Independência
Guerra dos Sete Anos (1756 -1763) na América do Norte entre ingleses e franceses pela posse de terras foi vencida pelos ingleses com o apoio dos colonos e resultou na anexação de terras antes pertencentes aos franceses.
Os colonos americanos pensaram que poderiam beneficiar-se de tais terras, mas a coroa inglesa tinha outros planos: dar novas terras para novos colonos que viriam da Inglaterra para ocupá-las.
Para tirar a Inglaterra do prejuízo dos gastos militares na guerra contra a França, foram feitas as leis proibitivas: Lei do Açúcar (cobrava
impostos principalmente do açúcar, vinho, tecidos e café), Lei do Aquartelamento ou hospedagem (obrigava os colonos a fornecer mantimentos aos soldados ingleses que estavam em solo americano), a Lei do Selo (previa a impressão de um selo real em todos os produtos para que eles pudessem circular como mercadorias certificadas,
gerando um grande gasto para os produtores) e a Lei do chá (que
aumentou significativamente as taxas sobre a comercialização de chá, que já era muito consumido nas colônias).
Diante de novas leis (intoleráveis), os colonos fazem as
conferencias da Filadélfia e assinam a Independência
dos Estados Unidos da América, mergulhando em uma
longa luta contra a Inglaterra, mas vencida com a ajuda
da França.
Após conquistar sua independência no final do século
XVIII, os Estados Unidos da América consolidaram-se
como Estado-nação e passaram por grandes
transformações durante o século XIX. Entre as
mudanças ocorridas, destacou-se a grande expansão
territorial que o país sofreu, seja pela compra de
No processo de independência, os Estados Unidos
garantiram, a partir do Tratado de Paris de 1783, a
posse das regiões a oeste dos Montes Apalaches. A
ocupação dessas regiões foi motivo de atrito entre
colonos e britânicos, pois a Coroa inglesa havia
proibido a apropriação desses locais para evitar
conflitos com as nações indígenas.
Com a independência e o fim da proibição inglesa, os
americanos iniciaram uma intensa migração para
ocupar esses locais. O território americano passou por
outras alterações, como a compra da Luisiana dos
franceses em 1803, a compra da Flórida dos espanhóis
em 1819 e a compra do Alasca em 1867.
Durante esse processo expansionista, os grandes
perdedores foram os nativos americanos que
habitavam as terras a oeste das Treze Colônias
originais. Os americanos, na busca desenfreada para
ocupar essa região, dizimaram milhares de indígenas,
apossaram-se de suas terras e destruíram seu modo de
vida.
Um dos grandes exemplos dessa dizimação foi
o Massacre de Sand Creek, no qual mais de 150
indígenas do povo cheyenne foram mortos por tropas
do exército americano. Entre os mortos, havia um
grande número de mulheres e crianças. Outros povos
como os sioux e apaches também foram vítimas da
expansão territorial do “homem branco”.
Além desses meios usados para atingir o aumento do território, os Estados Unidos entraram em guerra com o México pela disputa da região do Texas, no período entre 1846 e 1848. Durante a chamada Guerra
Mexicano-Americana, o México foi derrotado e obrigado a ceder
territórios que hoje correspondem ao Texas, Novo México, Arizona, Califórnia, Colorado, Utah e Idaho.
Essa expansão territorial americana, durante o século XIX, foi justificada por uma ideologia conhecida como Destino Manifesto. Formulada a partir do artigo de um jornalista chamado John O’Sullivan, essa concepção defendia a ideia de que os Estados Unidos eram uma nação predestinada por Deus para realizar as conquistas de novos territórios e formar uma grandiosa nação. Essa ideologia legitimava ainda a violência cometida contra os indígenas no oeste.
A ocupação do oeste americano coincidiu com a descoberta de ouro em locais como a Califórnia e Dakota do Sul. Esse acontecimento deu início a uma verdadeira corrida pelo ouro, e milhares de pessoas mudaram-se à procura de enriquecimento pela mineração. Em muitos casos, essas ocupações levaram a conflitos com os indígenas.
O governo americano incentivava esse processo migratório com ações como a Lei do Povoamento (Homestead Act), de 1862, a qual tinha a intenção de garantir a posse do oeste para a população branca. Essa lei definia que qualquer cidadão americano a partir de 21 anos poderia comprar terras nessa região por um preço baixíssimo, desde que habitasse a terra durante cinco anos.
Guerra da secessão
O século XIX, na história dos Estados Unidos, também foi marcado pela Guerra de Secessão que aconteceu entre 1861 e 1865. Os Estados do Norte e do Sul do país possuíam características e interesses totalmente distintos, que se
chocavam, por exemplo, na questão do uso da mão de obra escrava. Esse desentendimento ampliou-se com a ocupação do oeste americano.
Os estados sulistas queriam estender o uso da mão de obra escrava para os novos territórios, enquanto os nortistas
eram contrários a essa proposta. Isso levou a combates localizados no estado do Kansas, por exemplo, e,
quando Abraham Lincoln – considerado um abolicionista pelos sulistas – foi eleito presidente, os sulistas optaram pelo separatismo.
Em dezembro de 1860, o primeiro estado sulista declarou a secessão e foi acompanhado por outros estados. A guerra começou quando as tropas confederadas (sulistas)
atacaram as tropas da União (nortistas) em abril de 1861, em Fort Sumter. Esse conflito estendeu-se até 1865 e
encerrou-se com a derrota e reintegração dos sulistas à União. O saldo da guerra foi de 600 mil mortos.
Uma das grandes transformações que a Guerra da Secessão trouxe aos Estados Unidos foi a abolição da escravidão no país, por meio da determinação do presidente Abraham Lincoln, em 1863, com a guerra ainda em curso. A abolição da escravidão nos Estados Unidos foi ratificada em 1865, quando a 13ª Emenda Constitucional proibiu oficialmente o uso de escravos nos Estados Unidos.
Após a guerra, os estados sulistas passaram pela
reconstrução, devido a toda a destruição causada pela
guerra, e foram gradativamente recuperando seus
direitos políticos nos Estados Unidos. A sociedade
sulista reagiu com indignação ao fim do trabalho
escravo, e isso levou ao surgimento de grupos
segregacionistas, como o Ku Klux Klan, que
perseguiam a população afro-americana.
No fim do século XIX, os Estados Unidos entraram em
guerra contra a Espanha e, com sua vitória passaram a
dominar as Filipinas, Porto Rico e Cuba.
Em 1914, o estourou a Primeira Guerra Mundial. Antes da guerra, os Estados Unidos defendiam a política de “portas abertas” como a melhor solução para a forte concorrência imperialista. As autoridades do governo dos EUA
acreditavam que todos os imperialistas tinham direitos iguais na exploração dos territórios afro-asiáticos.
Os países europeus preferiam a guerra como solução. Nesse novo contexto, os Estados Unidos passaram a lucrar à custa da Primeira Guerra Mundial. Em um curto espaço do
tempo, as nações europeias necessitavam de enormes
quantidades de alimentos e armas para o conflito. Mesmo que permanecendo neutro, por uma questão de interesse e afinidade, o governo norte-americano exportava seus
O comportamento solidário dos EUA logo se aprofundou,
principalmente quando observamos o empréstimo de recursos financeiros para a guerra na Europa. Até esse momento, o
conflito se transformava em um evento bastante lucrativo e
benéfico para a economia norte-americana. No âmbito político, os Estados Unidos esperavam que a nação pudesse se fortalecer ainda mais ao possivelmente assumir a condição de
intermediadora dos tratados de paz.
Tais projeções mudariam de rumo no ano de 1917. Naquele ano,
os russos abandonaram a Tríplice Entente com o
desenvolvimento da Revolução Russa. Para as potências centrais, essa seria a oportunidade ideal para vencer o conflito. Não por acaso, os alemães puseram em ação um ousado plano de atacar as embarcações que fornecessem mantimentos e armas para a
Inglaterra. Nesse contexto, navios norte-americanos foram alvejados pelos submarinos da Alemanha.
Nesse momento a neutralidade norte-americana se tornava insustentável por duas razões fundamentais. Primeiramente, porque a perda das embarcações representava uma clara
provocação que exigia uma resposta mais incisiva do governo americano. Além disso, a saída dos russos aumentava o risco da Tríplice Entente ser derrotada e, consequentemente, dos
banqueiros estadunidenses não receberem as enormes
quantidades de dinheiro emprestado aos países em guerra.
No dia 6 de abril de 1917, os Estados Unidos declararam guerra
contra os alemães e seus aliados. Um grande volume de soldados, tanques, navios e aviões de guerra foram utilizados para que a vitória da Entente fosse assegurada. Em pouco tempo, as tropas alemãs e austríacas foram derrotadas. Em novembro de 1918, o armistício de Compiègne acertou a retirada dos alemães e a rápida vitória da Tríplice Entente.
A partir desta guerra os Estados Unidos tornaram-se uma