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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS AMBIENTAIS

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS AMBIENTAIS

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

CRISTIANE CARDOSO DE SOUZA

PROPOSIÇÃO DE UM MODELO MULTICRITÉRIO DE APOIO A DECISÃO PARA A SELEÇÃO DE FORNECEDORES VERDES NO CONTEXTO DO

VAREJO

MOSSORÓ/RN

2020

(2)

CRISTIANE CARDOSO DE SOUZA

PROPOSIÇÃO DE UM MODELO MULTICRITÉRIO DE APOIO A DECISÃO PARA A SELEÇÃO DE FORNECEDORES VERDES NO CONTEXTO DO

VAREJO

Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção.

Orientador: Prof. Dr. Thomas Edson Espíndola Gonçalo.

Coorientador: Priscila Gonçalves Vasconcelos Sampaio.

MOSSORÓ/RN

2020

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Dedico esse trabalho ao meu pai Antonio e a minha mãe Francisca, que não mediram esforços para que esse momento de concretizasse.

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AGRADECIMENTOS

Dedico este trabalho a Deus, que meu deu saúde e forças para superar todos os momentos difíceis ao longo da minha graduação.

Ao meu orientador Thomas e a minha coorientadora Priscila, por toda ajuda, paciência e empenho ao meu projeto de pesquisa.

Aos meus pais, por serem essenciais na minha vida e a toda a minha família por me incentivarem e me ajudarem de todas as formas possíveis.

As minhas irmãs Jaqueline e Jéssica, por todo incentivo, cuidado e proteção.

E a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para a realização da

minha pesquisa.

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RESUMO

A temática ambiental está cada vez mais presente em todos os espaços e, devido a uma série de fatores que incluem o aumento da regularização governamental, a conscientização pública mais forte e a competitividade do mercado, entre outros, a gestão ambiental adentrou nas organizações, levando as mesmas a buscarem o atingimento de um melhor desempenho ambiental como forma de se manterem competitivas no mercado. A seleção de fornecedores verdes é uma das práticas adotadas pelas organizações no intuito de melhorar seu desempenho ambiental e consiste em considerar além dos critérios tradicionais, critérios ambientais no processo de escolha dos fornecedores. Por se tratar de uma atividade de natureza complexa e que envolve múltiplos critérios, a utilização de abordagens de decisão multicritério para seleção de fornecedores verdes é uma alternativa viável para as empresas que buscam efetividade nesse processo de escolha. Portanto, o objetivo desta pesquisa é propor um modelo de decisão, baseado em análise multicritério, para auxiliar o processo de seleção de fornecedores verdes no contexto do varejo, considerando critérios econômicos e ambientais, através do método TOPSIS. Além disso, foi realizada uma análise de sensibilidade para comprovar a robustez do método utilizado. O modelo foi testado por meio de aplicação simulada. O estudo adotou abordagem quantitativa, quanto à natureza classifica-se como aplicada, no que tange aos objetivos como descritiva e exploratória e quanto aos procedimentos técnicos é um estudo de caso. O resultado mostra que o fornecedor A4 ocupa o primeiro lugar entre os cinco fornecedores avaliados, demonstrando um forte desempenho ambiental.

Palavras-chave: Seleção de fornecedores, fornecedores verdes, MCDA, TOPSIS.

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ABSTRACT

The environmental theme is increasingly present in all spaces and, due to a series of factors that include increased government regulation, stronger public awareness and market competitiveness, among others, environmental management has entered organizations, leading they seek to achieve better environmental performance as a way to remain competitive in the market. The selection of green suppliers is one of the practices adopted by organizations in order to improve their environmental performance and consists of considering, in addition to traditional criteria, environmental criteria in the process of choosing suppliers.

As it is an activity of a complex nature and involves multiple criteria, the use of multicriteria decision- making approaches for selecting green suppliers is a viable alternative for companies that seek effectiveness in this choice process. Therefore, the objective of this research is to propose a decision model, based on multicriteria analysis, to assist the process of selecting green suppliers in the retail context, considering economic and environmental criteria, through the TOPSIS method. In addition, a sensitivity analysis was performed to prove the robustness of the method used. The model was tested through simulated application. The study adopted a quantitative approach, as for nature it is classified as applied, with regard to objectives as descriptive and exploratory and as for technical procedures, it is a case study. The result shows that supplier A4 ranks first among the five evaluated suppliers, demonstrating a strong environmental performance.

Keywords: Selection of suppliers, green suppliers, MCDA, TOPSIS.

(9)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...10

2.1. Objetivos Gerais ... 14

2.2. Objetivos específicos ... 14

3. REFERENCIAL TEÓRICO ...15

3.1. Gestão da cadeia de suprimento verde ... 15

3.2. Seleção de fornecedores ... 16

3.3. Problemas de decisão multicritério ... 17

3.4. Fases da modelagem multicritério ... 19

3.5. Métodos multicritério de apoio à decisão ... 20

3.6. Revisão da literatura ... 21

3.7. Síntese da seção ... 22

4. METODOLOGIA ...23

4.1. Método TOPSIS ... 25

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...27

5.1. Identificação do decisor ... 27

5.2. Critérios ... 27

5.3. Alternativas ... 28

1.1 Aplicação do método TOPSIS ... 29

1.2 Análise de sensibilidade ... 31

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...34

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...35

8. APÊNDICES ... 38

(10)

1. INTRODUÇÃO

A seleção de fornecedores é um processo crucial para a gestão da cadeia de suprimentos de uma organização (FREIRE et al., 2018). Seja no setor privado, seja no público o setor de compras e posteriormente o processo de seleção de fornecedores deixa de ser visto apenas como operacional e financeiro, com a busca pelo menor preço, e passa a ser considerado um fator estratégico e de competitividade para as organizações, impactando diretamente nos resultados das mesmas (BOWERSOX;

CLOSS; COOPER, 2008). No contexto competitivo em que as empresas se encontram, a seleção de fornecedores ganha ainda mais relevância (GONÇALO, 2018).

Estima-se que 40 a 60% do valor final das vendas de qualquer produto é destinado a compra de materiais e insumos (BALLOU, 2006). Nas indústrias de alta tecnologia, os custos com materiais e serviços adquiridos representam até 80% dos custos totais dos produtos (JAIN et al., 2018). Além de ferramenta estratégica de integração em termos de cooperação e aproveitamento de infraestruturas, a gestão e seleção de fornecedores também se constitui como um elemento de redução de custos e aumento de performance, visto que esse processo está fortemente ligado ao desempenho do setor de compras (PELÁ, 2010).

Uma vez definido o que comprar o segundo passo mais relevante consiste em escolher o fornecedor certo. Entre os critérios tradicionais usados para a escolha do fornecedor mais adequado estão qualidade, quantidade, prazo de entrega e preço. Ou seja, o fornecedor que fabrica o produto na qualidade requerida, que tem capacidade produtiva para atender as demandas de seus consumidores, que entrega no prazo estipulado e que tem um preço competitivo no mercado (MOREIRA, 2010).

Nas últimas décadas a preocupação com as causas ambientais vem ganhando

cada vez mais destaque. O aumento da poluição e da degradação do meio ambiente, a

diminuição dos recursos e matérias-primas, entre diversas outras questões ambientais,

passaram a ser discutidas e levadas em conta na hora de escolher um produto ou serviço

de uma determinada empresa (HASHEMI; KARIMI; TAVANA, 2015). Ou seja, os

consumidores procuram saber se a empresa a qual estão adquirindo produtos e/ou

serviços tem compromisso com o meio ambiente.

(11)

11

Ainda segundo Hashemi, Karimi e Tavana (2015), o aumento da regularização governamental, a conscientização pública mais forte, aliados as pressões dos consumidores quanto às questões ambientais, vem tornando a gestão ambiental uma questão relevante para as empresas e que simplesmente não pode ser negligenciada para aquelas que desejam se manter competitivas no mercado.

Com a incorporação da preocupação com o meio ambiente tem-se o que se conhece por Gestão Verde da Cadeia de Suprimentos (Green Supply Chain Management – GSCM), que integra a temática ambiental com a gestão da cadeia de suprimentos convencional, incluindo atividades de projeto de produtos, seleção de fornecedores e materiais, processos produtivos, entrega de produtos finais aos consumidores, entre outras (BARBIERI et al., 2014).

No contexto da seleção de fornecedores dentro da GSCM outros critérios passam a serem incluídos no processo de escolha, os critérios ambientais. A escolha do fornecedor passa a envolver muitos critérios, como qualidade do produto, valor do produto, confiabilidade do produto, variedade de produtos, entrega no prazo, qualidade do relacionamento, histórico de desempenho, situação financeira, marca, garantia e desempenho ambiental (JAIN et al., 2018). Com a crescente conscientização sobre o meio ambiente, os gestores, a fim de manter uma vantagem competitiva no mercado, precisam comprar de fornecedores verdes, ou seja, aqueles que possam fornecer produtos e serviços com menor preço, maior qualidade, menor prazo de entrega e, ao mesmo tempo, maior foco na responsabilidade ambiental (HASHEMI; KARIMI;

TAVANA, 2015).

Em virtude da importância do processo de seleção de fornecedores para as organizações, torna-se cada vez mais relevante usar ferramentas para apoiar esse processo de compras (GONÇALO, 2018). A utilização de um modelo estruturado e sistemático para a seleção de fornecedores, com etapas bem definidas gera ganho de tempo e de economia para as organizações. Outro ganho para as organizações é a possibilidade de englobar outros diversos critérios no processo de escolha, como os critérios ambientais, ou ainda outros que possam ser identificados como relevantes.

O processo de seleção de fornecedores envolve critérios múltiplos, considerando

muitas vezes dados quantitativos e qualitativos (WU et al., 2010). Dessa forma faz-se

(12)

necessário a utilização de um modelo de decisão que estruture de forma analítica e formal as atividades de compras das organizações, considerando e analisando os potenciais fornecedores em múltiplos critérios. “O problema de seleção de fornecedores é um exemplo claro de um típico problema existente, que requer em várias ocasiões o uso de métodos multicritério de apoio à decisão” (ALMEIDA, 2013, p. 14).

De acordo com Gonçalo (2018), a utilização de um modelo estruturado para a seleção de fornecedores permite ainda a otimização, o aumento da agilidade, a melhoria da flexibilidade e da transparência do processo, propiciando ganhos significativos para as organizações. As empresas que têm como objetivos a redução de gastos, a eficiência de seus serviços, bem como a preocupação ambiental, precisam adotar modelos de seleção de fornecedores que vão de encontro a esses objetivos, conciliando-os.

Ainda segundo Gonçalo (2018) em relação ao aspecto empresarial, pesquisas no âmbito da seleção de fornecedores verdes são de fundamental importância para que as organizações consigam atender esses objetivos. Do ponto de vista acadêmico, as pesquisas nessa área são de fundamental importância, uma vez que, trabalhos que considerem critérios ambientais são limitados.

Nesse sentido, em virtude da relevante importância da seleção de fornecedores e da incorporação da gestão ambiental nas organizações, o presente trabalho propõe um modelo de seleção de fornecedores verdes, buscando responder o seguinte questionamento: qual o fornecedor mais adequado levando-se em conta os critérios econômicos e ambientais adotados?

Além da corrente introdução, o presente trabalho conta com mais quatro seções,

que abordam respectivamente o referencial teórico – discorrendo sobre os aspectos

referentes à gestão da cadeia de suprimento verde, a seleção de fornecedores e sua

importância para as organizações, os problemas multicritério de apoio à decisão, as

fases da modelagem multicritério, as principais características e classificações dos

métodos multicritério de apoio à decisão, a revisão de literatura e as síntese da seção – a

metodologia – incluindo as etapas de: (1) Identificação do problema; (2) Pesquisa

bibliográfica; (3) Construção do modelo; (4) Teste do modelo e (5) Análise dos

resultados obtidos -, os resultados obtidos com a construção do modelo de decisão e as

(13)

13

discussões a cerca dos mesmos e por fim as considerações finais com as limitações da

pesquisa, as sugestões de melhorias e trabalhos futuros.

(14)

2. OBJETIVOS

A seguir, são apresentados os objetivos geral e específicos deste estudo.

2.1. Objetivo Geral

Propor um modelo de decisão, baseado em análise multicritério, para auxiliar o processo de seleção de fornecedores verdes, considerando critérios econômicos e ambientais.

2.2. Objetivos específicos

a. Definir critérios para a seleção de fornecedores verdes;

b. Desenvolver e aplicar um modelo de decisão multicritério com base no método TOPSIS;

c. Analisar os resultados obtidos, apontando se o modelo é eficaz ou não.

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15

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta seção são apresentadas as discussões teóricas a respeito dos temas relacionados a esta pesquisa, quais sejam: gestão da cadeia de suprimento verde, seleção de fornecedores, problemas multicritério de apoio à decisão e métodos multicritério de apoio à decisão. É apresentada também nesta seção a revisão da literatura, buscando analisar como outros autores trataram o problema de seleção de fornecedores verdes, quais ferramentas são utilizadas e como estas foram aplicadas. Finalizando a seção um tópico de considerações finais, elencando as principais ideias discutidas no decorrer da seção.

3.1. Gestão da cadeia de suprimento verde

Os danos ambientais gerados por empresas de todos os ramos e setores da cadeia de suprimento, as emissões de gases poluentes e o desperdício de recursos naturais caracterizam um modelo econômico insustentável. Somados a isso, a preocupação e o debate acerca das questões ambientais, as pressões sociais, de mercado e legais fazem com que as empresas busquem integrar a gestão ambiental aos seus processos como uma forma de atingir um melhor desempenho ambiental e se manterem competitivas frente aos seus concorrentes, otimizando aspectos ambientais e econômicos e gerando ganhos financeiros e ambientais (GONÇALVES; NEVES, 2015).

Nesse contexto de inserção das questões ambientais na gestão da cadeia de suprimentos surge a GSCM - Green Supply Chain Management ou Gestão da Cadeia de Suprimento Verde, que tem como fundamento básico a integração de toda a cadeia, interligando desde fornecedores de matéria-prima até clientes finais, buscando atender as exigências de mercado conjuntamente com a adoção de princípios de gestão ambiental (SEURING et al., 2008).

Srivastava (2007) aponta a GSCM como uma filosofia que busca integrar os

conceitos e aspectos da Gestão da Cadeia e Suprimentos tradicional, com os aspectos de

gestão ambiental, visando à melhoria da competitividade empresarial. A GSCM inclui

desde o desenvolvimento de produtos, seleção de fornecedores, processos de fabricação,

até a entrega do produto final ao consumidor, permitindo que as organizações melhorem

o desempenho sustentável de suas operações e processos, se tornem mais competitivas e

aumentem seus lucros.

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Como vantagens da implantação da GSCM, Rountroy (2009) cita a inclusão de todo o sistema de redução de custos, a maior facilidade de inserção no mercado global, redução do uso de recursos produtivos, redução de resíduos e de riscos e geração de uma boa imagem das organizações. Outros benefícios da GSCM consistem em agregar valor aos produtos, gerar inovações de produto e de processo e aumentar a competitividade da cadeia de suprimentos.

A GSCM é implantada nas organizações à medida que uma série de práticas começam a ser praticadas, entre essas práticas pode-se citar: gestão ambiental interna (GAI), ecodesign, operações verdes, cooperação com os clientes e recuperação de investimentos, entre outras (GONÇALVES; NEVES, 2015).

Ainda segundo Gonçalves e Neves (2015) as operações verdes podem ser classificadas ainda em produção verde, manufatura verde, compras verdes, logística reversa e gestão de resíduos. A seleção de fornecedores está inserida dentre do conjunto de práticas das compras verdes e envolve a incorporação de critérios ambientais nas decisões de compras organizacionais, assim como relacionamentos de longo prazo com os fornecedores, tendo como principal objetivo reduzir resíduos e o consumo de materiais.

As decisões de compra nas organizações passam a envolver outros critérios, que não os tradicionalmente já usados, os requisitos ambientais. São os chamados fornecedores verdes, ou seja, aqueles que incorporam os aspectos da gestão ambiental aos seus processos produtivos.

3.2. Seleção de fornecedores

O processo de seleção de fornecedores consiste em um procedimento onde os fornecedores são inspecionados, avaliados e escolhidos para se tornar parte da cadeia de suprimentos de uma empresa (SAEN, 2007). Esse processo tem como objetivo identificar os fornecedores que propiciam o melhor custo benefício para a organização, ou seja, os fornecedores que têm a maior capacidade para atender as necessidades da empresa, ao menor custo possível (KAHRAMAN; CEBECI; ULUKAN, 2003).

Esse é um processo que adquire uma dimensão estratégica importante para as

organizações, tendo um alto grau de participação no resultado final das mesmas

(RICCARDI, et al., 2010). Segundo Rossi (2015) a seleção de fornecedores é uma das

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17

principais atividades da função de compras e consequentemente da cadeira de suprimentos de uma organização. Em meio ao mercado globalizado e de alta competitividade em que as empresas se encontram, esse processo de seleção ganha ainda mais importância (GONÇALO, 2018).

O processo de seleção de fornecedores envolve múltiplos critérios, qualitativos e quantitativos, se caracterizando como uma atividade complexa, à medida que se torna difícil equilibrar todos os critérios, muitas vezes conflitantes entre si (WU et al., 2010;

HU et al., 2016). Esse processo de seleção é abordado como um problema de decisão multicritério, que tem como objetivo encontrar os fornecedores adequados a oferecer os produtos ou serviços que a organização necessita (HA; KRISHNAN, 2008; BORAN et al.,2009).

Tradicionalmente, os critérios utilizados no contexto da seleção de fornecedores incluem o custo, a quantidade, a qualidade e o prazo de entrega. Já no contexto da GSCM esse processo de seleção passa a envolver outros critérios, os critérios ambientais, incluídos pelas organizações como uma prática sustentável que busca assegurar a competitividade das mesmas. Os fornecedores verdes são aqueles que estão em consonância com as normas ambientais, legislações, que possuem certificações ambientais e que tem a gestão ambiental inseridas na estratégia de mercado.

3.3. Problemas de decisão multicritério

Segundo Almeida (2013) um problema de decisão multicritério consiste em um processo de escolha que tenta atingir a vários objetivos, muitas vezes conflitantes entre si, em situações onde há pelo menos duas alternativas a serem escolhidas, sendo que a esses objetivos são associadas a variáveis que os representam e permitem a avaliação de cada alternativa, com base em cada objetivo. Esses problemas são comuns em todos os setores, seja no setor público, seja no privado, sendo que sempre foi buscado formas de resolvê-los da maneira mais eficiente possível (GOMES; ARAYA; CARIGNANO, 2004).

Os métodos de apoio à decisão multicritério se desenvolveram a partir da década

de 1970, com o objetivo de resolver esses problemas onde múltiplos objetivos deveriam

ser alcançados simultaneamente. Esses métodos têm um caráter científico e subjetivo,

podendo agregar tanto características qualitativas, quanto quantitativas, possibilitando a

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sistematização e a transparência do processo de tomada de decisão (GOMES; ARAYA;

CARIGNANO, 2004).

Em um processo decisório são considerados vários atores, conforme Almeida (2013), os principais são mostrados no Quadro 1:

Quadro 1: Atores do processo decisório

ATOR DEFINIÇÃO

Decisor

Responsável pela tomada de decisão, que estabelece suas preferências em relação ao problema a ser resolvido, podendo ser um único decisor, ou um grupo de decisores, sendo que ele é responsabilizado pelas consequências da decisão tomada, sejam elas positivas ou negativas.

Analista

Pessoa ou grupo de pessoas responsáveis por modelar o problema, ou seja, fornece suporte metodológico ao processo. O analista se relaciona diretamente com o decisor para desenvolver o processo de construção do modelo de decisão

Cliente ou preposto

Assessor próximo ao decisor que se relaciona com o analista a fim de explanar as preferências do decisor quando este não tem disponibilidade de tempo para explanar suas preferências.

Especialista

Profissional que conhece os mecanismos de comportamento do sistema objeto em estudo e do seu ambiente que influenciam as variáveis relacionadas ao processo de decisão.

Stakeholder Tenta influenciar o decisor de alguma outra forma, através de algum tipo de pressão.

Terceira parte

São afetados pela decisão a ser tomada e têm um papel passivo no processo decisório.

Fonte: Almeida (2013).

O decisor deve escolher a melhor alternativa dentro de um conjunto de alternativas que são diferentes, exaustivas e excludentes entre si, sendo que essa escolha é baseada em critérios, ou seja, uma função que aborda as preferências do decisor e que são definidos a priori baseados nos atributos considerados para o problema proposto.

(GOMES; ARAYA; CARIGNANO, 2004). Corroborando com Gomes, Araya e Carignano (2004), Almeida (2013) cita que o decisor tem como problema avaliar os múltiplos objetivos, de forma integrada. Objetivos representados por variáveis, que, muitas vezes estão em unidades de medida diferentes.

A condição básica de existência de um problema de decisão é a existência de

pelo menos duas alternativas de ação, sendo que segundo Almeida (2013), os problemas

multicritério podem ser classificados em 4 tipos:

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19

• Problemas tipo α (Pα): problemática de escolha que tem como objetivo selecionar a melhor alternativa ou as melhores alternativas;

• Problemas tipo β (Pβ): problemática de classificação que tem como objetivo realizar uma classificação das alternativas;

• Problemas tipo γ (Pγ): problemática de ordenação que tem como objetivo ordenar as ações;

• Problemas tipo δ (Pδ): problemática de descrição que tem como objetivo realizar uma descrição das alternativas.

Outro elemento básico está relacionado com as consequências que podem ser obtidas em cada alternativa, dessa forma, o decisor escolhe qual consequência deseja obter e em função disso busca-se a alternativa que tenha essa consequência mais desejável. São muitos os problemas classificados como problemas de decisão multicritério em meio a uma organização, sendo que na grande maioria dos casos se faz necessário a aplicação de uma metodologia multicritério para resolvê-los (ALMEIDA, 2013).

3.4. Fases da modelagem multicritério

São nove as etapas da modelagem de um problema multicritério segundo Gomes, Araya e Carignano (2004), quais sejam: (1) Identificação dos tomadores de decisão; (2) Definição das alternativas; (3) Definição dos critérios; (4) Avaliação das alternativas em relação aos critérios; (5) Determinação da importância relativa dos critérios; (6) Determinação da avaliação global de cada alternativa; (7) Análise de sensibilidade; (8) Recomendações e apresentação de um relatório e (9) Implementação.

A primeira etapa consiste em definir quem será o decisor, que vai estabelecer suas preferências em relação ao problema proposto; posteriormente, a segunda etapa consiste em definir as alternativas a serem analisadas, seguida pela fase de determinação dos critérios relevantes para o problema de decisão (GOMES; ARAYA; CARIGNANO, 2004).

Na quarta etapa tem-se a avaliação das alternativas em relação aos critérios,

quantificando o valor de cada alternativa em relação a cada critério, formando a matriz

de decisão. Em seguida é realizada a determinação da importância relativa dos critérios,

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ou seja, são atribuídos pesos aos critérios já definidos, a fim de mostrar a importância de um critério para o decisor (GOMES; ARAYA; CARIGNANO, 2004).

Na sexta etapa, segundo Gomes, Araya e Carignano (2004), tem-se a determinação da avaliação global de cada alternativa. Nessa etapa o método multicritério definido é aplicado e as alternativas são avaliadas, uma a uma. As demais etapas consistem na análise de sensibilidade, que é executada a fim de perceber a resistência dos valores das alternativas a possíveis mudanças nas preferências do tomador de decisão e na recomendação e apresentação de um relatório e por fim a implementação.

3.5. Métodos multicritério de apoio à decisão

Os métodos multicritério de apoio à decisão são utilizados quando todos os objetivos de um problema não puderem ser representados através de uma única métrica, como unidades monetárias, por exemplo. Diversos são os métodos que foram desenvolvidos para resolver os problemas multicritério (ALMEIDA, 2013).

Esses métodos podem ser classificados de diversas formas, entre elas: quanto à

natureza do conjunto de alternativas, quanto ao tipo de método, relativos à agregação,

relativos à compensação, entre outros (ALMEIDA, 2013). O Quando 2 aborda essas

classificações e suas respectivas definições.

(21)

21

Quadro 2: Classificação dos métodos

Critério de

classificação Classificação Definição

Natureza do conjunto de alternativas

Conjunto discreto Problemas nos quais o conjunto de alternativas é formado por um número finito e geralmente pequeno de variáveis.

Conjunto contínuo Problemas com objetivos múltiplos, nos quais as alternativas podem adquirir um número infinito de valores.

Tipo do método

Método de critério

único de síntese Agregam os critérios em um único critério de síntese.

Método de

sobreclassificação Superação, prevalência ou subordinação.

Métodos interativos Métodos que utilizam a programação linear multiobjetivo

Relativos à agregação

Métodos de agregação ordinal

Desenvolvem a agregação dos critérios para os casos em que as avaliações intracritério são apresentadas através de

informações ordinais.

Métodos de agregação baseados

em informação parcial

Esses métodos podem ser considerados quando não se dispõe de todas as informações para se desenvolver a

avaliação.

Métodos com lógica fuzzy

São utilizados para tratamento de problemas em que se considera imprecisão nas informações.

Relativo aos métodos

Compensatórios

Compensam um menor desempenho de uma alternativa em um dado critério por meio de um melhor desempenho em

outro critério.

Não compensatórios

Há uma requisição por uma informação intercritério correspondente à importância relativa entre os critérios,

evitando o favorecimento de ações que possuem um excelente desempenho em um critério, mas que sejam

fracas nos demais.

Fonte: Almeida (2013).

Almeida (2013) destaca ainda que a ultima classificação abordada no Quadro 2, a relativa aos métodos, deve ser abordada de forma mais evidente que as outras citadas na análise do problema de decisão, quando se pretende atender à estrutura de preferências do decisor e ao tipo de racionalidade considerada no contexto em estudo.

“Essa classificação pode ser associada de forma a fazer um cruzamento em todas as classificações anteriores” (ALMEIDA, 2013, p. 17).

3.6. Revisão da literatura

O processo de seleção de fornecedores é um assunto bastante discutido na literatura, sendo que são muitos os autores que abordam o tema e muitas são as ferramentas metodológicas utilizadas para apoiar esse processo de tomada de decisão. Já com relação ao processo de seleção de fornecedores verdes, observa-se um número de trabalhos menos expressivo, principalmente na literatura nacional.

Segundo Ganga e Rodrigues (2015), as primeiras pesquisas que tratam sobre a

seleção de fornecedores datam da década de 1960, porém, só recentemente os trabalhos

com enfoque ambiental vem ganhando destaque.

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Ainda segundo Ganga e Rodrigues (2015) os periódicos que mais publicaram sobre o tema foram o Journal of Cleaner Production, International Journal of Production Economics, Sustainability, Mathematical Problems in Engineering e Purchasing and Supply Management, sendo todos periódicos internacionais.

Com relação as técnicas empregadas nos estudos destacam-se que as mais utilizadas foram AHP, fuzzy TOPSIS e o TOPSIS. E, percebe-se de maneira geral um maior uso de técnicas associadas na seleção de fornecedores verdes do que a utilização de uma técnica de maneira isolada.

Analisando-se a literatura da área, percebe-se a presença de estudos relacionados a seleção de fornecedores com enfoque na temática ambiental. Chiou et al. (2008) abordou em seu trabalho a diferença entre o processo de seleção de fornecedores verdes em 3 diferentes indústrias de eletrônicos da China. Já Grisi et al. (2010) analisou em sua pesquisa a performance dos critérios de seleção para posterior implementação de um modelo Fuzzy-AHP para avaliação dos fornecedores verdes.

3.7. Síntese da seção

A partir dos conceitos elencados no decorrer desta seção a seleção de fornecedores evidencia-se como uma atividade primordial para as organizações, impactando diretamente nos resultados da mesma. Esse processo de escolha baseia-se em muitos critérios, muitas vezes conflitantes entre si, tornando esse um processo de decisão multicritério. Nos últimos anos, em virtude de uma série de fatores, que incluem desde aspectos econômicos, sociais até aspectos legais outros critérios passaram a ser levados em conta no momento de escolha, os critérios ambientais. As empresas começam a incluir esses parâmetros de escolha para se manterem competitivas no mercado, buscando obter vantagens e se sobressair frente aos seus concorrentes.

Em virtude da importância do processo de seleção de fornecedores metodologias

específicas devem ser usadas para apoiar esse processo crucial para as empresas. Entre

as metodologias usadas estão os métodos multicritério de apoio a decisão, que tem

como objetivo auxiliar o processo de escolha, conciliando todos os critérios, sejam

qualitativos ou quantitativos, elencando a melhor escolha em função do objetivo

estabelecido.

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23

4. METODOLOGIA

O presente trabalho consiste em propor um modelo para a seleção de fornecedores verdes, com base no método multicritério de apoio à decisão TOPSIS.

Dessa maneira, quanto à natureza, esta pesquisa classifica-se como sendo aplicada, visto que após a coleta dos dados será proposto um modelo de decisão a ser utilizado para a resolução de um problema específico (PRODANOV; FREITAS, 2013).

No que tange aos objetivos, classifica-se como descritiva e exploratória.

Descritiva, pois descreve todos os passos para estruturação do modelo, utilizando uma técnica padronizada para obtenção dos dados e exploratória, pois envolve além do levantamento bibliográfico a aplicação de um método estruturado para posterior avaliação. Segundo Gil (2008), a pesquisa exploratória objetiva proporcionar uma maior familiaridade com o problema, enquanto a pesquisa descritiva tem como uma de suas principais características o uso de técnicas padronizadas para a coleta de dados.

Em relação à abordagem, a pesquisa apresenta-se como quantitativa, uma vez que o modelo multicritério proposto mensura as alternativas possíveis, elencando qual a preferível para a resolução do problema proposto. A pesquisa quantitativa quantifica os dados e generaliza os resultados da amostra para os interessados, recomendando um curso final de ação (MATTAR, 2001).

Quanto aos procedimentos técnicos é classificada como um estudo de caso, pois através dos métodos multicritério propõe-se um modelo de seleção de fornecedores verdes. Segundo Prodanov e Freitas (2013), o estudo de caso realiza-se a partir da coleta e análise se informações sobre um determinado grupo, com o objetivo de estudar aspectos sobre o mesmo e posterior quantificação e qualificação dos dados.

Esta pesquisa foi desenvolvida em cinco etapas, conforme apresentado na Figura

1.

(24)

Figura 1: Etapas desta pesquisa

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Na primeira etapa do estudo foi identificado um problema possível de ser estudado, constatando-se o problema da seleção de fornecedores, com foco nos chamados fornecedores verdes, e visto a necessidade de executar uma modelagem multicritério, pois o mesmo envolve múltiplos critérios a serem analisados e diferentes alternativas para serem escolhidas.

A segunda etapa do trabalho consistiu na pesquisa bibliográfica, onde foram estudados os aspectos referentes à definição dos problemas multicritério de apoio à decisão, assim como suas principais características e classificações. Foram levantados também os conceitos abordados na literatura sobre a gestão da cadeira de suprimentos verdes e os fornecedores verdes foram definidos, propiciando conhecer o que já se tem na literatura sobre essa temática. Nesta segunda etapa foi feito também um estudo na literatura existente para decidir qual o melhor método para validar essa pesquisa, concluindo que seria o método TOPSIS que permitiria fazer a modelagem do problema de acordo com os objetivos propostos.

A terceira etapa consistiu na construção do modelo. O problema de decisão foi estruturado, foram definidos os decisores, os analistas e as demais partes envolvidas, o objetivo do trabalho foi determinado, assim como os critérios a serem analisados e as possíveis alternativas para solucionar o problema e por fim o método TOPSIS foi aplicado para construção do modelo.

Na quarta etapa o modelo proposto foi executado e validado, buscando saber se

o modelo resolveria o problema de pesquisa apontado. Uma análise de sensibilidade foi

executada também, para verificar a robustez do modelo e para determinar a influência

(25)

25

dos pesos dos critérios no processo de tomada de decisão. Por fim, na quarta etapa, os resultados obtidos foram analisados.

4.1. Método TOPSIS

O método TOPSIS, (em inglês, Technique for Order Preference by Similarity to Ideal Solution) é um algoritmo de avaliação de performances de alternativas através da similaridade da mesma com uma solução ideal. O método foi proposto inicialmente por Hwang e Yoon (1981) e baseia-se no conceito de que a alternativa escolhida deve ter a distância geométrica mais curta da solução ideal positiva e a distância geométrica mais longa da solução ideal negativa (JAIN et al., 2018).

A solução ideal positiva é uma solução que maximiza os critérios de benefício e minimiza os critérios de custo e a solução ideal negativa é o oposto, ou seja, maximiza os critérios de custo e minimiza os critérios de benefício. Sintetizando, a solução ideal positiva é composta de todos os melhores valores dos critérios de benefício e a solução ideal negativa é composta de todos os piores valores atingíveis dos critérios de custo (HWANG e YOON, 1981).

Segundo Jain et al. (2018), esse é um método de agregação compensatória que compara o conjunto de alternativas classificando os pesos de cada critério, normalizando os escores para cada critério e determinando a distância geométrica entre cada alternativa e a alternativa ideal. Sendo a alternativa ideal a melhor pontuação em cada critério.

Ainda segundo Jain et al. (2018), a aplicação do método segue uma sequência de passos, sendo que o primeiro consiste em selecionar os critérios e as alternativas, que posteriormente receberão pesos pelos decisores. Em seguida cada alternativa recebe pontuação para cada critério e a matriz de decisão é formada.

A Equação 1, aborda a matriz de decisão D, onde as linhas representam as alternativas A

1

, A

2

, A

3

... A

m

e as colunas representam os critérios C

1

, C

2

, C

3

... C

n

. O valor X

ij

indica o desempenho da alternativa A

i

no critério C

j

. Cada critério possui ainda

(1)

(26)

um peso, definido pelo decisor, e representado por W = (w

1

, w

2

, w

3

, ... w

n

), sendo w

j

um peso para o critério C

j

. Já os critérios são classificados em dois tipos, critérios de custo e critérios de benefício, onde para o primeiro grupo, quanto menor seu desempenho melhor, e o segundo, quanto maior seu desempenho melhor (JAIN et al., 2018).

O segundo passo, conforme Jain et al. (2018), consiste em normalizar a matriz D, através da Equação 2.

Após a normalização, os valores da matriz devem ser ponderados, de acordo com a Equação 3 (JAIN et al., 2018).

Ainda de acordo com Jain et al. (2018), a solução ideal positiva A

+

, para critérios de benefício, e a solução ideal negativa A

-

, para critérios de custo são abordadas pelas Equações 4 e 5, respectivamente:

A solução ideal positiva e a solução ideal negativa são determinadas para cada alternativa usando as Equações 6 e 7, respectivamente:

Calculado as distâncias, o próximo passo, de acordo com Jain et al. (2018) consiste em determinar a proximidade relativa, de acordo com a Equação 8, a seguir:

A alternativa com a maior proximidade relativa é a melhor alternativa (HWANG e YOON, 1981).

(2)

(5)

(5)

) (4)

(6)

(7)

(8)

(27)

27

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nesta seção é abordada a identificação do decisor, os critérios definidos com base na literatura sobre seleção de fornecedores verdes, as alternativas a serem avaliadas, a aplicação do método TOPSIS, a análise de sensibilidade e as considerações apontadas.

5.1. Identificação do decisor

O decisor considerado para este trabalho é um ex-gerente de logística de um grande varejista brasileiro, que lidava com seleção de fornecedores. A escolha desse decisor se deu pelo fato de o mesmo conhecer a fundo a estratégia de negócios da empresa, assim como sua estratégia de operações, e todo o processo de compras e seleção de fornecedores. Essa rede de varejo atua no mercado há 89 anos e está presente em todo o país, contando com mais de 1.320 lojas, 4 centros de distribuição e atuando também no comércio eletrônico. A rede comercializa mais de 60.000 itens, entre eles brinquedos, aparelhos eletrônicos, jogos, higiene e beleza, utilidades domésticas, entre outros e conta com mais de 2.000 fornecedores diferentes.

5.2. Critérios

Para a avaliação e seleção da melhor alternativa, foram selecionados seis

critérios, com base na literatura específica da área de seleção de fornecedores e da área

de gestão da cadeia de suprimentos verdes. Foram selecionados critérios econômicos e

ambientais. Para os critérios econômicos, quanto menor o seu desempenho melhor

(minimização)e para os critérios ambientais, quanto maior o seu desempenho melhor

(maximização). Os critérios, sua definição e suas respectivas referências encontram-se

no Quadro 3.

(28)

Quadro 3: Critérios de seleção e avaliação de fornecedores

Critérios Nome Definição Referência

C1 Preço Preço de venda do

produto ou serviço

MIN (1994);

DICKSON (1966);

WEBER et al.

(1991) C2 Prazo de entrega Percentual de entrega

dos produtos ou serviços na data

estipulada

CHEN (2015)

C3 Imagem Verde Quantidade de produtos

com ênfase em sustentabilidade

AGRAWAL E DAS (2014); MISHRA E SHARMA (2014);

C4 Consumo de recursos Consumo de recursos em toneladas de um lote

do produto

CAI et al. (2014)

C5 Certificação ambiental Quantidade de certificações ambientais que o fornecedor possui

CHEN (2015)

C6 Reciclagem Taxa de reciclagem do

produto

BARBIERI (2007);

BINNEMANS et al (2013) Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Os critérios C1 e C4 são classificados como critérios econômicos, enquanto os demais critérios são classificados como critérios ambientais. Para obtenção dos dados necessários para o método, o decisor respondeu a um questionário semiestruturado (Apêndice A), elencando os pesos de cada critério para posteriormente avaliação.

5.3. Alternativas

Para o presente trabalho foram considerados os fornecedores do departamento de higiene e beleza, especificamente, fornecedores de shampoos, conforme escolha do decisor. Foram avaliados cinco potenciais fornecedores de shampoo, através da aplicação simulada do método TOPSIS. Os dados foram coletados através de visitas a lojas da referida empresa e também por meio da internet.

Os fornecedores foram denominados como A1, A2, A3, A4 e A5, sendo que os fornecedores A1 e A2 são empresas multinacionais, os fornecedores A3 e A4 são empresas nacionais e o fornecedor A5 é uma empresa regional brasileira.

O fornecedor A1 é uma empresa multinacional britânica de produtos de consumo rápido, que conta com mais de 20 marcas associadas, tendo uma política voltada à redução do consumo de resíduos e a produção sustentável de produtos, reduzindo o impacto ambiental associado.

O fornecedor A2 é uma empresa multinacional francesa de cosméticos, tem em

sua política de funcionamento a adoção de práticas sustentáveis, como por exemplo, o

(29)

29

envolvimento dos seus fornecedores em seu programa ambiental, priorizando suprimentos locais obtidos de forma sustentável.

O fornecedor A3 é uma empresa nacional, fundada em 2008, no estado de São Paulo que se desenvolveu e atualmente exporta para mais de 40 países, contando com um portfólio com mais de 300 produtos. A empresa conta com alguns produtos voltados ao uso sustentável de recursos, porém, ainda não tem a gestão ambiental associada a sua política de funcionamento.

O fornecedor A4 é também uma empresa nacional, fundada em 1986 que conta com uma estratégia de mercado voltada para o preço dos seus produtos e que vem se destacando no mercado pelo lançamento de produtos veganos e ambientalmente sustentáveis.

Já o fornecedor A5 é uma empresa regional brasileira, fabricante de cosméticos fundada em 1989, na região sudeste do país. Tem sua política de operação voltada ao uso sustentável de recursos naturais, utilizando energia limpa e renovável.

5.4. Aplicação do método TOPSIS

A aplicação de todas as etapas do método TOPSIS foi modelada através de software de planilhas eletrônicas e feita por meio de uma aplicação simulada dos dados.

A matriz de decisão, na Tabela 1, é composta por seis critérios, que estão representados nas colunas da matriz (C1 a C6) e cinco alternativas, que estão representados nas linhas da matriz (A1 a A5). Utilizando a Equação 1 foi possível criar a matriz de decisão a qual corresponde ao desempenho das alternativas em relação a cada critério, conforme pode ser observado na Tabela 1.

Tabela 1: Matriz de decisão

C1 C2 C3 C4 C5 C6

A1 13,60 0,99 10,00 25,00 5,00 0,25

A2 66,87 0,92 7,00 18,00 7,00 0,40

A3 31,99 0,90 5,00 28,00 2,00 0,15

A4 16,68 0,94 9,00 17,00 4,00 0,35

A5 30,07 0,95 7,00 13,00 1,00 0,20

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

O segundo passo da aplicação do método consistiu em normalizar a matriz de

decisão para transformar os dados em uma escala comum, de forma que a comparação

entre as alternativas seja significativa. Para realizar esse procedimento a base de cálculo

utilizada foi a Equação 2. Os resultados são apresentados na Tabela 2.

(30)

Tabela 2: Normalização

C1 C2 C3 C4 C5 C6

A1 0,16417 0,01195 0,12072 0,30179 0,06036 0,00302

A2 0,80723 0,01111 0,08450 0,21729 0,08450 0,00483

A3 0,38617 0,01086 0,06036 0,33800 0,02414 0,00181

A4 0,20135 0,01135 0,10864 0,20522 0,04829 0,00423

A5 0,36299 0,01147 0,08450 0,15693 0,01207 0,00241

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

O método TOPSIS não requer nenhum método específico para determinação dos pesos, dessa forma, o decisor define os pesos dos critérios com base em suas percepções de valor. Foram definidos os pesos com valor de W= (100; 80; 90; 70; 90 e 80) respectivamente, que foram normalizados resultando no seguinte vetor W= (0,1961;

0,1569; 0,1765; 0,1373; 0,1765 e 0,1569).

Evidencia-se que os critérios custo (C1), imagem verde (C3) e certificação ambiental (C5), na visão do decisor, tem maior peso de importância quanto aos critérios escolhidos. De acordo com De Jesus Pacheco et al. (2016), o cumprimento de normas ambientais e a divulgação de produtos sustentáveis contribuem para que o cliente construa uma imagem de empresa consciente e ecologicamente correta, levando a escolher essa empresa para adquirir produtos e/ou serviços.

Com a matriz normalizada o passo seguinte consistiu em ponderar a matriz pelo vetor de peso dos critérios, vetor esse definido pelo decisor e calculado de acordo com a Equação 3. Os resultados são apontados na Tabela 3.

Tabela 3: Ponderação pelos pesos

C1 C2 C3 C4 C5 C6

A1 0,03219 0,00187 0,02130 0,04142 0,01065 0,00047

A2 0,15828 0,00174 0,01491 0,02982 0,01491 0,00076

A3 0,07572 0,00170 0,01065 0,04639 0,00426 0,00028

A4 0,03948 0,00178 0,01917 0,02817 0,00852 0,00066

A5 0,07117 0,00180 0,01491 0,02154 0,00213 0,00038

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Na Tabela 4, estão explicitados os resultados do cálculo da solução ideal positiva (PIS) e da negativa (NIS), efetuados através das Equações 4 e 5, respectivamente.

Tabela 4: Solução ideal positiva e negativa

PIS 0,03219 0,00187 0,02130 0,02154 0,01491 0,00076 NIS 0,15828 0,00170 0,01065 0,04639 0,00213 0,00028

(31)

31

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Os resultados dos cálculos das diferenças entre as distâncias e da proximidade relativa em relação à solução ideal são apresentados na Tabela 5. Foi utilizada a Equação 6 para calcular a distância entre S

+

e a pontuação de cada indicador. Já a distância entre S

-

e cada indicador foi calculada através da Equação 7. Por fim, utilizando a Equação 8 e os valores de das distâncias D

+

e D

-

chegou-se ao valor da proximidade relativa de cada alternativa.

Tabela 5: Solução ideal positiva e negativa

Fornecedores

A1 A2 A3 A4 A5

Si* 0,02034 0,12652 0,05234 0,01194 0,04152

Si 0,12692 0,02136 0,08259 0,12066 0,09068

Ci 0,86190 0,14444 0,61208 0,90998 0,68592

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Comparando os resultados das cinco alternativas, por meio dos valores da proximidade relativa destaca-se que, em ordem decrescente, o ranking dos fornecedores é A4>A1>A5>A3>A2. É possível identificar que o fornecedor A4 apresentou o maior desempenho global entre as alternativas. Isto significa que é o fornecedor mais próximo da solução ideal positiva (PIS) e mais distante da solução ideal negativa (NIS), confirmando as definições apresentadas por Uygun e Dede (2016). O fornecedor A4 obteve melhor desempenho nos critérios C4 (consumo de recursos) e C6 (reciclagem), sendo esses os critérios em que o fornecedor (A1) teve seu pior desempenho, ficando este ultimo em segundo lugar no ranking. O fornecedor A4 vem mudando sua estratégia de negócios, apostando fortemente na gestão ambiental e na inserção de práticas sustentáveis aos seus processos, todos os produtos são veganos e contam com selo verde, sendo alguns dos motivos que o levam a uma melhor avaliação nos critérios selecionados.

5.5. Análise de sensibilidade

Aplicou-se a análise de sensibilidade para ratificar as respostas encontradas no

desenvolvimento do método. Dessa forma, foi investigado o impacto do peso dos

critérios sobre a seleção de fornecedores verdes. Para isso, os pesos de cada um dos

(32)

critérios foram alternados 20% para mais e para menos, resultando em 12 combinações, conforme detalhado na Tabela 6.

Tabela 6: Análise de sensibilidade

Experimento A1 A2 A3 A4 A5 Ranking

E1 0,88706 0,11816 0,62640 0,91985 0,68763 A4>A1>A5>A3>A2 E2 0,86190 0,14444 0,61208 0,90998 0,68592 A4>A1>A5>A3>A2 E3 0,86214 0,14575 0,60930 0,90936 0,68461 A4>A1>A5>A3>A2 E4 0,83544 0,16244 0,59845 0,90404 0,69016 A4>A1>A5>A3>A2 E5 0,86058 0,15634 0,60935 0,90364 0,68021 A4>A1>A5>A3>A2 E6 0,86190 0,14446 0,61208 0,90998 0,68592 A4>A1>A5>A3>A2 E7 0,82708 0,18086 0,58813 0,89457 0,68293 A4>A1>A5>A3>A2 E8 0,86190 0,14444 0,61208 0,90998 0,68592 A4>A1>A5>A3>A2 E9 0,86173 0,14349 0,61412 0,91044 0,68688 A4>A1>A5>A3>A2 E10 0,88805 0,12840 0,62321 0,91486 0,68263 A4>A1>A5>A3>A2 E11 0,86287 0,13487 0,61409 0,91495 0,69019 A4>A1>A5>A3>A2 E12 0,86191 0,14443 0,61209 0,90998 0,68592 A4>A1>A5>A3>A2

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

Note-se que, entre as 12 simulações realizadas, a alternativa A4 obteve a maior

pontuação em todas, corroborando com o resultado encontrado no desenvolvimento do

método TOPSIS. Os resultados da análise de sensibilidade encontram-se na Figura 2.

(33)

33

Figura 2: Resultados da análise de sensibilidade

Fonte: Elaborado pelo autor (2020).

O fornecedor A4 se sobressaiu aos seus concorrentes em todas as simulações

executadas, o que significa que, dos 6 critérios adotados, com base nas práticas da

GSCM, o fornecedor A4 apresentou um equilíbrio considerável, no que se refere ao seu

desempenho ambiental, demonstrando que atende de maneira satisfatória, a maioria dos

critérios analisados. Por outro lado, os fornecedores A1 e A5, embora não tenham

apresentado desempenho global acima do seu concorrente, demonstraram que também

possuem um desempenho considerável nos critérios ambientais analisados.

(34)

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a aplicação do método TOPSIS foi possível propor um modelo de seleção de fornecedores verdes, considerando tanto critérios econômicos, classificados como critérios de custo, como critérios ambientais, classificados como critérios de benefício.

Os critérios selecionados para o estudo foram propostos de acordo com a literatura pesquisada em GSCM e a lacuna de pesquisa fundamentou-se na incerteza e na falta de respostas quantitativas a respeito da avaliação do desempenho ambiental de fornecedores. Dessa forma, o presente artigo alcançou o seu objetivo de propor um modelo de decisão, baseado em análise multicritério, para auxiliar o processo de seleção de fornecedores verdes, sendo que é possível afirmar que através do teste do modelo proposto, o fornecedor que apresentou o maior desempenho global foi o fornecedor A4.

Cada vez mais as empresas estão direcionando esforços para inserir a gestão ambiental aos seus produtos e processos, os cinco fornecedores avaliados com o modelo proposto têm práticas ambientais sustentáveis associadas aos seus produtos, seja em maior ou menor grau. É possível constatar ainda que independente do porte da organização, seja multinacional, nacional ou regional, as empresas estão adotando práticas sustentáveis aos seus processos como uma forma de se manterem competitivas no mercado.

Evidencia-se ainda que as empresas estão amadurecendo a adoção de práticas verdes na cadeia de suprimentos, sendo que, embora o fornecedor A4 tenha apresentado o melhor desempenho global, os fornecedores A1 e A5 também estão adotando, chegando próximos do fornecedor A4.

Quanto às limitações da pesquisa pode-se citar: a aplicação simulada da

pesquisa, sem dados organizacionais precisos. É válido ressaltar que o modelo proposto

atendeu ao objetivo de avaliar fornecedores considerando critérios econômicos e

ambientais, porém ele não definitivo, deve ser continuamente medido e melhorado para

garantir uma escolha acertada. Então, como sugestões de trabalhos futuros é proposto a

utilização de um método para a definição dos pesos dos critérios, diminuindo a fonte de

incerteza, bem como sugere-se a aplicação prática dos dados em uma organização, com

dados precisos para avaliar os fornecedores e escolher o mais adequado, com relação

aos critérios adotados.

(35)

35

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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(38)

8. APÊNDICES APÊNCIDE A

Entrevista com o decisor

1. Os critérios definidos estão condizentes com os usados no processo de seleção de fornecedores?

2. Quais os fornecedores que serão avaliados? De que produto? E por que?

3. As alternativas elencadas são apropriadas?

4. Em uma escala de 0 a 100, como você avaliaria o critério C1?

5. Em uma escala de 0 a 100, como você avaliaria o critério C2?

6. Em uma escala de 0 a 100, como você avaliaria o critério C3?

7. Em uma escala de 0 a 100, como você avaliaria o critério C4?

8. Em uma escala de 0 a 100, como você avaliaria o critério C5?

9. Em uma escala de 0 a 100, como você avaliaria o critério C6?

Referências

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