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A avaliação em educação física nos anos finais do ensino fundamental

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - LICENCIATURA

Diego Nunes Carijo

A AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

IJUÍ-RS 2016

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DIEGO NUNES CARIJO

A AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Educação Física da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJUí- como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física.

Orientadora: Profª. Drª. Maria Simone Vione Schwengber

IJUÍ-RS 2016

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por ter me dado força e guiado, sou grato a ele pelas pessoas que colocou em meu caminho durante todo esse tempo, amigos que levarei para vida, esses que fizeram parte do meu crescimento e só acrescentaram nesse caminho que percorremos juntos.

A minha família, minha base, que me ajuda nas horas que mais preciso, meus amigos, mais fiéis, que mesmo com todos os meus defeitos, me escolheram para dividir as suas vidas.

Sou grato a todos os professores que durante o curso se dispuseram a dedicar seu tempo e conhecimento para nossa formação, não apenas como alunos, mas como pessoas.

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RESUMO

A avaliação da aprendizagem tem sido discutida ao longo dos anos, já que é um processo presente em todos os componentes curriculares e, muitas vezes na educação física escolar, a avaliação acaba por priorizar alguns métodos como a medição de desempenho o que aumenta a relevância do tema. Portanto, a questão de pesquisa é saber como ocorre a avaliação dos alunos na Educação Física nas séries finais do Ensino Fundamental. Assim, objetivou-se de maneira geral analisar as formas de avaliação da Educação Física escolar nas séries finais do Ensino Fundamental da rede pública do Município de Jaguari-RS e, especificamente analisar diversas percepções de avaliação escolar, identificar como a avaliação nas aulas de Educação Física é realizada nas séries finais do ensino fundamental e compreender os distintos procedimentos para a avaliação na Educação Física escolar. Para isso, a metodologia adotada foi uma pesquisa bibliográfica na literatura sobre o tema, e uma pesquisa por meio de questionário, da qual participaram os professores, cinco, do município de Jaguari, que trabalham com a Educação Física nas series finais do ensino fundamental. Os resultados obtidos demonstram que os professores utilizam diferentes instrumentos para realizar avaliação nas aulas de Educação Física dos anos finais do ensino fundamental e a compreendem como um processo importante para o ensino aprendizagem, já que possibilita o entendimento das dificuldades e habilidades dos alunos e serve para que as práticas pedagógicas possam ser ressignificadas para uma educação de qualidade.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Sexo... 21

Gráfico 2: Idade... 21

Gráfico 3: Escolaridade... 22

Gráfico 4: Tempo de atuação... 22

Gráfico 5: Instrumentos utilizados avaliação... 25

Gráfico 6: Aspectos da avaliação... 26

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 06 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA... 06 1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA... 06 1.2.1 Objetivo Geral... 06 1.2.2 Objetivos Específicos... 06 1.3 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA... 07 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 08

2.1 EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: Objetivos e metodologias... 08

2.2 A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO FÍSICA... 10

2.3 TIPOS E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO... 12

2.4 CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO... 15

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO ... 18

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ... 18

3.2 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA ... 18

3.3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ... 18

3.4 TÉCNICAS DE ANALISE DOS DADOS ... 19

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA ... 21

5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES... 28

REFERÊNCIAS... 29

APÊNDICES... 31

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1 INTRODUÇÃO

1.1 PROBLEMA DA PESQUISA

Atualmente a avaliação educacional tem sido objeto de intensos debates pois deve servir para a auto avaliação e para a reflexão constante da prática de ensino aprendizagem buscando alcançar os objetivos propostos e contribuir para a formação integral do aluno através de uma prática contínua, reflexiva e diagnóstica da realidade vivenciada, com participação de todos os envolvidos no desenvolvimento do processo educativo e não somente para constatar resultados e/ou classificar.

Na área da Educação Física a avaliação do processo educativo muitas vezes detém-se na medição do desempenho e nas questões práticas do movimento em prejuízo dos saberes que envolvem todo o processo de ensino- aprendizagem, e isso reflete nas ações dos alunos, dos professores, aumentando então a relevância e a preocupação com o tema. Portanto, o presente trabalho tem como finalidade responder o seguinte problema: Como ocorre a avaliação dos alunos na Educação Física nas séries finais do Ensino Fundamental?

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.2.1 Objetivo Geral

Analisar as formas de avaliação da Educação Física escolar nas séries finais do Ensino Fundamental da rede pública do Município de Jaguari-RS

1.2.2 Objetivos Específicos

- Analisar diversas percepções de avaliação escolar;

- Identificar como a avaliação nas aulas de Educação Física é realizada nas séries finais do ensino fundamental;

- Compreender os distintos procedimentos para a avaliação na Educação Física escolar.

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1.3 JUSTIFICATIVA DA PESQUISA

Com o passar dos anos a educação física veio sendo trabalhada muitas vezes na escola como momentos de integração e lazer ou como disciplina para desenvolver as habilidades motoras, trabalhando apenas o corpo físico fortalecendo uma visão distorcida, separando corpo e mente, porém o desenvolvimento de conhecimentos cognitivos, atitudes e valores é tão essencial quanto o aprendizado de conceitos e procedimentos.

Assim, a Educação Física dentro do que se propõem nos PCNs (1997) é a área do conhecimento que introduz e coloca os educandos a interagir com a cultura do movimento com objetivos de lazer, de expressão de sentimentos, afetos e emoções, de manutenção e melhoria da saúde, devendo dar espaço para que os educandos aumentem suas habilidades e competências, de forma inclusiva e participativa e não exclusiva, visando seu aprimoramento como seres humanos, garantindo acesso dos alunos às práticas da cultura corporal e, exercendo e oferecendo instrumentos para que sejam capazes de apreciá-las criticamente.

Dessa forma, para a avaliar a aprendizagem da Educação Física são utilizados inúmeros instrumentos, contudo ainda podemos perceber as dificuldades encontradas pelos educadores em eleger a melhor metodologia a ser utilizada e, quais os instrumentos de avaliação mais adequados a um trabalho mais construtivo. Isto se observa em função da diversidade cultural dos alunos e das percepções sobre avaliação adotada por muitos educadores. Dessa forma, em diversos casos a avaliação não contribui para a prática de ensinar-aprender, acaba criando barreiras para a construção do conhecimento e estigmatizando os alunos.

Logo, é indispensável descobrir qual a melhor maneira de avaliar, na função de atribuir um valor ao conhecimento adquirido. Além de confirmar os elementos envolvidos no processo de ensinar-aprender, já que é preciso deixar que o educando seja capaz de mostrar seu conhecimento de uma forma que ultrapasse obstáculos e construa conhecimentos não só preocupado com o futuro, mas também que lhe permita viver e atuar no presente.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 EDUCAÇÃO FÍSICA NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: Objetivos e metodologias.

De acordo com a LDB 9.394/96 (BRASIL, 1996) o ensino fundamental brasileiro é formado pelas disciplinas de matemática, história, geografia, língua portuguesa, artes, ciências e Educação Físicatendo duração de nove anos onde os cinco primeiros anos, são chamados de anos iniciais do ensino fundamental, e, o segundo são os anos finais, composto pelo sexto, sétimo, oitavo e nono anos.

Assim, a LDB nº 9.394/96 em seu art. 32 aponta que o objetivo maior do ensino fundamental, é oferecer ao educando subsídios para sua formação básica para a cidadania. Para tanto, as escolas precisam oferecer condições aos educandos para o desenvolvimento da habilidade de apreender, através do domínio da leitura, da escrita e do cálculo, a compreensão do ambiente natural e social, dos valores da sociedade, da tecnologia, da política entre outros, além do desenvolvimento da capacidade de aprender consigo e com os outros mediante o desenvolvimento de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores e o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social (BRASIL, 1996).

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (BRASIL, 1997) resumidamente fica estabelecido que a Educação Física no ensino fundamental tem como objetivos levar o educando a participar de atividades corporais, conhecer seu próprio corpo e limitações, valorizar diferentes manifestações culturais e analisar e criticar hábitos consumistas e organizar jogos e brincadeiras devendo assim, abordar a Cultura Corporal de movimento dividida em blocos de conteúdos onde o primeiro bloco, aborda o conhecimentos do corpo, o segundo, o esporte, jogos, lutas e ginástica , o terceiro bloco são as lutas por meio de procedimentos e práticas que envolvam ações e atitudes para conseguir defender-se e atacar, das danças e brincadeiras cantadas através de atividades rítmicas de expressão e comunicação, e, as ginásticas como técnicas de trabalho corporal pode envolver a utilização de materiais.

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Ainda, conforme os PCNs (BRASIL, 1997) nos anos finais do ensino fundamental as aulas de Educação Física deverão proporcionar aos alunos:

a) Capacidade de participar em atividades competitivas;

b) Aptidão de expressar utilizar suas opiniões em atividades individuais e em grupo;

c) Capacidade de participais atividades culturais e da realidade vivenciada por meio de danças e movimentos por meio de atividades rítmicas e expressivas;

d) Aptidão para analisar alguns movimentos e posturas do dia a dia que envolvam aspectos culturais, sociais e biomecânicos;

e) Conhecimento do próprio corpo e procura de desenvolvimento de atitudes e movimentos que não prejudiquem seu desenvolvimento físico e sociocognitivo;

f) Capacidade de desenvolver suas habilidades motoras nas danças, jogos e lutas conseguindo diferenciar situações de esforço aeróbico, anaeróbico e repouso bem como capacidade de identificar as alterações do corpo por meio da compreensão e conhecimento deste, criadas pelo empenho físico sendo capaz de dominar as sensações com autonomia e também com a mediação do educador.

Ainda, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e, o disposto no art. 26 da LDB (BRASIL, 2013) o currículo do ensino fundamental de acordo com a base nacional comum, as disciplinas da Língua Portuguesa e Matemática, o conhecimento da realidade social e política, do mundo físico e natural além do ensino da Educação Física, da Arte e o Ensino Religioso onde os conteúdos que compõem esta base nacional comum e a parte diversificada são oriundos dos conhecimentos científicos, do desenvolvimento das linguagens, do mundo do trabalho e da tecnologia, produção artística, atividades desportivas e corporais, e ainda incorporam saberes outros saberes oriundos da sociedade e do seu papel como cidadão, da experiência docente, do cotidiano e dos alunos para que seja possível possibilitar a aquisição de informações e saberes que levam a construção do conhecimento, o cuidado consigo e com os outros independente das diferenças, para assim, criar e utilizar recursos, ferramentas e estratégias de ensino que sejam adequadas as diversas características intelectuais, sociais e atitudinais.

Conforme (BETTI, 1992) apud Betti e Zuliane (2002) a Educação Física deve ser uma prática para introduzir e incluir o educando na cultura corporal de movimento, aperfeiçoando-o como cidadão que torna-se capaz de produzir, reproduzir e transformar sua realidade, auxiliando a apreender a utilizar o esporte,

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os jogos, as atividades rítmicas e danças, as ginásticas e práticas de desenvolvimento corporal e cognitivo, em benefício da qualidade da vida preparando o educando para ser um praticante consciente e participativo, capaz de incorporar o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida, para deles tirar o melhor proveito possível.

Sendo assim, a Educação Física escolar no ensino fundamental precisa direcionar o educando a um aprendizado que o leve a melhorar, adquirir, ampliar e ter acesso a conhecimentos para desenvolver suas habilidades por meio da descoberta do seu próprio corpo, consiga também interagir e respeitar o próximo, além de desenvolver a cidadania com saúde.

2.2 A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Segundo Haydt (2001), a avaliação da aprendizagem nada mais é do que verificar o que os alunos conseguiram aprender e o que o professor conseguiu ensinar, por meio do conhecimento dos alunos de suas facilidades e dificuldades para então aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem e promover os alunos.

Nos PCNs (1997, p.97) pode-se entender o processo de avaliação como um componente de integração entre a aprendizagem e o ensino, envolvendo o ajuste e a orientação da mediação pedagógica para que o aluno construa sua aprendizagem significativa, levando-o a aquisição de informações sobre os objetivos que foram atingidos e, sobre como foi aprendido tornando-se uma reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa para a tomada de consciência dos avanços, dificuldades e possibilidades.

No entendimento de Libâneo (1994) a avaliação caracteriza-se como a comparação entre os objetivos propostos e alcançados no processo de ensino aprendizagem, devendo ser uma atividade permanente para que seja possível reorientar o trabalho pedagógico e colaborar para a significativa construção do conhecimento.

A avaliação como explica Luckesi (2002) é uma ferramenta para fornecer subsídios para que o aluno no seu processo de apropriação dos conhecimentos e aprendizagens e no seu processo de construção de si mesmo como sujeito

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existencial e como cidadão por meio da comparação entre os objetivos propostos e atingidos e complementa citando que a avaliação é um caminho para que seja possível identificar os conhecimentos já apreendidos e àqueles a que se deseja apreender. (LUCKESI, 2002).

Hoffmann (2003, p. 148) coloca que a avaliação, trata-se de uma relação dialógica que:

[...] vai conceber o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como ação-reflexão-ação que se passa na sala de aula em direção a um saber aprimorado, enriquecido, carregados de significados, de compreensão. Dessa forma a avaliação passa a exigir do professor uma relação epistemológica com o aluno. Uma conexão entendida como uma reflexão aprofundada sobre as formas como se dá a compreensão do educando sobre o objeto do conhecimento.

De acordo com Hadji (2001, p. 129) a avaliação é uma operação de leitura orientada da realidade, não é nem medir um objeto, nem observar uma situação, nem pronunciar incisivamente julgamento de valor, é pronunciar-se sobre a medida na qual uma situação real corresponde a uma situação desejada.

Já Sant’Anna (1995) esclarece que a avaliação é um processo onde se tenta identificar, medir, investigar e compreender as mudanças no comportamento e no rendimento do educando, do educador, do sistema, confirmando se a construção do conhecimento de deu.

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais fica explicito que:

A avaliação do aluno, a ser realizada pelo professor e pela escola, é redimensionadora da ação pedagógica e deve assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica. A avaliação formativa, que ocorre durante todo o processo educacional, busca diagnosticar as potencialidades do aluno e detectar problemas de aprendizagem e de ensino. A intervenção imediata no sentido de sanar dificuldades que alguns estudantes evidenciem é uma garantia para o seu progresso nos estudos. Quanto mais se atrasa essa intervenção, mais complexo se torna o problema de aprendizagem e, consequentemente, mais difícil se torna saná-lo. A avaliação contínua pode assumir várias formas, tais como a observação e o registro das atividades dos alunos, sobretudo nos anos iniciais do Ensino Fundamental, trabalhos individuais, organizados ou não em portfólios, trabalhos coletivos, exercícios em classe e provas, dentre outros. Essa avaliação constitui um instrumento indispensável do professor na busca do sucesso escolar de seus alunos e pode indicar, ainda, a necessidade de atendimento complementar para enfrentar dificuldades específicas, a ser oferecido no mesmo período de aula ou no contraturno, o que requer flexibilidade dos tempos e espaços para aprender na escola e também flexibilidade na atribuição de funções entre o corpo docente BRASIL (2013, p. 123).

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Conforme Betti e Zuliane (2002) a avaliação deve ser contínua, levando em conta os momentos de diagnóstico, formação e construção envolvendo as dimensões cognitiva, social, motora e afetiva. Nesse contexto, os autores explicam que na Educação Física a avaliação deve estar relacionada com as capacidades motoras básicas, envolvendo o esporte, o jogo, a dança, e as práticas de aptidão física referindo-se às características dos movimentos e das aprendizagens evidenciados pelos educandos, e ainda os conhecimentos científicos pertinentes à prática das atividades corporais de movimento incluindo aspectos simples e mais elaborados consolidados por meio da observação e de anotações sobre o esforço, atitude, envolvimento e disposição para colaborar do aluno, autoavaliação, trabalhos e provas escritas quali e quantitativos de habilidades e capacidades físicas, resolução de situações problemáticas, elaboração e apresentação de atividades envolvendo dança, ginástica, esporte individual ou coletivo, etc.

Dessa forma, é possível conceber a avaliação como um processo contínuo que acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem e que serve para que seja medido se os objetivos propostos foram alcançados numa prática onde alunos e educadores aprendam e ensinem, construindo seus conhecimentos.

2.3 TIPOS E FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO

No ambiente escolar, muitos são os tipos de avaliação cada uma com uma função, contudo, de acordo com Libâneo (1994), a avaliação é um componente complementar e indissociável do processo de ensino –aprendizagem, pois faz com que torne-se possível deixar mais claros os objetivos que se busca alcançar contribuindo para o desenvolvimento das capacidades e habilidades dos envolvidos. O autor salienta ainda, que esta deve ser capaz de demonstrar os conhecimentos apreendidos pelos alunos, em consonância com os objetivos e os conteúdos trabalhados, onde seja possível sempre repensar os métodos e formas de ensino.

Conforme a LDB, art. 24 (BRASIL, 1996) a avaliação deve ser um processo, contínuo e cumulativo com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados apresentado durante o período sobre os de eventuais provas finais, detectando problemas e servindo como análise da realidade em relação à qualidade que se deseja atingir.

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Já Luckesi (2002) explica que a avaliação serve para diagnosticar e decidir transformando-se num instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, para que se possa tomar decisões para que seja possível avançar no seu processo de aprendizagem.

Para Haydt (2001) a avaliação é um processo contínuo e dinâmico para a permanente interação entre educador e educando na escolha e prática de conteúdos para o ensino-aprendizagem e aplicação de suas técnicas, visando a construção do conhecimento do educando.

Reafirmando isso, Luckesi (2002) cita que as principias funções da avaliação relacionam-se com proporcionar ao educando e ao educador a autocompreensão; incentivar o crescimento, diagnosticando e criando o desejo de obter resultados mais satisfatórios; contribuir para o aprofundamento e auxílio da aprendizagem.

Portanto, a avaliação como processo de ensino aprendizagem apresenta muitas funções, mas precisa contribuir efetivamente para a construção do conhecimento, independentemente de ter função diagnóstica, formativa ou classificatória.

Para Luckesi (2002) é possível dividir o ato de avaliar em duas funções, a de classificar, quando torna-se um instrumento estático do processo de crescimento durante a aprendizagem, e, a função de diagnosticar, quando é desenvolvido um processo de desenvolvimento da ação durante a construção do conhecimento através do incentivo a autonomia e a capacidade do aluno.

Na concepção de Sant’anna (1995), a avaliação tem função diagnóstica quando busca decidir a presença ou ausência de conhecimentos e habilidades, objetivando identificar as necessidades para a aprendizagem e também as causas das dificuldades. Essa função levar o aluno a tornar-se capaz de parar, pensar, concluir e continuar a construção do conhecimento.

Haydt (2001) reforça que a avaliação diagnóstica é uma prática que auxilia o professor a decidir quais são os conhecimentos e habilidades que devem ser retomados antes de introduzir os novos conteúdos previstos no planejamento, já que permite diagnosticar as habilidade e dificuldades dos alunos.

Sobre a avaliação formativa Sant’anna (1995) esclarece que é a avaliação realizada com o objetivo de oferecer informações ao professor e ao aluno sobre a construção do conhecimento, durante a prática das atividades desenvolvidas

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identificando as deficiências e possibilitando o desenvolvimento de ações para garantir o atingimento dos objetivos.

Complementando Haydt (2001) expõe que a avaliação formativa dá ao professor e aos alunos informações para que seja possível adequar procedimentos de ensino às necessidades.

Quanto a avaliação classificatória, Sant’anna (1995) esclarece que tem o papel de classificar os alunos de acordo com o grau de rendimento apontando quando os alunos não corresponderam a um percentual dentro do aprendizado.

Para Luckesi (2002) a avaliação torna-se classificatória quando funciona como instrumento para julgar o desenvolvimento do educando, ou seja, estabelece-se um percentual de aprendizagem e mede-estabelece-se os conhecimentos e habilidades doa educandos em relação a este.

Haydt (2001) salienta que a avaliação com função classificatória caracteriza-se como um processo normativo na escola, classificando caracteriza-se o aluno está apto ou não a cursar a etapa posterior.

Contudo, os autores salientam que a avaliação é sempre um processo contínuo que não pode ser estático e precisa ter como função principal levar o aluno a construir seus conhecimentos. Nesse sentindo, Luckesi (2002, p. 81) coloca:

[...], a avaliação [...] um instrumento de diagnóstico de sua situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para a sua aprendizagem. Se um aluno está defasado não há que, pura e simplesmente, reprová-lo e mantê-lo nesta solução.

Logo, torna-se importante utilizar diferentes métodos avaliativos para a avaliação cumpra suas funções e torne-se um instrumento de encaminhamento para o ensino-aprendizagem.

Dessa forma, Haydt, (2001) nos ensina que ao selecionar as técnicas e os métodos para a avaliação da aprendizagem, o educador necessita considerar os objetivos do ensino aprendizagem e, os métodos e procedimentos trabalhados durante o processo de ensino aprendizagem.

Betti e Zuliani (2002) salientam que a avaliação, em especial na educação física tem como função avaliar o rendimento do aluno, não é só intelectual, mas levando em conta características da personalidade e individualidade de cada um, como os aspectos corporal, afetivo, social e atitudinais.

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Libâneo (1994) esclarece que a avaliação não pode ser somente a realização de provas e atribuição de notas e classificação dos alunos, mas sim, a avaliação precisa ser um processo que observe tanto os aspectos quantitativos e qualitativos.

Nos PCN (BRASIL, 1997) fica evidente que a avaliação da aprendizagem precisa ter objetivos claros, tornando possível obter maior de objetividade e utilizar diferentes formas e situações, para possibilitar, por um lado, avaliar as diferentes capacidades e conhecimentos trabalhados, por outro, comparar as informações e detectar os conhecimento apreendidos em contextos diferentes através da utilização de diferentes códigos, como o verbal, oral, o escrito, o gráfico, entre outros levando em conta as distintas habilidades e competências dos alunos podendo ser alcançada com a análise, estudo e acompanhamento do ensino aprendizagem dos alunos, utilizando diferentes instrumentos.

Nesse sentido, Luckesi (2002) afirma que os instrumentos a serem usados na avaliação da aprendizagem necessitam levar em conta o comportamento e a habilidade a ser avaliada, devem estar adequados aos conteúdos e planejados e, desenvolvidos ter linguagem clareza e precisa, tornando – se então um instrumento que não dificulte a aprendizagem do educando, mas, seja um reforço do que já aprendeu.

Complementando Darido (2001) coloca que os instrumentos avaliativos devem considerar o comportamento humano em todos os sentidos por meio, da observação do aluno durante todas as aulas e quando preciso solicitar que exponha seu entendimento em relação aos conceitos não limitando a avaliação do aspecto motor e esquecendo as relações cognitivas, afetivas e sociais.

Então, utilizar instrumentos de avaliação vai muito além de realizar provas e definir notas e conceitos, caracteriza-se como o acompanhamento contínuo e evolutivo do processo de ensino aprendizagem, buscando identificar as aptidões e obstáculos para a aquisição, entendimento e aprimoramento dos conteúdos e construção de saberes para então melhorar a prática educativa.

2.4 CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

Conforme Libâneo (1994) nos ensina, a avaliação da aprendizagem é uma atividade didática importante e essencial, que precisa estar alinhado com o processo

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de ensino e aprendizagem através da análise e reflexão constantes a qualidade das tarefas do professor e dos alunos, não se resumindo a realização de provas e expressão de notas, mas exercendo papéis didáticos-pedagógicos, de análise, controle e informações para a mudança.

Darido (2001) destaca que a avaliação é imprescindível para uma tomada de decisão, seja para mudança de rumo das metodologias de ensino aprendizagem ou das práticas desta onde tanto educador como educando busquem observar o conhecimento, a habilidade e a atitude durante o caminho de aprendizagem por meio da valorização do processo e não apenas o produto, enfatizando a qualidade abrangendo as dimensões cognitiva, motora e atitudinal, verificando então a capacidade do aluno demonstrar o que aprendeu, ou quais suas dificuldades.

Complementando Perrenoud (1999), nos fala que a avaliação da aprendizagem deve ser um processo mediador na organização do currículo relacionando-se com a condução da aprendizagem dos educandos com o objetivo principal de auxilia-lo a aprender e ao professor, ensinar.

Para Hoffman (2003) a avaliação é vista como instrumento que auxilia no processo de construção do conhecimento nada mais é do que uma ação provocativa do professor, provocando o aluno a pensar e repensar sobre as circunstâncias vivenciadas, a estabelecer, construir e reconstruir teorias e conceitos, caminhando para a aprendizagem.

Já, para Luckesi (2002) uma avaliação da aprendizagem que assegure a qualidade do ensino, só poderá acontecer quando a escola, o educador e o educando estiverem verdadeiramente comprometidos com a aprendizagem, pois na educação física a avaliação tem a chance de constatar se o aluno aprendeu a reconhecer o seu corpo, saber se relacionar, competir, colaborar e a valorizar a sua saúde, vida. Luckesi, (2002) salienta que não tem uma única maneira para realizar a avaliação da aprendizagem, mas o é importante detectar as dificuldades e os progressos dos estudantes, a partir de um diagnóstico inicial para após realizar observações e análises e ressignificar a prática continuamente.

Complementando Darido (2001) afirma que na Educação Física a avaliação deve responder a, por que, quem, como, o que e, quando avaliar? Com a interação do educador e educando de maneira permanente e sistemática levando em consideração tanto aspectos quantitativos como qualitativos.

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Betti e Zuliane (2002, p.80) comentam que a Educação Física e seus professores precisam estreitar a relação entre teoria e prática mostrando o que sabem fazer, inovando através de novos modelos, táticas, conteúdos, métodos para que o ensino aprendizagem da educação física contribua efetivamente para a formação integral dos alunos.

A Educação Física portanto, trabalha com os movimento sobre o corpo e sua interação com o mundo desenvolvendo habilidades motoras e a interação com um conjunto de movimentos corporais que ajudam nos processos cognitivo, psicológico e de sociabilidade contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e com senso crítico. Para isso, a Educação Física deve aproximar o aluno de um conhecimento corporal de movimento, de uma forma completa, que só será possível se for planejada, adaptada e avaliada respeitando a individualidade de cada aluno de maneira contínua e sistemática.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa desenvolvida classificou-se quanto a sua natureza em aplicada, pois segundo Gil (2010) essa caracteriza-se pelo fato de buscar conhecimento para usá-los numa situação específica, sendo nesse caso as formas de avaliação na Educação Física escolar nos anos finais do Ensino Fundamental da rede pública de um município do Rio Grande do Sul-RS

Quanto a sua abordagem ao problema esse foi feito de forma descritiva, sendo esta definida como maneira de descrever um fato, um levantamento dos aspectos conhecidos sobre o assunto (SANTOS, 2001). Foi utilizado como técnica um questionário com perguntas abertas e fechadas, para ser respondida por todos os professores de Educação Física que atuam no ensino Fundamental nas escolas da cidade de Jaguari-RS.

Tendo em vista a delimitação do tema abordado foi realizada uma pesquisa inicial sobre o mesmo, com o intuído de buscar e selecionar informações e dados sobre este, pois a avaliação da aprendizagem é um tema já abordado sendo procurado referenciais teóricos sobre o assunto.

3.2. DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

O estudo foi delimitado a todos os professores de Educação Física que atuam no ensino fundamental anos finais nas escolas municipais e estaduais do município de Jaguari- RS, num total de 05 professores.

3.3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Primeiramente os profissionais de Educação Física assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, documento que especifica os objetivos da pesquisa. Posteriormente foi aplicado o questionário com perguntas abertas e fechadas (Apêndice)

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Pádua (2004) descreve a coleta de dados como modo de reunir as informações e dados pertinentes ao problema a ser pesquisado. Santos (2001) diz que na fase de coleta são definidos os procedimentos a serem adotados para reunir as informações necessárias para o raciocínio sobre determinado problema.

Os dados usados no referido trabalho tiveram como fontes de coleta de informações duas vertentes principais, que são a partir de pesquisa bibliográfica, sendo essa realizada através de livros e materiais on line sobre o tema.

A outra forma de coleta de dados usada foi o método de levantamento que é definido por Santos (2001, p.28) como “pesquisa que busca informações diretamente com um grupo de interesse a respeito dos dados que deseja obter.”

Para Santos (2001) o questionário se caracteriza por apresentar um conjunto de itens bem organizados e apresentados, esse deve conter perguntas claras de maneira a motivar o informante. O questionário pode ser de perguntas abertas ou fechadas, sendo a primeira de respostas livres e a segunda com várias respostas já delimitadas.

3.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

A partir dos dados coletados, cada pergunta foi analisada e interpretada, com dissertação na sua íntegra, para as perguntas abertas e por intermédio de gráficos para os questionamentos organizados de forma fechada.

Barros & Lehfeld (1990) relatam que após a coleta dos dados se faz necessário a interpretação dos mesmos, esse busca resultados explicativos sobre a pesquisa realizada, sendo necessário achar seu significado através de índices, dos percentuais obtidos, a partir da forma de medição e tabulação dos dados obtidos, e se necessário decomposição de depoimentos fornecidos. A interpretação desses dados liga-se a análise podendo ser esta quantitativa, qualitativa e quanti-qualitativa. Por se tratar de uma pesquisa com questionário de perguntas abertas e fechadas, esta se caracterizou como análise quanti-qualitativa, sendo necessário que estes fossem passados para o sistema Microsoft Excel para uma abordagem estatística dos mesmos, além da criação de gráficos para a melhor visualização desses resultados, também havendo a descrição das perguntas abertas e a interpretação dos seus resultados.

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Segundo Soares (2003) a abordagem quantitativa relaciona-se com a quantificação dos dados, fornecidos a partir da pesquisa realizada, para o emprego dessa abordagem se faz necessário recursos e técnicas estatísticas, tendo estas variações de complexidade. O autor ainda relata que a abordagem qualitativa ao inverso da quantitativa não aborda procedimentos estatísticos como processo principal de análise, essa tem a função de auxiliar o pesquisador na interpretação e solução do problema proposto.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO DA PESQUISA

Seguindo a ordem das perguntas do questionário, os resultados serão apresentados. Ao analisar o sexo dos professores que atuam nas séries finais do Ensino Fundamental da rede pública do Município de Jaguari-RS, o Gráfico 1, demonstra:

Gráfico 1: Sexo Fonte: Pesquisador

O gráfico 1, demonstra que a maioria dos participantes da pesquisa são do sexo feminino, 80%, 20% são do sexo masculino, o que mostra que os professores são a maioria mulheres.

Quanto a idade dos participantes da pesquisa, o Gráfico 2, apresenta a média de idade.

Gráfico 2: Idade Fonte: Pesquisador

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60% dos participantes da pesquisa, como mostra o gráfico 2, tem idade entre 30 e 39 anos e, 40 % possuem mais de 40 anos.

O gráfico 3, apresenta o nível de escolaridade dos professores participantes da pesquisa.

Gráfico 3: Escolaridade Fonte: Pesquisador

Os pariticipantes da pesquisa, conforme o Gráfico 3 apresenta, possuem pós graduação em sua totalidade, 100%.

No Gráfico 4, apresenta-se o tempo de atuação na docência de Educação Física em escola pública.

Gráfico 4: Tempo de atuação Fonte: Pesquisador

O gráfico 4, demonstra que 100% dos participantes da pesquisa afirmam atuar a mais de 6 anos na docencia de Educação Física em escola pública.

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Quanto a questão que solicitava a definição de avaliação do processo ensino-aprendizagem obteve-se:

A atividade educativa tem por meta realizar mudanças comportamentais nos alunos. Cabe a avaliação verificar em que medida os objetivos estabelecidos, do ponto de vista da sala de aula, ou seja, no nível do processo ensino aprendizagem, estão realmente sendo alcançados, para ajudar o aluno a avançar na aprendizagem.

A avaliação é um processo, contínuo que melhora a eficácia do processo ensino-aprendizagem.

O esforço teórico e prático de estabelecer a importância essencial da avaliação do processo ensino-aprendizagem na educação para o educando e educador, procura torna-la justa e crítica. (PROFESSOR 1)

É um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos. (PROFESSOR 2).

A avaliação é um elemento muito importante, por que é através dela que se consegue fazer uma análise dos conteúdos tratados. Ela reflete sobre o nível de trabalho do professor como do aluno, por isso a avaliação não deve ser feita somente para atribuir nota aos alunos, mas sim deve ser utilizada como um instrumento para verificar o grau de aproveitamento dos alunos. (PROFESSOR 3).

Avaliar em todos os momentos do processo, desde o planejamento até a execução das atividades, repensando e ressignificando a prática constantemente. (PROFESSOR 4).

A avaliação é indispensável no processo ensino aprendizagem, pois é um dos meios que utilizamos para compreender se os alunos assimilaram os temas em aulas. (PROFESSOR 5).

Logo, os professores de uma maneira ampla, demonstram perceber a avaliação como um processo de acompanhamento das facilidades e dificuldades dos alunos para que seja possível melhorar a prática de ensino aprendizagem, o que vem de encontro com o que Luckesi (2002) nos ensina quando explica que avaliação da aprendizagem vai além de expressar valor ou qualidade de atributos mas caracteriza-se como uma tomada de posição favorável ou desfavorável ao objeto de avaliação, com uma conseqüente decisão de ação.

Em relação à se os professores consideram importante avaliar o processo de ensino aprendizagem e seu por que, obteve-se como afirmações:

-Sim. A ação educativa não é algo pronto e definitivo, pelo contrário suscita muitos questionamentos, planos e realizações. Assim, o processo

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ensino-aprendizagem exige um contínuo repensar e um constante recriar; portanto avaliar significa ação-reflexão e ação (feedback) (PROFESSOR 1)

Sim, pois a avaliação é um processo continuo que deve acontecer nos mais diferentes momentos do trabalho. A verificação e a qualificação dos resultados da aprendizagem no início, durante e no final das unidades didáticas, visam sempre diagnosticar e superar as dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos a continuarem dedicando-se aos estudos. A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. (PROFESSOR 2).

Certamente que sim, se não observarmos e não repensarmos o processo ele perde o significado, precisamos estar sempre cientes dos nossos objetivos e dos resultados do processo, para que saibamos se a aprendizagem está realmente acontecendo ou se devemos rever o caminho percorrido. (PROFESSOR 3).

Sim considero, como já foi colocado quanto da definição da avaliação. Utiliza para coletar dados sobre o aproveitamento dos alunos, determina também o grau de assimilação dos conceitos e das técnicas visando ajudar o professor a melhorar sua metodologia de trabalho, também ajuda os alunos a desenvolverem a auto confiança determinando o grau de assimilação dos conceitos. (PROFESSOR 4).

Sim, pois nos permite analisar se os objetivos propostos estão sendo alcançados e também refletir sobre nossas práticas. (PROFESSOR 5).

Percebe-se que os professores consideram importante avaliar o processo de ensino aprendizagem pois afirma Libâneo (1994, p. 195) a avaliação é necessária e contínua durante a práxis num trabalho contínuo onde professor e aluno observem os resultados para ressignificar o processo de ensino aprendizagem construindo-o com qualidade e significado.

Questionando os participantes da pesquisa sobre como conduzem o processo de avaliação da aprendizagem de seus alunos, foi possível perceber que:

- Um dos problemas quanto à prática educativa diz respeito à avaliação: - como ela se produz como ela é vivenciada nos dias atuais, como ela pode realmente ser eficiente mediante um ser humano complexo, e que se encontra constantemente em transitoriedade como conhecimento, e na sociedade em que vive.

A avaliação é um meio para alcançar fins e não um fim em si mesmo. Basicamente comprovar se os resultados desejados foram alcançados. E a partir da elaboração do plano de ensino, com a definição dos objetivos que norteiam o processo ensino-aprendizagem, que se estabelece o que e como julgar os resultados de aprendizagem dos alunos.

A avaliação permite também, determinar a qualidade di processo de ensino, isto é, o êxito do trabalho do professor (PROFESSOR 1)

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A avaliação é um trabalho participativo, tendo como perspectiva a continuidade da aprendizagem e um conhecimento de qualidade. É um processo mediador onde os pressupostos de caráter qualitativo servem como subsídio para uma contínua reflexão do trabalho educacional. Porém a avaliação vem sendo direcionada para um contexto unicamente classificatório, sob o qual são desenvolvidos testes e provar que visam analisar unicamente conteúdo, no sentido teórico e desvinculado da realidade do educando. No entanto, cada aluno é um indivíduo com estilo e ritmo próprio de aprendizagem o qual deve ser respeitado no momento da avaliação. (PROFESSOR 2).

No dia a dia do trabalho e em alguns momentos pré-estabelecidos de forma sistemática. (PROFESSOR 3).

O processo de ensino aprendizado (avaliação) é conduzido diariamente: Ao observar o desempenho dos alunos, nas diversas atividades de classe; ao observar as normas colocadas no início de cada ano letivo como: disciplina, coleguismo, uniforme, frequência, entre outras. (PROFESSOR 4).

Procuro observar a superação das dificuldades, visto que cada aluno tem seu tempo; utilizo auto-avaliações, onde eles conseguem expor suas dificuldades e comportamento. (PROFESSOR 5).

Nesse contexto, os professores participantes da pesquisa explicam que ao conduzir o processo de avaliação utilizam diferentes ferramentas, desde a observação contínua até instrumentos sistemáticos, provas, contudo de acordo com Luckesi (2002) a avaliação precisa ser sempre, um meio que auxilie o aluno a adquirir e compreender os conteúdos e práticas trabalhadas e no seu processo de constituição de si mesmo, sendo um humano crítico e capaz de interagir na sociedade em que vive.

O Gráfico 5, apresenta a ordem de instrumentos utilizados para obter dados para registros dos alunos e emissão de um parecer sobre seu desempenho.

Gráfico 5: Instrumentos utilizados avaliação Fonte: Pesquisador

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O gráfico 5, demonstra que a maioria dos participantes da pesquisa utilizam como instrumento de avaliação em primeiro lugar a medição de performace, em segundo lugar, utilizam trabalhos de pesquisa, em terceiro lugar, provas escritas e em quarto, provas objetivas. Isso tudo, demonstra que os professores pesquisados utilizam diferentes instrumentos de avaliação o que pode auxiliar na construção do conhecimento, o que concorda com Darido (2001) que explica que a avaliação deve ser um processo, contínuo e que caracteriza-se como um método onde o professor utilize diferentes instrumentos sempre observando seus alunos para constatar em que fase se encontra, localizar os erros e oferecer informações relevantes para que os erros de desempenho sejam superados.

Sobre quando ao realizar a avaliação considera os vários aspectos, cognitivo motor ou atitudinal considerando o gráfico 6 mostra:

Gráfico 6: Aspectos da avaliação Fonte: Pesquisador

Questionando se ao realizar a avaliação o professor leva em conta os vários aspectos, cognitivo, motor ou atitudinal, considerando o sujeito na sua totalidade, 100% dos pesquisados afirmou considerar sempre.

Isso, vem de encontro com o exposto nos PCNs (1997) que deixam claro que a avaliação é um elemento integrador do ensino-aprendizagem, que considera o aluno como um todo. Além disso, é proposto a diversidade de instrumentos e situações, considerando as diversas capacidades e individualidades dos alunos podendo ser realizada através de observação, acompanhamento do processo de aprendizagem dos alunos, utilizando diferentes instrumentos.

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O gráfico 7 a opinião dos pesquisados sobre a importância de primeiramente definir com clareza os critérios e instrumentos que serão utilizados de modo a avaliar o aluno nas dimensões motora, cognitiva e atitudinal.

Gráfico 7: Definição critérios de avaliação Fonte: Pesquisador

Conforme o gráfico 7, observa-se que 100% afirmam que sim, estabelecer de forma clara e objetiva os critérios e instrumentos s serem utilizados é importante de modo a avaliar o aluno nas dimensões motora, cognitiva e atitudinal.

Assim sendo, Hoffmann (2003) explica que para realizar uma avaliação eficiente é preciso um processo avaliativo permanente de observação, registro e reflexão que de suporte ao fazer pedagógico do educador.

Complementando, Hadji (2001) coloca que avaliação da aprendizagem leva em conta o indivíduo de maneira completa, como um todo, em seus aspectos cognitivos, afetivos, atitudinais e sociais servindo para que seja possível realizar mudanças e assegurar a construção do conhecimento significativa o processo ensino aprendizagem.

Logo, a avaliação da aprendizagem pode ser compreendida como parte inseparável do processo de ensino aprendizagem que precisa estar presente em todos os momentos, mas não como forma de controle e ou exclusão, mas como meio para se alcançar os objetivos estabelecidos tanto pelo educando, como pelo educador e pela escola.

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5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES

Ao concluir este trabalho torna-se possível compreender que as formas de avaliação da Educação Física escolar nas séries finais do Ensino Fundamental da rede pública do Município de Jaguari-RS estão de acordo com os objetivos e metodologias legais para o componente curricular, já que de acordo com as pesquisas realizadas percebeu-se que os professores utilizam diferentes instrumentos de avaliação procurando sempre utilizar esses instrumentos que possibilitem a construção do conhecimento dos alunos e a ressignificação da prática pedagógica.

Buscando-se analisar diversas percepções de avaliação escolar, identificar como a avaliação nas aulas de Educação Física é realizada nas séries finais do ensino fundamental e compreender os distintos procedimentos para a avaliação observou-se que existem alguns fatores que merecem maior atenção para que as ações efetivamente contribuam para uma avaliação significativa, ainda os educadores físicos utilizam como principal instrumento de avaliação a medição de desempenho, mesmo afirmando que utilizam outras formas.

Entretanto, percebeu-se ainda a preocupação dos professores com a verdadeira construção do conhecimento, mostrando que as suas percepções quanto ao conceito de avaliação não se limitam à determinar notas e conceitos, mas em analisar e identificar as facilidades e dificuldades do educando para auxiliá-los a superar as dificuldades e aprimoras as habilidades.

Logo, a avaliação é considerada como um processo indissociável e permanente durante o ensino aprendizagem realizada de diferentes formas, entre medições de desempenho, provas, trabalhos, interações realizadas por meio de observações e análises que servem para aprimorar as metodologias de ensino, tomar decisões e, quando necessário atribuir notas e/ou conceitos.

Dessa forma, a avaliação na Educação Física nos anos finais do ensino fundamental precisa ser compreendida sempre como parte importante do processo de ensino aprendizagem, como metodologia presente, que precisa utilizar diferentes técnicas para analisar este processo e a construção de conhecimentos alcançando então o objetivo maior de contribuir para a formação cognitiva, afetiva, social e atitudinal dos educandos, colaborando para a formação de um cidadão consciente, crítico e capaz de interagir consigo mesmo e com a sociedade.

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REFERÊNCIAS

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BETTI, Mauro; ZULIANI, Luiz Roberto. Educação física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v. 1, n.

1, 2009. Disponível em: <

http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/view/1363/1065>. Acesso em: 15/11/2016.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: educação física. Brasília: MEC/ SEF, 1997.

DARIDO, Suraya. C. Os conteúdos da educação física escolar: influências, tendências, dificuldades e possibilidades. Perspectiva em Educação Física Escolar, Niterói, v.2, n.1, 2001.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas,2010.

HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 33ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2002.

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PÁDUA, Elisabete. M. M. de. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. 10ª ed. rev. e atual. Campinas, SP: Papirus, 2004.

PERRENOUD, Philippe. Avaliação: Da Excelência à Regulação das Aprendizagens. Entre Duas Lógicas. Trad. Patrícia Chittoni Ramos. Artes Médicas Sul: Porto Alegre, 1999.

SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar?: Como avaliar?: Critérios e instrumentos.3ª Edição, Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 4. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

SOARES, Edvaldo. Metodologia científica: lógica, epistemologia e normas. São Paulo: Atlas, 2003.

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Apêndice A- Questionário 1. Sexo: ( ) masculino ( ) feminino 2. Idade: ( ) entre 20 e 29 anos ( ) entre 30 e 39 anos ( ) mais de 40 anos 3. Escolaridade ( ) graduação ( ) pós Graduação

4. Tempo de atuação na docência de Educação Física em escola pública ( ) menos de 1 ano

( ) entre 2 e 6 anos ( ) mais de 6 anos

5. Defina a avaliação do processo ensino-aprendizagem.

6. Você considera importante avaliar o processo de ensino aprendizagem? Por quê?

7. Como você conduz o processo de avaliação da aprendizagem de seus alunos?

8. Assinale por ordem (1 para menos utilizado e 4 para o mais utilizado), os instrumentos utilizados para obter dados para registros dos alunos e emissão de um parecer sobre seu desempenho:

( ) provas objetivas ( ) provas escritas ( ) trabalhos de pesquisa

( ) medição de performance nas aulas

9. Ao realizar a avaliação considera os vários aspectos, cognitivo, motor ou atitudinal, considerando o sujeito na sua totalidade?

( ) sempre ( ) nunca

( ) algumas vezes

10. Você concorda sobre a importância de primeiramente definir com clareza os critérios e instrumentos que serão utilizados de modo a avaliar o aluno nas dimensões motora, cognitiva e atitudinal?

( ) sim ( ) não ( ) em parte

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Anexo A- Termo

TERMO DE CONSCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Projeto: A Avaliação em Educação Física nas séries finais do ensino fundamental

Pesquisador responsável: Diego Nunes Carijo Autora: Diego Nunes Carijo

Instituição/Departamento: Unijuí - Educação Física - Licenciatura Telefone para contato: (55) 9677-0512

Endereço: Rua José Bonifácio 1090 – Jaguari – RS

Convidamos o (a) prezado (a) professor (a) a participar deste estudo, o qual tem como objetivo geral: Analisar as formas de avaliação da educação física escolar nas séries finais do Ensino Fundamental da rede pública do Município de Jaguari-RS Este estudo justifica-se como trabalho de conclusão de curso superior em Educação Física - Licenciatura

Para se atingir o objetivo desta pesquisa faz-se necessário a realização de aplicação de questionário, afim de se adquirir informações para a discussão da presente temática.

O material coletado através dos questionários será utilizado exclusivamente com caráter científico, sendo lidas apenas pelo pesquisador responsável e pela autor da pesquisa, estando estes, responsáveis por qualquer extravio ou vazamento das informações confidenciais.

O anonimato dos sujeitos será preservado em quaisquer circunstâncias previstas nesta pesquisa, sendo esses livres para desistirem de participar da pesquisa a qualquer momento, sem que isso venha a prejudicá-los, não gerando prejuízos morais, físicos ou custos aos mesmos.

Quanto aos benefícios da pesquisa, objetiva-se

- Analisar as diversas concepções de avaliação escolar;

- Identificar como a avaliação nas aulas de educação física é realizada nas séries finais do ensino fundamental;

- Compreender os distintos procedimentos para a avaliação na educação física escolar.

Desde já, informamos que se pretende divulgar os resultados encontrados nesse estudo em periódicos e eventos da área da Educação e/ou Educação Física.

Mesmo não sendo a nossa intenção, esse estudo poderá trazer algum constrangimento aos sujeitos do estudo, mas que serão amenizados pelo tratamento ético que teremos com os mesmos.

O autor compromete-se em esclarecer devida e adequadamente qualquer dúvida ou questionamento que os sujeitos venham a ter no momento da pesquisa ou, posteriormente, através dos telefones: (55) 9677-0512 ou por e-mail .diegocarijo2016@outlook.com

Após ter sido devidamente informado (a) de todos os aspectos desta pesquisa, seus propósitos, procedimentos e garantias de confidencialidade e ter

esclarecido minhas dúvidas,

eu_________________________________________________________________, concordo voluntariamente em participar deste estudo e autorizo a realização de entrevista sobre a temática proposta, podendo retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo.

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Assinatura e CI do entrevistado: _________________________________________ Declaramos, abaixo assinado, que obtivemos de forma apropriada e voluntária o Consentimento Livre e Esclarecido deste sujeito de pesquisa para a participação no estudo.

Assinatura do pesquisador responsável: ___________________________________ Assinatura da autora do estudo: _________________________________________

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