PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL - 5a. REGIÃO
Cais do Apolo, s/n Edifício Ministro Djaci Falcão, 15o. Andar Bairro do Recife -Recife - PE
TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA - TRUJ
INFORMACÕES SOBRE ESTE DOCUMENTO
Nr. do Processo 0519580-46.2013.4.05.8400 Autor EDSON TOMAZ DA SILVA e outros Data da Inclusão 04/03/2015 16:28:06 Réu UNIÃO
Usuário que Anexou
DANIELLE DE SOUZA BORDALO DIR TR/AL (Servidor)
Juiz(a) que validou
Juiz Federal FREDERICO WILDSON DA SILVA DANTAS em 07/04/2015 17:58
PROCESSO Nº 0519580-46.2013.4.05.8400
CLASSE: INCIDENTE REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO
ORIGEM: RN – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE REQUERENTE: EDSON TOMAZ DA SILVA e outros
ADV/PROC: JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO REQUERIDO(A): UNIÃO
ADV/PROC: GILBERTO SOARES
RELATOR: Juiz Federal FREDERICO DANTAS RELATÓRIO
Trata-se de incidente de uniformização de jurisprudência (doc.23) interposto contra acórdão proferido pela Turma Recursal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte (doc.16) que negou provimento a recurso inominado interposto nos autos de ação proposta por EDSON TOMAZ DA SILVA e outros pugnando pela implantação de gratificação de desempenho GDIT em valor idêntico àquele pago aos servidores ativos do DNIT, haja vista o alegado caráter geral da referida rubrica.
Em seus argumentos, destaca acórdão paradigma proferido pela egrégia Turma Recursal da Seção Judiciária de Sergipe, cujo entendimento, segundo defende, restaria divergente daquele firmado no acórdão impugnado no tocante à retroação dos efeitos do ciclo de avaliação para fins de pagamento de gratificação de desempenho GDIT em valor equivalente àquele pago aos servidores ativos. Assevera, pois, que a gratificação ainda apresentaria caráter genérico, razão por que entende cabível a implantação e o pagamento dos valores retroativos pertinentes até a conclusão do ciclo de avaliação, conforme montante atualmente pago aos servidores ativos.
Por fim, pugna para que seja dado provimento ao incidente de uniformização, adotando-se o entendimento consolidado no aresto paradigma já mencionado.
Contrarrazões apresentadas pela parte ré (doc.27) aduzindo a ausência de
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divergência entre o acórdão impugnado e o aresto paradigma. Pugna, pois, para que seja negado seguimento ao incidente interposto.
Decisão monocrática proferida pela Turma Recursal de origem negando seguimento ao incidente por entender ausentes as hipóteses recursais que autorizam o manejo do incidente (doc. n.28).
Após, em sede de agravo interposto pela parte autora (doc.30) e mantida a decisão de inadmissão na origem, a Turma Regional de Uniformização deu provimento ao agravo para reformar a decisão que negou seguimento ao incidente, determinando-se o regular processamento do feito (doc.37).
PROCESSO Nº 0519580-46.2013.4.05.8400
CLASSE: INCIDENTE REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO
ORIGEM: RN – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE REQUERENTE: EDSON TOMAZ DA SILVA e outros
ADV/PROC: JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO REQUERIDO(A): UNIÃO
ADV/PROC: GILBERTO SOARES
RELATOR: Juiz Federal FREDERICO DANTAS VOTO I – PRELIMINAR
Trata-se de incidente de uniformização regional de jurisprudência interposto contra acórdão proferido pela Turma Recursal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte (doc.16) que negou provimento a recurso inominado da parte autora para manter a r. sentença, no caso, acerca da improcedência da implantação e pagamento da gratificação de desempenho GDIT por considerar que houve a realização e conclusão do ciclo de avaliação respectivo.
Razões do incidente regional de uniformização jurisprudencial destacando acórdão paradigma proferido pela egrégia Turma Recursal da Seção Judiciária de Sergipe, cujo entendimento, segundo defende, restaria divergente daquele firmado no acórdão impugnado no tocante à retroação dos efeitos do ciclo de avaliação para fins de pagamento de gratificação de desempenho GDIT em valor equivalente àquele pago aos servidores ativos. Assevera, pois, que a gratificação ainda apresentaria caráter genérico, razão por que entende cabível a implantação e o pagamento dos valores retroativos pertinentes até a conclusão do ciclo de avaliação, conforme montante atualmente pago aos servidores ativos. Por fim, pugna para que seja dado provimento ao incidente de uniformização, adotando-se o entendimento consolidado no aresto paradigma já mencionado.
Examinando o acórdão impugnado (doc.16), verifica-se que o entendimento restou consolidado nos termos seguintes:
“(...) 7- O Pleno do Supremo Tribunal Federal, julgando gratificação conhecida como “GDATA”, instituída pela Lei nº 10.404/2002, firmou entendimento acerca da possibilidade desta modalidade de gratificação ser estendida aos inativos, caso a hipótese normativa registre a sua generalidade. Verificando-se a identidade de situações, definiu-se a aplicação de idêntico raciocínio à gratificação discutida nos presentes autos. 5- Outrossim, o Supremo Tribunal Federal definiu, no julgamento do RE 631.389, ao se debruçar sobre o exame da GDPGPE, assegurou aos servidores inativos e aos pensionistas igual percentual percebidos pelos servidores ativos, até a implementação do primeiro ciclo de avaliação de desempenho. 6- Assim, apesar de o precedente citado tratar de gratificação de incentivo diversa da tratada nos presentes autos (GDPGPE), o raciocínio e o fundamento são os mesmos para aplicar à GDIT, garantindo aos servidores uma forma isonômica de tratamento. 9- No caso concreto, o autor passou a receber a GDIT em julho de 2011. Assim, somente caberia o pleito de pagamento de diferenças recebidas a título de GDIT, a partir do seu recebimento até a implementação de forma efetiva da avaliação. Contudo, conforme informações trazidas a este Juízo pela União, já foi realizado o primeiro ciclo de avaliação de desempenho individual e institucional, com
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percentual que foi ou vier a ser deferido aos servidores em atividade, sem a necessidade de avaliação de desempenho, dada a natureza genérica das referidas gratificações até que sejam regulamentadas e processados os resultados (termo inicial e final). (...) Quanto ao termo inicial e final de pagamento da vantagem, resta pacificado no âmbito desta Turma Recursal e na Jurisprudência dos demais Tribunais que, nos moldes de outras gratificações semelhantes, a exemplo da GDATA, GDPGTAS, GDPGPE, GDPST, GDARA, entre outras, a GDIT tem natureza genérica até que seja efetivamente demonstrada a regulamentação, avaliação de desempenho individual e institucional e implementação dos resultados para os servidores ativos em folha de pagamento, quando então passará a ter natureza pro labore. Como a sentença recorrida segue no mesmo sentido, não há reparos a fazer também neste aspecto. (...)”.
Do cotejo entre as decisões, verifico inexistir divergência, uma vez que as teses jurídicas adotadas convergem no sentido de assegurar aos servidores inativos e pensionistas o pagamento de percentual de GDIT equivalente ao percebido pelos servidores ativos até a data da efetiva implementação e conclusão do primeiro ciclo de avaliação de desempenho.
No caso, a improcedência do direito pleiteado decorre da existência de prova acerca da conclusão do ciclo de avaliação, o que, em consequência, afasta o caráter de generalidade que justificaria o pagamento. Logo, não há divergência das teses jurídicas, mas circunstâncias de fato e prova que justificam solução jurídica diversa. Reexame de fatos e provas os quais, frise-se, restam incabíveis em sede de incidente de uniformização de jurisprudência.
Ante o exposto, não havendo acórdão divergente, não conheço do incidente de uniformização.
PROCESSO Nº 0519580-46.2013.4.05.8400
CLASSE: INCIDENTE REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO
ORIGEM: RN – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE REQUERENTE: EDSON TOMAZ DA SILVA e outros
ADV/PROC: JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO REQUERIDO(A): UNIÃO
ADV/PROC: GILBERTO SOARES
RELATOR: Juiz Federal FREDERICO DANTAS VOTO-EMENTA
ADMINISTRATIVO. INCIDENTE REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO.
PRELIMINAR DE NÃO CONHECIMENTO. GRATIFICAÇÃO DE DESEMPENHO. ACÓRDÃO IMPUGNADO E PARADIGMA. TESES JURÍDICAS CONVERGENTES. INCIDENTE REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO NÃO CONHECIDO.
1. Hipótese que versa sobre a delimitação do direito dos inativos e pensionistas à extensão do pagamento de gratificação de atividade GDIT.
3. Acórdão em consonância com o paradigma apontado, que limita o caráter genérico da gratificação à conclusão do ciclo de avaliação.
4. Não havendo acórdão divergente é incabível o pedido de uniformização de jurisprudência. 5. Incidente regional de uniformização não conhecido.
Visualizado/Impresso em 06 de Agosto de 2015 as 14:25:14
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TURMA REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA - TRUJ
INFORMACÕES SOBRE ESTE DOCUMENTO Imprimir Nr. do Processo 0519580-46.2013.4.05.8400 Autor EDSON TOMAZ DA SILVA e outros Data da Inclusão 31/03/2015 17:15:58 Réu UNIÃO
Usuário que Anexou
Juiz Federal FREDERICO WILDSON DA SILVA DANTAS (Magistrado)
Juiz(a) que validou
Juiz Federal FREDERICO WILDSON DA SILVA DANTAS em 07/04/2015 17:58
PROCESSO Nº 0519580-46.2013.4.05.8400
CLASSE: INCIDENTE REGIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO
ORIGEM: RN – SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE REQUERENTE: EDSON TOMAZ DA SILVA e outros
ADV/PROC: JOÃO PAULO DOS SANTOS MELO REQUERIDO(A): UNIÃO
ADV/PROC: GILBERTO SOARES
RELATOR: Juiz Federal FREDERICO DANTAS ACÓRDÃO
A Turma Regional de Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais da 5.ª Região decidiu, POR UNANIMIDADE, NÃO CONHECER do Incidente de Uniformização Regional, nos termos do voto do Relator. Participaram do Julgamento os Juízes Federais Rudival Gama do Nascimento, Frederico Wildson da Silva Dantas, Francisco Glauber Pessoa Alves, Newton Fladstone Barbosa de Moura, Paula Emília Moura Aragão de Sousa Brasil, Nagibe de Melo Jorge Neto, Flávio Roberto Ferreira de Lima, Frederico Augusto Leopoldino Koehler, Polyana Falcão Brito e Fábio Cordeiro de Lima. Presidiu o julgamento o Exmo. Sr. Des. Federal Lázaro Guimarães.
Recife, 09 de março de 2015.
FREDERICO WILDSON DA SILVA DANTAS Juiz Federal Relator