FABRICAÇÃO DE PORCELANATOS NO
POLO DE SANTA GERTRUDES:
BARREIRAS, OPORTUNIDADES E TENDÊNCIAS
Fábio G. Melchiades**, Lisandra Conserva*, Suelen Nastri* e
Anselmo O. Boschi*
* LaRC / DEMa / UFSCar
** CRC - Centro de Revestimentos Cerâmicos
Fabricação de porcelanatos no Brasil
INTRODUÇÃO
2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 0 20 40 60 80 100 120 Prod uç ão ( milhões m 2 ) AnoTaxas de crescimento de produção > 10% ao ano
Representam mais de 10% da produção nacional de revestimentos
OBJETIVO
Analisar as possibilidades para o crescimento da fabricação de porcelanatos no polo de Santa Gertrudes, destacando os desafios, oportunidades e tendências futuras.
RAZÕES DO SUCESSO
“MARKETING”
FORÇA DA MARCA
DESEMPENHO
(BAIXA ABSORÇÃO DE ÁGUA)
GRANDES FORMATOS DESIGN
COR DA MASSA (MASSA CLARA)
PRODUTOS / PROCESSOS
Natureza dos porcelanatos e rotas de fabricação possíveis:
Parâmetros Via úmida
Técnico Via úmida Esmaltado Via seca Vermelho 1 Via seca Vermelho 2 Via seca Massa clara Matérias-primas Arg. brancas Bentonitas Caulins Feldspatos Arg. brancas Filitos Talcos Fundentes Argilas vermelhas Argilas vermelhas Arg. brancas Filitos Talcos Fundentes Moagem Úmida Úmida Seca - Grossa Seca - Fina Seca - Fina Formatos Grandes / Peq. Grandes / Peq Pequenos Grandes / Peq Grandes / Peq Ciclo de queima 45 – 60 min 35 – 50 min 28 – 40 min 35 – 45 min 35 – 50 min
Cor de queima Branca Clara Vermelha Vermelha Clara
PRODUTOS / PROCESSOS
Natureza dos porcelanatos e rotas de fabricação possíveis:
Parâmetros Via úmida
Técnico Via úmida Esmaltado Via seca Vermelho 1 Via seca Vermelho 2 Via seca Massa clara Matérias-primas Arg. brancas Bentonitas Caulins Feldspatos Arg. brancas Filitos Talcos Fundentes Argilas vermelhas Argilas vermelhas Arg. brancas Filitos Talcos Fundentes Moagem Úmida Úmida Seca - Grossa Seca - Fina Seca - Fina Formatos Grandes / Peq. Grandes / Peq Pequenos Grandes / Peq Grandes / Peq Ciclo de queima 45 – 60 min 35 – 50 min 28 – 40 min 35 – 45 min 35 – 50 min
Cor de queima Branca Clara Vermelha Vermelha Clara
PRODUTOS / PROCESSOS
Natureza dos porcelanatos e rotas de fabricação possíveis:
Parâmetros Via úmida
Técnico Via úmida Esmaltado Via seca Vermelho 1 Via seca Vermelho 2 Via seca Massa clara Matérias-primas Arg. brancas Bentonitas Caulins Feldspatos Arg. brancas Filitos Talcos Fundentes Argilas vermelhas Argilas vermelhas Arg. brancas Filitos Talcos Fundentes Moagem Úmida Úmida Seca - Grossa Seca - Fina Seca - Fina Formatos Grandes / Peq. Grandes / Peq Pequenos Grandes / Peq Grandes / Peq Ciclo de queima 45 – 60 min 35 – 50 min 28 – 40 min 35 – 45 min 35 – 50 min
Cor de queima Branca Clara Vermelha Vermelha Clara
PRODUTOS / PROCESSOS
Natureza dos porcelanatos e rotas de fabricação possíveis:
Parâmetros Via úmida
Técnico Via úmida Esmaltado Via seca Massa clara Via seca Vermelho 2 Via seca Vermelho 1 Matérias-primas Arg. brancas Bentonitas Caulins Feldspatos Arg. brancas Filitos Talcos Fundentes Arg. brancas Filitos Talcos Fundentes Argilas vermelhas Argilas vermelhas
Moagem Úmida Úmida Seca - Fina Seca - Fina Seca - Grossa Formatos Grandes / Peq. Grandes / Peq Pequenos Grandes / Peq Grandes / Peq Ciclo de queima 45 – 60 min 35 – 50 min 35 – 50 min 35 – 45 min 28 – 40 min
Cor de queima Branca Clara Clara Vermelha Vermelha
Valor $$$$ $$$ $$$ $$ $
PORCELANATOS VIA ÚMIDA
VANTAGENS
Tecnologia conhecida e denominada mundialmente;
Fabricação de grandes formatos;
Massas de cor de queima branca ou clara;
PORCELANATOS VIA ÚMIDA
DESVANTAGENS
Consumo de gás natural: Consumo GN = 650 Kcal/Kg 1,00 – 1,20 m3/m2 Consumo GN = 1.100 Kcal/Kg 1,80 – 2,20 m3/m2+70%
PORCELANATOS VIA ÚMIDA
DESVANTAGENS
Consumo de defloculante; Massa precisa ter boa defloculação; Consumo de água;
PORCELANATOS VIA ÚMIDA
TENDÊNCIAS
Moagem contínua; Fabricação de porcelanatos técnicos;
PORCELANATOS VIA ÚMIDA
DESAFIOS
Matérias-primas: Formulações TípicasMatérias-primas Esmaltado R$ / ton*
Argila Refratária 10 - 20 40 – 60 Argila Fundente 5 - 15 35 – 50 Filitos 25 - 50 40 – 55 Talco 0 - 6 60 – 80 Carbonatos 0 - 3 50 - 70 Feldspato / Fonolito 0 - 8 60 - 150 Taguá 0 - 10 25 - 35
* FOB Mina com impostos
PORCELANATOS VIA ÚMIDA
DESAFIOS
Matérias-primas: Formulações TípicasMatérias-primas Técnico Argila Refratária 10 - 20 Bentonita 0 - 5 Caulim 10 - 25 Filito Branco 0 - 10 Feldspato 40 - 55 Silicato de Zircônio 0 - 3
PORCELANATOS VIA ÚMIDA
DESAFIOS
Argilas:PORCELANATOS VIA ÚMIDA
DESAFIOS
Filitos:PORCELANATOS VIA ÚMIDA
DESAFIOS
Feldspatos:PORCELANATO VIA SECA – MASSA CLARA
CONCEITO
Massa de composição e granulometria semelhante à de via úmida moída em moinhos pendulares / de rolos:
VANTAGENS
Menor consumo de gás natural: economia de 25% a 35% (estim.);
Fabricação de grandes formatos;
Massas de cor de queima branca ou clara;
PORCELANATO VIA SECA – MASSA CLARA
Redução das emissões atmosféricas de CO2 e outros gases; Menor consumo de água;
Massa não precisa deflocular; Eliminação dos defloculantes;
DESVANTAGENS
Tecnologia menos difundida no Brasil e no mundo;PORCELANATO VIA SECA – MASSA CLARA
Necessidade de secar as matérias-primas antes de moer (ou junto); Possível necessidade de secar os grânulos;
DESAFIOS
GranulaçãoDESAFIOS
PORCELANATO VIA SECA – MASSA CLARA
ATOMIZADO
VIA SECA
DESAFIOS
PORCELANATO VIA SECA – MASSA CLARA
Granulação 1075 1100 1125 1150 1175 1200 1225 0 2 4 6 8 10 12 14 Atomizado Via seca Temperatura (oC) Absorção d e água (% ) 2 4 6 8 10 Retraçã o linear (% )
PORCELANATO VIA SECA – VERMELHO 1
aG
Disponibilidade e custo de matérias-primas (R$ 10 – 20 / ton)
Menor consumo de gás natural: economia de 30% a 40% (estim.); Redução das emissões atmosféricas de CO2 e outros gases;
Menor consumo de água;
Massa não precisa deflocular; Eliminação dos defloculantes;
Tecnologia / processo conhecido e denominado na região;
VANTAGENS
PORCELANATO VIA SECA – VERMELHO 1
aG
DESVANTAGENS
Dificuldade para fabricar grandes formatos Cor da massa
Dificuldade de agregar valor / diferenciar do BIIb da região Qualidade do produto / defeitos de fabricação
PORCELANATO VIA SECA – VERMELHO 1
aG
Descartes dimensionais e sobrequeima
DESAFIOS
Temperatura (ºC) Ab sorçã o de ág ua (%) Retr ação linear de queim a (%) 0,5 AA RLq = 8 – 9%PORCELANATO VIA SECA – VERMELHO 1
aG
Contaminações e defeitos de superfície
PORCELANATO VIA SECA – VERMELHO 1
aG
Deformação piroplástica (definição da formulação)
DESAFIOS
Argila AA (%) IP (cm-1) 1 0,1 25,0 x 10-5 2 0,4 22,5 x 10-5 3 0,5 2,1 x 10-5 4 0,1 4,3 x 10-5 5 0,1 3,1 x 10-5 6 0,4 6,7 x 10-5 7 0,2 3,1 x 10-5 8 0,3 10,2 x 10-5 9 0,1 16,1 x 10-5 10 0,4 19,3 x 10-5 0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4 2,8 0 4 8 12 16 20 24 28 Índice de piropla sticidad e (x10 -5 cm -1 )(%Na2O + %CaO)2 + (%K2O + %MgO)
PORCELANATO VIA SECA – VERMELHO 2
aG
VANTAGENS
Disponibilidade e custo de matérias-primas (R$ 10 – 20 / ton)
Menor consumo de gás natural: economia de 30% a 40% (estim.); Redução das emissões atmosféricas de CO2 e outros gases;
Menor consumo de água;
Massa não precisa deflocular; Eliminação dos defloculantes;
Fabricação de grandes formatos;
PORCELANATO VIA SECA – VERMELHO 2
aG
DESVANTAGENS
Tecnologia menos difundida no Brasil e no mundo; Possível necessidade de secar os grânulos; Grânulos mais difíceis de deformar na prensagem Cor da massa
PORCELANATO VIA SECA – VERMELHO 2
aG
DESAFIOS
GranulaçãoPORCELANATO VIA SECA – VERMELHO 2
aG
DESAFIOS
Granulação Características Vermelho 1ª Geração Vermelho 2ª Geração Resíduo 63 mm (%) 28,9 4,6 Fluidez – I.H. 1,60 1,24 Densidade aparente (g/cm3) 1,91 2,01Módulo de ruptura flexão – 110oC (Kgf/cm2) 41 66
Temperatura de queima (oC) 1155 1140
Absorção de água (%) 0,3 0,3 Retração linear de queima (%) 8,6 7,4 Índice de Piroplasticidade (cm-1) 7,0 x 10-5 4,7 x 10-5
PORCELANATO VIA SECA – VERMELHO 2
aG
COMENTÁRIOS FINAIS
Matérias-primas constituem importante desafio para o crescimento dos porcelanatos de massa clara;
Porcelanatos técnicos e grandes formatos são importantes para diversificar a produção crescente de porcelanatos na região;
Granulação desempenhará papel chave na viabilização dos porcelanatos fabricados por via seca;
Há mercado para os porcelanatos vermelhos fabricados por via seca; Porcelanatos vermelhos de 2ª geração podem aumentar a qualidade e
a competitividade dos porcelanatos vermelhos fabricados atualmente Alta do dólar e as barreiras de importação dificultam a entrada de