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TEMA 3: PODER JUDICIÁRIO

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Academic year: 2021

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_________________________________________________________ Direito Constitucional II

TEMA 3: PODER JUDICIÁRIO

EMENTÁRIO DE TEMAS:

Poder Judiciário: órgãos; funções típicas e atípicas; garantias da magistratura;

____________________________________________________________________

LEITURA OBRIGATÓRIA

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo. Atlas.

____________________________________________________________________

LEITURA COMPLEMENTAR:

CARVALHO, Kildare Gonçalves. Direito Constitucional. Belo Horizonte. Del Rey.

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo.

Malheiros.

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ROTEIRO DE AULA

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_________________________________________________________ Direito Constitucional II

ESTUDO DE CASO:

• “Ação direita de inconstitucionalidade. Lei 5.913/1997, do Estado de Alagoas. Criação

da Central de Pagamentos de Salários do Estado. Órgão externo. Princípio da separação

de poderes. Autonomia financeira e administrativa do Poder Judiciário. (...) A Associação

dos Magistrados Brasileiros – AMB tem legitimidade para o ajuizamento de ação direta

de inconstitucionalidade em que se discute afronta ao princípio constitucional da

autonomia do Poder Judiciário. A ingerência de órgão externo nos processos decisórios

relativos à organização e ao funcionamento do Poder Judiciário afronta sua autonomia

financeira e administrativa. A presença de representante do Poder Judiciário na Central

de Pagamentos de Salários do Estado de Alagoas – CPSAL não afasta a

inconstitucionalidade da norma, apenas permite que o Poder Judiciário interfira,

também indevidamente, nos demais Poderes.” (ADI 1.578, Rel. Min. Cármen Lúcia,

julgamento em 4-3- 2009, Plenário, DJE de 3-4-2009.)"

• “Mandado de segurança. Resolução 10/2005, do Conselho Nacional de Justiça. Vedação

ao exercício de funções, por parte dos magistrados, em tribunais de justiça desportiva e

suas comissões disciplinares. Estabelecimento de prazo para desligamento. Norma

proibitiva de efeitos concretos. Inaplicabilidade da Súmula 266 do Supremo Tribunal

Federal. Impossibilidade de acumulação do cargo de juiz com qualquer outro, exceto o

de magistério. A proibição jurídica é sempre uma ordem, que há de ser cumprida sem

que qualquer outro provimento administrativo tenha de ser praticado. O efeito

proibitivo da conduta – acumulação do cargo de integrante do Poder Judiciário com

outro, mesmo sendo este o da Justiça Desportiva – dá-se a partir da vigência da ordem

e impede que o ato de acumulação seja tolerado. A Resolução 10/2005, do Conselho

Nacional de Justiça, consubstancia norma proibitiva, que incide, direta e

imediatamente, no patrimônio dos bens juridicamente tutelados dos magistrados que

desempenham

funções

na

Justiça

Desportiva

e é

caracterizada

pela

autoexecutoriedade, prescindindo da prática de qualquer outro ato administrativo para

que as suas determinações operem efeitos imediatos na condição jurídico-funcional dos

Impetrantes. Inaplicabilidade da Súmula 266 do STF. As vedações formais impostas

constitucionalmente aos magistrados objetivam, de um lado, proteger o próprio Poder

Judiciário, de modo que seus integrantes sejam dotados de condições de total

independência e, de outra parte, garantir que os juízes dediquem-se, integralmente, às

funções inerentes ao cargo, proibindo que a dispersão com outras atividades deixe em

menor valia e cuidado o desempenho da atividade jurisdicional, que é função essencial

do Estado e direito fundamental do jurisdicionado. O art. 95, parágrafo único, I, da

Constituição da República vinculou-se a uma proibição geral de acumulação do cargo de

juiz com qualquer outro, de qualquer natureza ou feição, salvo uma de magistério.” (MS

25.938, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 24-4-2008, Plenário, DJE de 12-9-2008.)"

“Observo, ainda, por oportuno, que a Constituição não arrola as Turmas Recursais dentre os órgãos do Poder Judiciário, os quais são por ela discriminados, em numerus

clausus, no art. 92. Apenas lhes outorga, no art. 98, I, a incumbência de julgar os

recursos provenientes dos Juizados Especiais. Vê-se, assim, que a Carta Magna não conferiu às Turmas Recursais, sabidamente integradas por juízes de primeiro grau, a natureza de órgãos autárquicos do Poder Judiciário, e nem tampouco a qualidade de tribunais, como também não lhes outorgou qualquer autonomia com relação aos tribunais regionais federais. É por essa razão que, contra suas decisões, não cabe recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça, a teor da Súmula 203 daquela Corte, mas tão somente recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, nos termos de

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sua Súmula 640. Isso ocorre, insisto, porque elas constituem órgãos recursais ordinários de última instância relativamente às decisões dos Juizados Especiais, mas não tribunais, requisito essencial para que se instaure a competência especial do STJ.” (RE 590.409, voto do Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 26-8-2009, Plenário, DJE de 29-10-2009.)

• “Poder Judiciário. Conselho Nacional de Justiça. Competência. Magistratura. Magistrado vitalício. Cargo. Perda mediante decisão administrativa. Previsão em texto aprovado pela Câmara dos Deputados e constante do Projeto que resultou na EC 45/2004. Supressão pelo Senado Federal. Reapreciação pela Câmara. Desnecessidade. Subsistência do sentido normativo do texto residual aprovado e promulgado (art. 103-B, § 4º, III). Expressão que, ademais, ofenderia o disposto no art. 95, I, parte final, da CF. Ofensa ao art. 60, § 2º, da CF. Não ocorrência. Arguição repelida. Precedentes. Não precisa ser reapreciada pela Câmara dos Deputados expressão suprimida pelo Senado Federal em texto de projeto que, na redação remanescente, aprovada de ambas as Casas do Congresso, não perdeu sentido normativo.” (ADI 3.367, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 13-4-2005, Plenário, DJ de 22-9-2006.)

• “Aposentadoria de magistrado (...). O direito à aposentação com a vantagem prevista no inciso II do art. 184 da Lei 1.711/1952 exige que o Interessado tenha, concomitantemente, prestado trinta e cinco anos de serviço (...) e sido ocupante do último cargo da respectiva carreira. O Impetrante preencheu apenas o segundo requisito em 13-7-1993, quando em vigor a Lei 8.112/1990. A limitação temporal estabelecida no art. 250 da Lei 8.112/1990 para a concessão da vantagem pleiteada teve aplicação até 19-4-1992, data em que o Impetrante ainda não havia tomado posse no cargo de Juiz togado do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. O Supremo Tribunal Federal pacificou entendimento de que, sendo a aposentadoria ato complexo, que só se aperfeiçoa com o registro no Tribunal de Contas da União, o prazo decadencial da Lei 9.784/1999 tem início a partir de sua publicação. Aposentadoria do Impetrante não registrada: inocorrência da decadência administrativa. A redução de proventos de aposentadoria, quando concedida em desacordo com a lei, não ofende o princípio da irredutibilidade de vencimentos. Precedentes.” (MS 25.552, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 7-4-2008, Plenário, DJE de 30-5-2008.)

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_________________________________________________________ Direito Constitucional II

VIDEOS RELACIONADOS:

http://www.youtube.com/watch?v=JtlE9JwfUYA

QUESTÕES RELACIONADAS

1

:

1- O Poder Judiciário goza de autonomia administrativa, razão por que auto-organiza seus serviços, mas não detém autonomia financeira.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

2- É vedada, em todos os órgãos do Poder Judiciário, a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, de qualquer servidor efetivo, salvo no que diz respeito aos ocupantes de cargo de direção ou de assessoramento superior.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

1 Gabarito das questões do Tema 2:

1. A 6. B 2. E 7. E 3. D 8. C

4. Falsa 9. Verdadeira 5. D 10. A

(8)

3- A função típica do Poder Judiciário é a jurisdicional, sendo-lhe vedada a prática das funções administrativa e legislativa, que são reservadas, por força do princípio da separação dos poderes, ao Poder Executivo e ao Poder Legislativo.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

4- Dentre as normas da Constituição Federal aplicáveis ao Poder Judiciário encontra-se aquela segundo a qual:

a) Cabe ao Poder Judiciário dispor sobre o período de férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau.

b) As decisões administrativas dos tribunais não necessitam ser motivadas.

c) O juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal.

d) É vedado aos servidores do Poder Judiciário receber delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.

e) A distribuição de processos será imediata apenas em primeiro grau de jurisdição.

5- Entre as funções típicas do Poder Judiciário inclui-se a edição de normas regimentais que disponham sobre a competência e o funcionamento de seus órgãos jurisdicionais e administrativos.

( ) Verdadeiro ( ) Falso

6- De acordo com a CF, ao juiz:

a)

É garantida a inamovibilidade, ainda que haja motivo de interesse público que recomende sua remoção.

b)

É permitido dedicar-se à atividade político-partidária, desde que ele esteja em disponibilidade.

c)

Que esteja em disponibilidade é permitido exercer qualquer outro cargo público.

d)

É permitido receber custas em processo judicial, desde que ele esteja em disponibilidade.

e)

É garantida a vitaliciedade, que, no primeiro grau, será adquirida após dois anos de exercício. 7- Assinale a alternativa INCORRETA sobre a disciplina constitucional do Poder Judiciário. a) Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito

Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de cinco anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de cinco anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

b) O ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa.

c) Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

d) Entre outras proibições, aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. e) Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão

especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno

8- Por certo, os predicamentos da magistratura não se caracterizam como privilégios dos magistrados, mas sim como meio de assegurar o seu livre desempenho, e revelar a

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_________________________________________________________ Direito Constitucional II

independência e autonomia do Poder Judiciário. Com relação ao tema, considerando as garantias do Poder Judiciário, assinale a alternativa incorreta.

a) A garantia constitucional da vitaliciedade só será adquirida após dois anos de exercício da carreira, dependendo a perda do cargo, nesse período, apenas de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado.

b) Os advogados que ingressam nos tribunais estaduais ou federais pelo quinto constitucional adquirem vitaliciedade após dois anos de efetivo exercício da carreira.

c) Excepcionalmente, a Constituição Federal prevê abrandamento da vitaliciedade dos membros do Supremo Tribunal Federal ao consagrar em seu artigo 52 a competência privativa do Senado Federal para processar e julgar os Ministros nos crimes de responsabilidade.

d) Nos termos da Constituição Federal, aos juízes é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério.

e) O salário, vencimentos ou o subsídio do magistrado não podem ser reduzidos como forma de pressão, garantindo-lhe assim o livre exercício de suas atribuições.

9- Acerca do Poder Judiciário e das competências de seus órgãos, assinale a opção correta:

a) Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis.

b) A disputa sobre direitos indígenas será processada e julgada perante a justiça estadual.

c) Os crimes contra a organização do trabalho serão processados e julgados perante a justiça do trabalho.

d) Não é necessário que decisões administrativas dos tribunais do Poder Judiciário sejam motivadas.

e) Compete ao Conselho Nacional de Justiça apreciar, de ofício, a legalidade dos atos administrativos praticados por servidores do Poder Judiciário.

10- O poder de fiscalização, atribuído ao poder judiciário pela Constituição Federal:

a) A aplicação das medidas disciplinares guarda correspondência primordialmente retributiva com o fato da infração.

b) O juízo competente poderá instaurar o procedimento disciplinário mediante representação de qualquer interessado.

c) A imposição de penas disciplinares aos notários e registradores só podem ser feita em processos judiciais.

d) Não inclui a tarefa de apuração das infrações disciplinares e apenamento disciplinar dos notários e registradores.

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