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Não é uma praga e nem sequer

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Academic year: 2021

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O mundo está a acelerar e torna-se necessário acompanhar devidamente o evoluir dos tempos. Um minuto continua a ter 60 segundos, mas exige-se cada vez mais em cada vez menos tempo. Hoje em dia, a maior parte dos habitantes do planeta já está habituada a lidar frequentemente com mais do que um meridiano horário – depois da revolução das comunicações ter transformado o mundo numa mera aldeia global. A indústria relojoeira já havia sido determinante para a divisão do globo em 24 fusos após a revolução dos transportes no século XIX, mas hoje em dia está completamente sintonizada no fenómeno da globalização: não há manufactura que se preze que não apresente instrumentos capazes de indicar o tempo em mais do que um local...

DOSSIER

N

ão é uma praga e nem sequer

uma moda: é, muito simples-mente, uma necessidade. Nos úl-timos anos, as grandes exposi-ções internacionais da indústria relojoeira têm assistido à profusão de exemplares de grande for-mato e a uma autêntica febre de turbilhões, mas é uma complicação mecânica bem mais discreta que se está a tornar omnipresente nas colecções de quase todas as marcas – um simples ponteiro suplementar ou um sistema mais sofisticado que permita a leitura instantânea das horas em diver-sos pontos do globo.

O rápido desenvolvimento do sistema fer-roviário no século XIX proporcionou travessias continentais mais rápidas e forçou a necessidade de um tempo uniformizado; os progressos da aviação no século XX banalizaram as viagens intercontinentais efectuadas em escassas horas e sem escala; a definitiva globalização das comuni-cações, dos meios audiovisuais e da actividade financeira no século XXI implicou uma constante

interactividade multinacional de exigências ime-diatas que requer uma absoluta mestria dos fusos horários.

Hoje em dia, cada vez mais pessoas vivem e trabalham globalmente – e estão em permanente contacto com gente do outro lado do mundo. O indivíduo contemporâneo necessita de instru-mentos que o ajudem a controlar o espaço tem-poral de um planeta cada vez mais exíguo, pelo que se torna evidente a razão pela qual as mais prestigiadas marcas de relógios têm procurado corresponder à evolução dos tempos.

A geração em trânsito

Algumas manufacturas relojoeiras têm mesmo desenvolvido uma interessante especialização na área ou até utilizado campanhas de marketing para promover uma linha de modelos especial-mente dedicada aos viajantes reais e virtuais dos tempos modernos. A prestigiada Patek Philippe continua a bater recordes em leilões com antigos exemplares dotados das zonas horárias mundiais,

«É verdade que a linha Master

Compressor, pelo seu estilo,

pelas características estéticas

e técnicas, por toda a pesquisa

que envolveu o desenvolvimento

do mecanismo e a caixa mais

desportiva, foi qualquer coisa

de ‘radical’ para a marca»

Dossier Especial GMT

t e x t o M i g u e l S e a b r a

Master Compressor Geographic

A colecção Master Compressor inclui este excepcional Geographic que, através de um disco rotativo com os 24 fusos horários e privilegiando a legibilidade, indica as horas e minutos do fuso horário pretendido num mos-trador descentrado entre as 6 e as 9 horas. Acrescenta ainda a indicação dia/noite do segundo fuso horário. O mecanismo que equipa esta peça é mais uma exclusi-va criação da Manufactura: o Calibre 923.

Tempo sem fronteiras

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Um dos mais emblemáticos relógios dotados do sistema de tempo universal é o Jaeger-Le-Coultre Master Geographic automático, que inclui precisamente um disco com 24 cidades comandado a partir de uma coroa própria e que roda em simultâneo com os ponteiros do submostrador (segundo fuso horário) – dispondo ainda de uma janela dia/noite, data analógica e indicador de reserva de corda.

Dossier GMT

Dossier GMT

enquanto a Jaeger-LeCoultre apresentou uma nova variante do Reverso que apenas contempla unicamente modelos com fusos múltiplos (a linha Squadra) e a Baume & Mercier centrou toda a sua estratégia de comunicação do presente ano no conceito business class. Hoje em dia, biliões de indivíduos transpõem os fusos horários como modo de vida – sejam eles globe-trotters por razões profissionais ou jet-setters de motivação lúdica. Decididamente, o mundo moderno está transformado numa pequena aldeia global delim-itada por 24 meridianos que podem ser cruzados fisicamente em menos de um dia ou atravessados instantaneamente com um simples clique.

Todos aqueles que estão constantemente em movimento já se aperceberam do quebra-cabeças que é efectuar cálculos imediatos para saber as diferentes horas em distintos locais do globo – para mais havendo ainda a particularidade de calcular se a ‘outra’ hora é diurna ou nocturna, pormenor importante para não interromper o sono de alguém ou saber exactamente a hora de funcionamento de certos mercados financeiros.

Mudar para um diferente fuso horário num relógio simples requer bom toque e boa memória; basta adiantar ou atrasar os ponteiros. Já os reló-gios com múltiplos fusos resolvem o problema com o recurso a soluções técnicas mais ou menos aperfeiçoadas e de fácil leitura que foram sendo desenvolvidas ao longo dos últimos séculos: a uti-lização de relógios mecânicos como solução para o cálculo da longitude no século XVIII e o poste-rior processo de partição oficial do mundo em

segmentos horários, no século XIX, constituiu um desafio para os relojoeiros que se lançaram na concepção de mecanismos cada vez mais precisos e capazes de indicar duas ou mais zonas de tempo em simultâneo.

Coordenação cosmopolita

Os primeiros relógios marítimos com dois fusos eram chamados ‘Relógios de Capitão’ e tinham dois mostradores – um para o tempo local e outro para o do porto de partida. Em 1880, Sandford Fleming (o ‘inventor’ do globo dividido em 24 zonas horárias) pediu a um relojoeiro de Londres que lhe construísse um instrumento de bolso com os ‘seus’ fusos; o ‘Cosmic Time’ terá sido o original relógio worldtimer, mostrando simul-taneamente no mesmo mostrador a hora nos 24 meridianos...

Nos anos seguintes à adopção do Tempo Uni-versal Coordenado preconizado por Sandford Fleming assistiu-se à proliferação de exemplares que incorporavam dois calibres num mesmo reló-gio, embora a escassez de espaço nos modelos de pulso dificultasse então a viabilidade do produto final e os mecanismos tivessem de ser constante-mente acertados devido à disparidade de fun-cionamento entre ambos. A melhor solução para poupar espaço e ganhar precisão, foi desenvolver uma complicação adicional para o calibre de base. Os mais simples mecanismos de múltiplos fusos horários indicavam a hora de duas dife-rentes localidades com o recurso a dois ponteiros – para a hora de origem (ponto de partida) e a

hora do destino (ponto de chegada). Em 1935, o relojoeiro genebrino Louis Cottier inventa para a Patek Philippe um sistema mais sofisticado: um engenhoso dispositivo de apresentação do tempo universal que permitia aos relógios indicar a hora simultaneamente em diversas cidades do mundo, através de um disco comandado por uma segunda coroa.

No início dos anos 90, duas históricas manu-facturas estabeleciam novos marcos: a Audemars Piguet introduziu o seu Dual Time com um submostrador alimentado pelo mesmo calibre; a Jaeger-LeCoultre lançou o Reverso Duoface com dois mostradores opostos evoluindo depois para o Reverso Grande GMT e apresentou também o Master Geographic com as horas do mundo, relançado em 2006 numa versão equipada com o Calibre 937.

Hoje em dia, são várias as opções entre mo-delos mecânicos de muitas marcas e preços para todas as bolsas. Há os GMTs puros, os World-timers puros – mas também há pequenas espe-cializações como a que ostenta a marca de nicho Vogard (que tem um dispositivo que acerta as

horas de Verão e Inverno) e conjugações com outras complicações relojoeiras. Face à oferta exis-tente, já se sabe que a sofisticação técnica pode estabelecer uma grande diferença e faz-se pagar cara. E, no embaraço da escolha, há que gerir a dicotomia entre a melhor legibilidade possível e a manutenção de uma estética adaptada aos gostos de cada um.

Complicações simples

O processo mais elementar de calcular um segundo fuso horário assenta na utilização de uma singela luneta rotativa num relógio normal – mas essa luneta tem de conter uma escala com 12 horas. Depois, basta fazer as contas... Passos da história

Sandford Fleming, nascido no Canadá foi o autor da di-visão do globo em 24 fusos horários. Louis Cottier (à direi-ta) foi o criador, em 1935, de uma solução relojoeira que permitia através de um disco regulado por uma segun-da coroa a visualização simultânea de diferentes fusos horários. Em baixo o famoso H4 de John Harrison que per-mitiu a descoberta do cálculo da longitude no século XVIII.

Raymond Weil Two Time Zones

A Raymond Weil apresenta uma solução de dois mostradores para o Two Time Zones, ajustáveis independentemente através de duas coroas.

Reverso Grande GMT

Equipado com o Caibre 854, o Reverso Grande GMT apre-senta dois rostos do tempo. Na frente, desvenda um con-tador pequeno dos segundos, uma data panorâmica e uma indicação dia/noite. No verso, indica as horas e os minutos de um segundo fuso horário, a indicação das 24 horas, uma reserva de corda de 8 dias e uma função de decalagem relativamente ao tempo internacional GMT.

O processo de partição oficial do mundo em segmentos horários no século XIX constituiu um desafio para os relojoeiros, que se lançaram na concepção de

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Já o sistema relojoeiro de complicação mais simples é apelidado de GMT (sistema GMT – Greenwich Mean Time) e consiste na possibili-dade de visualização imediata de dois fusos ho-rários através de dois ponteiros das horas a partir do centro – o ponteiro principal e um suplemen-tar, diferenciado através de uma cor ou formato diferente, geralmente com leitura sobre uma es-cala de 24 horas situada na luneta ou no mostra-dor. É uma tipologia que não requer grande apuro técnico e está presente nas colecções da maior parte das casas relojoeiras.

O procedimento é simples: o ponteiro prin-cipal das horas pode ser alterado para o tempo local no destino, mantendo-se o ponteiro secun-dário com o tempo de origem na escala de 24 horas. A Rolex celebrizou esse sistema com o Oyster GMT-Master, que se tornaria

incon-fundível devido à emblemática escala bicolor de 24 horas na luneta (azul escuro para indicar a noite, vermelho para indicar a parte diurna). O histórico modelo foi concebido em parceria com a Pan-Am no início da era do jacto, sendo inicialmente usado apenas por pilotos civis e mi-litares; pouco depois, tornava-se um relógio de culto para as massas. O Oyster Explorer II seguir-lhe-ia os passos.

Actualmente, a Jaeger-LeCoultre é o melhor exemplo de uma manufactura tradicional com-pletamente sintonizada nos tempos da moderna globalização – concebendo de raiz mecanismos equipados com dois ponteiros para as horas (o Calibre 975, vulgo Hometime) e lançando uma elevada percentagem de novos modelos já equipa-dos com um segundo fuso horário ou até com as horas universais.

Ponteiros múltiplos

A par do sistema simples dos dois ponteiros das horas a partir de um mesmo eixo, outra solução frequentemente utilizada é a de um submostrador descentrado que revela um segundo fuso horário – por vezes com um único ponteiro das horas (como o Chopard L.U.C GMT), outras vezes com pon-teiros das horas e dos minutos (como os vários Audemars Piguet Dual Time). Na maior parte dos casos, só se consegue ajustar o ponteiro das horas porque o dos minutos está sincronizado com o ponteiro principal dos minutos; nalguns

modelos mais sofisticados, os ponteiros do sub-mostrador são completamente independentes para ser possível ajustar o tempo para fusos ho-rários bizarros como os da Índia ou do Nepal (que contemplam meias horas e quartos de hora de diferença).

Uma marca contemporânea como a Franck Muller sempre teve em conta as necessidades do homem moderno com a inclusão de modelos de-dicados a viajantes na sua colecção, como o famo-so Master Banker – um relógio que teve como

Dossier GMT

Soluções clássicas

O Fortis B42 Diver Chrono GMT que, para além do segun-do fuso horário através de um ponteiro suplementar das horas e da luneta rotativa, incorpora um cronógrafo e a indicação do dia da semana e o clássico da TAG Heuer, Carrera, aqui na versão Twin Time, com duplo fuso horá-rio, usando também a solução de um duplo ponteiro das horas

Luneta rotativa

O sistema da luneta rotativa do Oyster GMT-Master II indica, além do segundo fuso horário, a indicação de dia e noite.

Jean-Claude Meylan

Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Jaeger-LeCoultre

O Master Hometime encarna o desejo de explorar outras latitudes. É o relógio do viajante que corre o mundo – des-tinado áqueles que deixam o seu local de residência, o seu home time para trás. Equipado com o calibre Jaeger--LeCoultre 975, o Master Hometime apresenta em desta-que um fuso horário de viagem. Accionado por uma única coroa localizada na parte exterior da caixa às 3 horas, o ponteiro das horas avança ou recua em saltos de uma hora até chegar ao desejado travel time, o tempo em vigor no local onde o dono do relógio se encontra. Uma simples manipulação desvela o ponteiro suplemen-tar das horas que serve de referência, um ponteiro esque-letizado em aço azulado que indica imperturbavelmente a hora do ponto de partida (home time). É a partir dessa referência que o ‘ponteiro de viagem’ será ajustado para a frente ou para trás, conforme a localização do novo des-tino. O relógio Master Hometime oferece assim a possibi-lidade de conservar uma hora de referência, seja local ou da origem, ou uma hora oficial como a do Greenwich Mean Time (GMT) ou o Universal Time Coordinated (UTC). A data segue logicamente o ponteiro das horas edo fuso horário de viagem, tanto para a frente como (nos ajustes) para trás. Quanto à indicação de 24 horas, ela fica asso-ciada à hora de referência de modo a que qualquer possa saber se é noite ou dia no local de origem ou residência.

«Desenvolver complicações como calendários perpétuos, turbilhões, repetições de minutos ou relógios dotados de alarme é uma coisa. Mas o mais difícil é elaborar um movimento simples que seja efectivamente refinado»

Jean-ClaudeMeylan

Karl-Friedrich Scheufele

«A primeira complicação suplementar do calibre L.U.C foi um segundo fuso horário. Actualmente, a colecção inclui vários modelos dedicados aos viajantes: o L.U.C GMT, o L.U.C Pro One GMT e o L.U.C Quattro Régulateur»

Alta-relojoaria

O novíssimo Chopard L.U.C. Pro GMT que marca o regresso da casa relojoeira à solução de um ponteiro extra com indicação das 24 horas na luneta.

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François-Paul Journe O fenómeno da ressonância

«O que é o fenómeno de ressonância? A resposta é: duas frequências que se harmonizam. Efectivamente dois cor-pos animados transmitem uma vibração no seu meio ambiente. O primeiro chama-se ‘o excitador’ e o segundo ‘o ressonante’. No caso do Chronomètre à Résonance cada balanço é alternadamente ‘excitador’ e ‘ressonante’. Quando os dois balanços se encontram em movimento, entram em simpatia por efeito de ressonância, come-çando a bater naturalmente em oposição. Auxiliam-se mutuamente, dando assim mais inércia ao seu movi-mento. Este acordo só é possível na medida em que a diferença de frequência de um para o outro não exceda os cinco segundos por dia de diferença cumulada em seis posições. O seu acerto requer uma delicadeza exímia. Enquanto um movimento perturbador externo afecta o funcionamento de um relógio mecânico tradicional, a mesma perturbação produz, no caso do relógio de pulso com ressonância, um efeito que acelera um dos balanços abrandando simultaneamente o outro. Pouco a pouco, os dois balanços vão entrando em sintonia até encontrarem o seu ponto de acordo, eliminando a perturbação. Este cronómetro inovador oferece dois fusos horários e uma precisão jamais igualada na relojoaria mecânica.»

«É preciso que os nossos clientes reconheçam os nossos relógios -como o Reverso Squadra, ou o Extreme - como produtos que são verdadeiramente relojoeiros mas que têm um toque de atracção, de contemporaneidade, mais do que uma moda, é preciso ter um carácter desejável»

ponto de partida o pedido de um abastado ho-mem de finanças que necessitava de um modelo capaz de fornecer a indicação simultânea do tem-po nas bolsas de Nova Iorque, Londres e Tóquio; tanto as horas como os minutos de cada submos-trador são independentemente controlados atra-vés de um mecanismo patenteado. A colecção de Franck Muller inclui também o Big Ben GMT, um útil modelo que conjuga um segundo fuso horário com a função de despertador.

Bem mais complicados e onerosos são dois re-lógios verdadeiramente excepcionais dotados de dois fusos horários: o clássico Chronomètre à Ré-sonance de François-Paul Journe, em que o fenó-meno da ressonância serve para fazer com que os dois mecanismos (com dois fusos horários no mostrador) batam em absoluta sintonia; e o futu-rista RM 003-V2 turbilhão com duplo fuso de Richard Mille.

Todo o tempo do mundo

Há quem preconize que o verdadeiro relógio com as horas do mundo deva indicar simultaneamente

a hora de todos os fusos horários do planeta. O sistema foi inventado por Louis Cottier e ba-seia-se em discos giratórios com a inscrição de 24 cidades referentes aos 24 fusos horários.

Um dos mais emblemáticos relógios dotados do sistema de tempo universal é o Jaeger-Le--Coultre Master Geographic automático, que inclui precisamente um disco com 24 cidades comandado a partir de uma coroa própria e que roda em simultâneo com os ponteiros do sub-mostrador (segundo fuso horário) – dis-pondo ainda de uma janela dia/noite, data analógica e indicador de reserva de corda. O ano passado, a marca já ha-via surpreendido com o lançamento do Master Compressor World Extreme Chronograph, cujo calibre cronográ-fico multifusos se pode também en-contrar no sensacional Reverso Squa-dra World Cronograph. Num formato diferente e em edição limitada, o Re-verso Géographique de 1998 tem um sistema semelhante num calibre rectan-gular de corda manual com mostradores opostos; foi necessário fazer as adaptações para os discos dos 24 fusos horários num es-paço com menos de um milímetro de altura e o relógio dispõe ainda de indicadores dia/noite, GMT e fases da Lua!

A Lange & Söhne também se juntou ao clube cosmopolita, desvelando em 2005 o seu Lange 1 Time Zone – que é igualmente dotado de um disco com as cidades referência dos 24 fusos, mas que tem a particularidade de permitir ao utilizador alternar a hora local e a hora de origem entre o mostrador principal e o submostrador, graças a um dispositivo original. Mergulhando nas suas raízes históricas, a Patek Philippe apresenta na sua Franck Muller

O conceito Master Banker

«A ideia de criar o Master Banker surgiu no seguimento de um estudo levado sobre as recentes necessidades do ser humano no século XXI. Efectivamente, os homens con-temporâneos estão constantemente em viagem – pelo que precisam de um instru-mento do tempo que lhes permita estar a par de vários fusos horários em simultâ-neo. O Master Banker é o resultado de vários anos de pesquisa e desenvolvimento; o desafio era montar três fusos horários que pudessem ser activados por uma só coroa de modo a apresenta uma leitura da informação deveras clara, orientando-se sobre o essencial. A linha Master Banker foi evoluindo, apre-sentado nas suas novas declinações os tradicionais 3 fusos horários com indicação dia/noite aos quais foram acrescentadas as fases da lua e o dia do mês»

Peça de excepção

O Chronométre à Resonance é o exemplo de uma peça de com-plexidade superior com dois fusos horários.

Master Compressor World Extreme Chronograph

Esta criação da Manufactura Jaeger-LeCoultre é um dos mais cobiçados relógios da actualidade, um disco rotativo indica os 24 fusos horários, tendo como movimento o Calibre 752.

Dossier GMT

Stéphane-Henry Belmont e as vantagens do sistema utilizado no Reverso Squadra Worldtime Qual é a vantagem técnica que o Worldtime da Jaeger-LeCoultre tem em relação à concurrência?

É o único relógio a dispor de três funções de viagem di-ferentes: fuso principal completo (hora, minutos, segun-dos, data, dia/noite), segundo fuso horário geográfico completo (hora, minutos, 24 horas) e horas universais (24 fusos horários em simultâneo); ajuste do segundo fuso horário extremamente simples: roda-se o disco das cidades e a respectiva hora surge automaticamente no segundo mostrador (patente JLC); mecanismo com com-plicação de pequenas dimensões (caixa de 41,5 mm); precisão e fiabilidade: balanço de inércia variável, alta frequência (4 Hz), roda dentada Spyr, corda automática de excelentes prestações (rotor inidireccional sobre rola-mentos de esferas em cerâmica); submetido a um teste de controlo de fiabilidade durante 1000 horas... Qual foi a maior dificuldade técnica que surgiu durante o desenvolvimento do calibre?

A ligação entre o mecanismo e a caixa do relógio no que diz respeito à função geográfica e ao worldtime. Na ver-dade, o mecanismo só funciona quando já está monta-do dentro da caixa monta-do relógio, especificidade da Jaeger-LeCoultre que permite uma utilização adequada das fun-ções e das dimensões reduzidas. Mas requer uma preci-são extrema dos componentes do mecanismo e da caixa para que o funcionamento do relógio seja imaculado.

Jerome Lambert

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colecção o famoso 5110 World Time Watch, que evoca os históricos modelos dos anos 30 dotados de fusos universais concebidos por Louis Cottier; a zona central tem os ponteiros que in-dicam a hora local e está rodeada por dois discos móveis (um com uma escala graduada de 24 horas com zonas dia/noite; outro com os nomes de 24 cidades).

Vizinha da Jaeger-LeCoultre no Vale de Joux, a manufactura Audemars Piguet também editou

recentemente uma sua especialidade com as horas do mundo: o Jules Audemars Metropolis Per-petual Calendar, primeiro relógio a combinar um calendário perpétuo com a mostragem do tempo local em cada um dos 24 fusos. Já o Daniel Roth Vantage Metropolitan dispõe de um mostrador mais despojado com leitura fácil através do nome das cidades em janelas e inclui – tal como vários outros modelos – correctores para adaptação aos tempos de Inverno ou de Verão.

A opção anadigital

Nos relógios electrónicos, o problema dos múlti-plos fusos horários é simplesmente resolvido por circuitos e programas integrados que geralmente incluem também funções suplementares – como o alarme, calendário completo, cronógrafo, con-tagem decrescente...

Claro que os puristas não abdicam da indi-cação analógica através de ponteiros, mas para esses existem os híbridos modelos anadigitais. A TAG Heuer foi pioneira nesse campo durante os anos 70 e actualmente apresenta na sua colec-ção um digno herdeiro desses históricos modelos: o sensacional Monaco Sixty-Nine de caixa qua-drada reversível, com um lado analógico assente num calibre mecânico e um verso digital alimen-tado por um circuito electrónico. A mesma

solu-ção híbrida pode ser encontrada no novo Chopard Dual Tec, com um mostrador dividido e dois mecanismos (automático e quartzo).

Mas seja com mecanismos de quartzo ou com os mais tradicionais mecanismos automáticos ou manuais, o certo é que a escolha é cada vez maior num planeta cada vez mais pequeno. Na crescente comunidade internacional que nos força a ser autênticos cidadãos do mundo, os relógios plurifu-sos evocam a harmonia do tempo universal e há-os para todhá-os há-os ghá-osthá-os – só não foi ainda phá-ossível conceber versões com as diferentes horas do sis-tema solar e modelos que permitam regressar ao passado ou saltar para o futuro... embora isso já tenha acontecido no cinema.ET

Fabian Krone

Director da A. Lange & Söhne

«No início de 2003, começámos a trabalhar num módulo multifusos e o seu desenvolvimento demorou cerca de dois anos. A novidade do Lange 1 Timezone consiste num mecanismo de ajuste que permite reverter a priori-dade dos dois fusos horários; o mostrador principal e a data podem ser acertados para indicar seja o tempo de casa ou o tempo em qualquer outra parte do mundo, tal como o submostrador também pode ser acertado para indicar o tempo de casa ou o tempo de qualquer outra parte do mundo. Quando pressionado, o botão às 8 horas permite avançar sincronizadamente o disco rotativo das cidades e o ponteiro das horas. Pequenos mostradores com setas indicam também se é dia ou noite na hora local ou na hora de referência».

Dossier GMT

Patek Phillipe: o segredo da Hora Universal

O sistema que garante a simplicidade de utilização do Patek Philippe Hora Universal Ref. 5110 assenta num prin-cípio de sincronização inédito que permite a um só botão assegurar a correcção simultânea do disco das cidades, do disco das 24 horas e do ponteiro da hora local. Cada pres-são no botão-corrector provoca três mudanças simultâ-neas: o salto do ponteiro das horas (uma hora de cada vez) e o avanço coordenado dos discos das cidades e das 24 horas, que progridem ambos no sentido anti-horário. Integrado no mecanismo, um sistema de embraiagem permite que a correcção/mudança/selecção do fuso ho-rário local se efectue sem perturbar o funcionamento do mecanismo. O ponteiro das horas progride através de saltos de uma hora, enquanto o ponteiro dos minutos prossegue o seu trajecto com precisão.

Martin K. Wehrli

Director do Museu Audemars Piguet

No passado, a manufactura Audemars Piguet já tinha revelado toda a sua criatividade ao conceber um relógio 'filosófico' dotado de um único ponteiro – o das horas. Depois idealizámos o Metropolis, um modelo que criou sensação ao tornar-se no primeiro relógio de pulso a juntar um calendário perpétuo e um sistema worldtime. Tecnicamente a dificuldade foi a alteração do disco indi-cador das fases da Lua pelo das 24 horas; nunca esperá-mos que o seu sucesso comercial fosse tão grande..

«A novidade do Lange 1 Timezone consiste num mecanismo de ajuste que permite reverter a prioridade dos dois fusos horários; o mostrador principal e a data podem ser acertados para

indicar seja o tempo de casa ou o tempo em qualquer outra parte do mundo...»

Fabian Krone

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