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Academic year: 2021

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CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA ÁREA:

SUBÁREA: Engenharias SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA - UNISANTA INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): RAQUEL MARTINS RODRIGUES AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): WILLY ANK DE MORAIS, ÁUREO EMANUEL PASQUALETO FIGUEIREDO ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): MRS LOGÍSTICA COLABORADOR(ES):

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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

ENGENHARIA MECÂNICA

RAQUEL MARTINS RODRIGUES

DEFINIÇÃO DE UM CICLO DE RECUPERAÇÃO PARA DESVIOS FERROVIÁRIOS

Santos, SP Maio de 2018

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UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA ENGENHARIA MECÂNICA

RAQUEL MARTINS RODRIGUES 125863

DEFINIÇÃO DE UM CICLO DE RECUPERAÇÃO PARA DESVIOS FERROVIÁRIOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Engenheiro Mecânico à Faculdade de Engenharia da Universidade Santa Cecília, sob orientação do Professor Ms. Willy Ank de Morais.

Santos, SP Junho de 2018

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar as condições gerais de desgaste de componentes designados como “jacarés” que equipam os Aparelhos de Mudança de Via (AMV). As linhas consideradas neste estudo possuem predominância de composições de carga e objetivou-se criar um ciclo de manutenção preventiva para seus AMV’s. Este estudo tem importância na segurança do tráfego de veículos ferroviários, assim como no custo de substituição dos componentes estudados, concluindo-se que sua reparação bem planejada prolonga seu uso em serviço.

PALAVRAS-CHAVE: Via Permanente; Jacarés; Aparelho de Mudança de Via (AMV).

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ABSTRACT

The objective of this work is to analyze the general conditions of wear of frogs and crossings of the Track Change Device in rail lines with predominance in freight trains and create a preventive maintenance cycle for them. This study has its importance in the matter of the traffic safety of rail vehicles and in the cost of replacing frogs, since their repair prolongs their time in service.

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Sumário 1- INTRODUÇÃO ... 6 2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 9 2.1 – AMV’S... ... 9 2.1.1 – Agulhas: ... 9 2.1.2 - Aparelho de Manobra: ... 9 2.1.3 – Trilho de Ligação: ... 10 2.1.4 – Jacaré ou Coração: ... 10

2.2 – VIDA ÚTIL DOS JACARÉS ... 11

1.2.1 – EFEITO DO ESMERILHAMENTO ... 12

3- MATERIAIS E MÉTODOS ... 13

3.1 – ALTERNATIVAS ESTUDADAS ... 13

3.1.1 - Substituição de Jacaré: ... 13

3.1.2 - Manutenção por Esmerilhamento: ... 14

3.2- CENÁRIOS ESTUDADOS: ... 14 3.2.1- Cenário Otimista: ... 14 3.2.2 - Cenário Usual ... 15 3.2.3 - Cenário Precavido ... 16 3.2.3.1 – Jacaré simples ... 16 2.2.3.2 – AMV’s Mistos ... 17

3.3 – RELATÓRIO ANUAL DOS INVESTIDORES ... 19

3.4 - HISTÓRICO ACIDENTES ... 21 3.5 - HISTÓRICO DE MANUTENÇÃO ... 22 3.5.1 - Cenário Proposto ... 24 3.6 – DISPONIBILIDADE DA LINHA ... 26 4- CONCLUSÃO ... 27 5- APÊNDICE ... 28 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 30

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OBJETIVO GERAL

Criação de um ciclo de manutenção preventiva para Jacarés ferroviários, através de um comparativo entre cenários de manutenção preventiva e corretiva. O estudo comprova todos os efeitos positivos, técnicos e econômicos, obtidos através do esmerilhamento do Aparelho de Mudança de Via.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Como objetivos específicos têm-se:

1- Redução dos custos de manutenção;

2- Aumento de vida útil do Aparelho de Mudança de Via;

3- Aumento de confiabilidade da Via, garantindo maior segurança ferroviária; 4- Menos tempo de hora parada (THP) por conta de manutenção corretiva

ESCOPO DO TRABALHO

O trabalho abordará as condições de desgaste dos Jacarés e cruzamentos de AMV’s e devido à criticidade deste processo e pela busca de aperfeiçoamento do mesmo, o presente estudo será a base de um projeto para a melhoria dos componentes do AMV, com foco nos jacarés, dentro da empresa MRS.

Além disso, o escopo engloba a avalição e implantação deste estudo, dentro do setor de Via Permanente de São Paulo de acordo com as necessidades encontradas e com equipes de manutenção contratadas. A proposta passará por avaliação e aprovação dentro da empresa, dentro de um processo que pode levar até o final do ano de 2018. .

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1- INTRODUÇÃO

O transporte ferroviário tem uma importância muito grande para o desenvolvimento econômico do país, tendo em vista que oferece um transporte de qualidade e com segurança. Entretanto, para que esse nível de confiabilidade seja alcançado, devem-se levar em conta todos os processos de manutenção da via com muita devem-seriedade. Dentro da Via Permanente, a manutenção dos componentes do aparelho de mudança de via é imprescindível para o perfeito funcionamento e para a segurança. Além disso, os custos e técnicas envolvidos nesse processo, juntamente com o tempo de interrupções para as atividades preventivas, possuem grandes impactos na gestão do sistema ferroviário.

Portanto, esse trabalho tem como finalidade o estudo das condições gerais de desgaste dos Jacarés e cruzamentos de AMV’s em linhas férreas e com predominância em trens de carga, para assim, ser possível a análise de todas as possibilidades, relevância de procedimentos de manutenção e a restauração dos núcleos dos jacarés, onde possibilitaria um tempo em serviço maior do que o atual, trazendo inúmeros benefícios de ordem econômica para as empresas ferroviárias, tais como:

 Redução dos custos de manutenção;

 Aumento da vida útil do AMV;

 Menos tempo de hora parada (THP) por conta de manutenção corretiva;

 Entre outros.

Os aparelhos de mudança de via, ou AMV’s, conforme esquematizado na Figura 1, são dispositivos que permitem que uma composição ferroviária mude de uma via para a outra sem interromper a sua marcha assegurando a continuidade da via para um determinado caminho.

Os AMV’s podem ser de uma única bitola (larga) considerada comum e os empregados em via de dupla bitola (mista) são designados AMV’s mistos. Os AMV’s comuns são compostos pelos seguintes componentes, também apresentados na Figura 1:

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 Agulhas;

 Encosto de agulha;

 Aparelho de manobra;

 Trilho de enlace ou de ligação;

 Jacaré;

 Calços;

 Coxins e

 Contratrilhos .

Figura 1 – Esquema de situação do aparelho de mudança de via Fonte: Martinazzi, 2007

A manutenção dos componentes do aparelho de mudança de via é algo imprescindível para o perfeito funcionamento e para a segurança da via, portanto, pode-se considerar um item crítico para todas as grandes ferrovias, quando comparadas as outras atividades de manutenção. Os custos e técnicas envolvidos nesse processo, juntamente com o tempo de interrupções de passagem de trem em um determinado trecho para as atividades preventivas, são de grandes proporções e por conta disso, tornam o estudo do aperfeiçoamento dessa área de manutenção, uma grande oportunidade de melhoria.

Devido à criticidade deste processo e pela busca de aperfeiçoamento do mesmo, o presente estudo será a base de um projeto para a melhoria dos componentes do AMV, com foco nos jacarés.

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Os jacarés, que também são conhecidos como “coração” do AMV, são peças fundamentais em um Aparelho de Mudança de Via e seu desgaste é muito maior do que em qualquer outro componente da via permanente. Os mais complexos são fabricados em alto Carbono, os quais podem possuir juntas soldadas ou aparafusadas. Outro tipo existente é o jacaré com o núcleo em aço Manganês, conforme Figura 2, na qual a conciliação de uma boa resistência ao impacto e ao desgaste são maiores que os outros aços, fazendo com que se torne mais empregado. Ambos modelos são complexos e caros, comparados aos outros componentes existentes na via, fazendo assim que sua manutenção e reparo sejam uma excelente solução para a segurança do tráfego e do custo da substituição de outra peça.

Figura 2 – Jacaré maciço de Aço – Mn Fonte: Martinazzi, 2007

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2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 – AMV’s

2.1.1 – Agulhas:

São componentes de aço, sem pontas e que se encaixam perfeitamente aos trilhos de encosto, seja de um lado ou do outro da fila de trilhos, de acordo com a direção desejada para o veículo. As agulhas são ligadas entre si por uma barra, chamada tirante, onde vai ser ligada ao aparelho de manobra.

O comprimento das agulhas é padronizado pela Norma Brasileira NBR15810 e variam de 3,65 a 9,14 m. O ângulo formado entre o trilho de encosto e a agulha, chama-se ângulo de desvio. A distância entre a agulha e o trilho de encosto não pode ser menor que a livre passagem dos frisos das rodas.

Se a agulha é curta, maior será o ângulo de desvio e ocasionará uma mudança acentuada de direção, podendo ocasionar descarrilamento ou quebra da agulha. Para que isso não aconteça, essa distância deve ser de no mínimo 6 cm, para haver a livre passagem nos trilhos.

Sendo assim, a distância mínima de centro a centro dos trilhos no talão da agulha é da ordem 13 a 17 cm, levando-se em conta os 8 a 10 cm entre a agulha e o trilho de encosto.

O valor do ângulo de desvio pode variar de 25’ a 40’ para velocidades maiores,

maiores que 50 km/h e 1º a 1º e 40’ para baixas velocidades, de 20 a 15 km/h.

Quanto menor for o ângulo, melhor será a circulação sobre a agulha.

2.1.2 - Aparelho de Manobra:

Todos os componentes que permitem a movimentação das agulhas de uma via para a outra para que haja a movimentação do veículo ferroviário. São esses componentes:

 Tirantes, barra de ferro que une as agulhas entre si

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 Contra-peso, peça que auxilia a movimentação manual da alavanca de manobra, fazendo com que ela sempre fique pressionada ao trilho de encosto.

 Alavanca de manobra, componente que é impulsionado pelo guarda

chaves, para que sirva de impulso para a movimentação das agulhas. 2.1.3 – Trilho de Ligação:

São os trilhos que ligam o jacaré aos talões das agulhas 2.1.4 – Jacaré ou Coração:

É a principal peça do AMV, que o caracteriza e que também será o foco deste estudo.

São peças com grande capacidade de resistência à impacto, conforme Figura 3, e que sofrem maior solicitação em desgaste do que qualquer outra peça do AMV. Sendo assim, o reparo para essas peças, é muito desejável, pois são componentes caros, complexos e ocasionam da perda de produção por parada da composição na ocorrência de falhas. Estes fatores são relevantes para uma gestão de qualidade específica para estes componentes.

Figura 3 – Jacaré de núcleo Aço Manganês aplicado na ferrovia Fonte: Martinazzi, 2007

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2.2 – VIDA ÚTIL DOS JACARÉS

Atualmente, a vida útil média para os jacarés nos AMV’s da Baixada Santista, Planalto e Vale do Paraíba é estimada em 95 MTBT (MRS). Entretanto isso pode variar de acordo com características, manutenção e carregamento no trecho ferroviário em questão.

Utilizando como parâmetro as locomotivas DASH9, conforme Figura 4, (fabricadas pela General Electric), seu peso bruto é de aproximadamente 195 toneladas, sobre 6 eixos, têm -se 32,5 toneladas por eixo. Com tais valores, considera-se que a taxa de circulação da Baixada Santista, por exemplo, estaria dentro de 25 MTBT por ano, onde teoricamente, a vida útil estimada é de 6 anos.

Figura 4 – Locomotiva DASH9 MRS Fonte: MRS, 2009

Esses valores podem mudar para situações mais críticas, como por exemplo, a Ferrovia do Aço, onde um jacaré precisa ser trocado a cada 3 meses, por conta do carregamento ser maior que o da Baixada Santista ou Vale do Paraíba.

Entretanto, apesar de ter um carregamento relativamente pequeno e ter uma vida útil de em média 6 anos para uma troca, os jacarés da Baixada Santista, Planalto e Vale do Paraíba, não possuem um ciclo de manutenção que garantam isso ou até que

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superem essa vida útil, gerando altos custos para se manter a infraestrutura da via permanente.

Portanto, esse estudo tem como objetivo confirmar todos os efeitos positivos, econômicos e técnicos de se esmerilhar os desvios ferroviários, afim de prolongar a vida útil da peça, garantir uma manutenção mais eficaz e uma circulação ferroviária com maior segurança.

1.2.1 – EFEITO DO ESMERILHAMENTO

Uma superfície de contato roda x trilho irregular, provoca, além do desgaste prematuro dos componentes envolvidos (fixações, trilhos, rodas, rolamento etc.), grandes acelerações e vibrações no material rodante, provocando falhas em equipamentos, colocando em risco a circulação ferroviária.

Portanto, o esmerilhamento irá desbastar a camada superior, retirando assim, qualquer irregularidade presente no componente, seja na direção longitudinal ou transversal, permitindo que a faixa de contato permaneça na forma ideal durante toda a vida útil do jacaré.

(15)

3- MATERIAIS E MÉTODOS

A lista a seguir contém atividades de manutenção que serão consideradas para o cálculo de compensação:

 Esmerilhamento;

 Socaria – A socaria é um procedimento para o nivelamento da via, onde o

lastro é impulsionado para baixo do dormente por meio de ação vibratória realizada por equipamentos mecânicos ou manuais.

 Consolidação de fixação e ligações.

Para o cálculo será considerado a situação ideal de realizar todos os serviços corretamente a cada 25 MTBT, ou seja, aproximadamente 1 ano.

3.1 – ALTERNATIVAS ESTUDADAS

A seguir serão apresentados os valores de serviços realizados por equipes terceirizadas da MRS. Além disso, será estudado os cenários cabíveis para a manutenção, comparando seus respectivos custos ao longo dos anos.

3.1.1 - Substituição de Jacaré:

Tabela 1 – Custos reais para a substituição de jacarés

Fonte: MRS, 2018

Para esse cenário, a substituição de dormentes na região do AMV é considerada a parte como gastos adicionais, causados pela falta de manutenção.

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3.1.2 - Manutenção por Esmerilhamento:

Tabela 2 – Custos reais para a manutenção dos jacarés

Fonte: MRS, 2018 3.2- Cenários Estudados:

Os cenários a seguir são comparativos de Manutenção x Sem manutenção ao longo da vida útil do componente, comparando os gastos em ambas situações. Para todos os cenários estudados, considerou-se para o primeiro ano, valores de uma troca de jacaré, pois indicaria um material novo e somente nos anos seguintes, valores de serviços para manutenção do mesmo.

3.2.1- Cenário Otimista:

Tabela 3 – Custos reais para a manutenção x substituição dos jacarés

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No Cenário Otimista, os valores de manutenção envolvem somente os serviços de esmerilhamento e a diária dos Bandeiras. Para o cenário sem manutenção, seria necessário uma substituição de jacaré no quarto ano, pois o componente estaria no limite de sua vida útil.

Portanto, haveria um ganho para cada jacaré em R$18.205,83 em 6 anos.

Gráfico 1 – Comparação dos cenários estudados com seu respectivo ganho.

3.2.2 - Cenário Usual:

Tabela 4 – Custos reais para a manutenção x substituição dos jacarés

Fonte: MRS, 2018

No Cenário Usual, os valores de manutenção envolvem os serviços de esmerilhamento e a diária dos Bandeiras, porém, no quarto ano, seria realizado um

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serviço completo, envolvendo socaria, nivelamento e consolidação de fixações. Para o cenário sem manutenção, seria necessária uma substituição de jacaré no quarto ano, pois o componente estaria no limite de sua vida útil. Ou seja, estima-se um ganho de R$8.457,17 para cada jacaré.

Gráfico 2 – Comparação dos cenários estudados com seu respectivo ganho. 3.2.3 - Cenário Precavido:

O cenário “Precavido” será dividido em dois, para que se avalie a mesma condição, porém em componentes diferentes. O primeiro seria em jacarés simples e o segundo em AMV’s Mistos, onde têm-se 2 jacarés simples e 1 duplo, totalizando 3 jacarés por conjunto.

3.2.3.1 – Jacaré simples:

Tabela 5 – Custos reais para a manutenção x substituição dos jacarés Fonte: MRS, 2018

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Nesse cenário há uma intercalação de serviços de manutenção. Em um ano seria realizado somente o esmerilhamento e no ano seguinte, um serviço completo de socaria, nivelamento e consolidação de fixação.

Para esse cenário haveria uma perda financeira, porém um ganho em confiabilidade e segurança, tendo em vista que haveria maior manutenção na Via Permanente.

Gráfico 3 – Comparação dos cenários estudados com seu respectivo ganho. 2.2.3.2 – AMV’s Mistos:

Para esses conjuntos são considerados 3 Jacarés, sendo 1 duplo e 2 simples, como mostra a Figura 5 a seguir:

Figura 5 – AMV Misto, contendo 2 jacarés simples e 1 duplo Fonte: Martinazzi, 2007

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Nesse cálculo, será utilizado valores para as peças de acordo com os valores de estoque da empresa MRS:

 1 Jacaré simples: R$ 15.866,67

 1 Jacaré duplo: R$ 20.261,00

Tabela 5 – Custos reais para a manutenção x substituição dos jacarés

Fonte: MRS, 2018

Os mesmos serviços dentro do mesmo intervalo de tempo, para a condição de AMV’s Mistos são benéficos financeiramente, pois se tratam de 3 jacarés por conjunto.

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3.3 – RELATÓRIO ANUAL DOS INVESTIDORES

Relatórios Anuais relatam os fatos de maior destaque ocorridos a cada ano, bem como os principais avanços e conquistas obtidas pela empresa em diversas áreas. A seguir, encontram-se trechos do Relatório Anual de 2017 da MRS, conforme Figuras 6, 7, 8 e 9, onde se comprova a importância da confiabilidade e segurança no setor ferroviário.

Figura 6 – Trecho retirado do Relatório Anual dos Investidores Fonte: MRS, 2017

Figura 7 – Gráfico da Evolução Histórica das Ocorrências Ferroviárias

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Além disso, o setor da Via Permanente foi a área que mais recebeu investimento de toda empresa, totalizando R$ 374. 000.000, visando expansão, confiabilidade de infraestrutura e modernização da Via Permanente.

Figura 8 – Trecho retirado do Relatório Anual dos Investidores

Fonte: MRS, 2017

Figura 9 – Trecho retirado do Relatório Anual dos Investidores Fonte: MRS, 2017

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Portanto, vê-se que a Via Permanente é uma área de extrema importância e que para que essa premissa seja verdadeira, os investimentos são a fim de garantir a confiabilidade e a segurança da Via e por sua extensão, os negócios da companhia.

3.4 - HISTÓRICO ACIDENTES

Com base no histórico da empresa de acidentes desde 2010, foi constatado que 184 acidentes foram de causa Via Permanente e desses, 23 com causa falta de manutenção em AMV. Foram 6 ocorrências no estado de São Paulo, 5 em Minas Gerais e 12 no Rio de Janeiro.

Os 23 acidentes causados por AMV foram todos descarrilamentos, sendo 3 deles com interdição de tráfego.

Gráfico 5 – Gráfico de Acidentes x Causa x Região Fonte: MRS, 2018

A fim de detalhamento, têm-se a seguir o motivo dos 23 acidentes em AMV:

Gráfico 6 – Gráfico da causa raiz – Acidentes causa AMV Fonte: MRS, 2018

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Apesar de o foco do trabalho estar voltado para a manutenção em jacarés, o serviço de manutenção proposto envolve esmerilhamento em agulha e contra trilhos, pois fazem parte do Aparelho de Mudança de Via.

Portanto, estima-se que esses valores poderiam ser menores ou até mesmo inexistentes com a manutenção adequada.

3.5 - HISTÓRICO DE MANUTENÇÃO

Dentro do estado de São Paulo têm-se 4 coordenações, ilustradas na Figura 10, sob responsabilidade da MRS, compostas por Piaçaguera, Paranapiacaba, Pinheirinho (Jundiaí e Pinheirinho) e Taubaté (Agulhas Negras e Taubaté).

Figura 10 – Malha Ferroviária da Gerência de Via Permanente de São Paulo Fonte: MRS, 2018

Dessas coordenações, somente Piaçaguera possui AMV’s Mistos, um total de 75, e 70 AMV’s simples, totalizando 295 jacarés na Baixada Santista. As demais coordenações possuem AMV’s simples, ou seja, o número de aparelhos é o mesmo que o de jacarés. Portanto, têm-se um total de 757 jacarés no estado de São Paulo sob responsabilidade da MRS.

Atualmente, são 4 equipes de manutenção corretiva para realizar os serviços, uma para cada coordenação. Essa equipe é composta por 15 mantenedores e 1

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encarregado. Porém, há um custo indireto para se manter essa equipe, descrita na Tabela 7:

Tabela 7 – Custos reais de uma equipe MRS

Fonte: MRS, 2018

Portanto, para o cálculo avalia-se os valores dos serviços e o valor para se manter a equipe.

De acordo com o histórico de substituições de jacarés, em 2016 foram substituídos 46, em 2017 26 e em 2018, por enquanto, 19. Considerando esses valores, obtêm-se os dados descritos na Tabela 8:

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Tabela 8 – Custos de serviços e equipes em anos anteriores

Fonte: MRS, 2018

O valor de serviço considerado é R$25.615,33 de uma troca, multiplicados pela quantidade de jacarés substituídos no ano. Para o custo da equipe, considera-se 4 equipes de R$69.714,47 por mês e durante 12 meses.

Para o ano de 2016, onde houve a maior demanda de substituição de jacarés, foram gastos R$ 4.490.305,18 incluindo valores de serviços e equipes.

3.5.1 - Cenário Proposto:

A proposta se baseia em 2 equipes itinerantes. A primeira atenderia a Baixada Santista e Planalto (Piaçaguera e Paranapiacaba) e a segunda atenderia o Vale do Paraíba (Jundiaí, Pinherinho, Taubaté e Agulhas Negras).

Para isso, o valor gasto por mês por equipe é descrito na Tabela 9 a seguir:

Tabela 9 – Orçamento de uma equipe itinerante

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Com esse valor por mês de equipe, temos o seguinte cenário retratado na Tabela 10:

Tabela 10 – Custos de serviços e equipes propostos

Fonte: MRS, 2018

Comparando com o histórico de manutenção de 2016, onde houve maior demanda de substituição de jacarés, o cenário proposto faria a manutenção nos 757 jacarés de

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São Paulo e ainda haveria um ganho financeiro em comparação com a manutenção corretiva.

Portanto, o canário proposto com manutenção por esmerilhamento trás inúmeros ganhos, tais como:

 Maior segurança;

 Maior confiabilidade da Via Permanente;

 Menor custo financeiro

 Disponibilidade da Via

3.6 – DISPONIBILIDADE DA LINHA

Conforme foi analisado nos itens anteriores, os ganhos pela manutenção nos componentes do AMV são incomensuráveis, pois irão garantir maior segurança ferroviária atrelada ao menor custo de manutenção. Porém, além desses fatores, deve-se considerar também a disponibilidade da Via, pois para o cenário de uma troca de jacaré, a linha seria interditada, por meio de intervalos concedidos pelo CCO (Centro de Controle Operacional), para que se fosse feito a manutenção corretiva necessária.

Entretanto, para o cenário de manutenção preventiva proposto com o esmerilhamento, a via estaria livre para circulação das composições, trabalhando no regime de sinalização e bandeiras a 1200 m da atividade.

Ou seja, a demanda da cadeia logística não seria afetada, trazendo ainda mais ganhos para a proposta do presente estudo.

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4- CONCLUSÃO

O cálculo para todos os tipos de cenários considerados para a manutenção preventiva indica os efeitos positivos gerados, sendo eles em segurança, ganho financeiro, confiabilidade e disponibilidade da via.

Em suma, os resultados do estudo apresentado são simples e aplicáveis para todos os cenários e tipos de componentes do AMV, além de otimizar a manutenção e reduzir os custos. O esmerilhamento é uma das medidas de manutenção encontradas para aumentar a vida útil do componente e contribuindo para minimizar os custos, atrelado a maior confiabilidade e segurança para a ferrovia.

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5- APÊNDICE

As informações constantes no Quadro 1 ilustram como será desenvolvido o projeto ora proposto ao longo do próximo semestre. Neste desenvolvimento estão previstos a obtenção de resultados parciais, participação em eventos técnico-científicos e divulgação dos resultados através de publicação de artigos.

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S 2 6 S 2 7 S 2 8 S 2 9 S 3 0 S 3 1 S 3 2 S 3 3 S 3 4 S 3 5 S 3 6 S 3 7 S 3 8 S 3 9 S 4 0 S 4 1 S 4 2 S 4 3 S 4 4 S 4 5 S 4 6 S 4 7 P re p a ra r a rti g o p a ra A B M W e e k R e v is ã o e i n co rp o ra çã o d e n o v o s d a d o s n a s fé ri a s F a ze r a a p re se n ta çã o d a q u a li fi ca çã o e m a g o sto D e se n v o lv e r o tr a b a lh o n a v e rs ã o fi n a l a o l o n g o d o s e g u n d o se me str e P re p a ra r o tr a b a lh o p a ra s e r a p re se n ta d o n o COB R IC P re p a ra r o tr a b a lh o p a ra o CON IC P re p a ra r o tr a b a lh o p a ra a b a n ca d e T CC

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6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT NBR15810. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Aparelho de mudança de via - Cotas de salvaguarda - Procedimento de cálculo. Rio de Janeiro, 2014. www.abnt.org.br.

COIMBRA, Marcelo do Vale. A Manutenção na Via Permanente Ferroviária, 2008. 168 f. (Engenharia de Transportes) – Instituto Militar de Engenharia, [S.I.], 2008

MICHEL, Fernando Dutra. Aparelhos de mudança de via. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

MACAROVSCHA, Marcos. Manual de Manutenção de Jacarés com núcleo aço manganês fabricados conforme norma A.R.E.M.A. Barueri, 2006. Hewitt Equipamentos.

MRS (MALHA REGIONAL SUL), RELATÓRIO Anual dos Investidores: 2017.

Disponível em: <http://ri.mrs.com.br/default_pt.asp?idioma=0&conta=28>.

Acesso em: 10 mar. 2018a.

____________. Relatório interno de custos– Via Permanente de São Paulo, 2018b.

____________. Relatório interno de acidentes– Via Permanente de São Paulo, 2018c.

____________. Treinamento AMV – Conceitos Básicos & Melhores Práticas.

Clécio Martinazzi, 2007. MRS Logística.

SCHRAMM, Gerhard. Técnica e Economia na Via Permanente. s.e, Rio de Janeiro, 1977.

SCHOECH, Dr Wolfgang; SCHILDER, Dr Rudolf. The Economy of Grinding Rails in Switches and Crossings. [S.l.: s.n.], 2016. 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 p.

Disponível em:

<http://www.marinho.pages.qpg.com/sitebuildercontent/sitebuilderfiles/Wolfgang _Schoech-CORE2016.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2018

Referências

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