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EQUILÍBRIO POSTURAL EM CRIANÇAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR

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Academic year: 2021

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EQUILÍBRIO POSTURAL EM CRIANÇAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR

André Felipe Veronez Paixão (FUNADESP/UNOPAR), e-mail: paixao.af@gmail.com. Fabiana Dias Antunes, e-mail: fabiana.antunes@outlook.com Eros de Oliveira Junior

(Orientador), e-mail: erosjunior@hotmail.com Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)

Área: Introdução

Nas situações de vida cotidiana a criança é submetida a múltiplas perturbações que lhe obriga a controlar constantemente sua postura e seu equilíbrio. É essencial otimizar estratégias preventivas e terapêuticas, integrando atividade física e aspectos motores. É necessário se apoiar em experimentos baseados em tarefas motoras da vida cotidiana nas quais as alterações posturais e de equilíbrio são reais. Em seguida é preciso identificar os fatores que possam dar origem aos problemas observados.

No alinhamento postural ideal, espera-se que os músculos e as articulações se encontrem em estado de equilíbrio, tanto estático quanto dinâmico, com quantidade mínima de esforço e sobrecarga, de modo a proporcionar ótima eficiência para o aparelho locomotor. Uma instabilidade postural caracterizada pela diminuição do exercício físico e do controle muscular, por exemplo, poderia afetar os sistemas envolvidos na integração do controle postural.

Nas atividades cotidianas, assim como nos esportes, o indivíduo é exposto à uma grande variedade de tarefas dinâmicas e estáticas que desafiam seu controle de movimento e equilíbrio postural. As diversas tarefas impostas ao ser humano produzem diferentes desafios ao controle de movimento, portanto, diferentes demandas motoras solicitam modificações posturais, nos padrões de força e controle das sinergias.

Material e Métodos

O estudo foi conduzido de acordo com as normas da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa. Depois de convidadas a participar do estudo, os voluntários e responsáveis foram esclarecidos sobre os objetivos e metodologia da pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Amostra

A amostra deste estudo foi composta por 15 crianças voluntárias, com idade entre 6 e 13 anos, que foram recrutadas por conveniência, sendo aplicados o questionário PAQ-C, medido o peso corporal e a estatura.

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Plataforma de força

Para avaliar o equilíbrio postural em condição estática, todos os participantes foram testados sobre a plataforma de força BIOMEC400 (EMG System do Brasil, SP Ltda.). A força vertical de reação do solo é derivada de uma amostragem de 100 Hz para coleta de dados. Os seguintes parâmetros de equilíbrio baseados no COP foram computados: área de elipse do COP (em cm2), velocidade média (em cm/s) de

oscilações do COP e frequência média de oscilações do COP (em Hz) nas direções de movimento anteroposterior (AP) e médiolateral (ML). Todos os parâmetros foram calculados em intervalos específicos para cada tarefa experimental.

Procedimentos

As coletas foram realizadas no “Laboratório de Avaliação Funcional e Performance Motora Humana”, localizado no Centro de Pesquisa em Ciências da Saúde da UNOPAR, Londrina-PR. Cada sessão teve uma duração aproximada de uma hora. Foram coletados os dados demográficos da amostra (sexo, idade, peso, altura, membro dominante) e logo após teve início o protocolo experimental de avaliação de equilíbrio.

Protocolo experimental

Após familiarização com os equipamentos, com o protocolo experimental e após 6 minutos de repouso sentado, os seguintes testes de equilíbrio sob a plataforma de força tiveram início em ordem randomizada:

Teste estático em apoio unipodal com o membro inferior dominante e com olhos abertos durante 30s (3 tentativas, com períodos de repouso de 30s entre as tentativas). Após um minuto de repouso teve início o teste estático em apoio unipodal com o membro inferior não dominante com olhos abertos durante 30s (3 tentativas, com períodos de repouso de 30s entre as tentativas). O protocolo de equilíbrio foi realizado com os pés descalços, braços ao longo do corpo e olhos abertos, direcionados para um alvo (círculo preto colocado na altura dos olhos do participante) fixado a 2,5 metros de distância à frente da plataforma de força.

Análise dos dados

Os dados foram analisados de forma descritiva com a média e desvio-padrão para obter resultados dos exames antropométricos e parâmetros do COP nas direções de movimento antero-posterior e médio-lateral. Foi verificada a distribuição de normalidade da amostra por meio do teste de Shapiro Wilk. O Teste-T de amostras dependentes foi utilizado para comparar o membro inferior dominante com o não dominante. As análises estatísticas foram realizadas no programa estatístico SPSS (versão 21.0) com a significância adotada de 5% (p≤0.05).

Resultados e Discussão

Resultados

Participaram do estudo 7 crianças do sexo masculino e 8 do sexo feminino. O grupo foi composto por crianças praticantes de futebol (n=5), ginástica rítmica (n=5) e triathlon (n=5), com 6 meses ou mais de treinamento. A média de idade foi de 8,6 anos (±2,1). Os dados demográficos são mostrados na tabela 1. De acordo com o Questionário de Atividade Física para Crianças, os participantes foram classificados como muito ativos. Para todos os parâmetros do centro de pressão

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estudados, os resultados obtidos não mostraram diferença significativa durante o teste de equilíbrio unipodal entre o membro inferior dominante e não dominante (Tabela 2). Apesar do teste de dominância apresentar preferência por um determinado membro inferior, após os testes de equilíbrio estático unipodal, 11 participantes relataram maior facilidade de equilíbrio no membro inferior descrito como não dominante.

Idade (anos) Peso (kg) Altura (m) IMC (kg/m2)

8.6±2.1 38.3±9.2 1.41±1.1 16.3±2.7

Tabela 1. Dados demográficos (média ± desvio padrão)

Parâmetros do COP Teste Unipodal Membro inferior dominante Membro inferior

não dominante p-valor Área de Elipse (cm²) 8.48±2.8 9.58±4.2 0.19 Velocidade (cm/s) A P 3.01±0.8 3.39±1.1 0.07 M L 3.37±0.7 3.28±1.0 0.67 Frequência (Hz) A P 0.59±0.1 0.68±0.2 0.19 M L 0.86±0.2 0.87±0.2 0.95

Tabela 2 - Parâmetros de equilíbrio baseados no COP para o teste unipodal

COP= Centro de pressão, AP= Antero posterior e ML= Médio lateral

*Nível de significância p<0.05

Discussão

A dominância lateral podal pode ser considerada um indicativo mais adequado para definir a lateralidade, pois não sofre grande influência do ambiente ou cultural, como a dominância manual. O uso predominante de um dos membros inferiores pode estar relacionado ao tipo de tarefa executada, seja esta de chute ou manutenção da postura em pé (Maupas et al., 1999). Isto implica na presença de diferentes comportamentos entre o membro inferior dominante e não dominante na execução de atos motores (Zverev, 2006). Durante tarefas bipodais, o membro que realiza a estabilização na maioria dos indivíduos é o esquerdo, favorecendo a dominância do lado direito, entretanto em tarefas unipodais, a maioria dos indivíduos apresenta dominância do membro direito (Gabbard et Hart, 1995).

Conclusão

A dominância dos membros inferiores parece não influenciar o equilíbrio unipodal estático em crianças praticantes de atividade física regular. O membro inferior dominante, utilizado para manipular um objeto ou guiar um movimento, mostrou não ser o membro inferior de preferência para o equilíbrio unipodal estático.

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Agradecimentos

À todos os integrantes do grupo que participaram e contribuíram para que a pesquisa fosse possível.

Referências

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Referências

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