministério Público Estadual-LOMP 8.625/93), Art. 26, IV (Requisitos); Ministério Público da União: Lei Complementar 75/93, Art. 7º, II (Requisitos). O próprio CPP em seu Art. 13, II (Requisitos) e Art. 47, requisitá-los (neste último artigo não estão incluídos os sigilos fiscais e telefônicos, fora esses dois elementos, pode requisitar o Ministério Público).

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O poder de requisitar implica caráter inquisitivo do inquérito. Há uma desigualdade de tratamento entre o MP e Defesa na fase do Inquérito Policial, pois ainda não é ação penal, eis que não existe contraditório e ampla defesa. O MP só tem este tratamento, pois ele é o destinatário do inquérito. O MP recebe o inquérito e forma a sua opinio delicti (convicção sobre o delito), essa expressão é reservada à análise que o MP faz para a propositura da ação penal.

CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL

DISPENSABILIDADE

O inquérito policial é dispensável, ele pode ser substituído por outros instrumentos de convicção. Hoje em quase sua totalidade as denúncias são propostas com base no inquérito. A denúncia (peça proposta pelo MP) pode não se basear só inquérito policial.

O destinatário do inquérito policial é o titular da ação penal, que quase sempre é o membro do Ministério Público, que por qualquer outro meio de investigação pode firmar convencimento no sentido de oferecer denúncia, caso isso ocorra, não haverá necessidade de o órgão ministerial aguardar a conclusão do inquérito ante a sua dispensabilidade.

SIGILOSIDADE

O inquérito é sigiloso, esta característica é essencial ao inquérito, o sigilo é a alma da investigação. O CPP no art. 20, caput – o inquérito pode ser sigiloso ou não, e cabe à autoridade policial definir. Ele pode imprimir sigilo no procedimento todo ou em partes dele. Imagine a maioria das ações da polícia se não fossem sigilosas, elas não conseguiriam o mesmo resultado, pois não pegariam os delinquentes de surpresa, colhendo provas e tomando todas as providências necessárias para solucionar o deslinde.

Cabe frisar que o sigilo do inquérito não alberga o advogado, que terá direito de vistas dos autos, ressalta-se que não é qualquer advogado, mas o advogado atuante naquele caso.

INDISPONIBILIDADE (ART. 17 DO CPP)

A polícia não pode arquivar os autos de inquérito policial, esta regra está expressa no art. 17 do CPP. Só o Juiz pode arquivar o inquérito policial, a pedido do MP. Se o Delegado faz o engavetamento é passível de punição de caráter penal, por algum crime contra a administração pública ou contra a administração da justiça. Além das sanções de caráter administrativo.

Ao Delegado de Polícia é vedado o direito de promover o arquivamento do inquérito, ele pode sugerir e o MP se manifestar favoravelmente, e o Juiz determinar o arquivamento, tudo isso nos moldes do art. 28 do CPP.

FORMAS DE INÍCIO DO INQUÉRITO POLICIAL

FORMAS DE INSTAURAÇÃO:

1. De ofício

Por iniciativa própria do Delegado de Polícia, sem provocação formal. A peça pela qual o Delegado instaura de ofício é a Portaria – esta não precisa ter nome de um suspeito, se tiver suspeito indica na portaria. Só pode ser instaurado de ofício inquérito policial nos crime de ação penal pública incondicionada. Nestes casos de portaria, a notitia criminis, serve como lastro para a abertura do inquérito – portaria. “Delatio Criminis”. Parágrafo 3º do Art. 5º.

2. Requisição (ordem) da autoridade judiciária (membro de Poder Judiciário)

Qualquer Juiz de qualquer justiça ou grau de jurisdição pode requisitar a abertura de inquérito, não precisa ser criminal.

Mas que ele tenha tomado conhecimento do crime no exercício de sua função, se não for no exercício, é cidadão comum. Ex: Juiz trabalhista ouve uma testemunha e esta testemunha comete crime de falso testemunho, e o Juiz remete esse crime de falso testemunho à Justiça Federal para processá-lo.

O Juiz que requisita o inquérito pode ser o Juiz da ação que resultar daquele inquérito. O Delegado de polícia não pode se negar à abertura de processo requisitado pelo Juiz, se isso vier a ocorrer teremos em tese crime contra a administração pública ou contra a administração da justiça.

3. Requisição do Ministério Público (MP)

Dá-se ao membro do Ministério Público, o poder de requisitar a abertura de inquérito policial. Todos os detalhes da requisição do Juiz servem também para o MP.

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4. Requerimento do ofendido ou de quem tem qualidade representá-lo.

Ofendido é a vítima, e tem o direito de pLeitear que a polícia investigue. Esse requerimento não é a mesma coisa que a lavratura de Boletim de Ocorrência.

Deriva do poder de petição. Esse requerimento, se possível, terá os requisitos do Parágrafo 3º do Art. 5º do CPP. Não há necessidade do advogado, a própria vítima pode fazer e assinar. Postulação de caráter administrativo. Se o requerimento for feito por advogado terá que ter procuração com poderes especiais. Esse requerimento não é queixa que só pode acontecer na fase da ação penal privada, isto é, só ocorre queixa-crime em fase de processo, e não de inquérito policial, que é mero procedimento administrativo.

Esse requerimento não é requisição, não pode dirigir ordem ao Delegado de polícia, portanto, esse requerimento pode ser deferido ou não. Em sendo deferido o Delegado despacha ali mesmo instaurando o inquérito.

5. Mediante representação do ofendido (Parágrafo 4º do Art. 5º do CPP)

Existem alguns crimes que a ação penal é pública, mas a atuação do MP está condicionada à representação da vítima (Ex: crime de ameaça previsto no artigo 147 do CP).

A representação é uma autorização dada ao Delegado para que se instaure o inquérito. E para o Ministério Público instaurar a Ação Penal.

6. Nos crimes de ação privada (Parágrafo 5º do Art. 5º do CPP)

A ação penal não pertence ao MP, e sim ao ofendido. O inquérito não pode ser aberto de ofício – portaria, depende da manifestação do interessado (requerimento). Ou seja nos casos de ação penal privada, que só se procede mediante queixa-crime.

ARTIGO 8º DO CÓDIGO PROCESSUAL PENAL

Havendo prisão em flagrante regula-se pelo Art. 301 a 310 do CPP. O auto de prisão em flagrante é peça que formaliza a prisão em flagrante e inicia-se o inquérito policial, mas o inquérito não se resume ao auto de prisão em flagrante, ele apenas inicia.

ATOS E DILIGÊNCIAS DO INQUÉRITO (ARTS. 6º E 7º DO CPP)

'

PRESERVAÇÃO DO LOCAL

O local do crime não pode ser mexido, revirado, até a chegada dos peritos criminais (exame do local do crime).

O Delegado tem de ir ao local do crime, quando há lugar a preserva. Geralmente é feita nos crimes de homicídio, latrocínio e extorsão mediante sequestro.

APREENSÃO DE OBJETOS.

Tomada de posse de alguma coisa, objetos que supostamente tem relação com o feito. A ressalva de após liberados pelos peritos criminais para preservação do inciso anterior.

COLHER TODAS AS PROVAS (ART. 6º, III DO CPP)

Esse inciso é amplo e abrange todas as provas que estão previstas nos incisos anteriores. Ex: prova documental, são juntados ao inquérito e submetidos à perícia (documentológico e grafotécnico); prova testemunhal, a polícia deve ouvir as testemunhas tantas quanto forem necessárias.

OUVIR O OFENDIDO (ART. 6º, IV DO CPP)

Ouvir a vítima do crime, as declarações do ofendido constituem meios de prova. O ofendido não presta depoimento, mas sim declarações, pois quem presta depoimento é testemunha. O ofendido não é testemunha, a vítima é sujeito passivo do crime. A vítima não presta compromisso de dizer a verdade.

O ofendido é intimado a comparecer e se não comparecer pode ser conduzido coercitivamente (art. 20, parágrafo único – autoridade judicial ou policial).

Se tiver sofrendo ameaça, pode ser incluído nos em sistemas protetivos, no caso de proteção de testemunha como exemplo.

Inciso V – Indiciado é quase sinônimo de suspeito. Ele é suspeito submetido a atos de indiciamento (conjunto de atos que oficializam a suspeita, ou seja, levam a suspeita para os atos do processo).

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Suspeita é um ato psicológico na mente dos policiais. A partir do instante em que o Delegado acha que o suspeito é o autor, indicia o suspeito, tornando-se indiciado.

Os atos que compõe o indiciamento são quatro:

Qualificação (Inciso V do Art. 6º do CPP);

Interrogatório (Inciso V do Art. 6º do CPP);

Identificação criminal (Inciso VIII do Art. 6º do CPP);

Folha de vida pregressa (Inciso IX do Art. 6º do CPP).

RECONHECIMENTO E ACAREAÇÃO (ART. 6º, VI DO CPP).

Reconhecimento, para se descobrir a autoria, regido pelos artigos 226 a 228 do CPP, às vezes não é possível fazer o reconhecimento pessoal, mas se a polícia obtiver fato é possível fazer, ainda que o CPP não preveja. Não basta um fato só, tem que ter outros fatos de outras penas.

INCISO VII DO ARTIGO 6º DO CPP

Perícia é um exame procedido por pessoa habilitada. Esta pessoa é o perito. São espécies de peritos, os oficiais que são funcionários públicos, IML – médicos legistas, todos aqueles que necessitam de medicina legal; IC – Instituto de Criminalística, que é o conjunto de técnicas auxiliares no processo penal.

INCISO VIII DO ARTIGO 6º DO CPP

A finalidade da identificação criminal é descobrir a verdadeira identidade do acusado. O CPP dá preferência ao datiloscópico. Existem outros métodos, como análise da arcada dentária, antropométrico, palmar, etc.

PRAZOS DO INQUÉRITO

Art. 10, “caput” CP – depende do estado do réu (todavia não custa lembrar que não se trata ainda de réu, mas apenas de acusado, pois se vier a se tornar réu é apenas após o oferecimento da denúncia). A contagem da prisão preventiva é feita a partir da data de prisão e não da expedição do mandato. O excesso de prazo torna a prisão ilegal.

Prazo do CPP:

10 dias preso;

30 dias solto;

A Lei 5.010/66 estruturou a Justiça Federal de 1ª instância. O art. 66 diz que o departamento federal de segurança pública tem prazo diferente:

Prazo da Justiça Federal:

15 dias prorrogáveis por igual período – preso;

30 dias solto;

Existem outros prazos fixados em Lei especial, na Lei 11.343/2006 (tráfico ilícito de substâncias entorpecentes), e na Lei de economia popular (Lei 1.521/1951).

Prazo na Lei 11.343/2006:

30 dias preso;

90 dias solto;

Ressalta-se que em ambos os casos os prazos podem ser dobrados desde que com autorização judicial;

Prazo na Lei 1.521/1951:

preso e solto prazo de 10 dias. (Lei de economia popular)

CURADOR PARA INDICIADO MENOR

A Lei (art. 15 do CPP) refere-se aos menores de 21 anos e menores de 18 anos, pois menor de 18 anos é inimputável.

Isso é devido à antiga menoridade civil.

Para quem entender que o artigo 15 não esteja revogado, o curador não precisa ser advogado, necessariamente.

Nosso entendimento é que o art. 15 do CPP foi revogado tacitamente pelo art. 5º do CC de 2002, que igualou a maioridade civil e penal. Então nunca haverá menor indiciado. Descabendo a necessidade de curador. Ressalta-se que esse posicionamento é quase unânime dentro da doutrina e da jurisprudência.

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11 ENCERRAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL

Forma normal: relatório do delgado (art. 10, Parágrafos 1º e 2º do CPP). Relatório é a síntese de todos os atos do Inquérito policial, fase por fase até chegar ao seu término

Forma anormal: trancamento (essa palavra não está na Lei, doutrina e jurisprudência). O instrumento utilizado para o trancamento é o habeas corpus (o inquérito cessa no ponto em que estiver).

Basicamente ele deve ser trancado quando não houver justa causa para investigação (justa causa é o motivo legal).

Como exemplo de não justa causa, pode-se citar:

1) a atipicidade do fato investigado (tipo e a descrição feita pela Lei, que o legislador selecionou considerando infração penal). O inquérito, sem justa causa é uma coação ilegal.

2) inquérito é aberto para investigar menores de 18 anos.

3) fato inimputável – causa de extensão de punibilidade (prescrição).

Esses exemplos não esgotam as possibilidades de trancamento. A jurisprudência não permite o trancamento por insuficiência de provas (HC – não se discute provas).

ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL

O Delegado de polícia ao terminar seu trabalho ele emite um relatório e neste relatório ele pode opinar pelo arquivamento do inquérito policial, em virtude de não ter conseguido descobrir quem era o autor do ilícito penal.

Esse inquérito relatado vai ao Ministério Público que pode: pedir novas diligências, oferecer a denúncia, pedir o arquivamento do inquérito (quem arquiva o inquérito é o Juiz, a pedido do MP). A polícia não pode arquivar os seus inquéritos (Art. 17 CPP), muito menos o Ministério Público pode arquivar de plano, tem que remeter ao Juiz que tomará a decisão em último plano.

Quando o MP pede o arquivamento e o Juiz concorda arquivar e arquivar, daí procede-se o arquivamento. Se o Juiz discordar do arquivamento invoca ao art. 28 do CPP (remete Inquérito do Procurador Geral da Justiça, que pode oferecer denúncia, designar outro para oferecer, ou insistir no argumento), esse trâmite tem suporte no Ministério Público Estadual, quem tem como chefe o Procurador Geral de Justiça.

Se o trâmite ocorrer no âmbito Justiça Federal não estará a cargo do MPE, mas do MPF (Ministério Público Federal), que tem com chefe o Procurador Geral da República, todavia essa decisão não ficará a seu cargo, mas deve ser remetido a uma das Câmaras de Coordenação e Revisão do MPF. Lei Complementar 75.

Não pode o Procurador Geral de Justiça, mandar que o promotor que pediu o arquivamento denunciar, pois violaria independência funcional deste. Mas o promotor designado tem que oferecer, pois é em nome da Procuradoria Geral de Justiça. (longa manus – mão longa), ou seja, esse Promotor designado ele não haja em nome próprio, mas em nome do Procurador Geral.

INCOMUNICABILIDADE DO PRESO

Dispõe de maneira textual o Art. 21 do CPP: A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.

Em uma leitura apurada do artigo trás ao leitor a falsa impressão que é possível o preso ficar incomunicável. Todavia, após a carta constitucional de 1988, que trouxe a seguinte redação insculpida no artigo 136 §3º inciso IV, vejamos:

Art. 136 da CF. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

(...)

§ 3º Na vigência do estado de defesa:

(...)

IV - é vedada a incomunicabilidade do preso.

Analisando o texto da CF, podemos extrair a seguinte colocação, nem no Estado de Defesa que é a exceção ao Estado “Normal de Direito”, pode-se ter a incomunicabilidade do preso, quanto mais sem esse estado que é a exceção.

Assim, o art. 21 do CPP, não foi recepcionado pela CF, e não pode haver em incomunicabilidade de preso no Brasil.

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PROCEDIMENTOS A SEREM REALIZADOS NOS CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR – LEI MARIA DA PENHA – LEI Nº 11.340 DE 2006.

A Lei ora mencionada, prevê uma série de medidas a serem tomadas pela autoridade policial nos casos que seja de sua aplicação.

As medidas aplicadas são as seguintes (arts. 10, 11, e 12 da lei nº 11.340 de 2006):

[...]

CAPÍTULO III

DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL

Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as providências legais cabíveis.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida protetiva de urgência deferida.

Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências:

I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;

II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;

III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;

IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar;

V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.

Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:

I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada;

II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;

III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;

IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários;

V - ouvir o agressor e as testemunhas;

VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele;

VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.

§ 1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:

I - qualificação da ofendida e do agressor;

II - nome e idade dos dependentes;

III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.

§ 2º A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1º o boletim de ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida.

§ 3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde.

[...]

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QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS

1. [Escrivão de Polícia-(C3)-(CE)-(NS)-PC-PE/2016-UnB].(Q.52) No que se refere ao arquivamento do inquérito policial, assinale a opção correta.

a) Membro do Ministério Público ordenará o arquivamento do inquérito policial se verificar que o fato investigado é atípico.

b) Cabe à autoridade policial ordenar o arquivamento quando a requisição de instauração recebida não fornecer o mínimo indispensável para se proceder à investigação.

c) Sendo o crime de ação penal privada, o arquivamento do inquérito policial depende de decisão do juiz, após pedido do Ministério Público.

d) O inquérito pode ser arquivado pela autoridade policial se ela verificar ter havido a extinção da punibilidade do indiciado.

e) Sendo o arquivamento ordenado em razão da ausência de elementos para basear a denúncia, a autoridade policial poderá empreender novas investigações se receber notícia de novas provas.

2. [Escrivão de Polícia-(C3)-(CE)-(NS)-PC-PE/2016-UnB].(Q.51) O inquérito policial

a) não pode ser iniciado se a representação não tiver sido oferecida e a ação penal dela depender.

b) é válido somente se, em seu curso, tiver sido assegurado o contraditório ao indiciado.

c) será instaurado de ofício pelo juiz se tratar-se de crime de ação penal pública incondicionada.

d) será requisitado pelo ofendido ou pelo Ministério Público se tratar-se de crime de ação penal privada.

e) é peça prévia e indispensável para a instauração de ação penal pública incondicionada.

3. [Escrivão de Polícia-(C3)-(CE)-(NS)-PC-PE/2016-UnB].(Q.58) A prisão preventiva pode ser decretada se houver indícios suficientes da autoria e prova da existência do crime e se for necessária, por exemplo, para assegurar a aplicação da lei penal. Presentes esses requisitos, a prisão preventiva será admitida

a) ainda que configurada alguma excludente de ilicitude.

b) de ofício, pelo juiz, durante a fase de investigação policial.

c) se o agente for acusado da prática de crime doloso e tiver sido condenado pela prática de outro crime doloso em sentença transitada em julgado menos de cinco anos antes.

d) em caso de acusação pela prática de crimes culposos e preterdolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos.

e) em qualquer circunstância se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher.

4. [Agente de Polícia-(C1)-(CE)-(NS)-PC-PE/2016-UnB].(Q.58) A respeito de prisão, liberdade provisória do acusado e medidas cautelares alternativas ao encarceramento, assinale a opção correta.

a) A prisão provisória será decretada pelo juiz pelo prazo máximo de cinco dias, prorrogável por igual período, ou por até trinta dias improrrogáveis, se se tratar de crimes hediondos ou equiparados.

b) O descumprimento de medida protetiva de urgência determinada sob a égide da Lei Maria da Penha é uma das hipóteses autorizativas da prisão preventiva prevista na lei processual penal.

c) Conforme a CF, a casa é asilo inviolável do indivíduo: a autoridade policial nela não pode penetrar à noite sem consentimento do morador, seja qual for o motivo.

d) A prisão preventiva do acusado poderá ser requerida, em qualquer fase do inquérito ou do processo, pela autoridade policial, pelo Ministério Público ou pelo assistente de acusação.

e) Independentemente do tipo de crime, a fiança será arbitrada pela autoridade policial e comunicada imediatamente ao juiz que, depois de ouvir o Ministério Público, a manterá ou não.

5. [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.37) Havendo duas ou mais pessoas sendo acusadas do mesmo crime, a competência será fixada pela:

a) distribuição.

b) natureza da infração.

c) prevenção.

d) continência.

e) conexão.

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6. [Escrivão de Polícia-(C3)-(CE)-(NS)-PC-PE/2016-UnB].(Q.54) No que se refere ao lugar da infração, a competência será determinada

a) pelo domicílio do réu, no caso de infração permanente praticada no território de duas ou mais jurisdições conhecidas.

b) pela prevenção, no caso de infração continuada praticada em território de duas ou mais jurisdições conhecidas.

c) de regra, pelo local onde tiver sido iniciada a execução da infração, ainda que a consumação tenha ocorrido em outro local.

d) pelo local onde tiver começado o iter criminis, no caso de tentativa.

e) pelo lugar em que tiver sido iniciada a execução no Brasil, se a infração se consumar fora do território nacional.

7. [Agente de Polícia-(C1)-(CE)-(NS)-PC-PE/2016-UnB].(Q.57) No que se refere à atuação do juiz, do Ministério Público, do acusado, do defensor, dos assistentes e auxiliares da justiça e aos atos de terceiros, assinale a opção correta.

a) O acusado detém a prerrogativa de silenciar ao ser interrogado, mas esse direito pode ser interpretado contra ele, consoante o aforismo popular: quem cala consente.

b) Assegura-se ao acusado a ampla defesa e o contraditório, mas isso não lhe retira plenamente a autonomia de vontade, de sorte que poderá dispensar advogado dativo ou defensor público, promovendo, por si mesmo, a sua defesa, ainda que não tenha condições técnicas para tanto.

c) O réu denunciado em processo, por coautoria ou participação, pode atuar como assistente de acusação nesse mesmo processo se a defesa imputar exclusivamente ao outro acusado a prática do crime.

d) No processo, o juiz exerce poderes de polícia — para garantir o desenvolvimento regular e tolher atos capazes de perturbar o bom andamento do processo — e poderes jurisdicionais — que compreendem atos ordinatórios, que ordenam e impulsionam o processo, e instrutórios, que compreendem a colheita de provas.

e) Dados os princípios da unidade, da indivisibilidade e da independência funcional, não se aplicam ao Ministério Público as prescrições relativas a suspeição e impedimentos de juízes.

8. [Perito Oficial Odonto-Legal-(NS)-(M)-PC-PB/2009-UnB].(Q.80) Em relação à confissão do acusado, assinale a opção correta.

a) Uma vez confessada a prática do delito, os demais meios probatórios podem ser dispensados, pois a confissão supremacia sobre estes.

b) Atualmente, entende-se que o silêncio do acusado não importa confissão nem pode constituir elemento para a formação do convencimento do juiz.

c) A confissão é divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

d) O Código de Processo Penal não atribui valor probatório à confissão do acusado.

e) Ocorre a confissão ficta ou presumida quando o acusado, devidamente citado, não comparece em juízo para se defender.

GABARITO

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