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PROTEÇÃO AO TITULAR DE DADOS. Um novo sujeito de direito, feito de memórias, esquecimentos e verdades. Por Victor Hugo Pereira Gonçalves, página 2

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EDIÇÃO NACIONAL l R$ 3,00

ISSN 1980-9123

Quinta-feira, 18 de março de 2021

Ano CVII l Número 28.832

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Monitor

Mercantil

Dólar Comercial R$ 5,5870

Dólar Turismo R$ 5,7570

Euro

R$ 6,6968

Iuan

R$ 0,8586

Ouro (gr)

R$ 310,00

COTAÇÕES

ÍNDICES

IGP-M 2,53% (fevereiro)

2,58% (janeiro)

IPCA-E

RJ (nov.)

0,89%

SP (set.)

1,32%

Selic 2%

Hot Money

0,56% a.m.

LEILÃO DE TRENS

DO CORCOVADO

Equipamentos têm 40 anos de uso, e

são necessárias reformas e manutenção

preventiva. Antonio Pietrobelli,

página 4

PROTEÇÃO AO

TITULAR DE DADOS

Um novo sujeito de direito, feito de

memórias, esquecimentos e verdades. Por

Victor Hugo Pereira Gonçalves,

página 2

FALSA MERITOCRACIA

NA POLÍTICA

Até 73% dos congressistas tinham

laços de sangue com outros políticos.

Por Marlon Cecilio de Souza,

página 2

Evasão fiscal leva salário anual

de 1 enfermeira a cada segundo

O

Banco Central (BC)

su-biu os juros básicos da

economia pela primeira

vez em quase seis anos. Por

una-nimidade, o Comitê de Política

Monetária (Copom) elevou a taxa

Selic de 2% para 2,75% ao ano. A

decisão surpreendeu os analistas

financeiros ouvidos pela Agência

Brasil, que esperavam uma

eleva-ção para 2,5% ao ano.

A última elevação havia

ocor-rido em julho de 2015, quando

passou de 13,75% para 14,25%

ao ano. A taxa permaneceu nesse

nível até outubro de 2016, quanto

o Copom voltou a reduzir os

ju-ros básicos da economia até que

a taxa chegasse a 6,5% ao ano em

março de 2018.

Em julho de 2019, a Selic

vol-tou a ser reduzida até alcançar 2%

ao ano em agosto de 2020,

in-fluenciada pela contração

econô-mica gerada pela pandemia de

Co-vid-19. Esse foi o menor nível da

série histórica iniciada em 1986.

A alta era esperada pelo

merca-do financeiro, com a alegação de

que é preciso combater a inflação.

Porém poucos acreditam que a

elevação derrubará os preços, já

que a inflação ocorre pela forte

desvalorização do real e pela alta

dos preços de algumas

commodi-ties no mercado internacional.

Por outro lado, elevar a Selic

prejudicará ainda mais a

econo-mia, que vem sofrendo com a

pandemia e com a política

econô-mica do Governo Bolsonaro.

A taxa básica de juros é usada

nas negociações de títulos

públi-cos no Sistema Especial de

Liqui-dação e Custódia (Selic) e serve de

referência para as demais taxas de

juros da economia. Juros mais

al-tos encarecem o crédito e

estimu-lam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o

Copom barateia o crédito e

incen-tiva a produção e o consumo. Em

um momento de recessão, com as

compras contidas, a elevação dos

juros terá pouco ou nenhum

efei-to sobre o preço.

Fed mantém

taxa e meta de

inflação para

gerar emprego

O Federal Reserve (Fed)

di-vulgou declaração do Comitê do

Mercado (Fomc) assegurando que

“está empenhado em usar toda

a sua gama de ferramentas para

apoiar a economia dos EUA neste

momento desafiador,

promoven-do assim suas metas de emprego

máximo e estabilidade de preços.”

O Fomc decidiu manter a faixa

da meta para a taxa de fundos

fe-derais em 0% a 0,25%.

“Após uma moderação do ritmo

de recuperação, os indicadores de

atividade econômica e de emprego

subiram recentemente, embora os

setores mais afetados pela

pande-mia continuem fracos. A inflação

continua abaixo de 2%. As

con-dições financeiras gerais

perma-necem acomodadas, em parte

re-fletindo medidas de política para

apoiar a economia e o fluxo de

cré-dito para famílias e empresas dos

EUA”, diz o Fed.

Página 3

Países da OCDE lideram ranking de paraísos corporativos

A

cada segundo, o mundo

perde o equivalente ao

salário anual de uma

enfermeira para um paraíso

fis-cal. Governos em todo o mundo

perdem mais de US$ 427 bilhões

em impostos todos os anos

eva-são fiscal intencional. A

denún-cia é da Tax Justice Network,

que lançou semana passada o

Corporate Tax Haven Index

2021.

Pelos cálculos da ONG, os

países de baixa renda perdem o

equivalente à metade de seus

or-çamentos de saúde pública todos

os anos para esquemas que evitam

pagamento de impostos. Dos US$

427 bilhões, mais da metade, US$

245 bilhões, é perdida diretamente

devido ao abuso fiscal

corporati-vo transnacional por corporações

multinacionais.

A Tax Justice Network

afir-ma que, sob pressão de gigantes

corporativos e dos super-ricos,

alguns governos programaram

seus sistemas tributário e

fi-nanceiro para servir como uma

ferramenta com a qual as

cor-porações multinacionais podem

extrair riqueza e pagar menos

impostos. “Isso alimenta a

desi-gualdade, fomenta a corrupção e

mina a democracia.”

O Corporate Tax Haven Index

2021 conclui que os

países-mem-bros da Organização para

Coope-ração e Desenvolvimento

Econô-mico (OCDE, já definida como

clube dos ricos e amigos dos

ri-cos) são, em conjunto,

responsá-veis por 68% dos riscos de abuso

fiscal corporativo do mundo. Os

países da OCDE são diretamente

responsáveis por 39% do abuso

fiscal corporativo do mundo e

su-as dependêncisu-as – especialmente

ilhas do Reino Unido e Aruba, da

Holanda – são responsáveis pelos

demais 29%.

Esta semana, a OCDE tomou

uma decisão inédita: diante do

que crê ser um recuo no combate

à corrupção brasileira, a

Organi-zação decidiu criar um grupo

per-manente de monitoramento sobre

o assunto no Brasil.

Com base no Estado da

Justi-ça Fiscal 2020 da Rede de JustiJusti-ça

Tributária, os países da OCDE

e suas dependências custam ao

mundo mais de US$ 166 bilhões

em impostos corporativos

perdi-dos toperdi-dos os anos – o equivalente

a perder mais de 26 milhões de

salários anuais de enfermeiras por

ano, ou deixar de empregar 50

en-fermeiras a cada minuto.

Leia mais em Fatos

& Comentários, página 3

Manifestação pela justiça fiscal

Com real em

baixa, Brasil

vira o Paraguai

dos paraguaios

A desvalorização do real em

relação ao dólar criou um

qua-dor inusitado: os paraguaios estão

aproveitando para fazer compras

no Brasil. Na região da fronteira

com o país vizinho, o fluxo

inver-teu, e os comerciantes brasileiros

comemoram um aumento de 20%

nas vendas.

O real foi a sexta moeda que

mais se desvalorizou em 2020 em

relação ao dólar, com queda de

22,4%. Desempenho pior apenas

Venezuela, Seychelles, Zâmbia,

Argentina e Angola, de acordo

com levantamento da Austin

Ra-ting.

Em 2021, o real subiu duas

po-sições: é a quarta mais

desvalori-zada, à frente apenas de Sudão,

Lí-bia e Venezuela. Até 8 de março, o

real foi desvalorizado em 10,2%.

A moeda paraguaia, o guarani, foi

no sentido contrário: teve uma

valorização de 4,3% este ano.

En-tre 120 países, só perdeu para o

kwanz angolano.

São Paulo

anuncia pacote

de apoio

econômico

O Governo de São Paulo

apre-sentou nesta um plano de apoio

econômico, fiscal e tarifário a

ba-res, restaurantes, academias, salões

de beleza e produção de eventos

em todo o estado de São Paulo.

O pacote prioriza

estabelecimen-tos com faturamento mensal de

até R$ 30 mil e prevê novas linhas

estaduais de crédito, suspensão de

tarifas de abastecimento e

retoma-da de incentivos fiscais sobre leite

e carne.

“A boa notícia de hoje está

liga-da à área liga-da economia e apoio aos

micro e pequenos

empreendedo-res do estado de São Paulo,

bastan-te machucados pela pandemia ao

longo deste período que começou

em março do ano passado”,

decla-rou o governador João doria Jr.

foram liberados de mais R$ 100

milhões para os setores mais

afe-tados pela pandemia em novas

li-nhas de crédito do Desenvolve SP

e do Banco do Povo. Micro e

pe-quenas empresas dos segmentos

mais afetados terão uma linha no

valor de R$ 50 milhões, com

pra-zo de pagamento de 60 meses, 12

meses de carência e taxa de juros

de 1% ao mês mais Selic, além da

dispensa de Certidão Negativa de

Débitos.

Os benefícios serão oferecidos

a partir de 31 de março no site

www.desenvolvesp.com.br.

Ou-tros R$ 50 milhões serão

ofereci-dos pelo Banco do Povo em

mi-crocrédito para capital de giro. O

limite será de até R$ 10 mil, com

taxa de juros de 0% a 0,35% ao

mês, carência de seis meses e

pa-gamento em até 36 meses.

Por acordo,

Congresso

derruba vetos

a 9 projetos

O Congresso Nacional

derru-bou vetos de nove projetos de lei,

como o que concede indenização

aos profissionais de saúde

torna-dos incapacitatorna-dos para o trabalho

pela Covid-19, e a itens do pacote

anticrime.

Todos os vetos foram

rejeita-dos em uma única votação (439

contra e 19) na Câmara dos

Depu-tados, após acordo entre as

lide-ranças dos partidos no Congresso

nesta semana. Em seguida, os

ve-tos foram rejeitados também pelo

Senado.

No pacote anticrime (PL

10372/18), foi retomada a pena

de crime qualificado para o

homi-cídio praticado com arma de fogo

de uso restrito ou proibido (fuzis,

por exemplo). Além disso, nos

cri-mes de calúnia, injúria e

difama-ção divulgados em redes sociais, a

pena será o triplo.

Quanto à audiência com o juiz

de garantias de pessoas presas

provisoriamente ou em flagrante,

os deputados rejeitaram veto e

de-terminaram que ela seja realizada

presencialmente, proibindo a

vi-deoconferência.

TJN CC-BY-NC-SA 2

BC eleva juros em 0,75 ponto

e dá uma força à recessão

(2)

Monitor

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Agência Brasil, Agência Xinhua

Filiado à

Por Marlon Cecilio

de Souza

H

á bastante tempo

a credibilidade

geral dos

políti-cos brasileiros anda

depau-perada e, com o progresso

da democratização do

aces-so à informação através da

internet (porém, em um

ritmo não tão animador),

a aproximação crítica dos

eleitores com seus

repre-sentantes tem sido cada vez

maior.

Embora muitos

políti-cos façam bom uso dessa

ferramenta, trazendo o

eleitor cada vez mais

pa-ra o centro dos debates

e pautando as demandas

que são facilmente

ob-servadas, algumas figuras

bastante conhecidas da

política nacional pouco

se importam com a

pro-pagação de suas opiniões

nada populares e que, em

alguns casos, ferem

vá-rios princípios da

admi-nistração pública.

Recentemente, o

depu-tado Ricardo Barros

(PP--PR), líder do governo na

Câmara, defendeu

aberta-mente o nepotismo: “Se o

parente é qualificado, qual é

o problema?”. A brecha foi

aberta pela versão atual da

proposta apresentada pelo

deputado Carlos Zarattini

(PT-SP). O substitutivo de

Zarattini acaba com as

pu-nições do artigo 11,

restan-do apenas a possibilidade

de condenar gestores

pú-blicos se o ato tiver causado

prejuízo financeiro ou

hou-ver enriquecimento ilícito.

Caso o texto seja aprovado

como está, condutas como

o nepotismo deixarão de

resultar em sanções de

im-probidade, que podem levar

à perda da função pública e

dos direitos políticos.

O caso emblemático

mais recente foi em 2017,

quando o ex-prefeito do

Rio Marcelo Crivella

no-meou o filho, Marcelo

Hod-ge Crivella, para o cargo de

secretário da Casa Civil. Na

ocasião, o ministro Marco

Aurélio Mello, do

Supre-mo Tribunal Federal (STF),

concedeu liminar para

sus-pender a nomeação do filho

do, até então, prefeito.

Em tempos onde pautas

pouco prioritárias como,

por exemplo, a PEC da

Imunidade, vêm ganhando

espaço no Congresso

Na-cional – mesmo em meio

aos muitos problemas

de-correntes da maior

pande-mia mundial em quase um

século – não surpreende

que parlamentares

acele-rem a discussão sobre o

afrouxamento da Lei de

Improbidade

Administra-tiva de 1992, que visa

be-neficiar, exclusivamente,

os próprios membros da

classe política.

Em

Economia e Sociedade,

de Max Weber (1922), o

autor diz que a

moderni-dade traz a separação entre

o administrador e a

admi-nistração pública, ou seja,

a superação da burocracia

patrimonialista (onde o

Estado era tratado como

patrimônio daqueles que o

ocupam).

Entretanto, o caso

bra-sileiro se aproxima mais

da concepção de

Schwart-zman (1982), que cita que

posições de privilégios são

uma avaliação específica

diretamente

relaciona-da com o monopólio na

oportunidade de acesso

a bens materiais e ideais,

configurando assim

carac-terísticas de sociedades

vi-gentes sob um regime

ne-opatrimonialista.

No Brasil, é bem

co-mum políticos em

exercí-cio usarem de suas

influ-ências para promoverem

candidatos cujo

sobreno-me é similar. Para o

pro-fessor Ricardo Costa de

Oliveira, no campo

po-lítico, a perpetuação do

poder familiar significa a

manutenção, pelas

mes-mas pessoas, do controle

do Estado, do orçamento

e das políticas públicas.

É um círculo vicioso de

concentração de

recur-sos e poderes em poucas

famílias, algo que,

inclu-sive, permite diferentes

formas de corrupção.

Segundo levantamento

da

Revista Congresso em Foco,

em 2017, na Câmara dos

Deputados e no Senado,

62% e 73% dos

congres-sistas tinham,

respectiva-mente, laços de sangue com

outros políticos. O campo

político reflete o problema

da gigantesca desigualdade

social brasileira e, pelo

vis-to, inverter as prioridades

em prol de sua própria

clas-se parece clas-ser a grande

espe-cialidade da casa do povo.

Marlon Cecilio de Souza é economista

pela Uerj e pós-graduando em política

e sociedade pelo Iesp-Uerj. Atualmente

trabalha como analista de crédito no

Bank of New Yok Mellon.

As ideias e opiniões expressas

no artigo são de exclusiva

responsabilidade do autor, não

refletindo, necessariamente, as opiniões

das instituições das quais ele faz parte.

Opinião

2

Quinta-feira, 18 de março de 2021

l Monitor Mercantil

Até 73% dos

congressistas

tinham laços de

sangue com outros

políticos

É importante frisar

que nenhuma

companhia

está isenta da

responsabilidade

Nepotismo à brasileira e a falsa meritocracia na política

Proteção ao titular de dados requer investimento na área jurídica

Por Victor Hugo

Pereira Gonçalves

A

partir da

Constitui-ção de 1988, foi-se

introduzindo no

mundo do Direito a

percep-ção de que uma nova forma

de sociedade estaria

surgin-do e, com ela, novos valores

a serem protegidos. Basta

lembrar seu art. 5º, inc. XII,

que a tornou a primeira

constituição do mundo a

tratar a proteção de dados

como cláusula pétrea.

Durante a construção

desse percurso da

conso-lidação da proteção de

da-dos, como um valor a ser

protegido e assegurado

pe-lo Direito, tem, com a

edi-ção do Código de Defesa

do Consumidor, em 1990, a

confirmação da mudança já

trazida na CF de 1988, onde

o art. 43 reconhece o valor

dos bancos de dados de

ca-dastro de consumidores.

Desde a edição

des-sa norma, as relações de

consumo foram se

modi-ficando. Estabeleceram-se

novas formas e relações

jurídicas entre

consumido-res e fornecedoconsumido-res. Agora,

depois de mais de 30 anos

da criação do Código de

Defesa do Consumidor, um

novo indivíduo surge com

a consolidação da Lei

Ge-ral de Proteção de Dados

(LGPD): o titular de dados.

E não se pode

confundi--lo com consumidor,

usu-ário ou cliente. Trata-se de

um novo e recente sujeito

de direito, feito de

memó-rias, esquecimentos e

verda-des. Traçar as linhas de uma

imagem, moldura do que

seja esse indivíduo

consti-tui-se de objetivo

impor-tante para contextualizá-lo

perante as tecnologias de

informação e de

comunica-ção.

Por isso, torna-se

essen-cial analisar as estruturas

jurídicas de relacionamento

dos titulares com os

con-troladores dos dados. E não

só através das questões

re-lacionadas com o

consenti-mento, o legítimo interesse

e de todas as hipóteses

le-gais admitidas para se

con-trolarem tais informações,

mas também pelas práticas

dos tratamentos de dados.

É o titularcentrismo em que

todos os tratamentos se

di-recionam para as

necessida-des dos titulares de dados.

Entender as práticas que

dissociam o titular de seus

dados nos auxiliará a

enten-der os recentes vazamentos

ocorridos nos

controlado-res, sendo que o mais

recen-te é o maior da história do

país. Os controladores,

pú-blicos e privados, por anos

a fio, relegaram à segurança

da informação o ostracismo

gerencial. Nunca investiram

o dinheiro suficiente para a

implementação de políticas

de segurança da informação

e proteção de dados e

sem-pre enxergaram esse

inves-timento, quando ocorria,

como um gasto

desneces-sário.

As leis existentes já são

suficientes para proteger e

ressarcir em face dos

abu-sos cometidos em caabu-sos de

violação de dados.

Entre-tanto, a labuta diária da

pro-teção de dados ressente-se

de uma visão que considere

os riscos e os gravíssimos

danos trazidos pela

incom-petência e inépcia dos

con-troladores em assegurarem

ou garantirem

minimamen-te a segurança dos dados

dos titulares.

A percepção desse

no-vo estado caótico de

vio-lação contínua de dados

só será alterada com uma

mudança de postura dos

controladores. Devem eles

enxergarem que as suas

práticas afetam a realidade

das pessoas e que, ao

cap-turar os dados dos

titula-res para desenvolverem os

seus negócios, estão

lidan-do com a vida deles e não

com objetos que podem

ser descartados ou

des-considerados nas análises

de risco do negócio.

É urgente que os

con-troladores de dados não só

conheçam os direitos dos

titulares de dados, mas os

respeitem e sejam punidos

pelo mau uso. Assim como

é fundamental que todos

os titulares sejam

educa-dos na cultura da proteção

de dados e da privacidade

e tenham o pleno

conheci-mento das leis existentes e

que tenham acesso fácil às

informações, sem

obstácu-los, para corrigirem, se

opo-rem e excluíopo-rem seus dados.

O artigo 18 da LGPD

estabelece, entre outros

di-reitos, o direito de obter do

controlador os seus dados,

mediante requisição; o

di-reito de confirmação da

existência de tratamento de

dados; acesso aos dados;

correção de dados

incom-pletos; a anonimização dos

seus dados; o bloqueio ou

eliminação de dados

des-necessários, excessivos ou

tratados em

desconformi-dade com o disposto na

lei; eliminação dos dados

pessoais tratados sem o

consentimento do titular.

Infelizmente, na prática, a

implementação desses

di-reitos não ocorre.

Quando há um

investi-mento pelos controladores,

eles o fazem direcionado,

principalmente para a área

de tecnologia e de projetos.

Contudo, seguem alheios

aos fatores humanos

im-prescindíveis para a efetiva

implementação dos direitos

dos titulares, o que inclui o

treinamento de

colaborado-res e fornecedocolaborado-res e uma

melhoria das suas políticas

e práticas jurídicas. Muitas

vezes, por falta de

capaci-tação e entendimento da

proteção de dados, os

con-troladores não conseguem

prover os meios necessários

para fazer cumprir o

siste-ma protetivo e os direitos

dos titulares.

Diante da ausência da

efetiva aplicação da

legisla-ção, da falta de

investimen-to numa cultura da

seguran-ça da informação e de uma

área jurídica capacitada,

com entendimento

comple-to dos direicomple-tos dos titulares,

o controlador poderá falhar

na aplicação dos direitos

dos titulares e não cumprirá

as exigências da Autoridade

Nacional de Proteção de

Dados (ANPD), em termos

de adequação e

transparên-cia. Como sempre digo há

anos, não há segurança

ju-rídica sem segurança da

in-formação e vice-versa.

Para além das

tecnolo-gias, os riscos jurídicos da

não aplicação da LGPD

são muito maiores e

signi-ficativos. Se as políticas, os

contratos e os termos estão

em dissonância com as

prá-ticas executadas pelo

con-trolador, existe aí uma falha

que expõe, juridicamente, o

titular a violações de dados

pessoais, que podem

culmi-nar ou não no vazamento

de seus dados. Estar ciente

de que as garantias jurídicas

têm que acompanhar as

tec-nológicas e procedimentais

envolvidas no tratamento

de dados é dever objetivo

do controlador. E toda a

sociedade deve conhecer e

cobrar esses direitos.

Victor Hugo Pereira Gonçalves é

presidente do Sigilo – Instituto de

Defesa dos Titulares de Dados.

(3)

3

Monitor Mercantil l Quinta-feira, 18 de março de 2021

Conjuntura

FATOS &

COMENTÁRIOS

Marcos de Oliveira

Redação do MM

fatos@monitormercantil.com.br

Coroa Britânica e

seus paraísos fiscais

O

s seis principais paraísos fiscais no ranking do

Corporate Tax Haven Index 2021 são países da

OCDE ou suas dependências. Nos três primeiros lugares

aparecem as Ilhas Virgens Britânicas, Cayman e

Bermu-das. Tratam-se de três Territórios Britânicos Ultramarinos

onde o governo do Reino Unido tem plenos poderes para

impor ou vetar a legislação e onde o poder de nomear

funcionários do governo está com a Coroa Britânica.

Completam o ranking dos seis primeiros Holanda, Suíça e

Luxemburgo.

O índice publicado pela Tax Justice Network

documen-ta as maneiras pelas quais as regras fiscais corporativas

globais estabelecidas pela Organização para Cooperação e

Desenvolvimento Econômico (OCDE, já descrita como o

clube dos ricos e amigos dos ricos) falharam em detectar

e prevenir o abuso fiscal corporativo e, em alguns casos,

levaram os países a retroceder sua transparência tributária.

“Confiar na OCDE à luz das descobertas do Index

hoje é como confiar que uma matilha de lobos construa

uma cerca ao redor do seu galinheiro”, disse Dereje

Ale-mayehu, coordenador executivo da Tax Justice, em um

comunicado.

A análise da ONG diz que 98% dos riscos de abuso

fis-cal corporativo vêm de países nos quais a OCDE afirma

não permitirem práticas fiscais prejudiciais. “Em vez de

eliminar os paraísos fiscais, as regras globais da OCDE os

normalizaram”, acusa Moran Harari, o principal

pesqui-sador de índices da Tax Justice, em um comunicado. A

ONG propõe transferir a responsabilidade pelos padrões

tributários corporativos da OCDE para as Nações Unidas.

Intimidação e censura

Nos últimos 2 dias, a ANJ emitiu 3 notas repudiando

agressões a jornalistas do

Estado de Minas, Correio e Folha da

Região. A AGU processa um professor no Tocantins por

causa de um outdoor com críticas a Bolsonaro. E Felipe

Neto foi intimado pela polícia. Dias difíceis.

Rápidas

A Câmara de Vereadores RJ realiza nesta quinta-feira,

às 10h, audiência pública online para discutir o projeto de

reforma da previdência do prefeito Eduardo Paes *** De

fevereiro de 2019 a fevereiro de 2021, a Aspen Pharma,

através da parceria com o Selo Eureciclo, compensou

mais de 231 toneladas de plástico e aumentou em 15%

a renda adicional para as centrais de triagem parceiras e

diversos catadores remunerados *** O Cluster retorna em

forma digital neste domingo, das 14h às 21h, conectando

criadores, produtores, artistas e bandas no Instagram

@ocluster *** O presidente do Instituto Brasileiro de

Direito do Seguro (IBDS), Ernesto Tzirulnik, é um dos

autores do livro

Seguro, Logística e Infraestrutura – Brasil em

crescimento (editora Almedina). Venda em almedina.com.

br/produto/seguro-logistica-e-infraestrutura-brasil-em-crescimento-9260# *** O Conselho Regional de

Admin-istração (CRA-RJ) nomeou a administradora Fernanda

Maria Spinelli Tauil Rodrigues para ser a representante

oficial da instituição em Niterói. Ela substitui na função

o atual presidente do CRA-RJ, que foi o representante

anterior.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA SEGUNDA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE 2021 DA COOPERATIVA UNICOOPRO

DE CONSUMO DOS PROFISSIONAIS DE VENDAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

O Diretor Presidente da COOPERATIVA UNICOOPRO DE CONSUMO DOS PROFISSIONAIS DE VENDAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, CNPJ nº

29.320.446/0001-85, NIRE nº 33.4.0005616-7, Inscrição Estadual nº 11.416.284, com sede na Travessa Vila Iboty nº 30, sala 201, Centro, Nova Iguaçu/RJ, CEP 26255-240, convida a presença de todo o quadro societário composto de (24) vinte e quatro cooperantes para comparecer em sua sede no dia 27/03/2021 com primeira chamada as 08:00h, segunda chamada as 09:00h e terceira e última chamada as 10:00h, para participar da SEGUNDA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE 2021, com a seguinte pauta: (1) Entrada e/ou saída de associados; (2) Alterações estatutárias a serem

propostas, deliberadas e aprovadas ou não pela assembleia geral; (3) Processo

de formação de chapas para candidatura, eleição e posse para novo mandato quadrienal 2021/2025. Nova Iguaçu/RJ, 18 de março de 2021. Alexandre Azevedo Tavares Ferreira - Diretor Presidente - CPF 074.356.827-30.

ABEL SALES EMPRESARIAL LTDA

CNPJ Nº 02.177.494/0001-00 - NIRE: 3320588405-6. EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE REUNIÃO DE SÓCIOS. Ficam convocados os sócios

para reunião, a realizar-se em primeira convocação com a presença de titulares de no mínimo três quartos do capital social, no dia 25/03/2021, às 10 h 00 min e, em segunda convocação, com qualquer número de titulares do capital social no dia 26/03/2021 as 10h00min, na sede social a Rua Capitão Resende, 408 apt 411 parte Bairro Cachambi, Rio de janeiro/RJ, para apreciar e deliberar sobre a seguinte ordem do dia (1) - Comunicar (JUCERJA) que deseja manter-se em funcionamento, conforme art 60,§4° da lei 8.934/94,(2) Consolidar o contrato social nos termos da lei 10.406/2002. (3) - A sociedade mudará de natureza jurídica de sociedade empresária para sociedade simples limitada. (4) - Mudança de registro dos atos da sociedade da JUCERJA, para o RCPJ-RJ. Raimundo Nonato Abel De Sales - Sócio Administrador

CASCADURA PARTICIPAÇÕES S.A.

CNPJ/ME nº 24.107.184/0001-51 - NIRE 33.3.0032353-8

Ata da AGE realizada em 05/02/21. Data, Horário e Local. No dia 05/02/21,

às 12:30 horas, na sede social da Cia., na Rua Alcindo Guanabara, 25/1.804, Centro/RJ. Convocação e Presença. Dispensada a convocação prévia, nos termos do art. 124, § 4º da Lei 6.404/76, conforme alterada, tendo em vista o comparecimento de acionista representando a totalidade do capital social da Cia., conforme assinaturas constantes no Livro de Registro de Presença de Acionistas da Cia.. Mesa. Presidente: Marcelo Hudik Furtado de Albuquer-que. Secretária: Bianca Falcone. Ordem do Dia. Deliberar sobre (i) a renún-cia da Sra. Ana Luiza de Figueiredo Brandão Squadri ao cargo de Diretora sem Designação Específica da Cia.; e (ii) nova eleição dos membros da Diretoria. Deliberações. Após exame e discussão das matérias constantes da ordem do dia, deliberou-se, sem ressalvas e por unanimidade: (i) Aceitar a renúncia da Sra. Ana Luiza de Figueiredo Brandão Squadri, brasilei-ra, solteibrasilei-ra, bacharel em engenharia, RG 25.789.461-8, DETRAN/RJ e CPF 136.878.207-85, ao cargo de Diretora sem Designação Específica da Cia., conforme carta de renúncia enviada no dia 05/02/21. A Cia. e a Sra. Ana Lui-za de Figueiredo Brandão Squadri conferem-se mutuamente a mais ampla, plena, rasa, irrevogável e irretratável quitação em relação a todos os direitos e obrigações de cada um. (ii) Eleger para o cargo de Diretor Presidente, o Sr. Marcelo Hudik Furtado de Albuquerque, brasileiro, casado, bacharel em administração, RG 11.605.282-0, IFP/RJ e CPF 025.989.187-89, e para o cargo de Diretor sem Designação Específica, o Sr. Felipe Franco da

Sil-veira, brasileiro, casado, administrador, RG 14.157.566-9, SSP/SP e CPF

261.377.018-08, ambos com mandato de 2 anos a contar da presente data, permitida a reeleição, conforme o estatuto social da Cia.. O acionista, desde já, autoriza a prática e assinatura pelos Diretores da Cia. de todos os atos necessários e relacionados às Ordens do Dia. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, e como nenhum dos presentes quis fazer uso da palavra, foram encerrados os trabalhos, lavrando-se a presente ata. Reabertos os trabalhos, esta ata foi lida e aprovada, tendo sido assinada por todos os presentes. RJ, 05/02/21. Mesa: Marcelo Hudik Furtado de Albuquerque

- Presidente; Bianca Falcone - Secretária. Jucerja em 01/03/21 sob o nº

4023019. Bernardo F. S. Berwanger - Secretário Geral.

PIB trimestral recua 0,3% em

janeiro em relação a janeiro de 2020

O Produto Interno Bruto

acumulado no trimestre

en-cerrado em janeiro deste ano

caiu 0,3% na comparação

com o trimestre findo em

ja-neiro de 2020. O dado é do

Monitor do PIB, divulgado

nesta quarta-feira pela

Fun-dação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com a pesquisa,

o PIB recuou 0,8% no mês

de janeiro, na comparação

com o mesmo mês do ano

passado. No entanto, foram

registrados crescimentos de

2,4% no trimestre encerrado

em janeiro deste ano na

com-paração com o trimestre

ime-diatamente anterior

(encerra-do em outubro) e de 0,5% no

mês em relação a dezembro

de 2020.

Na comparação do

tri-mestre findo em janeiro

deste ano com o

trimes-tre encerrado em janeiro

do ano passado, o

consu-mo das famílias caiu 2,9%.

As exportações recuaram

2,5%, ao mesmo tempo que

as importações tiveram alta

de 5,5%. A formação

bru-ta de capibru-tal fixo, isto é, os

investimentos, apresentou

crescimento de 16% no

pe-ríodo.

Câmara derruba vetos de Bolsonaro a projetos de lei

A Câmara dos

Deputa-dos derrubou nesta

quarta-feira vetos do presidente

Jair Bolsonaro a nove

pro-jetos de lei. Em virtude da

pandemia de Covid-19, as

sessões estão funcionando

por etapas e os senadores

ainda precisam confirmar

a decisão pelos vetos. Foi

derrubado o veto a trechos

da Lei de Diretrizes

Orça-mentárias (LDO) em vigor,

caindo restrições a repasses

da União para municípios

com até 50 mil habitantes

atualmente

inadimplen-tes. Também poderão ser

repassados recursos para

construção, ampliação ou

conclusão de obras por

en-tidades do setor privado.

Também foi derrubado

o veto ao projeto de lei que

concede indenização aos

pro-fissionais da linha de frente

de combate à Covid-19, que

prevê indenização de R$ 50

mil para os que ficaram

per-manentemente incapacitados

após a doença. A proposta

havia sido vetada

integral-mente por Bolsonaro, sob a

alegação de a lei de repasse

de recursos para os estados

e municípios enfrentarem o

período de pandemia proíbe

a concessão de benefícios

indenizatórios para agentes

públicos.

Os deputados restauraram

o dispositivo do pacote

anti-crime que triplica as penas de

crimes contra a honra

come-tidos ou divulgados pelas

re-des sociais, vetado por

Bolso-naro em dezembro de 2019.

Na ocasião, 25 itens do

pro-jeto foram vetados. Outro

ponto retomado pelos

depu-tados foi a atribuição dada ao

Ibama para definir o uso dos

recursos obtidos com o

Pro-grama Federal de

Pagamen-to por Serviços Ambientais

(PFPSA).

Fed segura taxa de juros quase a zero

Mantido programa de compras de títulos em US$ 120 bi ao mês

O

Federal Reserve

(Fed), o banco

central dos

Es-tados Unidos, optou por

prosseguir com sua taxa de

juros estável entre zero e

0,25%. A decisão foi

anun-ciada nesta quarta-feira,

após dois dias de reunião.

Também foi mantido o

programa de compras de

tí-tulos de ao menos US$ 120

bilhões ao mês.

A razão para manutenção

da taxa é que a economia

do país estaria dando sinais

de melhora, apresentando

crescimento. Lembrando

que os EUA já vacinaram

mais de um quinto da

popu-lação e mais de dois milhões

de doses são aplicadas

dia-riamente. Esta é a meta do

presidente, Joe Biden.

Após a decisão do Fed,

o dólar começou a cair no

Brasil. Por volta das 15h22,

a moeda registrava queda de

0,25%, cotada a R$ 5,6051.

“Depois de uma moderação

no ritmo da recuperação,

os indicadores de atividade

econômica e de emprego

melhoraram recentemente,

ainda que os setores mais

adversamente afetados pela

pandemia permaneçam

fra-cos”, disse o colegiado do

Fed.

Compra de títulos

Em seu comunicado de

decisão de política

monetá-ria divulgado após reunião

de dois dias (a reunião

co-meçou na terça-feira), o Fed

se comprometeu ainda a dar

continuidade ao seu

progra-ma de compra de títulos de

ao menos US$ 120 bilhões

ao mês, “até que haja

pro-gressos substanciais m

di-reção às metas de emprego

máximo e estabilidade de

preços do Comitê”.

Conforme o G1, o

co-mitê disse ainda que a taxa

de juros pode permanecer

próxima ao piso por algum

tempo. No documento, o

Fed afirma que será

‘apro-priado’ manter essa taxa até

que as condições do

merca-do de trabalho “alcancem

um nível consistente com as

avaliações do comitê sobre

emprego máximo, e que a

inflação chegue a 2% e

es-teja a caminho de exceder

moderadamente os 2%

du-rante algum tempo”.

Recuperação

Em 20 de janeiro deste

ano, uma reportagem do El

País apontou que os EUA

re-cuperaram apenas dois terços

de seu produto interno bruto

(PIB) desde que começou a

pandemia de Covid-19. Além

disso, 56% dos empregos

perdidos desde o início da

pandemia de covid-19, de

acordo com o Bank of

Ame-rica. O banco estima que a

recuperação total não

acon-tecerá até o terceiro

trimes-tre de 2021 e os dados mais

recentes apontam para uma

segunda queda.

Em 14 de janeiro, o

De-partamento do Trabalho

anunciou que 1,15 milhão

de norte-americanos se

de-clarou desempregado, o

nú-mero mais alto desde julho,

quando a primeira onda de

contágios levou a

confina-mentos rigorosos. Donald

Trump foi o primeiro

pre-sidente da história de seu

país a deixar o cargo com

menos empregos do que

quando chegou, conforme

uma análise da Moody’s

Analytics.

(4)

Negócios & Empresas

4

Quinta-feira, 18 de março de 2021

l Monitor Mercantil

Antonio Petrobelli

pietrobelliantonio0@gmail.com

LEILÕES &

COMPANHIA

Leilão de trens do

Corcovado

N

o próximo dia 31, o ICMBio e o Ministério do Meio

Ambiente, em parceria com o leiloeiro Jonas

Morei-ra, realizarão por meio de leilão a venda dos trens

subs-tituídos do Corcovado. O leilão acontecerá pela internet

através do site mgl.com.br/leilao/11715/lotes.

De acordo com o relatório de avaliação emitido pela

ICMBio, “os bens ainda são funcionais, mas devido ao

tempo de uso (40 anos) são necessárias reformas, bem

como a realização de manutenção preventiva e de

roti-na”. Os equipamentos trazem consigo um grande valor

histórico e cultural, que poderão a partir de agora agregar

esse valor a investimentos particulares tais como:

super-mercados, redes de fast food, restaurantes e seguimentos

relacionados ao turismo.

Apartamento na Cinelândia

Schulman promove leilão do apartamento 201/202 do

edifício na Rua Álvaro Alvim, 48, Centro, Rio de

Janei-ro, medindo aproximadamente 30 m². A avaliação está

estipulada em R$ 150.000,00. A venda será realizada pela

melhor oferta, sendo o preço mínimo estabelecido pelo

juiz de R$ 75.000,00. Leilão programado para o dia 26 de

março. Detalhes em schulmannleiloes.com.br/leilao

Loja na Av. das Américas

Fabiano Yupp (fabianoayuppleiloeiro.com.br) comunica

a realização de leilão da loja T do Centro Comercial San

Francisco Top Town, a ser construído com o nº 15.000

pela Avenida das Américas, na Freguesia de Jacarepaguá,

e a correspondente fração ideal de 4/153 do terreno,

designado por lote 01 da quadra “p” do PAL 31.864, que

mede em sua totalidade 47,20m de frente pela Avenida

das Américas, Avaliação: R$ 470.000,00. Leilão acontecerá

no dia 23 de março.

Promoção na

Ilha do Governador

Valeria Kahn (mvleiloes.com.br) publica que administra

leilão de apartamento na Proa Congonhas do Campo, 155,

Bancários, na Ilha do Governador. Está situado em

imó-vel de construção de concreto e alvenaria de tijolos com

muro alto e fachada de pedras e dois portões de ferro e

janelas com esquadrias de alumínio, com posição recuada

do alinhamento da via pública, com 12m de frente, 12,9 de

fundos, 42,1 pelo lado direito e 46,8m pelo lado esquerdo,

possui 50m² e idade de 1969, bem. O imóvel foi avaliado

em R$ 200.000,00. Leilão programado para 25 de março.

Sala comercial em Madureira

Juliana Vettorazzo (jvleiloes.lel.br) divulga o

agenda-mento de leilão de sala comercial, situada na Rua Dagmar

da Fonseca, 17.303 em Madureira/RJ, posição frente,

com área edificada de 37m², composta de sala e banheiro.

Localizada em rédio comercial com 6 pavimentos,

sen-do 5 unidades por andar, 2 elevasen-dores (social e serviço)

e circuito de camêra interna de segurança. Avaliação: R$

210.000,00. O leilão acontecerá no dia 7 de abril.

Capela jazigo em leilão

Raul Barbosa (raulbarbosa.lel.br/index.html) está

leilo-ando capela jazigo a 150m do portão principal do

cemi-tério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro.

O jazigo tem espaço para seis sepultados + caixas. Área

nobre, sem escadas. Revestimento granito, detalhes

bron-ze maciço. Vazia, documentação perfeita.

Tarifas de celulares

e computadores são

reduzidas em 10%

A

partir da próxima

semana, bens de

capital e

equipa-mentos de informática e

te-lecomunicações comprados

no exterior pagarão 10% a

menos de Imposto de

Im-portação para entrarem no

país. A medida foi aprovada

nesta quarta-feira em

reu-nião do Comitê Executivo

de Gestão (Gecex) da

Câ-mara de Comércio Exterior

do Ministério da Economia

(Camex).

Os bens de capital são

máquinas e

equipamen-tos usados na produção.

Em nota, o Ministério da

Economia informou que a

medida vai reduzir custos

e aumentar a

competitivi-dade de diversos setores da

economia e beneficiar os

consumidores, que pagarão

menos para comprar itens

como computadores e

ce-lulares. Por causa da

desva-lorização do real no último

ano, esses produtos tiveram

alta considerável de preços

no país.

Ao todo 1.495 produtos,

incluídos os subtipos,

tive-ram a alíquota de

importa-ção reduzida. Por envolver

bens de capital e bens de

informática e de

teleco-municações, a medida não

dependeu de negociação

com os demais parceiros do

Mercosul. Como a

mudan-ça ocorreu num imposto

regulatório (usado para

re-gular a economia), o

gover-no não precisa elevar outros

impostos ou cortar gastos

para compensar a perda de

arrecadação, como

deter-mina a Lei de

Responsabi-lidade Fiscal para os demais

tipos de tributos.

Atualmente, as tarifas de

importação desses

produ-tos variam de zero a 16%

para as mercadorias que

pa-gam a tarifa externa comum

(TEC) do Mercosul. Com a

redução, uma máquina que

paga 10% de imposto para

entrar no país pagará 9%.

Um eletrônico tarifado em

16% passará a ser tarifado

em 14,4%. Os itens

tarifa-dos em 2% terão redução

maior e terão a alíquota

ze-rada. Segundo o Ministério

da Economia, a medida

di-minui a burocracia e facilita

a vida dos importadores e

dos consumidores.

O Ministério da Economia

detalhou algumas reduções.

Os celulares e computadores

do tipo laptop terão o

Im-posto de Importação

reduzi-do de 16% para 14,4%. No

caso de equipamentos

médi-cos de raio-X e microscópios

ópticos, a alíquota passará

de 14% para 12,6%. Outros

produtos beneficiados pela

medida são máquinas para

panificação e fabricação de

cerveja e bens de capital

re-lacionados à construção civil,

como guindastes,

escavadei-ras, empilhadeiescavadei-ras,

locomoti-vas e contêineres, entre

ou-tros itens.

As alíquotas reduzidas

entrarão em vigor sete dias

depois da publicação da

re-solução da Camex. Segundo

o Ministério da Economia,

o texto deve ser publicado

oficialmente amanhã (18)

no Diário Oficial da União.

Em outra decisão, a

Ca-mex revogou a resolução

que reduzia o Imposto de

Importação de bicicletas.

Anunciada no mês passado

pelo presidente Jair

Bol-sonaro, a medida reduzia

progressivamente, de 35%

para 20%, a tarifa sobre as

bicicletas importadas e

vi-nha sendo criticada pelos

fabricantes brasileiros,

prin-cipalmente da Zona Franca

de Manaus.

Castro prorroga medidas contra

covid-19 por mais uma semana

O

governo do Rio

de Janeiro decidiu

estender por mais

uma semana os efeitos do

decreto editado na última

sexta-feira que endureceu

as medidas restritivas para

conter o avanço da covid-19

no estado. Dessa forma, está

mantido em todos os

muni-cípios fluminenses o toque

de recolher entre as 23h e as

5h. Durante este horário, é

proibida a permanência de

pessoas nas vias públicas.

A princípio, o decreto

te-ria validade até esta

quinta--feira. Segundo o governo,

a extensão dos efeitos do

decreto foi definida com

ba-se em dados técnicos

apre-sentados pela Secretaria de

Estado de Saúde. Conforme

a decisão anunciada

nes-ta quarnes-ta-feira, as medidas

continuam em vigor até o

próximo dia 25.

O Rio de Janeiro, bem

co-mo os demais estados

brasilei-ros, atravessa um dos

momen-tos mais críticos desde o início

da pandemia de covid-19. A

taxa de ocupação de leitos de

unidade de terapia intensiva

(UTI) disponibilizados na

re-de pública para pacientes com

covid-19 alcançou 94% na

ca-pital fluminense.

Em todo o país, foram

registradas na última

terça--feira 2,84 mil mortes por

covid-19), mais um recorde

diário.

Em nota, o governo pede

que a população fortaleça

ações como distanciamento

social e mantenha o uso de

máscaras. Além do toque de

recolher, o governo

estadu-al manteve o veto às festas

com bilheteria, que não têm

caráter social.

Comemora-ções de 15 anos, casamentos

e formaturas podem

ocor-rer, desde que se respeite o

limite de 50% de ocupação

nas casas de festa.

Da mesma forma, bares e

restaurantes podem

funcio-nar com metade da

capaci-dade de lotação, mas

preci-sam fechar as portas às 23h.

Já os serviços de delivery e

drive-thru estão permitidos

sem limitação de horário.

Parques, museus, cinemas,

teatros, academias e clubes

sociais também devem

res-peitar o limite de ocupação

de 50%. “Ficam mantidas as

atividades esportivas de alto

rendimento, sem público,

respeitando-se os devidos

protocolos e autorizados

pela Secretaria de Estado de

Saúde”, informa o governo.

Busca por novos negócios

triplica faturamento da Xsfera

O

ano de 2020 foi

marcado pela

cor-rida de fintechs,

bigtechs, bancos e

empre-sas de outros segmentos

em busca, não só da melhor

forma de se posicionar para

aproveitar a revolução que

está em curso na indústria

financeira, mas

principal-mente sobre como fazer

isso sem correr riscos

estan-do em plena conformidade

com as normas do Banco

Central e dos órgãos

regu-ladores. Consolidada como

referência no

direcionamen-to destas demandas, a

bouti-que de consultoria

estratégi-ca, de negócios e regulatória

Xsfera registrou, no período,

um volume de faturamento

três vezes superior ao do

ano anterior, tendo em sua

carteira de clientes desde

gi-gantes globais da tecnologia

até líderes locais de

segmen-tos como varejo, indústria,

logística, utilities, tecnologia,

internet, real estate e

educa-ção, entre outros.

Para este ano, a projeção

é de um crescimento

seme-lhante, uma vez que quanto

mais as inovações previstas

nos anos anteriores se

tor-nam realidade, mais

oportu-nidades são identificadas

pe-lo mercado e a procura por

orientação de qualidade na

tomada de decisão aumenta.

Os fundadores da

Xsfe-ra, Fausto Ferraz, Bruno

Segatto e Arthur Rodrigues

se baseiam em exemplos

como o PIX, que após

pou-co mais de três meses de

lançamento já acumula um

volume de transações cinco

vezes maior do que a

quan-tidade de TEDs realizadas

em 2021. Para os próximos

meses ainda estão previstas

novas funcionalidades

co-mo o PIX em conta salário,

o saque PIX em

estabeleci-mentos comerciais e o PIX

por aproximação. Enquanto

isso, começam a entrar em

vigor as etapas de

implanta-ção do Open Banking, que

prometem revolucionar a

indústria financeira.

“Cada avanço amplia as

possibilidades de estratégias.

Todos querem aproveitar as

oportunidades, mas querem

estar certos de terem

esco-lhido os melhores caminhos

para evitar problemas na

área regulatória. A

experi-ência dos profissionais da

Xsfera na coordenação em

todas as fases da construção

de alguns dos maiores casos

de sucesso de fintechs e

ban-cos digitais do país serve

co-mo referencial de qualidade

e eficiência”, diz o CEO da

Xsfera, Fausto Ferraz.

Ao longo de 20 anos de

atuação no setor, os sócios

da Xsfera já coordenaram

mais de uma centena de

pro-cessos de autorização junto

ao Banco Central e dezenas

de estruturações em regime

turn-the-key de novas

ope-rações financeiras. “Para os

novos entrantes, e até para as

empresas que já oferecem

ser-viços financeiros e estão se

re-estruturando para estes novos

tempos, ter o suporte com

es-te nível de know-how permies-te

um patamar de assertividade

nas escolhas que representa

um diferencial competitivo de

extrema relevância”, afirma

Segatto.

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