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Maior hospital do Centro-Norte começa a receber pacientes Ruber Couto

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Maior hospital do Centro-Norte

começa a receber pacientes

O Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (HUGOL) será inaugurado hoje já como uma das maioires unidade de urgência

e emergência do País. Prevista para ser entregue em junho de 2014, a obra foi iniciada em maio de 2013 e durou 25 meses, ao

custo de R$ 168,4 milhões, e já começa a funcionar com 171 leitos, mas capacidade total de 510, sendo 86 leitos de UTI e 21

salas de cirurgia. Referência para a região noroeste da Capital, o hospital também receberá pacientes de outros estados.

>> P 3

Ruber Couto

Secretária da Fazenda acalma

ânimos de deputados da base

>> P 2

editor@hojenoticia.com.br

fale@ohoje.com.br

ATENDIMENTO COMERCIAL:(62) 3095-8722 CLASSIFICADOS:(62) 3281-4300 CIRCULAÇÃO:(62) 3095-8772

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Voluntarismo é ponto fundamental em campanha que busca aten-der instituições filantrópicas do estado como o Abrigo de Idosos São Vicente de Paulo e o Abrigo Solar Colombino. Além das doa-ções às casas organizadas, a cooperativa atende demandas levadas de pessoas em necessidade. Saiba como ajudar. >> P 10

SER

DO

BEM

Cooperativa arrecada fraldas

para crianças e idosos

Campanha auxilia crianças e idosos em Goiás

Sol com algumas

nuvens. Não chove. Umidade relativa do ar variando entre 85% e 38%. 30º C 16º C

m

q

Equipamentos de ponta em estrutura para atendimento a pacientes graves e ampla estrutura marcam nova unidade que receberá demandas de Goiânia e todo o estado de Goiás

E

SSÊNCIA

GOIÂNIA,

SEGUNDA-FEIRA

,

6 DE JULHO DE 2015

- ANO 11 - Nº 3.159

Vila Nova

busca reabilitação

na Série C do Brasileirão

>> P 7

E

SPORTES

FUNDADO EM 23 DE ABRIL DE 2004 Este caderno é publicado todas as segundas-feiras, encartado no jornal O HOJE.

CONCURSOS

CONCURSOS

Saiba como dar

um basta na

desmotivação

Se a sexta-feira parece

nunca chegar e o mesmo

trabalho se torna pesado

demais, você está com

desmotivação, problema

observado em quase

todas as empresas.

Educação oferece salário superior a R$ 8mil

Educação Física: 52 vagas no DF

IFG seleciona professores de mecânica

Justiça quer 44 temporários

Liquigás Distribuidora

oferece 145 vagas

k

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Recurso pode cancelar

redução da maioridade

Deputados federais contrários à redução, aprovada em primeiro turno na última semana na Câmara federal, finalizam mandado de segurança que será encaminhado ao STF para anular votação. Parlamentares e juristas acreditam que manobra do presidente Eduardo Cunha é inconstitucional. >> P 5

Frei Caneca:

diversidade e diversão em São Paulo

Rua marcante para a história da luta dos movimentos de diversidade sexual, o local ainda oferece diversas opções para o lazer. Assim como a região do Baixo Augusta faz parte do roteiro gay da capital paulista por conta de seus bares, boates e saunas

>> P 11

(2)

r

P

OLÍTICA

2 >> Goiânia, segunda-feira, 6 de julho de 2015

Bíblia nas escolas

A leitura de trecho da Bíblia já é obrigatória na abertura de cada sessão plenária na Assembleia Legislativa. Agora o vereador Mizair Lemes Júnior (PMDB) quer que isso tam-bém se torne prática prevista em Lei Municipal para Goiâ-nia em escolas públicas, privadas, faculdades e cursos profissionalizantes ou eventos educacionais. E o estado laico que se lasque!

Falta trabalho?

A dúvida que fica é se falta trabalho parlamentar a alguns deputados e vereadores, que ao invés de se preocuparem com os problemas da capital e do Estado gastam recursos públicos destinados a cargos eletivos na tentativa de impor sua religião a toda população goianiense e goiana. “Estado laico não é Estado ateu”, disse Deníncio Trindade (PMDB).

Só em agosto

Sobre a determinação do presidente da Câmara Muni-cipal Anselmo Pereira (PSDB) para que as Comissões Espe-ciais de Inquérito (CEIs) dos alvarás, instalada na quinta (2), e da Saneago funcionem durante o recesso parlamentar em julho, a segunda já ficou para agosto. Resta saber se a das “pastinhas”, como ficou conhecida a destinada à investiga-ção dos alvarás de empreendimentos imobiliários, terá mesmo alguma ação prática nesse mês.

Waldir fora do PSDB?

Ao contrário da vontade do deputado federal Waldir Soa-res (PSDB) de sair do partido se não for defendido como pré-candidato a prefeito de Goiânia, o presidente da Agetop Jayme Rincón demonstrou que a situação tenta ser contor-nada no partido. “O PSDB é que precisa do delegado Waldir.”

Proteção

Projeto de lei do deputado estadual Carlos Antonio (SD) prevê normas suplementares para proteger crianças e ado-lescentes do trabalho infantil. Pela proposta, a exploração dessa prática deve ser multada de R$ 1 mil a R$ 5 mil por criança explorada e perda de licença de funcionamento, além de multa entre R$ 2 mil e R$ 10 mil no caso de reinci-dência.

Atendimento de complexidade

O diretor do Hugol Hélio Ponciano Trevenzol, que acompanhou a visita da imprensa ao hospital na sexta (6), afirmou que o atendimento básico deve ficar destinado às unidades básicas, como postos de saúde.

Explicação

“Se nós desviarmos a nossa atenção para atender um paciente que chega na porta com tosse, com gripe ou qual-quer coisa nós estaremos desviando o foco do hospital e nós estaremos prejudicando o atendimento daquele que realmente precisa de um atendimento com o nível de so-fisticação que esse hospital oferece”, explicou o diretor.

Depois de cortar os shows nacionais do Festival Interna-cional de Cinema e Vídeo Ambiental da Cidade de Goiás (FICA) deste ano, que mudou de data e será realizado em agosto, a Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Es-porte (Seduce) passa a receber a partir de hoje as inscri-ções de projetos para o Programa Estadual de Incentivo à Cultura, a Lei Goyazes. Questionada pelo setor cultural goiano pela demora no anúncio da seleção para a Lei Goya-zes, a Seduce disponibilizou os critérios para participar da seleção para os interessados em conhecer a Resolução nú-mero 6, de dezembro de 2014, do Conselho Estadual de Cultura. As inscrições devem ser feitas pessoalmente ou por Correios no setor de Protocolo do Centro Cultural Ma-rieta Telles Machado (foto), que abre de segunda a sexta das 8h às 17h30 na Praça Cívica, número 2, no Centro de Goiânia. Funcionários da Secretaria, como determina a Lei Estadual número 13.613, de 11 de maio de 2000, não podem enviar projetos.

Ministro da Saúde

O ministro da Saúde Arthur Chioro vem a Goiânia na manhã de hoje para acompanhar o governador Marconi Perillo (PSDB) na inauguração do Hugol, na GO-070. A partir do descerramento da placa da unidade, a partir das 11h30, o hospital passa a funcionar.

Língua portuguesa

Às 20h de quarta-feira (8) o Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) realiza o Pelos Caminhos da Lusofo-nia, evento que contará com a presença de Lauro Mo-reira, ex-embaixador do Brasil junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O convidado recitará poe-mas de autores de oito países lusófonos. Entrada gratuita.

Desburocratização da saúde

Com a inauguração do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) marcada para hoje, o secretário estadual de Saúde (SES) Leonardo Vilela destacou na última sexta-feira (3) a importância do trabalho de gestão que as Organizações Sociais (OSs) têm desenvolvido nos hospitais da rede pública. Para o titular da SES, sem a administração repassada às OSs por meio de contratos licitatórios tudo seria mais complicado e impediria, segundo Vilela, que a saúde estadual desse o salto de qualidade e despontasse como referência no atendimento médico diante de outros estados brasileiros no setor pelo fato de ter “desburocratizado” a contratação de médicos, remédios, equipamentos e insumos para unidades hospitalares. “Isso aconteceu comigo como secretário no dia 15 de janeiro. O Hugo tem dois tomógrafos. Um estava parado para manutenção preventiva como tudo tem que ser feito. O outro porque era época de chuva,

por causa da oscilação de energia. Me ligaram e falaram ‘como é que faz?’.

Primeiro faz o plano de contingência, manda para o HGG, para o Lúcio Rebelo, para não ter problema. Segundo manda

consertar imediatamente o aparelho. Seis horas depois estava funcionando. Se fosse na administração direta teria que se fazer uma licitação. [...] Então estaria queimado até hoje.”

INCENTIVO À CULTURA

LÊNIA SOARES

ESPECIAL PARA O HOJE

secretária estadual da Fazenda, Ana Carla Abrão, passou de técnica com fama de rejeição entre os aliados a emissária do governa-dor Marconi Perillo (PSDB) na Assembleia Legislativa. Na se-mana passada, foi ela quem ne-gociou com os parlamentares a homologação do Conselho De-liberativo dos Índices de Parti-cipação dos Municípios (Coíndice).

O assunto foi palco de dis-cussões acaloradas entre opo-sição e situação, e a gestora acalmou os ânimos e afastou a polêmica do colo do governa-dor. Ficou definido que caberá ao Legislativo, por meio da Co-missão de Finanças, Orça-mento e Tributação, a

ratificação dos índices que serão apresentados pela Sefaz. Assim, qualquer incoerência nos números que for questio-nada pelos prefeitos será de responsabilidade dos deputa-dos.

Com a decisão, Marconi mantém o diálogo com as pre-feituras apenas no plano das boas notícias, como inaugura-ções e lançamentos de obras. Outro ponto positivo propor-cionado por Ana Carla é a redu-ção da expectativa de gastos do Legislativo. Toda e qualquer conversa, tanto com a base quanto com a oposição, é feita após uma narrativa técnica e pessimista sobre a crise finan-ceira que tomou conta do Es-tado e do País. Uma mensageira

da má notícia setorizada dentro do governo.

A função de Ana Carla, se-gundo avaliação dos próprios aliados, não é apresentar uma solução para o problema. É mostrar a face escura do go-verno e preparar o terreno para a verdadeira articulação polí-tica, que virá depois. Com todos os desgastes escancarados e as perspectivas reduzidas, o go-vernador Marconi Perillo entra em ação e afaga com o aceno de ajuda. Neste ponto, o mínimo de agora será muito, diante do cenário sombrio apresentado pela secretária, de forma téc-nica, anteriormente. Uma ne-gociação facilitada.

O fato curioso é a necessi-dade de o governador entrar

pessoalmente em ação. A falta de articuladores fortes em sua administração obriga o tucano a agir estrategicamente para a definição das crises políticas. Com Ana Carla Abrão, Jayme Rincón (PSDB), Thiago Peixoto (PSD), Leonardo Vilela (PSDB) e outros à frente do Estado - ne-nhum com habilidade para a gestão política dos interesses dos aliados -, Marconi precisa orquestrar a marujada para poder remar no rumo certo.

Desarticulação

O cenário político lembra, resguardadas as devidas pro-porções, o governo de Alcides Rodrigues. Sem um grande ar-ticulador político – e neste caso, diferente de hoje, nem o pró-prio chefe do Executivo se en-caixava –, o então secretario da Fazenda Jorcelino Braga preci-sou assumir as rédeas das nego-ciações. Braga atingiu o objetivo técnico, mas faltou a amarração política. Que agora é feita por Marconi.

No final deste jogo de poder, o resultado costuma ser desgas-tante para quem assume o papel da mão que bate. Para o governador, no entanto, restará sempre o assopro redentor de quem entendeu que o lado téc-nico tem falhas e pode ser des-cartado.

Em meio a pressões

de aliados que

buscam cargos e

servidores públicos

insatisfeitos,

deputados estaduais

têm contato direto

com secretária para

despejar demandas

A Faculdade Minei-rense (FAMA), sediada em Mineiros, construiu um campus com capaci-dade para ensinar 200 alu-nos por ano e contratou professores de outras re-giões do Páis para lecionar no novo curso de medi-cina, que pretende aten-der a demanda de toda a região do Leste do Mato-grosso e do Mato Grosso do Sul, além das regiões do Oeste e Sudoeste goiano. O aumento do número de cadeiras para o curso no Estado vem em um pe-ríodo que o índice de vaga por aluno nos cursos de medicina está baixo em todo o país, principal-mente no Estado de Goiás. “O curso de Medicina da Faculdade Mineirense conta com um corpo do-cente formado por espe-cialistas dos principais centros de referência do país. Vão formar profissio-nais capacitados para atender uma área com baixa quantidade de mé-dicos por habitantes com uma grande demanda de atendimento médico na região. É um grande avanço social”, avalia o di-retor geral da faculdade, Alessandro Rezende.

Não apenas em Goiás, mas em praticamente to-dos os Estato-dos, existem dificuldades para

conse-guir profissionais que atuem no interior. “A me-lhor alternativa é sempre formar profissionais que possuem laços com a re-gião, que pretendem criar raízes locais”, diz o pro-fessor. “Alguns médicos têm a sorte que eu tive e conseguem uma profunda identificação com o mu-nicípio em que estão tra-balhando”, afirma, ao citar o período em que foi mé-dico no município de Mi-neiros.

“A criação do curso de medicina aqui no municí-pio desenvolve até um or-gulho maior da população, que agora pode realizar o sonho de formar seus fi-lhos em medicina sem precisar mandá-los para longe de casa”, diz.

Desenvolvimento

Antes do início do curso de medicina da FAMA, estudantes que quisessem se dedicar à profissão precisavam bus-car centros que ficam, em média, a 450 km da região. Com as novas vagas, a pro-cura por parte de estudan-tes de outros pontos de Goiás aumentará. O co-mércio, o setor imobiliário e prestadores de serviços vão contar com um au-mento significativo no de-senvolvimento da região.

(Da Redação)

Mineiros abre

curso de medicina

Ana Carla acalma

ânimos de deputados

Ana Carla aumenta diálogo com deputados estaduais da base

AUGUSTO DINIZ

xadrez@ohoje.com.br

XADREZ

(3)

DEIVID SOUZA

m gigante da saúde. Assim pode ser defi-nido o Hospital de Ur-gências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), inaugurado hoje, às 10h, pelo governador, Marconi Perillo. A unidade passa a ser o maior hospital público de urgências e emergências da região Cen-tro-Norte do país e tem como perfil de atendimento casos de alta e média complexidade em urgência e emergência.

A unidade tem uma área construída de 71.165 mil me-tros quadrados e espaço total de 137 mil metros quadrados, o equivalente a 14 campos de fu-tebol. São 510 leitos de inter-nação, 86 leitos de UTI e 21 salas de cirurgia. Para se ter ideia, o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) tem 407 lei-tos e 58 UTIs.

Logo após o início do fun-cionamento, marcado para as 11h30min de hoje, o Hugol vai trabalhar com um terço da ca-pacidade de atendimento. Serão 171 leitos e sete salas ci-rúrgicas em atividade. De acordo com o secretário, a ca-pacidade total será colocada em funcionamento de acordo com o incremento da de-manda.

Devem passar pela uni-dade, situada no quilômetro 4 da GO-070, no Setor Santos Dumont, Região Noroeste de Goiânia, diariamente, cerca de 7 mil pessoas. A obra levou 25 meses para ficar pronta. O hospital custou mais de R$ 263 milhões, sendo que R$ 95,3 milhões foram gastos com equipamentos. Vão trabalhar no Hugol aproximadamente 3 mil profissionais, sendo 497 médicos. Toda estrutura de atendimento está distribuída em cinco blocos com até seis pavimentos. “Ele é um marco

porque ele vai atender de forma especial esses casos de urgência e emergência. Goiás com o Hugol passará a ter, tal-vez, a melhor rede de urgência e emergência do país”, define o secretário estadual de Saúde Leonardo Vilela.

Os equipamentos moder-nos, a estação de saneamento e o sistema de tratamento de resíduos sólidos são alguns di-ferenciais físicos da unidade. De acordo com Vilela, o Hugol vai contribuir para comple-mentar o atendimento do Hugo em algumas áreas em que este não é especializado.

A inauguração vai contar com a presença do ministro da Saúde Arthur Chioro, que vai assinar uma portaria para que o governo federal participe com 40% do custeio da uni-dade até o final deste ano. Por mês, o Hugol vai custar R$ 15 milhões. A gestão vai ficar a cargo da Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir), mesma Organização Social (OS) que administra o Centro de Reabilitação e Rea-daptação Dr. Henrique

San-tillo e o Hospital de Dermato-logia Sanitária e Reabilitação Santa Maria (HDS).

Humanização

O acesso a vários espaços é regulado por biometria. O pro-jeto privilegiou o conceito de humanização da saúde. As UTIs são dotadas de janelas com entrada de luz solar e foi

construído um espaço ecumê-nico com jardins verticais e um painel vitral, doado pelo artista plástico goianiense Duda Badan. Os alimentos dos pacientes serão transportados em carrinhos térmicos que vão manter a temperatura de pre-paro das refeições até a che-gada aos quartos. (Leia mais

nesta página e na 4)

Hugol reforça atendimento

a pacientes graves no Estado

>> 3

Goiânia, segunda-feira, 6 de julho de 2015

Nas bancas R$ 2,00

Circulação Dirigida

Gerente Comercial: Thiago Moura Fé Gerente de Circulação: Bruno Carvalho

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E

Presidente fundador

Jo sé Al la es se Lo pes

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T

EMA DO DIA

Equipamentos de ponta

agilizam operação

Unidade de urgência e emergência,

que será inaugurada hoje, passa a ser a

maior da região Centro-Norte do País

Fotos: Ruber Couto

De acordo com a Secreta-ria de Estado da Saúde (SES), foi feito um grande esforço para que o hospital tivesse as tecnologias mais atualizadas da medicina mundial. Na unidade, existem salas de ci-rurgia dotadas de um sis-tema de fluxo laminar, com ar de alta pressão, que reduz o risco de infecção, gerando uma espécie de cortina de ar. Existem no Hugol macas radiotransparentes. Elas permitem a realização de exames sem o deslocamento do paciente até as salas de diagnósticos, isto porque foram adquiridos aparelhos de exame móveis.

Toda rede de informática da unidade foi criada de modo a permitir o acesso di-gital aos exames. Uma radio-grafia, que normalmente é impressa em chapa, poderá ser vista pelos médicos em qualquer ponto onde ele es-teja ou até mesmo fora do hospital. Outra novidade diz respeito ao tratamento do lixo. Foi adquirida uma auto-clave com triturador de lixo.

Este conjunto é o primeiro no Centro-Oeste, usada em unidades de ponta como o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Estes equipamen-tos fazem com que o lixo seja esterilizado e triturado para ser descartado no aterro sa-nitário. “No final eu tenho um material sem nenhuma contaminação”, explica o ge-rente de engenharia clínica da SES Ricardo Marãnhão.

Ferramentas

Os médicos e enfermei-ros vão poder trabalhar com: camas elétricas que decli-nam a até 38 centímetros do chão; tomógrafo de 64 ca-nais, que otimiza os exames de alta complexidade em cardiologia e vascular; sis-tema de videolaparoscopia que permite a realização de cirurgias minimamente in-vasivas; bisturi eletrônico e sistema de iluminação led nas salas de cirurgia - elas proporcionam temperaturas mais amenas nas proximida-des da mesa de cirurgia.

(Deivid Souza)

NÚMEROS DO HUGOL

k

kAmbientes: 510 leitos kEmergência: 58 boxes kEnfermarias: 360 kUTI: 86

kBanco de sangue - previsão de 2,5 a 3 mil transfusões/mês

k21 consultórios de retorno

kCentral de diagnósticos

kProfissionais 3 mil

kMédicos 497

kDuas alas de emergência, sendo uma específica para cardiologia Endereço: GO-070, Km 4, Setor Santos Dumont

Investimento

kObra: R$ 168.255.381,42

kEquipamentos: R$ 95.348.409,02

kCusteio: R$ 15 milhões/mês

kPrazo de construção: 25 meses

Fonte: Secretaria de Estado da Saúde (SES)

Sistema do Hugol permite fazer exames sem deslocar paciente Secretário Leonardo Vilela definiu instalações e estrutura da unidade como “marco” no setor

(4)

DEIVID SOUZA

a última sexta-feira (3), durante toda a apre-sentação para a im-prensa feita pelo secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela, ele fez questão de res-saltar que uma estrutura tão “grande”, “moderna” e dotada de corpo clínico altamente es-pecializado não pode ser utili-zada para fazer “suturas”. Ele explicou que todo investi-mento deve ser colocado a fim de atender pacientes graves, que realmente precisem do aparato. “Um hospital com esse perfil com o corpo clínico que ele tem não dá para aten-der qualquer patologia, ele vai atender realmente urgências, casos graves”, frisou.

Tanto o secretário estadual

como o municipal, Fernando Machado, explicaram que o Hugol vai atender casos que cheguem à unidade já referen-ciados, seja pelo Serviço de Atendimento Médico de Ur-gência (Samu), Corpo de Bom-beiros Militar (CBM) e unidades da rede de atendi-mento de urgência da capital como Cais Finsocial e Jardim Curitiba. “É um hospital que vai receber pacientes graves, pacientes em risco de vida, en-caminhados pelo Samu, pelo Siate do Corpo de Bombeiros, pelos hospitais do interior do Estado, pelas unidades de saúde como Cais”, explicou Vi-lela.

Vilela afirmou que, caso algum paciente chegue ao Hugol e não seja do perfil da unidade vai haver o

contra-re-ferenciamento, ou seja, o pa-ciente será encaminhado a outra unidade para atendi-mento após passar por uma triagem. Sobre a demanda es-pontânea da população, foi de-talhado que, caso aconteça, o paciente será acolhido e se se tratar de um caso do Hugol,

haverá o atendimento, se não este será direcionado para ou-tras unidades.

Diferença

Entre os diferenciais do Hugol em relação ao Hugo está o banco de sangue da unidade e a capacidade que o novo

hos-pital tem de atender pacientes vítimas de queimaduras gra-ves, entre outros. “A gente vai completar nossa chamada rede de urgência e emergência na área de cardiologia e neuro-logia. Essa rede de cuidado e atenção nessas duas áreas a gente vai conseguir diminuir o

tempo resposta nos casos de infarto, nos casos de AVC (Aci-dente Vascular Cerebral) que é o derrame cerebral”, destacou o secretário municipal de saúde de Goiânia, Fernando Machado.

O Hugol é dotado de sete UTI’s específicas para esse pú-blico e seis leitos de internação destinados aos queimados, o hospital também tem uma es-tação própria de tratamento de esgoto e o lixo hospitalar passará por um processa-mento para que possa ser de-sinfetado.

Ensino

O diretor geral do Hugol, Hélio Ponciano, afirma que a unidade vai funcionar como um campo de ensino e pes-quisa com residência médica e estágio. “A equipe de profissio-nais médicos que vai trabalhar, grande parte deles são profes-sores ou já foram profesprofes-sores e estão aposentados e estão in-tegrados aqui no Hugol para poder incrementar essa ativi-dade do hospital”, diretor geral do Hugol, Hélio Ponciano.

Leonardo Vilela destaca que

prioridade será para pacientes

que realmente precisam de

aparto médico mais complexo

Fotos: Ruber Couto

Nova unidade de urgencia e emergência, em Goiânia, conta com aparato médico de alta tecnologia

r

C

IDADES

4 >> Goiânia, segunda-feira, 6 de julho de 2015

O entusiasmo do secretário estadual de saúde, Leonardo Vilela, ao falar do Hugol cha-mou a atenção da reportagem de O HOJE, que acompanhou a visita dele ao O HOJE De Frente com o Poder e a apre-sentação da unidade à im-prensa na última sexta-feira (3). O titular da saúde estadual chegou a dizer que não gostaria de sofrer nenhum acidente, mas se isso acontecesse: “eu gostaria de vir para o Hugol”. Leia a seguir o que Vilela disse sobre o funcionamento do novo hospital e como será o custeio da unidade que vai precisar de R$ 15 milhões todos os meses para manter as portas abertas.

O HOJE - O que o Hugol sig-nifica para o Estado de Goiás?

Leonardo Vilela - É um mo-mento histórico para a saúde pública. Esse é o maior, o mais moderno hospital público do centro-norte do país, e com cer-teza absoluta ele é um marco porque ele vai atender, de forma especial, esses casos de urgência e emergência. Goiás com o Hugol passará a ter tal-vez a melhor rede de emergên-cia e urgênemergên-cia do país e é uma referência. Ele será uma refe-rência nacional em atendi-mento de urgência e de emergência.

O senhor já explicou que o hospital é uma referência, isso pode atrair muito a atenção e ele começar a ser pressionado a atender pa-cientes não seriam de seu perfil?

Ele será um hospital

regu-lado, não será de livre demanda. Ele vai atender realmente ur-gências, casos graves. Esses pa-cientes serão levados para lá pelo Corpo de Bombeiros, pelo Samu, encaminhados pelos Cais, pelos hospitais e unidades do interior do Estado para ga-rantir que o hospital atenda realmente aquelas pessoas que precisam ser atendidas naquele tipo de unidade hospitalar. Os casos menos graves serão aten-didos nos Cais, nos Ciams, nas unidades básicas de saúde e em outros hospitais.

Qual a participação do Mi-nistério da Saúde (MS) no custeio do funcionamento do Hugol?

O ministério vai participar com parte dos recursos para o custeio do hospital. Esse ano deve participar em torno de 40%, ano que vem há um com-promisso do ministério em

bancar 50% dos recursos para o custeio do hospital que serão em torno de R$ 15 milhões mensais.

O que diferencia o Hugol do Hugo?

Ele vai ser complementar ao Hugo. Ele vai atender algu-mas áreas que o Hugo talvez não faça tão bem porque não tenha os mesmos equipamen-tos daqui como a área de quei-mados, a ala de emergência cardiovascular. Então, tem al-gumas áreas que aqui tem equi-pamentos e profissionais mais especializados, mas com cer-teza absoluta o movimento do Hugo vai continuar o mesmo e o Hugo vai continuar também o seu padrão de excelência no atendimento.

A partir de segunda-feira o funcionamento será pleno?

Secretário - O

funciona-mento será pleno. O hospital está todo pronto, absoluta-mente preparado para receber os pacientes. É lógico que você não vai internar 510 pacientes no mesmo dia e nem em uma semana, da mesma forma você também não vai ocupar 86 lei-tos de UTI de uma hora para outra. À medida que os pacien-tes forem chegando, for tendo demanda, esses leitos serão paulatinamente abertos e os serviços paulatinamente am-pliados.

ENTREVISTA

Leonardo Velela

k

PERFIL DO HUGOL

Complexo Regulador Estadual;

Complexo Regulador Municipal de Goiânia;

SAMU Goiânia;

SIATE(Corpo de Bombeiros);

Diretoria do CROF Coordenação de Urgência: Trindade; Inhumas; Goiás; Nerópolis; Iporá; São Luís de

Montes Belos.

CAIS (urgência):

Distrito Noroeste: Curitiba, Cândida de Moraes, Finsocial;

Distrito Norte: Guanabara (para conhecimento);

Distrito Oeste: Goiá;

Distrito Campinas Centro: Campinas

De onde virão os pacientes do Hugol

“Há um compromisso do ministério

em bancar 50% dos recursos”

Hugol não será hospital para

simples suturas, diz secretário

Secretário Leonardo Vilela durante apresentação do Hugol

Especialidades médicas

Traumatologia Pediatria Buco maxilo Urologia Ortopedia Cardiologia Neurologia Neurocirurgia Cirurgia geral Medicina vascular Medicina intensiva Obs.: Os pacientes do interior foram dividos por regiões entre Hugo e Hugol, respeitando as especialidades médicas de cada hospital.

(5)

mandado de segurança que está sendo prepa-rado por deputados que questionam a condução de votações polêmicas pelo pre-sidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o resul-tado da votação da redução da maioridade penal deve ser en-tregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) até o final desta semana, segundo assessores. O grupo, que volta a se reunir amanhã, quando pretende concluir o texto e começar a coleta de assinaturas.

Assim como têm sido cau-telosos em não divulgar deta-lhes do conteúdo do mandado, os deputados liderados por no-mes como o do vice-líder do PT, Alessandro Molon (RJ), também evitam prever quan-tos parlamentares vão aderir à medida. Eles querem uma po-sição da Justiça sobre atos pra-ticados por Cunha que, na opi-nião dos parlamentares, ferem um parágrafo do Artigo 60 da Constituição Federal. A lei proíbe, no mesmo ano, a aná-lise de uma matéria de pro-posta de emenda à Constitui-ção que tenha sido rejeitada ou prejudicada.

Cunha repetiu o que já ti-nha feito em votações de dis-positivos do projeto que tratou da terceirização e do financia-mento de campanha na re-forma política. O estopim para a reação de parlamentares do

PT, PCdoB, PDT, PSB, PPS, PV, PROS e PSOL foi a aprovação da proposta de redução da maioridade penal.

Na gaveta

A votação do tema se ar-rasta há 22 anos no Congresso. As tensões foram ainda mais intensificadas pela forma como a proposta avançou até a aprovação da redução da maioridade em primeiro turno. Em menos de 24 horas, os parlamentares rejeitaram e depois aprovaram a mudança na legislação penal.

A diferença entre um texto e outro limitou-se aos tipos de crimes previstos. Na proposta vitoriosa que surgiu como uma emenda aglutinativa – que reúne o conteúdo de outras emendas ou com texto de pro-posição principal que deu ori-gem ao assunto –, foram reti-rados o tráfico de drogas e o roubo qualificado.

A semelhança entre o que foi aprovado e o parecer subs-titutivo do deputado Laerte Bessa (PR-DF), costurado pela comissão especial que se

de-bruçou sobre o assunto, pro-vocou uma reação imediata, principalmente dos que são contrários à mudança.

Luiza Erundina (PSB-SP) ingressou no movimento de contrários à redução da maio-ridade pelas redes sociais #AnulaSTF. “Assistimos ao maior escândalo contra a de-mocracia ao Estado de Direito dos últimos anos. E hoje dize-mos: anula STF”, destacou.

Henrique Fontana (PT-RS) chamou Cunha de imperador e o acusou de ter praticado um golpe. Molon alertou que essa conduta faz com que o “dono da agenda” tenha poder abso-luto para definir qual matéria será ou não aprovada, corro-borando com a acusação feita pelo deputado Glauber Braga (PSB-RJ) que, no plenário, afirmou que se a decisão não agrada a Cunha.

Negativa

Eduardo Cunha reagiu em plenário e pelos corredores da Câmara e explicou que a ma-téria rejeitada na madrugada de quarta-feira foi um

substi-tutivo e, sendo rejeitada, re-torna à votação a proposta ori-ginal e as emendas feitas a ela. Seguro sobre a legalidade das votações, o presidente da Câ-mara disse que o STF não in-terfere no processo legislativo e deve apenas analisar a cons-titucionalidade ou não da lei final.

Um dos autores da emenda aglutinativa aprovada, o líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso Rogério (DF), criticou o governo que, na sua opinião, não levou em consideração a maioria da base. Beto Mansur (PRB-SP) defendeu a redução da idade mínima penal, mas alertou que isto não resolve o problema totalmente e é pre-ciso aumentar esforços para melhorar a educação de crian-ças e adolescentes.

A redução da maioridade não está definida. O texto ainda precisa passar pelo segundo turno de votações na Câmara para ser enviado ao Senado. O líder do PT no Senado, Hum-berto Costa (PE), disse que vai buscar reforço para alterar o texto. (Agência Brasil)

Deputados que

votaram contra a

PEC da maioridade

penal devem finalizar

nesta terça-feira a

medida que será

apresentada ao

Supremo Tribunal

Federal para cancelar

a votação de quinta

A Medida Provisória (MP) número 671 de 2015, que trata do refinancia-mento das dívidas fiscais e trabalhistas dos clubes de futebol profissional, é um dos destaques da pauta do Plenário da Câmara dos Deputados nesta semana. Os deputados também de-verão analisar, em segundo turno, a proposta de re-forma política, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC número 182 de 2007), já aprovada em pri-meiro turno pelo Plenário em junho.

A MP 671 de 2015 cria o Programa de Moderni-zação da Gestão e de Res-ponsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Pro-fut), um instrumento de refinanciamento que exige dos clubes que ade-rirem o cumprimento de critérios de responsabili-dade fiscal e de gestão in-terna. O relatório do de-putado Otavio Leite (PSDB-RJ) fixa em até 240 meses o prazo do par-celamento das dívidas dos clubes, seja de futebol ou não, além de prever par-celas menores nos 60 pri-meiros meses. As novas regras envolvem também as entidades de adminis-tração do esporte (federa-ções, confederações e

li-gas), tanto em relação ao parcelamento quanto à gestão transparente.

Punições

O texto do relator manteve a proibição de contratações de jogadores como penalidade que pode ser aplicada pelas fe-derações e confederação contra o clube que des-cumprir as regras. Além disso, o relatório cria uma nova loteria federal ins-tantânea, na forma de ras-padinha, em parceria com a Caixa Econômica Fede-ral. Parte dos recursos ar-recadados com a loteria deverá ser destinada aos clubes, com a condição de que eles usem a verba para investir nas categorias de base e subsidiar ingressos a preços populares.

Reforma política

A partir das 19 horas da terça-feira (7), em sessão extraordinária, será vo-tada em segundo turno a proposta de reforma polí-tica, a PEC 182 de 2007. Entre os principais temas aprovados pelos deputa-dos estão o fim da reelei-ção e o financiamento pri-vado de campanhas com doações de empresas a partidos políticos.

(Agên-cia Câmara)

MP do Futebol

entra na pauta

O advogado Eduardo de Moraes, que defende o ex-diretor da Área Inter-nacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada, está analisando os documen-tos anexados ao decreto de prisão preventiva do seu cliente, detido desde quinta-feira (2) à tarde na Superintendência da Po-lícia Federal (PF) em Cu-ritiba. Moraes disse que somente com a avaliação desses documentos po-derá preparar o pedido de habeas corpus que será encaminhado à Justiça no máximo até terça (7). “O único remédio é o habeas corpus para ele poder se defender em liberdade”, afirmou Moraes.

“No meu entender, não há necessidade de mantê-lo preso, nem o Renato Duque (ex-diretor de En-genharia e Serviços da Pe-trobras) nem o Cerveró (ex-diretor da Área

Inter-nacional da empresa, Nes-tor Cerveró). Não há a mí-nima necessidade, mas in-felizmente tem sido o en-tendimento do juiz e esse entendimento tem sido acolhido pelos tribunais”, explicou Eduardo de Mo-raes. Ele reconheceu que esta é uma etapa difícil na defesa de Zelada. “É uma guerra que estamos en-frentando, mas vamos ten-tar reverter o quadro.”

A indicação no pro-cesso de apuração da Ope-ração Lava Jato contra Ze-lada de que ele mantém duas contas em Mônaco é um mérito da acusação do Ministério Público, mas não justifica a prisão de ninguém, disse o advo-gado. Segundo ele, ainda vai ser apurado se houve esse crime, se existe essa conta no exterior, ou não. “Isso aí é o mérito”, expli-cou o advogado Moraes.

(Agência Brasil)

Defesa entrará

com habeas corpus

O procurador-adjunto de Defesa das Prerrogati-vas do Conselheiro Fede-ral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Pe-dro Paulo de Medeiros, emitiu um parecer con-cluindo que houve “des-respeito ao sigilo profis-sional dos advogados” Dora Cavalcante e Ro-drigo Rios, que atuam na defesa de Marcelo Ode-brecht, presidente e her-deiro da empreiteira.

No dia 21 de junho, o executivo enviou um

bi-lhete aos seus advogados, que foi interceptado por um agente da Polícia Fe-deral. Nele, Marcelo lis-tava pontos de sua defesa e citava “destruir sondas”, uma suposta alusão a um e-mail de 2011 trocado en-tre executivos da empresa, incluindo ele próprio.

Para os advogados da Odebrecht, a entrega do-bilhete original para ser analisado em um inqué-rito que já foi aberto tem o objetivo único de cons-trangê-los. (Folhapress)

Houve desrespeito

a sigilo, diz OAB

Mandado contra redução

será concluído amanhã

Cunha dita o ritmo da Câmara

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Parlamentares que questionam manobra devem entregar ação ao STF ainda no início da semana

Responsável por número recorde de projetos votados em um início de legislatura, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem recorrido a três expedien-tes para acelerar a tramitação e aprovação de propostas de seu interesse.

Os três passos da "cartilha Cunha" ajudaram a romper a antiga tradição do Planalto de ditar boa parte da agenda do Legislativo, fenômeno só pos-sível devido ao enfraqueci-mento do governo Dilma Rousseff neste início de se-gundo mandato.

Primeiro, Cunha pôs em funcionamento 36 comissões especiais desde que chegou ao comando da Câmara, em feve-reiro. O objetivo é debater e fi-nalizar projetos polêmicos -da reforma política à maioridade penal, passando por bandeiras da bancada evangélica e por al-terações nas regras de compo-sição e permanência no Su-premo Tribunal Federal. A profusão de comissões dá a Cu-nha um leque de projetos prontos para votação.

O segundo expediente tem sido emplacar aliados nos pos-tos-chave dessas comissões, o que permite ao presidente da

Câmara ter razoável controle sobre seus andamentos e re-sultados. Tome-se o exemplo da proposta de redução da maioridade penal, aprovada na quarta (1º) -a medida é defen-dida pelas bancadas religiosa e da bala, com as quais Cunha tem boa relação.

No caso da reforma política, Cunha se desentendeu com o relator, Marcelo Castro (PMDB-PI), o que o levou a agir para que a comissão en-cerrasse seus trabalhos sem votar um relatório. Com isso, levou ao plenário um texto

cos-turado por ele com líderes de bancadas aliadas.

'Plano B'

O terceiro expediente usado por Cunha é o regimento interno da Câmara -o caderno de 101 páginas que, segundo aliados e adversários, ele co-nhece como poucos. Nas duas únicas votações em que foi der-rotado até agora, Cunha usou esse conhecimento para virar o jogo: prevendo a possibili-dade de não obter êxito na constitucionalização do finan-ciamento privado de

campa-nhas e na redução da maiori-dade penal, ele tinha à mão um "plano B". Cunha saiu-se com interpretações, calcadas no re-gimento, que possibilitaram novas votações. Com o placar da véspera na mão, articulou a virada nos dois casos. Adver-sários falam em golpe, o cha-mam de "ditador", e prometem ir à Justiça.

"Eduardo Cunha é um chantagista que, por enquanto, está dando certo. Ele está pro-metendo liberação de emendas e cargos para deputados para mostrar sua força política. Chegou ao ponto de dizer pu-blicamente a um grupo de de-putados que ou o governo faz o que ele quer ou não tem go-verno", diz o deputado Sílvio Costa (PSC-PE), um de seus poucos opositores declarados na Câmara.

"Sílvio Costa não tem auto-ridade moral e nem credibili-dade. Eu nunca proferi pala-vras dessa natureza a quem quer que seja. Esse parlamen-tar é mentiroso, meu adversá-rio, e vai responder na Corre-gedoria por isso", rebateu Cunha. Segundo ele, as vitórias ocorrem porque ele coloca em votação "o que a maioria quer deliberar". (Folhapress)

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Goiânia, segunda-feira, 6 de julho de 2015

P

OLÍTICA

Marcelo Camargo/Agência Brasil

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empresário Auro Go-rentzvaig, ex-acionista da Petroquímica Triunfo, disse em depoimento à CPI da Petrobras que a em-presa foi “expropriada” em be-nefício de uma subsidiária da empreiteira Odebrecht, a Bras-kem, operação que, segundo ele, teve participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com Gorentz-vaig, o objetivo “dessa ação de-liberada do governo” era dar à Odebrecht o monopólio do setor. Além de Lula, ele acusou Dilma Rousseff (PT), então presidente do Conselho Admi-nistrativo da Petrobras; Sérgio Gabrielli, ex-presidente da es-tatal; e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, de envolvimento no processo de integralização acionária que fez sua família perder o controle da petroquímica.

O empresário já tinha feito a denúncia à Procuradoria-Geral da República. “Fomos

surpreendidos por essa política de monopólio, que acabou sub-metendo todas as indústrias petroquímicas à Braskem.” Go-rentzvaig contou que teve uma reunião com Lula, em 2009, no Centro Cultural Banco do Bra-sil, em Brasília. De acordo com o depoente, o encontro, do qual também participou Paulo Ro-berto Costa, ocorreu por inter-médio do petista Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo.

Reunião

A reunião teria acontecido em meio à disputa acionista entre a Petrobras e a Petroplas-tic (empresa da família dele) pelo controle da Triunfo – re-passado depois para a Braskem por meio de uma operação de incorporação acionária. “O se-nhor disse à Justiça que Paulo Roberto Costa era o operador do ex-presidente Lula. O se-nhor confirma isso?”,

pergun-tou o deputado Bruno Covas (PSDB-SP). “Pelo que eu en-tendo, sim”, respondeu o em-presário.

As declarações de Gorentz-vaig provocaram reações do re-lator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), que questionou a credibilidade das informa-ções. Ele disse que o imbróglio da família do depoente com a Petrobras era anterior à ques-tão da Braskem: “Sua família já tinha disputas com a estatal antes e, inclusive, brigava entre si pelo controle da empresa”.

Na avaliação do parla-mentar, Gorentzvaig está se aproveitando das denúncias da Operação Lava Jato para buscar reparação judicial. “Minha visão é que o senhor quer pegar carona nesse caso atual, mas a CPI não pode ser instrumento para quem, in-conformado por derrota jurí-dica, busca obter vantagem”, declarou o petista.

Protesto

Por outro lado, a deputada Eliziane Gama (PPS-MA), au-tora do requerimento de con-vocação, protestou contra a fala de Luiz Sérgio. “O relator está tentando desestabilizar o de-poente desde o início”, comen-tou. Auro Gorentzvaig também acusou a Petrobras de ter ad-quirido empresas do setor pe-troquímico por valores acima dos praticados no mercado e, depois, ter repassado a preços bem inferiores o controle des-sas companhias à Braskem.

Segundo ele, isso teria ocor-rido em relação à própria Triunfo. Gorentzvaig informou que havia um acordo pelo qual a estatal iria receber R$ 355 mi-lhões da Petroplastic por sua parte na Triunfo, mas a Petro-bras recuou e repassou suas ações à Braskem por R$ 117 mi-lhões. Gorentzvaig disse ainda que a Petrobras comprou a em-presa Suzano Petroquímica por R$ 4,1 bilhões, o dobro do valor estimado da companhia.

Ao responder o deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), um dos sub-relatores da CPI, o em-presário declarou que a Quat-tor ( junção das petroquímicas Suzano e Unipar) foi vendida pela estatal para a Braskem por R$ 2,5 bilhões. “Então, a Petro-bras adquiriu uma empresa por mais de R$ 4 bilhões e, meses depois, repassou à Braskem por R$ 2,5 bilhões?”, insistiu o par-lamentar. “Foi isso que aconte-ceu e eu tenho como provar.”

(Agência Câmara)

Em depoimento à

Comissão

Parlamentar de

Inquérito na semana

passada, empresário

diz que Triunfo foi

“expropriada” para

beneficiar a Braskem

com participação do

ex-presidente

Aprovado por unani-midade pelo plenário do Senado, o projeto de lei que concede reajuste médio de 59% aos servido-res do Poder Judiciário foi o assunto que mais reper-cutiu na Casa nesta se-mana. O projeto foi à votação na noite de terça-feira (30) após horas de buzinaço e gritos de ordem dos servidores. Eles fize-ram mobilização no en-torno do prédio do Senado, voltados para a fachada do salão azul.

A pressão do lado ex-terno – e também inex-terno, porque alguns servidores fizeram manifestações sempre que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), passava – surtiu efeito e o projeto não foi retirado de pauta nem mesmo após a che-gada de um ofício do presi-dente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowiski, e outro do ministro-inte-rino do Planejamento, Dyogo Oliveira, solici-tando que a votação fosse adiada para mais negocia-ções.

Logo após a votação, o líder do governo no Se-nado, Delcídio Amaral (PT-MS), anunciou em plenário que a presidenta Dilma vetará o projeto porque o valor do reajuste não é condizente com o ajuste fiscal pelo qual o país vem passando. A pre-visão de reajuste é de 53%

a 78,56%, a depender da classe e do padrão do ser-vidor. Pelo texto aprovado, o pagamento deverá ser feito em seis parcelas, entre julho deste ano e de-zembro de 2017.

Reforma política

Também na terça-feira, a Comissão da Re-forma Política se reuniu para o primeiro encontro de trabalho e definiu 11 pontos que deverão ser tratados prioritariamente. Na quarta-feira (1º), foi a vez de o primeiro projeto passar pela comissão e ser enviado ao plenário do Se-nado em regime de urgên-cia. A proposta trata de mudanças nas regras para coligações partidárias em eleições proporcionais e define que um candidato que recebe muitos votos, acima do que é necessário para se eleger, não poderá mais transferir votos para outro candidato da coliga-ção que seja de partido di-ferente do dele. Assim, o candidato de um partido X só poderá ajudar a eleger outra pessoa da mesma le-genda, ainda que esteja co-ligado com o partido Y.

Outro projeto apro-vado estende os efeitos da regra que amplia para 75 anos a idade para a apo-sentadoria compulsória de magistrados de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU) para todos servidores pú-blicos. (Agência Brasil)

Reajuste da Justiça

marcou semana

Ex-acionista de petroquímica

diz Lula favoreceu Odebrecht

Heinrich Aikawa/Instituto Lula

Auro Gorentzvaig acusa Lula de participar ativamente de ação

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E

SPORTES

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Goiânia, segunda-feira, 6 de julho de 2015

EDIVALDO BARBOSA

om o sinal de alerta li-gado, o Vila Nova volta a jogar em Aracaju. Nesta segunda-feira, o alvirru-bro busca a reabilitação no Campeonato Brasileiro da Sé-rie C diante do Confiança (SE). O jogo, válido pela 6ª rodada do 1º turno do Grupo A, será no Estádio Lourival Batista, o Batistão.

A última vez que o Vila es-teve na capital sergipana foi no ano de 2000, quando enfren-tou o Sergipe pela Copa do Bra-sil. Quinze anos depois, a equipe vilanovense volta a ci-dade disposta a vencer o rival desta segunda-feira para se manter no G-4 da Série C. O jogo está sendo encarado como decisivo porque, na última ro-dada, o alvirrubro perdeu em casa para o América (RN).

O técnico Márcio Fernan-des terá os reforços do volante Robston, do zagueiro Vinícius Simon e do atacante Moisés. Suspensos, o trio desfalcou a equipe no último compro-misso. Em contrapartida, o vo-lante Francesco e o zagueiro Vítor – o primeiro suspenso pelo terceiro cartão amarelo e o último, expulso – desfalcam o time.

Robston volta a ser titular na vaga deixada por Francesco, enquanto Vinícius Simon en-tra no lugar de Vítor. Como Márcio Fernandes decidiu mu-dar o esquema de jogo – aban-donou o 3-5-2 e vai utilizar

4-4-2 esta noite –, Igor deixa a condição de titular para a en-trada de Arthur.

A quarta mudança na esca-lação é a entrada de Moisés no ataque no lugar Matheus An-derson. O meio-campo será formado por Arthur, Ramirez, Robston e Paulinho. “Estamos confiantes e conquistar a vitó-ria diante do Confiança”, afirma o zagueiro Gustavo Bas-tos, prevendo um jogo difícil. “Mas não faltará disposição para conquistar os três pon-tos”. O Vila Nova fez cinco jo-gos nesta Série C e soma 9 pon-tos. São três vitórias e duas derrotas.

Confiança

O técnico do Confiança, Be-tinho, vai manter o esquema tático 4-2-1-3, utilizado na vi-tória por 3 a 2 sobre o Icasa (CE) na última rodada. O time somente terá uma mudança. Suspenso, o meio-campista Ri-chardson não entra em campo esta noite. Flávio, Raulino e Wallace Sergipano são as op-ções para ser titular contra o Vila Nova.

Nesta segunda-feira, às 11 horas, na sede da CBF, no Rio, acontece o Conselho de Desen-volvimento Estratégico da CBF. Será o primeiro encontro do conselho criado pela enti-dade para discutir mudanças e soluções para o futebol brasi-leiro. Na primeira rodada de debates estarão ex-treinadores da seleção, diretores da enti-dade e, claro, a atual comissão técnica, com Dunga.

Já confirmaram presença Carlos Alberto Parreira (cam-peão do mundo em 1994), Se-bastião Lazaroni (treinador na Copa-1990), Vanderlei Luxem-burgo (técnico entre 1998 e 2000), Candinho (que coman-dou o time duas vezes, entre 1999 e 2000, quando era o au-xiliar de Vanderlei Luxem-burgo) e Zagallo (campeão do mundo em 1970).

São 11 pessoas vivas que treinaram a seleção brasileira. “Está em cima, conversei com o Gilmar [Rinaldi, atual coor-denador de seleções] e pedi a pauta. Vamos tratar de novo, tenho um compromisso e, se conseguir desmarcar, posso

ir”, disse Emerson Leão, téc-nico em 2001. “Acho uma boa iniciativa, discutir o que pode ser mudado”, avaliou o treina-dor.

A CBF pretende ouvir ex-jogadores, jornalistas, técnicos estrangeiros e profissionais da ciência e tecnologia do esporte, com o objetivo de diagnosticar problemas de estrutura e re-novação de atletas no futebol brasileiro. Ao final será feito um documento com diretrizes a serem seguidas.

Fora do Brasil, Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes não participarão da reunião do Conselho de Desenvolvimento Estratégico da CBF. Luiz Felipe Scolari, campeão mundial em 2002 e que comandou pela úl-tima vez a seleção de dezembro de 2013 a julho de 2014, está na China, onde treina o Guangz-hou Evergrande.

Já Mano Menezes, que su-cedeu Dunga após a Copa-2010 e treinou o Brasil de julho de 2010 a novembro de 2013, está na Europa participando de cursos e aperfeiçoamento de seu trabalho.

Reunião discute hoje

o futuro da seleção

Danilo Bueno

Vila Nova luta pela reabilitação na

Série C

FICHA TÉCNICA

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Jogo: Vila Nova x Confiança (SE) Local: Estádio Lourival Batista, às

20h15, em Aracaju (SE). Árbitro: Rafael Luís de Almeida Santos (BA). Assistentes: Jucimar dos Santos Dias (BA) e Daniel Vidal Pimentel (SE)

Confiança: Everson; Rafael

Mineiro, João Paulo, Alex Lima e Pedrinho; Flávio (Raulino), Elielton e Almir; Diego, Kível e Bibi

Técnico: Betinho

Vila Nova: Edson; Wanderson,

Gustavo Bastos e Vinícius Simon e Marinho Donizete; Arthur, Ramirez, Robston e Paulinho; Moisés e Frontini

Técnico: Márcio Fernandes

Robston participa de treino visando jogo contra o Confiança: volante é uma das novidades na escalação do Vila Nova em Aracaju

Com quatro

mudanças,

alvirrubro enfrenta o

Confiança (SE) esta

noite, em Aracaju,

pela 6ª rodada

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M

UNDO

qualidade do ar em Pe-quim foi considerada boa em 88 dias do pri-meiro semestre deste ano. De acordo com a imprensa oficial, houve "melhoria significativa" do ambiente na cidade, consi-derada uma das capitais mais poluídas do mundo.

A densidade de partículas PM2.5, as mais suscetíveis de se infiltrar nos pulmões e da-nificar o sistema respiratório, baixou 15,2% em relação ao mesmo período de 2014, para 77,7 microgramas por metro cúbico, informou o Gabinete Municipal de Proteção Am-biental. O valor ainda é supe-rior ao limite de 35 microgra-mas recomendado pelo governo chinês, mas muito aquém dos mais de 800 micro-gramas registrados em janeiro de 2013.

A densidade de partículas de dióxido de sulfúrio e de ni-trogênio na atmosfera também diminuiu 41,3% e 14,5%, res-pectivamente. Comparando com o primeiro semestre do ano passado, houve mais nove dias com boa qualidade do ar, anunciou a imprensa.

Indústrias poluentes

Sede de um município com cerca de 21,5 milhões de habi-tantes e uma área equivalente à metade da Bélgica, Pequim faz fronteira com a província de Hebei, uma das mais

poluí-das da China, com indústrias pesadas.

No ano passado, o consumo de carvão em Pequim caiu 2,8 toneladas e, em março desse ano, duas centrais a carvão da cidade foram fechadas. Mais de 300 fábricas poluentes de-verão seguir o mesmo caminho até o fim desse ano e cerca de 200 mil veículos sairão de cir-culação no país, disse a agência oficial de notícias chinesa.

No mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, cerca de 2,1 milhões de pessoas

mor-rem por complicações relacio-nadas à má qualidade do ar. Desde janeiro de 2013, o país vem adotando medidas de con-trole da poluição, que incluem restrições à venda de carros e ao fluxo do veículos nas ruas. Pequim é candidata à orga-nização dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002 e prome-teu uma redução de 20% na densidade de PM2.5 até 2017. Ano passado, o relatório elabo-rado pela Academia de Ciên-cias Sociais de Xangai conside-rou Pequim como “imprópria para viver” (Agência Brasil)

A densidade de

partículas

prejudiciais baixou

15,2%. Para sediar os

jogos olímpicos,

cidade prometeu

reduzir índice em

20% até 2017

O governo cubano abriu 35 pontos de internet sem fio em espaços públi-cos de todo o país na últi-ma seúlti-mana. Trata-se de uma iniciativa sem pre-cedentes na ilha caribe-nha, onde o uso da rede banda larga era restrito a computadores do governo e de hotéis de luxo.

Segundo a agência da ONU International Tele-communication Union (ITU), em 2013, apenas 3,4% dos lares cubanos ti-nham intranet ou acesso a internet. No Brasil, em 2012, esse índice era de 39,6%.

O serviço, controlado pela estatal de comunica-ções Etecsa, é pago e custa US$ 2 por cada hora de conexão. O preço ainda é exorbitante em relação ao salário da maioria da

po-pulação, que ganha em média US$ 20 mensais.

Em junho, ao anunciar o projeto ao site Juventud Rebelde, o diretor de Co-municações da Etecsa, Luis Manuel Díaz Naranjo, disse que cada ponto de conexão suportaria de 50 a 100 usuários simulta-neamente. O serviço é feito com equipamentos da em-presa chinesa Huawei.

Em uma rua de Havana conhecida como La Ram-pa, na quinta (2), cubanos levavam smartphones para ter acesso à rede sem fio e navegar principalmente em redes sociais, como o Facebook. Os aparelhos podem ser comprados em lojas estatais e no mercado negro, mas muitos são pre-senteados por amigos e parentes que vivem no ex-terior. (Folhapress)

Cuba inaugura 35

pontos de wi-fi

Pequim anuncia melhora

da qualidade do ar

Em relação ao primeiro semestre, Pequim registrou mais nove dias com boa qualidade de ar

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Goiânia, segunda-feira, 6 de julho de 2015

EXPRESSA

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O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou resolução de inicia-tiva do Brasil sobre a incompatibilidade entre demo-cracia e racismo, informou o Ministério das Relações Exteriores. “A resolução reafirma que o racismo, a dis-criminação racial, a xenofobia e intolerâncias correla-tas violam os direitos humanos e são incompatíveis com a democracia, o Estado de Direito e uma gover-nança transparente e confiável. A resolução também determina a realização, em março de 2016, de um pai-nel sobre o tema ”, diz, nota do Itamaraty. (AB)

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S

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DO

BEM

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VINICIUS MAMEDE

Cooperativa dos Médi-cos Anestesiologistas de Goiás (COOPA-NEST-GO) continua com sua campanha para arrecadar fral-das geriátricas e pediátricas para serem doadas em insti-tuições filantrópicas do Es-tado por meio do projeto Dia de Cooperar (Dia C), realizado desde o início do mês passado em todo o Brasil.Por meio desse projeto, a COOPANEST-GO já beneficiou duas institui-ções, sendo elas oAbrigo de Idosos São Vicente de Paulo e o Abrigo Solar Colombino.

Além das doações a abri-gos, a cooperativa fez a doação de mais de 80 fraldas a aposen-tado Dijair Martins Marques, morador de Goiânia,que cuida, em casa, da esposa que está acamada. Ele foi beneficiado

após fazer inscrição no projeto durante a celebração do Dia C no ano passado, que a exemplo deste ano ocorreu no Parque Mutirama.Desde então ele re-cebe doações contínuas da cooperativa.

Conforme a gerente admi-nistrativa e financeira da COOPANEST- GO, Antonia de Fátima Ribeiro, as ações da cooperativa garantiram ainda 1.008 unidades de fraldas ge-riátricas aoAbrigo de Idosos

São Vicente de Paulo e outras 720 ao Abrigo Solar Colom-bino. Situação que repete o sucesso obtido com a campa-nha no ano passado, quando foram doadas 1,2 mil fraldas geriátricas para o abrigo de idosos são Vicente, 1,7 mil para a Vila São Cottolengo e mais 750 fraldas pediátricas para o Centro de Valorização da Mulher (Cevam).

Ainda segundo a gerente, a intenção da cooperativa com

a campanha e buscar algo que ainda não foi feito por outros cooperados em Goiás."Sempre que se faz campanhas de doa-ções, normalmente são de ali-mentos e roupas; quase nunca de fraldas.Por isso, desenvol-vemos essa ação pensando no bem-estar e na saúde de mui-tas famílias carentes que ne-cessitam e que, normalmente, não são enxergadas pela maio-ria das pessoas", afirmou ela. O Dia de Cooperar é um movimento de voluntariado desenvolvido pelo sistema cooperativista brasileiro, em que as cooperativas desenvol-vem projetos junto a entidades e à população em geral. No ano passado, quase um milhão de pessoas foram atingidas com o Dia C em todo o Brasil. Em Goiás, 18 mil foram beneficia-dos em 2014, na campanha en-cabeçada pelo Sistema OCB/SESCOOP-GO.

Coopanest-GO,

entidade que representa

os profissionais

anestesistas, já auxiliou

várias associações e

abrigos assistênciais

Cooperativa arrecada fraldas

para crianças e idosos

Divulgação

Antonia Ribeiro, da Coopanest, com idosos que recebem ajuda

Tecnologias mudam a

vida de agricultores

Moradora da comuni-dade Poço, no município de Senador Rui Palmeira (AL), a agricultora familiar Elda Maria Souza Silva, 40 anos, sempre teve dificuldade em conseguir água para beber e para a produção agrícola. “Tinha que caminhar muito para pegar água em um poço. Também tinha o carro pipa que ajudava, mas mesmo assim era muito complicado..”

Garantir que os agricul-tores familiares do Semiá-rido alagoano tenham água para fortalecer sua produ-ção é o objetivo de convê-nio firmado entre o Minis-tério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio para o Desenvolvimento da Re-gião do Ipanema (Condri). Já foram entregues 2,6 mil tecnologias sociais de acesso à água em 17 muni-cípios e, até dezembro deste ano, outras 1,4 mil fa-mílias serão beneficiadas. O coordenador de Acesso à Água para a Pro-dução de Alimentos do MDS, Vitor Leal Santana, explica que cada família recebe duas tecnologias. “A proposta é associar o pequeno barreiro com a cisterna aprisco. A partir daí é desenvolvido um

sis-tema produtivo que inclui uma pequena horta, mu-das frutíferas, criação de galinhas, ovinos e capri-nos, além da distribuição de sementes de feijão, mi-lho e sorgo”, diz.

Barreiro

O pequeno barreiro é uma escavação em terreno um pouco inclinado para facilitar a irrigação por gra-vidade, dispensando o uso de bombas elétricas. Na parte mais alta do terreno é colocado o tanque de ar-mazenagem, com capaci-dade para até 300 mil litros d’água. Já a cisterna aprisco é um reservatório com ca-pacidade para armazenar 16 mil litros de água, cap-tada do telhado de aprisco.

“O pequeno barreiro é uma alternativa para os agricultores acumularem água para uso em pequenas áreas, principalmente para irrigação de pequenas la-vouras. Já a cisterna aprisco tem a vantagem de dispo-nibilizar ao agricultor um espaço que, além de captar a água da chuva, permite guardar os animais”, ex-plica Vitor.

Junto com as tecnolo-gias, o agricultor recebe um kit simplificado de irriga-ção. (Assessoria da MDS)

AJUDE

k

Sua doação deverá ser entregue na sede da Coopanest-GO: Rua José Leandro da Cruz, Chácara 100, Parque Amazonas

Site:

http://www.coopanestgo.com.br/

kContato: 4013-6900

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Rua mais gay do Brasil

THIAGO ARAÚJO

esplandecente de infelicidade, eu subia a Rua Augusta no fim de tarde do dia tão idiota que parecia não acabar nunca. Ah! como eu precisava tanto que alguém que me sal-vasse do pecado de querer abrir o gás”.

O trecho acima é da crônica

Pálpe-bras de Neblina, do escritor e jornalista

gaúcho Caio Fernando Abreu, que nas-ceu em Santiago do Boqueirão, na fron-teira com a Argentina, e mudou-se para São Paulo ainda jovem.

Na crônica poética, o personagem en-contra, em um ‘bar brega’, uma prostitua: “Cabelo mal pintado, cara muito ma-quiada, minissaia, decote fundo. Explícita, nada sutil”. Se o personagem ou o próprio Caio tivessem descido até a Rua Matias Aíres, e olhado para o lado, teriam dado de cara com a Rua Frei Caneca.

Caio soube narrar como nenhum ou-tro as ruas da capital paulista. Se denou-tro da crônica ele tivesse caminhado até a Frei Caneca, talvez o sentimento de res-plandecente infelicidade tivesse se trans-formado em contentamento resplande-cente. Afinal, a Frei Caneca, paralela à rua Augusta, é um corredor de ligação entre uma área corrompida e carnava-lesca, segundo o tradicionalismo fami-liar, próximo ao Centro e à avenida Pau-lista. Esta parte de São Paulo é ocupada há duas décadas, pelo menos, por tra-vestis, prostitutas e gays. Para constar, Caio era assumidamente homossexual.

Por ser tão selvagem, este local, den-tro de uma das maiores cidades do mundo, merece ser visitado por turistas, pois reflete o verdadeiro semblante do Brasil: a diversidade.

A via, localizada no bairro de Cer-queira César, no distrito da Consolação, homenageia o frei Joaquim do Amor Divino, o frei Caneca, orador, político, jornalista e poeta.

Em 2003, um fato ocorrido na região ganhou repercussão nacional. Um se-gurança de um shopping teve atitudes homofóbicas contra um casal de ho-mens que se beijava no interior do cen-tro comercial.

Com o fato, em 3 de agosto daquele ano, a comunidade gay organizou um ‘beijaço’, no local, onde 3 mil partici-pantes beijaram-se ao mesmo tempo. A partir de então, a rua ganhou ainda mais bares e boates destinadas a esse público.

Hoje, a rua e a região do Baixo Augusta fazem parte do roteiro gay da cidade por causa de seus bares, boates e saunas gays. Além disso, diversos lançamentos imo-biliários estão sendo lançados na via, o que causa um ‘boom’ imobiliário, gerado inclusive pelo público GLS.

Pela noite, parte do público se en-contra dentro dos clubes noturnos. Mas muita gente também prefere ficar nas calçadas, bebendo cervejas, fumando cigarros baratos, observando milime-tricamente o movimento, interagindo, conversando banalidades, beijando, amando... Há coisas melhores que isso? “A região é surpreendente para quem gosta da vida noturna. Estava em São Paulo e, sem pretensões, me deparei na Frei Caneca. O lugar é agitado, intenso, vivo. Me achei naquela rua, nas pessoas que ali frequentam. Fui com um amigo e, lá, compramos algumas cervejas e fi-camos pelas calçadas mesmo, conversa-mos com pessoas desconhecidas. Os iguais se entendem, descobri naquele dia, é o povo mais ‘cool’ da cidade”, diz a jovem goiana Bianca Cruz, que visitou São Paulo e a região em maio de 2014.

CONTINUA NA PÁGINA 12

Frei Caneca, em São Paulo, é um dos ‘points’ mais diversificados do País e espera por você

E

r

SSÊNCIA

Goiânia, segunda-feira, 6 de julho de 2015

Os frequentadores

da Frei Caneca

se dividem

em quem

prefere agitar

nos barzinhos

e quem gosta

do frenesi das

boates, como

a Lôca (1ª e 2ª fotos)

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12 >> ESSÊNCIA Goiânia, segunda-feira, 6 de julho de 2015

Região de lojas e serviços, a rua Frei Caneca é

também reduto dos amantes de bares e baladas

No passado, o local foi um ambientado conjunto de quarteirões residenciais. Nos dias atuais, a região mais gay do País é o habitat e reduto dos novos boêmios. Há bares, boates e restaurantes em quases to-das as quadras.

Os inúmeros bares ficam lotados, e casais de mesmo sexo – ou não – se beijam em plena luz do dia, enaltecendo assim o amor, que está presente até no sobrenome do frei Ca-neca. Alguns paulistanos dizem que a área é perigosa, contudo, na verdade, há policia-mento intenso na região.

O bar A Lôca (foto acima), próximo à rua Peixoto Gomide, é um exemplo de clássico da noite LGBT da Frei Caneca – a balada só não abre nas segundas-feiras. O público é bas-tante diversificado e sem preconceitos – todo mundo se reúne para dançar e se divertir. O

som também é supereclético e vai do eletrô-nico a Musica Popular Brasileira (MPB). A Lôca serviu de inspiração a outros points.

Na via, há inúmeros bares sem nomes onde os jovens enchem a cara na maior fe-licidade. O agito desce até o Shopping Frei Caneca, com várias lojas e serviços volta-dos ao público gay.

Inaugurado em 2011, o Shopping Frei Ca-neca tem ambiente agradável. Está situado próximo à Avenida Paulista, coração de São Paulo, uma das regiões com maior concen-tração econômica e cultural do País.

Nos últimos anos, a iniciativa privada criou um projeto para transformar a Frei Caneca na ‘Rua Gay’, sendo a primeira via oficialmente gay de São Paulo. Evidente-mente que a ideia, assim como todos os de-bates que envolvam a homossexualidade,

causou polêmica e descontentamento de grande parte dos moradores da região.

O projeto deixaria a rua mais colorida, ampliaria as calçadas e traria mais benefícios para os frequentadores, assim como em ou-tras ‘gay villages’ mundiais. A ideia ainda não foi consolidada, entretanto o turista pode vi-sitar a via, que é, sem dúvidas, a mais gay do País e, depois do amor resplandecente en-contrado por lá, você não vai querer cometer o pecado de abrir o gás.

Mais da Frei

A região abriga ainda o Instituto Cultu-ral Ítalo-Brasileiro Casa de Dante e a Escola de Atores Wolf Maya. Nela, também se en-contra a Paróquia do Divino Espírito Santo, centenária igreja que abriga a tradicional Irmandade do Divino Espírito Santo, que,

além de dar assistência religiosa e espiritual à população, promove casamentos, concer-tos, cursos e quermesses, e auxilia os mais necessitados. Em seus fundos, se localiza a rua Peixoto Gomide.

O turista também pode se encantar com as edificações e com os grafites pelos muros. A via também é famosa pela Maternidade de São Paulo, já desativada e localizada pró-ximo à Avenida Paulista, onde nasceu grande parte da elite paulista, sendo algu-mas personalidades conhecidas por meio da mídia e onde, em anexo, funcionou por diversos anos o Instituto Superior de Ad-ministração Hospitalar.

O local abriga também o grande prédio da Procuradoria da República, que está locali-zada no nº 1.360, a menos de um quarteirão da Avenida Paulista. (THIAGO ARAÚJO)

Colorida e

diversificada,

a Frei Caneca

tem bares, lojas

e um shopping

center, além de

centros culturais. A

rua é o reduto da

moderna boemia

de São Paulo

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