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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS

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COPEL DISTRIBUIÇÃO

SED – SUPERINTENDÊNCIA DE ENGENHARIA DA DISTRIBUIÇÃO

DNGO – DEPARTAMENTO DE NORMALIZAÇÃO, GEOPROCESSAMENTO E OBRAS

PASTA : Projetos e Orçamentos de Obras de Distribuição TÍTULO : Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição MÓDULO : Participação Financeira do Consumidor

Órgão emissor : SED/DNGO Número: 162803

Data da última revisão: 27/07/2012 Data de publicação: 27/07/2012

MANUAL DE

INSTRUÇÕES

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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS - MIT Título Módulo Folha 28 03 1

TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

INTRODUÇÃO

Este Manual de Instruções Técnicas, em consonância com a legislação vigente no País, estabelece procedimentos para determinação do custo das obras no sistema elétrico da COPEL DISTRIBUIÇÃO, necessárias ao atendimento dos acessantes de carga em sua área de concessão e também àqueles localizados na área de concessão de outras distribuidoras (atendimento à título precário), para fins de elaboração de orçamentos, cálculo do encargo de responsabilidade da distribuidora e definição da participação financeira do consumidor.

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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS - MIT Título Módulo Folha 28 03 2

TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012 Órgão Emissor: SED / DNGO SUMÁRIO 1 - OBJETIVO ... 3

2 - FUNDAMENTAÇÕES LEGAIS E ADMINISTRATIVAS ... 3

3 - DEFINIÇÕES ... 4

4 - RESPONSABILIDADE PELO CUSTEIO DAS OBRAS ... 6

4.1 - Obras de responsabilidade total do interessado ... 7

4.2 - Obras de responsabilidade do interessado, sujeitas a encargo da Copel ... 8

4.3 - Obras de responsabilidade total da Copel ... 9

5 - CRITÉRIOS GERAIS PARA DETERMINAÇÃO DO CUSTO DA OBRA ... 10

6 - CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA DETERMINAÇÃO DO CUSTO DA OBRA ... 14

6.1 - Obras para atendimento a solicitações de ligação nova e aumento de carga de unidades consumidoras do Grupo B e do Grupo A, não enquadradas na universalização ... 14

6.1.1 - Definição da demanda (MUSDERD) para cálculo do Encargo de Responsabilidade da Distribuidora - ERD ... 15

6.1.2 - Cálculo de proporcionalidade para as obras de conexão e definição do Encargo de Reserva de Capacidade - ERC... 16

6.2 - Obras para atendimento a Empreendimentos de Múltiplas Unidades Consumidoras em área urbana ... 21

6.2.1 - Empreendimentos Integrados à Edificação (Edifícios de uso coletivo, agrupamentos e condomínios com edificações) ... 21

6.2.2 - Empreendimentos habitacionais para fins urbanos de interesse social e regularização fundiária de interesse social ... 26

6.2.3 - Demais empreendimentos de múltiplas unidades e regularização fundiária de interesse específico ... 28

6.3 - Obras para deslocamento de estruturas da rede de distribuição ... 29

6.4 - Obras para regularização de danos causados por terceiros ... 30

6.5 - Obras para atendimento a ligações temporárias ... 30

6.6 - Obras para atendimento a ligações transitórias (construções de edificações com prev. de ligação definitiva no mesmo local) ... 30

6.7 - Obras para atendimento a iluminação pública ... 31

6.8 - Obras para atendimento a solicitações de mudança da tensão contratada ... 31

6.9 - Obras para atendimento a solicitações na “área rural” ... 31

6.9.1 - Solicitação de fornecimento individual ou desmembramento de propriedade ... 32

6.9.2 - Parcelamento de solo rural para fins rurais na forma de loteamento ou condomínio ... 32

6.10 - Obras para ampliação ou reforço em subestações ou estações de chaves ... 33

6.11 - Obras para instalação ou substituição de equipamentos especiais ... 34

6.12 - Obras para solução de distúrbios na rede de distribuição, causados por aparelhos de consumidores ... 37

6.13 - Obras para atendimento a unidades consumidoras classificadas como especiais ... 37

6.14 - Obras em área de atuação de cooperativas... 38

6.15 - Obras para atendimento a solicitações de desativação de rede e/ou desconexão de UC ... 38

6.16 - Obras para atendimento pelo Programa Irrigação Noturna... 38

7 - OUTROS PROCEDIMENTOS ... 40

8 - QUADRO DE REVISÕES DO DOCUMENTO ... 43

9 - APROVAÇÃO ... 43

ANEXO 1 - Entradas de Serviço (ESs) e Demanda Máxima de Disjuntores para Fornecimento em Tensão Secundária ... 44

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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS - MIT Título Módulo Folha 28 03 3

TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

1 - OBJETIVO

Estabelecer critérios e procedimentos para determinar o custo das obras no sistema de distribuição de energia elétrica da COPEL, atribuir a responsabilidade pelo custeio das referidas obras, calcular o encargo de responsabilidade da distribuidora e definir o valor da participação financeira do consumidor.

2 - FUNDAMENTAÇÕES LEGAIS E ADMINISTRATIVAS

Os critérios definidos neste Manual estão em consonância com a seguinte legislação:

 Decreto N.º 41.019 de 26/02/1957 - regulamenta os serviços de energia elétrica.

 Decreto N.º 98.335 de 26/10/1989 – altera os artigos 136 a 144 do Decreto 41.019 de 26/02/1957.

 Lei N.º 10.438 de 26/04/2002 – dispõe sobre a universalização do serviço público de energia elétrica, e dá outras providências.

 Resolução ANEEL N.º 223 de 29/04/2003 – estabelece as condições gerais para elaboração dos Planos de Universalização e regulamenta o disposto nos art. 14 e 15 da Lei 10.438 de 26/04/2002.

 Lei N.º 10.762 de 11/11/2003 – altera a Lei 10.438 de 26/04/2002, e dá outras providências.

 NAC 060305 de 31/03/2011 – estabelece critérios e atribuições para definir a participação financeira do consumidor.

 Circular COPEL 050 de 06/07/2009 - estabelece as diretrizes do Programa Irrigação Noturna.

 Resolução ANEEL Nº 395 de 15/12/2009 - aprova os Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional - PRODIST, e dá outras providências.

 Resolução ANEEL Nº 414 de 09/09/2010 - estabelece as Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica.

 Notificação DDI 049 de 22/11/2010 - estabelece as diretrizes para o atendimento a empreendimentos habitacionais para fins urbanos.

 Notificação DDI 053 de 23/12/2010 - estabelece as diretrizes para o atendimento ao sistema de iluminação pública.

 Circular COPEL 114 de 28/12/2010 - estabelece as diretrizes para a utilização do custo médio e a contribuição da COPEL nas obras para atendimento a pedidos de ligação nova ou aumento de carga em unidade consumidora.

 NAC 060306 de 1º/02/2011 - define os componentes de custo e os critérios de cálculo para orçamento de obras em redes de distribuição de energia elétrica.

 Resolução ANEEL Nº 488 de 15/05/2012 - estabelece as condições para revisão dos planos de universalização dos serviços de distribuição de energia elétrica na área rural.

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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS - MIT Título Módulo Folha 28 03 4

TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

3 - DEFINIÇÕES

 ÁREA URBANA: Parcela do território, contínua ou não, incluída no perímetro urbano pelo Plano Diretor ou por lei municipal específica.

 CARGA INSTALADA: Soma das potências nominais dos equipamentos elétricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em funcionamento, expressa em quilowatts (kW).

 CARGA INSTALADA DE ATÉ 50 kW: Na COPEL, será considerado como limite até as ligações trifásicas de 125 Ampères.

 CUSTO TOTAL DA OBRA: É o valor orçado, de acordo com o custo detalhado, considerando os gastos com materiais, mão de obra própria e de terceiros, necessários para a execução das obras.

 DEMANDA: Média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela de carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado, expressa em quilowatts (kW) e quilovolt-ampère-reativo (kVAr), respectivamente.

 DEMANDA CONTRATADA: Demanda de potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela distribuidora, no ponto de entrega, conforme valor e período de vigência fixados em contrato, e que deve ser integralmente paga, seja ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em quilowatts (kW).  DESMEMBRAMENTO: Subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique a abertura de novas vias e logradouros públicos, nem prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

 DISTRIBUIDORA: Agente titular de concessão ou permissão federal para prestar o serviço público de distribuição de energia elétrica.

 EMPREENDIMENTOS DE MÚLTIPLAS UNIDADES CONSUMIDORAS: Loteamentos, edifícios, condomínios e empreendimentos similares para qualquer finalidade, onde cada fração constitui uma unidade consumidora com utilização de energia elétrica de forma independente.

 EMPRENDIMENTOS HABITACIONAIS PARA FINS URBANOS: Loteamentos, desmembramentos, condomínios e outros tipos estabelecidos na forma da legislação em vigor, localizados em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, assim definidas pelo Plano Diretor ou aprovadas por lei municipal.

 EMPRENDIMENTOS HABITACIONAIS PARA FINS URBANOS DE INTERESSE SOCIAL: Empreendimentos habitacionais destinados predominantemente às famílias de baixa renda, em uma das seguintes situações:

a) implantados em zona habitacional declarada por lei como de interesse social; ou

b) promovidos pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios ou suas entidades delegadas, estas autorizadas por lei a implantar projetos de habitação, na forma da legislação em vigor; ou

c) construídos no âmbito de programas habitacionais de interesse social implantados pelo poder público.  EMPRENDIMENTOS INTEGRADOS À EDIFICAÇÃO: Empreendimento em que a construção das edificações nos lotes ou unidades autônomas é feita pelo responsável pela implantação do empreendimento, concomitantemente à implantação das obras de infraestrutura/urbanização.

 ENCARGO DE RESERVA DE CAPACIDADE NO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO - ERC: É a participação da COPEL, quando aplicável, sobre o valor dos materiais que implicam em reserva de capacidade no sistema

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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS - MIT Título Módulo Folha 28 03 5

TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

de distribuição, calculada a partir da proporção entre a demanda a ser acrescida pelo consumidor em relação a capacidade nominal de cada um destes materiais.

 ENCARGO DE RESPONSABILIDADE DA DISTRIBUIDORA – ERD: É a participação da COPEL, quando aplicável, no investimento necessário à realização da obra de atendimento à solicitação do consumidor, calculada a partir da demanda a ser acrescida pelo mesmo no sistema de distribuição.

 ENTRADA DE SERVIÇO (ES): Conjunto de materiais, equipamentos e acessórios situados a partir do ponto de conexão com a rede de distribuição da COPEL até a medição da unidade consumidora, inclusive.  INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA: Conjunto de equipamentos utilizados exclusivamente na prestação do serviço de iluminação pública.

 INTERESSADO: Pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, beneficiária das obras no sistema de distribuição urbano e rural necessárias para o atendimento à sua solicitação.

 LIGAÇÃO TEMPORÁRIA: É o fornecimento provisório destinado ao atendimento de unidades consumidoras de caráter não permanente, tais como festividades, circos, parques de diversão, exposições, obras ou similares, sem previsão de ligação definitiva nesse local ou em prazo inferior a 90 (noventa) dias.  LIGAÇÃO TRANSITÓRIA: É a ligação destinada ao atendimento a construções de edificações com previsão de ligação definitiva no mesmo local, com ou sem projeto elétrico aprovado na área de medição.  LINHA DE DISTRIBUIÇÃO: É a linha trifásica de até 34,5 kV, que serve para suprir as redes de municípios e localidades urbanizadas, a partir de uma subestação, de uma usina ou de outra localidade.  LINHA DE SUBTRANSMISSÃO: É a linha de até 138 kV destinada ao transporte de energia entre duas subestações (SEs), alimentando ou não consumidores entre elas.

 LOTE: Terreno servido de infraestrutura básica, cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo Plano Diretor ou lei municipal para a zona em que se situe.

 LOTEAMENTO: Subdivisão de gleba de terreno em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes, cujo projeto tenha sido devidamente aprovado pela respectiva Prefeitura Municipal.

 OBRA DE AMPLIAÇÃO/CONEXÃO: É o trecho de linha de subtransmissão, distribuição ou rede de distribuição urbana ou rural, construído a partir do ponto de conexão com o sistema existente, onde tem início a ampliação, visando possibilitar a efetivação de uma ou mais ligações de unidades consumidoras.

 OBRA DE REFORÇO: É a modificação das características elétricas de um determinado trecho de rede urbana ou rural existente, aumentando a capacidade do sistema elétrico, visando possibilitar o atendimento à pedidos de aumento de carga ou novas ligações de unidades consumidoras.

 OBRA DE MELHORIA: É a obra destinada a melhorar e/ou restabelecer as características elétricas de um determinado trecho de rede, visando o fornecimento de energia em nível adequado de qualidade e continuidade regulamentados.

 OBRA DE REFORMA: É a obra destinada a melhorar e/ou restabelecer as características físicas e mecânicas de um determinado trecho de rede, visando garantir aspectos de segurança, estética e padronização.

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TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

 PARTICIPAÇÃO FINANCEIRA DO CONSUMIDOR: É a participação do consumidor, quando aplicável, no custo da obra para seu atendimento ou a ele atribuível.

 PONTO DE CONEXÃO: É o ponto do sistema de distribuição existente mais próximo da unidade consumidora, respeitando-se o traçado da rede na tensão de fornecimento. Para efeito de definição do custo da obra para o interessado, o ponto de conexão será o definido neste item, mesmo que por conveniência técnica tenha ele, fisicamente, ocorrido em outro ponto.

 PONTO DE ENTREGA: Ponto de conexão do sistema elétrico da distribuidora com as instalações elétricas da unidade consumidora, caracterizando-se como o limite de responsabilidade do fornecimento.  RAMAL PROVISÓRIO: É a ampliação da rede urbana ou rural, quando destinada ao atendimento de ligação temporária.

 REDE OU SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO: É o conjunto de postes, condutores, isoladores, transformadores de distribuição e demais equipamentos e acessórios necessários à distribuição de energia elétrica em tensão de até 34,5 kV, localizado na área urbana (sedes municipais, distritos, vilas, povoados rurais) ou na área rural.

 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE INTERESSE ESPECÍFICO: Regularização fundiária quando não caracterizado o interesse social.

 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE INTERESSE SOCIAL: Regularização fundiária de ocupações inseridas em parcelamentos informais ou irregulares, localizadas em áreas urbanas públicas ou privadas, utilizadas predominantemente para fins de moradia por população de baixa renda, na forma da legislação em vigor.

 TENSÃO CONTRATADA: Valor eficaz de tensão que deverá ser informado ao consumidor por escrito, ou estabelecido em contrato, expresso em volts ou quilovolts.

 TENSÃO PRIMÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO: Tensão disponibilizada no sistema elétrico da distribuidora, com valores padronizados iguais ou superiores a 2,3 kV.

 TENSÃO SECUNDÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO: Tensão disponibilizada no sistema elétrico da distribuidora, com valores padronizados inferiores a 2,3 kV.

 UNIDADE CONSUMIDORA: Conjunto composto por instalações, ramal de entrada, equipamentos elétricos, condutores e acessórios, incluída a subestação, quando do fornecimento em tensão primária, caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em apenas um ponto de entrega, com medição individualizada, correspondente a um único consumidor e localizado em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas.

 ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL (ZEIS): Área urbana instituída pelo Plano Diretor ou definida por outra lei municipal, destinada predominantemente à moradia de população de baixa renda e sujeita a regras específicas de parcelamento, uso e ocupação do solo.

4 - RESPONSABILIDADE PELO CUSTEIO DAS OBRAS

A seguir se atribue, de forma genérica, a responsabilidade pelo custeio das obras. Porém, estas e outras situações são detalhadas no item 6 deste Manual, devendo o mesmo ser consultado quando da elaboração do orçamento e decisão sobre a responsabilidade pelo ônus da obra. Devem ser consideradas, ainda, as

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TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

disposições específicas dos programas de eletrificação rural ou outros programas sociais relacionados ao assunto.

4.1 - OBRAS DE RESPONSABILIDADE TOTAL DO INTERESSADO É de responsabilidade total do interessado o custeio das obras relativas à:

a) Ampliação de rede de distribuição, exclusiva e/ou de reserva;

b) Melhoria de qualidade e/ou continuidade de fornecimento a níveis superiores aos fixados pela ANEEL ou em condições especiais não exigidas pelas disposições regulamentares;

c) Melhoria de aspectos estéticos;

d) Deslocamento de estruturas da rede de distribuição, conforme critérios fixados no item 6.3 deste Manual; e) Regularização de danos causados por terceiros na rede de distribuição, conforme critérios fixados no item 6.4 deste Manual;

f) Ligações temporárias para atendimento a unidades consumidoras de caráter não permanente, nas condições estabelecidas no item 6.5 deste Manual;

g) Instalação e substituição de iluminação pública, conforme critérios fixados no item 6.7 deste Manual; h) Pedidos de fornecimento à lotes situados em loteamentos, condomínios e outros tipos de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras destinados a qualquer finalidade e na regularização fundiária que não sejam de interesse social, nas condições estabelecidas no item 6.2 deste Manual;

i) Pedidos de ampliação, reforço ou reforma da rede de distribuição para possibilitar a instalação de cabos ou equipamentos de terceiros (compartilhamento de estruturas);

j) Pedidos de interesse exclusivo do consumidor, como: solicitação de mudança de Tensão Contratada, sem aumento de carga (conforme item 6.8); mudança do local da entrada de serviço em uma mesma unidade consumidora; mudança de local do ponto de atendimento rural; solicitação de atendimento em propriedade sem “unidade consumidora”, nos termos do item 3 deste Manual (Definições);

k) Solução de distúrbios na rede de distribuição, causados por aparelhos de consumidores, conforme critérios fixados no item 6.12 deste Manual;

l) Obras para atendimento à unidades consumidoras classificadas como especiais no MIC - Título 03, Módulo 05, conforme critério fixado no item 6.13 deste Manual.

NOTA:

O atendimento aos subitens "a", "b", "c", "d", "f", "i" e "j" dependerá, também, da verificação pela COPEL da conveniência técnica e econômica para sua efetivação.

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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS - MIT Título Módulo Folha 28 03 8

TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

4.2 - OBRAS DE RESPONSABILIDADE DO INTERESSADO, SUJEITAS A ENCARGO DA COPEL É de responsabilidade do interessado, porém sujeitas a Encargo da COPEL, as seguintes situações:

a) Atendimento à unidades consumidoras enquadradas no Grupo B, com carga instalada superior a 50 kW ou atendidas em tensão maior que 2,3 kV, nas condições estabelecidas no item 6.1 deste Manual;

b) Atendimento à unidades consumidoras enquadradas no Grupo A, nas condições estabelecidas no item 6.1 deste Manual;

c) Solicitações de aumento de carga em unidade consumidora enquadrada no Grupo B, em que a carga instalada após o aumento seja superior a 50 kW, conforme critérios fixados no item 6.1 deste Manual;

d) Solicitações de aumento de carga em unidade consumidora enquadrada no Grupo B, em que a carga instalada após o aumento seja igual ou inferior a 50 kW, mas seja necessária complementação de fases na rede primária, conforme critérios fixados no item 6.1 deste Manual;

e) Atendimento à unidade consumidora adicional (2º ponto de entrega ou agrupamento de medições) em propriedade já atendida com energia elétrica, independentemente da tensão de atendimento e da carga instalada. Enquadra-se nesse item, ainda, o atendimento a ligação adicional para instalações de combate a incêndio (bomba de incêndio);

f) Atendimento à ligações transitórias enquadradas no Grupo B, com carga instalada superior a 50 kW ou atendidas em tensão maior que 2,3kV, ou no Grupo A, nas condições estabelecidas no item 6.6 deste Manual;

g) Atendimento a unidades consumidoras situadas em loteamentos e outros tipos de empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras destinadas a qualquer finalidade e na regularização fundiária que não sejam de interesse social, desde que já estejam edificadas e em condições de ligação quando da elaboração do orçamento da obra de conexão pela Copel, nas condições estabelecidas no item 6.2 deste Manual;

h) Atendimento a unidades consumidoras situadas em empreendimentos integrados à edificação (Ex: condomínios, edifícios, etc.), nas condições estabelecidas no item 6.2 deste Manual.

i) Atendimento à condomínios industriais empreendidos diretamente pelas Prefeituras Municipais, nas condições estabelecidas na Circular 019/07.

NOTA:

Para os atendimentos constantes nos subitens “g” e “h”, o valor do Encargo de Responsabilidade da Distribuidora - ERD será sempre limitado ao orçamento da obra de conexão (fora do empreendimento) atribuível ao interessado.

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Órgão Emissor: SED / DNGO

4.3 - OBRAS DE RESPONSABILIDADE TOTAL DA COPEL

É de responsabilidade total da COPEL o custeio das obras relativas a:

a) Atendimento a solicitações de nova ligação para unidade consumidora que se caracterize como definitiva, localizada em propriedade ainda não atendida, cuja carga instalada seja menor ou igual a 50 kW, com enquadramento no Grupo B, atendida em até 2,3 kV, ainda que seja necessário realizar extensão e/ou reforço na rede em tensão primária de distribuição, inclusive adição de fases. Enquadram-se nestas condições inclusive o atendimento a poços artesianos e sistemas de irrigação, quando caracterizados como primeira ligação na propriedade;

• Em atendimentos na área rural, devem ser observadas, ainda, as disposições do item 6.9 quanto ao padrão de rede monofásica.

b) Atendimento a solicitações de aumento de carga para unidade consumidora com enquadramento no Grupo B, cuja carga instalada após o aumento não ultrapasse 50 kW e não seja necessário realizar complementação de fases na rede primária;

c) Atendimento a ligações transitórias cuja carga instalada seja menor ou igual a 50 kW, com enquadramento no Grupo B, atendida em até 2,3 kV, nas condições estabelecidas no item 6.6 deste Manual.

d) Atendimento à empreendimentos habitacionais para fins urbanos de interesse social e na regularização fundiária de interesse social, destinados às famílias de baixa renda e localizados em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização específica, nas condições estabelecidas no item 6.2 deste Manual;

• Enquadram-se também nessa situação os empreendimentos habitacionais em área rural ou em área indígena que façam parte de programas sociais diretamente empreendidos pela Companhia Habitacional do Estado (Cohapar) ou Prefeituras e Companhias Habitacionais Municipais.

e) Obras de melhoria de rede para atendimento aos níveis de continuidade e de qualidade dos serviços, fixados pela ANEEL;

f) Obras de reforma de rede para o restabelecimento das condições físicas e mecânicas dos elementos do sistema elétrico, bem como a sua adequação aos padrões da COPEL;

• Enquadram-se nessa situação, ainda, as obras necessárias para a retirada de estais de âncora, em área urbana ou rural.

g) Programa Social de Eletrificação Rural, nas condições estabelecidas no item 6.9 deste Manual;

h) Programas de investimento da COPEL, por sua iniciativa (exemplo: PO, TAC, DEC/FEC, Luz Legal, etc.);

i) Regularização de cabines de medição existentes com atendimento a unidades consumidoras do grupo B, as quais estejam atendidas através de transformador particular, de acordo com as definições das NTCs 901100 – Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição, e 901110 – Atendimento a Edificações de Uso Coletivo;

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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS - MIT Título Módulo Folha 28 03 10

TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

j) Parcelamentos de solo rural para fins rurais promovidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, ou vinculados ao Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF ou “Banco da Terra”, mediante comprovação pelo interessado, nas condições estabelecidas no item 6.9 deste Manual, subitem 6.9.2.

5 - CRITÉRIOS GERAIS PARA DETERMINAÇÃO DO CUSTO DA OBRA

5.1 - O orçamento das obras deverá refletir todo o custo que se fizer necessário, em quaisquer níveis de tensão. Ou seja, o custo das obras em nível de tensão superior ao nível de tensão da unidade consumidora também deve compor o orçamento.

5.2 - Na elaboração de orçamentos para obras em linhas de subtransmissão, distribuição ou redes de distribuição, aérea ou subterrânea, as obras de conexão deverão seguir o critério de mínimo dimensionamento técnico possível e menor custo global, observadas as normas e padrões da COPEL e os padrões de qualidade da prestação do serviço. Ainda, a partir da alternativa de menor custo e para informação da participação financeira ao solicitante, deve-se proporcionalizar individualmente os itens que impliquem em reserva de capacidade no sistema (condutores, transformadores de força/distribuição, bancos de capacitores e reatores, reguladores de tensão, chaves de operação sob carga e religadores), considerando o somatório das demandas previstas a serem atendidas ou acrescidas, no caso de aumento de carga, e a demanda estimada a ser disponibilizada pelo respectivo item do orçamento. Os demais itens constantes no orçamento (materiais que não impliquem em reserva de capacidade no sistema, mão de obra, etc.) terão seus custos atribuídos integralmente ao solicitante.

5.2.1 - A proporcionalização de que trata o item anterior não deve ser aplicada nas seguintes situações: a) Sobre itens como estruturas, postes, torres e demais bens, materiais, equipamentos, instalações e

serviços não relacionados diretamente com a disponibilização de reserva de capacidade no sistema.

b) Sobre os custos de mão de obra de qualquer natureza constantes no orçamento.

c) Sobre materiais e equipamentos destinados a atendimento exclusivo do interessado (Ex: redes internas de loteamentos, condomínios e demais empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras).

d) Solicitações que não resultem em acréscimo de demanda do interessado, mesmo nos casos de mudança de tensão contratada.

e) Obras de responsabilidade total do interessado, conforme disposto no item 4.1 deste Manual.

f) Solicitações em que no resultado da orçamentação se verifique a não cobrança dos materiais do interessado (valor dos materiais salvados no projeto igual ou superior ao dos materiais instalados).

g) Sobre o orçamento da obra de conexão destinada ao atendimento de loteamentos ou demais empreendimentos com comercialização exclusiva de lotes.

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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS - MIT Título Módulo Folha 28 03 11

TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

5.3 - O valor do custo das obras em redes de distribuição para atender solicitações de clientes externos deverá ser determinado através do custo detalhado, exceção feita para os casos onde está prevista, neste Manual, a aplicação do custo médio. Nos casos de estimativas de valores para obras em redes de distribuição com finalidade de uso interno (estudos para obras do planejamento, melhorias, etc.) ou com a finalidade de auxiliar clientes (exemplo: acessantes de geração), desde que esses valores não se traduzam em compromisso, poderão ser estimados através do custo médio, se houver.

5.4 - Nos orçamentos através do custo detalhado, o valor da mão de obra considerada para construção será determinado com base na Unidade de Serviço (US) de referência.

5.5 - Nas obras onde houver desmontagem de rede, o custo do material salvado deverá ser reduzido em 20% e subtraído do material aplicado, até o limite deste.

5.6 - O projeto da obra e seu custo correspondente, para fins de determinação da participação financeira do consumidor, deverá compatibilizar a carga do solicitante com as normas e padrões da COPEL, de modo a refletir, especificamente, as necessidades do seu atendimento.

5.7 - Por ocasião do atendimento de um pedido de ligação ou aumento de carga, deverá ser observado, primeiramente, se a rede está em condições normais de operação, ou seja, com os níveis adequados de carregamento (máximo de 100% da potência nominal do transformador de distribuição) e queda de tensão (tensão mínima de 116 V). Caso não esteja, faz-se um anteprojeto para restabelecer as condições normais. A partir daí acrescenta-se a carga referente ao pedido de ligação ou aumento de carga e se verifica a necessidade ou não de obras adicionais na rede, sendo somente esta última considerada para o cálculo da participação financeira do consumidor.

5.8 - Quando ocorrer, em um mesmo projeto, mais de uma das situações de custeio (integral da COPEL, integral do interessado e do interessado com Encargo da COPEL), os custos deverão ser determinados levando-se em conta, em primeiro lugar, a obra de responsabilidade integral da COPEL para posteriormente determinar o custo correspondente ao interessado.

5.9 - Quando houver mais de uma alternativa de projeto para atendimento à unidade consumidora, será repassado ao interessado o orçamento da alternativa de menor valor, desde que respeitados os padrões técnicos e de segurança, mesmo que a COPEL opte, na execução, por alternativa mais onerosa.

5.10 - Para a elaboração do projeto a partir do qual será calculado o orçamento para o interessado, a distância compreendida entre o ponto de conexão e a entrada de serviço da unidade consumidora deverá ser a menor, respeitando-se o traçado da rede e os padrões técnicos e de segurança. Na indefinição do ponto da entrada de serviço, será considerado o meio do lote.

5.11 - Os custos referentes ao ramal de ligação e os equipamentos de medição, inclusive os acessórios e a mão de obra necessários às suas instalações, não serão considerados no orçamento para o consumidor.

NOTA:

No caso do ramal de ligação onde o sistema de distribuição da COPEL é aéreo, se o consumidor desejar ser atendido por ramal de ligação subterrâneo ou for o causador da necessidade em ser atendido desta forma (ex: impossibilidade de ancorar ramal aéreo em fachada ou poste auxiliar, conforme disposições da

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NTC 901100 - Fornecimento em Tensão Secundária de Distribuição), os custos adicionais desta instalação serão de sua total responsabilidade.

5.12 - Nos orçamentos para atendimento a solicitação de consumidor não será considerada a distância real entre o local da obra e as sedes de almoxarifados da COPEL, mas tal atividade deverá estar prevista em sua composição.

NOTAS:

1 - Na emissão da Ordem em Curso, a área deverá considerar a distância, em quilômetros, dos almoxarifados da COPEL, bem como a atividade de deslocamento de pessoal, cujos cálculos são realizados automaticamente pelo Sistema de Gestão da Distribuição - Obras (GD-Obras).

2 - Quando a obra for vinculada a várias ordens em curso (ODI, ODD, ODS), a distância real deverá ser considerada na ordem em curso principal. Às demais, atribuir distância “zero”.

3 - Na elaboração do orçamento ao consumidor não deverão ser incluídos os códigos de atividades de serviços de linha viva e de desligamento em domingo ou feriado, os quais deverão ser complementados, quando necessário, para emissão da Ordem em Curso.

4 - Para fins de orçamento, o custo relativo ao deslocamento de pessoal, transporte dos materiais, serviços de linha viva e desligamento em domingo ou feriado será obtido aplicando-se o percentual de 11% sobre o custo total da obra.

5.13 - O orçamento será composto das seguintes rubricas: (+) material aplicado

(+) mão de obra de terceiros (+) mão de obra própria (+) remoção (desmontagem)

(-) material salvado (retirados da rede existente, limitado ao valor do material aplicado)

5.14 - A carta-orçamento a ser enviada ao interessado apresentará a seguinte composição, conforme sua aplicação a cada caso:

(+) Custo total da obra

(-) Encargo de Reserva de Capacidade no sistema de distribuição - ERC (=) Custo da obra para atendimento ao interessado

(-) Encargo de Responsabilidade da Distribuidora - ERD (=) Participação Financeira do Interessado

5.15 - Para as solicitações que sejam necessárias obras no tronco do alimentador ou na subestação deverá ser consultada a área de Planejamento da Superintendência de Engenharia da Distribuição, de forma a se compatibilizar a obra de atendimento ao solicitante com as obras de sistema planejadas e aprovadas no horizonte de 2 anos. Nos casos em que houver obra planejada compatível à obra necessária para atendimento à solicitação do consumidor, a participação financeira corresponderá ao menor dos seguintes valores:

a) Custo da obra, deduzido do Encargo da COPEL, calculado na forma estabelecida no item 6.1 deste Manual; ou

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WACC = 7,5% (Custo Médio Ponderado de Capital do negócio de distribuição, em porcentagem, estabelecido na última revisão tarifária).

n = período, em anos, de antecipação da obra. CO = custo da obra.

 Exemplo de cálculo do custo da antecipação do investimento: Ano corrente = 2012

Ano da obra planejada = 2014 Custo da obra = R$ 1.000.000,00

Custo da antecipação = {[(7,5 / 100) + 1)2 x 1.000.000] - 1.000.000} = R$ 155.625,00

5.16 - Quando o interessado solicitar o desligamento da unidade consumidora ou redução da demanda contratada em prazo inferior ao definido em contrato, contados da data da ligação da UC, deverá ser recalculado o valor de Encargo da Copel e a consequente participação financeira do consumidor, tomando-se por referência os valores e orçamento vigentes à época do cálculo de sua participação financeira, como segue:

 Exemplo 1 – desligamento da UC: Período com a UC ligada = 8 meses

Valor ERD final = [ (Valor ERD inicial / 12) x 8 ]

Valor a ser restituído à Copel = (Valor ERD inicial – Valor ERD final )

 Exemplo 2 – redução da demanda da UC:

Demanda prevista para um contrato de 24 meses = 1.000kW Demanda nos 18 meses iniciais = 1.000kW

Demanda nos 6 meses finais = 400kW

O cálculo do ERD final deve considerar a demanda média ponderada, logo: Demanda para ERD final = [ ( 1.000 x 18 + 400 x 6 ) / 24 ] = 850kW

Valor a ser restituído à Copel = ( Valor ERD inicial – Valor ERD final )

NOTAS:

1 - Nenhum valor deverá ser restituído à Copel pelo interessado quando o valor do “ERD final” for maior que o Custo da Obra, mesmo havendo o desligamento da UC ou redução da demanda antes do período definido em contrato.

2 - Ao recalcular a participação financeira para definição do valor a ser restituído à Copel, deverá ser considerado, ainda, o recálculo do valor referente ao Encargo de Reserva de Capacidade - ERC, quando houver.

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3 - O disposto nesse item não se aplica nos casos de atendimentos realizados para consumidores enquadrados nos critérios de universalização.

6 - CRITÉRIOS ESPECÍFICOS PARA DETERMINAÇÃO DO CUSTO DA OBRA

6.1 - Obras para atendimento a solicitações de ligação nova e aumento de carga de unidades consumidoras do Grupo B e do Grupo A, não enquadradas na universalização

Os pedidos de ligação nova e aumento de carga do Grupo B (exceto B4 - iluminação pública - conforme item 6.7) não enquadrados na universalização, e do Grupo A, são passíveis de Encargo da COPEL. Assim, a participação financeira do consumidor será a diferença positiva entre o custo da obra atribuível ao interessado, conforme critérios constantes no item 5.2 deste Manual, e o Encargo de Responsabilidade da Distribuidora - ERD sendo, este último, determinado pela seguinte equação:

ERD = MUSDERD x K

Onde:

 MUSDERD = montante de uso do sistema de distribuição, correspondente à demanda total a ser atendida

ou acrescida para o cálculo do ERD, expresso em quilowatt (kW);

 K = fator de cálculo do ERD, calculado pela seguinte equação: K = 12 x (TUSD Fio BFP) x (1-α) x 1 _

FRC

Onde:

 TUSD Fio BFP = parcela da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição no posto tarifário fora de ponta,

composta pelos custos regulatórios decorrentes do uso dos ativos de propriedade da própria distribuidora, que remunera o investimento, o custo de operação e manutenção e a depreciação dos ativos, em Reais por quilowatt (R$/kW);

 α = relação entre os custos de operação e manutenção, vinculados diretamente à prestação do serviço de distribuição de energia elétrica, como pessoal, material, serviços de terceiros e outras despesas, e os custos gerenciáveis totais da distribuidora - Parcela B, definidos na última revisão tarifária;

 FRC = fator de recuperação do capital que traz a valor presente a receita uniforme prevista, considerando uma taxa de retorno "i" adequada de investimentos definida pelo Custo Médio Ponderado do Capital (WACC) acrescido da carga tributária, e um período de vida útil “n” , em anos, associado à taxa de depreciação percentual anual "d", ambos definidos na última revisão tarifária.

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6.1.1 – Definição da demanda (MUSDERD) para cálculo do Encargo de Responsabilidade da Distribuidora - ERD

a) Para unidade consumidora com faturamento pelo Grupo B, o MUSDERD é a demanda, em kW, obtida

por meio da aplicação do fator de potência para unidades consumidoras (0,92) sobre a demanda máxima do disjuntor, fixada na NTC 901100 - Fornecimento em Tensão Secundária.

 Exemplo 1 - ligação nova:

UC do Grupo B = ES 3x200A (equivalente à demanda de 76kVA) Fator de Potência da unidade consumidora = 0,92

Demanda considerada no cálculo do ERD = (76 x 0,92) = 70kW

 Exemplo 2 - aumento de carga:

UC do Grupo B = ES "existente" 3x50A (equivalente à demanda de 19kVA) UC do Grupo B = ES "pretendida" 3x150A (equivalente à demanda de 57kVA) Fator de Potência da unidade consumidora = 0,92

Demanda considerada no cálculo do ERD = (57 - 19) x 0,92 = 35kW

 Exemplo 3 - ligação Grupo A, com opção de faturamento pelo Grupo B:

Consumidor apresenta projeto à área de Medição onde prevê demanda de 100kVA, com opção pelo TR de 112,5kVA:

1) Na tensão 220/127V:

ES 3x300A, equivalente à demanda de 114kVA (300 x 220 x 1,73 / 1000; onde 1,73 = raiz de 3)

Fator de Potência da unidade consumidora = 0,92

Demanda considerada no cálculo do ERD = (114 x 0,92) = 105kW

2) Na tensão 380/220V:

ES 3x175A, equivalente à demanda de 115kVA (175 x 380 x 1,73 / 1000; onde 1,73 = raiz de 3)

Fator de Potência da unidade consumidora = 0,92

Demanda considerada no cálculo do ERD = (115 x 0,92) = 106kW

NOTA:

O dimensionamento das Entradas de Serviço (ESs) nesse exemplo em função da potência do transformador foi efetuado conforme especificações da Tabela 8.1 da NTC 903100 – Fornecimento em Tensão Primária. Ainda, devido a opção do cliente por faturamento pelo Grupo B, o ERD calculado deve ser limitado ao menor custo entre o valor da obra necessária para o padrão normal de atendimento em média tensão (Ex: construção de estrutura de derivação.) e o atendimento realizado em baixa tensão.

b) Para unidade consumidora com faturamento pelo Grupo A, o MUSDERD é a demanda contratada, em

kW, se enquadrada na modalidade tarifária convencional binômia ou horária verde, a demanda contratada no posto tarifário fora de ponta, se enquadrada na modalidade tarifária horária azul ou o valor do uso contratado para seguimento fora de ponta, devendo ser feita a média ponderada caso tenham sido contratados valores mensais diferenciados para o período de vigência do contrato.

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Órgão Emissor: SED / DNGO  Exemplo de cálculo da média ponderada das demandas:

Período do contrato = 24 meses

Demanda contratada = 500kW nos primeiros 8 meses, 800kW nos 10 meses seguintes e 1200kW nos últimos 6 meses do período contratado

Demanda média considerada no cálculo do ERD = [(500x8 + 800x10 + 1200x6)/24] = 800kW

6.1.2 – Cálculo de proporcionalidade para as obras de conexão e definição do Encargo de Reserva de Capacidade - ERC

Na elaboração do orçamento da obra de conexão com o sistema de distribuição existente, deve-se proporcionalizar individualmente os itens que impliquem em reserva de capacidade no sistema, conforme disposto no item 5.2 deste Manual, considerando o somatório das demandas previstas a serem atendidas ou acrescidas, no caso de aumento de carga, e a demanda estimada a ser disponibilizada pelo respectivo item do orçamento.

Realizado o cálculo da proporcionalidade, a parcela do custo destes materiais atribuível à COPEL será denominada Encargo de Reserva de Capacidade - ERC.

Os demais itens constantes no orçamento (materiais que não impliquem em reserva de capacidade no sistema, mão de obra, etc.) terão seus custos atribuídos integralmente ao solicitante.

a) Exemplos de cálculo de proporcionalidade Grupo B:

a.1) Ligação nova ES 3x150A (equivalente à demanda de 57kVA)

Obra necessária → Reforço de rede com instalação de novo transformador trifásico de 75kVA 13,2kV e ampliação de rede secundária isolada com cabo multiplexado 3x70(70)Q.

Demanda a ser disponibilizada pelo transformador = 75kVA Custo do transformador 75kVA 13,2kV = R$ 7.000,00

Proporcionalidade do custo do transformador de distribuição atribuível ao interessado = (Demanda do cliente a ser atendida / Potência do TR a instalar) x 100 = (57kVA / 75kVA) x 100 = 76%

Custo do transformador atribuível ao interessado = (R$ 7.000,00 x 76%) = R$ 5.320,00 ERC do transformador atribuível à Copel = (R$ 7.000,00 - R$ 5.320,00) = R$ 1.680,00

Demanda estimada do cabo 3x70(70)Q a instalar = 82kVA Custo do cabo instalado no projeto = R$ 800,00

Proporcionalidade do custo do cabo atribuível ao interessado = (Demanda do cliente a ser atendida / Demanda estimada do cabo instalado) x 100 = (57kVA / 82kVA) x 100 = 69,5%

Custo do cabo instalado atribuível ao interessado = (R$ 800,00 x 69,5%) = R$ 556,00 ERC do cabo atribuível à Copel = (R$ 800,00 - R$ 556,00) = R$ 244,00

a.2) Aumento de carga de 3x80A para 3x200A Demanda atual (ES 3x80A) = 30kVA

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Órgão Emissor: SED / DNGO Demanda pretendida (ES 3x200A) = 76kVA

Aumento de demanda a considerar = (76kVA – 30kVA) = 46kVA

Obra necessária → Substituição de transformador trifásico de 30kVA por 3x75kVA.

Demanda estimada a ser disponibilizada no sistema = (Potência TR a instalar – Potência TR a retirar) = (75kVA – 30kVA) = 45kVA

Como a demanda acrescida pelo interessado é superior à demanda a ser disponibilizada no sistema, então não deverá ser aplicado o cálculo de proporcionalidade sobre este item do orçamento.

a.3) Aumento de carga de 2x100A para 3x63A Demanda atual (ES 2x100A - 254V) = 25kVA Demanda pretendida (ES 3x63A) = 24kVA

Como não há demanda acrescida pelo interessado, então não deverá ser aplicado o cálculo de proporcionalidade no orçamento (custo total do interessado).

a.4) Aumento de carga de 2x70A para 3x175A Demanda atual (ES 2x70A - 254V) = 18kVA Demanda pretendida (ES 3x175A) = 67kVA

Aumento de demanda a considerar = (67kVA – 18kVA) = 49kVA

Obra necessária → Reforço de rede com 0,7km de complementação de fases 04CAA 34,5kV (trecho 1), ampliação de 0,2km de rede 3x04CAA 34,5kV (trecho 2), e substituição de transformador monofásico 15kVA 19,05kV por trifásico de 75kVA 33kV.

Demanda estimada a ser disponibilizada pelo transformador = (Potência TR a instalar – Potência TR a retirar) = (75kVA – 15kVA) = 60kVA

Custo do transformador 75kVA 33kV a instalar = R$ 7.200,00

Proporcionalidade do custo do transformador de distribuição atribuível ao interessado = (Demanda do cliente a ser acrescida / Demanda estimada do transformador acrescida no sistema) x 100 = (49kVA / 60kVA) x 100 = 81,7%

Custo do transformador atribuível ao interessado = (R$ 7.200,00 x 81,7%) = R$ 5.882,40 ERC do transformador atribuível à Copel = (R$ 7.200,00 - R$ 5.882,40) = R$ 1.317,60

Demanda estimada inicial no trecho monofásico existente (Trecho 1 - 1x04CAA 19,9kV) = 2.311kVA Demanda estimada final após complementação de fases (Trecho 1 - 3x04CAA 34,5kV) = 6.932kVA

Demanda estimada no trecho de ampliação de rede (Trecho 2 - 3x04CAA 34,5kV) = 6.932kVA

Custo dos cabos instalados no projeto (complementação de fases + ampliação) = R$ 1.600,00

Como na obra com complementação de fases e ampliação as demandas disponibilizadas em cada trecho são diferentes, então deve-se utilizar o método da média ponderada para definição da demanda

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Órgão Emissor: SED / DNGO

estimada a ser disponibilizada no sistema de média tensão, considerando o km de rede projetado, conforme abaixo:

Aumento estimado da demanda no sistema de média tensão = {[(Dem. Final Trecho 1 – Dem. Inicial Trecho 1) x km Rede Trecho 1] + (Dem. Trecho 2 x km Rede Trecho 2)} / (km Rede Trecho 1 + km Rede Trecho 2)

= {[(6.932kVA – 2.311kVA) x 0,7km] + (6.932kVA x 0,2km)} / (0,7km + 0,2km) = 5.135kVA

Proporcionalidade do custo dos cabos atribuível ao interessado = (Demanda do cliente a ser acrescida / Demanda estimada dos cabos acrescida no sistema de média tensão) x 100 = (49kVA / 5.135kVA) x 100 = 1,0%

Custo dos cabos instalados no projeto atribuível ao interessado = (R$ 1.600,00 x 1,0%) = R$ 16,00 ERC dos cabos atribuível à Copel = (R$ 1.600,00 - R$ 16,00) = R$ 1.584,00

a.5) Ligação nova ES 3x63A (equivalente à demanda de 24kVA) – 2º ponto

Obra necessária → Reforço de rede com substituição de 0,105km de rede secundária com cabos 3x02(02)CA por 3x70(70)Q (trecho 1), e ampliação de 0,07km de rede secundária com cabos 3x70(70)Q (trecho 2).

Demanda estimada inicial no trecho 1 - cabos 3x02(02)CA = 58kVA Demanda estimada final no trecho 1 - cabo 3x70(70)Q = 82kVA

Demanda estimada no trecho 2 - ampliação cabo 3x70(70)Q = 82kVA

Custo do cabo 3x70(70)Q instalado no projeto = R$ 1.970,00

Como na obra com substituição de condutores e ampliação as demandas disponibilizadas em cada trecho são diferentes, então deve-se utilizar o método da média ponderada para definição da demanda estimada a ser disponibilizada no sistema de baixa tensão, considerando o km de rede projetado, conforme abaixo:

Aumento estimado da demanda no sistema de baixa tensão = {[(Dem. Final Trecho 1 – Dem. Inicial Trecho 1) x km Rede Trecho 1] + (Dem. Trecho 2 x km Rede Trecho 2)} / (km Rede Trecho 1 + km Rede Trecho 2)

= {[(82kVA – 58kVA) x 0,105km] + (82kVA x 0,07km)} / (0,105km + 0,07km) = 47kVA

Proporcionalidade do custo dos cabos atribuível ao interessado = (Demanda do cliente a ser atendida / Demanda estimada dos cabos acrescida no sistema de baixa tensão) x 100 = (24kVA / 47kVA) x 100 = 51,1%

Custo dos cabos atribuível ao interessado = (R$ 1.970,00 x 51,1%) = R$ 1.006,67 ERC dos cabos atribuível à Copel = (R$ 1.970,00 - R$ 1.006,67) = R$ 963,33

b) Exemplos de cálculo de proporcionalidade Grupo A: b.1) Aumento de carga

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Órgão Emissor: SED / DNGO Demanda pretendida = 5.500kW

Aumento de demanda a considerar = (5.500kW – 2.500kW) = 3.000kW Fator de Potência da unidade consumidora = 0,92

Obra necessária para o atendimento → Substituição de cabos 3 x 2/0CAA 34,5kV por 4/0CAA (trecho de 8km).

Demanda estimada do cabo atual (2/0CAA) = 14.282kVA Demanda estimada do novo cabo (4/0CAA) = 19.122kVA Custo dos cabos a instalar (3x4/0CAA) = R$ 88.700,00

Aumento estimado da demanda a ser disponibilizada no sistema de média tensão = (19.122 – 14.282) = 4.840kVA

Proporcionalidade do custo dos cabos atribuível ao interessado = (Demanda do cliente a ser acrescida / Demanda estimada dos cabos acrescida no sistema de média tensão) = [(3.000kW / 0,92) / 4.840kVA] x 100 = 67,4%

Custo dos cabos atribuível ao interessado = (R$ 88.700,00 x 67,4%) = R$ 59.783,80 ERC dos cabos atribuível à Copel = (R$ 88.700,00 - R$ 59.783,80) = R$ 28.916,20

b.2) Ligação nova

Demanda pretendida = 2.000kW

Fator de Potência da unidade consumidora = 0,92

Obras necessárias para o atendimento:

b.2.1) Sistema 34,5kV → Substituição de cabos 4/0CAA por 336CA (trecho 1 - 18km) e 4/0CAA por 336CAA (trecho 2 - 2km), conforme abaixo:

Trechos km Rede

Instalado Retirado

Cabo Demanda Máxima

(kVA) Cabo

Demanda Máxima (kVA)

Trecho 1 18 336CA 25.038 4/0CAA 19.122

Trecho 2 2 336CAA 25.157 4/0CAA 19.122

Custo dos cabos instalados no projeto (336CA e CAA) = R$ 230.000,00

b.2.1.1) Definição da demanda no sistema 34,5kV a ser considerada para proporcionalização

Como nessa obra com substituição de condutores as demandas disponibilizadas em cada trecho são diferentes, então deve-se utilizar o método da média ponderada para definição da demanda estimada a ser disponibilizada no sistema de média tensão 34,5kV, considerando a capacidade de cada tipo de cabo e o respectivo km de rede instalado ou retirado, conforme abaixo:

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Órgão Emissor: SED / DNGO

Aumento estimado da demanda no sistema de média tensão = {[(Dem. Final Trecho 1 – Dem. Inicial Trecho 1) x km Rede Trecho 1] + [(Dem. Final Trecho 2 – Dem Inicial Trecho 2) x km Rede Trecho 2]} / (km Rede Trecho 1 + km Rede Trecho 2)

= {[(25.038kVA – 19.122kVA) x 18km] + [(25.157kVA – 19.122kVA) x 2km]} / (18km + 2km) = 5.928kVA

Proporcionalidade do custo dos cabos atribuível ao cliente = (Demanda do cliente a ser atendida / Demanda estimada dos cabos acrescida no sistema 34,5kV) x 100 = [(2.000kW / 0,92) / 5.928kVA] x 100 = 36,7%

b.2.1.2) Aplicação da proporcionalidade no orçamento

Custo dos cabos atribuível ao interessado = (R$ 230.000,00 x 36,7%) = R$ 84.410,00 ERC dos cabos atribuível à Copel = (R$ 230.000,00 - R$ 84.410,00) = R$ 145.590,00

b.2.2) Sistema 13,8kV → Substituição de cabos (várias bitolas) e interligação de alimentadores, conforme abaixo:

Trechos km Rede

Instalado Retirado

Cabo Demanda Máxima

(kVA) Cabo

Demanda Máxima (kVA)

Trecho 1 0,21 185mm² XLPE 12.549 - -

Trecho 2 0,750 2/0CAA 5.713 04CAA 2.773

Trecho 3 3,35 185mm² XLPE 12.549 2/0CA 5.617

Trecho 4 0,12 - - 02CA 3.633

Custo dos cabos instalados no projeto (2/0CAA e 185mm² XLPE) = R$ 165.000,00

b.2.2.1) Definição da demanda no sistema 13,8kV a ser considerada para proporcionalização

Como há diferença entre os tipos de cabos instalados e também entre os retirados, resultando em demandas diferentes disponibilizadas em cada trecho, então deve-se calcular a demanda a ser disponibilizada no sistema de média tensão 13,8kV pelo método da média ponderada, considerando a capacidade de cada tipo de cabo e o respectivo km de rede instalado ou retirado, conforme abaixo:

Aumento estimado da demanda no sistema de média tensão = {(Dem. Trecho 1 x km Rede Trecho 1) + [(Dem. Final Trecho 2 – Dem Inicial Trecho 2) x km Rede Trecho 2] + [(Dem. Final Trecho 3 – Dem. Inicial Trecho 3) x km Rede Trecho 3]} / (km Rede Trecho 1 + km Rede Trecho 2 + km Rede Trecho 3)

= {(12.549kVA x 0,21km) + [(5.713kVA – 2.773kVA) x 0,75km] + [(12.549kVA – 5.617kVA) x 3,35km]} / (0,21km + 0,75km + 3,35km) = 6.511kVA

IMPORTANTE: Como pode-se verificar nesse exemplo, não foi incluída no cálculo a demanda do “Trecho 4” devido haver somente retirada de condutores e, desta forma, não representando acréscimo de demanda a ser disponibilizada no sistema de média tensão.

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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS - MIT Título Módulo Folha 28 03 21

TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

Proporcionalidade do custo dos cabos atribuível ao cliente = (Demanda do cliente a ser atendida / Demanda estimada dos cabos acrescida no sistema 13,8kV) x 100 = [(2.000kW / 0,92) / 6.511kVA] x 100 = 33,4%

b.2.2.2) Aplicação da proporcionalidade no orçamento

Custo dos cabos atribuível ao interessado = (R$ 165.000,00 x 33,4%) = R$ 55.110,00 ERC dos cabos atribuível à Copel = (R$ 165.000,00 - R$ 55.110,00) = R$ 109.890,00

6.2 – Obras para atendimento a Empreendimentos de Múltiplas Unidades Consumidoras em área urbana

No caso de empreendimentos não caracterizados com a finalidade habitacional e de interesse social, o ônus para execução de obras de redes de distribuição nas vias internas, inclusive a instalação de transformador em cabine de edifício de uso coletivo, será integralmente do interessado, e seu atendimento deverá ocorrer através da modalidade “Obras por Particular” conforme disposições do MIT 162601.

Para definição do atendimento quanto aos critérios de área urbana ou rural, será utilizado como referência o polígono de delimitação de perímetro urbano disponível no aplicativo de geoprocessamento.

Ainda, para o orçamento das obras de conexão destes empreendimentos e o respectivo cálculo da participação financeira a serem elaborados pela Copel, deverá ser analisado o tipo de atendimento conforme critérios a seguir.

6.2.1 - Empreendimentos Integrados à Edificação (Edifícios de uso coletivo, agrupamentos e condomínios com edificações)

Para os empreendimentos com estas características, independentemente da atividade a que se destina, deverão ser observados os procedimentos a seguir, conforme o caso.

6.2.1.1 - Atendimento a novos empreendimentos

Para definição do custo da obra atribuível ao interessado deve-se realizar o cálculo do Encargo de Reserva de Capacidade - ERC, conforme disposto nos itens 5.2 e 6.1.2 deste Manual. A participação financeira do consumidor corresponderá à diferença positiva entre custo da obra de conexão que lhe for atribuível e o Encargo de Responsabilidade da Distribuidora - ERD, sendo este último calculado conforme estabelecido no item 6.1 deste Manual.

Para efeito de cálculo do ERC e ERD, deverá ser considerado o somatório das demandas previstas para todas as unidades projetadas; desta forma, a carga instalada para as unidades do Grupo B corresponderá à demanda máxima do disjuntor fixada na NTC 901100 - Fornecimento em Tensão Secundária, e para as unidades do Grupo A corresponderá à demanda máxima contratada, em kVA.

NOTA:

Quando da realização de estudo de rede para esse tipo de atendimento, caso se verifique a existência de ligação no local utilizada para atendimento ao canteiro de obras, para fins de cálculo de participação financeira

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MANUAL DE INSTRUÇÕES TÉCNICAS - MIT Título Módulo Folha 28 03 22

TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO

deverá ser calculado o custo atribuível ao interessado e o correspondente ERD considerando a demanda acrescida, ou seja, a diferença entre a demanda existente e a total do empreendimento.

Exemplos de Cálculo de Proporcionalidade:

1) Edifício de Uso Coletivo (Atendimento em BT >> somente obra de conexão): 1 UC do Grupo B (comercial) = ES 3x100A (equivalente à demanda de 38kVA)

8 UCs do Grupo B (residenciais) = ES 2x50A (equivalente à demanda de 11kVA x 8 = 88kVA) Fator de potência da unidade consumidora = 0,92

Demanda total das UCs atendidas = 38 + 88 = 126kVA (126kVA x 0,92 = 116kW)

Obra necessária → Reforço com substituição de 0,140km de rede secundária com cabos 3x04(04)CA por 3x70(70)Q, ampliação de rede de média tensão 3x35mm² XLPE 13,8kV e instalação de transformador trifásico de 75kVA 13,2kV.

Demanda a ser disponibilizada no sistema pelo transformador = 75kVA Custo do transformador 75kVA 13,2kV = R$ 7.000,00

Como o somatório das demandas das unidades a serem atendidas é superior à demanda a ser disponibilizada no sistema pelo transformador, então não deverá ser aplicado o cálculo de proporcionalidade sobre este item do orçamento.

Demanda estimada inicial na rede secundária - cabos 3x04(04)CA = 43kVA Demanda estimada final na rede secundária - cabo 3x70(70)Q = 82kVA

Custo do cabo 3x70(70)Q instalado no projeto = R$ 1.580,00

Aumento estimado da demanda no sistema de baixa tensão = (Dem. Final Trecho Secundário – Dem. Inicial Trecho Secundário) = (82kVA – 43kVA) = 39kVA

Como o somatório das demandas das unidades a serem atendidas é superior à demanda a ser disponibilizada no sistema de baixa tensão, então não deverá ser aplicado o cálculo de proporcionalidade sobre este item do orçamento.

Demanda estimada do cabo 3x35mm² XLPE 13,8kV = 3.753 kVA

Custo dos cabos 3x35mm² XLPE 13,8kV instalados no projeto = R$ 1.440,00

Proporcionalidade do custo dos cabos atribuível ao interessado = (Somatório das demandas das unidades a serem atendidas / Demanda estimada dos cabos acrescida no sistema de média tensão) x 100 = (126kVA / 3.753kVA) x 100 = 3,4%

Custo dos cabos atribuível ao interessado = (R$ 1.440,00 x 3,4%) = R$ 48,96 ERC dos cabos atribuível à Copel = (R$ 1.440,00 - R$ 48,96) = R$ 1.391,04

2) Edifício de Uso Coletivo (cabine compartilhada >> obra de conexão e infraestrutura interna): 1 UC do Grupo A = demanda contratada de 300kW (300kW / 0,92 = 326kVA)

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TÍTULO: Elaboração de Orçamentos de Obras de Distribuição Versão Data MÓDULO: Participação Financeira do Consumidor 8.2 27.07.2012

Órgão Emissor: SED / DNGO Fator de Potência da unidade consumidora = 0,92

1 UC do Grupo B (comercial) = ES 3x150A (equivalente à demanda de 57kVA)

20 UCs do Grupo B (residenciais) = ES 2x50A (equivalente à demanda de 11kVA x 20 = 220kVA) Demanda total = 326 + 57 + 220 = 603kVA

Obra necessária → Ampliação de rede de média tensão 3x35mm² XLPE 13,8kV (fora do empreendimento) e instalação de transformador trifásico de 112,5kVA 13,2kV em cabine compartilhada.

Demanda estimada do cabo 3x35mm² XLPE 13,8kV = 3.753 kVA

Custo dos cabos 3x35mm² XLPE 13,8kV instalados no projeto = R$ 970,00

Proporcionalidade do custo dos cabos atribuível ao interessado = (Somatório das demandas das unidades a serem atendidas / Demanda estimada dos cabos acrescida no sistema de média tensão) x 100 = (603kVA / 3.753kVA) x 100 = 16,1%

Custo dos cabos atribuível ao interessado = (R$ 970,00 x 16,1%) = R$ 156,17 ERC dos cabos atribuível à Copel = (R$ 970,00 - R$ 156,17) = R$ 813,83

Não se aplicará o cálculo de proporcionalidade sobre o custo do transformador instalado na cabine, o qual deverá ser custeado integralmente pelo interessado, bem como as demais obras de infraestrutura interna de redes de distribuição.

NOTA:

Quando o transformador cuja instalação deveria ser realizada em cabine, conforme Norma Técnica Copel, for instalado na rede caracterizada como obra de conexão (fora do empreendimento) por opção ou necessidade do interessado, permanece sua responsabilidade em assumir o ônus integral da instalação.

3) Agrupamento:

1 UC existente do Grupo B (residencial) = ES 2x63A (equivalente à demanda de 14kVA) 1 nova UC do Grupo B (residencial) = ES 2x63A (equivalente à demanda de 14kVA)

2 novas UCs do Grupo B (comercial) = ES 2x63A (equivalente à demanda de 14kVA x 2 = 28kVA) Fator de potência da unidade consumidora = 0,92

Demanda total das novas UCs a serem atendidas = 14 + 28 = 42kVA

Obra necessária → Reforço de rede com substituição de cabos na rede secundária de 3x35(35)Q para 3x70(70)Q, e instalação de transformador trifásico 75kVA 13,2kV.

Demanda a ser disponibilizada no sistema pelo transformador = 75kVA Custo do transformador 75kVA 13,2kV = R$ 7.000,00

Para o cálculo de proporcionalidade considera-se somente o somatório das demandas das novas unidades a serem atendidas.

Referências

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