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Hig. profilaxia

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

ANDRÉIA PAULA

História Natural das

Doenças

(2)

História Natural das Doenças

É o nome dado ao conjunto de processos

interativos compreendendo as inter-relações

do agente, do suscetível e do meio ambiente

que afetam o processo global e seu

desenvolvimento, desde as primeiras forças

que criam o estímulo patológico no meio

ambiente, ou em qualquer outro lugar,

passando pela resposta do homem ao

estímulo, até as alterações que levam a um

defeito, invalidez, recuperação ou morte.

(3)

História Natural das Doenças

É o nome dado ao conjunto de processos

interativos compreendendo “as inter-relações do

agente, do suscetível e do meio ambiente que

afetam o processo global e seu

desenvolvimento, desde as primeiras forças que

criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou

qualquer outro lugar, passando pela resposta do

homem ao estímulo, até as alterações que

levam a um defeito, invalidez, recuperação ou

morte” (Leavell & Clark, 1976).

2 períodos seqüenciados: Período pré-patogênico

(4)
(5)

AGENTE

INDIVIDU

O

MEIO

AMBIENT

E

(6)

Saúde X Doença

“Saúde é o estado de ausência da doença”

“Doença é a falta ou perturbação da saúde”

“Saúde é o estado do indivíduo cujas funções

orgânicas, físicas e mentais permaneçam

normais”

“Saúde é um completo bem-estar físico mental e

social e, não meramente a ausência de doença”

(7)

Processo Saúde Doença

...

é o conjunto de relações e variáveis que

produzem e condicionam o estado de saúde e

doença de uma população, que varia nos

diferentes momentos históricos e do

desenvolvimento científico da humanidade”.

(8)

Pré-História -

Concepção

mágico-religiosa

Cena de parto pintada pelo homem pré-histórico na serra da Capivara no Piauí www.biblio.ufpe.br/libvirt/ serido/expo.htm

Doença

Castigo dos deuses

Feitiço

nocivo

Desrespeito a um “tabu” Ataque de um

(9)

Demônios Espíritos do mal

A doença dentro de uma visão mágica do mundo. Os demônios e espíritos malignos, talvez mobilizados por um inimigo ou por castigo, vitimavam o doente, podendo levá-lo até à morte.

Antiguidade

A cura do doente caberia ao feiticeiro ou xamã, tendo o poder de convocar espíritos capazes de erradicar o mal.

(10)

Assírios

Caldeus

Hebreus • Observações empíricas relacionadas

ao surgimento de doenças

• Função curativa de plantas e recursos naturais

mesmo caráter religioso

Antiguidade

O homem não

participa

ativamente do

processo

(11)

Hindus

desequilíbrio entre os elementos do organismo humano, ocasionado pelas

influências do ambiente físico - astros, clima, insetos etc

astros clima Insetos

Doença

Doença

Antiguidade

(12)

Este conceito perde o

caráter mágico e

religioso predominante

na idéia anterior e

naturaliza a causação,

onde o homem atua

ativamente no processo

de doença e cura.

Chineses - Medicina Tradicional Chinesa

causas externas

desequilíbrio entre os princípios yin e yang, o que levaria a um desequilíbrio dos elementos, com o conseqüente aparecimento da doença.

restabelecimento da saúde

reequilíbrio da energia interna

acupuntura

do-in

(13)

Os quatro elementos

Grécia

Davam à saúde o significado de harmonia entre os quatro elementos que compõem o corpo humano - água, terra , ar e fogo

A saúde seria o estado de isonomia entre os mesmos e a doença seria a dismonia

(14)

Hipócrates enriqueceu estas concepções de saúde e doença através da prática clínica e de cuidadosas observações da natureza, ressaltando a importância do ambiente físico na causalidade das doenças.

Hipócrates de Cós – “Pai da medicina”

Revelou uma visão epidemiológica do problema saúde-doença através dos registros de diversos casos clínicos.

observações não se limitavam ao

paciente em si, mas ao seu

ambiente

discute fatores ambientais ligados à doença, defendendo um conceito ecológico e multicausal de saúde-doença que envolve as reações do homem às agressões provenientes do seu ambiente natural.

"Dos ares, das águas e dos lugares"

(15)

"Quem quiser prosseguir no estudo da ciência da

medicina deve proceder assim. Primeiro, deve

considerar que efeitos cada estação do ano

pode produzir .... Tem que considerar em outro

ponto os ventos quentes e os frios.... Deve

também considerar as propriedades da água,

pois estas diferem em gosto e peso.... Porque, se

um médico conhece essas coisas bem, de

preferência todas elas...,ele, ao chegar a uma

cidade que não lhe é familiar, não ignorará as

doenças locais ou a natureza daquelas que

comumente dominam" (Hipócrates, 460-370

a.C.)

(16)

Malária (descrita por Hipócrates) Malária = “maus ares”

Antiguidade

os maus ares que proviam dos pântanos Miasmas

(17)

As idéias e intervenções hipocráticas fundam o chamado

PARADIGMA

(18)

IDADE MÉDIA

(500 d.C. -

1500 d.C.)

Era das Trevas - Uma época de pestilências

princípios hipocráticos são relegados enquanto concepção

teórica e a prática clínica é abandonada

influência do Cristianismo

(19)

A doença era vista como purificação

As epidemias eram o castigo divino para os pecados do mundo ou resultavam da ação de inimigos

Uma forma de atingir a graça divina, que incluía, desde que merecida, a

cura.

IDADE MÉDIA

(500 d.C. - 1500

d.C.)

(20)

Surgem os primeiros hospitais, os hospícios ou asilos, nos quais os pacientes recebiam mais conforto espiritual

que tratamento adequado. A ineficácia dos

procedimentos mágicos ou religiosos era compensada com a caridade.

IDADE MÉDIA

(500 d.C. -

1500 d.C.)

Ações de Saúde na Idade Média

Prática da quarentena

Prática do isolamento Separação dos doentes de seus

contatos habituais visando defender as pessoas sadias.

(21)

O crescente número de epidemias na Europa,

faz retornar preocupações com a causalidade

das doenças infecciosas, tornando-se mais

evidente a noção de contágio entre os homens

RENASCIMENTO (Séculos XVI e XVII)

medicina volta a ser praticada por leigos

retomados experimentos e observações anatômicas. A prática médica ainda era rudimentar.

A LIÇÃO DE ANATOMIA DO DR. RUYSCH

-Jan van Neck em 1863

Aula de Anatomia do Dr. Tulpe. Rembrandt

(22)

período de transição

predomina a

idéia do fator

externo que

penetra no

organismo e

este é visto

como

receptáculo

de doenças.

RENASCIMENTO (Séculos XVI e XVII)

Práticas esotéricas X Avanço do pensamento científico

TEORIA DO CONTÁGIO

Girolamo Fracastoro (1478-1553)

(23)

SÉCULO XVIII

Consolidou-se a prática clínica

Estudos voltados para seus sinais e sintomas, propiciando a abordagem

do particular e do individual.

No final deste século, após a Revolução Francesa

relacionada com as condições de vida e trabalho das populações

aparece

aumenta a urbanização dos países europeus e ascende o sistema fabril

explicação social na causalidade das

doenças

(24)

METADE DO SÉCULO XIX

Deste cenário emerge a idéia de

“Medicina Social” (Guérin em 1848,

Inglaterra)

conseqüências danosas do trabalho

na fábrica e dos cortiços industriais

forçaram a atenção

médicos, escritores, economistas

e funcionários públicos

França era o país mais avançado em teoria política e social, permeando a medicina francesa com o espírito de mudança social.

(25)

FINAL DO SÉCULO XIX

terreno fértil para o desenvolvimento industrial, com a produção de

fármacos e imunizantes.

Pasteur (1822-1895)

Descobertas bacteriológicas na metade do século XIX

idéia das partículas externas que podem provocar o aparecimento

de doenças

concepções sociais dão lugar

ao agente etiológico

(26)

FINAL DO SÉCULO XIX

conceito

de unicausalidade

cada doença tem o seu

agente etiológico

PARADIGMA

BIOLOGICISTA

(27)

ÍNICIO DO SÉCULO XX

As redes multicausais suplantam a

unicausalidade

modelo ecológico multicausal

Teoria ecológica de doenças infeciosas

demonstrando

(28)

Evolução histórica das concepções e teorias

explicativas do processo saúde-doença

Pré-Históri a

Antigüidade Idade Média Séculos XVI e XVII Renasciment o Século XVIII Século XIX - XX Concep -ção Mágico -religios a Paradigma Ambientalist a Princípios hipocráticos (Grécia, 400 a.C.) Explicações racionais do PSD Importância do ambiente na causalidade das doenças Bases empíricas Explicação Religiosa do PSD Abandono dos princípios hipocráticos Influência do Cristianismo Negação do paradigma ambientalist a Teoria Miasmática Partículas invisíveis produzem doença Negação do Paradigma Ambientalist a Explicaçã o social do PSD Paradigma Biologiscista Unicausa-lidade Multicausa-lidade Negação da explicação social do PSD

(29)

Fatores determinantes da doença

Endógenos: são inerentes ao organismo e

estabelecem a receptividade do organismo.

Herança genética;

Anatomia e fisiologia do individuo;

Estili de vida.

Exógenos: fatores que dizem respeito ao

ambiente.

Determinantes:

biológicos;

Físico;

(30)

Determinantes ambientais

Fatores Físicos e químicos:

Manifestam-se com

igual intensidade tanto com relação ao agente como ao

hospedeiro e respectivos vetores, favorecendo ou

desfavorecendo a atuação desses no processo da doença.

Fatores Climáticos:

os mais importantes

determinantes físicos dos padrões de ocorrência de doenças.

Afetam os hospedeiros, as populações de vetores e de

agentes biológicos de doenças, parasitas, quando estão em

vida livre. Podem acarretar agravos a saúde de animais

jovens e recém-nascidos, por serem sensíveis ao frio, ao calor

e à desidratação.

(31)

Fatores Biológicos:

Incluem diferentes

espécies de vertebrados e invertebrados – favorecendo ou

prejudicando o processo de doença. Algumas espécies de

vertebrados podem desempenhar o papel de reservatórios

assintomáticos, favorecendo a transmissão da doença para

população de maior suscetibilidade. Ex; Os morcegos, para a

raiva e os roedores, para a leptospirose. Algumas situações o

agente necessita da interação de diferentes espécies de

hospedeiros vertebrados para completar seus ciclos vitais EX:

Taenia solium (suíno e homem)

(32)

Fatores Sócio-econômico- culturais

O homem como fator interferente nas interações do ecossistema –

Determinante da doença.

Alterando o ambiente pode promover o aparecimento de condições

para o desenvolvimento de doenças.

O homem pode prevenir ou controlar situações potencialmente

perigosas introduzindo no momento oportuno, utilização de

drogas, vacinas, controle de movimentação de animais e produtos, sacrifício, quarentena, etc.

O homem também pode influenciar a freqüência da ocorrência das

doenças dos animais, zoonoses, introduzindo ou disseminando

seus agentes nas propriedades onde transita, como visitante, como comerciante, empregado, veterinário e outros.

O homem também é responsável pela degradação do ecossistema

(33)

Referências

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