Os povos indígenas e
os reinos africanos
PRÓ- DEISE NASCIMENTO SAVADOGO
7° Ano - Ensino Fundamental II;
Capítulo III - Os povos indígenas e os reinos africanos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA :
• 7º ano do Ensino Fundamental – História habilitado ; • Páginas – 44,45,46,47,48,49,50 e 51.
Os nativos do continente americano
Durante o processo das Grandes Navegações
iniciado por Portugal e Espanha, a Europa chegou a lugares que muitos nunca haviam imaginado existir. Com a chegada de Cristóvão Colombo à Ilha de
Guanaani, na atual Bahamas, em 1492, os europeus conheceram os povos nativos da América, a quem
equivocadamente chamaram de índios, por pensarem ter chegado às Índias, no Oriente.
A Europa resolveu seus problemas financeiros com o ouro e a prata encontrados no “Novo Mundo”, como ficou conhecida a América.
Por outro lado, muitos indígenas de todo o
continente americano foram explorados, atacados, dizimados; e sua cultura, quase destruída.
Para ilustrar, basta citar o fato de que, quando Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil em 1500, encontrou uma população indígena estimada em 6 milhões de pessoas.
Vários foram os motivos que levaram à diminuição da população indígena, ocorrida majoritariamente na
Idade Moderna.
A maior parte dos nativos foi morta e massacrada pelas tropas de expedição europeias, mas as doenças contagiosas trazidas pelo homem branco, como a
varíola, também foram responsáveis pela morte de milhões deles.
Além disso, houve a perda de terras e as constantes guerras étnicas.
Todos esses fatores contribuíram para que o europeu dominasse o continente americano.
Historicamente, convencionou-se dividir os indígenas em cinco grupos étnicos, culturais e econômicos:
os sioux, na América do Norte, principalmente no que hoje é o norte dos Estados Unidos;
os tupis-guaranis, na América do Sul, especialmente no litoral brasileiro;
os incas, no atual Peru;
os maias, cuja maior parte vivia na América Central; os astecas, que habitavam no território do México.
Os grupos indígenas caçadores e coletores
A forma de organização social dos
sioux
(América do Norte) e dos
tupis-guaranis
(América do Sul) , se assemelhava à do
homem do Período Neolítico, pois, embora
vivessem em aldeias e ocas, eram
essencialmente seminômades e viviam da
caça e da coleta.
Esses povos já conheciam a agricultura e a usavam para o plantio de alguns bens de consumo, como a mandioca, da qual inclusive aprenderam a retirar o veneno.
Eles desconheciam a noção de propriedade privada.
Sendo as principais atividades dessas sociedades indígenas a caça, a pesca, a coleta de frutos e raízes e a agricultura de subsistência, a divisão do trabalho também era bastante simples, baseada no sexo
Ao homem, caberia caçar e pescar, ou seja, o trabalho de risco, pois o número de mortes era grande no contato com os animais selvagens. Já as mulheres colhiam frutos e raízes, ou seja,
eram coletoras.
Embora com características primitivas, o nativo americano já havia melhorado sua alimentação e adotado alguns costumes que tiveram efeito
Uso e controle do fogo, que permitiu-lhes cozinhar
e assar a carne, mas também se aquecerem, evitando assim muitos deslocamentos em decorrência do
clima.
Utilização de ossos para fazer suas armas e seus utensílios domésticos.
Ausência de grandes construções arquitetônicas (geralmente construíam suas moradias com
A organização política da sociedade caçadora e coletora da América também era bastante primitiva.
As aldeias eram ligadas por laços familiares e por antepassados em comum.
Essas aldeias eram comandadas geralmente por
guerreiros valentes, mas as palavras e a orientação dos pajés eram indispensáveis.
Eram os responsáveis pela vida espiritual da tribo. Os nativos acreditavam na vida após a morte e eram
politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses, relacionados com fenômenos da natureza.
Os sioux
Os sioux, também conhecidos como dakotas, eram originários do noroeste dos Estados Unidos, mais precisamente da área entre as bacias do Rio
Ficaram conhecidos como povos guerreiros. Cada etnia dos sioux tinha seu próprio idioma e
estabelecia sinais para se comunicar.
Eram povos que viviam da coleta de frutos e raízes, da pesca e a caça.
Essa prática mobilizava boa parte das tribos, sendo bastante perigosa, pois as armas construídas exigiam um contato próximo com esses animais, o que
resultava em muitas mortes de caçadores.
As armas e os utensílios eram feitos de ossos, chifres de animais e pedras.
Outra característica dos sioux foi a domesticação de animais, bois, búfalos, bisões e porcos .
A introdução do cavalo foi a mais decisiva. A caça passou a ser realizada a cavalo, o que diminuía o risco e, consequentemente, o número de mortes nessa atividade.
Isso levou a um aumento populacional e da produção de bens de consumo.
Atualmente, os sioux remanescentes vivem em
reservas nos estados de Dakota do Norte e Dakota do Sul, nos Estados Unidos.
Tupis-guaranis
A chegada dos europeus em território brasileiro pôs em contato dois povos com características
diferentes.
Tanto portugueses quanto tupis se assustaram, mas ao mesmo tempo ficaram curiosos diante de
costumes tão distintos.
A etnia tupi-guarani apresentava uma vasta
população, com cerca de 6 milhões de habitantes, desde a parte norte até o sul da costa brasileira.
Os tupis, quando da chegada dos europeus ao Brasil, eram sociedades caçadoras e coletoras.
O arco e flecha era o principal instrumento de caça usado por essa aldeias.
A organização social era o modo de produção
primitivo, segundo o qual cabia ao homem caçar,
pescar e construir moradias (ocas), enquanto a mulher tinha de cuidar dos filhos e coletar frutos e raízes.
As moradias eram feitas de palha, madeira e cipó, sendo grandes e coletivas.
Produziam utensílios e ferramentas à base de osso e pedra, ambos polidos, como machados e facas.
Também fabricavam utensílios de cerâmica, como potes para guardar grãos, legumes e carnes.
Aos poucos, uma nova atividade foi desenvolvida pelos tupis, a agricultura.
Geralmente criavam plantações próximas às aldeias e cultivavam principalmente mandioca, milho, abacaxi e banana.
Os tupis desconheciam a organização de Estado e a propriedade privada.
Aquilo que era produzido, cultivado, caçado ou
pescado era dividido por todo o grupo, a propriedade era coletiva, e o objetivo era alimentar toda a aldeia (subsistência).
A organização política dos tupis tinha sua base na unidade das aldeias, que eram comandadas pelos grandes guerreiros e orientadas pelo pajé, que era o integrante mais velho, sendo o curandeiro e
As civilizações agrícolas: povos
pré-colombianos
Diferente das sociedades caçadoras e coletoras, como os tupis- -guaranis, os povos
pré-colombianos eram mais desenvolvidos em relação às questões tecnológicas.
Esses povos são chamados de civilizações agrícolas , três povos tiveram significativo destaque:
• os incas, • os maias • os astecas
Os astecas
Os astecas tinham um regime político bastante rígido, centralizador e militarizado.
Sua estrutura política era formada por uma
monarquia teocrática e militar, em que o chefe de todos era o tlacatecuhtli.
Os astecas invadiram e dominaram outras cidades-Estado, que continuavam com sua
economia, mas tinham de pagar vários impostos e tributos.
Os maias
Os maias eram povos considerados desenvolvidos tecnologicamente.
Entre seus principais campos de desenvolvimento técnico e conhecimento, estavam: a Matemática ― conheciam a geometria, usada para construção de suas obras arquitetônicas, como as pirâmides,
atribuídas aos deuses.
Possuíam uma forma bem peculiar de contar o tempo, tendo desenvolvido um calendário para isso.
Os incas
O Império Inca é considerado pelos historiadores como o maior da história pré-colombiana.
Tanto na extensão — que em pouco mais de cem anos atingiu várias regiões, como a atual Argentina, o Chile, o Equador e a Bolívia — quanto em
população, já que chegou a ter cerca de 15 milhões de habitantes.
Os incas eram da etnia quíchua e acreditavam que seu representante era descendente direto do Sol, chamado justamente de inca.
Ele tinha os poderes para administrar a civilização e comandar o exército.
A sucessão desse povo gerou muitos conflitos, pois, como a base era a descendência, os irmãos disputavam o poder, o que enfraquecia o império.
A economia inca também era baseada na agricultura de produção voltada inicialmente para a
sobrevivência de seu povo.
Tinham um excedente que era usado num pequeno comércio de trocas existente e realizado