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Lit. Semana. Diogo Mendes (Maria Carolina)

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Academic year: 2022

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Lit. Semana 8 Diogo Mendes (Maria Carolina)

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07/04

28/04

Exercícios de revisão: literatura colonial

11:00 21:00

Romantismo - Poesia - 1a geração

11:00 21:00

CRONOGRAMA

(3)

Exercícios de revisão

01. Resumo 02. Exercício de Aula 03. Exercício de Casa 04. Questão Contexto

abr 07

Literatura colonial

(4)

80 Li t.

RESUMO

Quinhentismo

O período quinhentista é marcado pelo início do processo de colonização no Brasil. Não se trata de uma corrente literária, pois sua contribuição é muito mais histórica e informativa sobre aquele momento, uma vez que é caracterizada pelo choque cultural entre índios e europeus: os primeiros contatos, as relações de troca, a linguagem, a diferença entre os valores e hábitos e, também, a exploração indígena.

Além disso, devido as cartas de Pero Vaz de Cami- nha, escrivão português, tivemos acesso às informa- ções e relatos daquele período, tais como a descri- ção climática e geográfica.

A literatura informativa

Também chamada de literatura da informação, é conhecida pelos relatos e descrições do território brasileiro durante os primeiros anos no processo de colonização brasileira. Os textos tinham o intui- to de informar aos governantes de Portugal sobre o território explorado sobre os interesses comerciais:

exploração de matéria-prima, área favorável para a implementação de colônias, a abundância de miné- rios, a grandiosidade da fauna, o contato com os in- dígenas, entre outros

Literatura jesuítica

A literatura jesuítica ou também intitulada como li- teratura de catequese surgiu com a chegada dos jesuítas ao Brasil-Colônia. Os jesuítas vieram à ter- ra tupiniquim para catequizar os índios e, segundo a ideologia cristã, era uma maneira de livrá-los de seus “pecados” e conhecer a Deus, além de conquis- tar novos fiéis e, assim, expandir o catolicismo. Os principais nomes da literatura informativa são José de Anchieta, Manuel da Nóbrega e Fernão Cardim.

Barroco

Marcado pelos ideais renascentistas do século XVI, o homem passa a se distanciar, aos poucos, do pen- samento teocêntrico e aproxima-se das influências do antropocentrismo. Neste sentido, essa corrente

literária é marcada pela dualidade ideológica, uma vez que no movimento da Contrarreforma na Euro- pa, no século XVII, os indivíduos mostram-se dividi- dos ao continuar seguindo os valores cristãos que os regiam ou assumirem uma nova visão materialista do mundo e do homem.

Características do barroco

→ Conflito entre a visão antropocêntrica e visão te- ocêntrica;

→ Oposição entre o mundo material e o mundo es- piritual;

→ Idealização amorosa, sensualismo e sentimento de culpa cristã;

→ Consciência sobre a efemeridade do tempo;

→ Sentimento de morbidez;

→ Gosto por raciocínios complexos.

Além disso, os aspectos formais referentes ao Bar- roco são:

→ Uso de figuras de linguagens, tais como antítese, paradoxo e inversão;

→ Uso do soneto e decassílabo;

→ Vocabulário culto;

→ Gosto por construções complexas e raras;

→ Cultismo (jogo de palavras);

→ Conceptismo (jogo de ideias).

Arcadismo

A corrente literária árcade, influenciada pelos ideais do Iluminismo no século XVIII, visava retornar alguns marcos artísticos do período renascentista. Com o intuito de promover o racionalismo na poesia - uma vez que o período da dualidade barroca deu espaço ao antropocentrismo – o Arcadismo é caracterizado pela temática mais pastoril e bucólica, contrarian- do os apegos materialistas que marcavam aquele momento e resgatando alguns aspectos da cultura clássica.

Características do arcadismo

→ Bucolismo;

→ Pastoralismo;

→ Uso da razão;

(5)

81 Li t.

→ Temática universalista;

→ Valorização da cultura greco-romana;

→ Objetividade;

→ Contraste entre a simplicidade da vida X apegos materiais;

→ Convencionalismo amoroso;

→ Contraste entre o ambiente urbano e o ambiente campestre;

Em relação à linguagem e forma estrutural das po- esias árcades, temos a presença de:

→ Sonetos;

→ Versos decassílabos;

→ Ordem direta (da estrutura sintática);

→ Linguagem mais simples.

Lemas árcades

Conhecidos como lemas árcades, estes são expres- sões latinas que remetem aos valores de uma vida simples, sem apegos materiais e que valorize as pe- quenas coisas da vida. Veja quais são:

→ Carpe Diem (Aproveitar a vida, viver o momento);

→ Locus Amoenus (Lugar ameno, significa um lugar simples, um refúgio longe dos centros urbanos);

→ Fugere Urbem (Fuga da cidade, remetendo à feli- cidade da vida no campo, em contraste com o caos urbano);

→ Aurea Mediocritas ( Desvínculo à vida material, que segundo os árcades era considerada uma vida medíocre, mas rica em realizações espirituais);

EXERCÍCIO DE AULA

1.

(ECKHOUT, A. “Índio Tapuia” (1610-1666)

“A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem esti- mam nenhuma cousa cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto.”

(CAMINHA, P. V. A carta. www.dominiopublico.gov.br.)

Ao se estabelecer uma relação entre a obra de Eckhout e o trecho do texto de Caminha, conclui-se que:

a) ambos se identificam pelas características estéticas marcantes, como tristeza e melancolia, do movimento romântico das artes plásticas.

b) o artista, na pintura, foi fiel ao seu objeto, representando-o de maneira realis- ta, ao passo que o texto é apenas fantasioso.

c) a pintura e o texto têm uma característica em comum, que é representar o ha- bitante das terras que sofreriam processo colonizador.

d) o texto e a pintura são baseados no contraste entre a cultura europeia e a cul- tura indígena.

e) há forte direcionamento religioso no texto e na pintura, uma vez que o índio representado é objeto da catequização jesuítica.

(6)

82 Li t.

3.

2.

Quando Deus redimiu da tirania Da mão do Faró endurecido

O Povo Hebreu amado, e esclarecido, Páscoa ficou da redenção o dia.

Páscoa de flores, dia de alegria Àquele Povo foi tão afligido

O dia, em que por Deus foi redimido;

Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia.

Pois mandado pela alta Majestade Nos remiu de tão triste cativeiro, Nos livrou de tão vil calamidade.

Quem pode ser senão um verdadeiro Deus, que veio estirpar desta cidade O Faraó do povo brasileiro.

(DAMASCENO, D. (Org.). Melhores poemas: Gregório de Matos. São Pau- lo: Globo, 2006.)

Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam prin- cípios barrocos, o soneto de Gregório de Matos apresenta temática expressa por:

a) visão cética sobre as relações sociais.

b) preocupação com a identidade brasileira.

c) crítica velada à forma de governo vigente.

d) reflexão sobre os dogmas do cristianismo.

e) questionamento das práticas pagãs na Bahia.

Torno a ver-vos, ó montes; o destino Aqui me torna a pôr nestes outeiros, Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte, rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fiéis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,

Aqui descanse a louca fantasia, E o que até agora se tornava em pranto Se converta em afetos de alegria.

(Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos incon- fidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.)

(7)

83 Li t.

Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constituti- vos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção.

a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens re- lacionadas à metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.

b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo ur- bano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.

c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadis- mo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representa- ção literária realista da vida nacional.

d) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajo- sa da Colônia sobre a Metrópole.

e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está re- presentada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à trans- formação do pranto em alegria.

4.

O Barroco manifesta-se entre os séculos XVI e XVII, momento em que os ideais da Reforma entram em confronto com a Contrarreforma católica, ocasionando no plano das artes uma difícil conciliação entre o teocentrismo e o antropocen- trismo.

A alternativa que contém os versos que melhor expressam esse conflito é:

a) Uma pai de Monal, bonzo brama, Primaz da Cafraria do Pegu,

Que sem ser do Pequim, por ser do Açu, Quer ser filho do sol, nascendo cá (GREGÓRIO DE MATOS GUERRA) b) Temerária, soberba, confiada, Por altiva, por densa, por lustrosa, A exaltação, a névoa, a mariposa, Sobe ao sol, cobre o dia, a luz lhe enfada (BOTELHO DE OLIVEIRA)

c) Fábio, que pouco entendes de finezas!

Quem faz só o que pode a pouco obriga:

Quem contra os impossíveis se afadiga, A esse cede amor em mil ternezas.

(GREGÓRIO DE MATOS GUERRA) d) Luzes qual sol entre astros brilhadores, Se bem rei mais propício, e mais amado;

Que ele estrelas desterra em régio estado, Em régio estado não desterras flores.

(MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA)

e) Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado, Da vossa alta elemência me despido,

Porque quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado.

(8)

84 Li t.

EXERCÍCIO DE CASA

1.

2.

Assinale V (verdadeiro) ou F (falso), após analisar as afirmações que se seguem sobre o Quinhentismo:

( ) A literatura de informação ressalta a importância do trabalho com o estilo, com a forma.

( ) A atitude de Caminha em frente à terra recém-descoberta é de decepção e de repulsa pelo índio.

( ) A produção informativa do Quinhentismo frente à terra tem maior valor his- tórico-documental que literário.

( ) A exaltação ufanista das virtudes da terra prestava-se, também, ao incentivo à imigração e aos investimentos da Europa na Colônia.

( ) Autores românticos e modernistas valeram-se de sugestões temáticas e for- mais das crônicas de viagem.

( ) A literatura dos viajantes é ocorrência exclusiva brasileira, não tendo nenhum similar em nenhuma outra parte do mundo.

( ) A poesia de Anchieta está presa aos modelos renascentistas e reflete, em seus sonetos, uma transparente influência de Camões.

A sequência é:

a) F, F, V, V, V, F, F b) F, F, F, V, V, V, F c) F, F, F, F, F, V, V d) V, V, V, V, V, V, V e) V, V, V, V, V, F, F

Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de três. Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio, e ou- tra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noi- tes e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se com- põe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio.

VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 (adaptado).

O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece uma relação entre a Pai- xão de Cristo e:

a) a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos brasileiros.

b) a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana.

c) o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios.

d) o papel dos senhores na administração dos engenhos.

e) o trabalho dos escravos na produção de açúcar.

(9)

85 Li t. 3.

Torno a ver-vos, ó montes; o destino

Aqui me torna a pôr nestes outeiros, Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte, rico e fino.

Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fiéis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,

Aqui descanse a louca fantasia, E o que até agora se tornava em pranto Se converta em afetos de alegria.

(Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos incon- fidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.)

Assinale a opção que apresenta um verso do soneto de Cláudio Manoel da Costa em que o poeta se dirige ao seu interlocutor.

a) “Torno a ver-vos, ó montes; o destino” (v.1) b) “Aqui estou entre Almendro, entre Corino,” (v.5) c) “Os meus fiéis, meus doces companheiros,” (v.6) d) “Vendo correr os míseros vaqueiros” (v.7) e) “Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,” (v.11)

4.

Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede:

Dos vícios já desligados nos pajés não crendo mais, nem suas danças rituais, nem seus mágicos cuidados

(Anchieta, José de. O Auto de São Lourenço [Tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.] pg 110)

a) Os meninos índios representam o processo de aculturação em sua concretude mais visível, como produto final de todo um empreendimento do qual participam com igual empenho a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus.

b) A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada da- quilo que se convencionou chamar de literatura informativa.

c) Os meninos índios estão afirmados os valores de sua própria cultura, ao men- cionar as danças rituais e as magias praticadas pelos pajés.

d) Os meninos índios são figuras alegóricas cuja construção como personagens atende a todos os requintes da dramaturgia renascentista.

e) Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazi- da pelos jesuítas, de quem querem liberta-se tão logo seja possível.

(10)

86 Li t. 5.

O pregar há-de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azu-

leja. Ordenado, mas como as estrelas. (...) Todas as estrelas estão por sua ordem; mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte há-de estar branco, da outra há- -de estar negro; se de uma parte está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão-de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu. Basta que não havemos de ver num ser- mão duas palavras em paz? Todas hão-de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras.

(Vieira, Antônio [Pe.].Sermão da Sexagésima.)

No texto, Vieira critica um certo estilo de fazer sermão, que era comum na arte de pregar dos padres dominicanos da época. O uso da palavra “xadrez” tem o objetivo de:

a) defender a ordenação das ideias em um sermão.

b) fazer alusão metafórica a um certo tipo de tecido.

c) comparar o sermão de certos pregadores a uma verdadeira prisão.

d) mostrar que o xadrez se assemelha ao semear.

e) criticar a preocupação com a simetria do sermão.

6.

Texto I

Discreta e formosíssima Maria, Enquanto estamos vendo claramente Na vossa ardente vista o sol ardente, e na rosada face a aurora fria;

Enquanto pois produz, enquanto cria Essa esfera gentil, mina excelente No cabelo o metal mais reluzente, E na boca a mais fina pedraria.

Gozai, gozai da flor da formozura, Antes que o frio da madura idade Tronco deixe despido o que é verdura.

Que passado o zênite da mocidade, Sem a noite encontrar da sepultura, E cada dia ocaso da beldade.

(Gregório de Matos Guerra) Glossário:

• zênite: ápice.

(11)

87 Li t.

Texto II

Minha bela Marilia, tudo passa;

A sorte deste mundo é mal segura;

Se vem depois dos males a ventura, Vem depois dos prazeres a desgraça.

Estão os mesmos Deuses Sujeitos ao poder do ímpio fado:

Apolo já fugiu do Céu brilhante, Já foi pasor de gado.

Ah! enquanto os Destinos impiedosos Não voltam contra nós a face irada, Façamos, sim façamos, doce amada, Os nossos breves dias mais ditosos, Um coração, que frouxo

A grata posse de seu bem difere A si, Marilia, a si próprio rouba, E a si próprio fere.

Ornemos nossas testas com as flores;

E façamos de feno um brando leito, Prendamo-nos, Marilia, em laço estreito, Gozemos do prazer de sãos Amores.

Sobre as nossas cabeças,

Sem que o possam deter, o tempo corre;

E para nós o tempo, que se passa.

Também, Marilia, morre.

(Tomás Antonio Gonzaga)

Glossário:

1) ímpio: impiedoso.

2) fado: destino.

3) ditoso: feliz.

O texto I é Barroco; o texto II é arcádico. Comparando-os, só não é correto afir- mar que:

a) Os barrocos e árcades expressam sentimentos.

b) As construções sintáticas barrocas revelam um interior conturbado.

c) O desejo de viver o prazer é dirigido à amada nos dois textos.

d) Os árcades têm uma visão de mundo mais angustiada que os barrocos.

e) A fugacidade do tempo é temática comum aos dois estilos.

(12)

88 Li t. 7.

Leia atentamente o fragmento do sermão do Padre Antônio Vieira:

A primeira coisa que me desedifica, peixes, de vós, é que comeis uns aos ou- tros. Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos.

Se fora pelo contrário era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande […]. Os homens, com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros. Tão alheia cousa é não só da razão, mas da mes- ma natureza, que, sendo criados no mesmo elemento, todos os cidadãos da mesma pátria, e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer.

(VIEIRA, Antônio. Obras completas do padre Antônio Vieira: sermões. Pre- faciados e revistos pelo Pe. Gonçalo Alves. Porto: Lello e Irmão - Editores,

1993. v. III, p. 264-265.) 8 Glossário:

• desedificar: escandalizar

O texto de Vieira contém algumas características do Barroco. Dentre as alter- nativas a seguir assinale aquela em que não se confirmam essas tendências es- téticas:

a) A utilização da alegoria, da comparação, como recursos oratórios, visando à persuasão do ouvinte.

b) A tentativa de convencer o homem do século XVII, imbuído de práticas e sen- timentos comuns ao semi paganismo renascentista, a retomar o caminho do es- piritualismo medieval, privilegiando os valores cristãos.

c) A presença do discurso dramático, recorrendo ao princípio horaciano de “en- sinar deleitando” — tendência didática e moralizante, comum à Contrarreforma.

d) O tratamento do tema principal a denúncia à cobiça humana através do con- ceptismo, ou jogo de ideias.

e) O culto do contraste, sugerindo a oposição bem x mal, em linguagem simples, concisa, direta e expressiva da intenção barroca de resgatar os valores greco- -latinos.

(13)

89 Li t.

01.

Exercício de aula 1. c

2. c 3. b 4. e 5. c

02.

Exercício de casa 1. a

2. e 3. a 4. a 5. e 6. d 7. e

03.

Questão Contexto

Lemas: Locus amonus, Inutillia truncat e Fugere ur- bem.

GABARITO

QUESTÃO CONTEXTO

O filme americano “Into the Wild”, do diretor Sean Penn narra a história do personagem Christopher McCandless, um jovem de família classe mé- dia alta que começa a se sentir insatisfeito com seu estilo de vida e a falta de tempo para momentos simples. Disposto a transformar sua perspectiva, o jovem decide abandonar seus bens materiais e sua família e parte para o Alasca, para viver longe dos anseios burgueses e próximo da natureza, onde as dificuldades do ambiente fazem com o jovem aprenda a sobreviver e en- contrar o verdadeiro sentido da felicidade.

(Cena do filme “Into the Wild”, do diretor Sean Penn)

De acordo com seus conhecimentos sobre o Arcadismo, relacionando-os ao filme, aponte dois lemas árcades referentes ao estilo de vida do personagem Christopher.

Referências

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