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Fundação Casa de Rui Barbosa

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

PALESTRANTE

HUMBERTO NETO DAS CHAGAS

Arquiteto Msc. Artes harq@globo.com

Fundação Casa de Rui Barbosa

Série Memória & Informação

(2)

ARQUITETURA SOLARENGA RURAL DE CAMPOS DOS

GOYTACAZES NO SÉC. XIX:

uma análise histórica e tipológica

RIO DE JANEIRO JUNHO 2012

(3)

1. INTRODUÇÃO

1.1 Campos dos Goytacazes e a cana de açúcar

2. ARQUITETURA RURAL BRASILEIRA

3. A ARQUITETURA RURAL CAMPISTA NO SÉC. XIX

3.1 Fazenda Barra do Sul 3.2 Fazenda Santa Maria 3.3 Fazenda da Pedra 3.4 Fazenda Capivari

4. SOLAR DOS AYRISES

5. SOLAR DA BARONESA DO MURIAÉ 6. SOLAR DE SANTO ANTONIO

7. CONCLUSÃO

(4)

OBJETIVOS

• Fomentar a preservação do patrimônio histórico edificado na região de Campos dos Goytacazes, de acordo com o que preconizam os documentos internacionais de preservação e as legislações federal e estadual pertinentes.

• Contribuir com o material cadastral necessário para uma preservação mínima além de sistematizar a documentação da casa senhorial na região, no século XIX.

• Colaborar com as autoridades competentes que venham a restaurar as obras em questão e outras tombadas na região Norte Fluminense, assim como com os estudiosos e amantes da arquitetura tradicional brasileira. • Contribuir com a constituição de um modelo construtivo, histórico e

estilístico dos solares de engenhos de açúcar da região norte do estado do Rio de Janeiro.

(5)

METODOLOGIA

• Foram pesquisados autores de obras sobre a arquitetura rural brasileira e autores que descreveram a situação da planície goytacá.

• Foram pesquisados documentos primários como o Almanak Laemmert, relatórios provinciais, jornais e iconografias da época, plantas, e relatos de viajantes que descreveram situações vividas na região.

• As próprias edificações serviram de fontes, com levantamento dos dados cadastrais que geraram plantas e elevações que contribuíram na comparação das amostras.

(6)

1. INTRODUÇÃO

No campo as riquezas – gado bovino e cana de açúcar. Pequenos e grandes engenhos.

Portugueses, Jesuítas e Beneditinos.

Muitos escravos e poucos profissionais qualificados.

Solar dos Ayrizes, Solar da Baronesa do Muriaé e Solar de Santo Antonio.

(7)

1.1 Campos dos Goytacazes e a cana de açúcar

Mapa de localização dos Solares e Fazendas pesquisadas

• Vila – 29 de maio de 1677 / Cidade 28 de março de 1835. • Poucos engenhos grandes – Joaquim Vicente dos Reis. • Usinas: 1877 a 1885 – 17.

• Engenho Central – Quiçamã/ Usina Barcelos. • Visitas do Imperador.

• Solo de massapê – 1785 - 51 olarias.

• Índios Goytacazes.

• Pêro de Gois e Gil de Góis. • Jesuítas e Sete Capitães.

(8)

2. Arquitetura Rural Brasileira • Geraldo Gomes • Luis Saia • Vladimir Benincasa • Viajantes 1. Plantas Baixas 2. Fachadas

Silva Telles

• Gilberto Freyre

“não foi nenhuma reprodução das casas portuguesas, mas uma expressão nova, correspondendo ao nosso ambiente físico e a uma fase surpreendente, inesperada, do imperialismo português: sua atividade agrária e sedentária nos trópicos; seu patriarcalismo rural e escravocrata.” ( 2006. p. 35 )

(9)

Plantas Baixas

Tipo 2- Dois módulos Tipo 1- Três módulos

(10)

Fachadas

Tipo 2 b – Escada única perpendicular à fachada Tipo 1- Sobrados com sequência de vãos sem escada

(11)

3. A Arquitetura Rural Campista no Século XIX

Solares

À frente e acima: Residência Porão ou Térreo: Serviços Engenho

Capela

Principais aspectos externos:

• Fachadas simétricas

• Esquadrias de linhas simples

• Poucos detalhes decorativos em madeira, pedra e ferro • Telhados em telha capa e canal

Principais aspectos internos:

• Térreo ou porão

Caiação, sem forro, pisos de terra batida ou tijoleira • Pavimento Superior

Pintura artística, forro em madeira , piso em tábua corrida

Sistema construtivo:

(12)

3.1 Fazenda Barra do Sul

• Gado leiteiro, cana de açúcar, piscicultura • Jesuítas

• Obras – 1939, 1965…

paredes removidas, pau a pique • Elementos preservados

tijolos cerâmicos maciços

pisos, barrotes e forros de madeira marcação simétrica da fachada

Telhado em madeira – telha capa e canal escadas em gnaiss

Janelas e óculos

(13)

Fachada Frontal

2° Tipo – Sub tipo b

Pisos acima de porão alto, com seqüências de vãos em cada piso e única escada à frente, perpendicular à fachada.

Escala gráfica

0 1 2 5

(14)

Planta Baixa porão

2° Tipo

Retângulo frontal acrescido de apenas um corpo acoplado ao fundo perpendicularmente Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova 3. Depósito/ Serviços 4. Circulação 5. Cozinha 6. Banheiro 7. Pátio 8. Função Desconhecida 9.Copa 10.Hall 11.Closet 12.Lavanderia 1 1 3 6 8 12 Muro á 15 metros Mu ro á 20 m e tr o s Escala gráfica 0 1 2 5 7 E s ta nte em m a d e ir a

(15)

Planta Baixa pavimento habitável Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova 3. Depósito/ Serviços 4. Circulação 5. Cozinha 6. Banheiro 7. Pátio 8. Função Desconhecida 9.Copa 10.Hall 11.Closet 12.Lavanderia Área Construída = 849,66 m² Escala gráfica 0 1 2 5 2 2 6 2 10 2 2 11 6 2 1 4 2 1 6 3 9 5 4 7 Muro á 15 metros Muro á 2 0 m e tr o s

(16)

• Criação de gado, cana de açúcar • Telhado com telhas cerâmicas tipo

capa e canal

• Esquadrias do tipo guilhotina • Fachada “caiada” de branco

• Forro e pisos de madeira preservados • Varandas frontal e lateral 1930/1950 • Varanda de fundos

• Alterações internas significativas • Barroteamentos

• Sistema Construtivo

Mapa de Localização

(17)

Escala gráfica 0 1 2 5

Fachadas

Fachada principal

Fachadas Lateral Esquerda e Principal. 2010

Fachada Lateral Direita. 2010

2º Tipo – Sub tipo b

Pisos acima de porão alto, com sequências de vãos em cada piso e única escada à frente, perpendicular à fachada.

(18)

Escala gráfica 0 1 2 5 6 6 2 2 2 1 1 1 1 6 6 4 6 3 3 8 3 7 10 Área acrescida Legenda

Planta Baixa porão alto Planta Baixa pavimento habitável

4º Tipo - Retângulo único

Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova 3. Depósito/ Serviços 4. Circulação 5. Cozinha 6. Banheiro 7. Pátio 8. Função Desconhecida 9.Copa 10. Sauna Área construída = 779,02m² 6 6 6 6 9 2 2 2 2 5 1 1 6 4 4 6 4 7 1 Escala gráfica 0 1 2 5 Área acrescida Legenda

(19)

• Cana de açúcar, gado bovino, frutas

• São Fidélis – limite de trechos do Vale do Paraíba

• Barão de Azeredo Coutinho recebe D. Pedro II • Obras de reforma

• Telhas cerâmicas tipo capa e canal • Esquadrias do tipo guilhotina

• Barrotes 0,20X0,23m

• Forros – saia e blusa – iluminação natural • Assoalho

• Tijolos cerâmicos maciços

• Comunicação cozinha, aquecimento de água • Ala posterior direita – piso e lajes de concreto

armado

• Espessura paredes

Mapa de Localização

(20)

Planta Baixa pavimento habitável Planta Baixa porão Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova 3. Depósito/ Serviços 4. Circulação 5. Espaço Religioso 6. Cozinha 7. Banheiro 8. Pátio interno 9. Varanda 10. Copa 11. Adega 12. Lavanderia 1 1 1 1 4 2 4 5 7 7 4 2 1 7 5 6 3 2 6 10 9 2 7 2 7 4 4 7 2 1 9 2 2 2 12 Escala gráfica 0 1 2 5 8 ± 0,00 Muro á 11 metros Desce p/ adega Iluminação zenital Ilum inaç ão z enit a l Pergolado Área acrescida Legenda 11 11 - 2,00 Escala gráfica 0 1 2 5

2° Tipo – retângulo frontal acrescido de corpo único

(21)

3º Tipo

Edificação térrea com seqüência de vãos

Fachada Principal

Escala gráfica

0 1 2 5

Fachada Principal. 2010

• Fachada assimétrica

• Alpendre com escada única

• Telhado e esquadrias mantêm o aspecto oitocentista.

(22)

• Cana de açúcar, criação de gado bovino

• Inventário Caminhos do Açúcar – INEPAC Primeira sede 1749, demolida para a construção de outra 1817

• Permanência de parte existente e acréscimo do pavimento superior

• Obras modernas • Ladrilho hidráulico

• Telhas tipo capa e canal

• Assoalhos e forros de madeira • Esquadrias tipo guilhotina

Mapa de Localização

(23)

Fachadas

Fachada frontal

Escala gráfica

0 1 2 5

Fachadas frontal e lateral direita. 2010.

1º Tipo

Sobrado com sequência de vãos sem escada externa

• Após reforma, linhas inspiradas no estilo missões espanholas • Ambiência

(24)

Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova 3. Depósito/ Serviços 4. Circulação 5. Espaço Religioso 6. Cozinha 7. Banheiro 8. Varanda 9. Copa 10. Hall 11. Pátio 12. Anexo

Planta Baixa pavimento térreo

8 10 1 1 1 5 7 7 1 1 3 7 1 4 Escala gráfica 0 1 2 5 6 1 4 12 9 11 Área acrescida

(25)

Planta Baixa pavimento superior Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova 3. Depósito/ Serviços 4. Circulação 5. Espaço Religioso 6. Cozinha 7. Banheiro 8. Varanda 9. Copa 10. Hall 11. Pátio 12. Anexo Área construída = 715,54 m² 7 7 7 7 7 2 2 2 2 2 1 4 8 Escala gráfica 0 1 2 5 11

(26)

Vista Aérea

BR 356

São João da Barra 30 km

Centro Campos 7 km

Solar RIO PARAÍBA DO SUL

(27)

• Criação de gado, e plantio de cana-de-açúcar • Localização às margens do rio

• Usinas de açúcar na região

• Construído por Claúdio do Couto e Souza

• Data estimada: virada do primeiro para segundo quartel do século XIX • Autoria de projeto desconhecida

• Engenho demolido

4.1 Histórico da edificação

(28)

Mapa das terras do Cel. Joaquim Vicente dos Reis, 1809.

• Coronel Joaquim Vicente dos Reis • Fazenda do Colégio

• Diversos engenhos e casas

• Cap. Paulo Francisco da Costa Viana

“A antiga morada do Capitão Paulo Francisco da Costa Viana era localizada mais perto do rio.”

LAMEGO, A.F. M. (1943, Vol. 5, p. 503 – 504)

(29)

Iconografia de época

Fachadas lateral esquerda e principal.S.d.

Fachadas principal e lateral direita. S.d.

• Linha férrea e “estação” de trem • Palmeiras imperiais

• Pintura com fundo mais escuro • Á direita, fora da foto, Rio Paraíba.

• Acréscimo já demolido

• Notável descontinuidade entre o corpo principal e a ala direita

(30)

Iconografia de época

• Biblioteca e Pinacoteca

• No pavimento habitável Riqueza de detalhes.

Coleção de quadros. S.d.

Vista da varanda de fundos não mais existente. S.d.

• Varanda para observação do engenho – provavelmente à direita, fora da foto. • Instalações hidro sanitárias.

• Umbrais de portas ainda existentes

(31)

4.2 Sistema construtivo

Porão Alto

• Paredes mestras em tijolo maciço – 0,60m. • Paredes internas tijolo maciço ou adobe. • Paredes internas e de fundos 0,20 m

• Colunas em tijolos maciços 0,60 X 0,60 m.

Pavimento Habitável

• Paredes externas do corpo principal, alas direita e esquerda 0,20 m.

• Parede lateral externa da ala esquerda e parede frontal = 0,60 m.

• Tijolos cerâmicos 0,10 X 0,17 X 0,37 m.

• Esteios de apoio às linhas de tesoura fundos seções 0,20 X 0,20 m .

• Ala direita paredes 0,10 m.

• Não foi notada alvenaria de pedra, cantaria e taipa de pilão

• Somente um registro de pau a pique

(32)

Janela balcão sobre capela. 2002.

Pisos

• Porão alto - terra batida – Cheias do Rio

• Pavimento habitável - piso em assoalho 0,25 m. • Ladrilho hidráulico.

Cobertura

• Telha capa e canal .

• Estrutura formada por tesouras com pernas, linha base, pendural e diagonais.

• Obra 2004

• Forros em tábuas de peroba encaixe macho e fêmea 0,25 m – um ambiente em gamela

Esquadrias - madeira

• Conjunto mais presente é composto de vidro veneziana e bambinela interna - inserção posterior.

(33)

Pintura em afresco parede lateral da escada social. 2002.

Pintura

• Fachada frontal - caiação não pigmentada. • Cimalhas, cunhais e lesenas no mesmo tom.

• Pavimento habitável várias camadas de pinturas, inclusive artísticas. • Porão alto, não há pintura pigmentada com exceção da capela.

(34)

4.3 Tipologia da planta – porão alto

Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova

3. Quarto /Alcova - Uso externo 4. Depósito/ Serviços 5. Circulação 6. Espaço Religioso 7. Cozinha 8. Banheiro 9. Pátio 10. Função Desconhecida

• Alas direita e esquerda, objetos de intervenções – padrão construtivo distinto do corpo principal.

• Capela Pé-direito duplo. • Porão – serviços. 6 4 4 5 3 3 12 6 4 5 2 8 4 11 + 7.30m 9 Escala gráfica 0 1 2 5

RIO PARAÍBA DO SUL = APROX. 100m

B A C A C B RIO BR 356 Cerca

(35)

Planta Baixa pavimento habitável

Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova

3. Quarto /Alcova - Uso externo 4. Depósito/ Serviços 5. Circulação 6. Espaço Religioso 7. Cozinha 8. Banheiro 9. Pátio 10. Função Desconhecida Área total construída = 1220m²

Escala gráfica 0 1 2 5 2 2 2 2 1 1 2 2 2 2 1 1 4 6 5 5 4 7 8 6 10 5 8 9 RIO BR 356 B A C A C B Cerca

RIO PARAÍBA DO SUL = APROX. 100m

+ 7.30m

Pavimento habitável – dormitórios, salas, cozinha, banheiro.

(36)

Fachada Principal

1º Tipo – sobrados com sequência de vãos sem escada

Escala gráfica

0 1 2 5

• Simetria

• Marcação forte

• Inspirações neoclássicas

(37)

Fachada Principal

Fachada Principal. 2008.

(38)

Vista Aérea

5 . Solar da Baronesa do Muriaé

Rio Muriaé BR 356 Solar Campos 13 km Itaperuna 90 km Construção contemporânea

(39)

5.1 Histórico da edificação

• Fazenda São Francisco - antigo engenho de açúcar

• Manoel Pinto Neto da Cruz, o Barão do Muriaé

• D. Raquel Francisca de Castro Netto da Cruz, a Baronesa

• Hospeda Dom Pedro II

• Conglomerado com 500 escravos • 1966 enchente seguida de saques e

invasões

• 1974 Tombado pelo IPHAN • 1974/75 doação à ABL

• Obras 1977/78 e outras • 1978 Projeto da Biblioteca

(40)

Fachada posterior – BR 356. 2012

(41)

Vista da escada de acesso em grande destruição.1977. Fachada posterior presença de porta – BR 356. 1977.

Iconografia de época

• 1993 abandono/ paralisação das obras da biblioteca • Reforma com inserção e retirada de porta.

• 2008- Projeto de restauração.

(42)

Alvenaria/ estrutura de madeira

• Tijolos maciços 0,10x0,17x0,37m

• Paredes estruturais mestras - uma vez 0,75 m – 1° pavimento

0,60 m – Sobrado

• Paredes internas - meia vez - 0,15 a 0,20m esteios de madeira de 0,075 X 0,075m

cada 2 a 3 m.

• Umbrais de portas e janelas

0,17 x 0,17 a 0,20 x 0,20m – Sobrado

• Barrotes de piso substituídos 0,20 X 0,20m • Argamassas substituídas – Reforma

5.2 Sistema Construtivo

(43)

Telhado

• Telhas tipo capa e canal irregulares • Beirais externos sem calhas

• 08 águas com cimalhas argamassadas • Tesouras com perna, linha base,

pendural e diagonais

Forro treliçado da antiga cozinha. 2008.

Beiral pátio interno. 2008.

Forros

Grande parte intervenção Sobrado

• Todos os ambientes forrados. • Salão nobre – gamela

Primeiro pavimento

• Somente os que se encontram alinhados com a capela

(44)

Pisos

• Tijoleira – 1° pavimento

• Gnaisse - bordas, embasamento, degraus, calçada circundante e pátio interno

• Granito levigado – entrada fundos

• Assoalho de madeira – sobrado – poucas peças originais

• Banheiros com cerâmicas

Esquadrias

• Uso predominante da madeira • Exceção para os óculos em ferro

• Portas, janelas e ferragens não originais • Janela falsa para composição da fachada.

Piso em tijoleira. 2008.

Pisos em pedras diversas e esquadrias com inserções. 2008.

(45)

Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova

3. Quarto /Alcova - Uso externo 4. Depósito/ Serviços 5. Circulação 6. Espaço Religioso 7. Cozinha 8. Banheiro 9. Pátio interno 10. Função Desconhecida 11. Varanda

5.3 Tipologia da planta – 1 º pavimento

6 3 5 5 3 6 4 4 9 4 4 11 2 4 8 8 5 4 4 C D A A B B C D Muro de arrimo BR 356 = APROX. 300M + 15 + 13 +14 +14.5 + 12.5 + 12 Muro

RIO MURIAÉ = APROX. 9,00m

Escala gráfica

0 1 2 5

Planta Baixa atual

Construção contemporânea aprox. 60m

3º Tipo – alas posteriores interligadas

• Em declive. • 33 x 33m.

• Pátio interno 6,5 x 9,5m. • Capela.

• Demais ambientes pouco definidos. • Serviços e atividades externas.

(46)

Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova

3. Quarto /Alcova - Uso externo 4. Depósito/ Serviços 5. Circulação 6. Espaço Religioso 7. Cozinha 8. Banheiro 9. Pátio interno 10. Função Desconhecida 11. Varanda

• Quartos, salas, salões nobres, cozinha e circulações.

• Planta de 1976.

• Balcão para assistir às missas.

1 1 7 2 2 5 5 5 2 2 6 2 5 10 11 2 2 8 8 8 8 1 10 6 2 2 2 1 1 A A B B C D C D Muro de arrimo + 15 + 12 + 13 +14 +14.5 + 12.5 Muro

RIO MURIAÉ = APROX. 9.00m

Escala gráfica

0 1 2 5

Planta Baixa atual

Construção contemporânea aprox. 60m BR 356 = APROX. 300M

Pavimento - Sobrado

(47)

Fachadas

1º Tipo – Sobrados com sequência de

vãos sem escada externa

Fachada frontal – Rio Muriaé

Fachada posterior – BR 356 Escala gráfica 0 1 2 5 Escala gráfica 0 1 2 5 Elementos neoclássicos Presentes • Simetria

• Marcação dos vãos e cunhais Ausentes

• Frontão triangular

• Platibandas à frente do telhado • Colunas clássicas

(48)

6 . Solar Santo Antônio

Solar

Farol de São Thomé 43 km Centro Campos 3 km

Dormitórios

Vista Aérea

(49)

• Construído em ambiente rural, na 1ª metade do século XIX, hoje inserido na malha urbana de Campos dos Goytacazes.

• Proprietário e provável construtor Joaquim Pinto Neto dos Reis, o Barão de Carapebus.

• Recebeu D. Pedro II em 1847. • Tombado pelo IPHAN em 1946.

• Principais atividades após 1940 - abrigo de idosos. • Interditado e escorado desde 2003.

6.1 Histórico da edificação

(50)

Detalhe Fachada frontal. 2012. Fachada frontal. 2012.

(51)

• Dias atuais o abrigo se dá de forma pouco adequada.

• Alas erigidas em 1960/1970, com estrutura se apoiando no bem tombado.

• Obras na década de 30 e século XXI e sua utilização.

Escoramento lateral e construção anexa ao fundo. 2007.

• Bloqueio visual “interno” e “externo”. • Os dois lados da inserção na malha

urbana.

• Pináculos, esquadrias e lesenas.

(52)

Estrutura de madeira

• Composta por esteios, madres, frechais, barroteamento de pisos e tetos.

Alvenaria de tijolos maciços

• Porão alto:

paredes mestras laterais, fundos = 0,70m.

Parede frontal = 0,80m. Paredes internas = 0,20m.

• Pátio interno com colunas de

0,60mX0,60m.

• Pavimento superior:

paredes mestras = 0,25m

parede frontal = 0,80m, recuos = 0,25m paredes internas 0,19m.

• Nos dois pavimentos paredes = 0,15m • Paredes banheiros - 0,13m até 0,30m.

6.2 Sistema Construtivo

(53)

FRECHAL

ESTEIO ESTEIO

PEITORIL VERGA

MADRE

PISO PORÃO ALTO

UMBRAL

ASSOALHO

BARROTE DE PISO

Detalhe esquemático da estrutura de madeira. 2010.

• Esteios de madeira seção 0,20m X 0,20m.

• Desde o piso do porão alto até o frechal.

(54)

Cantaria

Em maior número

Esquadrias em madeira

• Arco abatido. • Janela - tipo

guilhotinas em vidro externamente guilhotinas em veneziana

duas folhas almofadadas de abrir, internamente.

• Portas – balcão

duas folhas de abrir com almofadas e vidro, encimadas por painel fixo.

Detalhe porta – balcão pátio interno. 2007.

(55)

Telhado

• Estrutura original formada por tesouras de madeira formando triângulos com pernas e linha base, pendural, diagonais.

• Telhas do tipo capa e bica em barro vermelho.

• Oito águas.

Forro

• Saia e blusa, macho e fêmea e gamela.

• Capela é forrada com estuque. • Diversas interferências.

Pisos

• Pavimento habitável, assoalhos de madeira 0,50 m.

• Porão alto nenhum piso original. • Cimentados.

Forro de estuque da capela com reparos. 2007.

(56)

6.3 Tipologia da planta – porão alto

Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova

3. Quarto /Alcova - Uso externo 4. Depósito/ Serviços 5. Circulação 6. Espaço Religioso 7. Cozinha 8. Banheiro 9. Pátio interno 10. Função Desconhecida 11. Varanda • 35,00 m x 35,50m. • Pátio interno – 9,30 x 9,60m. • Adequações “distribuídas”.

• Vigas e pilares de concreto armado.

Escala gráfica 0 1 2 5 6 8 8 8 8 8 8 8 8 5 5 5 8 8 4 7 2 2 2 1 1 6 4 4 8 9 9 4 9 5 5 5 5 + 8,00m 11 B B

3º tipo – alas posteriores se

(57)

Legenda: 1. Salão/ Sala 2. Quarto/ Alcova

3. Quarto /Alcova - Uso externo 4. Depósito/ Serviços 5. Circulação 6. Espaço Religioso 7. Cozinha 8. Banheiro 9. Pátio interno 10. Função Desconhecida 11. Varanda

Área total construída = 2.692 m²

Pavimento superior Escala gráfica 0 1 2 5 6 1 6 9 8 8 8 8 8 8 8 8 8 9 9 5 5 5 1 5 2 7 2 1 2 2 2 2 2 2 2 1 2 11 6 + 8,00m B B

• Adequações “isoladas”, mantiveram o aspecto oitocentista do bem tombado.

(58)

Escala gráfica

0 1 2 5

Fachada Frontal

2° Tipo – Sub tipo b

Pisos acima de porão alto, com seqüências de vãos em cada piso e única escada à frente, perpendicular à fachada.

Ausentes

• Frontão triangular

• Platibandas à frente do telhado • Colunas clássicas

Elementos neoclássicos Presentes

• Simetria

(59)

Conclusão

• Colonização portuguesa com poucos relatos de imigrantes estrangeiros, contou com a presença de beneditinos e jesuítas. Tais fatores aliados aos demais dados pesquisados indicam uma gênese tipológica dos solares campistas baseada na arquitetura portuguesa.

• Diferentemente do que ocorria em Portugal nos Séculos XVIII e XIX, onde havia a participação de arquitetos na construção de seus Solares, não identificamos a participação destes profissionais na elaboração dos projetos, ou construtores que tivessem executado tais obras.

• Os Solares pesquisados, sofreram influência do que se construíra na segunda metade do Século XVIII em Portugal. Pouco se assemelham com as construções nortenhas, que se apresentam com um maior requinte, em decorrência do abundante uso da pedra. A arquitetura campista teve um uso discreto da pedra, e generoso uso da terra, mais assemelhado à região centro sul portuguesa.

• Ainda que estes objetos de estudo tratem de remanescentes de casas sedes de engenhos de açúcar, não foram encontrados o “quadrilátero” ou qualquer outra forma onde estivessem a senzala, o engenho e demais construções necessárias ao bom funcionamento do complexo.

(60)

• Os três Solares tombados pelo IPHAN (Ayrizes, Baronesa do Muriaé e Santo Antonio) sofreram danos que trouxeram a perda irreversível de alguns elementos de suas constituições originais.

• Nas construções pesquisadas tem-se a predominância do sistema construtivo com utilização de estrutura de madeira, entremeadas com alvenaria de tijolo maciço ou adobe. As edificações em dois pavimentos, em geral têm paredes mais espessas no pavimento inferior, em função do sistema se encontrar apoiado nestas alvenarias. Este conjunto é sobreposto por estrutura de madeira em tesouras com telhas tipo capa e canal.

• Quanto às tipologias das plantas não se pode afirmar que tenha havido alguma predominância nos exemplares desta pesquisa. O Solar da Baronesa do Muriaé e o Solar de Santo Antonio apresentam plantas com pátios internos. No Solar dos Ayrizes entendemos que sua planta inicial tenha sido em corpo retangular único com pavimento habitável sobre porão alto.

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• Pode-se dizer que a tipologia dos Solares rurais campistas no século XIX se faz em corpo retangular em pavimento único ou sobre porão alto, com seqüência de janelas e porta ao centro, ambas com vergas retas e pintadas, podendo ser dotadas de cunhais e lesenas argamassadas. Esta tipificação é encimada por telhado de quatro águas com tesouras de madeira cobertas por telhas tipo capa e canal. Internamente tem-se piso em tábua corrida apoiado sobre barroteamento de madeira, sendo o forro de madeira tipo saia e blusa, contando com pelo menos um ambiente com forro em gamela. Todo o conjunto é dotado de influências neoclássicas, tais como simetria, marcação com os cunhais e lesenas arrematados em sua parte superior por capitéis pouco rebuscados e cimalhas arrematando o encontro do telhado com a parede. Porém, estes não apresentam platibandas e frontões triangulares, não sendo, portanto possível conceituar estas construções como neoclássicas, mas sim sob influências neoclássicas, entendendo que o conjunto apresentado é uma arquitetura mais vernacular do que erudita, portanto sem um estilo mais definido.

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Humberto Neto das Chagas Arquiteto Msc. Artes

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