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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM PARA ALÉM DE PROVAS E TESTES

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM PARA ALÉM DE PROVAS E

TESTES

ADRIANE RIBEIRO GOULART1, DÉBORA MATHIAS CERCONI2, ALEX SANDRO TOMAZINI3

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Mestre em Línguística, PUC/SP, adrianeribeiro@yahoo.com 2

Bacharel em Pscilogia, UNG/SP, psicologadeboracerconi@gmail.com 3

Mestre em Ciências Ambientais, UNIBRASIL/SP, alextomazini2010@hotmail.com Eixo Temático: 1 – Ciência, Educação, Inovação

Apresentado na

VI Semana da Ciência e Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento de Guarulhos 23 a 27 de outubro de 2017 - Guarulhos-SP, Brasil

RESUMO: A avaliação é um instrumento primordial para diagnosticar e planejar ações mais eficazes

para melhorar o índice de alfabetização. Por conta disso este trabalho aborda as opiniões e publicações dos que são considerados porta-vozes sobre o assunto. A seleção de autores na pesquisa bibliográfica foi baseada em leituras preliminares das principais obras sobre definição, funções, modalidades e práticas pedagógicas no processo avaliativo. A avaliação, no processo ensino-aprendizagem no ensino fundamental necessita ter o significado de reflexão para transformar a ação, ou seja, esta avaliação não deve se tornar um momento terminal no processo educativo, mas sim o desafio de novas oportunidades de conhecimentos entre educando e educador. O registro do educador (professor), como fonte de informações do processo de aprendizagem do educando, é de suma importância pois, delimitará melhor os conhecimentos e a atuação dos alunos.

PALAVRAS-CHAVE: avaliação; reflexão; intervenção.

1. INTRODUÇÃO

Na acepção etimológica do termo, avaliar significa determinar a valia, o mérito, pressupondo, portanto, um julgamento de valor e uma apreciação de mérito.

É uma atividade tão antiga quanto o homem, que já nos primórdios da luta para garantia de suas condições de sobrevivência, transformou a natureza e se transformou desenvolvendo, concomitantemente, seu pensamento e linguagem, a partir de sua prática social.

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Entendendo-se por prática social, as revelações dos homens entre si para a produção e reprodução de suas condições de sobrevivência.

No desenvolvimento da prática social, o homem também foi desenvolvendo e aperfeiçoando a capacidade de avaliar. Neste sentido, a avaliação deve ser encarada numa perspectiva mais ampla, tornando-se necessário destacar suas principais dimensões, configurando-se como elemento de crescimento e de apoio ao comportamento humano.

A avaliação pressupõe a existência de critérios externos e internos porque entendemos que o indivíduo, ao julgar a qualidade do que faz (que pode ser um objeto que produz, ou uma situação concreta da qual participa) está julgando seu próprio esforço, seu desempenho e adequação (ou inadequação) de sua participação pessoal para a concretização de diferentes empreendimentos.

A avaliação, tendo por base um duplo critério (externo e interno), é dinâmica, processual e interativa. Constitui-se também o principal componente de orientação para a ação e é espontânea.

O papel da avaliação é altamente significativo na educação; é a alma do processo educacional. A avaliação revela se o conteúdo sistematizado e a autoridade do saber do professor, no intercâmbio com a experiência de vida, o saber até então construído e a capacidade de construir conhecimento do aluno,atingiram o nível pretendido por ambos.

Quanto mais conscientes estiverem os educadores de suas tarefas, mais facilmente ocorrerão às mudanças de mentalidade e qualificações inerentes ao conhecimento, base para uma prática escolar libertadora.

2. OBJETIVOS

Ressaltar a importância da avaliação no processo de ensino-aprendizagem, no ensino fundamental, pois é extremamente relevante que o educador tenha embasamento teórico para refletir sobre a avaliação em sua prática educacional.

3. METODOLOGIA

Para está pesquisa, utilizou-se como metodologia o estudo bibliográfico de livros, revistas e de artigos científicos publicados na plataforma Scielo. Os referenciais teóricos, uma vez compilados, foram lidos, estudados e fichados a fim de confeccionar uma redação clara e organizada sobre os principais conceitos que embasam o tema gerador.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A avaliação escolar colabora com a dominação a partir do momento em que o aluno, especialmente das camadas mais pobres da população, forma um autoconceito negativo, sentindo-se incapaz, problemático ou inapto desde muito cedo, o que vai perseguir-lhe até a idade adulta, conformando-se com seu lugar na sociedade, sendo responsabilizado pelo próprio fracasso, uma vez que foi considerado incompetente.

A avaliação acaba tendo um caráter classificatório e controlador da performance do educando. Nesta perspectiva, a avaliação não está voltada para os aspectos relevantes da aprendizagem, não provoca a tomada de decisões, não conduz as mudanças necessárias e muitas vezes está reduzida a instrumentos estáticos e inibitórios do processo de desenvolvimento do aluno. A avaliação passa a ter uma função muito mais política, controla o acesso do futuro cidadão aos bens culturais e sociais, e também ideológica, pois o leva a convencer-se de que o fracasso é sua culpa. Perde-se o lado pedagógico e a qualidade no ensino.

O professor têm um grande poder de mudança nas mãos para reverter esse quadro preocupante, na direção de um ensino mais democrático, se estiver amparado por uma escola com um Projeto e uma Proposta Pedagógica dinâmicos, voltados para a construção do conhecimento, para a formação integral dos alunos, ensinando-os a pensar, transformando-os em cidadãos críticos, capazes e conscientes de suas potencialidades.

Assim, a avaliação deverá revelar se o conteúdo sistematizado e a autoridade do saber do professor, no intercâmbio com a experiência de vida, o saber até então construído e a capacidade de construir conhecimento do aluno, atingiram o nível pretendido por ambos. Neste sentido, quanto mais conscientes estiverem os educadores de suas tarefas, mais facilmente ocorrerão as mudanças de mentalidade e qualificações inerentes ao conhecimento, base para uma prática escolar libertadora.

Embora sejam em grande número os manuais que tratam do tema avaliação e reflitam sobre várias concepções, poucos são os que apresentam uma caracterização do real significado da palavra avaliação. Conforme a autora, avaliar é, sobretudo, pautar as mudanças que precisam ser feitas.

A avaliação da aprendizagem escolar também se faz presente na vida de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, pois estão comprometidos com atos e práticas educativas. Pais, educadores, educandos, gestores das atividades educativas públicas e

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particulares, administradores da educação, todos, estão comprometidos com esse fenômeno que cada vez mais ocupa espaço em suas preocupações educativas. O que se deseja é melhorar a qualidade de vida de todos. A avaliação da aprendizagem passa a ser um recurso pedagógico útil e necessário para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida. A avaliação da aprendizagem não pode ser a tirana da prática educativa, que ameaça e submete a todos (HOFFMANN, 1997).

A avaliação da aprendizagem não pode se confundida com exames. A avaliação da aprendizagem, por ser avaliação, é um ato amoroso, inclusiva, dinâmica e construtiva, diversa dos exames, que não são amorosos, são excludentes, não são construtivos, mas classificatórios. A avaliação inclui, traz para dentro; os exames selecionam, excluem, marginalizam.

Constata-se que toda intervenção educativa na aula se articula em torno de alguns processos de ensino/aprendizagem que podem ser analisados desde de diferentes pontos de vista. Em primeiro lugar, se examina o processo que cada aluno segue. Neste caso pode se distinguir entre a maneira como o aluno está aprendendo e o que faz o professor para que aprenda, quer dizer, o processo de ensino. Apesar de que o ensino e aprendizagem se encontram estreitamente ligados e fazem parte de uma mesma unidade dentro da aula, pode-se distinguir claramente dois processos avaliáveis: como o aluno aprende e como o professor ensina. Portanto, nesta perspectiva, se tem dois sujeitos da avaliação, o que poderia ser denominado uma dupla dimensão, aplicável também ao processo que todo o grupo/classe segue.

Um educador, realmente compromissado com a construção da autonomia dos seus alunos, terá como tarefa ensinar e fazer de tudo para que eles aprendam, utilizando a avaliação como instrumento de acompanhamento e ajuda e não como retirada daquilo que foi depositado durante as aulas.

No entanto, definições mais habituais da avaliação remetem a um todo indiferenciado, que inclui processos individuais e grupais, o aluno e os professores. Este ponto de vista é plenamente justificável, já que os processos que têm lugar na aula são processos globais em que é difícil, e certamente desnecessário, separar claramente os diferentes elementos que os compõem. Nossa tradição avaliadora tem se centrado exclusivamente nos resultados obtidos pelos alunos. Assim, é conveniente dar-se conta de que

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ao se falar de avaliação na aula pode se aludir particularmente a algum dos componentes do processo ensino/aprendizagem, como também a todo o processo em sua globalidade.

5. CONCLUSÕES

Para a prática pedagógica afluem as contradições do contexto escolar, os conflitos psicológicos, as questões da ciência e as concepções de valor daqueles que compõe o ato pedagógico: o professor e o aluno. Para que ela seja eficaz, é preciso saber quais metas se quer atingir e quais conteúdos curriculares serão úteis para se atingir os objetivos pretendidos. Pode-se dizer que é útil saber por qual caminho pretende-se conduzir os alunos, quais os meios que se possui para observar as metas atingidas e como realizar intervenções adequadas. Mas a identificação dos erros dos alunos depende da estrutura e do conteúdo dos conhecimentos e das competências a serem adquiridos.

A avaliação por competência não descarta observação qualitativa dos caminhos que o aluno percorre na solução de um problema, mas mesmo o professor tendo uma grade de requisitos mínimos a serem alcançados, isso não constitui uma lista fechada de itens aos quais atribuir pontos. Dessa maneira, faz-se necessário um compromisso com uma prática transformadora que oportunize o crescimento e o desenvolvimento em todos os sentidos, despertando no aluno a vontade de descobrir o inusitado.

Os registros de avaliação refletem a imagem da ação desenvolvida pelo professor. Tal reflexo tende a ficar nebuloso, falso, quando os códigos a serem utilizados não permitem uma representação clara, nítida, significativa do que se observou e do trabalho realizado junto aos alunos.

A realização deste trabalho demonstrou que muitas vezes a avaliação é um meio para julgar e classificar os alunos. A nota torna-se um fim em si mesma, estando ligada à aprovação e reprovação. Além do mais se torna uma sentença, definindo o destino do aluno, muitas vezes, fora da escola. Tudo na escola orbita em torno de classificar o aluno, a grande preocupação passa a ser a nota. A avaliação é uma arma nas mãos de alguns professores ou uma forma de decidir sobre a vida do aluno.

De acordo com o embasamento deste trabalho, constata-se que o professor precisa ter um novo olhar a respeito da avaliação. Muitos educadores ainda estão presos a avaliação classificatória, mas este patamar está mudando.

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Referências

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