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Aula 05. Ordem Econômica e Financeira

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Academic year: 2021

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Curso/Disciplina: Ordem Social, Econômica e Financeira.

Aula: 05

Professor (a): Marcelo Tavares

Monitor (a): Fabiana Pimenta

Aula 05

Ordem Econômica e Financeira

I - Princípios da Ordem Econômica: Princípios, estatuto das empresas públicas sociedade de economia mista e concessionárias. Atuação contra o abuso do poder econômico. Lavras. Marítimo e aéreo[existem vários subtópicos] – art. 170 a 181

II - Política Urbana – art. 182 e 183

III - Política agrícola e fundiária e da reforma agrária – art. 184 a 191 IV – Do sistema financeiro nacional – art. 192

Obs: O ideal é fazer várias leituras deste Título VII.

A intervenção do Estado numa Constituição Dirigente

A Constituição Brasileira segue o modelo das Constituições Ibéricas (Portuguesa e Espanhola) Estados Sociais de Direito.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

O art. 1º quando define a República faz a seguinte colocação “A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de Direito”, no fundo não é apenas um Estado Democrático de Direito e sim um Estado Democrático Social de Direito. O termo social é implícito, principalmente no Título VII e VIII.

Fica clara a interversão do Estado na ordem econômica. Possibilidade do Estado intervir na ordem econômica e social a fim de garantir a dignidade da pessoa humana, o pleno desenvolvimento da pessoa e a justiça social.

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

I - soberania nacional; II - propriedade privada;

III - função social da propriedade; IV - livre concorrência;

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V - defesa do consumidor;

VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;

VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.

Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. Esses valores são os que vão nortear a intervenção do Estado na ordem econômica e social e fazer com que a Constituição seja dirigente. Prevê que o Estado intervenha na ordem econômica e social.

Título VII – Ordem Econômica Título VIII - Social

Fundamentos Finalidades Fundamentos Finalidades

Valorização do Trabalho Existência Digna Primado do trabalho Bem-estar

Livre Iniciativa Justiça Social Justiça Social

Para que o Estado possa garantir o pleno exercício da dignidade humana ele tem que atuar na ordem social, garantindo a educação, garantindo previdência, assistência, isto é, garantindo que pessoas que estejam em situação de necessidade possam ser resgatadas pelo Estado, aplicando-se o princípio da igualdade de chances ou de oportunidades, que essas pessoas sejam resgatadas de um estado de miséria e colocadas num patamar mínimo e que possam desenvolver suas capacidades de buscar pela própria felicidade.

Mas veja, o Estado não é responsável por garantir a felicidade de ninguém. O Estado não garante a felicidade, pois ela é um estado íntimo da pessoa. O que é responsabilidade do Estado em um Estado Social e Dirigente que dê a pessoa um patamar mínimo no qual se possa desenvolver sua individualidade e buscar sua felicidade (cada um busca dentro dos seus objetivos).

Agora, o Estado não pode ficar inerte diante de um grave desiquilíbrio social em que pessoas tenham muita vantagem na busca dos seus objetivos com relações a outras.

Entre os fundamentos da ordem econômica e os fundamentos da própria república podemos destacar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Ou seja, eles não são apenas fundamentos da ordem econômica, são os fundamentos da própria república do Brasil. Existe uma ligação muito forte entre o caput do art. 170 e o art. 1º da CF. Além de não há dignidade da pessoa humana sem ela poder desenvolver suas próprias capacidades.

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Essa ligação entre os fundamentos e as finalidades da ordem econômica e social é grande importância e o que vai caracterizar o Estado brasileiro como um estado social de direito será a partir de uma constituição que tem a característica de ser uma constituição dirigente.

Princípios Gerais da Atividade Econômica

- Fundamentos: Valorização do trabalho e Livre Iniciativa. - Finalidade: Existência digna de acordo com a justiça social.

- Princípios: são enunciados, e vários deles também são fundamentos da nossa república.

a) Soberania nacional: vai permitir que a Constituição adote algumas áreas de proteção: como em lavra, exploração do subsolo, sistema de energia. Também vai favorecer empresa nacional em outros aspectos como navegação de cabotagem, navegação do interior do Brasil (ex: rios). A soberania nacional é um princípio que vai possibilitar que existam algumas áreas em que empresas nacionais sediadas no Brasil possam explorar atividades econômicas ou tenham algum tipo de vantagem.

b) Propriedade privada, com função social: importante num Estado Social de Direito. A nossa Constituição não protege apenas a sociedade privada mas vai possibilitar que existam algumas restrições quando a propriedade, seja ela urbana ou rural, não atinja a função social, podendo levar até mesmo a desapropriação.

c) Livre concorrência: esse é um fundamento da atividade civil e comercial. d) Defesa do consumidor

e)Defesa do meio ambiente

f) Redução de desigualdades regionais e sociais: que é também um dos objetivos da nossa república. g) Busca do pleno emprego

h) Tratamento favorecido a empresas de pequeno porte

Dentro desse Título da ordem econômica, veremos 2 tópicos principais de favorecimento: a empresas de pequeno porte (colocado como princípio e desenvolvido mais a diante) e também o favorecimento a organização cooperativa (o cooperativismo/a associativismo são aspectos importantes na organização da ordem econômica).

Observações aos princípios da ordem econômica:

- Livre exercício de qualquer atividade econômica independentemente dos órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei

- Liberdade de exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (art. 5º, XIII);

No Brasil, observadas as condições colocadas pelo poder público (formalizar e tal) pode-se explorar qualquer atividade econômica livremente, desde que pague seus tributos. Há liberdade para o desenvolvimento da liberdade econômica. É claro que o Estado não deixaria que uma pessoa exerça livremente uma atividade econômica poluente, ou com abuso de poder econômico ou que agrida os direitos do consumidor. Mas observados os princípios que estão no art.170 e o exercício da liberdade econômica é muito importante, e marca um dos objetivos da nossa república (que é a livre iniciativa e

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garante a liberdade do desenvolvimento da atividade econômica observados os outros princípios que de alguma forma vão trazer um constrangimento). A ligação com o art. 5, inciso XIII que trata da liberdade de desenvolvimento da atividade profissional desde que observados os requisitos de habilidade que são exigidos por parte do poder público nos termos da lei.

Por exemplo, é livre o exercício de uma atividade econômica por um profissional liberal, advogado, desde que ele esteja capacitado profissionalmente a partir do exame da ordem. O exercício de uma atividade profissional livre no Brasil desde que observados a habilitação profissional, da mesma forma que o exercício da atividade econômica é livre no Brasil desde que observados aqueles outros princípios.

- A lei disciplinará os investimentos do capital estrangeiro, incentivará o reinvestimento e regulará a remessa de lucros, com base no interesse nacional: O Brasil não é refratário ao investimento do capital estrangeiro mas ele é objeto de preocupação por parte da Constituição brasileira. O principal interesse é o interesse nacional.

- A lei assegurará aos autores de inventos industriais o privilégio temporário para sua utilização, bem como a proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresa e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país: art. 5, XXIX. Nos ensinamentos de Denis Barbosa, o sistema de proteção da propriedade intelectual está equivocadamente no art. 5, pois não institui direitos individuais. O que o Estado prevê é a proteção da criação industrial, isso com base no interesse nacional, com o objetivo de desenvolver a atividade econômica e levar a população ao bem-estar, o certo estaria estar no Título VII (Da Ordem Econômica e Financeira).

Esses eventos industriais estão protegidos através da patente e ela no fundo é uma troca que o Estado faz. A pessoa que traz uma invenção industrial que dela vai resultar um desenvolvimento nacional, tem uma proteção temporária para a exploração exclusiva. A patente reconhece a inventividade de uma criação industrial que é útil para a sociedade e dá ao seu inventor uma proteção temporária de exploração exclusiva, bem como a proteção as criações industriais (ex: modelo de utilidade, que é uma pequena patente, uma melhoria funcional em uma patente; as propriedades das marcas, aos nomes das empresas e a outros signos distintivos tendo em vista o interesse social e desenvolvimento tecnológico e econômico do país. Essa proteção que é feita com duas finalidade o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país).

- A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos na Constituição: em princípio a indenização é prévia e justa, no sentido de que o Estado deve pagar pelo bem o valor de mercado. E também, em princípio, deve ser em dinheiro, mas existe exceções, por exemplo: dentro do capítulo de desenvolvimento agrícola e da reforma agrária, da desapropriação por interesse social de propriedades rurais improdutivas com títulos agrário, havendo prévio e justa indenização só das benfeitorias úteis e necessárias, as voluptuárias não, elas são pagam em título.

- A autoridade competente poderá usar de propriedade particular, no caso de iminente perigo público, assegurada a indenização ulterior, se houver dano: isso está no art. 5, XXV, o poder público pode não apenas retirar o domínio, como pode simplesmente usar em caso de iminente perigo público. Ex: existe uma determinada propriedade que está pegando fogo, e os bombeiros entram em propriedade vizinha. Se

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eles romperem um muro, destruírem um jardim para combater o fogo, em princípio, pode. Todo dano causado pode ser objeto de indenização.

- Pequena propriedade rural, trabalhada pela família não pode ser objeto de penhora: existem regras específicas para que os pequenos proprietários possam tomar empréstimo no sistema financeiro.

- Tratamento jurídico diferenciado à empresa de pequeno porte: dentro do título da ordem econômica existem dois aspectos que dão alguma vantagem a empresas: a empresa de pequeno porte e as cooperativas ou ao associativismo.

Exploração Atividade Econômica Pelo Estado

Nossa Constituição Social e Dirigente e vai procurar regular a atividade econômica.

- Diretamente pelo Estado (Pode explorar em duas situações): para garantir a segurança nacional ou quando houver relevante interesse coletivo na forma da lei. Sempre na forma da lei.

A Atuação do Estado na ordem econômica se dá por exceção, e não como regra. Se a lei que a instituir for muito abrangente será declarada inconstitucional .

- Por empresa pública, sociedade de economia mista ou subsidiárias: as EP e SEM podem ser de dois tipos: atuar na área econômica propriamente dita, vendendo produtos e serviços, exploração econômica, mercado financeiro (ex: CEF, BB, Petrobras), e prestar serviço público (ex: Correios). O Estatuto delas, a partir da constituição, é um pouquinho diferente: as que exploram atividade econômica não devem ter qualquer tipo de privilégio em relação a empresas de atividade privada (que são as empresas de concorrência delas, normalmente). Já as que fazem prestação e serviço público podem ter sim um tratamento diferenciado, como é o caso dos Correios.

a)Função social e fiscalização b) Sujeição ao regime privado c) Licitação e contratação

d) Conselhos de administração e fiscal

e) O estatuto deve prever Mandatos, avaliação de desempenho e responsabilização dos administradores f) Não podem gozar de privilégios fiscais não extensível ao setor privado

- Cobrança de contribuições: CIDE - Contribuição Intervenção do Domínio Econômico. O título VIII trata apenas de um tipo de CIDE que é a que incide sobre derivados de petróleo, mas existem outros tipo, por exemplo: CIDE para incentivar, fomentar a indústria marítima nacional (adicional sobre o frete para realizar a renovação da marinha mercante AFRRM, tratado no capítulo da ordem tributária).

- Atuar através de impostos que tem objetivo extrafiscal, impostos estes que fazem regulamentação de mercado, como: II, IE, IPI. Por isso, eles têm maior flexibilidade de aumento e diminuição de alíquota, pode ser feito por ato do poder público, observando os limites de lei. Existe também postos de regulação de mercado que vão atingir um objetivo mais extrafiscal do que o objetivo fiscal arrecadatório.

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Essas são as formas que a Constituição social brasileira encontra para fazer intervenção na ordem econômica. Sendo a primeira, Diretamente, excepcional.

Intervenção do Estado

Diretamente Exceção

EP, SEM e Concessionárias

Formas regulares de intervenção CIDE

Impostos II, IE e IPI

Os art. 172 e 173 preveem a exploração da atividade econômica pelo Estado:

Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

Já os §§ 4º e 5º do art. 173, a regulamentação do mercado (CAD evita o abuso e o monopólio do poder econômico):

§ 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.

§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.

Regulação De Mercado

-A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário de lucro. As empresas podem se tornar tão poderosas que conseguem suplantar a lei da oferta e procura, logo, o Estado tem que intervir.

-Atos praticados contra a ordem econômica: punição a pessoa jurídica, além das pessoas físicas responsáveis.

-Funções do Estado: agente normativo e regulador, mediante incentivo, fiscalização e planejamento. A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado. O Brasil pode colocar metas, um planejamento.

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- Apoio e estímulo ao cooperativismo e associativismo. Favorecimento da atividade garimpeira por cooperativa, com prioridade. Na exploração de lavras a CF/88 determina que se dê preferência a as cooperativas de lavradores.

Prestação De Serviços Públicos

Estado: diretamente ou mediante concessão ou permissão. Isso ocorre no âmbito da educação, por exemplo, órgãos públicos que prestam esse serviço público. Outro exemplo seria a União é responsável pelo correio nacional, que é prestado diretamente algumas vezes pela aeronáutica e através de uma empresa pública, que é os Correios.

Lei disporá:

-Regime das concessionárias e permissionárias; -Direito dos usuários;

-Política tarifária;

-Obrigação de manter serviço adequado

Art. 173. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:

I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública;

IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários;

V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

O art. 173, §1º é mais genérico, trata dos estatutos jurídicos das EP e SEM que façam exploração econômica de atividade de produção, comercialização de bens, ou prestação de serviços. Traz a estipulação de regras, a serem especificadas em Lei, como o Estatuto da EP e SEM nos 2 casos.

O art. 175 só trata de EP e SEM que prestam serviços públicos (previsão específica com a possibilidade de um regime jurídica diferenciado). E EP e SEM que prestem exclusivamente serviço público vão ter um tratamento diferenciado de acordo com suas peculiaridades.

Então podemos ter EP e SEM com dois tipos de tratamento jurídico:

A EP e SEM que atuem diretamente na atividade econômica devem ter no seu estatuto uma previsão de que não devem receber tratamento diferenciado e devem se aproximar o máximo possível da atuação de mercado.

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Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista

Diretamente na atividade econômica Prestação de serviço público -Não devem receber tratamento diferenciado;

-Devem se aproximar da atuação de mercado.

-Tratamento diferenciado

Exploração do potencial natural 44min

-Jazidas e demais recursos minerais e potenciais energéticos – propriedade distinta do solo e pertencem à União.

-Exploração dessas jazidas e demais recursos minerais e potenciais energéticos por autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiro ou empresa constituída sob leis brasileiras que tenha sede e administração no Brasil.

-Assegurada a participação do proprietário do solo nos resultados. (A propriedade é distinta da propriedade do solo. A pessoa pode ter domínio de um determinado terreno, mas aquilo que tem em baixo do terreno, no subsolo. Ex: tem um terreno em cima de uma mina de carvão, a propriedade subsola é da União independentemente da pessoa ter o direito ao solo).

-Autorização por prazo determinado sem possibilidade de cessão ou transferência sem prévia anuência da União.

-Aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida – independe de autorização ou concessão (ex: uma pessoa coloca ‘células foto elétricas’ para gerar energia a partir da luz solar para a sua casa).

-Monopólio da União:

a) Pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás e outros hidrocarbonetos b) Refinação de petróleo

c) Importação e exportação de produtos básicos derivados do petróleo e gás d) Transporte marítimo de petróleo bruto de origem nacional ou derivados e) Pesquisa, lavra e exploração de minerais nucleares: art. 21, XXII

f) União poderá contratar empresa, (I a IV) mediante condições g) CIDE de combustíveis (art. 177, §4°)

Art. 177. Constituem monopólio da União:

§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:

I - a alíquota da contribuição poderá ser: a) diferenciada por produto ou uso;

b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; II - os recursos arrecadados serão destinados:

a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo;

b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.

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Ordenação de Transporte

-Lei ordenará transporte aéreo, aquático e terrestre.

Transporte internacional deve previsto através de acordos, baseado em reciprocidade.

- Lei estabelecerá condições para transporte aquático de cabotagem e interior por embarcação estrangeira. A CF/88 não veda a embarcação estrangeira, apenas prevê que a lei vai colocar as condições.

Política Urbana

-Diretrizes fixadas por lei da União.

-Política de desenvolvimento urbano executada pelos municípios, observado os Estatutos das Cidades -Plano diretor aprovado pela Câmara – obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes

-Propriedade urbana atende à função social quando adequada ao plano diretor. Função social quando está adequada ao plano diretor.

Obs: Estatuto das Cidades é a lei genérica, lei federal. A política de desenvolvimento urbano é executada pelos Municípios, através do plano diretor (facultativo para os municípios com menos de 20 mil habitantes), observado o Estatuto das Cidades.

-Desapropriação de imóveis urbanos mediante prévia e justa indenização em dinheiro, e não por título do poder público.

-Poder público municipal pode exigir, nos termos de lei federal, do proprietário de solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado que promova o adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente:

a) Parcelamento ou edificação compulsória; b) IPTU progressivo;

c) Desapropriação mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado. Obs: em princípio o imóvel urbano só pode ser desapropriado através do pagamento da justa e prévia indenização em dinheiro. Exceção: Imóvel urbano não edificado, que esteja sendo subutilizado ou não utilizado, dentro daquelas punições progressivas, depois da determinação do parcelamento compulsório e edificação compulsória, depois do IPTU progressivo, o Município vai desapropriar e daí não será em dinheiro e sim em título da dívida pública.

-Usucapião urbano: posse de área de até 250 m2, cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a putilizando-arutilizando-a suutilizando-a morutilizando-adiutilizando-a ou de suutilizando-a futilizando-amíliutilizando-a, sem ser proprietário de outro imóvel urbutilizando-ano ou rurutilizando-al, somente umutilizando-a vez Imóveis públicos não podem ser adquiridos por usucapião.

-Os imóveis públicos não podem ser adquiridos por usucapião.

Política Agrícola E Fundiária

-União pode desapropriar por interesse social, para fim de reforma agrária o imóvel rural que não esteja cumprindo função social, mediante indenização com títulos da dívida agrária. Será uma exceção de pagamento em dinheiro. Benfeitorias úteis e necessárias em dinheiro. Decreto autoriza a União a propor ação de desapropriação (por Lei Complementar)

-Insuscetíveis de desapropriação a)Pequena e média

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b)Propriedade produtiva -Função social

a) Aproveitamento racional e adequado; b) Utilização adequada dos recursos naturais; c) Relações de trabalho;

d)Exploração que favoreça o bem-estar.

-Usucapião agrário: não possua outro imóvel, cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a 50 hectares, tornandoa produtiva com seu trabalho, tendo nela moradia -Imóveis públicos não são adquiridos por usucapião

Último artigo do Título da Ordem Econômica: art. 192 sistema financeiro nacional: banco, financiadoras. Servir ao interesse da coletividade (e não ao lucro dos banqueiros). O capital estrangeiro é regulado por lei complementar. Não veda capital estrangeiro, mas a lei vai regular.

Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.

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