CONTROLE HISTÓRICO
Revisão
Data
Nº
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Histórico
Alteração
Elaboração
Verificação
Aprovação
Nº 00 29/07/2006 12 Emissão Inicial Dra Adrieli Loureiro eDr. Antônio Pinho
Dr. Guilherme Milhomem
Enf. Mariana Keesen
Nº 01 02/08/2006 12 Revisão Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho
Dr. Guilherme
Milhomem Enf. Mariana Keesen
Nº 02 25/11/2006 12 Revisão Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho Dr. Guilherme Milhomem Enf. Mariana Keesen
Nº 03 30/11/2006 18 Revisão Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho
Dr. Guilherme
Milhomem Enf. Mariana Keesen
Nº 04 27/04/2007 21 Revisão Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho
Dr. Guilherme
Milhomem Enf. Mariana Keesen
Nº 05 28/01/2008 22 Revisão Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho Dr. Guilherme Milhomem Enf. Mariana Keesen
Nº 06 12/03/2009 51 Revisão
Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho
Dr. Antônio Pinho, Dra Adrieli e Enf.
Sibelle Alves
Enf. Mariana Keesen
Nº 07 31/03/2010 38 Revisão
Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho
Dr. Antônio Pinho e Dra Adrieli Loureiro
Enf. Sibelle Alves e Enf. Mariana
Keesen
Nº 08 30/09/2011 38 Revisão
Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho
Dr. Antônio Pinho e Dra Adrieli Loureiro
Enfs. Sibelle Alves e Mariana Keesen e
Dra. Adrieli Loureiro
Nº 09 20/02/2013 28 Revisão
Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho Dr. Antônio Pinho, Dr. Glaciano Nogueira e Dra. Juliana Moreira Dra. Adrieli Loureiro
Nº 10 27/03/2014 30 Revisão Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho
Dra. Keylla Borges e Dra. Adrieli
Loureiro
Dra. Adrieli Loureiro
Nº 11 09/07/2015 29 Revisão Dra Adrieli Loureiro e Dr. Antônio Pinho
Enf. Camila Olímpio, Enf. Fernanda Martins e Dra. Adrieli
Loureiro
Dra. Adrieli Loureiro
AGÊNCIA TRANSFUSIONAL
Estabelecido em: (07/2006)
ALTERAÇÕES REALIZADAS:
•
Alteração de limite para transfusão de crioprecipitado após descongelamento do mesmo;
•
Inserido sobre utilização de filtro em casos de concentrado de hemácias fenotipadas;
•
Detalhamento das indicações para irradiação e desleucocitação de hemocomponentes;
•
Inseridas outras classificações para reações transfusionais;
•
Adequação do item “REFERÊNCIAS”.
OBJETIVOS:
1. Padronizar conduta médica;
2. Garantir segurança assistencial-transfusional.
CAMPOS DE APLICAÇÃO:
1. Agência transfusional (AGT);
2. Bloco cirúrgico (BC);
3. Centro de tratamento intensivo (CTI);
4. Hospitais e clínicas conveniados;
5. Pronto atendimento (PA);
6. Unidade de internação (UI).
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
MANUAL DE HEMOTERAPIA
PRINCÍPIOS BÁSICOS
•
Apesar dos avanços nas áreas de sorologia e imunohematologia, as transfusões ainda
apresentam riscos imediatos e tardios, devendo ser criteriosamente indicada.
•
Antes de indicar uma transfusão o médico deve avaliar a relação risco/benefício do
procedimento, prescrevendo apenas aquelas transfusões que não podem ser substituídas
por outra modalidade de tratamento.
•
A indicação da transfusão constitui objeto de análise pelo serviço de hemoterapia. O
hemoterapeuta poderá contraindicar a transfusão após discutir o caso com o médico
assistente se julgar que o risco supera o benefício potencial da transfusão.
•
A solicitação de transfusão de hemocomponentes deve ser feita em formulário específico
com preenchimento de todos os campos conforme legislação.
•
Para o preenchimento da Solicitação de Transfusão, Termos de Responsabilidade e de
Ciência, consultar o PRS-AGT-002.
•
Toda transfusão de hemocomponentes deve ser prescrita por um médico. Esta prescrição
deve ser registrada no prontuário do paciente na instituição.
•
Para fins de rastreabilidade os n° das bolsas transfundidas devem ser registrados no
prontuário, obrigatoriamente, assim como, a data, o horário de início e término de cada
bolsa infundida, os dados vitais antes, durante e ao término da transfusão.
•
As transfusões devem ser realizadas por profissionais de saúde habilitados, qualificados e
conhecedores dessas normas, e só podem ser realizadas sob supervisão médica.
•
Preferencialmente, as transfusões devem ser realizadas durante o dia.
•
Deve-se utilizar equipo próprio para transfusão, dotado de filtro padrão.
•
Os primeiros dez minutos da transfusão devem ser acompanhados por profissional de
saúde qualificado para tal, o qual deve permanecer ao lado do paciente durante este
intervalo de tempo. Durante o transcurso do ato transfusional o paciente deve ser
periodicamente observado possibilitando a detecção precoce de eventuais reações
transfusionais (RT). Se houver alguma RT o médico deve ser chamado imediatamente.
•
Hemocomponentes são obtidos a partir de doações de sangue total de voluntários não
remunerados, o que limita a sua disponibilidade. A captação de doadores deve ser uma
obrigação a ser compartilhada por toda a equipe de saúde (médicos e equipe de
enfermagem, principalmente) não devendo ficar a cargo apenas da equipe de hemoterapia.
•
Dúvidas e situações não previstas neste protocolo contactar o médico responsável pela
AGT e/ou o Comitê Transfusional.
Amostras
•
As amostras para testes pré-transfusionais devem ser identificadas no momento da coleta
com nome completo do paciente sem abreviaturas, registro do paciente, data e hora da
coleta e nome legível do responsável pela coleta da amostra.
•
Amostras hemolisadas ou com volume insuficiente para execução dos testes
pré-transfusionais não podem ser aceitas pelo serviço de hemoterapia (ver PRS-AGT-005).
•
O auxiliar de banco de sangue ao receber solicitação de transfusão, confere dados da
mesma com os da identificação da amostra de sangue. Não realiza exames se houver
discrepância entre o pedido e a amostra até que a dúvida seja sanada, inclusive sendo
necessária coleta de nova amostra.
Manuseio de hemocomponentes
•
Nenhum medicamento pode ser adicionado à bolsa do hemocomponente, e nem ser
infundido em paralelo (na mesma linha venosa), à exceção de soro fisiológico (SF a 0,9%),
em casos excepcionais;
•
Não podem ser infundidos na mesma via da bolsa de sangue: soro glicosado de quaisquer
concentrações, Ringer-lactato, ou qualquer outro líquido diferente de SF 0,9% puro;
•
Não utilizar ebulidores, microondas e afins para aquecimento das bolsas de
hemocomponentes;
•
Não imergir as bolsas de hemocomponentes em quaisquer líquidos;
•
Não transfundir sob pressão devido ao risco de hemólise mecânica;
•
Após abertura do sistema, transfundir em até quatro horas;
TRANSFUSÃO DE CONCENTRADO DE HEMÁCIAS (CH)
Descrição do hemocomponente
Teor de hemoglobina
>45g/unidade
Hematócrito
50-80%
Validade
35 ou 42 d, CPDA-1 ou SAG-M
Temperatura para armazenamento
02º C a 06º C
É obtido após a centrifugação do sangue total e separação do plasma rico em plaquetas.
Indicações
A função das hemácias é carrear oxigênio aos tecidos e órgãos. Portanto, a transfusão do CH está
indicada quando existirem sinais e sintomas de comprometimento da oxigenação que não possam
ser corrigidos sem a transfusão. O nível de hemoglobina (Hb) do paciente é apenas um dos
parâmetros para a decisão transfusional.
As bolsas de CH que tem Hb S presente não devem ser utilizadas em pacientes portadores de
hemoglobinopatias, recém-nascidos (RN), em cirurgias, em ventilação mecânica (VM), nem ser
desleucocitadas.
Anemia crônica
Diagnosticar e tratar a causa da anemia.
Indicada a transfusão se houver sinais de descompensação hemodinâmica.
Pacientes sem doenças cardiorrespiratórias ou infecciosas graves concomitantes aceitam-se como
satisfatórios níveis de Hb de aproximadamente 06-07g/dL desde que sem sinais de hipóxia
tecidual.
Anemia aguda
Corrigir hipovolemia com soluções cristaloides.
Pacientes jovens sem doenças cardiorrespiratórias concomitantes podem suportar a perda de 20 a
30% da sua volemia, sem comprometimento da oxigenação tecidual.
Indicada a transfusão de CH nos pacientes que perderam mais de 20% da sua volemia e/ou que
mantêm sinais de hipóxia após reposição volêmica.
Pacientes coronariopatas devem manter níveis de Hb adequados à sua condição de acordo com a
avaliação do médico assistente. Para indicação da transfusão podem ser utilizados valores de Hb
08 ou 09g/dL como gatilho transfusional.
Os casos de anemia hemolítica autoimune transfundir somente na vigência de instabilidade
hemodinâmica, insuficiência respiratória ou falência de órgãos.
Necessidade Transfusional Baseada na Concentração de Hemoglobina
Transfusão não está indicada quando o nível de Hb for maior que 10g/dL, exceto nos pacientes em
fase aguda de infarto agudo do miocárdio (IAM), cuja Hb deve maior ou igual a 11g/dL.
Cardiopatas e/ou pneumopatas graves devem ser, rigorosamente, acompanhados pelo especialista
da área.
Quando o nível de Hb for menor que 07g/dL, a transfusão está quase sempre indicada.
A transfusão deve ser administrada conforme a velocidade de perda. No máximo, 02 unidades de
CH por solicitação. Recomendada reavaliação do paciente após cada unidade transfundida, até
que sejam atingidos o nível de Hb entre 07 e 10g/dL e a estabilidade hemodinâmica.
A estratégia correta com níveis de Hb entre 07 e 10g/dL é menos clara. Verificar quadro clínico e
parâmetros laboratoriais.
Pacientes com mais de 65 anos ou cardiopatas instáveis e pneumopatas, transfundir quando o
nível de Hb estiver entre 08 e 10,0 g/dL.
Em pacientes acima de 65 anos sintomáticos, é aceitável transfundir quando o nível de Hb for
inferior a 10g/dL.
Em pacientes urêmicos com sangramento, avaliar transfusão se o nível de Hb for inferior a 10g/dL.
Devido à dificuldade em se ter certeza sobre a quantidade exata da perda sanguínea segue tabela
para classificar o choque hipovolêmico correlacionando perda sanguínea e sinais clínicos.
Necessidade de Transfusão Baseada na Estimativa de Volume Perdido
•
15% (750mL): não transfundir, exceto se houver anemia prévia ou se o paciente for incapaz de
compensar a anemia por comprometimento cardíaco ou pulmonar severos.
•
15-30% (800-1500mL): infusão de cristaloides ou coloides sintéticos; geralmente, não é
necessária transfusão de CH, exceto nas condições citadas acima ou se a hemorragia persistir.
•
30-40% (1500-2000mL): faz-se necessária reposição rápida de volume com cristaloides ou
coloides sintéticos, e provavelmente, será preciso transfundir CH.
•
> 40% (>2000mL): reposição rápida de volume e transfusão de CH.
Avaliação Clínica do Volume Sanguíneo Perdido
Critérios avaliados
Classes
Classe I
Classe II
Classe III
Classe IV
Pulso (bpm)
Taquicardia
Leve
100-120
120
> 120
Perfusão capilar (s)
Normal
Lenta (>2s)
Lenta (>2s)
Indetectável
FR
Normal
Normal
Taquipnéia
Taquipnéia
Fluxo urinário (mL)
>30
20-30
10-20
0-10
Extremidades
Cor normal
Pálidas
Pálidas
Pálidas e frias
Compleição
Normal
Pálida
Pálida
Acinzentada
Estado mental
Alerta
Ansiedade/
Agressividade
Ansiedade/
Agressividade/
Sonolência
Sonolência/
Confusão/
Inconsciência
Perda
sangue
%
<15
15-30
30-40
>40
Volume
(mL)
750
800-1500
1500-2000
>2000
Pressão
arterial
Sistólica
Inalterada
Normal
Reduzida
Muito reduzida
Diastólica
Inalterada
Aumentada
Reduzida
Muito reduzida/
imensurável
Anemia pré-cirúrgica
Diagnosticar a causa e tratá-la, se possível. Nos pacientes em que isto não for possível, a decisão
transfusional dependerá de fatores como nível de Hb condições clínicas do paciente, tempo e porte
da intervenção e perda sanguínea estimada.
Raramente, indivíduos com nível de Hb maior que 09g/dL, sem doenças cardiorrespiratórias
concomitantes, que serão submetidos a cirurgias de pequeno porte necessitarão de transfusões no
pré-operatório.
Em pacientes com comprometimento cardiorrespiratório, idosos e/ou que serão submetidos a
grandes cirurgias a recomendação é transfundir o paciente até que este deixe de ter indicação de
transfusão o que em termos de valores pode ser considerado Hb maior que 12g/dL.
Reserva cirúrgica e transfusão pré-operatória
Considerar os fatores descritos acima.
Perda de 500mL de sangue (ou 12mL/kg na criança), representa uma redução de 01 a 1,5g/dL no
nível de Hb do paciente, perda que pode ser reposta com 1 unidade de CH.
Portanto, a reposição através de transfusões durante a cirurgia deverá levar em conta também
estes parâmetros lembrando que a reposição da volemia com soluções cristaloides ou coloides é
importante para manter uma perfusão tecidual adequada durante o procedimento, e que o uso
adequado destas soluções poderá minimizar ou até mesmo evitar a necessidade de transfusões.
Finalizando, deve-se considerar que indivíduos em bom estado clínico podem suportar perdas de
20 a 30% da sua volemia sem sinais de hipóxia tecidual e sem necessidade de transfusões.
Nestes pacientes o nível de Hb será recomposto fisiologicamente poucas semanas após a cirurgia.
Reserva Cirúrgica de CH
O esquema de previsão de utilização cirúrgica de CH objetiva auxiliar o médico a decidir sobre o
nº de CH a ser reservado no pré-operatório, de acordo com Organização Mundial de Saúde
(OMS) e protocolo transfusional.
Recomendação abaixo: avaliar necessidade na consulta de risco cirúrgico
(+) = unidades adicionais que possam ser necessários, dependendo de complicações cirúrgicas.
01 unidade (U) = 01 bolsa de CH de 300 mL, em média.
Em caso de cirurgias eletivas pode-se indicar a doação autóloga.
Recomendação da OMS quanto às reservas cirúrgicas prévias:
Procedimentos
Unidades
Cirurgia Geral
Gastrectomia parcial
1
Esofagectomia
1
Esofagogastrectomia
1
Hérnia de hiato
1
Colectomia
2
Tireoidectomia
2 (+2)
Obesidade Mórbida
2 (+2)
Cardiotorácicos
Lobectomia/pneumectomia
2
Cirurgia cardíaca aberta
4 (+4)
Troca de válvula cardíaca
2
Vascular
Endarterectomia aorto-ilíaca
4
Bypass fêmuro-poplíteo e íleo-femural
2
Ressecção de aneurisma aórtico-abdominal
6
Neurocirurgia
Craniotomia, craniectomia
1
Lesão de encéfalo, hematoma extra- e subdural
1
Meningioma
4
Cirurgia vascular (aneurisma, malformação A-V)
3
Urologia
Cistectomia radical 4
Nefrolitotomia a céu aberto
2
Prostatectomia a céu aberto
2
Transplante renal
2
Ginecologia e obstetrícia
Placenta prévia/retida
4
Hemorragia pré/pós-parto
2
Histerectomia estendida abdominal ou vaginal
2
Miomectomia
1
Mola hidatiforme
2
Ooforectomia radical
2
Mastectomia simples
1
Mastectomia radical
2
Ortopedia
Reposição total de quadril
2 (+2)
Fratura de cabeça de fêmur
2
Fixação interna de fêmur
2
Fixação interna de tíbia ou tornozelo
1
Artroplastia total de quadril
3
Fusão espinhal (escoliose)
2
Descompressão espinhal
2
Cirurgia de nervo periférico
1
Prótese total de joelho
1
Doação autóloga
Consiste na doação de sangue de determinado doador/paciente a ser usado somente por ele
mesmo.
Encaminhar o doador/paciente para AGT com solicitação de transfusão (preencher o campo
‘’transfusão autóloga’’), contendo volume, data e hospital da provável utilização, nome e CRM do
médico solicitante.
Nos casos de coleta de mais de uma unidade, indica-se a reposição de hematínicos.
O hemoterapeuta responsável pelo serviço poderá contraindicar o procedimento.
Em caso de sorologia não-negativa, o médico assistente será comunicado por carta antes do
procedimento cirúrgico.
Para transfusão de bolsas autólogas são obrigatórios realização de sorologia, reclassificação da
bolsa e prova de compatibilidade.
Critérios específicos para coleta de doação autóloga:
•
Dosagem de Hb: mínimo de 11g/dL.
•
Não há limite máximo de idade (desde que em boas condições clínicas).
•
Intervalo(s) entre coleta(s) e data da provável utilização:
•
Em caso de coleta de uma unidade, esta deverá ser realizada entre 15 e 05 dias antes da
data da cirurgia.
•
Em caso de duas unidades o intervalo mínimo entre as duas coletas é de 07 dias, e o da
última coleta é de 05 dias em relação à data da cirurgia.
Contraindicações:
•
Evidência de infecção ou risco de bacteremia (inclusive tratamento dentário).
•
História de cardiopatia ou AVC.
TRANSFUSÃO DE CONCENTRADO DE PLAQUETAS (CP)
Descrição do hemocomponente
O CP randômica é obtido após a centrifugação do plasma rico em plaquetas, que é separado em
CP e plasma fresco. Cada unidade de CP randômica contém:
Volume por unidade
50 a 70mL
Contagem de plaquetas
> 5,5 x 10
10/unidade
Validade
05 dias
Temperatura para armazenamento
20 a 24°C, sob agitação constante
Pode ser obtido também a partir do procedimento de aférese (CPA). Cada unidade CPA contém:
Volume por unidade
≥
200mL
Contagem de plaquetas
≥
3,0 x 10
11
/unidade (plaquetaférese simples)
≥
6,0 x 10
11/unidade (plaquetaférese dupla)
Validade
05 dias
Temperatura para armazenamento
20 a 24°C, sob agitação constante
É um hemocomponente de menor disponibilidade devido a seu reduzido período de validade e ao
fato de serem necessários em média, 07 doadores para uma transfusão de CP randômicas em
adultos. Portanto, é necessária a reserva do hemocomponente com a maior antecedência possível.
Indicações
O intervalo entre cada transfusão dependerá das condições do paciente como consumo, produção,
doença de base.
Transfusões profiláticas
A dose indicada é de uma unidade a cada 7 a 10 Kg de peso. O incremento plaquetário esperado
após a transfusão é que a contagem de plaquetas se eleve em torno de 50.000/mm
3por 48h.
Pacientes que apresentam contagem de plaquetas menor que 10.000/mm
3deverão ser
transfundidos em sua grande maioria.
Nos casos em que o paciente se apresente febril, com sangramento ativo ou com quadro infeccioso
grave o valor a ser considerado é de 20.000/mm
3.
Em situações em que haja consumo aumentado ou comprometimento da produção plaquetária a
meia vida da plaqueta diminui e o paciente poderá necessitar de transfusões mais frequentes
(24/24h ou, raramente, de 12/12h).
No pós-operatório de cirurgias neurológicas e oftalmológicas é indicada a manutenção de uma
contagem de plaquetas acima de 100.000/mm³ para a maioria dos pacientes.
Transfusões terapêuticas
Pacientes que apresentem contagem de plaquetas menor que 50.000/mm³ e sangramento ativo
devem ser transfundidos na maioria das situações. Nos casos em que a contagem for maior que
50.000/mm³ e o sangramento persistir, outras causas de sangramento deverão ser investigadas
antes da transfusão, como outros distúrbios de coagulação, fatores locais, uso de medicamentos
que afetam a agregação plaquetária, etc.
Sangramentos abundantes indicam quase sempre a presença de fatores locais associados à
plaquetopenia. Pacientes cirúrgicos deverão ter sua ferida operatória revisada.
Transfusão pré-operatória
Deverão ser transfundidos aqueles pacientes que serão submetidos a cirurgias e que apresentam
contagem de plaquetas inferior a 50.000/mm
3. Transfundir, no máximo, até 12h antes da cirurgia.
Reserva cirúrgica e transfusão pré-operatória
Pacientes que serão submetidos a cirurgias neurológicas, oftalmológicas e cardíacas e que
apresentem contagem de plaquetas menor que 100.000/mm
3deverão ser transfundidos durante o
procedimento caso apresentem sangramento maior que o esperado.
Contraindicações (exceto se houver sangramento que coloque em risco de morte)
••••
Pacientes com púrpuras imunes sem sangramento importante;
••••
Pacientes com contagem de plaquetas maior que 50.000/mm³ (exceto nas situações descritas
acima);
••••
Pacientes com trombocitopenia induzida por heparina.
••••
Pacientes com púrpura trombocitopênica trombótica.
TRANSFUSÃO DE PLASMA FRESCO CONGELADO (PFC)
Descrição do hemocomponente
Obtido através do congelamento do plasma após a separação do concentrado de plaquetas.
Volume
≥
150mL
Fator VIII
> 0,7 UI/mL
Validade
Um ano
Temperatura armazenagem
≤
- 20°C
Contém, ainda, fatores II, V, VII, IX, X, XI, XII, XIII e proteínas C e S e antitrombina III.
Transfundir o mais brevemente possível após o descongelamento, não excedendo 24h se mantido
em temperatura de 02º a 06ºC.
Tempo para descongelamento: em média, 40min em banho-Maria a 37°C.
Durante o descongelamento em banho-Maria a bolsa deve ser protegida por um invólucro plástico
para evitar contaminação.
Não pode ser recongelado.
Para assegurar a qualidade do hemocomponente o descongelamento da bolsa é realizado na AGT.
O nº de transfusões e o intervalo entre elas dependerão da correção do coagulograma e/ou fim do
sangramento.
A dosagem habitual é de 10mL/kg.
Indicações
Transfusões profiláticas
Pacientes com distúrbios de coagulação secundários à deficiência de fatores de coagulação que
serão submetidos a cirurgias ou procedimentos invasivos onde não houver disponível o fator
liofilizado para uso isolado.
O objetivo destas transfusões deve ser a diminuição do TP e/ou TTPA a valores inferiores a 1,5
vezes o valor normal.
Transfusões terapêuticas
Indicado em pacientes com sangramentos secundários à deficiência de fatores de coagulação
(CIVD, deficiência de vitamina K, deficiência de fator V e XI, uso de cumarínicos, etc.), deficiência
de protrombina, fator VIII, fator X e fator IX na ausência do concentrado de fator específico.
Contraindicações
Não deve ser utilizado como expansor de volume, como fonte protéica para deficiências
nutricionais ou tratamento de edemas, em pacientes com TP ou TTPA
≤
1,5 vezes o valor normal,
como cicatrizante, como fonte de imunoglobulinas, como antagonista da heparina, nem para o
tratamento de pacientes hemofílicos (utilizar os concentrados de fator específicos).
TRANSFUSÃO DE CRIOPRECIPITADO (CRIO)
Descrição do hemocomponente
É obtido após o descongelamento, centrifugação e desprezo do plasma sobrenadante de uma
unidade de PFC.
Volume
10 a 30 mL
Fibrinogênio
>140mg/dL
Validade
Um ano
Temperatura de armazenamento
≤
- 20°C
Além do fibrinogênio contém fator VIII, fibronectina, fator XIII e fator de von Willebrand.
Transfundir o mais brevemente possível após o descongelamento, não excedendo seis horas se
mantido em temperatura ambiente de 20º a 24ºC.
Tempo para descongelamento: em média, 40min em banho-maria a 37°C.
Durante o descongelamento em banho-maria a bolsa deve ser protegida por um invólucro plástico
para evitar contaminação. Para assegurar a qualidade do hemocomponente o descongelamento
da bolsa é realizado na AGT.
Uma vez descongelado, não pode ser recongelado.
O nº de transfusões e o intervalo entre elas dependerão da correção do coagulograma e/ou fim do
sangramento.
A dose recomendada é de uma unidade para cada 7 a 10 Kg a cada 12 a 24h.
Indicações
Anormalidades do fibrinogênio congênitas ou adquiridas (mais comum é em casos de CID), para o
tratamento de sangramentos em pacientes com doença de von Willebrand e deficiência de fator XIII
quando não houver concentrado específico disponível.
Em situações de risco de vida, quando não houver concentrado de fator VIII disponível, pode ser
utilizado para controlar o sangramento de pacientes com hemofilia A até a obtenção que do
concentrado.
Contraindicações
Qualquer situação que não as previstas acima (se utilizado de maneira inadequada pode induzir o
aparecimento de fenômenos tromboembólicos).
HEMOCOMPONENTES ESPECIAIS
Hemocomponentes Desleucocitados
O uso de filtros especiais para desleucocitação está indicado para redução de leucócitos para
prevenir reações febris não hemolíticas, em pacientes que já experimentaram esse tipo de reação
previamente.
Reduzem o risco de transmissão de citomegalovírus (CMV) em pacientes imunossuprimidos CMV
negativos, pacientes com doenças hematológicas graves que são dependentes de transfusões
(para evitar a aloimunização HLA) e transfusão intrauterina.
Nos casos onde há indicação de CH fenotipadas só haverá necessidade de desleucocitação se
história prévia de reação transfusional febril não hemolítica.
Se o paciente tem indicação de receber um tipo de hemocomponente desleucocitado os demais
também devem ser.
Só podem ser desleucocitados os concentrados de hemácias e plaquetas.
Indicações:
• Anemias hemolíticas hereditárias;
• História de duas reações febris não-hemolíticas para CH e uma para CP;
• Síndromes de imunodeficiências congênitas;
• Candidatos a transplante de medula óssea;
• Anemia aplástica;
• Leucemia mielóide aguda;
• Doenças onco-hematológicas graves até esclarecimento diagnóstico;
• Portadores de doenças plaquetárias cuja necessidade transfusional é frequente;
• Prevenção de Infecção para CMV nas seguintes situações:
− Paciente HIV positivo com sorologia negativa para CMV;
− Candidato a transplante de órgãos e TMO se doador e receptor forem negativos para CMV;
− Transfusão intra-uterina;
− Gestantes com sorologia não-reativa ou desconhecida para CMV;
− RN prematuros e de baixo peso (1.200g) de mães CMV negativas ou com sorologia desconhecida.
Hemocomponentes Irradiados
Os hemocomponentes celulares são submetidos à irradiação gama com o intuito de exterminar os
linfócitos viáveis que, por sua vez, são as células responsáveis pela reação do enxerto contra o
hospedeiro transfusional (GVHD transfusional).
Indicados em receptores de transplante de medula óssea, síndromes de imunodeficiência
congênitas, transfusão intrauterina, transfusão entre familiares, transfusão de RN menor que
1200g, transfusões dirigidas de parentes de primeiro grau.
Se o paciente tem indicação de receber um tipo de hemocomponente irradiado os demais também
devem ser.
Só podem ser irradiados os concentrados de hemácias e plaquetas.
Indicações:
• Transfusão intra-uterina;
• Exsanguíneotransfusão, obrigatoriamente, quando houver transfusão intra-uterina prévia;
• Recém-nascidos prematuros (inferior a 28 semanas) e/ou de baixo peso (1.200g);
• Portadores de imunodeficiências congênitas graves;
• Pós-transplante de medula óssea autólogo ou alogênico;
• Pós-transplante com células progenitoras hematopoiéticas de cordão umbilical ou placenta;
• Pacientes tratados com análogos da purina (fludarabina, cladribine, deoxicoformicina);
• Receptor de transplante de órgãos sólidos em uso de imunossupressores;
• Portadores de linfomas, leucemia mielóide aguda e anemia aplástica em uso de imunossupressor ou até seis
meses prévios;
• Receptor de concentrado de plaquetas HLA compatíveis;
• Quando o receptor tiver qualquer grau de parentesco com o doador.
CH Lavadas
Consiste na introdução de soro fisiológico estéril na bolsa de CH e centrifugação, sob fluxo laminar,
para redução de proteínas plasmáticas e restos celulares responsáveis por reação transfusional
alérgica severa.
O procedimento para sua obtenção é demorado (em média de 2h onde se acrescentam tempo de
transporte e provas pré-transfusionais). Deve ser transfundido em até 24h devido ao risco
aumentado de contaminação bacteriana.
Sua utilização deve ser programada.
Indicado para pacientes alérgicos a proteínas do plasma, em que o uso de pré-medicação não é
suficiente para evitar a reação, história de anafilaxia à proteínas do plasma, pacientes sabidamente
portadores de deficiência de IgA.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Transfusão maciça
Transfusão maciça é aquela em que o paciente recebe uma quantidade de sangue
aproximadamente igual à sua volemia em 24h ou o equivalente a 20 bolsas de CH ou reposição de
≥
50% da volemia em 3h.
As principais causas que podem levar à transfusão maciça são sangramentos em coagulopatias,
traumas, hemorragias intraoperatórias de grande monta, hemorragia do trato digestivo e ruptura de
aneurisma de aorta.
Cabe ao médico assistente a correta identificação e conduta frente às complicações decorrentes de
uma transfusão maciça, a saber: hipervolemia, distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos,
hipocalcemia, intoxicações com citrato (se necessária reposição de cálcio, fazê-la em outro acesso
venoso), hipoglicemia, hipotermia.
Distúrbios de coagulação decorrentes do quadro de base ou complicação da terapêutica devem ser
avaliados caso a caso a necessidade de reposição de PFC ou Crio de acordo com resultados do
coagulograma.
Transfusão de CP está indicada quando a perda sanguínea do paciente for maior que 150% ou o
paciente possuir plaquetopenia.
Ao serem detectadas situações que se encaixem na definição acima o auxiliar de banco de sangue
deve se comunicar com o hemoterapeuta da AGT devido às possíveis complicações metabólicas
(coagulopatia por hemodiluição, coagulação intravascular disseminada, hipocalcemia e
hipomagnesemia, hiperpotassemia), advindas da reposição maciça de hemocomponentes assim
como hipotermia e embolia gasosa.
O tipo sanguíneo das bolsas de CH será o mesmo do paciente; eventualmente, se os estoques se
esgotarem poderão ser usados O negativo e O positivo.
Eventualmente, poderão ser utilizados concentrados de plaquetas heterogrupo.
PFC pode ser utilizado do mesmo grupo do paciente ou do grupo AB.
Se não houver tempo hábil para a realização de provas pré-transfusionais, seguir orientações para
transfusão de extrema urgência.
Cálculo da Volemia em mL:
Adultos: peso (Kg) x 0,6
RN: peso (Kg) x 0,8
TRANSFUSÃO EM PEDIATRIA
O hemocomponentes tem as mesmas características já descritas.
A dose recomendada para crianças e neonatos é de 10 a15mL/kg; a velocidade de infusão em é
de 20 a 30mL/kg/hora não excedendo quatro horas após a abertura do sistema.
Na anemia em pacientes críticos não há um nível de Hb definido como gatilho transfusional. Os
mesmo parâmetros da perda aguda devem ser utilizados.
Os casos de anemia hemolítica autoimune transfundir somente na vigência de instabilidade
hemodinâmica ou falência de órgãos.
Devido às mudanças fisiológicas que acompanham o período de transição do RN a lactente e,
posteriormente, à criança, descrevemos abaixo indicações dos hemocomponentes.
Há situações que necessitam de reconstituição de sangue total, que compreende adição de uma
bolsa de PFC a uma unidade de CH (preferencialmente, do mesmo doador). São elas:
exsanguíneotransfusão, transfusão maciça, posterior a bypass cardiopulmonar, oxigenação
através de membrana extracorpórea (ECMO).
Recém-nascidos e lactentes menores de quatro meses de vida
Ao nascimento, 60 a 80% da Hb total é constituída por Hb fetal que tem maior afinidade pelo O
2.
Nas primeiras semanas de vida a concentração de Hb total/hematócrito (Ht) total decresce
gradualmente, fato chamado de “anemia fisiológica”. É auto-limitada, geralmente bem tolerada e
não associada à anormalidade na infância. Normalmente, requer tratamento só se sintomática. RN
de baixíssimo peso ao nascimento podem apresentar maiores necessidade de transfusões de CH
devido ao rápido envelhecimento das hemácias, eritropoiese insuficiente e flebotomias repetidas.
Indicações gerais
•
Ht menor que 20%/ Hb menor que 7,0g/dL e paciente com contagem reticulocitária baixa e
sintomas de anemia.
•
Ht menor que 30%/ Hb menor que 10g/dL e paciente:
o
Em uso de capuz de O
2menor que 35% ou catéter nasal de O
2;
o
Em ventilação mecânica ou sob pressão positiva contínua com pressão de vias aéreas
media menor que 6cm de H
2O;
o
Com bradicardia ou apneia importante (mais que seis episódios em 12h sem
necessidade de intervenção ou dois episódios em 24h que tenham tido necessidade de
intervenção);
o
Com taquicardia e taquipneia importante (mais de 180 bpm e/ou mais que 80
inspirações/min);
o
Com baixo ganho de peso (menos que 10g/dia por quatro dias recebendo mas de
100Kcal/Kg/dia);
o
Perda sanguínea aguda com avaliação periódica de Ht/Hb;
o
Grandes cirurgias.
•
Ht menor que 30%/ hemoglobina menor que 12g/dL e paciente:
o
Em ventilação mecânica ou sob pressão positiva contínua com pressão de vias aéreas
media maior que 6cm de H
2O;
o
Anemia nas primeiras 24h de vida independente da etiologia;
o
Perda cumulativa de sangue em uma semana maior que 10% do volume sanguíneo
total.
•
Ht menor que 40%/ Hb menor que 13,5g/dL e paciente em dependência crônica de O
2.•
Ht menor que 45%/ Hb menor que 15g/dL e paciente:
o
Em ECMO;
o
Cardiopatia congênita cianótica;
o
RN de muito baixo peso (menor que 1000g) e idade menor que uma semana.
Lactentes com mais de quatro meses de vida e crianças
Indicações gerais
•
Perda sanguínea aguda com hipovolemia não responsiva a outros tratamentos;
•
Hb menor que 8g/dL com anemia sintomática;
•
Anemia pré-operatória significativa sem outras terapêuticas corretivas disponíveis;
•
Hb menor que 13g/dL e paciente com:
o
Doença pulmonar grave;
o
ECMO.
Anemias Crônicas/Hemoglobinopatias
A anemia crônica é melhor tolerada do que a aguda. Portanto:
•
A causa da anemia deve ser estabelecida, o tratamento iniciado e a transfusão realizada
somente em caso de risco de vida;
•
A transfusão deve ser administrada em intervalos máximos que garantam o não
aparecimento de sintomas no paciente;
•
Nas hemoglobinopatias as transfusões estão muito mais vinculadas ao quadro clínico
apresentado do que o nível de hemoglobina; portanto, o suporte transfusional deve ser
orientado em conjunto com o especialista.
TRANSFUSÃO DE CONCENTRADO DE PLAQUETAS (CP)
O hemocomponente tem as mesmas características já descritas.
A dose recomendada para crianças e RN é uma unidade para cada 10kg de peso corporal. Nos
RN de muito baixo peso utiliza-se a dose de 05 a 10mL/Kg de peso.
Em lactentes e neonatos, sempre deverá ser realizada transfusão ABO compatível.
As recomendações para pacientes cirúrgicos e as contraindicações são semelhantes às do adulto.
Transfusão profilática de CP
Recém-nascidos e lactentes menores de quatro meses de vida
Situações em que a transfusão profilática de CP está indicada:
•
30.000/mm
3em pacientes estáveis com falência de produção;
•
50.000/mm
3em pacientes com:
o
Sangramento importante anterior (pulmonar ou intraventricular graus 3 e 4);
o
Peso menor que 1.000g e idade inferior a uma semana de vida;
o
Previamente a procedimentos invasivos (cirurgias, exsanguíneotransfusão);
o
Púrpura neonatal aloimune
o
Neonatos instáveis.
•
100.000/mm
3em pacientes sob ECMO.
Lactentes com mais de quatro meses de vida e crianças
•
Leucemias agudas, transplantes de medula óssea e tumores sólidos: 10.000/mm
3para
pacientes internados e estáveis e 20.000/mm
3para os instáveis (sinais de hemorragia,
febre alta, hiperleucocitose, queda rápida na contagem plaquetária, alterações na
coagulação) ou que não possam ser mantidos sob observação constante;
•
LMA-M3: 20.000/mm
3em pacientes estáveis sem qualquer sangramento e sem
coagulopatia;
•
Falência de produção medular: 10.000/mm
3;
•
Trombocitopenia grave crônica: indicada transfusão na vigência de sangramento ou
durante procedimentos que podem evoluir com hemorragia.
Transfusão terapêutica de CP
RN e lactentes com menos de quatro meses de vida com qualquer sangramento e plaquetas
menor que 100.000/mm
3;
Crianças com sangramento em sistema nervoso central ou intraocular e contagem plaquetária
menor que 100.000/mm
3;
Crianças com sangramento em outros locais e plaquetas menor que 50.000mm3;
Defeito qualitativo de plaqueta com sangramento ativo;
Sangramento em pacientes em ECMO independente da contagem plaquetária.
TRANSFUSÃO DE PLASMA FRESCO CONGELADO (PFC)
As características do hemocomponente assim como seu manuseio são as mesmas já descritas.
A dosagem habitual é de 10 a 15mL/kg, isogrupo.
Indicações em recém-nascidos, lactentes e crianças
•Para preenchimento da membrana de ECMO;
•
Para reconstituição do sangue total em exsanguíneotransfusão;
•Hemorragia por déficit de fatores de vitamina K-dependentes;
•
Correção de deficiências congênitas e adquiridas, isoladas ou combinadas de fatores de
coagulação para os quais não exista concentrado industrializado;
•
CIVD grave com sangramento ativo com RNI
≥
1,5 e/ou TTPA
≥
o valor controle;
•
Hemorragia em hepatopatias com déficit de múltiplos fatores de coagulação com RNI
≥
1,5
e/ou TTPA
≥
o valor controle;
•
Transfusão maciça com RNI
≥
1,5 e/ou TTPA
≥
o valor controle;
•
Plasmaférese para tratamento de púrpura trombocitopênica trombótica;
•
Na reversão de dicumarínicos em vigência de sangramento com risco de vida e na
ausência de complexo protrombínico;
•
Prevenção de hemorragias em hepatopatas que serão submetidos a cirurgias e
procedimentos invasivos com RNI
≥
1,5 e/ou TTPA
≥
o valor controle;
•
Pacientes com edema angioneurótico recidivante causado por déficit de inibidor de C¹
esterase.
Contraindicações
Às contraindicações para transfusão de PFC já descritas para adultos assomem-se prevenção de
hemorragia intraventricular do recém-nascido, reposição de volume nas sangrias terapêuticas de
recém-nascidos com poliglobulia e correção de valores de coagulograma alargados em pacientes
na ausência de sangramento clínico.
TRANSFUSÃO DE CRIOPRECIPITADO (CRIO)
As características do hemocomponente assim como seu manuseio são as mesmas já descritas.
A dose recomendada é de uma unidade para cada 7 a 10 Kg a cada 12 - 24h, isogrupo.
Deve-se mensurar o fibrinogênio sérico antes e após o tratamento.
Indicações
•
Reposição de fibrinogênio em pacientes com hemorragias e déficits isolados de
fibrinogênio, congênitos ou adquiridos, na falta de concentrado de fibrinogênio industrial;
•Reposição de fibrinogênio em pacientes om CIVD e graves hipofibrinogenemia na falta de
concentrado de fibrinogênio industrial;
•
Reposição de fator XIII em pacientes com hemorragias por déficit deste fator na falta de
concentrado de fibrinogênio industrial;
•