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ANÁLISE DE BLOGS UNIVERSITÁRIOS POR MEIO DE ELEMENTOS DA ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO (AI)

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Academic year: 2021

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Eixo Temático: Informação, Tecnologia e Sociedade.

ANÁLISE DE BLOGS UNIVERSITÁRIOS POR MEIO DE ELEMENTOS

DA ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO (AI)

Joice de Oliveira Seles1 Richele Grenge Vignoli2

RESUMO

Esta pesquisa tem como objetivo identificar como os elementos da Arquitetura da Informação (AI) podem ser aplicados em blogs, além de verificar se e como esses elementos são empregados nos blogs das Bibliotecas Universitárias da Região Sul do país. Levantar quais outros recursos da Web 2.0 estão disponíveis nos blogs das bibliotecas também é objetivo do estudo. Para tanto, a pesquisa, que caracteriza-se como documental, de abordagem qualitativa, utilizará o Modelo de Avaliação da Arquitetura da Informação para Blogs proposto por Inakufo (2010).

Palavras-chave: Blogs. Arquitetura da Informação. Avaliação de blogs com AI.

1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

No contexto das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), os blogs surgem como ferramenta da Web 2.0, em que usuários não somente recebem como também a produzem e compartilham informações. No cenário da Web 2.0 em bibliotecas, considera-se os estudos a respeito de blogs uma oportunidade para a criação de conhecimento interativo entre a biblioteca e o usuário, estreitando essa relação.

Os novos ambientes informacionais ocasionados pelas TIC surgem como ferramentas de fácil acesso, tornando os blogs uma fonte de informação atrativa para qualquer tipo de usuário que navega no ciberespaço. Os Profissionais da Informação assim como os bibliotecários devem se adequar às novas ferramentas das TIC, como os blogs. O blog como ferramenta de compartilhamento permite a interação entre o conteúdo exposto e o usuário que o lê.

A navegação na internet deve possibilitar o que o usuário procura e deseja, assim como o sistema que comporta a informação deve apresentar interface (layout)

1 Graduanda do curso de Biblioteconomia – UEL. Email: joiceseles@gmail.com

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agradável que torne o percurso de interação satisfatório. A Arquitetura da Informação (AI) se adapta nesse meio, pois é a partir dela que a organização das informações podem ser compreendidas a favor do usuário. AI busca tornar as informações contidas em ambientes da Web, capazes de serem visualmente mais compreensíveis, tornando-as de fácil manuseio para todos.

Acredita-se que a possibilidade em compartilhar informações seja de interesse primordial para os Profissionais da Informação, uma vez que a sociedade utiliza muito a internet para a comunicação e compartilhamento de informação de todo modo à necessidade de se comunicar está na essência do ser humano.

Esta pesquisa consiste em avaliar como as informações são representadas pela AI nos blogs de bibliotecas de universidades públicas da Região Sul do Brasil: Universidade Estadual de Londrina (UEL); Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Este estudo pretende analisar os blogs de bibliotecas universitárias com base nas diretrizes preconizadas por Inafuko (2010), bem como levantar quais recursos da Web 2.0 eles oferecem. Em síntese, a pesquisa visa verificar como as informações estão expostas nos blogs para todos os usuários da comunidade universitária com base nos elementos da AI.

Este estudo tem o intuito de contribuir para a área de Biblioteconomia e a Ciência da Informação de modo geral, uma vez que está relacionado à organização, recuperação, acesso, disseminação, compartilhamento e uso da informação. O estudo da AI em blogs permite a avaliação dessa ferramenta encontrada na Web 2.0, assim como a análise de como estão dispostos nos blog os conteúdos informacionais no que diz respeito à organização, navegação, rotulagem, busca e a recuperação da informação.

2 A WEB E A BIBLIOTECA 2.0

O avanço da web pode ser dividido principalmente por fases: a da Web 1.0 e da Web 2.0 em diante. A Web 1.0, em meados dos anos 1990, caracterizada por conteúdos estagnados e sem interação. Deste modo, a geração da Web 1.0, permite que usuários sejam apenas consumidores de informação, contudo a Web 2.0 veio

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mudar aquela realidade. O pesquisador Tim O’Reilly em 2004 criou o termo Web 2.0 e a definiu como plataformas projetados para contribuição do usuário, ou seja, que permitem colaboração e interação entre os usuários e a web. Assim, o usuário está em contato com o desenvolvimento da web multiplicando as formas de como são geradas e distribuídas às informações.

Campos (2007) acrescenta que a Web 2.0 é concebida como uma plataforma. Assim, trata-se de uma plataforma com possibilidades de interoperabilidade e independência. A descentralização geográfica oportuniza a diversidade e flexibilidade das tecnologias criadas para a comunicação dos usuários. O autor demonstra à importância do acesso a informação pelo usuário, mostrando que a Web 2.0 tem como característica priorizar o que é produzido e buscado pelo usuário. A Web 2.0 tornou possível a interatividade em um ambiente virtual e principalmente, o compartilhamento de informações entre usuários que utilizam as ferramentas da internet para comunicação. Nesse sentido, a biblioteca precisa acompanhar as mudanças atuais da web, sendo esta um local que tem por objetivo a disseminação da informação e o acompanhando das inovações tecnológicas. O uso das novas tecnologias não deve apresentar barreiras, mais sim possibilidades, pois a partir dela é possível modernizar a estrutura de produtos e serviços realizados por uma biblioteca.

Maness (2007, p. 12) define Biblioteca 2.0 como sendo “[...] a aplicação de interativo, colaborativo e tecnologias baseadas na web multimídia para serviços de biblioteca baseados na web e coleções.” Em síntese, a Biblioteca 2.0 possibilita a mudança do aspecto estático da biblioteca física para uma biblioteca em movimento, interativa. Sendo assim, a Biblioteca 2.0 pode ser compreendida como uma comunidade virtual centrada no usuário que permite suporte de comunicação favorecendo a cooperação e a troca de informação. A interação dos usuários com os recursos disponibilizados pela biblioteca faz do bibliotecário um mediador importante no contexto da Web 2.0.

Maness (2007) considera que a Biblioteca 2.0 deveria atuar como facilitadora, mesmo ela não sendo restrita a criação de conteúdo, já que a criação vem a partir da relação dos usuários com os bibliotecários que produzem conhecimento colaborativamente na web. O objetivo da biblioteca é criar um arranjo físico organizado para a disposição de seus materiais (acervo) almejando o interesse dos

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usuários para a busca de informação, sendo que o acervo da biblioteca pode ser físico ou eletrônico e contar com o auxílio de catálogos online (OPAC), rede de internet, blogs e redes sociais.

A biblioteca deve atender a comunidade. Independente de sua estrutura, seja ela escolar, universitária, especializada, comunitária o usuário deve ser aquele pelo qual os processos da instituição serão priorizados. Vale notar, que a Biblioteca Universitária deve estar atrelada a uma instituição que busca inovação e novos recursos informacionais com base na construção colaborativa da informação, tornando-se assim uma Biblioteca 2.0.

As Bibliotecas 2.0 os usuários estão buscando e utilizando a informação de forma comunitária, ou seja, buscam por serviços que facilitem a transferência de informação e é neste contexto que os blogs se popularizam e apresentam seu valor, no compartilhamento da informação, principalmente entre o bibliotecário e seus usuários.

3 ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO (AI)

A Arquitetura da Informação (AI), segundo Fischer e Araújo (2010), foi desenvolvida por Wurman em 1976 por meio do livro Information Architects. Desde então, a AI tem sido estudada por muitos pesquisadores pelo mundo, no qual se destaca Morville e Rosenfeld com a obra Information Architecture for the World Wide

Web de 1998.

Nesse contexto, a AI visa a disposição das informações, assim como as formas pelas quais os conteúdos são apresentados a fim de torná-los mais acessíveis, dinâmicas e interativas. Para Straioto (2002, p. 20) a AI:

[...] refere-se ao desenho das informações: como textos, imagens e sons são apresentados na tela do computador, a classificação dessas informações em agrupamentos de acordo com os objetivos do site e das necessidades do usuário, bem como a construção de estrutura de navegação e de busca de informações, isto é, os caminhos que o usuário poderá percorrer para chegar até a informação.

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A AI representa a organização e a estruturação dos conteúdos exibidos em uma página da web. Dessa forma, a partir dos elementos da AI, é possível definir como a disposição dos itens informacionais estarão apresentados na web para usuários no geral. Os bibliotecários devem observar como esses elementos estão planejados de forma a satisfazer as necessidades dos usuários, do mesmo modo que um acervo físico possui os seus esquemas de apresentação visual, as páginas da web carecem de estruturação.

De acordo com Morville e Rosenfeld (2006, p. 49), o estudo da AI em um website é apresentado por quatro sistemas dependentes: Sistema de Organização (Organization System), Sistema de Rotulagem (Labeling System), Sistema de Navegação (Navigation system) e os Sistemas de Busca (Search System). Esses elementos devem ser trabalhados nas páginas da web e com base em sua aplicação, é possível analisar os desejos e necessidades informacionais dos usuários. Para tanto, Morville e Rosenfeld (2006) explicam os principais componentes da AI:

 Sistemas de organização: visa à organização das informações que serão visualizadas pelos usuários a fim de facilitar o acesso e a categorização dos conteúdos;

 Sistemas de rotulação: esse sistema diz respeito à representação dos elementos informativos por signos verbais (terminologia) e visuais (icônicos);

 Sistemas de navegação: são as formas com as quais as pessoas se movimentaram nas páginas da web;

 Sistemas de busca: são auxiliares de pesquisa que identificam rapidamente o acesso a informação.

Existem três pilares da AI que tornam a informação no ambiente digital compreensível no qual são considerados o usuário, o conteúdo exposto e o contexto desta informação em um conjunto de iniciativas que tornam a AI apropriada para a exposição de conteúdo na web.

A aplicação desses elementos se concretiza com a preocupação no desenvolvimento de sistemas de informação e como estes serão apresentados para os usuários. Práticas adequadas de uso das ferramentas da AI sustentam o desenvolvimento de interfaces que possibilitam aumentar o fluxo de informações que

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podem ser úteis e relevantes ao usuário. Portanto, cabe ao bibliotecário possuir conhecimentos básicos a respeito da AI para atender as demandas informacionais de seus usuários.

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este trabalho consiste em uma análise de blogs das Bibliotecas Universitárias com base nos elementos da AI. Deste modo, optou-se por basear-se em uma pesquisa exploratória e documental com abordagem qualitativa. A amostra da pesquisa será formada pelos blogs de Bibliotecas Universitárias da Região Sul do Brasil, sendo elas: Blog da Biblioteca da Universidade Estadual de Londrina (UEL)3 - “Sistema de Bibliotecas da UEL”, Blog da Biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)4 - “Blog da Gestão, Blog da Biblioteca da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)5 - “Blog BC UFRGS.

A coleta de dados nos blogs será realizada a partir de um formulário com base nas diretrizes propostas por Inafuko (2010). Dessa forma, o modelo (Figura 1) proposto pela autora será utilizado para investigar os elementos da AI principalmente nos quesitos de sistemas de organização, rotulagem, navegação e busca nos referidos blogs.

Figura 1 – Modelo de Avaliação de Blogs

3 Disponível em:< http://bibliotecasdauel.blogspot.com.br/>. Acesso em: 06 abr. 2014. 4

Disponível em:< http://blogdagestao.ufsc.br/>. Acesso em: 06 abr. 2014.

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Fonte: Inafuko (2010, p. 102).

O modelo de Inakufo (2010) será aplicado em cada um dos blogs das bibliotecas para atingir os objetivos propostos nesta pesquisa. Também por meio do acesso aos blogs, serão observadas quais ferramentas da Web 2.0 as bibliotecas participam e disponibilizam em seus blogs.

5 BREVES CONSIDERAÇÕES

A existência da Web 2.0 e seus recursos é perceptível ao acessar o ciberespaço. Todavia, este estudo prevê ir além do acesso e compreensão da ferramenta blog, analisando-a com base nos já estabelecidos cientificamente, elementos da AI.

Espera-se que os resultados da pesquisa possam contribuir na compreensão dos elementos da AI aplicados em blogs. Não obstante, acredita-se que os blogs, como ferramentas 2.0 já aceitas e muito utilizadas em bibliotecas, possam ser construídos e gerenciados seguindo parâmetros da AI para torná-los ainda mais fáceis de manuseio e acesso.

Acredita-se que os resultados desta pesquisa possam também, contribuir não somente com a literatura que versa a respeito da temática abordada, como

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também para auxiliar no desenvolvimento e gerenciamento de blogs mediados por bibliotecários e para Bibliotecas 2.0.

REFERÊNCIAS

CAMPOS, Luiz Fernando de B. Web 2.0, biblioteca 2.0 e ciência da informação (i): Um protótipo para disseminação seletiva de informação na Web utilizando mashups e feeds RSS. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA

INFORMAÇÃO - ENANCIB, 8., 2007, Bahia. Anais eletrônicos... .Salvador: ENANCIB, 2007. p. 1 - 16. Disponível em:

<http://www.enancib.ppgci.ufba.br/artigos/GT2--232.pdf>. Acesso em: 08 mar. 2014. FISCHER, Gustavo D.; ARAÚJO, Luciana C. S.; FREITAS NETO, João Francisco de. Conceitos e características do design estratégico como provocações iniciais à arquitetura da informação. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO (EBAI), 4., 2010, São Paulo. Anais eletrônicos... São Paulo: EBAI, 2010. p. 1-15. Disponível em: <

http://www.congressoebai.org/wp-content/uploads/ebai10/EBAI10_artigo12.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2014.

INAFUKO, Laura A. S. Arquitetura da Informação para blogs: diretrizes para o desenvolvimento e a avaliação de blogs de bibliotecas. 2010. 111 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biblioteconomia) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília. 2010.

INAFUKO, Laura A. S.; VIDOTTI, Silvana A. B. G. Diretrizes para o desenvolvimento e a avaliação de blogs de biblioteca. Encontros Bibli: revista eletrônica de

biblioteconomia e ciência da informação, v. 17, n. 35, p.145-166, set./dez., 2012. Acesso em:<

stat.perspectiva.periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/.../1518.../23586>. Acesso em: 25 fev. 2014.

MANESS, Jack M. Teoria da Biblioteca 2.0: Web 2.0 e suas implicações para as bibliotecas. Informação & Sociedade: Estudos, João Pessoa, v. 17, n. 1, p. - , an. ab ., 200 . isponí el em .b apci. p .b do nload.p p dd0 2 >. Acesso em: 08 mar. 2014.

MORVILLE, Peter; ROSENFELD, Louis. Information Architecture for the World Wide Web. 3. ed. Sebastopol: O'Reilly, 2006.

STRAIOTO, Ana Claudia. A análise em facetas como dimensão teórica e prática na organização do conhecimento. 2001. 163f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Faculdade em Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, 2001.

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