• Nenhum resultado encontrado

ÓXIDO DE MAGNÉSIO COMO LIGANTE HIDRÁULICO ALTERNATIVO AO CIMENTO DE ALUMINATO DE CÁLCIO EM CONCRETOS REFRATÁRIOS DE ALTA ALUMINA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ÓXIDO DE MAGNÉSIO COMO LIGANTE HIDRÁULICO ALTERNATIVO AO CIMENTO DE ALUMINATO DE CÁLCIO EM CONCRETOS REFRATÁRIOS DE ALTA ALUMINA"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

ÓXIDO DE MAGNÉSIO COMO LIGANTE HIDRÁULICO ALTERNATIVO AO CIMENTO DE ALUMINATO DE CÁLCIO EM CONCRETOS REFRATÁRIOS DE

ALTA ALUMINA

L. B. Consonni1, A. P. da Luz1, V. C. Pandolfelli1 1Departamento de Engenharia de Materiais - UFSCar

Rua XV de Novembro, 2355, São Carlos, SP – Brasil, 13560-241, leoconsoni@gmail.com

RESUMO

O cimento de aluminato de cálcio (CAC) é o ligante hidráulico mais empregado em composições de concretos refratários, mas a sua utilização é evitada em alguns sistemas porque o óxido de cálcio (CaO) pode favorecer a formação de fases de baixo ponto de fusão. Neste contexto, o óxido de magnésio (MgO) aparece como uma alternativa já que pode sofrer hidratação na presença de água, gerando brucita [Mg(OH)2] e, assim, atuar como ligante e propiciar adequada resistência mecânica a

verde. Este trabalho avaliou diferentes composições vibradas de concretos aluminosos contendo um teor de 6 %-p de ligantes. Os melhores resultados de resistência mecânica a verde foram obtidos com um teor de 6 %-p de fumos de MgO, cujos valores se aproximaram daqueles obtidos para a composição com 6 %-p de cimento. Apesar disso, as composições contendo MgO apresentaram um comportamento termomecânico inferior ao concreto de referência na faixa de temperatura de 300-1500°C.

Palavras-chave: concreto refratário aluminoso, ligante hidráulico, cimento de

(2)

INTRODUÇÃO

Concretos refratários são comumente constituídos por agregados e partículas finas de granulometria adequada contendo cimento refratário, o qual atua como um ligante na composição [1]. O cimento de aluminato de cálcio (CAC) é um dos ligantes hidráulicos mais utilizados porque propicia boa resistência mecânica a verde por meio da formação de compostos hidratados e em curto período de tempo (24h) [2]. Contudo, a presença de óxido de cálcio (CaO) oriunda do cimento deve ser evitada em alguns sistemas, principalmente aqueles contendo sílica (SiO2), já que pode

favorecer a formação de fases com baixo ponto de fusão, as quais prejudicam a refratariedade do material [3].

Sendo assim, uma possível alternativa é a utilização do óxido de magnésio (MgO) como ligante hidráulico já que ele pode sofrer hidratação na presença de água (Equação A), gerando brucita [Mg(OH)2], a qual propiciaria adequada resistência

mecânica a verde aos concretos. Porém, a expansão volumétrica (+19% [4]) oriunda da formação desse composto pode levar ao trincamento do refratário durante as etapas de cura e secagem. A fim de evitar esse problema, pode-se adotar duas medidas: (i) induzir a formação de brucita antes do enrijecimento completo das composições, quando ainda há liberdade para acomodação deste hidróxido na microestrutura, evitando-se assim a geração de tensões, e/ou (ii) mudar a morfologia dessa fase através do controle do pH da solução, da temperatura e do uso de agentes hidratantes. Santos et al. [5] relatou que ácidos carboxílicos podem ser adsorvidos na superfície do MgO em meio aquoso, proporcionando mais sítios para a nucleação de brucita e, consequentemente, limitando o crescimento desses cristais. Dentre os ácidos fórmico, acético e propiônico, o primeiro foi mais eficiente no controle da hidratação do MgO já que permitiu a formação de maior número de sítios [5].

MgO + H2O  Mg(OH)2 (A)

Nesse âmbito, este trabalho buscou avaliar a viabilidade da substituição do cimento de aluminato de cálcio (CAC) por novas fontes de óxido de magnésio como ligante hidráulico em composições de concretos refratários aluminosos. Analisou-se o efeito ligante dessas matérias-primas e o desempenho termomecânico das composições numa ampla faixa de temperatura (50-1500°C). Como fontes de óxido

(3)

de magnésio utilizou-se fumos de magnésia [pó do óxido (d < 3 µm) resultante da produção de magnésia eletrofundida] e sínter de magnésia (d < 75 µm). Adicionou-se um teor de 6%-p dessas matérias-primas considerando que, com esse valor, deve-se obter, por meio da reação entre alumina (Al2O3) e magnésia (MgO), 21%-p de

espinélio (MgAl2O4) na microestrutura final. O teor ótimo de espinélio que melhora a

resistência à corrosão de refratários aluminosos encontra-se entre 20-25%-p [6].

MATERIAIS E MÉTODOS

Formulação e confecção dos corpos de prova

Conforme a Tabela 1, quatro composições vibradas foram formuladas a partir do modelo de distribuição de partículas de Alfred (q = 0,26 [2]). Duas fontes de alumina foram adicionas às composições: aluminas tabulares (T60, Almatis, Alemanha) grosseira (d < 6 mm) e fina (d < 0,045 mm) e alumina calcinada (CL370, Almatis, Alemanha). Cimento de aluminato de cálcio (CAC, Secar 71, Kerneos, França), fumos de magnésia (MgO, d < 3 µm, RHI Magnesita, Brasil) e/ou sínter de magnésia (MgO, d < 75 µm, RHI Magnesita, Brasil) foram adicionados como ligantes nas composições. A Tabela 2 apresenta informações adicionais sobre as duas fontes de óxido de magnésio utilizadas.

Tabela 1: Informações gerais das composições elaboradas e avaliadas neste trabalho.

Matérias-primas (%-p) 6CAC (ref.) 6FM 6M 1FM+5M

Alumina tabular (d < 6 mm) 88,0 88,0 88,0 88,0

Alumina calcinada (CL370) 6,0 6,0 6,0 6,0

Cimento de aluminato de cálcio

(Secar 71) 6,0 - - -

Fumos de MgO - 6,0 - 1,0

Sínter de MgO - - 6,0 5,0

Dispersante (Castament® FS60) 0,2 0,2 0,2 0,2

Teor de água destilada (%-p) 4,4 - - -

(4)

Teor de ácido fórmico na solução

aquosa (%-p) - 3,0 2,0 2,0

Fluidez (%) 137 120 171 162

Tabela 2: Composição química e propriedades físicas das fontes de óxido de magnésio utilizadas.

Óxidos (%-p) Fumos de magnésia (FM) Sínter de magnésia (M)

CaO 0,61 0,80

MgO 97,34 98,12

SiO2 0,64 0,34

Outros 1,41 0,74

CaO:SiO2 (razão molar) 1,01 2,52

Propriedades

Área superficial específica

(m²/g) 5,60 0,56

Tamanho de partícula (µm)

d10 0,25 1,77

d50 0,80 15,22

d90 2,96 50,49

As matérias-primas foram homogeneizadas a seco durante 1 minuto e misturadas a úmido por 3 minutos num reômetro [7]. No caso das composições contendo fumos de magnésia ou sínter deste óxido, adicionou-se uma solução aquosa de ácido fórmico (massa molar: 46 g/mol, pureza 85%, Labsynth, Diadema, Brasil) durante o processo de mistura a fim de controlar a hidratação da magnésia para evitar o trincamento das amostras. A quantidade de água ou solução aquosa de ácido fórmico adicionada e a fluidez vibrada (ASTM 1445) obtida são apresentadas na Tabela 1. Por fim, barras (150 mm X 25 mm X 25 mm) foram moldadas sob vibração e, então, curadas a 50°C por 24h (em ambiente úmido no caso das composições contendo CAC, umidade relativa ~80%), secadas a 110°C por 24h e queimadas na faixa de temperatura 300-1500°C durante 5h.

(5)

Resistência mecânica, porosidade aparente e variação linear dimensional A fim de avaliar o efeito ligante do CAC e do MgO, amostras a verde foram submetidas aos ensaios de resistência a flexão por 3 pontos a frio (ASTM C133-97) e de porosidade aparente (ASTM C380-00, com imersão das amostras em querosene). As amostras queimadas na faixa de temperatura 300-1500°C também foram submetidas aos mesmos ensaios para avaliação de suas propriedades mecânicas, sendo que, no caso do ensaio de porosidade, essas amostras foram imersas em água. Além disso, a variação linear dimensional (VLD, ASTM C113-14) das amostras (baseando-se nas medidas de comprimento antes e após a queima nas diferentes temperaturas por 5h) foi avaliada a fim de se identificar a influência das transformações de fase esperadas na dimensão destes materiais.

Evolução do módulo elástico com a temperatura

Com o intuito de acompanhar as mudanças no valor do módulo elástico (E) com a temperatura, amostras apenas curadas e secas a 110°C/24h foram submetidas ao ensaio por ressonância de barras (Scanelastic, ATCP, Brasil) de acordo com a norma ASTM C 1198-91. As amostras foram aquecidas entre 30-1400°C ao ar (pO2 = 0,21

atm) com uma taxa de aquecimento/resfriamento de 2°C/min.

Propriedades termomecânicas

O módulo de ruptura a quente (MRQ, ASTM 583) foi obtido por meio do ensaio de flexão por 3 pontos (equipamento HBTS 422, Netzsch, Alemanha) nas respectivas temperaturas de queima. Além disso, as amostras queimadas a 1500°C foram submetidas a 10 ciclos de choque térmico a 1025°C (∆T~1000°C). Para acompanhar o decaimento do módulo elástico em função do número de ciclos de choque térmico, as amostras foram ensaiadas, a temperatura ambiente, pelo método de ressonância de barras (Scanelastic, ATCP, Brasil).

(6)

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Resistência mecânica, porosidade aparente e variação linear dimensional

A Figura 1 apresenta os resultados de módulo de ruptura a frio, porosidade aparente e variação linear dimensional para as amostras após queima na faixa de temperatura 50-1500°C. 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 R e si st ênc ia m ec âni ca ( M P a) Temperatura (°C) 6CAC 6FM 6M 1FM+5M 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 P or os idade apar ent e ( % ) Temperatura (°C) 6CAC 6FM 6M 1FM+5M 300 600 900 1200 1500 -1,0 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 V L D ( %) Temperatura (°C) 6CAC 6FM 6M 1FM+5M

Figura 1: Módulo de ruptura a frio (a), porosidade aparente (b) e variação linear dimensional (c) das composições após cura (50°C/24h), secagem (110°C/24h) e queima na faixa de temperatura 300-1500°C.

Percebe-se que a composição 6FM apresenta resistência mecânica a verde similar à 6CAC (10,7 ± 0,5 MPa contra 8,3 ± 0,3 MPa após a cura e 12,0 ± 0,6 MPa contra 17,7 ± 1,4 MPa após a secagem), o que evidencia o potencial efeito ligante dos fumos de magnésia através da formação de brucita. Já a composição 6M apresenta resultados muitos inferiores (1,2 ± 0,1 MPa após a cura e 3,4 ± 0,1 MPa após a secagem), um indício da menor reatividade do sínter de magnésia em relação aos

(a) (b)

(7)

fumos, o que é uma decorrência da diferença entre as áreas superficiais específicas dessas matérias-primas (0,56 m²/g e 5,6 m²/g, respectivamente), como mostra a Tabela 2. Isso é corroborado quando se faz a mistura 1FM+5M, a qual proporciona melhores resultados em relação à 6M, sendo que o teor de fumos é inferior em relação ao sínter, pois o segundo, por ser menos reativo, apresentou menor probabilidade de formação de trincas no concreto.

Entre 300 e 600°C, percebe-se uma queda na resistência mecânica das composições contendo óxido de magnésio decorrente da decomposição da brucita. Nas temperaturas 900, 1200 e 1500°C os valores dessa propriedade não apresentam mais nenhum incremento expressivo. Esse fato pode ser relacionado à maior expansão dessas amostras em relação à composição 6CAC (Figura 1c), o que resultou em valores superiores de porosidade e, consequentemente, resistência mecânica inferior. A maior expansão dentre as composições avaliadas foi detectada para 6FM após queima a 1500°C (1,2-1,8%) e decorre da formação in-situ de espinélio (MgAl2O4), cuja reação (B) é acompanhada de grande expansão volumétrica

(+8% [8]).

MgO + Al2O3  MgAl2O4 (B)

Já no caso da composição 6CAC, há uma queda na resistência mecânica entre 110 e 300°C devido à decomposição de compostos hidratados (C2AH8, C3AH10 e

AH3, sendo C = CaO, A = Al2O3 e H = H2O) e, com o aumento da temperatura de

queima até 1200°C há poucas variações nessa propriedade. Após queima a 1500°/5h, observou-se um grande salto no valor de resistência mecânica devido à formação dos compostos de aluminato de cálcio (reações C-E), principalmente hexaluminato de cálcio (CA6), constituindo-se fortes ligações cerâmicas entres os componentes desse

concreto. A reação de formação do CA6 (C) é expansiva (+3% [9]), implicando numa

leve expansão do material (Figura 1c) e, consequentemente, num aumento da porosidade (Figura 1b).

CaO + Al2O3  CaO.Al2O3 (C)

CaO.Al2O3 + Al2O3  CaO.2Al2O3 (D)

(8)

Evolução do módulo elástico com a temperatura

A fim de acompanhar a decomposição de compostos hidratados e a formação de novas fases, a Figura 2 apresenta a evolução do módulo elástico (E) em função da temperatura para amostras num primeiro ciclo de aquecimento/resfriamento.

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 0 20 40 60 80 100 120 140 6CAC 6FM 6M 1FM+5M E (G Pa ) Temperatura (°C)

Figura 2: Evolução do módulo elástico em função da temperatura para amostras curadas a 50°C/24h e secas a 110°C/24h.

A análise da Figura 2 permite constatar que as composições 6CAC e 6FM apresentam valores iniciais de E superiores aos das outras composições, o que pode ser justificado por um efeito ligante mais efetivo já que os hidratos formados [C2AH8,

C3AH10 e AH3 no caso de 6CAC e Mg(OH)2 no caso de 6FM] preenchem os poros

(Figura 1b) e, assim, propiciam melhor resistência mecânica a verde (Figura 1a). Nas composições 6M e 1FM+5M também houve a formação de brucita, mas ela é menos intensa já que tanto a resistência mecânica a verde quanto os valores inicias de E são inferiores. Com menor quantidade de brucita formada, a queda no valor do módulo elástico é menos acentuada para essas composições em relação a 6CAC e 6FM na faixa de temperatura 200-400°C, na qual ocorre a decomposição dos hidratos.

Além disso, em acordo com os resultados de resistência mecânica, as composições contendo óxido de magnésio apresentam um pequeno aumento no módulo elástico somente acima de 1200°C decorrente da formação de espinélio, a qual provoca uma expansão exagerada (Figura 1c) do material e, assim, dificulta a

(9)

sua sinterização. Para a composição 6CAC, além do valor do módulo elástico não decair tanto após a decomposição dos hidratos, a sinterização iniciada a partir de 1200°C propicia fortes ligações cerâmicas.

Propriedades termomecânicas

A Figura 3 apresenta os resultados de módulo de ruptura a quente para as amostras nas suas respectivas temperaturas de ensaio. As composições contendo óxido de magnésio apresentam os seus melhores resultados a 300°C devido à presença da brucita, sendo que a composição 6M apresenta o resultado mais baixo pela menor formação desse hidróxido. Nas temperaturas superiores, há apenas a queda e estabilização no valor do módulo de ruptura a quente já que ocorre a decomposição da brucita e a expansão exagerada nesses materiais (Figura 1c) inibe a sinterização efetiva da microestrutura, havendo poucas mudanças nos valores coletados a 1500°C. 300 600 900 1200 1500 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 MR Q ( MP a ) Temperatura de teste (°C) 6CAC 6FM 6M 1FM+5M

Figura 3: Módulo de ruptura a quente (flexão por 3 pontos) das composições após queima na faixa de temperatura 300-1500°C por 5 horas.

Já a composição 6CAC possui poucas variações no valor do seu módulo de ruptura a quente, apresentando sempre resultados superiores às outras composições e seu melhor resultado é a 1500°C devido à presença de fortes ligações cerâmicas e do CA6.

(10)

Por fim, quanto ao ensaio de choque térmico, a Figura 4 apresenta os valores de módulo elástico e o seu decaimento em função do número de ciclos de aquecimento/resfriamento. 0 2 4 6 8 10 0 20 40 60 80 100 120 140 160 E ( G Pa ) Número de ciclos 6CAC 6FM 6M 1FM+5M 0 2 4 6 8 10 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 D e cai m ent o ( % ) Número de ciclos 6CAC 6FM 6M 1FM+5M

Figura 4: Módulo elástico (a) e seu decaimento (b) em função do número de ciclos de choque térmico com gradiente de temperatura de 1000°C para as composições obtidas após queima a 1500°C/5h.

Como todos os resultados anteriores apontaram que as composições contendo óxido de magnésio não apresentaram uma sinterização eficiente após queima a 1500°C/5h, consequentemente a composição 6CAC apresentou uma resistência ao choque térmico muito superior. Cabe ressaltar que o resultado inferior de 6FM pode ser explicado pelo fato que a expansão exagerada (Figura 1c) decorrente da formação do espinélio gerou trincas e poros (Figura 1b) na microestrutura, prejudicando sua resistência ao dano por choque térmico.

CONCLUSÕES

Embora o efeito ligante da hidratação do óxido de magnésio, principalmente para os fumos de MgO, tenha sido detectado nas composições desenvolvidas, o desempenho termomecânico destas foi muito inferior à composição de referência com 6%-p de cimento. Essa desvantagem foi uma consequência da expansão exagerada

(11)

que acompanha a formação de espinélio, tendo suplantado a sinterização/densificação do material.

Uma forma para resolver o problema citado é reduzir o teor de fumos de magnésia nos refratários, o que já foi testado e se mostra promissor. Além disso, pode-se empregar aditivos sinterizantes, tais como boro e sílica, que pode-seriam responsáveis pela formação de fases líquidas que auxiliariam na sinterização/densificação e também na estabilidade dimensional desses materiais.

AGRADECIMENTOS

Os autores gostariam de agradecer à FIRE (Federação Internacional para Pesquisas e Educação em Refratários) por apoiar este trabalho, à RHI-Magnesita e à Almatis por fornecerem as matérias-primas utilizadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] SANTOS, K. P. B. Mecanismos de degradação em concretos refratários -

Estudo de caso. 56p. Dissertação (Trabalho de Conclusão de Curso) – Universidade

Estadual de Feira de Santana. Feira de Santana, 2008.

[2] LUZ, A. P.; BRAULIO, M. A. L.; PANDOLFELLI, V. C. Refractory Castable

Engineering, 1st Ed. Baden-Baden: Goller Verlag, Germany, p. 100-690, 2015.

[3] SOUZA, T. M.; LUZ, A. P.; BRAULIO, M. A. L.; PAGLIOSA, C.; PANDOLFELLI, V. C. Acetic acid role on magnesia hydration for cement-free refractory castables. J. Am. Ceram. Soc., v. 97, p. 1233-1241, 2014.

[4] CHATTERJI, S. Mechanism of expansion of concrete due to the presence of

dead-burnt CaO and MgO. Cement and Concrete Research, v. 25, n. I, p. 51-56,

1995.

[5] SANTOS JR., T.; SANTOS, J.; LUZ, A. P.; PAGLIOSA, C.; PANDOLFELLI, V. C.

Kinetic control of MgO hydration in refractory castables by using carboxylic acids. J. Eur. Ceram. Soc., v. 38, p. 2152-2163, 2018.

(12)

[6] NAGASOE, A.; TSURUMOTO, S. I.; KITAMURA, A. Refractory characteristics

of spinels with various MgO contentes. Taikabutsu Overseas v. 11, p. 20-28, 1991.

[7] PILEGGI, R. G.; PANDOLFELLI, V. C.; PAIVA, A. E.; GALLO, J. Novel rheometer

for refractory castables. Am. Ceram. Soc. Bull, v. 79, p. 54-58, 2000.

[8] BRAULIO, M. A. L.; RIGURD, M.; BUHR, A.; PARR, C.; PANDOLFELLI, V. C.

Spinel-containing alumina-based refractory castables. Ceram. Int. v. 37, p.

1705-1724, 2011.

[9] WANG, Y.; LI, X.; ZHU, B.; CHEN, P. Microstructure evolution during the

heating process and its effect on the elastic properties of CAC-bonded alumina castables. Ceram. Int. v. 42, p. 11355-11362, 2016.

MAGNESIUM OXIDE AS ALTERNATIVE HYDRAULIC BINDER TO CALCIUM ALUMINATE CEMENT IN HIGH-ALUMINA REFRACTORY CASTABLES

ABSTRACT

Calcium aluminate cement (CAC) is the most used hydraulic binder in compositions of refractory castables, yet its use must be avoided in some systems as calcium oxide (CaO) can induce the formation of low-melting point phases at high temperatures. In this context, magnesium oxide (MgO) could be an alternative as it can hydrate in the presence of water, leading to brucite [Mg(OH)2] formation, thus acting like a binder and

providing proper green mechanical strength to the refractory compositions. This work evaluated different vibratable high-alumina castables containing 6 wt% binder. The best results of green mechanical strength were obtained with 6 wt% of magnesia fumes, which were similar to the values with 6 wt% cement. However, compositions containing MgO presented inferior termomechanical behavior than the one containing cement in the 300-1500°C temperature range.

Keywords: high-alumina refractory castables, hydraulic binder, calcium aluminate

Referências

Documentos relacionados

VIII - despesas com custódia e liquidação de operações com títulos e valores mobiliários, ativos financeiros e modalidades operacionais da carteira do FUNDO; IX -

Como foi visto, a primeira etapa do processo decisório de consumo é o reconhecimento da necessidade, com isso, observou-se que, nessa primeira etapa, os consumidores buscam no

Utilizar o teste de imunocromatografia rápida em cartão (“ICT card test”) e gota espessa de sangue para identificar a prevalência de Wuchereria bancrofti na

O conceito da diferença média logaritmica de temperaturas foi desenvolvido para um trocador de tubo concêntrico, bastante simples. Entretanto, há situações mais sofisticadas

Em alternativa ao ligeiro mas ainda assim robusto MySQL, agora o Gestix também pode trabalhar sobre PostgreSQL, a base de dados open source mais avançada do mundo. As possibilidades

vocabulário plástico e rígidas fórmulas para se opor ao historicismo, como ocorreu na primeira fase: o problema era encontrar um elo entre.. o utilitarismo e uma arquitetura

2.2.1) Capacidade: transportadores de correias não têm competidores, em termos de capacidade, entre todos os meios de transporte de materiais utilizáveis. 2.2.2)