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Exmo. Sr. Dr. Procurador da República Ministério Público Federal do Rio de Janeiro/RJ

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Avenida Rio Branco, 181 - grupo 3103 - Centro - 20040-007 Rio de Janeiro RJ Tel +21 2524 2662 Fax +21 2524 2295 www.crissiuma.adv.br Exmo. Sr. Dr. Procurador da República – Ministério Público Federal do Rio de Janeiro/RJ

ANA – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROTEÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 17.958.793/0001-59, com endereço na Praça João Mendes, nº 52, 7º andar, conjunto 702, Centro, São Paulo/SP, vem respeitosamente a V. Exa., por seu advogado (cf. instrumento de mandato e atos constitutivos em anexo – doc. 01), com fundamento no artigo 5º, inciso II, do Código de Processo Penal, comunicar alguns fatos que constituem crimes e outros que também podem constituir delitos, os quais merecem a devida apuração.

A Requerente, como seu próprio nome sugere, é entidade representativa de investidores minoritários em todo o território nacional, incluindo acionistas da empresa Oi S.A. No exercício de sua função, a Requerente tomou conhecimento, através de seus associados, acerca de fatos que, por sua relevância, devem ser imediatamente comunicados a esta Procuradoria da República para a adoção das medidas legais pertinentes.

Como é de conhecimento público, no mês de junho do corrente ano (2016), a empresa Oi S.A., uma das maiores do país, ajuizou pedido de recuperação judicial, tendo sido deferido o seu processamento por decisão datada de 29.06.16, proferida pelo r. Juízo da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro/RJ. No referido pedido de recuperação judicial declarou-se a existência de uma dívida na ordem sessenta e cinco bilhões de reais (cf. petição inicial e decisão – doc. 02)1.

(2)

– 2 – É difícil compreender a magnitude do valor do endividamento da Oi S.A., empresa que possui atuação destacada no mercado de telecomunicações, e cuja atividade, aparentemente, não gera prejuízo. Todavia, determinados fatos, que resultaram em um significativo prejuízo aos acionistas minoritários, ao mercado de capitais e à economia nacional, revelaram-se criminosos e outros geraram fundadas suspeitas de crimes que merecem apuração.

A lamentável constatação que se faz é que em 2012, a empresa tinha uma dívida bruta no montante de R$ 32,9 bilhões, tendo duplicado este valor em cerca de quatro anos, alcançando, no ano de 2016, a inimaginável cifra de R$ 65 bilhões. Paralelamente, o preço da ação que, em abril de 2012 era negociado a R$ 142,002 (cento e quarenta e dois reais), no mesmo mês do ano de 2016 chegou ao valor de R$ 0,89 (oitenta e nove centavos).

É preciso apurar, com rigor, a origem e a evolução desta dívida bilionária, a qual não se adequa às atividades desempenhadas pela Oi S.A.. Além disso, deve-se investigar quais foram os atos praticados para que se alcançasse o valor de dívida citado. Alguns fatos, adiante explicitados, revelam a existência de crimes, bem como, há sólidas suspeitas da ocorrência de outros, que resultaram no brutal endividamento da empresa, cabendo a esta ilustre Procuradoria a iniciativa de apurar, quando for o caso, a autoria dos crimes e, no caso das suspeitas, se houve crimes e, em caso positivo, quem os cometeu.

I

Os fatos que merecem apuração pelo Ministério Público Federal

Comprovadas irregularidades – e suspeitas de outras – decorrentes da integralização do capital pela

empresa Pharol SGPS S.A na Oi S.A.

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– 3 – O 1º episódio:

Títulos “podres” da Rioforte aportados pela Portugal Telecom ao capital da Oi S.A.

Para a compreensão das circunstâncias que cercaram os fatos fraudulentos ocorridos na integralização de capital no ano de 2014, se faz mister retornar ao prelúdio desta história.

Em julho de 2010, a Portugal Telecom SGPS S.A. - atualmente denominada Pharol SGPS S.A., cujo controle pertencia ao renomado grupo português Espírito Santo (cf. página 95 do Relatório do Governo da Sociedade – doc. 033) - adquiriu 22,38% do capital da Oi S.A, tornando-se, assim, a maior acionista individual da telefônica brasileira.

A partir de então, a administração da Oi S.A. passou a ser dominada pelos portugueses, que seguiam as diretrizes ditada pelo CEO da Portugal Telecom, Zeinal Bava, muito próximo do então primeiro-ministro português José Sócrates, que, por sua vez, acabou preso por corrupção em Portugal.

Nos anos que se seguiram, Zeinal Bava começou a articular uma fusão entre a Oi S.A. e Portugal Telecom e, em junho de 2013, transferiu-se para o Brasil para acelerar esse processo, assumindo então o cargo de CEO da Oi.

A estrutura da operação de fusão previa um aumento de capital da Oi, através da realização de uma oferta pública de ações, da qual todos os acionistas da companhia poderiam participar. Nesta oferta, a Portugal Telecom integralizaria sua parte do aumento de capital através do aporte de determinados ativos e passivos ao capital social da Oi S.A. Desta forma, todos os bens, direitos e obrigações da Portugal Telecom seriam transferidos à companhia, e o único ativo da Portugal Telecom passaria a ser a sua participação na Oi S.A.

3 Íntegra do documento disponível em:

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– 4 – Em 06.05.2014 foi encerrada a “Oferta Pública de Ações” da Oi S.A e, como previsto, parte das ações emitidas pela companhia foi integralizada pela Portugal Telecom - atual Pharol SGPS S.A.: especificamente, a Pharol SGPS S.A. subscreveu aproximadamente 1.050.000.000 (um bilhão e cinquenta milhões) de ações ordinárias e 1.700.000.000 (um bilhão e setecentos milhões) ações preferenciais de emissão da Oi S.A, pelo preço de R$ 5.700.000.000,00 (cinco bilhões e setecentos milhões de reais), ampliando sua participação na companhia para 32% do capital social. (doc. 04).

O valor da integralização feita pela Pharol SGPS S.A, de R$ 5.700.000.000,00 (cinco bilhões e setecentos milhões de reais), foi aferido, à época, por estudo técnico que apontou o saldo, ou seja, a diferença existente entre os ativos e os passivos que compunham o patrimônio da PT/Pharol SGPS S.A., e que passariam (e passaram) a integrar o patrimônio da Oi S.A.

O referido estudo, realizado para conferência dos bens da PT/ Pharol SGPS S.A., elaborado pelo Banco Santander (doc. 05), concluiu que os ativos valiam, à época, aproximadamente R$ 27.991.000.000,00 (vinte e sete bilhões e novecentos e noventa milhões de reais), ao passo que os passivos correspondiam a aproximadamente R$ 22.421.000.000,00 (vinte e dois bilhões, quatrocentos e vinte e um milhões de reais)4, resultando em uma diferença positiva do citado valor de R$ 5.700.000.000,00 (cinco bilhões e setecentos milhões de reais) – valor este utilizado para integralização das ações subscritas pela Pharol SGPS S.A. no aumento de capital da Oi S.A..

Assim, a Pharol SGPS S.A, ao integralizar o capital social da Oi S.A., transferiu para a companhia um conjunto de ativos e passivos, que, em tese, equivaliam a um saldo positivo de R$ 5.700.000.000,00 (cinco bilhões e setecentos milhões de reais).

4

Veja-se que o laudo de avaliação do Santander indica, na pág. 7, que os ativos somavam EUR 8.579 bilhões e os passivos somavam EUR 6.872 bilhões. A conversão desses valores em moeda brasileira com base na taxa de conversão utilizada no próprio laudo, de 3,2628, fez com que os subscritores do referido laudo concluíssem que os bens valiam entre R$ 5,3 bilhões e R$ 5,9 bilhões, utilizando a metodologia de fluxo de caixa descontado.

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– 5 – Ocorre que, logo após a conclusão da Oferta Pública da Oi S.A. e da integralização das ações da companhia pela Pharol, através do aporte de ativos e passivos, vieram à tona inúmeros fatos graves, descritos a seguir, que comprometem a lisura da operação de integralização e do laudo de avaliação de ativos elaborado pelo Santander.

O valor do passivo da Pharol SGPS S.A. assumido pela Oi S.A., que correspondia a aproximadamente R$ 22.421.000.000,00 (vinte e dois bilhões, quatrocentos e vinte e um milhões de reais), manteve-se nos exatos termos em que avaliado. Ou seja, o passivo integralizado era real e não se alterou após aportado ao patrimônio da Oi S.A.

Contudo, a avaliação dos ativos, que correspondiam a aproximadamente R$ 28 bilhões (vinte e oito bilhões de reais), sofreu grande alteração, com drástica queda, causando significativo prejuízo para a companhia e seus acionistas, conforme se verá a seguir.

Menos de dois meses depois do encerramento da “Oferta Pública”, a Oi S.A. anunciou ao mercado que, entre as ativos aportados pela Portugal Telecom (Pharol SGPS S.A.) ao capital social da companhia, se encontravam títulos emitidos pela Rioforte Investiments S.A., no valor de EUR 897.000.000 (oitocentos e noventa e sete milhões de euros), equivalentes a cerca de R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais) ao câmbio da época.

Ocorre que, em 16 de julho de 2014, a Rioforte, subsidiária integral do Grupo Espírito Santo (que como se verá adiante; também era controlador da Portugal Telecom) teve sua falência decretada e deixou de honrar com suas obrigações. Como agravante, o investimento da Pharol SGPS S.A em títulos “podres” da Rioforte não constava das demonstrações financeiras divulgadas pela empresa, nem do laudo de avaliação elaborado pelo Banco Santander e muito menos do prospecto da Oferta Pública.

Ou seja, em curto período de tempo, que, como dito, foi menor do que dois meses, o saldo positivo considerado na fusão (cinco bilhões e setecentos milhões de reais) reduziu-se em mais da metade.

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– 6 – E isto se deu porque a Pharol SGPS S.A aportou os títulos “podres” da Riforte ao patrimônio da Oi S.A., sem o conhecimento dos acionistas minoritários, mas seguramente com o conhecimento do Grupo [português] Espírito Santo, e sabidamente, e confessamente, com conhecimento do CEO da Pharol SGPS S.A, Henrique Granadeiro, bem como de seu CFO, Pacheco de Melo.

Henrique Granadeiro e Pacheco de Melo eram subordinados de Zeinal Bava, ex CEO da PT/Pharol e presidente da Oi S.A. à época da integralização do aumento de capital com os títulos da Rioforte. Dessa forma, não é minimamente razoável ou crível aceitar que Zeinal Bava desconhecia a existência destes títulos, sendo certo que Henrique Granadeiro já declarou à CPI, que tramita no Parlamento Português para apurar responsabilidades acerca deste evento, que Zeinal Bava sabia dos investimentos na Rioforte5.

Importante ressaltar, novamente, que os acionistas minoritários da Oi S.A., ao menos aqueles que não possuíam representantes na administração da companhia, não tinham conhecimento de que estes títulos “podres” da Rioforte integravam os ativos aportados ao capital social da Oi pela Pharol SGPS S.A.. Isso porque, essa informação não constava das demonstrações financeiras divulgadas pela Pharol SGPS S.A., ou do laudo de avaliação do patrimônio elaborado pelo Santander.

Porém, é preciso apurar quais gestores das empresas diretamente envolvidas na fusão (Oi S.A. e Pharol SGPS S.A.) sabiam dos fatos, além dos confessos Henrique Granadeiro e Pacheco de Melo, CEO e CFO da PT/Pharol SGPS S.A à época dos eventos, e de Zeinal Bava, que, à época, era o CEO da Oi S.A. e chefe de Henrique Granadeiro e Pacheco de Melo dentro da estrutura do Grupo Portugal Telecom. Segundo a auditoria elaborada pela empresa PWC, todo o alto escalão da PT/Pharol e do Banco Espírito Santo sabia das operações com títulos podres6 (relatório em anexo – doc. 06).

5 http://cdibes.pt/index.php/inquerito-ao-bes-para-henrique-granadeiro-bava-sabia-dos-emprestimos-a-rioforte-2/ 6http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,pwc -indica-que-alto-escalao-da-pt-sabia-de-emprestimo-imp-,1617315

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– 7 – Além disso, o já mencionado Grupo Espírito Santo (controlador da Portugal Telecom na época da subscrição do aumento de capital da Oi S.A.) detinha a totalidade das ações de emissão da Rioforte

Investiments S.A. Ou seja, todas essas empresas fazem parte do mesmo grupo

econômico. A participação do Grupo Espírito Santo na Portugal Telecom pode ser identificada pelo Relatório da própria Portugal Telecom (Pharol SGPS S.A) (cf. doc. 03).

O Grupo Espírito Santo, portanto, tinha plena ciência, à época da Oferta Pública da Oi S.A., de que a Rioforte Investiments

S.A. estava na iminência de enfrentar gravíssimo processo de insolvência e

omitiu esta informação dos acionistas da Oi S.A. Curiosamente, pouquíssimo tempo depois da Oferta Pública que culminou na fusão das empresas, a Rioforte inadimpliu os títulos aportados pela Pharol SGPS S.A. ao patrimônio da Oi S.A. e teve a falência decretada pelo Judiciário de Luxemburgo, país onde está situada, considerado paraíso fiscal.

Veja-se a triangulação existente entre as empresas: o Grupo Espírito Santo detinha a totalidade da Rioforte

Investments S.A. e, ao mesmo tempo, era controlador da Portugal Telecom,

atual Pharol SGPS S.A.. A Portugal Telecom, então, adquiriu títulos “podres” da Rioforte (empresa que pertencia ao mesmo grupo), e os utilizou na integralização de capital da Oi S.A., sem informar que tais títulos estavam entre os ativos utilizados na integralização.

Embora a Pharol SGPS S.A. afirme ter sido enganada pela Rioforte no que tange aos citados títulos, pois afirma desconhecer que aqueles ativos (podres) perderiam repentinamente seu valor, a verdade é que a Portugal Telecom e a Rioforte pertenciam ao mesmo grupo econômico e eram comandadas pelo mesmo controlador.

Constata-se, aliás, que os membros do Conselho de Administração da Oi S.A., na época da integralização do aumento de capital da companhia pela Pharol SGPS S.A., também faziam parte do Conselho de Administração da própria Pharol SGPS S.A.. Há conselheiros (como Shakhaf Wine), que integravam os dois Conselhos de Administração (tanto da Oi quanto da Pharol), além do mesmo Presidente, Zeinal Abedin Mahomed Bava, conforme se verifica dos documentos em anexo (doc. 07) e,

(8)

– 8 – portanto, deveriam ter plena ciência da aquisição dos títulos “podres” da Rioforte pela Pharol SGPS S.A. e da utilização desses títulos na integralização do capital social da Oi, sem que isso tivesse sido informado aos acionistas da companhia ou no laudo de avaliação do Santander.

Para finalizar este inacreditável episódio fraudulento, apesar da PT/Pharol SGPS S.A. ter inadimplido em nada menos que 897 milhões de euros (que, sem juros e correção, equivalia a 3,6 bilhões de reais pelo câmbio da época em que a Oi S.A. entrou com o pedido de recuperação judicial) a Oi S.A., dirigida pelo mesmo grupo português que dirige a PT/Pharol SGPS S.A., não obrigou esta última a cumprir com a obrigação de aportar no capital da Oi a citada quantia.

Em vez disso, a Oi deu à PT/Pharol uma inacreditável “opção” de aportar os recursos, se a PT/Pharol quisesse: pior do que isso, deu à PT/Pharol a opção de comprar ações mais baratas da Oi, que estavam (e ainda estão) em tesouraria, se no mercado estivessem custando mais caro. Ou seja, deu a opção de, em vez de a PT/Pharol aportar os recursos com os quais inadimpliu, de ter lucro comprando mais barato e vendendo, imediatamente, mais caro as ações da Oi que ainda estão em tesouraria, em vez de a própria Oi obter capital vendendo as ações por um preço maior do que o ofertado na opção à PT/Pharol. Em resumo, no inacreditável contrato de opção, a Oi S.A. deu à PT/Pharol a oportunidade de mais uma vez lesar a companhia7.

Assim, verifica-se a existência de manobra absolutamente magistral: a PT/Pharol subscreveu o capital social da Oi e integralizou as ações através do aporte de títulos “podres” da Rioforte, sem o conhecimento dos acionistas, e omitidos no laudo do Banco Santander, alcançando participação societária de cerca de 32% da Oi S.A. Dois meses depois, anunciou-se o vencimento dos referidos títulos e o default da Rioforte, o que resultou em u m prejuízo de cerca de três bilhões de reais para companhia. Em seguida, a PT/Pharol, em vez de pagar à Oi S.A. o valor equivalente aos títulos da Rioforte, simplesmente devolveu cerca de 10% das ações subscritas – momento em que esse percentual, evidentemente, não correspondia à redução operada nos ativos da companhia – , e recebeu da

7

Como o preço em mercado da Oi está menor do que o da opção de compra das ações, a Pharol SGPS não teria lucro e, obviamente, não exerceu o direito de comprar as ações em tesouraria, que ela mesmo devolveu à Oi S.A..

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– 9 – companhia uma opção de compra dessas mesmas ações.

Em outras palavras, a companhia, lesada pela PT/Pharol em razão da integralização com títulos “podres”, continuou sem receber cerca de três bilhões de reais – com os quais estava contando desde o aumento de capital - e, além disso, ainda teve que manter parte das ações emitidas na Oferta Pública em tesouraria, gravadas com uma opção de compra para a própria PT/Pharol, ou seja, sem possibilidade de vender tais ações para outro investidor.

Ao cabo, em vez de cobrar aquela que inadimpliu, a Oi deu um prêmio à inadimplente, permitindo que viesse a ter lucro imediato com as ações, às custas da própria companhia e de seus acionistas. Ainda que tenha devolvido parte das ações, que passaram à tesouraria da Oi S.A., a PT/Pharol SGPS inadimpliu o compromisso de aumento de capital em ativo circulante, de alta liquidez, equivalente a três bilhões de reais. Este inadimplemento em conjunto com a dívida aportada na Oi S.A. pela PT/Pharol SGPS, causou sérios problemas de liquidez à companhia brasileira.

É evidente que este absurdo somente foi possível porque a Oi não tem uma administração que defende seus interesses, mas sim os interesses da PT/Pharol em Portugal. Hoje, a Oi S.A. assume o prejuízo decorrente da integralização com títulos “podres” da Rioforte, que seguramente contribuiu para o pedido de recuperação judicial da companhia, como perda efetiva, já lançada contabilmente. Seus administradores, que são, ainda hoje, os mesmos da PT/Pharol – conforme se pode extrair da tabela abaixo (cf. doc. 08), não adotaram qualquer medida para reaver esses valores da PT/Pharol:

Conselho da Oi Conselho da Pharol

José Mauro M. Carneiro da Cunha José Mauro M. Carneiro da Cunha Ricardo Malavazi Martins Ricardo Malavazi Martins

Luís Maria Viana Palha da Silva Luís Maria Viana Palha da Silva Rafael Luís Mora Funes Rafael Luís Mora Funes

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– 10 – André Cardoso de Menezes Navarro André Cardoso de Meneses Navarro

Pedro Zañartu Gubert Morais Leitão Pedro Zañartu Gubert Morais Leitão

Thomas Cornelius A. Reichenheim João do Passo Vicente Ribeiro Marcos Grodetzky Maria do Rosário Pinto Correia

Jorge Freire Cardoso Francisco Ravara Cary

A PT/Pharol, por sua vez, está processando, em Portugal, a auditora Deloitte, o ex-CEO Zeinal Bava, o também ex-CEO Henrique Granadeiro e o ex-CFO Pacheco de Melo, por conta dos ativos “podres” negociados e incorporados ao patrimônio da Oi S.A8

. Assim, a Pharol pode vir a reaver danos causados por tais administradores, enquanto, na realidade, o prejuízo foi sofrido pela Oi e não pela Pharol.

Para fazer frente aos problemas de fluxo de caixa advindos dos fatos citados até aqui, a Oi S.A. se viu, então, obrigada a colocar à venda, ainda em 2014, os recém-aportados ativos da Portugal Telecom em Portugal, sepultando assim, quase que imediatamente após ao famigerado “aumento de capital”, a ideia falaciosamente vendida aos acionistas minoritários, de que a incorporação transformaria a Oi S.A. em uma companhia transcontinental, com presença na Europa. Ficou mais claro, então, o golpe.

Na alienação dos ativos em Portugal ficou patente, mais uma vez, a imperícia do Banco Santander, com fortes indícios de atuação criminosa desta instituição, bem como indícios de mais fraudes por parte da Pharol SGPS S.A. na integralização das ações emitidas pela Oi S.A., conforme será exposto adiante.

O 2º episódio:

Novo “equívoco” do Banco Santander ao avaliar os ativos aportados pela Pharol SGPS S.A. ao capital da Oi

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– 11 – Divergência de 4 bilhões de reais na venda dos ativos recém aportados ao

capital da Oi S.A para a empresa Altice S.A

Cerca de seis meses após o expressivo prejuízo assumido pela Oi S.A decorrente da inconsistência dos títulos da Rioforte, omitido no laudo do Banco Santander, outra insubsistência gritante do laudo foi percebida pelos acionistas minoritários.

Como consequência da fracassada operação dos títulos da Rioforte, associado à necessidade de equacionamento das dívidas aportadas pela PT/Pharol ao capital da Oi S.A., a companhia se viu obrigada a se desfazer de ativos para resolver o problema de liquidez que tomou conta de seu fluxo de caixa. Optou-se, então, pela venda dos ativos em Portugal, que haviam sido aportados ao capital da Oi pela Pharol.

Assim sendo, seis meses depois da avaliação dos ativos pelo Banco Santander, os ativos em Portugal, avaliados para fins de integralização do aumento de capital da Oi em 20 bilhões de reais, foram, seis meses depois desta avaliação, vendidos para a Altice S.A. por 16 bilhões de reais. Uma diferença significativa de 4 bilhões, que, u ma v e z mais, consubstanciou prejuízo a ser amargado pela Oi S.A..

Ficou, mais uma vez, evidente o erro na avaliação dos ativos, fato que merece rigorosa investigação, uma vez que esta extrema imperícia do Santander (para dizer o mínimo), contribuiu de forma decisiva para a recuperação judicial da Oi S.A.

Esta mesma imperícia, por ser altamente improvável, vinda de uma instituição de renome como o Banco Santander, levanta forte suspeita sobre a avaliação, em suposto conluio com aqueles que a encomendaram. Por este motivo, a investigação é primordial, levando a Requerente estes fatos ao conhecimento desta ilustre Procuradoria da República para a correta apuração e conclusão, a fim de apurar se houve somente extrema imperícia por parte dos representantes do Banco Santander, ou se houve a prática de ato criminoso.

O impacto contábil do prejuízo de 4 bilhões de reais decorrente da venda dos ativos em Portugal para a Altice justificou pedido

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– 12 – da Oi S.A à ANATEL para redução de seu capital (doc. 09). Somado ao anterior desfalque de 3 bilhões de reais relativos aos títulos “podres” da Rioforte os prejuízos causados pela PT/Pharol à Oi S.A. já alcançavam a inacreditável cifra de cerca de 7 bilhões de reais.

O 3º episódio:

Ativos da Pharol SGPS S.A na África que não

correspondem aos valores aportados ao patrimônio da Oi S.A

Não bastassem os “erros” referentes aos títulos da Rioforte e aos ativos em Portugal, outro fato suspeito envolvendo os ativos utilizados pela Pharol SGPS S.A. para integralizar o capital da Oi S.A. foi identificado pelos acionistas minoritários. Os ativos detidos pela empresa na África e na Ásia, avaliados inicialmente em cerca de cinco bilhões de reais, na verdade possuem valor de mercado irrisório.

Constou como ativo da Pharol SGPS S.A. na época da conferência de bens ao capital social da Oi S.A., participação de 75% (setenta e cinco por cento) no capital da empresa Africatel GmbH &

Co. KG, detentora, por sua vez, de relevante participação em empresas de

telecomunicações na África, incluindo 25% (vinte e cinco por cento) do capital da Unitel S.A. (cf. pág. 21 do laudo de avaliação – doc. 05).

Todavia, apenas após a conclusão da Oferta Pública é que se tomou conhecimento de que a participação da Pharol nas empresas africanas estava praticamente inviabilizada em razão de inúmeros litígios, problemas societários, dentre outras adversidades, que comprometem sobremaneira a lucratividade dos referidos investimentos.

Ad exemplum, cite-se que o contrato de

concessão da Unitel S.A, venceu em 2012, não foi renovado (cf. pág. 36 do Formulário de Referência 2015 da Oi S.A. – doc. 10). Não há, desde 2012, distribuição de dividendos ao grupo composto pela Pharol (cf. pág. 31/32 do Formulário de Referência 2015 da Oi S.A. – doc. 11). A subsidiária do grupo português perdeu em 2014, por desavenças societárias, o direito de voto em assembleias da Unitel S.A. e, assim, não consegue eleger um

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– 13 – único administrador da companhia (cf. pág. 33 do Formulário de Referência 2015 da Oi S.A.- doc. 129).

Há, ainda, demanda em curso num Tribunal Arbitral envolvendo a Unitel S.A. que, se for julgada em desfavor da Oi S.A., poderá obrigar a companhia “a vender a sua participação acionária na

Unitel a um preço significativamente inferior ao montante que a Companhia registrou em suas Demonstrações Financeiras com relação ao investimento indireto na Unitel” (cf. pág. 32 do Formulário de Referência 2015 da Oi S.A.-

doc. 11).

Em resumo, o patrimônio da Pharol SGPS S.A., avaliado pelo Banco Santander, que era constituído por cerca de 28 bilhões de reais de ativos e 22 bilhões de reais de passivo, acabou por se revelar deficitário. A cada episódio se constata que a avaliação patrimonial está eivada de incontáveis vícios. O laudo de avaliação elaborado pelo Santander, evidentemente, não reflete o valor real dos ativos aportados ao capital da Oi, levando a graves suspeitas de superavaliação dos bens.

Cumpre informar, ainda, que a Oi S.A. apurou, no ITR do 2º semestre de 2014, que a mera alocação contábil do valor atribuído aos bens aportados pela Pharol SGPS S.A., ajustada em 05.05.2014, seria negativa em aproximadamente R$ 2.800.000.000,00 (dois bilhões e oitocentos milhões de reais).

Isto permite concluir que, mesmo antes dos eventos ocorridos após o aumento de capital, que deixaram evidente a superavaliação dos ativos da Pharol SGPS S.A., já à época da integralização, uma avaliação correta dos bens conduziria a um saldo negativo de R$ 2.800.000.000,00 (dois bilhões e oitocentos milhões de reais), e não a um saldo positivo de R$ 5.700.000.000,00 (cinco bilhões e setecentos milhões de reais), como a Pharol e o Banco Santander levaram os acionistas a crer.

Assim, a própria Oi S.A., em 05.05.2014, reconheceu que o aumento de capital foi subscrito pela Pharol com um ágio de aproximadamente R$ 10.500.000.000,00 (dez bilhões e quintos

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– 14 – milhões de reais).

O passivo assumido pela Oi S.A. advindo da Pharol SGPS S.A, por outro lado, revelou-se firme e inalterado, o que, em um curto lapso temporal, agravou demasiadamente a dívida da companhia. Esta dívida, que em março de 2014 era de aproximadamente 36 bilhões de reais, em setembro do mesmo ano, ou seja, apenas seis meses depois, evoluiu para quase 70 bilhões de reais, um aumento próximo a 100%!

Fatos adicionais e importantes à condução da investigação

Ricardo Salgado, responsável pelo comando do Grupo Espírito Santo, é investigado por fraude fiscal e lavagem de dinheiro desde 2011, no âmbito da denominada operação Monte Branco, que decorre da Operação Furação, deflagrada em Portugal no ano de 2005.

No curso de investigação, em trâmite perante autoridades portuguesas, o ex- responsável pela gestão da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, afirmou, peremptoriamente, não ter dúvida de que Zeinal Bava teria conhecimento a respeito da inconsistência dos títulos da empresa Rioforte, assumindo, ainda, parte da responsabilidade. Este fato é gravíssimo e reforça a ideia de que, na condução da Oi S.A., e paralelamente da Pharol SGPS S.A., Zeinal Bava permitiu a integralização do capital da Oi com aporte de títulos da Rioforte que sabia serem “podres”.

Importante registrar que, em outubro de 2014, Zeinal Bava, após a falaciosa e malsucedida operação dos títulos da Rioforte, pediu demissão da Oi S.A., fechando um acordo em que se comprometeu a não trabalhar no setor de telecomunicações por três anos (que expira, portanto, em outubro de 2017), recebendo, em contrapartida, um bônus de 5,4 milhões de euros a serem pagos pela Oi.

Curiosa e lamentavelmente, com possível participação na operação suspeita da Rioforte e nos demais fatos aqui relatados, Zeinal Bava é, atualmente, o maior credor trabalhista da companhia, com crédito de cerca de 17 milhões de reais!

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– 15 – Um dia após a demissão de Zeinal Bava, a empresa Espírito Santo Financial Group, holding através da qual a família Espírito Santo controlava o Banco Espírito Santo, declarou sua falência.

Houve instauração de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no âmbito da Câmara dos Deputados de Portugal para apurar o escândalo, que automaticamente, atinge a condução dos negócios da Oi S.A.

A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) também instaurou inquérito sobre os fatos em Portugal, motivando o chamamento de diversos executivos para prestar depoimento, com troca de acusações.

Em março, Granadeiro, um dos homens mais importantes da Portugal Telecom, tendo ocupado a Presidência do Conselho de Administração, admitiu na CPI que Ricardo Salgado teria solicitado a transferência das aplicações da Pharol na Espirito Santo Internacional para os títulos podres da Rioforte.

Isto induz os acionistas minoritários da Oi S.A, diante da função que exercem, zelando pelo patrimônio da companhia, ao contrário de seus controladores, a comunicar, através desta petição, estes fatos ao Ministério Público Federal, a fim de que se apure toda a origem e evolução da dívida aportada pela Pharol ao patrimônio da Oi S.A., apurando se houve crime e quem seriam seus autores.

O aporte de capital subscrito pela Pharol SGPS S.A. deu a ela o poder de controlar a Oi S.A.. Esse poder decorre do número de ações subscritas pela Pharol no aumento de capital da Oi, cujo valor refletia a diferença entre o valor dos ativos e o valor dos passivos aportados pela Pharol no capital da companhia, no montante total de 5,7 bilhões de reais. Porém, constatou-se posteriormente que o valor dos ativos não era de 28 bilhões de reais, e consequentemente a diferença não era positiva em 5,7 bilhões.

Lamentavelmente, os controladores da empresa, que estavam à frente da administração da Oi na época da integralização do

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– 16 – capital pela Pharol, continuam no comando da companhia, dificultando, sua recuperação.

Apesar de parecer favorável da ANATEL, o Conselho de Administração da Oi, controlado pelos membros que também são administradores da Pharol, vem se recusando a convocar uma Assembleia Geral requerida por um dos acionistas da companhia, cuja ordem do dia é justamente afastar os executivos portugueses da administração da Oi, a fim de evitar que eventuais fatos, documentos ou informações sejam omitidos do Juízo da recuperação judicial ou desta ilustre Procuradoria da República, que deve tomar conhecimento de tudo para melhor apuração dos fatos.

A Requerente lamenta o início do processo de recuperação de uma das maiores empresas brasileiras, que seguramente não deveria estar nessa situação, mormente porque, at é o “aumento de capital ” da Pharol SGPS S.A, gerava lucros (doc. 13), e em seguida passou a amargar enorme e indevido prejuízo.

Conclusão

Não há dúvida alguma de que a Oi S.A, e consequentemente seus acionistas minoritários, o mercado de capitais, que se insere no Sistema Financeiro Nacional, foram indiscutivelmente atingidos pelos fatos (um deles, seguramente, criminoso) aqui noticiados, restando a devida identificação da respectiva autoria.

Entre aqueles que devem ser investigados, por sua incontestável participação nos fatos aqui apurados, estão ao menos os membros que já ocuparam o conselho de administração da Oi e da Pharol desde a época da avaliação de ativos da Pharol SGPS S.A. para integralização do aumento de capital da Oi.

É fato comprovado que os títulos da Rioforte eram “podres”, bem como que os ativos em Portugal e na África tinham com sérios problemas – inclusive com concessão vencida – e foram superavaliados. Tais informações, contudo, não constaram no laudo de avaliação do Santander

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– 17 – e nem mesmo no prospecto de aumento de capital da Oi S.A.. Ou seja, foram ocultados dos acionistas minoritários da companhia.

Por sua vez, os representantes do Banco Santander, responsáveis pela elaboração do laudo foram, no mínimo, extremamente incompetentes, em não citar a existência dos títulos, revelando-se extrema imperícia (quiçá crime) por não terem mencionado a existência dos problemas dos ativos africanos e também ao avaliar de forma errônea os ativos em Portugal.

Além da responsabilidade dos representantes do Banco Santander pelos prejuízos causados à Oi S.A. os administradores da PT/Pharol SGPS S.A, a quem não é dado o direito de alegar ignorância sobre seus próprios ativos, também merecem ser investigados, pois conforme restou claro na CPI em Portugal, em especial com o depoimento de Henrique Granadeiro, eles possuíam conhecimentos das fraudes com os títulos da Rioforte e ainda assim, deixaram que tais ativos fossem superavaliados e, posteriormente, utilizados na integralização do capital da Oi S.A.

Além do dever de lealdade e diligência definidos na Lei nº 6.404, bem como todos aqueles deveres bem especificados nos artigos 150 e 160, destaca-se o inciso II do artigo 155:

“Art. 155. O administrador deve servir com

lealdade à companhia e manter reserva sobre os seus negócios, sendo-lhe vedado:

(...)

II - omitir-se no exercício ou proteção de direitos da companhia.”

A omissão dos administradores em acionar os responsáveis pelo aporte dos títulos poderes da Rioforte ao capital da Oi e pela superavaliação dos ativos em Portugal e na África (Santander e a PT/Pharol SGPS S.A.) para que a companhia fosse ressarcida dos prejuízos causados, além do conhecimento daqueles que permitiram que esses ativos fossem aportados ao patrimônio da Oi S.A, deve ser apurada sob o aspecto criminal.

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– 18 – A relevância jurídico-penal da investigação acerca da omissão das pessoas citadas fica ainda mais evidente diante do fato de que a Pharol SGPS S.A ingressou, na Corte de Portugal com ação de reparação contra a empresa Delloite, além de Henrique Granadeiro, Zeinal Bava e Pacheco de Melo para ser ressarcida no caso dos títulos podres da Rioforte. Esta iniciativa, aliás, fartamente noticiada (ou seja, de domínio público), foi adotada pela Pharol SGPS S.A. e não pela Oi S.A., mesmo existindo sete conselheiros exercendo, concomitantemente, funções no Conselho de Administração de ambas as empresas (Oi e Pharol). A Oi S.A, de forma incompreensível, ignorou a perda ocorrida e não buscou reaver os valores.

Destarte, é preciso que se apure, com rigor, os fatos ora narrados, devendo-se apontar a responsabilização penal dos envolvidos.

Rio de Janeiro, 02 de agosto de 2016.

ANA – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROTEÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS

Marcos Vidigal de Freitas Crissiuma OAB/RJ 130.730

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