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Filho do poeta e telegrafista Alberto Pereira Teixeira (Al Teixeira) e Liège Uchôa Teixeira.

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Academic year: 2021

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B

iografia de

Joel Uchôa Teixeira

J

oel Uchôa Teixeira – nasceu na cidade do Rio Grande (a cidade dos ventos), estado do Rio Grande do Sul, em 27 de março de 1938.

Filho do poeta e telegrafista Alberto Pereira Teixeira (Al Teixeira) e Liège Uchôa Teixeira.

Joel viveu entre sonhos, ilusões, erros e acertos, pautando sempre pela união e contra a discórdia e separação da família.

Um eterno apaixonado pelo envolvente ritmo do Tango e do Bolero, mostrou desde cedo um grande talento para a música e para a poesia.

Casou com Tânia Mara Pantoja em 1960 na Igreja dos Salesianos, mesmo local onde comemoraram bodas de Prata e bodas de Ouro. O casal teve dois filhos: Liège Nair Pantoja Teixeira e Walter Alberto Pantoja Teixeira.

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Sempre falava dos seus amigos, destacando seu pai Alberto Pereira Teixeira, seu sogro Walter Pantoja, Darcy Nicoloddi que conheceu quando morou na cidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul e o grande maestro Hermes Peres da Rosa, velho companheiro das noites de boemia na cidade do Rio Grande.

TANGO FIGURADO

“Quem não viveu sua vida entre sonhos, ilusões, erros e acertos, tropeços e escaladas magníficas, não viveu.” (Vinícius de Moraes)

Quem já passou

Por esta vida e não viveu

Pode ser mais, mais sabe menos do que eu Porque a vida só se dá

Pra quem se deu

Pra quem amou, pra quem chorou Pra quem sofreu...

Quem nunca curtiu uma paixão Nunca vai ter nada, não.

Não há mal pior Do que a descrença

Mesmo o amor que não compensa É melhor que a solidão.

Abre os teus braços, meu irmão deixa cair... Pra que somar se a gente pode dividir? Eu francamente já não quero nem saber De quem não vai porque tem medo de sofrer. Ai de quem não rasga o coração...

Esse não vai ter perdão!

“Pois então... quem sonha pouco não realiza nada. Meu pai sonhou muito e realizou muito. Sonhou com um lar e com uma família. Construi-os. Sonhou com um mundo melhor para os seus. Lutou, lutou e lutou. Ele fez melhor para a nossa família e para os outros. E assim figurando a vida, como num tango, meu pai viu Luzes da Ribalta, Sangre Y Arena, E o vento levou e Éramos seis.” (Liège Nair Pantoja Teixeira)

AMOR VELHINHO À minha mulher

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Foi pelo tempo azul das fantasias, À luz azul das noites enluaradas, Tinhas o encanto angelical das fadas! Nos verdes anos desses longes dias. Juntos ouvimos doces sinfonias, De lânguidas, dolentes serenadas, E o passaredo, pelas madrugadas Trinava a flauta das melancolias. Nossa história de amor, hoje verdade, Guarda consigo o espectro da saudade, Na voragem do tempo e do caminho; E braços dados, pela estrada afora, Igual às noites siderais de outrora, Vamos vivendo deste amor velhinho!

(Alberto Pereira Teixeira “Al Teixeira” - in Farrapos de Sonho, 1945)

A POESIA DE JOEL UCHÔA TEIXEIRA

Pedrinho

(ao meu neto)

Para saudar-te, teu Vô queria,

Tanger da lira a corda que lhe chora, Bendito foste, até que em fim um dia, Cantou-lhe o peito um'alma tão canora. Nasceste tu, meu anjo e vejo agora, No breu da noite, a luz que me alumia, Flor do meu sangue, a vida que reflora, Lançada ao mundo, que em hoje agonia. São rimas tristes que teu Vô em prosas, Pediu Calíope... tão calma dormia, Ousar fazer-te um colar de rosas. Murcham as flores, pétalas fenecem, Exceto aquelas que de ti merecem,

Símbolos da paz, do amor que teu Vô queria. (Joel Uchôa Teixeira in Relicário, abril de 1984)

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Al Teixeira

Com orgulho, meu Pai!

Chuvoso o funeral das tuas quimeras, Marmóreo pedestal, tanto bendigo, Irnãos, amigos de quem tu tanto eras, Chorando estão teu gélido jazigo. Como mortalha, doei-te pai amigo, O triste coração que tu me deras, O meu remorso e a tua dor comigo, Ferem-me o peito, abrindo-me crateras. Velho poeta, és eterno venerado,

Pois entre vates, foste o iluminado, Calíope... coroa teu filho esteta. Angelicais musas que d'outro lado, Possuem meu pai, liríem o seu reinado, Eis que chorando, choramos o poeta!

(Joel Uchôa Teixeira, 13 de outubro de 1979 falecimento de Al Teixeira) Quem é esta mulher?

Sinto aos poucos ela se aproximando, Como se fosse uma gentil guarida, Iludo-me, suas mãos me descarnando, Deixam à mostra, tão atroz ferida. Sinto no ombro, a força já vencida, Na dor que lentamente vai matando, Tudo que tenho, aos poucos desta vida, Pouco a pouco de mim, está tirando. Foi tarde pai, quando me apresentaste, Tão impoluta, tão sutil donzela,

De cujo limbo, em moço me afastaste... E sei por fim, o mundo é um contraste, Ante ao espelho ao qual me defrontaste, Já fiz de tudo e não me livro dela! (Joel Uchôa Teixeira, junho de 1979)

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Ai dos vencidos

Lutei comigo mesmo pra esquecer-te, Privei-me dos vícios que te lembravam, E, como um louco quis aborrecer-te,

Porém teus lábios, muito mais me amavam. Busquei por toda a parte a fim de ver-te, Horas amargas... e como custavam... Seria crível tanto assim querer-te,

Quando os nossos desígnios... separavam. Noites infindas, sonho que me abraça, Corpo de arminho, alma de pecado, Ébrio do amor, desperto, mas não passa. Oh Deus, por que é tão grande este castigo?? Pois tendo o coração despedaçado,

Como um pária, a seus pés caí VENCIDO. (Joel Uchôa Teixeira, agosto de 1977)

UM FATO MARCANTE

Joel e Tânia Mara completaram bodas de Prata em 25 de dezembro de 1985. Depois da missa, foram passar alguns dias em São Lourenço, Rio Grande do Sul.

Aposentou-se por tempo de serviço como funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telágrafos (inspetor de tráfego telegráfico), contando com o tempo em que serviu na P.E. (Polícia Especial do Exército). Foi um exímio telegrafista!!

Enfim... finalizo o pequeno fragmento da história da Vida - intensa Vida - do meu Pai JOEL UCHÔA TEIXEIRA, um eterno grande amigo. Deixou-nos na triste tarde de 16 de agosto de 2016. Saudades... saudades... silenciosas saudades, marcantes saudades!!

Walter Al Pantoja Teixeira

M

URAL DOS DIA

S

Um beijo de chegada, um beijo de partida... Uma lágrima de tristeza, uma lágrima de alegria... Uma luz que acende, uma luz que apaga... A vida que chega, a vida que vai!

(6)

Verdades, mentiras... amor, paixão, solidão! Um sonho, uma realidade...

Um cheiro de noite, um vento distante... Um rosto, um olhar... uma mão amiga! Uma cadeira vazia no canto da sala... Uma lembrança, uma saudade!

Um lugar distante, um lugar próximo... Uma casa cheia, uma casa vazia...

Um encontro, um desencontro... uma despedida! Uma mistura de cores, uma mistura de dias... e assim, bem devagarinho... são feitos os dias.

(Walter Al Pantoja Teixeira, in À flor da pele, poesias selecionadas, 2008)

“O TANGO é um pensamento triste que se pode dançar.” Enrique Deluchi

“Não vos lego fortuna nem bocado, mas em penhor lhes dou meu nome honrado, que venceu desta vida as vilanias.” Alberto Pereira Teixeira (Al Teixeira) “Testamento de poeta”

“Viveu o amor na sua intensidade, sem querer e sem pedir nada em troca. Apenas quis ver o brilho nos olhos e a alegria na alma

daqueles de quem ele tanto amava.”

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_______________________________________________ by Walter Alberto Pantoja Teixeira

Joel Uchôa Teixeira (biografia) Rio Grande – Rio Grande do Sul Maio de 2018

Referências

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