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TEMA: Projeto Político Pedagógico: o desenvolvimento da Gestão Participativa e alcance de metas. Professora Orientadora: Marluce Filipe Amorim

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Academic year: 2021

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COORDENAÇAO DE EDUCAÇÃO. PROJETO BÁSICO PARA TCC/PBL LIDER: NÁDIA MENDES

PARTICIPANTES DA EQUIPE: 1- Maria Oneide dos Santos Monteiro 2- Nádia Regina Laranjeira Mendes 3-Renato Batista de Oliveira -

TEMA: Projeto Político Pedagógico: o desenvolvimento da Gestão Participativa e alcance de metas.

Professora Orientadora: Marluce Filipe Amorim

1-TÍTULO DO PROJETO

A Importância da Gestão Participativa (G.P) na Construção do Projeto Político Pedagógico (P.P.P), desenvolvendo um planejamento coletivo para melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem e alcance de metas.

II – PROBLEMA

A falta de participação e envolvimento de toda a comunidade escolar na construção do PPP prejudica o planejamento das ações norteadoras que garantem a qualidade do processo ensino aprendizagem e alcance das metas da Escola?

III- HIPOTESE

Por intermédio da Gestão Participativa feita de forma democrática com a participação coletiva de todos os atores da Comunidade escolar com o intuído de elaborar e implementar o Projeto Político Pedagógico ao planejar a organização das atividades educacionais e os espaços escolares, irão atender as necessidades e o alcance das metas estabelecidas.

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3 IV- JUSTIFICATIVA

O presente artigo apresenta considerações relevantes a Educação como meio significativo de hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos entre gerações, com aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano. A seguinte discussão traz como foco central A Gestão Participativa na Construção do Projeto Político Pedagógico pautado nos objetivos de curto e longo prazo para o Aprendizado Significativo do Aluno. Este estudo objetiva compreender que a Gestão Participativa não deve ser vista apenas como praticas burocráticas da escola, mas como a forma de viabilizar toda ação entre escola e comunidade com intuito de transformar por meio da construção do projeto político pedagógico de maneira coletiva a partir das implementações das ações que norteiam as necessidades de mudança na realidade dos alunos para o aprendizado significativo, mostrando possibilidades, medidas práticas e resultados que propiciem essa inter-relação.

V-RESUMO

O referido trabalho apresenta um breve estudo a cerca dos princípios que norteiam a gestão escolar quando esta se caracteriza como participativa, bem como sua integração com a comunidade escolar. É uma abordagem que visa incentivar e proporcionar suporte às discussões sobre o tema. A concepção de gestão abordada na construção dessa discussão é a de uma gestão participativa, que engloba toda a comunidade escolar nas decisões a serem tomadas referentes ao funcionamento e desenvolvimento da instituição. Essa gestão participativa escolar que pode ser vista como um conjunto de ação do fazer democrático e da cidadania buscando demonstrar os resultados a curto e longo prazo com base nas ações norteadoras do projeto político pedagógico proporcionando assim uma visão critica reflexiva da comunidade escolar.

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4 VI- DESCRIÇÃO DO PROJETO

PBL é uma sigla que vem do inglês, Problem Based Learning, que representa a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) e, como o próprio nome diz, é a construção do conhecimento a partir da discussão em grupo de um problema.

A aprendizagem baseada em problemas (ABP ou PBL) é uma proposta pedagógica que começou a ser desenvolvida no final da década de 60 na McMaster University (Canadá) e posteriormente na Universidade de Maastrich na Holanda. Esta proposta é centrada no aluno, onde se procura que este aprenda por si próprio; suas características essenciais são a organização temática em torno de problemas, a integração interdisciplinar de componentes teóricos e práticos e a ênfase no desenvolvimento cognitivo. Este método rompe com toda a cultura de aprendizado na qual o professor “despeja” conhecimentos e o aluno restringe-se a “receber” os conteúdos mastigados sem nenhum esforço maior de elaboração do pensamento. Permite ao aluno construir seus pensamentos baseados em um problema

O referido termo esta cada vez mais popular: aprendizado baseado em problema, não se refere a um método educacional especifico. Pode ter muitos significados diferentes, dependendo do método educacional que esta sendo empregado e das habilidades do professor, pois o mesmo não é mais o mantenedor do conhecimento ele tem que incentivar o aluno a pensar só e trabalhar em grupo. Uma taxonomia é proposta para facilitar o conhecimento dessas diferenças e ajudar os professores a escolher um método de aprendizado baseado em problemas mais apropriado para seus alunos.

Faz – se necessário uma abordagem descritiva a respeito de A Importância da Gestão Participativa (G.P) na Construção do Projeto Político Pedagógico(P.P.P) a gestão participativa é sem duvida uma ferramenta facilitadora que tem como objetivo melhorar as principais ações pedagógicas que norteiam o PPP que é um documento de orientações com relação ao desenvolvimento de toda instituição escolar, a falta de participação influencia diretamente no planejamento que deve ocorrer de forma coletiva para a melhoria da qualidade do ensino e aprendizado do aluno.

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Descrever a importância da Gestão Participativa na construção do PPP com ações que se referem a melhoria das práticas pedagógicas que facilitam o aprendizado significativo e alcance das metas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Descrever a gestão participativa e sua influencia no processo de liderança e planejamento.

Descobrir como a coletividade dentro de um contexto escolar pode alcançar resultados satisfatórios.

Identificar ações que demonstrem a ação coletiva para uma construção participativa do PPP.

VIII- METODOLOGIA DE AÇÃO.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do presente trabalho foi a pesquisa Bibliográfica que de acordo com Essa tipologia de pesquisa pode atender aos objetivos do aluno na sua formação acadêmica, como pode gerar a construção de trabalhos inéditos daqueles que pretendem rever, reanalisar, interpretar e criticar considerações teóricas, paradigmas e mesmo criar preposições de explicação compreensão dos fenômenos das quais diferentes áreas do conhecimento. (BARROS:LEHFELD, 2007), a partir da pesquisa utilizada pode-se afirmar que A descrição do que é e para que sirva a pesquisa bibliográfica permite compreender que, se de um lado a resolução de um problema pode ser obtida através dela, de outro lado, tanto a pesquisa de laboratório quanto a de campo (documentação direta) exigem como premissa o levantamento do estudo da questão que se propõe analisar e solucionar. A pesquisa bibliográfica pode, portanto ser considerada também como o primeiro passo de qualquer pesquisa cientifica. (MARCONI; LAKATUS, 2018). Sendo assim, estes mecanismos favorecem o entendimento do problema A falta de participação e envolvimento de toda a comunidade escolar na construção do PPP, prejudica o planejamento das ações norteadoras que garantem a qualidade do processo ensino aprendizagem e alcance das metas da Escola? Relacionados Pretende-se obter através desta pesquisa um maior entendimento a

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cerca do que seja a gestão participativa e de tudo o que faz parte de suas práticas. Espera-se explicitar de forma clara e objetiva a relevância que tem o Projeto Político Pedagógico e no que se refere à gestão que se molda como democrática, bem como ressaltar que a falta de participação interfere na coletividade e a importância que há na integração da comunidade com a escola, mostrando os objetivos e as metas a serem alcançadas.

A abordagem desta pesquisa é descritiva pois busca compreender e explicar a Gestão participativa. Esta abordagem também trabalha com a forma qualitativa, Segundo Denzin e Lincoln (2006), a pesquisa qualitativa envolve uma abordagem interpretativa do mundo, o que significa que seus pesquisadores estudam as coisas em seus cenários naturais, tentando entender os fenômenos em termos dos significados que as pessoas a eles conferem. Seguindo essa linha de raciocínio, Vieira e Zouain (2005) afirmam que a pesquisa qualitativa atribui importância fundamental aos depoimentos dos atores sociais envolvidos, aos discursos e aos significados transmitidos por eles. Nesse sentido, esse tipo de pesquisa preza pela descrição detalhada dos fenômenos e dos elementos que o envolvem.

O foco desta pesquisa está direcionado para A Gestão Participativa deve ocorrer de forma democrática com todos os atores da Comunidade escolar de forma coletiva com o intuído de elaborar e implementar as ações norteadoras do Projeto Político Pedagógico ao planejar a organização das atividades educacionais e os espaços escolares, que atendam as necessidades e que alcancem as metas estabelecidas

Diante deste contexto, pode-se colocar que o Objetivo geral desta pesquisa foi: Descrever a importância da Gestão Participativa na construção do PPP com ações que se referem a melhoria das práticas pedagógicas que facilitam o aprendizado significativo e alcance das metas e os Objetivos Específicos Descrever a gestão participativa e sua influencia no processo de liderança e planejamento. Descobrir como a coletividade dentro de um contexto escolar pode alcançar resultados satisfatórios.

Identificar ações que demonstrem a ação coletiva para uma construção participativa do PPP.

A pesquisa-ação é uma metodologia muito utilizada em projetos de pesquisa educacional. Segundo Thiollent (2002, p. 75 apud VAZQUEZ e TONUZ, 2006, p. 2),

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“com a orientação metodológica da pesquisa-ação, os pesquisadores em educação estariam em condição de produzir informações e conhecimentos de uso mais efetivo, inclusive ao nível pedagógico”, o que promoveria condições para ações e transformações de situações dentro da própria escola.

Outros dois autores, Kemmis e Mc Taggart (1988, apud ELIA e SAMPAIO, 2001, p.248), ampliam esta forma de entendimento do conceito de pesquisa-ação com as seguintes palavras:

"Pesquisa-ação é uma forma de investigação baseada em uma auto-reflexão coletiva empreendida pelos participantes de um grupo social de maneira a melhorar a racionalidade e a justiça de suas próprias práticas sociais e educacionais, como também o seu entendimento dessas práticas e de situações onde essas práticas acontecem. A abordagem é de uma pesquisa-ação apenas quando ela é colaborativa...” (KEMMIS e MC TAGGART,1988, apud Elia e Sampaio, 2001, p.248).

A pesquisa-ação possibilita que o pesquisador intervenha dentro de uma problemática social, analisando-a e anunciando seu objetivo de forma a mobilizar os participantes, construindo novos saberes. É através da pesquisa-ação que o docente tem condições de refletir criticamente sobre suas ações. Ela possui uma base empírica que é concebida e realizada através de uma relação estreita com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo. Os participantes dessa pesquisa então envolvidos de modo cooperativo ou participativo.

A partir dessa reflexão, os professores participantes poderão desenvolver uma maior abertura para revisão de sua prática docente, utilizando para isso o trabalho coletivo, pois, a abertura para o universo escolar para os pesquisadores deve se dá de maneira interativa com os participantes, sendo necessária uma relação muito próxima entre teoria e prática. Dessa forma, essa pesquisa se difere das demais por contrapor o paradigma da pesquisa desenvolvida por especialistas que se encontram fora do contexto escolar.

Essa pesquisa proporciona um processo de reflexão-ação-reflexão que ajuda aos professores a ter clareza sobre sua prática em sala de aula, promovendo mudanças atitudinais necessárias para assegurar uma boa formação dos futuros professores. Dessa forma irá gerar mudanças na cultura escolar, criando

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comunidades de investigação que contribuirá para práticas participativas e democráticas e fazendo surgir uma re-significação do conceito de professor, de aluno, de aula e de aprendizagem.

IX- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE A TEMÁTICA ABORDADA.

1. A Importante missão de educar por meio da descentralização do poder.

Educar já é uma missão árdua nos dias atuais e descentralizar esse poder de quem esta a frente de uma escola se torna ainda mais difícil, ter a comunidade na escola e poder ouvir suas colocações, nem sempre é de acordo entre professores e direção. Certamente isso envolve trabalho e desacomodação, mas, de acordo com:

Paro (2001), a descentralização da autoridade não tira o poder do diretor, mas possibilita a divisão de responsabilidades e, nessa divisão, quem ganha poder é a escola. Com a responsabilidade dividida, somam-se as forças para a transformação da instituição. O coletivo na construção do documento se consolida a partir da gestão democrática, na qual a participação é fundamental:

Parafraseando Paro esse ganho de poder e a divisão de responsabilidade permite a escola sua transformação na comunidade, o coletivo e a participação é mais uma engrenagem na construção do PPP que gera uma gestão participativa pois, ao longo dos anos a educação vem sendo construída através de um processo coletivo, permitindo a criação de novos conhecimentos, isso se dá porque os indivíduos compartilham experiências ao longo tempo.

Participar significa “partilhar com”. É preciso que haja aglutinação, a ação coletiva, que envolve a análise dos problemas escolares, para que a discussão/reflexão não se dilua em casuísmos, perdendo a visão do todo. Nessa perspectiva é preciso literalmente, abrir a escola para a participação da comunidade escolar como um todo: pais, alunos, profissionais da educação e funcionários da instituição. Esse envolvimento com a comunidade, além de se enriquecer com a escuta da polifonia de vozes, pode conseguir diminuir a violência que nela vem adentrando, contribuindo, ainda, para a instauração de uma melhor convivência e solidariedade sociais. (OLIVEIRA, 2005, p. 44).

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Nessa perspectiva da ação conjunta, a instituição de ensino é vista como um ambiente aberto cuja estrutura e processos de organização e gestão estão sendo constantemente construídos pelos que nela trabalham e pelos seus funcionários, garantindo um espaço de autonomia, participação, transparência e descentralização na busca do desenvolvimento intelectual e humano de todos envolvidos, sabe se que essa ação conjunta é um dos principais pilar da gestão participativa.

Se quisermos uma escola transformadora, precisamos transformar a escola que temos aí. E a transformação dessa escola passa necessariamente por

sua apropriação por parte das camadas trabalhadoras. É nesse sentido

que precisam ser transformados o sistema de autoridade e a distribuição do próprio trabalho no interior da escola. (PARO, 2016, p. 15).

Todos os envolvidos no processo educativo têm o dever de buscar mudanças, que concretizem a gestão participativa. Para que se possa compreender esse processo é necessário que se faça uma reflexão de como as escolas estão vivenciando esse modelo de gestão. Daí surge questionamentos sobre a importância da gestão participativa na educação e as políticas de descentralização existentes no âmbito escolar.

A partir das relações que estabelecem entre si, os homens criam padrões de comportamento, instituições e saberes, cujo aperfeiçoamento é feito pelas gerações sucessivas, o que lhes permite assimilar e modificar os modelos valorizados em uma determinada cultura. É a educação, portanto, que mantém viva a memória de um povo e dá condições para a sua sobrevivência. Por isso dizemos que a educação é uma instância mediadora que torna possível a reciprocidade entre indivíduo e sociedade. (ARANHA, 2005, p. 15).

2 Gestão Democrática, a participação é direto e dever de todos

A gestão escolar democrática foi assegurada pela Constituição Federal de 1988, e garantiu sua própria legislação com a promulgação da Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Seu conteúdo está alicerçado no princípio democrático do ensino público e apresenta a escola como uma instituição autônoma. A Constituição Federal de 1988 institui em seu artigo 206, que o modelo de gestão da educação brasileira deve ser democrático e participativo, como afirma o inciso VI do artigo mencionado: “gestão

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democrática do ensino público, na forma da lei”. Logo no artigo 3º, inciso VIII, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/ 96, afirma que a gestão do ensino público deve ser democrática, respeitando a forma da lei e da legislação dos sistemas de ensino.

No artigo 14 da Lei citada fica estabelecido que os sistemas de ensino definam as normas da gestão democrática do ensino público, na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; 26 II – participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Dessa maneira, fica assegurada a participação de todos os indivíduos nas tomadas de decisões da escola, garantindo uma gestão democrática e participativa no ambiente escola.

Segundo Luck (2001), os diretores participativos baseiam-se no conceito de autoridade compartilhada, cujo poder é delegado aos representantes da comunidade escolar e as responsabilidades são assumidas por todos.

É do diretor da escola a responsabilidade máxima quanto a consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido e controlando todos os recursos para tal. Devido sua posição central na escola, o desempenho de seu papel exerce forte influência (tanto positiva, como negativa) sobre todos os setores pessoais da escola. (LUCK, 2004, p. 32)

A gestão participativa, em seu sentido mais amplo, se identifica com o valorizar da participação, tanto da escola como do meio social a que esta se insere, no processo de tomada de decisão, fazendo com que a docência se configure em um exercício interativo, empenhando-se na criação coletiva das práticas e finalidades escolares, na conversa e na procura por concordância entre todas as partes.

Contudo, tem-se a necessidade de compreender estas duas palavras “gestão participativa”, que juntas causam a ação anteriormente citada, dessa forma iniciar-se-á pela definição de gestão, que segundo Libâneo (2008, p. 101), são:

Os processos intencionais e sistemáticos de se chegar a uma decisão e de fazer a decisão funcionar [...]. Em outras palavras, a gestão é a atividade pela qual são mobilizados meios e procedimentos para se atingir os objetivos da organização, envolvendo, basicamente, os aspectos gerenciais e técnico administrativos

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Como foi possível notar, para que esse modelo de gestão seja efetivado satisfatoriamente, é imprescindível que ocorra um trabalho em conjunto, em que todos participem, ou seja, que se forme uma equipe que trabalhem em prol de garantir a execução e fiscalização de todas as atividades realizadas na escola junto com a comunidade, esta que,

[...] é um grupo de pessoas que trabalha junto, de forma colaborativa e solidária, visando à formação e a aprendizagem dos alunos. [...] é uma modalidade de gestão que, por meio da distribuição de responsabilidades, da cooperação, do diálogo, do compartilhamento de atitudes e modos de agir, favorece a convivência, possibilita encarar as mudanças necessárias, rompe com as práticas individualistas e leva a produzir melhores resultados de aprendizagem dos alunos. (LIBÂNEO, 2008, p. 103).

Sendo assim foi destacada a gestão democrática participativa esta que se bem trabalhada consegue efetuar o que a pouco foi mencionado e ainda realiza isso valorizando todos os envolvidos na dinâmica escolar e procurando alternativas de maneira conjunta priorizando o ensino aprendizagem do aluno, a interdisciplinaridade e desenvolvimento de projetos proporcionam assim a instituição escolar junto a sua comunidade desenvolver um papel importante no meio onde esta inserida.

Esses aspectos mencionados são de responsabilidade dos diretores e coordenadores pedagógicos da instituição escolar, intentando que a função primordial da Educação, “[...] é a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem que, mediante práticas pedagógicas didáticas e curriculares, propiciam melhores resultados de aprendizagem dos alunos” (LIBÂNEO, 2008, p. 105). Enfim, como se sabe a tarefa fundamental da escola é o ensino, este que deve proporcionar o desenvolvimento das competências dos educandos com o intuito de formarem cidadãos participantes na sociedade em que vivem. Para tanto, se têm a necessidade de se pensar uma gestão que colabore com esta ação de forma a auxiliar os objetivos propostos pela instituição e garantir uma condição satisfatória do exercício docente a gestão participativa propicia no seu teor essas características buscando o aprimoramento do desenvolvimento intelectual do aluno e o torna lo um cidadão consciente de suas ações e participativo dentro de sua comunidade.

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3 Projeto Político Pedagógico, e as ações que norteiam

O projeto pedagógico envolve um trabalho em conjunto, pensado e elaborado em favor do bem comum. Assim, a Projeto Político Pedagógico – PPP compreende a construção coletiva, “dos atores da Educação Escolar”, resultando na tradução que a escola faz de suas finalidades, a partir das necessidades que lhe estão colocadas, por todos os agentes envolvidos no processo da educação democrática: professores/alunos/equipe pedagógica/pais, mediante os recursos de que dispõe (PIMENTA, 2002).

A responsabilidade do PPP é expressar a cultura da escola, refletindo os valores e propostas da mesma. Implementação de uma escola regida através de uma gestão participativa, é necessário compreender a importância da participação de toda a comunidade escolar na construção do PPP, pois é ele que norteará as ações futuras a serem desenvolvidas pela instituição de ensino.

O projeto representa a oportunidade de a direção, a coordenação pedagógica, os professores e a comunidade, tomarem sua escola nas mãos, definir seu papel estratégico na educação das crianças e jovens, organizar suas ações, visando a atingir os objetivos que se propõem. É o

ordenador, o norteador da vida escolar. (LIBÂNEO, 2004, p. 153).

O PPP é chamado assim por causa de suas funções dentro da escola, as próprias palavras que formam o seu nome já esclarecem suas finalidades.

 Projeto: possui objetivo e metas a serem alcançados num período de tempo;  Político: por ser um espaço onde se formam cidadãos críticos;

 Pedagógico: desenvolve ações de ensino e aprendizagem no ambiente escolar.

Os elementos que constituem o PPP podem ser modificados a cada ano de acordo com a escola, dessa forma melhorias são feitas a partir da realidade da escola. A construção do PPP não é apenas uma responsabilidade da escola, mais de todos os indivíduos que estão envolvidos no processo educacional. A construção do PPP deve ser feita de forma coletiva.

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A estrutura básica da elaboração do Projeto Político Pedagógico na linha do Planejamento Participativo é composta de três grandes elementos a saber: Marco Referencial, Diagnóstico e Programação, que correspondem respectivamente, àquelas três dimensões do processo de planejamento que apontamos acima: Projeção de Finalidades, Análise da Realidade e Elaboração das Formas de Mediação. (VASCONCELOS, 2009, p. 22).

O PPP tem por objetivo orientar os profissionais da escola e as famílias a consolidarem suas ações tornando a escola mais democrática e participativa.

Vasconcelos (2002) explica que projeto político pedagógico traduz um plano global da instituição que, sendo processo, implica em elaboração (expressão da identidade, opções, visão, julgamento da realidade e as propostas de ação) que, a partir da realidade, visam à concretização daquilo que se propõe, e realização interativa, a implementação prática do projetado, acompanhado de avaliação.

Quando bem elaborado e executado o PPP pode ser um elemento essencial na construção de uma gestão participativa, pois promove o envolvimento de todos nas tomadas de decisões da escola.

XI – CONSIDERAÇÕES FINAIS:

À vista disso a gestão participativa deve ir além de uma gestão que olhe o aluno e a comunidade como simples expectadores do processo gestor, mas como algo a ser questionado e decidido por todos os envolvidos, de forma igualitária visando o desenvolvimento dos alunos e os preparando para a vida em sociedade. A gestão escolar de modo participativo possibilita a escola a solidificar suas ações e relações, de modo que garantam o aprendizado dos alunos, não somente referente aos conteúdos presentes no currículo, mas que os prepare para uma participação efetiva na tomada de decisões sobre assuntos em que está inserido de forma crítica, seja na esfera política ou social.

A participação dos alunos nas decisões no ambiente escolar proporciona o estímulo e desenvolvimento da autonomia, reflexão e argumentação, de modo que eles passam a compreender sobre sua relevância dentro da instituição de ensino como um ser ativo, e não um mero expectador do processo. Dessa forma, haverá

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participação na busca para a superação de conflitos e rompendo com ações autoritárias, estendendo à comunidade escolar a tomada de decisões. A instituição que desenvolva seu trabalho sob a perspectiva de uma gestão participativa, deve compreender com clareza a importância da participação de todos os atores/agentes pertencentes à instituição no processo de ensino/aprendizagem, de forma com que essa participação contribua para o desenvolvimento cognitivo e social das crianças envolvidas em tal processo.

XII - REFERÊNCIAS

ARANHA, M. L. A. História da educação. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: Acessado em: 09 de abr. de 2020.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. Goiânia: MF Livros, 2008.

LUCK, Heloísa. Ação integrada: administração, supervisão e orientação educacional. 22. ed. Petrópolis: Vozes, 2004.

LUCK, Heloísa. A gestão participativa na escola. Petrópolis, RJ: Vozes, Série: Cadernos de gestão, 2006.

LUCK, Heloísa et al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5. ed. São Paulo, 2001.

PARO, V. H. Administração escolar: introdução crítica. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2016.

PARO, Vitor. Gestão escolar, DEMOCRACIA e qualidade de ensino. São Paulo: Ática, 2007.

PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Editora Ática, 1997.

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