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Violação de Lorentz e teoria de gravitação modificada

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Academic year: 2017

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Centro de Ciˆencias Exatas e da Natureza

Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em F´ısica

TESE DE DOUTORADO 2010

VIOLAC

¸ ˜

AO DE LORENTZ E

TEORIA DE GRAVITAC

¸ ˜

AO MODIFICADA

Alesandro Ferreira dos Santos

Orientador:

Prof. Dr. Jos´e Roberto Soares do Nascimento

Co-Orientador:

Prof. Dr. Albert Petrov

(2)

Alesandro Ferreira dos Santos

VIOLAC

¸ ˜

AO DE LORENTZ E

TEORIA DE GRAVITAC

¸ ˜

AO MODIFICADA

Tese apresentada ao Programa de P´os-Gradua¸c˜ao em F´ısica da Universidade

Fede-ral da Para´ıba como parte dos requisitos ne-cess´arios para a obten¸c˜ao do t´ıtulo de Doutor em F´ısica.

Orientador:

Prof. Dr. Jos´e Roberto Soares do Nascimento

Co-Orientador:

Prof. Dr. Albert Petrov

(3)
(4)
(5)
(6)

“Vocˆe ganha for¸ca, coragem e confian¸ca a cada experiˆencia em que enfrenta o medo. Vocˆe tem de fazer

exatamente aquilo que acha que n˜ao consegue.”

(7)

• Ao professor Jos´e Roberto pela orienta¸c˜ao, dedica¸c˜ao e motiva¸c˜ao na realiza¸c˜ao deste trabalho.

• A minha esposa pelo apoio e confian¸ca.`

• Ao colega e colaborador Tiago Mariz, assim como aos demais professores que cola-boraram com este trabalho, Cl´audio, Albert, Marcelo e Adilson.

• Aos professores e funcion´arios do departamento de f´ısica da UFPB que contribu´ıram de alguma forma para a realiza¸c˜ao deste trabalho.

• Aos colegas e amigos do departamento de f´ısica da UFPB, em especial aos que dividiram sala comigo nesse per´ıodo.

(8)

Resumo

Nesta tese estudamos a quebra espontˆanea das simetrias de Lorentz e CPT em um modelo de quatro f´ermions quadridimensional em temperatura zero e em temperatura

finita. Em temperatura zero encontramos que essas simetrias podem ser violadas, j´a em temperatura finita mostramos que pode existir uma temperatura para a qual essas mesmas simetrias que foram quebradas em temperatura zero podem ser restauradas. Mos-tramos que ´e poss´ıvel obter uma equa¸c˜ao de Friedmann em cinco dimens˜oes na presen¸ca

de termos que violam as simetrias de Lorentz, e como solu¸c˜ao dessa equa¸c˜ao encontramos que a evolu¸c˜ao do universo pode ter um comportamento n˜ao usual, oscilando entre fases aceleradas e desaceleradas. Analisamos a eletrodinˆamica quˆantica estendida no limite de altas temperaturas. Nosso objetivo ´e estudar as modifica¸c˜oes que a viola¸c˜ao de Lorentz

pode causar na energia livre da eletrodinˆamica quˆantica e com isso usar dados experi-mentais relacionados a energia livre para estimar um valor num´erico para o parˆametro de quebra das simetrias de Lorentz. Estudamos uma proposta de modifica¸c˜ao da gravita¸c˜ao, esta proposta consiste em adicionarmos o termo de Chern-Simons a gravita¸c˜ao usual. O

assunto com maior destaque nesta nova teoria de gravita¸c˜ao ´e a busca por solu¸c˜oes que ocorrem na relatividade geral e que de algum modo persistem nesta teoria modificada. Mostramos que para uma determinada escolha do campo escalar que ´e introduzido junto ao termo de Chern-Simons na teoria, ´e poss´ıvel termos importantes solu¸c˜oes da

relativi-dade geral nesta nova teoria de gravita¸c˜ao, como a solu¸c˜ao de Schwarzschild, a m´etrica de G¨odel, entre outras. Estudamos com maior ˆenfase a solu¸c˜ao de G¨odel, mostrando que ´e poss´ıvel termos essa solu¸c˜ao na teoria modificada tanto no caso em que interpretamos o campo escalar como um campo externo, quanto no caso em que o interpretamos como

um campo dinˆamico, esta ´ultima interpreta¸c˜ao nos conduz a modifica¸c˜oes importantes em parˆametros da teoria.

Palavras-chave: viola¸c˜ao das simetrias de Lorentz e CPT, energia livre, gravita¸c˜ao

modificada e m´etrica de G¨odel.

´

(9)

In this thesis we study the Lorentz and CPT symmetries breaking in a 4D four-fermions model at zero and at finite temperature. At zero temperature we find that these

symmetries can be violated, but at finite temperature we show that there is a critical temperature at which the Lorentz and CPT symmetries are restored. We show that it is possible obtain the Friedmann equation in five dimensions in the presence of terms that violate the Lorentz symmetries , and as solution of this equation we find that the evolution

of the universe is not usual, oscillating between accelerated phases and desaccelerated phases. We analyse the extension of the quantum eletrodynamics in the limit of high temperatures. Our aim is study the modifications that the Lorentz violation can cause in the free energy of the quantum eletrodynamics and with this to use experimental data

related the free energy to estimate a numeric value to the parameter of Lorentz violation. We study a proposal of modification of the gravitation, this proposal consist in adding the Chern-Simons term to the usual gravitation. The issue most notable in this theory of gravitation is the search for solutions that occur in the general relativity and that

somehow persist in this new theory. We show that for a given choice of scalar field that is introduced together with the Chern-Simons term, it is possible to find important solutions of the general relativity in this new theory of gravitation, as the Schwarzschild solution, the G¨odel metric, among others. We study with emphasis the G¨odel solution, showing

that it is possible the existence this solution in the modified theory when we interpret the scalar field as a external field and when we interpret this same field as a dynamic field, this last interpretation leads the important modifications in parameter of the theory.

Keywords: violation of Lorentz symmetries and CPT, free energy, modified gravitation

(10)

viii

Conte´

udo

Lista de Figuras x

Introdu¸c˜ao 1

1 Quebra Espontˆanea de Simetria 7

1.1 Um simples exemplo de quebra espontˆanea de simetria . . . 7

1.2 O mecanismo de Higgs . . . 8

1.3 O Modelo Bumblebee . . . 10

1.4 Quebra dinˆamica da simetria de Lorentz em um modelo de quatro-f´ermions 12 1.5 Restaura¸c˜ao da simetria de Lorentz em temperatura finita . . . 20

1.6 Equa¸c˜ao de Friedmann com quebra espontˆanea da simetria de Lorentz. . . 26

2 Eletrodinˆamica quˆantica estendida 34 2.1 Modelo padr˜ao estendido . . . 34

2.2 Energia livre da eletrodinˆamica quˆantica estendida em altas temperaturas . 36 2.2.1 A energia livre . . . 40

2.2.1.1 Contribui¸c˜ao de um loop . . . 41

2.2.1.2 Contribui¸c˜ao de dois loops . . . 44

2.2.2 Estimativa num´erica . . . 47

3 Gravita¸c˜ao modificada pelo termo de Chern-Simons 50 3.1 Algumas motiva¸c˜oes que podem levar a modifica¸c˜oes . . . 50

(11)

3.3 Solu¸c˜ao de Schwarzschild . . . 55

4 Solu¸c˜ao de G¨odel na gravita¸c˜ao modificada 58

4.1 O universo de G¨odel . . . 58

4.2 Introduzindo a m´etrica de G¨odel na gravita¸c˜ao de Chern-Simons . . . 61

4.3 Campo escalar θ dinˆamico . . . 63

Conclus˜oes e perspectivas 69

Apˆendice A -- Integrais em D dimens˜oes 72

Apˆendice B -- Algumas ferramentas da relatividade geral 73

Apˆendice C -- Tensor de Cotton para a solu¸c˜ao de Schwarzschild 75

Apˆendice D -- Tensor de Cotton para a m´etrica de G¨odel 79

(12)

x

Lista de Figuras

1 Se µ2 >0 φ = 0 . . . . 8

2 Se µ2 <0 φ =±φ 0. . . 8

3 Contribui¸c˜oes para o tadpole Πµ . . . 14

4 Comportamento da fun¸c˜ao FI(ξ). . . 21

5 Comportamento da fun¸c˜ao FII(ξ) . . . 22

6 Comportamento da fun¸c˜ao FIII(ξ) . . . 23

7 Comportamento da fun¸c˜ao FIV(ξ) . . . 24

8 Comportamento da fun¸c˜ao FVI(ξ) . . . 25

9 Dinˆamica do fator de escala . . . 32

10 Dinˆamica da velocidade . . . 32

11 Diagramas de um loop . . . 41

(13)

Introdu¸

ao

A simetria na natureza ´e um fenˆomeno ´unico e fascinante. Esta id´eia

surge naturalmente ao esp´ırito humano, remetendo-o para um equil´ıbrio

e propor¸c˜ao, padr˜ao e regularidade, harmonia e beleza, ordem e

per-fei¸c˜ao. Estes s˜ao alguns dos voc´abulos que resumem rea¸c˜oes que temos

inerentes `as simetrias que abundam na natureza, nas formas vivas e

inanimadas.

Autor desconhecido

Na natureza como um todo, em particular na f´ısica, as simetrias desempenham um papel muito importante, pois elas podem nos dar informa¸c˜oes a cerca de processos e/ou problemas que estamos interessados em estudar e/ou resolver.

O modelo padr˜ao de f´ısica de part´ıculas e a teoria da relatividade de Einstein s˜ao duas teorias de grande sucesso que preservam duas importantes simetrias, as simetrias de Lorentz e a simetria CPT. Podemos nos perguntar, o que significa um sistema f´ısico ser

invariante perante as simetrias de Lorentz e CPT? Antes de responder a essa pergunta ´e interessante e se faz necess´ario entendermos de maneira clara o que s˜ao as transforma¸c˜oes de Lorentz e a transforma¸c˜ao CPT.

As simetrias de Lorentz ou transforma¸c˜oes de Lorentz s˜ao divididas em dois tipos, rota¸c˜oes e boosts. O que caracteriza cada uma dessas transforma¸c˜oes? As rota¸c˜oes

podem existir em trˆes formas, uma ao longo de cada uma das trˆes dire¸c˜oes espaciais; um boost ´e uma mudan¸ca de velocidade de um sistema inercial. H´a trˆes tipos de boosts, um ao longo de cada uma das trˆes dire¸c˜oes espaciais.

A transforma¸c˜ao CPT ´e a combina¸c˜ao de trˆes transforma¸c˜oes: conjuga¸c˜ao de carga (C), paridade (P) e revers˜ao temporal (T). A simetria de conjuga¸c˜ao de carga (C) trans-forma uma part´ıcula em sua antipart´ıcula. A simetria de paridade (P) converte um objeto

(14)

Introdu¸c˜ao 2

Assim, um sistema f´ısico ´e dito invariante perante as simetrias de Lorentz e CPT se as leis f´ısicas envolvidas permanecem inalteradas ap´os sofrerem a a¸c˜ao de qualquer uma dessas transforma¸c˜oes.

As simetrias de Lorentz e CPT s˜ao simetrias que j´a passaram por v´arios testes expe-rimentais e possuem uma excelente precis˜ao experimental. No entanto, no fim dos anos

80 e in´ıcio dos anos 90, a partir de um trabalho realizado por Kostelecky e Samuel [1], surgiu a id´eia que as simetrias de Lorentz e CPT podem ser violadas no contexto de teoria de cordas. Desde ent˜ao, essa id´eia foi intensamente discutida e surgiram v´arios grupos de pesquisadores espalhados pelo mundo estudando a possibilidade de que as simetrias

fundamentais da f´ısica possam ser violadas, v´arios experimentos foram constru´ıdos com a inten¸c˜ao de se verificar tal viola¸c˜ao, experimentos envolvendo m´esons neutros, oscila¸c˜oes de neutrinos, entre v´arios outros. Contudo, se a quebra dessas simetrias realmente ocor-rem na natureza, devem ser extocor-remamente pequenas, de modo que precisamos de aparatos

experimentais extremamente sens´ıveis para tal detec¸c˜ao. A detec¸c˜ao de algum ind´ıcio de viola¸c˜ao das simetrias de Lorentz e CPT, por menor que seja, pode ser uma forte indica¸c˜ao de uma nova f´ısica, que provavelmente vem da escala Planck [2].

Motivados pela possibilidade que as simetrias de Lorentz e CPT possam ser violadas, Kostelecky e Colladay [3] constru´ıram uma extens˜ao do modelo padr˜ao que inclui todos os

termos que violam Lorentz e CPT, uma vez que o modelo padr˜ao usual como o conhecemos descreve todas as part´ıculas fundamentais e suas intera¸c˜oes n˜ao gravitacionais, por´em preservando tanto as simetrias de Lorentz como a simetria CPT. Esses novos termos que surgem na extens˜ao do modelo padr˜ao podem violar apenas as simetrias de Lorentz ou as

simetrias de Lorentz e CPT.

O mecanismo utilizado para gerar o modelo padr˜ao estendido ´e a quebra espontˆanea

de simetria, tido por muitos como o mais elegante mecanismo de quebra de simetria, no qual um campo tensorial que cont´em ´ındices de Lorentz adquire um valor esperado no v´acuo n˜ao nulo, < Tµ >6= 0, que seleciona uma dire¸c˜ao preferencial no espa¸co-tempo e

assim, quebra espontaneamente a simetria de Lorentz.

Por constru¸c˜ao, o modelo padr˜ao estendido ´e invariante diante das transforma¸c˜oes de

Lorentz de observador. Aqui ressaltamos que as transforma¸c˜oes de Lorentz podem ser classificadas em transforma¸c˜ao de Lorentz de observador e transforma¸c˜ao de Lorentz de part´ıcula, sendo que uma transforma¸c˜ao de Lorentz de observador ´e uma mudan¸ca de sistema de observa¸c˜ao, j´a uma transforma¸c˜ao de Lorentz de part´ıcula ´e uma rota¸c˜ao ou

(15)

Portanto, se existe viola¸c˜ao, a f´ısica pode ser alterada diante de uma transforma¸c˜ao de part´ıcula.

A extens˜ao do modelo padr˜ao ´e composta por in´umeros termos, mas para preservar algumas caracter´ısticas importantes limita-se o modelo a um subconjunto onde a in-variˆancia de gauge usual e a renormalizabilidade da teoria s˜ao mantidas, esse subconjunto

´e denominado de extens˜ao m´ınima do modelo padr˜ao.

Assim como o modelo padr˜ao ´e uma teoria que descreve muito bem uma grande quan-tidade de fenˆomenos f´ısicos e por outro lado n˜ao consegue explicar alguns fenˆomenos, te-mos a teoria da relatividade geral de Einstein, que d´a conta de explicar muito bem v´arios fenˆomenos gravitacionais, mas nos ´ultimos anos tem-se notado que essa teoria n˜ao d´a

conta de explicar alguns dados observacionais importantes. De acordo com dados obser-vacionais obtidos por Supernovas do tipo Ia, estrutura de grande escala, curva de rota¸c˜ao de gal´axias, entre outros, temos um universo dominado por algo que n˜ao conhecemos e que a relatividade geral n˜ao consegue explicar. Observa-se que a mat´eria do universo ´e

muito maior que a mat´eria bariˆonica que conhecemos, ou seja, a maior parte de mat´eria do universo ´e formada por uma componente chamada de mat´eria escura, cujo a composi¸c˜ao n˜ao conhecemos, detecta-se a sua existˆencia pela influˆencia gravitacional causada pela mesma. Outro importante dado observacional ´e a confirma¸c˜ao de que o universo est´a se

expandindo de forma acelerada, e a componente respons´avel por tal acelera¸c˜ao ´e deno-minada de energia escura, que tem como principal caracter´ıstica atuar como uma esp´ecie de antigravidade com press˜ao negativa. Esses dados observacionais nos levam a um uni-verso dominado por componentes escuras, as quais sabemos muito pouco, ou nada sobre

sua forma¸c˜ao. Outro ponto em aberto est´a relacionado a quantiza¸c˜ao da gravidade, h´a algumas teorias que tem tido algum desenvolvimento nesse sentido, como teoria de cordas e gravidade quˆantica em la¸co (loop quantum gravity), mas nenhuma resposta definitiva sobre uma teoria de gravita¸c˜ao quˆantica.

Diante desses problemas muitos se perguntam, seriam mat´eria e energia escura algum efeito quˆantico da gravita¸c˜ao ou apenas uma modifica¸c˜ao da relatividade geral? Dada a

ausˆencia de uma teoria quˆantica para a gravita¸c˜ao, nos ´ultimos anos houve um grande interesse em se propor alguma modifica¸c˜ao para a teoria da relatividade geral, entre essas modifica¸c˜oes podemos destacar as teorias F(R) e a modifica¸c˜ao causada pelo termo de Chern-Simons gravitacional. No decorrer do trabalho fizemos alguns estudos para esse

´

ultimo caso.

(16)

Introdu¸c˜ao 4

foi inicialmente motivada por modifica¸c˜ao semelhante feita na eletrodinˆamica quˆantica. Na eletrodinˆamica quˆantica, tal modifica¸c˜ao leva para viola¸c˜ao das simetrias de Lorentz e viola¸c˜ao de paridade. A modifica¸c˜ao na relatividade geral consiste de adicionarmos o termo de Chern-Simons quadridimensional a a¸c˜ao de Einstein-Hilbert usual. Esse termo

faz com que a teoria tenha viola¸c˜ao de paridade, por´em conservando as simetrias de Lorentz. Essa modifica¸c˜ao n˜ao consiste em uma manipula¸c˜ao arbitr´aria, ela ´e vista como uma teoria efetiva de uma teoria de cordas. Essa teoria efetiva ´e motivada por cancelar anomalias em f´ısica de part´ıculas e em teoria de cordas. O que tem se destacado nessa

modifica¸c˜ao ´e a possibilidade de que solu¸c˜oes bem determinadas na relatividade usual, como a solu¸c˜ao de Schwarzschild, podem persistir nessa nova teoria de gravita¸c˜ao para a escolha de algum parˆametro espec´ıfico.

Apresentaremos esta Tese da seguinte maneira: no cap´ıtulo 1 iremos estudar o me-canismo de quebra espontˆanea das simetrias de Lorentz. Para ilustrar esse meme-canismo

iniciamos com um exemplo simples, a teoriaλφ4, e analisamos quando a quebra de

sime-tria ocorre. Como estamos interessados em estudar a quebra espontˆanea das simesime-trias de Lorentz nas se¸c˜oes seguintes, que ocorre de modo semelhante ao mecanismo de Higgs, aqui analisamos rapidamente o mecanismo de Higgs, mecanismo respons´avel por dar massa as

part´ıculas do modelo padr˜ao. Em seguida estudamos o modelo bumblebee, um modelo de quebra espontˆanea das simetrias de Lorentz e CPT. Nesse modelo um campo vetorial

Bµ adquire um valor esperado no v´acuo n˜ao nulo, < Bµ >=bµ, que escolhe uma dire¸c˜ao

preferencial no espa¸co-tempo e assim as simetrias de Lorentz s˜ao quebradas

espontanea-mente. Na pr´oxima se¸c˜ao iremos estudar a quebra dinˆamica das simetrias de Lorentz e CPT em um modelo de quatro-f´ermions, onde induziremos dinamicamente um potencial bumblebee por corre¸c˜oes radiativas. A equa¸c˜ao de gap ser´a obtida e analisada para tem-peratura zero e temtem-peratura finita. Em temtem-peratura zero observamos que a equa¸c˜ao de

gap tem uma solu¸c˜ao n˜ao trivial que nos leva a viola¸c˜ao das simetrias de Lorentz e CPT, j´a em temperatura finita surge a possibilidade de que essas simetrias possam ser restaura-das para uma dada temperatura cr´ıtica. Finalizamos esse cap´ıtulo estudando a equa¸c˜ao de Friedmann em cinco dimens˜oes no contexto de quebra espontˆanea das simetrias de

Lo-rentz com o objetivo de verificar quais os efeitos que a viola¸c˜ao das simetrias de LoLo-rentz podem trazer para o cen´ario cosmol´ogico. Como uma primeira tentativa encontramos resultados altamente n˜ao-triviais.

No cap´ıtulo 2 fazemos uma breve discuss˜ao do modelo padr˜ao estendido dando ˆenfase a eletrodinˆamica quˆantica estendida, em seguida estudamos a energia livre da

(17)

que violam as simetrias de Lorentz e CPT que possuem dimens˜ao de massa podem ser negligenciados de modo que os ´unicos termos interessantes para o nosso estudo s˜ao cµν,

dµν e (kF)µνλρ. Logo ap´os, estudamos os efeitos que a viola¸c˜ao de Lorentz pode produzir

na energia livre, que ´e uma quantidade de grande interesse, pois nos d´a informa¸c˜oes

so-bre a nucleoss´ıntese primordial, f´ısica de plasma entre outros assuntos em f´ısica. Nossos c´alculos para a energia livre se estendem at´e a segunda ordem na constante de acopla-mento, ou seja, calculamos as contribui¸c˜oes de um e dois loops. E por fim, fazemos uma estimativa num´erica para o parˆametro de quebra das simetrias de Lorentz usando dados

da abundˆancia primordial de h´elio, onde a diferen¸ca entre valores te´oricos e experimentais talvez possa ser resolvido pela contribui¸c˜ao vinda da quebra das simetrias de Lorentz.

A teoria de gravita¸c˜ao modificada pelo termo de Chern-Simons ´e discutida no cap´ıtulo 3. Inicialmente damos algumas motiva¸c˜oes que nos levam a id´eias de modifica¸c˜oes `a teoria da relatividade de Einstein, e fazemos uma discuss˜ao de algumas aplica¸c˜oes dessa nova

teoria. Na pr´oxima se¸c˜ao estudamos a modifica¸c˜ao em si, discutindo os novos termos que surgem na teoria ao adicionarmos o termo de Chern-Simons `a a¸c˜ao de Einstein-Hilbert. Logo ap´os, passamos a discutir o ponto que mais tem chamado aten¸c˜ao em torno dessa teoria, que ´e a possibilidade de solu¸c˜oes conhecidas na relatividade geral persistirem na

teoria modificada, como exemplo, estudamos a possibilidade da solu¸c˜ao de Schwarzschild persistir nessa nova teoria de gravita¸c˜ao.

No cap´ıtulo 4 introduzimos o universo G¨odel, universo que tem com principal ca-racter´ıstica a possibilidade de curvas tipo-tempo fechadas, sendo o primeiro modelo cos-mol´ogico com mat´eria em rota¸c˜ao. Introduzido o modelo, mostramos que a m´etrica de

G¨odel ´e solu¸c˜ao das equa¸c˜oes de Einstein, como o pr´oprio Kurt G¨odel mostrou em 1949. Em seguida vamos verificar se a m´etrica de G¨odel tamb´em ´e solu¸c˜ao na gravita¸c˜ao mo-dificada pelo termo de Chern-Simons. Em nossa primeira an´alise consideraremos que o campo escalar θ introduzido junto ao termo de Chern-Simons na a¸c˜ao ´e um campo ex-terno. Com essa interpreta¸c˜ao observamos que, se θ ´e uma fun¸c˜ao das coordenadas x e

y a solu¸c˜ao de G¨odel ´e solu¸c˜ao da teoria modificada. Nossa segunda interpreta¸c˜ao ser´a feita para o caso em que o campo escalar θ ´e um campo dinˆamico. Neste caso a an´alise precisa ser feita com mais cuidado, pois para a m´etrica de G¨odel ser solu¸c˜ao das equa¸c˜oes

(18)

Introdu¸c˜ao 6

(19)

1

Quebra Espontˆ

anea de Simetria

Se minha vis˜ao estiver correta, o universo pode ter um tipo de

estru-tura dominante. Em uma parte do universo, vocˆe pode ter uma dire¸c˜ao

preferencial dos eixos; em outra parte, as dire¸c˜oes dos eixos podem ser

diferentes.

Y. Nambu

A natureza exibe fascinantes e exuberantes formas de simetrias. Contudo, existem

v´arios exemplos na natureza de simetrias que s˜ao quebradas. Um simples exemplo vem da f´ısica de estado s´olido. No ferromagneto os ´atomos interagem atrav´es da intera¸c˜ao spin-spin que ´e um escalar e invariante por simetrias de rota¸c˜ao. No entanto, no estado fundamental todos os spins est˜ao alinhados e a simetria sob rota¸c˜ao ´e quebrada. Existem

v´arios fenˆomenos em que a teoria, a lagrangiana, ´e invariante diante de alguma simetria, por´em apresentam solu¸c˜oes no v´acuo que violam essa simetria, quando isso ocorre dizemos que temos uma quebra espontˆanea de simetria.

1.1

Um simples exemplo de quebra espontˆ

anea de

simetria

Para ilustrar o fenˆomeno da quebra espontˆanea de simetria vamos considerar um campo escalar com intera¸c˜ao do tipo λφ4. Esta teoria admite a simetria φ → −φ. A

lagrangiana que descreve tal modelo ´e dada por

L= 1

2(∂µφ)(∂

µφ)

−12µ2φ2 1

4!λφ

4, (1.1)

onde λ´e positivo e µ2 ´e um parˆametro que pode ser positivo ou negativo. O potencial ´e

dado por

V(φ) = 1 2µ

2φ2+ 1

4!λφ

(20)

1.2 O mecanismo de Higgs 8

O estado fundamental ´e obtido ao tomarmos o m´ınimo do potencial,

dV dφ =µ

2φ+1

6λφ

3 = 0. (1.3)

Da equa¸c˜ao (1.3) temos duas situa¸c˜oes a serem analisadas:

(i) se µ2 >0, temos apenas a solu¸c˜ao φ= 0, que est´a mostrada na Figura 1 e a simetria

de paridade (φ→ −φ) ´e mantida;

(ii) se µ2 <0, temos dois m´ınimos, φ = ±q6µ2

λ = ±φ0 e um m´aximo local em φ = 0,

que est˜ao mostrados na Figura 2.

Figura 1: Se µ2 >0 φ= 0 Figura 2: Se µ2 <0 φ=±φ0

Uma vez que escolhemos um valor de φ0, a simetria ´e quebrada pelo v´acuo da teoria.

As consequˆencias f´ısicas s˜ao independentes dessa escolha.

Portanto, esse ´e um exemplo simples de uma teoria em que a quebra espontˆanea de simetria ocorre.

1.2

O mecanismo de Higgs

Agora vamos ver o que ocorre quando a simetria em quest˜ao ´e a simetria de gauge. Usando esta simetria poderemos analisar como ocorre o fenˆomeno de Higgs, fenˆomeno este que ´e respons´avel por dar massa `as part´ıculas do modelo padr˜ao. Nosso interesse

(21)

estudar a eletrodinˆamica quˆantica escalar1 cuja lagrangiana ´e dada por

L = (Dµφ)†(Dµφ)−µ2φ2−λφ4−

1 4FµνF

µν, (1.4)

ondeDµ=∂µ−ieAµ´e a derivada covariante eFµν =∂µAν−∂νAµ.Esta teoria ´e invariante

pelas transforma¸c˜oes

φ(x)eiα(x)φ(x),

Aµ→Aµ+∂µα. (1.5)

Do mesmo modo que vimos na se¸c˜ao anterior, pode-se verificar que para µ2 > 0

o potencial apresenta apenas um m´ınimo, ou seja, φ0 = 0. J´a para µ2 < 0, ocorre o

fenˆomeno da quebra espontˆanea de simetria e o potencial tem como m´ınimo

φ20 =µ

2

2λ ≡ v2

2. (1.6)

Para analisarmos o espectro de part´ıculas, podemos escolher φ0 = √v

2 e o campo φ

pode ser convenientemente parametrizado como

φ = e

iξ v

2(v+η),

≈ √1

2(v+η+iξ), (1.7)

para pequenas oscila¸c˜oes em torno do v´acuo. Assim, podemos reescrever a lagrangiana (1.4) como

L= 1 2 h

(∂µη)(∂µη) + 2µ2η2

i +1

2(∂µξ)(∂

µξ)

− 14FµνFµν −evAµ(∂µξ) +

e2v2

2 AµA

µ+. . . .

(1.8)

Agora podemos fazer algumas observa¸c˜oes sobre esta nova lagrangiana:

• O campoη ´e um campo massivo com massa m2

η =−2µ2;

• O campoξ ´e um escalar sem massa;

• O ´ultimo termo indica que o f´oton adquiriu uma massa, m2

γ =e2v2;

• O pen´ultimo termo indica que existe uma mistura entre os campos Aµ eξ.

1

(22)

1.3 O Modelo Bumblebee 10

´

E poss´ıvel fazer uma escolha de gauge para a qual o espectro de part´ıculas seja evi-dente. Para tal escolha ´e conveniente reescrevermos

1

2(∂µξ)(∂

µξ)

−evAµ(∂µξ) +

e2v2

2 AµA

µ = e2v2

2

Aµ−

1

ev∂µξ A

µ

− 1

ev∂

µξ. (1.9)

Como temos a liberdade de escolher um gauge qualquer, ´e conveniente escolher

Aµ → Aµ−

1

ev∂µξ

φ e−iξvφ= (v√+η)

2 . (1.10)

Sabendo que a lagrangiana ´e localmente invariante de gauge, podemos usar esses campos na lagrangiana original e obtermos

L= 1 2 h

(∂µη)(∂µη) + 2µ2η2

i

− 14FµνFµν+

e2v2

2 AµA

µ+ ctes. (1.11)

O gauge que usamos ´e chamado degauge unit´ario ou f´ısico. Nesse gauge notamos que:

• O campoη tem massa m2 =2µ2;

• Os f´otons s˜ao massivos, mγ =ev;

• O campoξ desapareceu do espectro.

Ent˜ao, o campoξsem massa desapareceu e o f´oton tornou-se massivo2. Esse fenˆomeno

´e conhecido como o mecanismo de Higgs. Esse ´e o mecanismo respons´avel por dar massa a todas as part´ıculas do modelo padr˜ao. Mais detalhes desse mecanismo podem ser

encontrados em livros texto como [4, 5, 6, 7].

1.3

O Modelo Bumblebee

Vamos estudar a possibilidade da quebra espontˆanea das simetrias de Lorentz e CPT. A id´eia de que essas simetrias possam ser espontaneamente violadas tem sido sugerida como um poss´ıvel mecanismo que pode ocorrer no contexto de uma teoria fundamental na

escala Planck, como teoria de cordas e teorias de gravita¸c˜ao quˆantica [1]. O mecanismo de quebra espontˆanea das simetrias de Lorentz tem sido intensivamente estudado na literatura [8, 9,10, 11, 12,13].

2

(23)

Um dos mais elegantes e interessantes mecanismos de quebra de simetria se d´a atrav´es da quebra espontˆanea, que como j´a vimos, a lagrangiana respeita a simetria em quest˜ao, mas as solu¸c˜oes no v´acuo de tal teoria n˜ao respeitam. O fenˆomeno da viola¸c˜ao espontˆanea de simetria tem consequˆencias bem conhecidas em teorias de campos. Quando estudamos

teorias de gauge temos o teorema de Goldstone, que afirma que, quando uma simetria global ´e quebrada espontaneamente, podem aparecer modos Nambu-Goldstone sem massa (part´ıculas sem massa). Por outro lado, se a simetria ´e local o mecanismo envolvido ´e o mecanismo de Higgs, respons´avel por dar massa aos campos de gauge. Mais informa¸c˜oes

a respeito do teorema Goldstone e do mecanismo de Higgs podem ser encontradas em [14, 15, 16, 17, 18, 19, 20]. Esses processos tamb´em j´a foram estudados para o caso em que a simetria ´e a simetria de Lorentz [9, 21, 22, 23, 24, 25].

Um simples exemplo de uma teoria com quebra espontˆanea das simetrias de Lorentz ´e o modelo bumblebee [8, 9, 26], onde um campo vetorial adquire um valor esperado no v´acuo (VEV) diferente de zero,

< Bµ>=bµ, (1.12)

sendoBµ um campo vetorial e bµ seu valor esperado no v´acuo. Assim, o v´acuo da teoria

escolhe uma dire¸c˜ao preferencial no espa¸co-tempo.

Existem v´arias vers˜oes do modelo bumblebee que podem ser definidas com diferentes formas para os termos cin´eticos e para o potencial. Este modelo tamb´em pode ser estudado

em geometrias diferentes do espa¸co-tempo, tais como no espa¸co-tempo de Minkowski3,

espa¸co-tempo de Riemann4 e no espa¸co-tempo de Riemann-Cartan5 [8, 21]. Uma vers˜ao

generalizada do modelo bumblebee tem sido discutida em [27].

Para introduzirmos o modelo bumblebee vamos considerar o caso em que o campo bumblebeeBµest´a acoplado com a gravidade e com a mat´eria, de modo que consideramos

termos quadr´aticos em Bµ e at´e segunda ordem na derivada deste campo. A densidade

de lagrangiana que descreve esse modelo ´e dada por

LB =

1

16πG(R−2Λ)−

1

4τ1BµνB

µν+ 1

2τ2DµBνD

µBν +1

2τ3DµB

µD νBν

+ σ1BµBνRµν +σ2BµBµR−V(BµBµ±b2) +LM, (1.13)

ondeG´e a constante gravitacional de Newton, Λ ´e a constante cosmol´ogica, R´e o escalar de Ricci (B.8),Rµν ´e o tensor de Ricci (B.5) eDµ´e a derivada covariante. As quantidade

3

Espa¸co-tempo plano 4

Espa¸co-tempo curvo 5

(24)

1.4 Quebra dinˆamica da simetria de Lorentz em um modelo de quatro-f´ermions 12

τ1, τ2, τ3, σ1 eσ2s˜ao constantes que determinam a forma dos termos cin´eticos para o campo bumblebee. O tensorBµν ´e definido como

Bµν =∂µBν −∂νBµ, (1.14)

no espa¸co-tempo de Riemann. J´aLM representa os termos de intera¸c˜ao com a mat´eria ou

correntes externas. O potencialV(BµBµ±b2) que tem m´ınimos n˜ao triviais ´e o respons´avel

pela viola¸c˜ao das simetrias de Lorentz. O m´ınimo do potencial ocorre quando

BµBµ±b2 = 0. (1.15)

Essa condi¸c˜ao ´e satisfeita quando o campo vetorial adquiri um valor esperado no v´acuo diferente de zero, ou seja,< Bµ>=bµ, logo

bµbµ=∓b2. (1.16)

Assim, observamos que esse resultado quebra espontaneamente a invariˆancia de Lorentz.

Na literatura existem v´arias formas para o potencial, entre elas as mais estudadas s˜ao

V =λ(BµBµ∓b2), (1.17)

que envolve um campo multiplicador de Lagrangeλ e ´e linear emBµBµ,

V = 1

2λ(BµB

µ

∓b2)2, (1.18)

que tamb´em envolve λ, por´em ´e quadr´atico em BµBµ e,

V = 1

2κ(BµB

µ

∓b2)2, (1.19)

tamb´em quadr´atico em BµBµ e com κ sendo uma constante.

1.4

Quebra dinˆ

amica da simetria de Lorentz em um

modelo de quatro-f´

ermions

Em um modelo de quatro-f´ermions quadridimensional, vamos estudar a quebra es-pontˆanea das simetrias de Lorentz e CPT via o mecanismo de Coleman e Weinberg [28], isto ´e, induziremos um potencial bumblebee dinamicamente por corre¸c˜oes radiativas.

(25)

Consideremos uma teoria fermiˆonica dada por

L0 = ¯ψ(i∂/−m)ψ− G

2( ¯ψγµγ5ψ)( ¯ψγ

µγ5ψ), (1.20)

onde ψ ´e um campo espinorial de Dirac e G = eg22. Essa teoria ´e n˜ao renormaliz´avel e

pode ser entendida como uma teoria efetiva em baixas energias surgindo de uma teoria mais fundamental, como foi pensado inicialmente em [29].

Para eliminar o termo de auto-intera¸c˜ao de (1.20), vamos introduzir um campo auxiliar

Bµ de modo que podemos escrever

L = L0+ g2

2 Bµ−

e

g2ψγ¯ µγ5ψ

!2

= g

2

2 BµB

µ+ ¯ψ(i∂/

−m eB/γ5)ψ. (1.21)

Para encontrarmos o potencial efetivo vamos usar o funcional gerador que ´e dado por

Z(¯η, η) = Z

DBµDψ Dψ¯exp

i

Z

d4x(L+ ¯ηψ+ ¯ψη)

. (1.22)

Vamos inicialmente fazer a integra¸c˜ao sobre os f´ermions,

Z

Dψ Dψ¯exphψ¯(i∂/m eB/γ5)ψ+ ¯ηψ+ ¯ψηi=eη M¯ −1η detM, (1.23)

ondeM =i∂/m eB/γ5. Dessa maneira, podemos reescrever o funcional gerador como

Z(¯η, η) = Z

DBµ exp

"

iSef[B] +i

Z

d4x η¯ 1

i∂/m eB/γ5η

!#

, (1.24)

onde Sef[B] ´e a a¸c˜ao efetiva definida como

Sef[B] = g

2

2 Z

d4x BµBµ−iTr ln(i∂/−m − eB/γ5), (1.25)

e Tr ´e o tra¸co sobre as matrizes de Dirac. O potencial efetivo para este caso fica

Vef =g

2

2BµB

µ+iTrZ d4p

(2π)4 ln (p/−m − eB/γ5). (1.26)

N´os estamos interessados em investigar o m´ınimo do potencial, e com isso verificar se h´a m´ınimos n˜ao nulos que nos levam a viola¸c˜ao de simetrias, no caso, simetrias de Lorentz

e CPT. Assim, devemos analisar as solu¸c˜oes da equa¸c˜ao

dVef dBµ

(26)

1.4 Quebra dinˆamica da simetria de Lorentz em um modelo de quatro-f´ermions 14

= g2βµ+iTr

Z d4p (2π)4

1

p

/m eβ/γ5

(eγµγ5) = 0. (1.27)

Sendobµ=µ, ficamos com

dVef

dBµ

=g

2 e b

µ

−iΠµ= 0, (1.28)

onde

Πµ= tr

Z d4p (2π)4

i p

/m /γ5b (−ie)γ

µγ5, (1.29)

´e a amplitude do tadpole. Para calcularmos essa integral, vamos usar as seguintes regras de Feynman:

(i) o propagador do f´ermion

= i

p

/m; (1.30)

(ii) a inser¸c˜ao ao propagador do f´ermion

= ib/γ5; (1.31)

(iii) e o v´ertice f´ermion-f´oton

= ie γµγ5. (1.32)

Com essas regras de Feynman as contribui¸c˜oes para Πµs˜ao mostradas na figura abaixo.

Figura 3: Contribui¸c˜oes para o tadpole Πµ

Levando em conta as propriedades de simetrias ao calcular as integrais, e as

(27)

contribui¸c˜oes relevantes separadamente. Para o segundo gr´afico da Figura3 temos que

Πµb = Tr

Z d4p

(2π)4 (−ieγ

µγ5)S(p)(

−ib/γ5)S(p), (1.33)

onde S(p) = i

p/−m ´e o propagador usual. Substituindo o valor de S(p) ficamos com

Πµb =eTr

Z d4p (2π)4

γµγ5(/pm)/γ5b (p/m)

(p2m2)2 . (1.34)

Calculando o tra¸co sobre as matrizes de Dirac temos

Πµb = 4e

Z d4p (2π)4

2(b·p)pµ(p2+m2)bµ

(p2m2)2 . (1.35)

Agora vamos mudar do espa¸co de Minkowski para o espa¸co Euclidiano realizando uma

rota¸c˜ao de Wick p0 = ip4, x0 = ix4, b0 = ib4, b2 = b2

E, p2 = −p2E, p2E = ~p2 +p24, d4p = id4p

E e d4x = −id4xE. Assim, podemos reescrever (1.35) no espa¸co Euclidiano

como

Πµb = 4ie

Z d4pE (2π)4

(~p2+p2

4 −m2)b

µ

E−2(pE·bE)p

µ

E

(~p2+p2

4+m2)2

. (1.36)

Para implementar transla¸c˜ao somente na componente espacial de pµE = (p4, ~p) n´os decompomos opµE como segue [30]

E = ˆpµ+p4δµ0, (1.37)

e como uma consequˆencia ˆpµ = (0, ~p). Devido a simetria da integral sob rota¸c˜ao espacial,

n´os podemos usar

ˆ

pµpˆν ~p

2 D(δ

µν

−δµ0δν0). (1.38)

Usando (1.37) e (1.38) podemos escrever

(pE·bE)pµE= ~p

2 Db µ E− ~p2 Db4δ

µ0+p2

4b4δµ0. (1.39)

Substituindo (1.39) em (1.36) n´os encontramos que

Πµb = Π1bµE+ Π2b4δµ0, (1.40)

com

Π1 = 4ie

Z dp4 2π(µ

2)3−D

2

Z dD~p (2π)D

"

1

~p2+p2

4+m2 − 2

D~p2+ 2m2

(~p2+p2

4+m2)2

#

(28)

1.4 Quebra dinˆamica da simetria de Lorentz em um modelo de quatro-f´ermions 16

e

Π2 =−8ie

Z dp4 2π(µ

2)3−D

2

Z dD~p (2π)D

"

1

~p2+p2

4+m2 − 1+D

D ~p

2+m2

(~p2+p2

4+m2)2

#

, (1.42)

onde temos transformado o espa¸co tridimensional para D-dimensional e introduzimos um parˆametro arbitr´ario µ que identifica a escala de massa. Agora, ao integrarmos em D dimens˜oes, com aux´ılio das express˜oes dadas no APˆENDICE A, obtemos

Π1 =−

8ie(µ2)3−D

2

(4π)D2

Γ

2 D 2

Z dp4 2πm

2(p2

4 +m2)

D

2−2 (1.43)

e

Π2 =

4ie(µ2)3−D

2

(4π)D2

Γ

1D 2

Z dp4 2π

h

(D1)(p24+m2)D2−1−(D−2)m2(p2

4+m2)

D

2−2

i

.

(1.44)

Por fim, integrando sobre o momento p4 encontramos

Π1 =−

8ie(µ2)3−D

2

(4π)D+12

Γ

3−D 2

mD−1, (1.45)

e Π2 = 0. Expandindo (1.45) em torno de D= 3 ficamos com

Π1 =− iem2

π2ǫ + iem2

2π2 ln m2 µ′2

!

, (1.46)

onde ǫ= 3D e µ′2 = 4π2µ2e−γ.

Portanto, a contribui¸c˜ao (1.40) ´e dada por

Πµb = "

−iem

2 π2ǫ +

iem2

2π2 ln m2 µ′2

!#

E. (1.47)

Nesse momento, vamos analisar o gr´afico com trˆes inser¸c˜oes na Figura 3. Esse gr´afico

nos fornece

Πµbbb = Tr

Z d4p

(2π)4(−ieγ

µγ5)S(p)(

−ib/γ5)S(p)(ib/γ5)S(p)(ib/γ5)S(p). (1.48)

Substituindo o propagador ficamos com

Πµbbb =eTr

Z d4p (2π)4

γµγ5(p/m)/γ5b (p/m)/γ5b (p/m)/γ5b (p/m)

(29)

e ao calcularmos o tra¸co sobre as matrizes de Dirac

Πµbbb = 4e

Z d4p (2π)4

4(p2m2)(p·b)2+ (p4 + 6p2m2+m4)b2

(p2m2)4 b

µ+

+ 16e

Z d4p (2π)4

(p2m2)(p·b)b2 + 2(p·b)3

(p2m2)4 p

µ. (1.50)

Transformando para o espa¸co Euclidiano,

Πµbbb = 4ie

Z d4pE (2π)4

4(p2

E−m2)(pE·bE)2−(pE4 −6p2Em2 +m4)b2E

(p2

E+m2)4

E

+16ie

Z d4pE (2π)4

(p2

E−m2)(pE·bE)b2E−2(pE·bE)3

(p2

E+m2)4

E. (1.51)

Seguindo passos semelhantes ao que fizemos para Πµb, usando tamb´em a simetria rotacional do integrando que justifica a troca

ˆ

pˆνpˆλpˆρ ~p4

D(D+ 2)[(δ

µνδµ0δν0)(δλρδλ0δρ0) + (δµλδµ0δλ0)(δνρδν0δρ0)

+(δµρδµ0δρ0)(δλνδλ0δν0)], (1.52)

podemos escrever

(pE·bE)2 = ~p2 D(b

2

E−b24) +p24b24, (1.53)

(pE·bE)3pµE =

3~p4 D(D+ 2)b

µ

Eb2E+

3~p2 D p

2 4−

3~p4 D(D+ 2)

!

b24bµE+p44b34δµ0

+ 3~p

2 D p

2 4−

3~p4 D(D+ 2)

!

b2

Eb4δµ0−

6~p2 D p

2 4−

3~p4 D(D+ 2)

!

b3

4δµ0.(1.54)

Substituindo esses resultados em (1.51) obtemos que

Πµbbb = Π3b2Eb

µ

E+ Π4b24b

µ

E+ Π5b2Eb4δµ0+ Π6b34δµ0, (1.55)

onde

Π3 = 16ie

Z dp

4

2π(µ 2)3−D

2

Z dD~p (2π)D

"

−4mD2~p2 −

6~p4

D(D+2) −2m4

(p2

E+m2)4

+

2~p2

D + 2m2

(pE+m2)3

− 1

4(p2

E+m2)2

#

, (1.56)

Π4 = Π5 = 16ie

Z dp4 2π(µ

2)3−D

2

Z dD~p (2π)D

"2D+8

D ~p

2m2 + 2m4 +6~p4(D+3) D(D+2)

(p2

E+m2)4

D+7

D ~p2+ 3m2

(p2

E+m2)3

+ 1

(p2

E+m2)2

#

(30)

1.4 Quebra dinˆamica da simetria de Lorentz em um modelo de quatro-f´ermions 18

Π6 = 16ie

Z dp4 2π(µ

2)3−D

2

Z dD~p (2π)D

"

−2~p46 2D+5

D(D+2)~p

42m44D+3

D ~p

2m2

(p2

E+m2)4

+4

D+3

D ~p

2+ 4m2

(p2

E+m2)3

(p2 2 E+m2)2

#

. (1.58)

Calculando a integral em D dimens˜oes, novamente usando o APˆENDICE A, ficamos com

Π3 =

8ie(µ2)3−D

2

3(4π)D2

Γ

3 D 2

Z dp4 2πm

2h

4(p24+m2)D2−3+ (D−6)m2(p2

4+m2)

D

2−4

i

,

(1.59)

Π4 = Π5 =

8ie(µ2)3−D

2

3(4π)D2

Γ

3 D 2

Z dp4 2πm

2h

(D5)(p24+m2)

D

2−3

−(D6)m2(p24+m2)

D

2−4

i

, (1.60)

Π6 = −

4ie(µ2)3−D

2

3(4π)D2

Γ

2 D 2

Z dp

4

h

(D1)(D3)(p2

4+m2)

D

2−2

−2(D3)(D4)m2(p24+m2)D2−3+ (D−4)(D−6)m4(p2

4+m2)

D

2−4

i

. (1.61)

Agora, ao realizarmos a integra¸c˜ao emp4 obtemos

Π3 =

8ie(µ2)3−D

2

3(4π)D2+1

Γ

5−D

2

(D1)mD−3, (1.62)

e

Π4 = Π5 = Π6 = 0. (1.63)

Ao expandirmos (1.62) em torno de D= 3 encontramos,

Π3 = ie

3π2. (1.64)

Assim, a contribui¸c˜ao (1.55) ´e dada por

Πµbbb = ie 3π2b

µ

Eb2E. (1.65)

Portanto, a equa¸c˜ao (1.29) pode ser escrita como

Πµ = Πµb + Πµbbb

= "

−im

2e π2ǫ +

im2e

2π2 ln m2 µ′2

! +ieb

2 E

3π2

#

(31)

Dessa maneira, a equa¸c˜ao de gap (1.28) se torna −g 2 e b µ −i " −im 2 π2ǫ +

im2

2π2 ln m2 µ′2

!

− ib

2

3π2

#

ebµ = 0, (1.67)

onde temos voltado para o espa¸co de Minkowski. Lembrando que G = e2/g2, podemos

reescrever essa ´ultima equa¸c˜ao como

"

G1 − m

2 π2ǫ +

m2

2π2 ln m2 µ′2

!

− b

2

3π2

#

ebµ = 0. (1.68)

Introduzindo a constante de acoplamento renormalizada,

1

GR

= 1

G + m2

π2ǫ, (1.69)

a equa¸c˜ao de gap que iremos analisar fica

"

G1

R

+ m

2

2π2 ln m2 µ′2

!

− b

2

3π2

#

bµ= 0. (1.70)

Assim, n´os observamos que uma solu¸c˜ao n˜ao-trivial ´e

b2 =3π2

" 1

GR − m2

2π2 ln m2 µ′2

!#

. (1.71)

Dessa equa¸c˜ao notamos que um m´ınimo n˜ao-trivial, para o caso em que bµ ´e do

tipo-tempo6 ´e poss´ıvel somente se

1

GR < m2

2π2 ln m2 µ′2

!

=GR > 2π 2 m2lnm2

µ′2

, (1.72)

e se bµ ´e do tipo-espa¸co7

1

GR > m2

2π2 ln m2 µ′2

!

=GR < 2π 2 m2lnm2

µ′2

. (1.73)

Portanto, para esse modelo de quatro-f´ermions quadridimensional obtivemos que o potencial tem um m´ınimo diferente de zero, dado pela equa¸c˜ao (1.71), ou seja, um valor

esperado no v´acuo n˜ao nulo parab2, como consequˆencia temos que a invariˆancia de Lorentz

´e quebrada. Essa an´alise foi desenvolvida nos trabalhos [31, 135].

6

Um vetor ser do tipo-tempo implica que bµbνgµν >0.

7

(32)

1.5 Restaura¸c˜ao da simetria de Lorentz em temperatura finita 20

1.5

Restaura¸

ao da simetria de Lorentz em

tempera-tura finita

Nesta se¸c˜ao iremos estudar o mesmo modelo que estudamos na se¸c˜ao anterior, quatro-f´ermions quadridimensional, por´em, iremos estudar no contexto de temperatura finita.

Nosso objetivo ´e investigar se h´a alguma possibilidade para que as simetrias de Lorentz, que foram quebradas no caso de temperatura zero (se¸c˜ao anterior), sejam restauradas no limite de altas temperaturas. Para tal estudo, iremos considerar que o nosso sistema esteja em equil´ıbrio t´ermico com uma dada temperatura T. Usaremos o formalismo de

Matsubara, que consiste em tomarmos

p4 =

n+ 1 2

2πT, (1.74)

e na seguinte mudan¸ca

Z dp4 2π =T

X

n

. (1.75)

Agora, devemos fazer tais substitui¸c˜oes nas equa¸c˜oes (1.43), (1.44), (1.59), (1.60) e (1.61). Analisaremos essas equa¸c˜oes separadamente. Iniciaremos com (1.43) que se torna

Π1 =−

8ie(µ2)3−D

2

(4π)D2

Γ

2 D 2

TX

n

m2(p24+m2)D2−2. (1.76)

Para calcularmos esse somat´orio usaremos uma representa¸c˜ao explicita sobre as frequˆencias de Matsubara dada por [30, 33]

X

n

[(n+b)2+a2]−λ

=

πΓ(λ1/2)

Γ(λ)(a2)λ−1/2 + 4 sin(πλ)fλ(a, b), (1.77)

onde

fλ(a, b) =

Z ∞

|a|

dz

(z2a2)λRe

1

e2π(z+ib)1

!

, (1.78)

que ´e v´alida para λ <1 e possui p´olos em λ = 12,12,32, . . .. Usando (1.74), a equa¸c˜ao (1.76) pode ser reescrita como

Π1 =−

8ie(µ2)3−D

2

(4π)D2

Γ

2 D 2 m 2πξ ! ξ m

!4−D

m2X

n

"

n+1 2

2 +ξ2

#2−D2

, (1.79)

comξ= βm2π, ondeβ = T1. Se tomamosD= 3 em nossa ´ultima equa¸c˜ao, podemos ver que

λ <1, mas em λ = 1

(33)

que

Π1 =

"

−im

2 π2ǫ +

im2

2π2 ln m2 µ′2

!

+im2F I(ξ)

#

e, (1.80)

onde

FI(ξ) =

Z ∞

|ξ| dz

1tanh(πz)

π2√z2ξ2 . (1.81)

O comportamento dessa fun¸c˜ao ´e mostrado na Figura 4.

Figura 4: Comportamento da fun¸c˜ao FI(ξ)

Observamos que o comportamento assint´otico da fun¸c˜aoFI(ξ) em altas temperaturas ´e8 FI(ξ0)1/2.

Substituindo (1.74) e (1.75) na equa¸c˜ao (1.44) obtemos que

Π2 =

4ie(µ2)3−D

2

(4π)D2

Γ

1 D 2

(

(D1) m 2πξ

!

ξ2 m2

!1−D2 X

n

"

n+1 2

2 +ξ2

#1−D2

− (D2)m2 m

2πξ

!

ξ2 m2

!2−D2 X

n

"

n+ 1 2

2 +ξ2

#2−D2 )

. (1.82)

Comoλ= 1 D

2 e λ= 2−

D

2 satisfazem a condi¸c˜ao λ <1 para D→3, esses somat´orios

podem ser resolvidos usando (1.77) e nos fornecem

Π2 =ieT2FII(ξ), (1.83)

com

FII(ξ) = Z ∞

|ξ| dz

4(ξ22z2)[tanh(πz)1]

z2ξ2 . (1.84)

No limite de altas temperaturas a fun¸c˜aoFII(ξ) tem o comportamento mostrado na Figura

8

(34)

1.5 Restaura¸c˜ao da simetria de Lorentz em temperatura finita 22

5. Neste limite, T → ∞, a fun¸c˜ao FII(ξ 0) =1/3.

Figura 5: Comportamento da fun¸c˜ao FII(ξ)

Com esses resultados, a equa¸c˜ao (1.40) se torna

Πµb = "

−im

2 π2ǫ +

im2

2π2 ln m2 µ′2

!

+im2FI(ξ) #

ebµE+ieT2FII(ξ)b4δµ0. (1.85)

Observamos que no limite T 0 recuperamos o resultado obtido em (1.40).

Nosso pr´oximo passo ´e verificar as contribui¸c˜oes com trˆes inser¸c˜oes ao propagador no

contexto de temperatura finita. Fazendo as substitui¸c˜oes (1.74) e (1.75) na equa¸c˜ao (1.59) obtemos

Π3 =

8ie(µ2)3−D

2

3(4π)D2

Γ

3 D 2 m2 ( 4 m 2πξ ! ξ2 m2

!3−D2 X

n

"

n+ 1 2

2 +ξ2

#3−D2

+ (D6)m2 m

2πξ

!

ξ2 m2

!4−D2 X

n

"

n+ 1 2

2 +ξ2

#4−D2 )

. (1.86)

Note que, para D = 3 temos λ = 3

2 e λ = 5

2, ou seja, λ > 1. Assim, precisaremos usar

uma rela¸c˜ao de recorrˆencia para a integral fλ(a, b) da seguinte forma

fλ(a, b) =−

1 2a2

3

λ1fλ−1(a, b)− 1 4a2

1

2)(λ1)

∂2

∂b2fλ−2(a, b). (1.87)

Usando essa rela¸c˜ao para λ = 32, voltamos a condi¸c˜ao em que o somat´orio sobre as frequˆencias de Matsubara ´e v´alido. J´a quando olhamos para o caso em que λ= 52, n˜ao ´e suficiente usarmos essa rela¸c˜ao apenas uma vez, pois ainda ter´ıamosλ >1. Para resolver esse problema podemos usar esta rela¸c˜ao de recorrˆencia duas vezes e assim obtemosλ= 12 eλ=12 como exigido pela equa¸c˜ao (1.77). Procedendo dessa maneira encontramos que

Π3 = ie

(35)

onde

FIII(ξ) = Z ∞

|ξ| dz

(3ξ22z2) sech2

(πz) tanh(πz)

3√z2ξ2 . (1.89)

O comportamento da fun¸c˜aoFIII(ξ) ´e exibido na Figura6. No limite de altas temperaturas

FIII(ξ0) = 1/3π2.

Figura 6: Comportamento da fun¸c˜ao FIII(ξ)

Agora, vamos substituir (1.74) e (1.75) na equa¸c˜ao (1.60), fazendo isso ficamos com

Π4 = Π5 =

8ie(µ2)3−D

2

3(4π)D2

Γ

3D 2

m2

(

(D5) m 2πξ

!

ξ2 m2

!3−D2 X

n

"

n+1 2

2 +ξ2

#3−D2

− (D6)m2 m

2πξ

!

ξ2 m2

!4−D2 X

n

"

n+1 2

2 +ξ2

#4−D2 )

. (1.90)

Procedendo de maneira an´aloga ao que fizemos em (1.86), usando as rela¸c˜oes de re-corrˆencia encontramos que

Π4 = Π5 =ieFIV(ξ), (1.91)

com

FIV(ξ) = −

Z ∞

|ξ| dz

ξ2sech2(πz) tanh(πz)

3√z2ξ2 . (1.92)

Na Figura7 temos o comportamento da fun¸c˜ao FIV(ξ). Nesta figura observamos que no limite de altas temperaturas FIV(ξ0) = 0.

Por fim, vamos usar o formalismo de Matsubara na equa¸c˜ao (1.61), e como resultado essa equa¸c˜ao se torna

Π6 = −

4ie(µ2)3−D

2

3(4π)D2

Γ

2 D 2

(

(D1)(D3) m 2πξ

!

ξ2 m2

!2−D2 X

n

"

n+1 2

2 +ξ2

(36)

1.5 Restaura¸c˜ao da simetria de Lorentz em temperatura finita 24

Figura 7: Comportamento da fun¸c˜ao FIV(ξ)

− 2(D3)(D4)m2 m

2πξ

!

ξ2 m2

!3−D2 X

n

"

n+ 1 2

2 +ξ2

#3−D2

+ (D4)(D6)m4 m

2πξ

!

ξ2 m2

!4−D2 X

n

"

n+ 1 2

2 +ξ2

#4−D2 )

. (1.93)

Procedendo como fizemos para resolver os somat´orios em (1.90) encontramos que

Π6 =ieFVI(ξ), (1.94)

sendo

FVI(ξ) =

Z ∞

|ξ| dz

(2z2ξ2) sech2(πz) tanh(πz)

3√z2 ξ2 , (1.95)

com seu comportamento mostrado na Figura 8. No limite de altas temperaturas temos queFVI(ξ 0) = 3π12.

Usando as equa¸c˜oes (1.88), (1.91) e (1.94) podemos reescrever a equa¸c˜ao (1.55) no contexto de temperatura finita como

Πµbbb = "

ib2E

3π2 +ib 2

EFIII(ξ) +ib24FIV(ξ)

#

ebµE+

h

ib2EFIV(ξ) +ib24FVI(ξ)ieb4δµ0. (1.96)

Com as equa¸c˜oes (1.85) e (1.96) podemos escrever

Πµ =

"

−im

2 π2ǫ +

im2

2π2 ln m2 µ′2

!

+im2FI(ξ) + ib2

E

3π2 +ib 2

EFIII(ξ) +ib24FIV(ξ)

#

(37)

Figura 8: Comportamento da fun¸c˜ao FVI(ξ)

+ hib2EFIV(ξ) +ib24FVI(ξ) +iT2FII(ξ)ieb4δµ0, (1.97)

e reescrever a equa¸c˜ao de gap (1.28) como

− 1

G′

R

+~b

2+b2 4

3π2 +m

2FI(ξ) +T2FII(ξ) +~b2(FIII(ξ) +FIV(ξ))

b4δµ0+

− 1

G′

R

+~b

2+b2 4

3π2 +m

2FI(ξ) +~b2FIII(ξ) +b2

4(FIII(ξ) +FIV(ξ))

ˆbµ = 0, (1.98)

onde

1

G′

R

= 1

GR − m2

2π2 ln m2 µ′2

!

.

Analisando essa equa¸c˜ao, encontramos as seguintes possibilidades:

1. b4 =bi = 0 ´e uma solu¸c˜ao trivial onde as simetrias de Lorentz n˜ao s˜ao quebradas.

2. b4 6= 0 e bi 6= 0. Neste caso b4 e/ou bi cresce quadraticamente com a temperatura,

ent˜ao, a quebra das simetrias de Lorentz cresce.

3. b4 6= 0 e bi = 0. Neste caso, a equa¸c˜ao de gap se reduz para

−b24 =b20 = 3π2 1

|G′

R| −

T2|FII(ξ)|+m2FI(ξ) !

, (1.99)

onde n´os temos usadoG′

R =−|G′R|, porquebµ´e tipo-tempo e ambasFI(ξ) e|FII(ξ)|

crescem monotonamente com T. Em particular, com T → ∞, FI(ξ) → 1/2 e

(38)

1.6 Equa¸c˜ao de Friedmann com quebra espontˆanea da simetria de Lorentz 26

cr´ıtica, a condi¸c˜ao b4 = 0 ´e satisfeita e as simetrias de Lorentz ser˜ao restauradas.

4. b4 = 0 andbi 6= 0. Neste caso a equa¸c˜ao de gap ´e

G1

R

+m2FI(ξ) +~b2

1

3π2 +FIII(ξ)

= 0. (1.100)

Ent˜ao, como 3π12+FIII(ξ)≥0 eFI(ξ)≤1/2 existir´a uma temperatura cr´ıtica em que

as simetrias de Lorentz ser˜ao restauradas somente se 1

m2G

R ≤1/2. Por outro lado,

para 1

m2G

R >1/2, a viola¸c˜ao das simetrias de Lorentz cresce com a temperatura.

Portanto, nosso objetivo principal foi mostrar que o modelo de quatro-f´ermions

quadri-dimensional apresenta quebra espontˆanea das simetrias de Lorentz e CPT em temperatura zero, e no contexto de temperatura finita observamos que para b4 6= 0 e bi = 0, existe

uma temperatura cr´ıtica na qual as simetrias de Lorentz e CPT podem ser restauradas. E que por outro lado, para b4 = 0, bi 6= 0, e m21G

R > 1/2, as simetrias de Lorentz s˜ao

quebradas pelo aparecimento de um vetor tipo-espa¸co bµ e n˜ao ocorre restaura¸c˜ao para

nenhuma temperatura.

1.6

Equa¸

ao de Friedmann com quebra espontˆ

anea

da simetria de Lorentz

Nesta se¸c˜ao iremos estudar quais os efeitos que a viola¸c˜ao das simetrias de Lorentz pode trazer para o cen´ario cosmol´ogico. O interesse em quebra das simetrias de Lorentz naturalmente inspira a id´eia de estudar os impactos em cosmologia, onde o problema

chave hoje ´e entender o fenˆomeno que est´a causando a expans˜ao acelerado do universo. Algumas estimativas experimentais preliminares da quebra das simetrias de Lorentz em escala cosmol´ogica s˜ao apresentadas em [34], alguns t´opicos relevantes em viola¸c˜ao das simetrias de Lorentz em cosmologia podem ser encontrados em [35].

´

E natural esperar que a presen¸ca da quebra das simetrias de Lorentz pode modificar o cen´ario cosmol´ogico. Um caminho para se estudar a viola¸c˜ao de tais simetrias em

cosmologia ´e atrav´es da quebra espontˆanea dessas simetrias. Neste estudo usaremos o modelo bumblebee em um espa¸co tempo de cinco dimens˜oes [36, 37]. A importˆancia de se estudar esse modelo em cinco dimens˜oes surge a partir do grande interesse no conceito

de dimens˜oes extras motivado por teorias de cordas e branas [38].

N´os aplicaremos esse mecanismo para implementar a modifica¸c˜ao causada pela

(39)

Friedmann-Robertson-Walker, e assim estudar seus impactos. N´os mostraremos que a dinˆamica de expans˜ao do universo devido `a presen¸ca da quebra das simetrias de Lorentz ´e altamente n˜ao trivial.

Agora vamos descrever a teoria. Um teoria geral em cinco dimens˜oes que descreve o modelo bumblebee pode ser dada por

S = Z

d5x√g(LB+LG+LM), (1.101)

onde LG ´e o termo gravitacional de Einstein-Hilbert, LM ´e o termo de mat´eria e LB ´e o

termo tipo-bumblebee:

LB =−

1 4BµνB

µν

−V(BµBµ±b2), (1.102)

com o tensor Bµν definido como Bµν = ∂µBν −∂νBµ. O V(BµBµ± b2) ´e o potencial

bumblebee que escolhemos como

V = 1

2κ(BµB

µ

±b2)2 = 1 2κ(Bµg

µνB

ν ±b2)2. (1.103)

Assim, a a¸c˜ao (1.101) toma a forma

S = Z

d5xg

" 1 16πGR−

1 4BµνB

µν 1

2κ(BµB

µ±b2)2+L

M

#

. (1.104)

Variando a a¸c˜ao (1.104) com respeito `a m´etrica, obtemos as equa¸c˜oes de Einstein:

Gµν = 8πGTµν, (1.105)

onde Gµν ´e o tensor de Einstein e Tµν ´e o tensor energia momento composto por dois

termos

Tµν =Tµν(M)+Tµν(B), (1.106)

comT(M)

µν sendo o tensor energia momento associado ao setor de mat´eria eTµν(B) ´e o tensor

energia momento associado ao campo bumblebee,

Tµν(B) =Tµν(B)K +Tµν(B)V, (1.107)

comTµν(B)K gerado pela parte cin´etica da a¸c˜ao do campo bumblebee eTµν(B)V pela parte do

potencial. Usando a defini¸c˜ao do tensor energia momento

Tµν =−

2

√ −g

δLB

(40)

1.6 Equa¸c˜ao de Friedmann com quebra espontˆanea da simetria de Lorentz 28

n´os obtemos

Tµν(B)k =BµαBνα−

1

4gµνBαβB

αβ (1.109)

e

Tµν(B)V =V gµν+ 2V′BµBν, (1.110)

ondeV′ = δV

δX, comX =Bµg µνB

ν±b2. Ent˜ao, podemos escrever o tensor energia momento

total para o campo bumblebee como

Tµν(B)=BµαBνα−

1

4gµνBαβB

αβ

−V gµν+ 2V′BµBν. (1.111)

A mat´eria aqui ´e considerada como sendo um fluido perfeito com densidade de energia

ρe press˜ao p, cujo tensor energia momento ´e dado por

Tµν(M) = (ρ+p)UµUν +p gµν, (1.112)

onde Uµ = (1,0,0,0,0) ´e a velocidade do fluido.

Seguindo o princ´ıpio cosmol´ogico, n´os assumimos que o universo ´e homogˆeneo e isotr´opico, com o elemento de linha de Friedmann-Robertson-walker (FRW) em cinco

dimens˜oes dado por [39]

ds2 = gµνdxµdxν

= dt2+a2(t) "

dr2

1kr2 +r

2(2+ sin2θdφ2)

#

+ǫΦ2(t)dy2, (1.113)

onde k =1,0,1 ´e o parˆametro de curvatura para um universo aberto, plano e fechado, respectivamente, y ´e a dimens˜ao extra e o fator ǫ ´e1 ou +1 para uma dimens˜ao extra tipo-tempo ou tipo-espa¸co, respectivamente. Em nossa an´alise n´os sugerimos que a di-mens˜ao extra seja tipo-espa¸co, ent˜ao ǫ = +1. A assinatura para o espa¸co-tempo usual em quatro dimens˜oes ´e escolhida como sendo (+ ++), a(t) ´e o fator de escala do usual espa¸co tri-dimensional e Φ(t) ´e o fator de escala da dimens˜ao extra.

Agora, vamos calcular as componentes do tensor energia momento correspondentes ao campo bumblebee Bµ. De maneira similar a [40], n´os escolhemos Bµ na dire¸c˜ao da

dimens˜ao extra, assim, ficamos com

B0 = 0, B1 = 0, B2 = 0, B3 = 0, B4 =B(t). (1.114)

No v´acuo o campo bumblebee deve satisfazer a condi¸c˜aogµνB

(41)

para fornecer o valor m´ınimo para a energia [40]. Entretanto, no caso geral o campo bumblebee pode ser diferente. As componentes n˜ao nulas para o tensor energia momento do campo bumblebee s˜ao

T00(B) =

˙

B2

2Φ2 +

1 2κ

B2

Φ2 −b 2

!2

, (1.115)

T11(B) =

a2(t)

2(1kr2)

" ˙

B2

Φ2 −κ B2

Φ2 −b 2

!2#

, (1.116)

T22(B) = a

2(t)r2

2 " ˙

B2

Φ2 −κ B2

Φ2 −b 2

!2#

, (1.117)

T33(B) = a

2(t)r2sin2θ

2

" ˙

B2

Φ2 −κ B2

Φ2 −b 2

!2#

, (1.118)

T44(B) = −

1 2B˙

2+ 3

B4

Φ2 −κB 2b2

− 12κb4Φ2. (1.119)

Voltando para as equa¸c˜oes de Einstein, e tomando a componente com µ = ν = 0 n´os temos

G00= 8π(T00M +T00B), (1.120)

onde TM

00 =ρ e

G00= 3 a˙

2 a2 +

˙

a˙Φ aΦ

! +3 k

a2. (1.121)

Assim, a correspondente equa¸c˜ao de Einstein toma a forma

˙

a a

!2 +k

a2 +

˙

a˙Φ aΦ =

3 ρ+ 4π

3 " ˙

B2

Φ2 +κ B2

Φ2 −b 2

!2#

. (1.122)

Este ´e o an´alogo em cinco dimens˜oes da equa¸c˜ao de Friedmann envolvendo quebra

es-pontˆanea das simetrias de Lorentz. Podemos verificar que no caso b = 0 eB = 0, isto ´e, sem viola¸c˜ao de Lorentz, essa equa¸c˜ao reproduz os resultados conhecidos [41,42].

Agora, vamos resolver a equa¸c˜ao de Friedmann com quebra espontˆanea das simetrias de Lorentz (1.122). Vamos considerar o caso Φ(t) =const, ou seja, dimens˜ao extra est´atica [42, 43]. Nesta situa¸c˜ao o fator de escala da dimens˜ao extra n˜ao muda, e a evolu¸c˜ao do universo ´e dada pela cosmologia padr˜ao em quatro dimens˜oes. No entanto, os efeitos da

viola¸c˜ao de Lorentz persistem. A equa¸c˜ao (1.122) se torna

˙

a a

!2 +k

a2 =

3 ρ+ 4π

3 " ˙

B2

Φ2 +κ B2

Φ2 −b 2

!2#

. (1.123)

(42)

1.6 Equa¸c˜ao de Friedmann com quebra espontˆanea da simetria de Lorentz 30

campo B. Outra equa¸c˜ao que relaciona essas vari´aveis ´e a lei de conserva¸c˜ao de energia que pode ser encontrada a partir de

∇µTµν = 0. (1.124)

Para a componenteν = 0, usando as propriedades das derivadas covariantes [44], obtemos

∇µTµ0 =∂µTµ0+ ΓµµλTλ0+ Γ0µλTµλ = 0. (1.125)

Os s´ımbolos de Christoffel9 relevantes no caso geral, ou seja, incluindo o caso Φ n˜ao

constante, s˜ao

Γ000 = 0,

Γ110 = Γ220 = Γ330 = a˙

a,

Γ440 = ˙Φ Φ, Γ011 = aa˙

1kr2,

Γ022 = aar˙ 2,

Γ033 = aar˙ 2sin2θ,

Γ044 = Φ ˙Φ. (1.126)

Assim, usando as componentes do tensor energia-momento para o campo bumblebee e os

s´ımbolos de Christoffel em (1.125), n´os obtemos a equa¸c˜ao de conserva¸c˜ao de energia em cinco dimens˜oes com quebra espontˆanea das simetrias de Lorentz

˙

ρ+ 3a˙

a

"

ρ+p+B˙

2

Φ2

# +1

2∂0 "

κ B 2

Φ2 −b 2

!2 +B˙

2

Φ2

# +˙Φ

Φ "

ρ+p+ 2κB 4

Φ4 −2κ B2b2

Φ2

# = 0.

(1.127)

Notamos que para Φ(t) = const e B = 0, temos a equa¸c˜ao de conserva¸c˜ao de energia usual, ˙ρ+ 3aa˙(ρ+p) = 0.

N´os podemos adicionar `as equa¸c˜oes (1.123, 1.127) a equa¸c˜ao de movimento para o

campo B dada por,

¨

BΦ2+ 2κB(B2b2Φ2) + 3a˙

aB˙Φ

2 = 0. (1.128)

O ´ultimo termo nessa equa¸c˜ao ´e gerado pela derivada temporal de √g. Aqui n´os j´a impomos a condi¸c˜ao de dimens˜ao extra est´atica, Φ(t) = const. Ent˜ao, vamos resolver

9

Imagem

Figura 1: Se µ 2 &gt; 0 ⇒ φ = 0 Figura 2: Se µ 2 &lt; 0 ⇒ φ = ± φ 0
Figura 3: Contribui¸c˜oes para o tadpole Π µ
Figura 4: Comportamento da fun¸c˜ao F I (ξ)
Figura 5: Comportamento da fun¸c˜ao F II (ξ)
+7

Referências

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