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DESIGN & TIPOGRAFIA SENAC-SP Prof.: Phillip Rodolfi Aluno: Murilo Pires de Campos

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Academic year: 2021

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DESIGN & TIPOGRAFIA

SENAC-SP 2009

Prof.: Phillip Rodolfi

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Tenho um amigo músico que há tempos reclama de como a in-dústria fonográfi ca funciona. Segundo ele, as gravadoras não se importam mais com a música. Preferem uma banda com apelo visual e estilo.

Uma noite, depois de muitas cervejas, resolvemos criar um selo fonográfi co que era mais uma crítica do que necessariamente uma empresa. Surgia a DOG POO RECORDS, que signifi ca -Gravado-ra Cocô de Cachorro-.

O nome e o logotipo deveriam ter força sufi ciente para passar toda a mensagem de que tudo estava errado. As gravadoras produzem hoje verdadeiros cocôs, que depois chamam de discos. A ideia da DOG POO então é produzir cocôs de ótima qualidade, que resul-tariam em verdadeiros discos de música.

O logotipo, nada mais é do que a silhueta gráfi ca de um cachorro fazendo cocô. Para completar a identidade, o cachorro é um vira-lata de porte grande. Basicamente uma identidade que ironiza as gravadoras tradicionais.

Para essa identidade foram usadas duas fontes, e já no logotipo, é iniciada a brincadeira de preencher os espaços dentro dos ca-racteres, que resultará em toda a unidade ideia - logotipo - cartaz. Esses preenchimentos são uma brincadeira, que além de reforçar a ideia de cocô, produzem um efeito gráfi co interessante.

A IDEIA DE PARTIDA

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Já que o cartaz iria ser tipográfi co, então o primeiro passo foi achar uma fonte que contemplasse as formas arredondadas de dog poo em caixa baixa.

Depois de alguns testes, a fonte escolhida foi a Courier New, uma fonte amplamente usada em todo mundo, pois é distribuída com algumas versões do Windows e Office.

A Courier foi lançada por Howard “Bud” Kettler em 1955, embora o projeto tenha sido iniciado em 1950, comissionado pela IBM para ser usada nas máquinas de escrever. Por um descuido, a empresa não se assegurou dos seus direitos legais e patentes, resultando no uso da fonte de toda a indústria e concorrentes como padrão para máquinas de escrever.

Pelo fato de ser monoespaçada, foi usada no começo da informá-tica, facilitando o trabalho das tabelas de códigos, que necessita-vam de colunas do mesmo tamanho.

Foi redesenhada posteriormente por Adrian Frutiger para uma sé-rie de máquinas de escrever elétricas da IBM, tornando-se conhe-cida como Courier New.

RAFEANDO

Courier New

ABCDEFGHIJKLMNOPQ

RSTUVWXYZÀÅÉÎÕØÜ

abcdefghijklmnopq

rstuvwxyzàåéîõøü&

1234567890($£.,!?)

(5)

Escolhida a fonte, o segundo passo era fi ltrar os caracteres de modo que sobrassem apenas os baseados no círculo:

q

w

e

rtyui

op

a

s

d

f

g

hjklz

x

c

v

b

nm

Ainda assim, as letras E e A e C não estavam totalmente de acor-do, sendo retiradas da fi ltragem fi nal:

q o p d g b

A partir de 6 letras, era preciso escrever uma frase que comu-nicasse o ideal da DOG POO, e basicamente seria a alma do cartaz tipográfi co.

go dog do

good poo

Vai, cachorro, faça bom cocô, traduzindo para português. GO é

atitude, DOG é o sujeito, DO GOOD POO é o pedido. É como se as pessoas pedissem isso.

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Até esse ponto, tínhamos um começo de cartaz. A frase foi dispos-ta de modo a ocupar a maioria do espaço do A2:

O objetivo dessa etapa era modifi car a fonte para que ela ocupas-se ainda mais o espaço do cartaz, afi nal, é um cartaz tipográfi co. Primeiro foi diminuído o espacejamento entre as letras, depois o entrelinhas. Além disso, foi criada uma haste que unia todas as palavras.

MODIFICANDO A FONTE

go

dog

do

good

poo

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O maior desafi o da haste foi manter a frase legível ao mesmo tempo que unisse as palavras, criando um lettering. Para tal, algumas le-tras foram bruscamente modifi cadas, como o G do GO, D de DOG e DO, e fi nalmente o G de GOOD, que teve a feliz coincidência de re-criar o movimento do rabo do g na barriga do p, facilitando a leitura.

Foram criados dois grids simples a fi m de organizar espacialmen-te os elementos do cartaz. O vermelho (imagem acima) divide o cartaz em seis partes na horizontal, sendo 5/6 reservados para a “imagem”, ou seja, o lettering, e 1/6 para a assinatura com o lo-gotipo. Dentro do 1/6 foi criado um grid 0x3 apenas para alojar a identidade da DOG POO geometricamente.

Já nessa etapa do projeto, a cor já havia sido determinada depois de alguns testes. O azul se mostrou melhor esteticamente, e seu uso é reforçado pela psicologia das cores, que afi rma que o azul é uma cor fria, portanto pertinente à REFLEXÃO, VERDADE e SABEDORIA. Atributos que fazem parte da ideia geral do cartaz.

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Já tínhamos a base do cartaz, bastava refi nar. A primeira ação foi preencher os círculos criados pelas próprias letras do lettering com preto, remetendo a ideia original do cartaz, da DOG POO, e já nessa etapa, por quê não, de discos também? O preenchimento tem uma dualidade que representa tanto o poo como discos, e isso torna o cartaz ainda mais interessante.

Feito isso, surgia um problema: a falta de volume e/ou movimen-to. Para resolver essa questão, foram criadas sombras do lette-ring nas cores verde e vermelho, e dispostas de forma a criar um efeito 3D. Além disso, foi feito um degradê no azul para dar a ideia de movimento.

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Nessa etapa, foi enviada uma cópia em .jpg para algumas pesso-as para testar se o lettering era legível e se o efeito 3D era bem recebido ou não.

O lettering se mostrou legível em 100% dos casos, porém o efeito 3D havia se mostrado “irritante” para algumas pessoas. Hora de achar outro meio de criar volume.

Por uma indicação de um amigo, resolvi testar como fi caria criar um fundo com retículas, ferramenta bastante usada por ilustra-dores de mangá, que na falta de cor na impressão, recorrem às texturas das retículas para conseguir mais níveis de sombra. Depois de alguns testes, fi nalmente foi criada uma textura com pa-drão circular, que dialogava com o lettering, e dessa forma o efeito de volume e movimento foi criado.

O padrão da retícula é circular, e o movimento se dá de baixo para cima, sugerindo a leitura do lettering.

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O GUIA COMPLETO DA COR | Adam Banks, Tom Fraser; Editora SENAC São Paulo 2008

COLOR DESIGN WORKBOOK: A REAL WORLD GUIDE TO USING COLOR IN GRAPHIC DESIGN | Adams Morioka, Terry Stone; Rockport 2008

Wikipedia (EN) - palavra-chave: Courier (typeface). http://en.wikipedia.org/wiki/Courier_%28typeface%29 Typeart History - Courier.

http://www.typeart.com/history.asp?FID=43

Impresso em uma gráfi ca barata em papel barato. Fontes utilizadas:

Títulos:

UNIVERS LT STD - 39 Thin Ultra Condensed Textos:

HELVETICA LT STD - Roman Courier:

COURIER NEW - Regular

REFERÊNCIAS

Referências

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