• Nenhum resultado encontrado

A Unipública. Os Cursos. - Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A Unipública. Os Cursos. - Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público"

Copied!
80
0
0

Texto

(1)
(2)
(3)

A Unipública

Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos, consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios.

Os Cursos

Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância

(e-learning/online), a escola investe na qualidade e seriedade, garantindo aos alunos:

- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público

- Certificados de Participação

- Tira-dúvidas após a realização do curso

- Controle biométrico de presença (impressão digital) - Corpo docente especializado e atuante na área - Atendimento personalizado

- Rigor no cumprimento de horários e programações - Fotografias individuais digitalizadas

- Material de apoio de qualidade - Coffee Breaks em todos os períodos

-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno) onde será disponibilizado o certificado de participação para impressão, grade programática, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat com outros alunos e contato direto com professores.

(4)

Público Alvo

- Servidores públicos municipais (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores, atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .

- Vereança e Prefeitos (a)

Localização

Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Clotário Portugal nº 39, com estrutura apropriada para realização de vários cursos simultaneamente.

Feedback

Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação 9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.

Transparência

Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos e notas de avaliação dos alunos, todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.

Qualidade

Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério define seu corpo docente.

(5)

Missão

Preparar os servidores municipais, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas respectivas áreas de atuação e contribuir com:

a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos

b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para os agentes públicos

c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão

Visão

Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos seus alunos e equipe de colaboradores.

Valores  Reputação ilibada

 Seriedade na atuação

 Respeito aos alunos e à equipe de trabalho  Qualidade de seus produtos

 Modernização tecnológica de metodologia de ensino  Garantia de aprendizagem

 Ética profissional

SEJA BEM VINDO!

BOM CURSO!

Telefone (41) 3323-3131

Sede Própria: Rua Desembargador Clotário Portugal, n° 39, Centro.

(6)
(7)

Programação

Dia: 22

| Horario: 9h às 12h

O Sistema de Registro de Preços

a) Conceito, Suporte Legal e vantagens

b) Modalidades de Licitações Admissíveis

c) A Implantação

d) Padronização

e) A Licitação

f) A Ata de Registro de Preços

g) As contratações

h) A prorrogaçãog) cotas

h) período eleitoral

i) banca examinadora

j) posse dos aprovados

k) pontos mais polêmicos

Dia: 22

| Horario: 13h30 às 17h30

Procedimentos do RP

a) Publicações e prazos

b) Preferência do beneficiário do registro

c) A obrigatoriedade do fornecimento

d) Participação múltipla no SRP

e) O cancelamento do registro

f) Generalidades

Dia: 23

| Horario: 9h às 12h

Responsabilizações no R.P. e nas Licitações

a) vias de apuração (administrativas e judiciais)

b) de terceiros (fornecedor ou não)

c) das Comissões (de RP ou de Licitação)

d) dos leiloeiros

e) das autoridades

f) sanções administrativas aplicáveis

g) penas criminais aplicáveis

(8)

Professores:

Clayson do Nascimento Andrade: Assessor

Jurídico do Tribunal de Justiça-PR -

Palestrante

-

Especialista

em

Direito

Administrativo

Jonias de O. e Silva: Advogado e Consultor -

Especialista em Administração Pública e

Direito Constitucional

(9)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página1

SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS- SRP

Clayson do Nascimento Andrade

Parabéns a você que busca se aperfeiçoar para prestar um serviço de melhor qualidade. Só por meio da capacitação adequada será possível dotar de eficiência os processos de contratação, minimizando riscos e majorando os bons resultados.

Querer conhecer o Sistema de Registro de Preços – SRP (ou licitações e contratos administrativos) significa lidar com leis, decretos e outros diplomas normativos.

O servidor público, como agente do Estado no desempenho funções que visam o atendimento do interesse comum, está vinculado ao princípio da legalidade – ou seja, só pode fazer aquilo que está previsto em lei (diferente dos particulares que podem fazer tudo o que a lei não proíbe).

Sendo assim, é fundamental que conheça as regras aplicáveis aos procedimentos com os quais quer trabalhar.

Por isso, fica aqui minha primeira recomendação: para entender de licitações e procedimentos de contratação (incluindo o SRP) é fundamental estudar a Lei nº 8.666/93, Lei nº 10.520/02 e o Decreto Federal nº 7.892/13 (dentre outros). Portanto, para serem bem sucedidos com o SRP leiam atentamente estes diplomas e complementem a leitura com algum escritor que aborde o tema.

A respeito de escritores, sugiro três que, embora não tratem somente de registro de preços, apresentam obras de grande importância para os que se lançarem na lida das

(10)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página2 licitações e contratos públicos: Joel de Menezes Niebuhr com seu livro “Licitação Pública e Contrato Administrativo” da Editora Fórum; Marçal Justen Filho com o mais completo livro sobre o assunto “Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos” da Editora Dialética; o terceiro, um autor indispensável, cuja obra contempla as inovações do Decreto nº 7.892/13 é Jorge Ulisses Jacoby Fernandes. O livro é o “Sistema de Registro de Preços e Pregão Presencial e Eletrônico” (Editora Fórum), um manual detalhado do passo-a-passo para a correta utilização deste sistema de contratações.

Assim, de início, deixo minha forte recomendação e incentivo para que estudem aprofundadamente o tema.

Vamos, então, à nossa aula!

O que é o Sistema de Registro de Preços (SRP)? Definição legal:

“É o conjunto de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras.”

(Decreto Federal nº 7.892/13, art. 2º, inciso I).

Definição prática

É um registro de fornecedores, bens/serviços e seus respectivos preços, decorrente de uma licitação específica para este fim (licitação esta que ocorre nas modalidades concorrência ou pregão), que permite obter o objeto registradoquando e se for necessário.

Usando uma figura de linguagem, podemos comparar o registro de preços à prateleira da mercearia perto da nossa casa: se faltar alguma coisa, corremos lá e compramos o que precisamos.

O SRP é utilizado quando o ente da Administração Pública está diante de uma necessidade de bens ou serviços de uso frequente, cuja definição de quantidade seja de difícil/incerta previsão (passagens aéreas, combustível, reparos automotivos, etc.) ou quando for conveniente que os bens sejam entregues parceladamente ao longo do tempo (merenda escolar, por exemplo).

Nesses casos,o ente interessado especifica o objeto, define uma quantidade estimativa do que pretende contratar, promove pesquisa de preços, realiza a licitação e elabora a ata de registro de preços.

(11)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página3 (Obs: lembre que o registro de preços não é uma modalidade de licitação, mas sim um procedimento especial de contratação que ocorre mediante uma licitação! Para fazer o registro de preços é necessário abrir uma licitação na modalidade pregão ou concorrência).

Com os preços e quantidades registrados em ata, o ente público passa a contratar o objeto respectivo quando e se houver necessidade.

Ou seja, é uma espécie de cadastro – em que ficam registrados os itens, seus respectivos preços e os fornecedores – para futura e eventual contratação.

Como funciona o SRP?

É promovida uma licitação específica para registrar preço e o resultado desta licitação é uma ata, denominada “ata de registro de preços”. Veja que o resultado da licitação não é o objeto que se buscar contratar e sim uma ata em que estarão registrados os bens e/ou serviços desejados.

Sendo necessário, o ente público utiliza-se da mencionada ata para promover a efetiva contratação.

Esta efetivação ocorre assim:

1. Identificação da necessidade – alguém faz um pedido requerendo o fornecimento de um bem ou a prestação de um serviço para o setor encarregado das contratações (setor de compras, patrimônio, setor de licitações, etc.);

2. Verificação da existência de ata – O servidor encarregado de atender ao pedido verifica se existe ata de registro de preços vigente que contemple a contratação solicitada;

3. Verificação de saldo na rubrica orçamentária respectiva – No setor contábil faz-se a verificação de saldo para a contratação solicitada;

4. Emissão do empenho (e, eventualmente, também elaboração do contrato) – havendo o saldo é emitido o empenho. Caso se trate de serviço de duração continuada (limpeza, vigilância, recepção, manutenção, ou seja, serviços terceirizados em geral e outros assemelhados), além do empenho é necessário também elaborar o contrato que regerá a prestação do serviço;

5. Entrega do empenho e abertura do prazo para que o beneficiário da ata entregue o bem/serviço – é feito contato com o beneficiário da ata (o fornecedor que consta da ata de registro de preços) para repasse do empenho; recebido o empenho o fornecedor passa a ter a obrigação de entregar o bem/serviço dentro do prazo estabelecido no edital de licitação e na ata de registro de preços. Caso não o faça estará sujeito a sanções. No caso de serviço de duração continuada a entrega do empenho é acompanhada da convocação para assinatura do contrato.

(12)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página4 Como peculiaridade deste sistema, temos que a Administração não tem o dever de indicar precisamente o quantitativo e, ainda, não está vinculada a adquirir toda quantidade estimada.

Ele possibilita que as contratações sejam efetuadas na medida da necessidade da Administração, enquanto estiver válida a ata do registro.

Exemplo prático

O ano acabou de começar e há a necessidade de preparar a aquisição de material de expediente para as escolas municipais.

O problema é que, até agora, os responsáveis não enviaram nem a relação dos materiais nem a previsão de quantidades.

Não se sabe também quando será a abertura do exercício financeiro do Município, o que impossibilita a indicação de crédito orçamentário e, por consequência, o início de licitação convencional.

Como trabalhar de maneira eficiente nessa situação? Utilizando o SRP!

Com base na lista de materiais licitados no exercício anterior,verifica-se as quantidades adquiridas, faz-se um acréscimo para garantir uma margem de segurança e inicia-se o SRP.

Vantagens do SRP

Do pouco que se falou já é possível antever algumas vantagens do SRP: a) redução do número de licitações;

b) agilidade na aquisição de produtos e contratação de serviços, nem sempre possível pela liberação tardia de recursos ou entraves burocráticos das licitações convencionais; lembrando que para licitar com o objetivo de registrar preços é desnecessário indicar dotação orçamentária de acordo com o § 2º do art. 7º do Decreto Federal nº 7.892/13 que só exige efetiva disponibilidade orçamentária na hora da contratação;

c) controlar os problemas relativos ao fracionamento indevido de despesa;

d) ampliar o prazo de validade das propostas (de 60 dias – art. 64, §3º, Lei 8.666/93 – para 1 ano)

e) tornar mais eficiente a contratação a partir da possibilidade de se escolher, conforme a necessidade, momento e quantidade dos bens e serviços efetivamente necessários. Diz o art. 16 do Decreto Federal nº 7.892/13 que “a existência de preços registrados não obriga a administração a contratar”.

(13)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página5 No Paraná, a Lei Estadual nº 17.081 de 09/02/2012definiu que, mesmo nos Registros de Preços, deverá existir uma quantidade mínima de contratações:

“Art. 1º. O administrador público que adotar o “Sistema de Registro de Preços”, visando a aquisição de bens e de serviços, deverá adquirir no mínimo 65% (sessenta e cinco por cento) dos bens definidos e estimados no processo de compra, salvo por motivo devidamente justificado, expondo as razões de fato e de direito, a fim de que seja comprovada a boa fé.

Art. 2º. No caso do não cumprimento do disposto no artigo anterior, fica a Administração Pública sujeita às sanções cabíveis pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná, sem prejuízo de medidas legais no âmbito civil.

Art. 3º. Estão sujeitos à aplicação desta Lei, todos os órgãos públicos afetos ao controle e fiscalização do Tribunal de Contas do Estado do Paraná.”

A constitucionalidade desta lei é questionável, pois o Estado do Paraná não detém competência legislativa para estabelecer norma geral de licitação (conforme art. 22, inc. XXVII da Constituição Federal esta competência é exclusiva do Congresso Nacional), não podendo, a rigor, estabelecer este tipo de regra para os Municípios sob a fiscalização do Tribunal de Contas do Estado.

Legislação aplicável ao SRP

Lei nº 8.666/93– Lei Nacional de Licitações e Contratos Administrativos

“Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:

(...) II - ser processadas através de sistema de registro de preços;”

Decreto Federal nº 7.892/13 (alterado pelo Decreto Federal nº 8.250/14)–Regulamentao Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666/93.

Outras leis e decretos específicos de cada ente da Federação – Exemplo: Lei Estadual (Paraná) nº 15.608/07.

Como normatizar o uso do SRP?

O seu Município ou Estado não tem lei ou decreto próprios regulamentando o SRP? Se a resposta é não, não se preocupe.

A Lei nº 8.666/93 é a lei nacional de licitações – aplicável às 3 esferas federativas (União, Estados e Municípios) – e todas as contratações públicas estão a ela subordinadas.

Vejamos o que diz a Lei nº 8.666/93:

(14)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página6

(...)

§ 1º O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.

§ 2º Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da Administração, na imprensa oficial.

§ 3º O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições:

I - seleção feita mediante concorrência;

II - estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados; III - validade do registro não superior a um ano.

§ 4º A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as

contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios,

respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.

§ 5º O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser informatizado.

§ 6º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.

Vemos que a Lei de Licitações traz os contornos gerais do sistema, podendo ser utilizada diretamente, sendo desnecessária a existência de decreto que detalhe suas regras.

Todavia, para melhor uso do SRP é importante estabelecer procedimentos mais detalhados, particularizando a disciplina legal geral às peculiaridades de cada ente licitante.

Contudo, como já dito, é desnecessária a edição de decreto, porque o SRP pode ser normatizado a partir do próprio edital.

A respeito do tema, vale destacar o que ensina Marçal Justen Filho:

“(...) a disciplina constante da Lei é perfeitamente suficiente para instituir-se o sistema de registro de preços. Não há necessidade de veiculação de outras regras complementares. (...)

a função regulamentar é inerente à edição do ato convocatório da licitação. O edital é instrumento pelo qual se adaptam para o caso concreto as regras gerais contidas na lei

(...)”. (in Comentários à Lei de Licitações, 14ª Ed. , p. 195).

Assim, para detalhar os procedimentos do SRP é possível utilizar o próprio edital, buscando regras em um diploma legal vigente, por exemplo, o Decreto Federal nº 7.892/13.

(15)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página7 Se você está na esfera estadual ou municipal, a utilização do Decreto Federal nº 7.892/13 dependerá da existência ou não, no âmbito de sua atuação, de outro normativo legal que regulamente o SRP.

Se houver, você estará vinculado à regulamentação local. Se não houver, o edital – conforme vimos acima na lição de Marçal Justen Filho – poderá estabelecerque a utilização do registro de preços respeitará as normas do Decreto Federal nº 7.892/13.

O que temos visto na prática é que os Estados e Municípios, na sua grande maioria, têm seguido as disposições do Decreto Federal nº 7.892/13,e isso é natural.

O Governo Federal dispõe de melhor estrutura para elaborar regulamentos que tratam de particularizar procedimentos da Lei nº 8.666/93, de modo que seguir o referido decreto é optar por trilhar um caminho mais seguro.

Há de se considerar ainda que a doutrina e jurisprudência dominantes, em geral, se referem às normas federais quando tratam do SRP, o que facilita a pesquisa, o estudo e a prática dos agentes públicos envolvidos no gerenciamento do registro.

Se você não é servidor federal e decidir utilizar o Decreto Federal nº 7.892/13, deve ficar atento para algumas regras cuja obrigatoriedade é imposta somente aos servidores federais.

A exemplo, temos o art. 4º deste decreto que dispõe sobre a intenção de registro de preços, determinando que a licitação que preceder o SRP deve ser divulgada no SIASG (sistema de administração e serviços gerais) para que outros órgãos possam manifestar a intenção de licitar conjuntamente para, assim, aumentar a economia proporcionada por uma licitação mais vultuosa.

Outro exemplo é a utilização do Portal de Compras do Governo Federal prevista no art. 5º, 25 e 26, do decreto mencionado.

Nesses casos, como Estados e Municípios não têm acesso ao SIASG e ao Portal de Compras Federal a regra não é obrigatória para as esferasmunicipais e estaduais.

(16)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página8

PROCEDIMENTOS DO RP

Clayson do Nascimento Andrade

Implantação do SRP

DECRETO Nº 7.892, DE 23 DE JANEIRO DE 2013

Vigência

Regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e no art. 11 da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002,

DECRETA: CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º As contratações de serviços e a aquisição de bens, quando efetuadas pelo Sistema de Registro de Preços - SRP, no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, fundos especiais, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas, direta ou indiretamente pela União, obedecerão ao disposto neste Decreto.

(17)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página9 I - Sistema de Registro de Preços - conjunto de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras;

II - ata de registro de preços - documento vinculativo, obrigacional, com característica de compromisso para futura contratação, em que se registram os preços, fornecedores, órgãos participantes e condições a serem praticadas, conforme as disposições contidas no instrumento convocatório e propostas apresentadas;

III - órgão gerenciador - órgão ou entidade da administração pública federal responsável pela condução do conjunto de procedimentos para registro de preços e gerenciamento da ata de registro de preços dele decorrente;

IV - órgão participante - órgão ou entidade da administração pública federal que participa dos procedimentos iniciais do Sistema de Registro de Preços e integra a ata de registro de preços; e

IV - órgão participante - órgão ou entidade da administração pública que participa dos procedimentos iniciais do Sistema de Registro de Preços e integra a ata de registro de preços; (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

V - órgão não participante - órgão ou entidade da administração pública que, não tendo participado dos procedimentos iniciais da licitação, atendidos os requisitos desta norma, faz adesão à ata de registro de preços.

VI - compra nacional - compra ou contratação de bens e serviços, em que o órgão gerenciador conduz os procedimentos para registro de preços destinado à execução descentralizada de programa ou projeto federal, mediante prévia indicação da demanda pelos entes federados beneficiados; e (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

VII - órgão participante de compra nacional - órgão ou entidade da administração pública que, em razão de participação em programa ou projeto federal, é contemplado no registro de preços independente de manifestação formal. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas seguintes hipóteses:

I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes;

II - quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa;

III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou

IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração.

(18)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página10 CAPÍTULO II

DA INTENÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS

Art. 4º Fica instituído o procedimento de Intenção de Registro de Preços - IRP, a ser operacionalizado por módulo do Sistema de Administração e Serviços Gerais - SIASG, que deverá ser utilizado pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG, para registro e divulgação dos itens a serem licitados e para a realização dos atos previstos nos incisos II e V do caput do art. 5º e dos atos previstos no inciso II e caput do art. 6º.

§ 1º A divulgação da intenção de registro de preços poderá ser dispensada nos casos de sua inviabilidade, de forma justificada.

§ 1º A divulgação da intenção de registro de preços poderá ser dispensada, de forma justificada pelo órgão gerenciador. (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 2º O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão editará norma complementar para regulamentar o disposto neste artigo.

§ 3º Caberá ao órgão gerenciador da Intenção de Registro de Preços - IRP: (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

I - estabelecer, quando for o caso, o número máximo de participantes na IRP em conformidade com sua capacidade de gerenciamento; (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

II - aceitar ou recusar, justificadamente, os quantitativos considerados ínfimos ou a inclusão de novos itens; e (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

III - deliberar quanto à inclusão posterior de participantes que não manifestaram interesse durante o período de divulgação da IRP. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 4º Os procedimentos constantes dos incisos II e III do § 3º serão efetivados antes da elaboração do edital e de seus anexos. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 5º Para receber informações a respeito das IRPs disponíveis no Portal de Compras do Governo Federal, os órgãos e entidades integrantes do SISG se cadastrarão no módulo IRP e inserirão a linha de fornecimento e de serviços de seu interesse. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 6º É facultado aos órgãos e entidades integrantes do SISG, antes de iniciar um processo licitatório, consultar as IRPs em andamento e deliberar a respeito da conveniência de sua participação. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

CAPÍTULO III

(19)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página11 Art. 5º Caberá ao órgão gerenciador a prática de todos os atos de controle e administração do Sistema de Registro de Preços, e ainda o seguinte:

I - registrar sua intenção de registro de preços no Portal de Compras do Governo federal; II - consolidar informações relativas à estimativa individual e total de consumo, promovendo a adequação dos respectivos termos de referência ou projetos básicos encaminhados para atender aos requisitos de padronização e racionalização;

III - promover atos necessários à instrução processual para a realização do procedimento licitatório;

IV - realizar pesquisa de mercado para identificação do valor estimado da licitação e consolidar os dados das pesquisas de mercado realizadas pelos órgãos e entidades participantes;

IV - realizar pesquisa de mercado para identificação do valor estimado da licitação e, consolidar os dados das pesquisas de mercado realizadas pelos órgãos e entidades participantes, inclusive nas hipóteses previstas nos §§ 2º e 3º do art. 6º deste Decreto; (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

V - confirmar junto aos órgãos participantes a sua concordância com o objeto a ser licitado, inclusive quanto aos quantitativos e termo de referência ou projeto básico;

VI - realizar o procedimento licitatório; VII - gerenciar a ata de registro de preços;

VIII - conduzir eventuais renegociações dos preços registrados;

IX - aplicar, garantida a ampla defesa e o contraditório, as penalidades decorrentes de infrações no procedimento licitatório; e

X - aplicar, garantida a ampla defesa e o contraditório, as penalidades decorrentes do descumprimento do pactuado na ata de registro de preços ou do descumprimento das obrigações contratuais, em relação às suas próprias contratações.

XI - autorizar, excepcional e justificadamente, a prorrogação do prazo previsto no § 6º do art. 22 deste Decreto, respeitado o prazo de vigência da ata, quando solicitada pelo órgão não participante. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 1º A ata de registro de preços, disponibilizada no Portal de Compras do Governo federal, poderá ser assinada por certificação digital.

§ 2º O órgão gerenciador poderá solicitar auxílio técnico aos órgãos participantes para execução das atividades previstas nos incisos III, IV e VI do caput.

CAPÍTULO IV

(20)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página12 Art. 6º O órgão participante será responsável pela manifestação de interesse em participar do registro de preços, providenciando o encaminhamento ao órgão gerenciador de sua estimativa de consumo, local de entrega e, quando couber, cronograma de contratação e respectivas especificações ou termo de referência ou projeto básico, nos termos da Lei nº8.666, de 21 de junho de 1993, e da Lei nº10.520, de 17 de julho de 2002, adequado ao registro de preços do qual pretende fazer parte, devendo ainda:

I - garantir que os atos relativos a sua inclusão no registro de preços estejam formalizados e aprovados pela autoridade competente;

II - manifestar, junto ao órgão gerenciador, mediante a utilização da Intenção de Registro de Preços, sua concordância com o objeto a ser licitado, antes da realização do procedimento licitatório; e

III - tomar conhecimento da ata de registros de preços, inclusive de eventuais alterações, para o correto cumprimento de suas disposições.

Parágrafo único. Cabe ao órgão participante aplicar, garantida a ampla defesa e o contraditório, as penalidades decorrentes do descumprimento do pactuado na ata de registro de preços ou do descumprimento das obrigações contratuais, em relação às suas próprias contratações, informando as ocorrências ao órgão gerenciador.

§ 1º Cabe ao órgão participante aplicar, garantida a ampla defesa e o contraditório, as penalidades decorrentes do descumprimento do pactuado na ata de registro de preços ou do descumprimento das obrigações contratuais, em relação às suas próprias contratações, informando as ocorrências ao órgão gerenciador. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 2º No caso de compra nacional, o órgão gerenciador promoverá a divulgação da ação, a pesquisa de mercado e a consolidação da demanda dos órgãos e entidades da administração direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 3º Na hipótese prevista no § 2º, comprovada a vantajosidade, fica facultado aos órgãos ou entidades participantes de compra nacional a execução da ata de registro de preços vinculada ao programa ou projeto federal. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 4º Os entes federados participantes de compra nacional poderão utilizar recursos de transferências legais ou voluntárias da União, vinculados aos processos ou projetos objeto de descentralização e de recursos próprios para suas demandas de aquisição no âmbito da ata de registro de preços de compra nacional. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 5º Caso o órgão gerenciador aceite a inclusão de novos itens, o órgão participante demandante elaborará sua especificação ou termo de referência ou projeto básico, conforme o

(21)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página13 caso, e a pesquisa de mercado, observado o disposto no art. 6º. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 6º Caso o órgão gerenciador aceite a inclusão de novas localidades para entrega do bem ou execução do serviço, o órgão participante responsável pela demanda elaborará, ressalvada a hipótese prevista no § 2º, pesquisa de mercado que contemple a variação de custos locais ou regionais. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

CAPÍTULO V

DA LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS

Art. 7º A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência, do tipo menor preço, nos termos da Lei nº8.666, de 1993, ou na modalidade de pregão, nos termos da Lei nº 10.520, de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado.

§ 1º O julgamento por técnica e preço poderá ser excepcionalmente adotado, a critério do órgão gerenciador e mediante despacho fundamentado da autoridade máxima do órgão ou entidade.

§ 1º O julgamento por técnica e preço, na modalidade concorrência, poderá ser excepcionalmente adotado, a critério do órgão gerenciador e mediante despacho fundamentado da autoridade máxima do órgão ou entidade. (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 2o Na licitação para registro de preços não é necessário indicar a dotação orçamentária, que somente será exigida para a formalização do contrato ou outro instrumento hábil.

Art. 8º O órgão gerenciador poderá dividir a quantidade total do item em lotes, quando técnica e economicamente viável, para possibilitar maior competitividade, observada a quantidade mínima, o prazo e o local de entrega ou de prestação dos serviços.

§ 1º No caso de serviços, a divisão se dará em função da unidade de medida adotada para aferição dos produtos e resultados, e será observada a demanda específica de cada órgão ou entidade participante do certame.

§ 1º No caso de serviços, a divisão considerará a unidade de medida adotada para aferição dos produtos e resultados, e será observada a demanda específica de cada órgão ou entidade participante do certame. (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 2º Na situação prevista no § 1º, deverá ser evitada a contratação, em um mesmo órgão ou entidade, de mais de uma empresa para a execução de um mesmo serviço, em uma mesma localidade, para assegurar a responsabilidade contratual e o princípio da padronização.

Art. 9º O edital de licitação para registro de preços observará o disposto nas Leis nº 8.666, de 1993, e nº 10.520, de 2002, e contemplará, no mínimo:

(22)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página14 I - a especificação ou descrição do objeto, que explicitará o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado para a caracterização do bem ou serviço, inclusive definindo as respectivas unidades de medida usualmente adotadas;

II - estimativa de quantidades a serem adquiridas pelo órgão gerenciador e órgãos participantes;

III - estimativa de quantidades a serem adquiridas por órgãos não participantes, observado o disposto no § 4º do art. 22, no caso de o órgão gerenciador admitir adesões;

IV - quantidade mínima de unidades a ser cotada, por item, no caso de bens;

V - condições quanto ao local, prazo de entrega, forma de pagamento, e nos casos de serviços, quando cabível, frequência, periodicidade, características do pessoal, materiais e equipamentos a serem utilizados, procedimentos, cuidados, deveres, disciplina e controles a serem adotados;

VI - prazo de validade do registro de preço, observado o disposto no caput do art. 12; VII - órgãos e entidades participantes do registro de preço;

VIII - modelos de planilhas de custo e minutas de contratos, quando cabível; IX - penalidades por descumprimento das condições;

X - minuta da ata de registro de preços como anexo; e

XI - realização periódica de pesquisa de mercado para comprovação da vantajosidade.

§ 1º O edital poderá admitir, como critério de julgamento, o menor preço aferido pela oferta de desconto sobre tabela de preços praticados no mercado, desde que tecnicamente justificado.

§ 2º Quando o edital previr o fornecimento de bens ou prestação de serviços em locais diferentes, é facultada a exigência de apresentação de proposta diferenciada por região, de modo que aos preços sejam acrescidos custos variáveis por região.

§ 3º A estimativa a que se refere o inciso III do caput não será considerada para fins de qualificação técnica e qualificação econômico-financeira na habilitação do licitante.

§ 4º O exame e a aprovação das minutas do instrumento convocatório e do contrato serão efetuados exclusivamente pela assessoria jurídica do órgão gerenciador. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

Art. 10. Após o encerramento da etapa competitiva, os licitantes poderão reduzir seus preços ao valor da proposta do licitante mais bem classificado.

Parágrafo único. A apresentação de novas propostas na forma do caput não prejudicará o resultado do certame em relação ao licitante mais bem classificado.

(23)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página15 DO REGISTRO DE PREÇOS E DA VALIDADE DA ATA

Art. 11. Após a homologação da licitação, o registro de preços observará, entre outras, as seguintes condições:

I - será incluído, na respectiva ata, o registro dos licitantes que aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do licitante vencedor na sequência da classificação do certame; II - o preço registrado com indicação dos fornecedores será divulgado no Portal de Compras do Governo federal e ficará disponibilizado durante a vigência da ata de registro de preços; e III - a ordem de classificação dos licitantes registrados na ata deverá ser respeitada nas contratações.

§ 1º O registro a que se refere o caput tem por objetivo a formação de cadastro de reserva, no caso de exclusão do primeiro colocado da ata, nas hipóteses previstas nos arts. 20 e 21. § 2º Serão registrados na ata de registro de preços, nesta ordem:

I - os preços e quantitativos do licitante mais bem classificado durante a etapa competitiva; e II - os preços e quantitativos dos licitantes que tiverem aceito cotar seus bens ou serviços em valor igual ao do licitante mais bem classificado.

§ 3º Se houver mais de um licitante na situação de que trata o inciso II do § 2º, serão classificados segundo a ordem da última proposta apresentada durante a fase competitiva. I - serão registrados na ata de registro de preços os preços e quantitativos do licitante mais bem classificado durante a fase competitiva; (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

II - será incluído, na respectiva ata na forma de anexo, o registro dos licitantes que aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais aos do licitante vencedor na sequência da classificação do certame, excluído o percentual referente à margem de preferência, quando o objeto não atender aos requisitos previstos no art. 3ºda Lei nº8.666, de 1993; (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

III - o preço registrado com indicação dos fornecedores será divulgado no Portal de Compras do Governo Federal e ficará disponibilizado durante a vigência da ata de registro de preços; e (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

IV - a ordem de classificação dos licitantes registrados na ata deverá ser respeitada nas contratações. (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 1º O registro a que se refere o inciso II do caput tem por objetivo a formação de cadastro de reserva no caso de impossibilidade de atendimento pelo primeiro colocado da ata, nas hipóteses previstas nos arts. 20 e 21. (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

(24)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página16 § 2º Se houver mais de um licitante na situação de que trata o inciso II do caput, serão classificados segundo a ordem da última proposta apresentada durante a fase competitiva. (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 3º A habilitação dos fornecedores que comporão o cadastro de reserva a que se refere o inciso II do caput será efetuada, na hipótese prevista no parágrafo único do art. 13 e quando houver necessidade de contratação de fornecedor remanescente, nas hipóteses previstas nos arts. 20 e 21. (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 4º O anexo que trata o inciso II do caput consiste na ata de realização da sessão pública do pregão ou da concorrência, que conterá a informação dos licitantes que aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais ao do licitante vencedor do certame. (Incluído pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

Art. 12. O prazo de validade da ata de registro de preços não será superior a doze meses, incluídas eventuais prorrogações, conforme o inciso III do § 3ºdo art. 15 da Lei nº8.666, de 1993.

§ 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1ºdo art. 65 da Lei nº8.666, de 1993.

§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº8.666, de 1993.

§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços poderão ser alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº8.666, de 1993.

§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado no prazo de validade da ata de registro de preços.

CAPÍTULO VII

DA ASSINATURA DA ATA E DA CONTRATAÇÃO COM FORNECEDORES REGISTRADOS

Art. 13. Homologado o resultado da licitação, os fornecedores classificados, observado o disposto no art. 11, serão convocados para assinar a ata de registro de preços, dentro do prazo e condições estabelecidos no instrumento convocatório, podendo o prazo ser prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado pelo fornecedor e desde que ocorra motivo justificado aceito pela administração.

Art. 13. Homologado o resultado da licitação, o fornecedor mais bem classificado será convocado para assinar a ata de registro de preços, no prazo e nas condições estabelecidos no instrumento convocatório, podendo o prazo ser prorrogado uma vez, por igual período,

(25)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página17 quando solicitado pelo fornecedor e desde que ocorra motivo justificado aceito pela administração. (Redação dada pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

Parágrafo único. É facultado à administração, quando o convocado não assinar a ata de registro de preços no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado.

Art. 14. A ata de registro de preços implicará compromisso de fornecimento nas condições estabelecidas, após cumpridos os requisitos de publicidade.

Parágrafo único. A recusa injustificada de fornecedor classificado em assinar a ata, dentro do prazo estabelecido neste artigo, ensejará a aplicação das penalidades legalmente estabelecidas.

Art. 15. A contratação com os fornecedores registrados será formalizada pelo órgão interessado por intermédio de instrumento contratual, emissão de nota de empenho de despesa, autorização de compra ou outro instrumento hábil, conforme o art. 62 da Lei nº8.666, de 1993.

Art. 16. A existência de preços registrados não obriga a administração a contratar, facultando-se a realização de licitação específica para a aquisição pretendida, assegurada preferência ao fornecedor registrado em igualdade de condições.

CAPÍTULO VIII

DA REVISÃO E DO CANCELAMENTO DOS PREÇOS REGISTRADOS

Art. 17. Os preços registrados poderão ser revistos em decorrência de eventual redução dos preços praticados no mercado ou de fato que eleve o custo dos serviços ou bens registrados, cabendo ao órgão gerenciador promover as negociações junto aos fornecedores, observadas as disposições contidas na alínea “d” do inciso II docaputdo art. 65 da Lei nº8.666, de 1993. Art. 18. Quando o preço registrado tornar-se superior ao preço praticado no mercado por motivo superveniente, o órgão gerenciador convocará os fornecedores para negociarem a redução dos preços aos valores praticados pelo mercado.

§ 1º Os fornecedores que não aceitarem reduzir seus preços aos valores praticados pelo mercado serão liberados do compromisso assumido, sem aplicação de penalidade.

§ 2º A ordem de classificação dos fornecedores que aceitarem reduzir seus preços aos valores de mercado observará a classificação original.

Art. 19. Quando o preço de mercado tornar-se superior aos preços registrados e o fornecedor não puder cumprir o compromisso, o órgão gerenciador poderá:

(26)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página18 I - liberar o fornecedor do compromisso assumido, caso a comunicação ocorra antes do pedido de fornecimento, e sem aplicação da penalidade se confirmada a veracidade dos motivos e comprovantes apresentados; e

II - convocar os demais fornecedores para assegurar igual oportunidade de negociação. Parágrafo único. Não havendo êxito nas negociações, o órgão gerenciador deverá proceder à revogação da ata de registro de preços, adotando as medidas cabíveis para obtenção da contratação mais vantajosa.

Art. 20. O registro do fornecedor será cancelado quando: I - descumprir as condições da ata de registro de preços;

II - não retirar a nota de empenho ou instrumento equivalente no prazo estabelecido pela Administração, sem justificativa aceitável;

III - não aceitar reduzir o seu preço registrado, na hipótese deste se tornar superior àqueles praticados no mercado; ou

IV - sofrer sanção prevista nos incisos III ou IV do caput do art. 87 da Lei nº 8.666, de 1993, ou no art. 7ºda Lei nº10.520, de 2002.

Parágrafo único. O cancelamento de registros nas hipóteses previstas nos incisos I, II e IV do caput será formalizado por despacho do órgão gerenciador, assegurado o contraditório e a ampla defesa.

Art. 21. O cancelamento do registro de preços poderá ocorrer por fato superveniente, decorrente de caso fortuito ou força maior, que prejudique o cumprimento da ata, devidamente comprovados e justificados:

I - por razão de interesse público; ou II - a pedido do fornecedor.

CAPÍTULO IX

DA UTILIZAÇÃO DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS POR ÓRGÃO OU ENTIDADES NÃO PARTICIPANTES

Art. 22. Desde que devidamente justificada a vantagem, a ata de registro de preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou entidade da administração pública federal que não tenha participado do certame licitatório, mediante anuência do órgão gerenciador.

§ 1º Os órgãos e entidades que não participaram do registro de preços, quando desejarem fazer uso da ata de registro de preços, deverão consultar o órgão gerenciador da ata para manifestação sobre a possibilidade de adesão.

(27)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página19 § 2º Caberá ao fornecedor beneficiário da ata de registro de preços, observadas as condições nela estabelecidas, optar pela aceitação ou não do fornecimento decorrente de adesão, desde que não prejudique as obrigações presentes e futuras decorrentes da ata, assumidas com o órgão gerenciador e órgãos participantes.

§ 3º As aquisições ou contratações adicionais a que se refere este artigo não poderão exceder, por órgão ou entidade, a cem por cento dos quantitativos dos itens do instrumento convocatório e registrados na ata de registro de preços para o órgão gerenciador e órgãos participantes.

§ 4º O instrumento convocatório deverá prever que o quantitativo decorrente das adesões à ata de registro de preços não poderá exceder, na totalidade, ao quíntuplo do quantitativo de cada item registrado na ata de registro de preços para o órgão gerenciador e órgãos participantes, independente do número de órgãos não participantes que aderirem.

§ 5o O órgão gerenciador somente poderá autorizar adesão à ata após a primeira aquisição ou contratação por órgão integrante da ata, exceto quando, justificadamente, não houver previsão no edital para aquisição ou contratação pelo órgão gerenciador. (Revogado pelo Decreto nº 8.250, de 2.014)

§ 6º Após a autorização do órgão gerenciador, o órgão não participante deverá efetivar a aquisição ou contratação solicitada em até noventa dias, observado o prazo de vigência da ata.

§ 7º Compete ao órgão não participante os atos relativos à cobrança do cumprimento pelo fornecedor das obrigações contratualmente assumidas e a aplicação, observada a ampla defesa e o contraditório, de eventuais penalidades decorrentes do descumprimento de cláusulas contratuais, em relação às suas próprias contratações, informando as ocorrências ao órgão gerenciador.

§ 8º É vedada aos órgãos e entidades da administração pública federal a adesão a ata de registro de preços gerenciada por órgão ou entidade municipal, distrital ou estadual.

§ 9º É facultada aos órgãos ou entidades municipais, distritais ou estaduais a adesão a ata de registro de preços da Administração Pública Federal.

CAPÍTULO X

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 23. A Administração poderá utilizar recursos de tecnologia da informação na operacionalização do disposto neste Decreto e automatizar procedimentos de controle e atribuições dos órgãos gerenciadores e participantes.

(28)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página20 Art. 24. As atas de registro de preços vigentes, decorrentes de certames realizados sob a vigência do Decreto nº3.931, de 19 de setembro de 2001, poderão ser utilizadas pelos órgãos gerenciadores e participantes, até o término de sua vigência.

Art. 25. Até a completa adequação do Portal de Compras do Governo federal para atendimento ao disposto no § 1º do art. 5º, o órgão gerenciador deverá:

I - providenciar a assinatura da ata de registro de preços e o encaminhamento de sua cópia aos órgãos ou entidades participantes; e

II - providenciar a indicação dos fornecedores para atendimento às demandas, observada a ordem de classificação e os quantitativos de contratação definidos pelos órgãos e entidades participantes.

Art. 26. Até a completa adequação do Portal de Compras do Governo federal para atendimento ao disposto nos incisos I e II do caput do art. 11 e no inciso II do § 2º do art. 11, a ata registrará os licitantes vencedores, quantitativos e respectivos preços.

Art. 27. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá editar normas complementares a este Decreto.

Art. 28. Este Decreto entra em vigor trinta dias após a data de sua publicação. Art. 29. Ficam revogados:

I - o Decreto nº3.931, de 19 de setembro de 2001; e II - o Decreto nº4.342, de 23 de agosto de 2002.

Brasília, 23 de janeiro de 2013; 192º da Independência e 125º da República.

DILMA ROUSSEFF

Miriam Belchior

Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.1.2013

Carona

Embora o TCU venha admitindo o uso do „carona‟, alguns tribunais de contas estaduais tem proibido o uso desta facilidade.

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná, por exemplo, recentemente, exarou decisões declarando a impossibilidade da adesão a ata de registro de preços por inexistir lei tratando desta figura.

A primeira decisão é o Acórdão nº 984/2011, cujo dispositivo vem assim redigido:

IX - DECISÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, ACORDAM os membros do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, reunidos em sessão plenária, por unanimidade, nos termos do voto do

(29)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página21

relator, auditor Sérgio Ricardo Valadares Fonseca, conhecer da presente consulta para, no mérito, responder ao consulente que não é possível à Câmara de Vereadores aderir a

licitações realizadas pela Prefeitura Municipal porque, para isso, seria necessário existir previsão em lei nacional, emanada da União, nos termos do inciso XXVII do art. 22 da Constituição da República.

Mais importante ainda é esta decisão mais recente: Acórdão nº 986/2011 – TCE/PR – Tribunal Pleno:

“1. Trata-se de consulta formulada pelo Sr. Homero Barbosa Neto, Prefeito de Londrina, que questiona: a) Acerca da “possibilidade de o Município aderir às Atas de Registros de Preços de outros entes Administrativos, quer seja da esfera Federal, Estadual ou Municipal, desde que a legislação da origem do órgão detentor da Ata contenha a necessária permissão para tal pretensão”; e (...) ACORDAM OS MEMBROS DO TRIBUNAL PLENO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ, nos termos do voto do Relator, Auditor IVENS ZSCHOERPER LINHARES, por unanimidade, em: Conhecer da presente consulta para, no mérito, respondê-la pela impossibilidade de os Municípios e entidades submetidas ao regime de direito público, em geral, aderirem às Atas de Registros de Preços, na forma prevista no art. 8º do Decreto nº 3.931/2001, ficando prejudicada a resposta às demais questões propostas pelo consulente”.

Conclusão:

No âmbito do controle exercido pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná não é possível utilizar-se do ‘carona’!

Qual a solução, então, para os jurisdicionados do Tribunal de Contas do Estado do Paraná que querem utilizar ata de registro de preços de outro ente público?

Utilizar a „carona prévia‟, denominada legalmente de compartilhamento da ata. Esta, além de legal, é recomendada pelos Tribunais de Contas do país, inclusive o TCE/PR!

Delineados os aspectos principais do Sistema de Registro de Preços é importante agora verificar como, na prática, ele ocorre.

Faremos isso por meio do conhecimento de um edital de licitação para registro de preços, bem como da ata respectiva. Para acesso a esse material de apoio clique no link:

(30)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página22 Concluímos, assim, nosso curso de Sistema de Registro de Preços e reiteramos a recomendação de que você busque conhecer mais sobre tema.

Deixamos aqui mais duas sugestões de leitura, específicas sobre o tema (lembrando que esses livros ainda fazem referência ao decreto nº 3.931/01 que foi revogado pelo decreto nº 7.892/13):

“Licitação de registro de preços: comentários ao decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001” de Sidney Bittencourt, Editora Fórum.

e

“Pregão presencial e eletrônico. Sistema de Registro de Preços: manual de implantação, operacionalização e controle” de Jair Santana, Editora Fórum.

Esperamos ter contribuído com sua formação e se tiver dúvidas entre em contato conosco.

(31)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página23

RESPONSABILIZAÇÕES NO R.P. E NAS

LICITAÇÕES

Jonias de O. e Silva

a) vias de apuração (administrativas e judiciais)

A princípio, são três as vias de apuração e penalização por condutas irregulares nos processos licitatórios, quais sejam:

- administrativa - penal

- civil (improbidade, ressarcimento e indenização)

Os sujeitos submetidos aos regimes administrativo e penal quando praticam condutas antijurídicas nas licitações, são os servidores públicos, os agentes políticos e os cidadãos-licitantes. O primeiro, em decorrência da relação jurídica regida pelo regime da CLT ou Estatutário, responderá por sanções previstas nestas legislações, além da legislação penal. O agente político responderá administrativamente, por infrações estatutárias (se for comissionado), e judicialmente, por improbidade ou crime. O cidadão-licitante, por sua vez, estará sujeito às sanções administrativas previstas na Lei de Licitações e na legislação penal.

As sanções administrativas têm por peculiaridade não ter caráter definitivo, pois poderão ser apreciadas pelo poder judiciário. Esta é a garantia constitucional de acesso à tutela jurisdicional.

(32)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página24

b) de terceiros (fornecedor ou não)

Terceiros, envolvidos em ilicitude licitatória, estarão submetidos às penas da Lei de Licitações (Lei 8.666/93), Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8429, art. 1º a 6º) e Código Penal.

Lei de Licitações:

“Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.”

Lei da Improbidade Pública:

“Art. 1° Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.

Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.

Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

(33)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página25 Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.”

Código Penal:

“Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena correspondente à violência.

Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem oferecida.”

b) das Comissões (de RP ou de Licitação)

A responsabilidade pode ser civil e penal. Civil é a que obriga o agente a reparar o dano causado a alguém. Penal é a que submete o agente a uma sanção criminal. Além dessas, existe a responsabilidade administrativa, que é a cobrada do servidor da Administração Pública pelo descumprimento de norma administrativa. Cumpre ao representante da Administração no procedimento licitatório, isto é, ao agente público que compõe a Comissão de Licitação, a responsabilidade pelo fiel cumprimento da legislação referente a licitação.

A responsabilidade administrativa, prevista na CLT ou Estatuto local, estende-se a todos os membros da Comissão, ou seja, respondem solidariamente por todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual manifestamente divergente, registrada em Ata ou outro documento válido.

Por intermédio do Acórdão nº 3705/2010 - 2ª Câmara, o Tribunal de Contas da União aplicou multa aos membros de comissão de licitação em função da constatação de fraudes em procedimento licitatório (inveracidade de notas fiscais, inveracidade de processo licitatório, propostas com idêntica padronização gráfica ou visual etc.).

(34)

Curso: Registro de Preços (Passo a passo)– 22 e 23 de Julho/Curitiba Página26 Ao analisar os argumentos apresentados pelos membros de comissão de licitação, a Secretaria de Controle Externo - SECEX ressaltou:

“Dentre as atribuições legais da Comissão de Licitação estabelecidas no art. 6º, inciso XVI, da Lei 8.666/96 está a de „...receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos à licitação...‟. Evidentemente, que uma das razões desse exame previsto em lei é evitar fraude à licitação para que esta possa cumprir sua finalidade legal”... Desse modo, caberia à comissão, ainda de acordo com a unidade técnica, “realizar esse exame comparativo entre as propostas para detectar possíveis indícios de conluio e/ou outras tentativas de fraude”.

Participar de comissão de licitação é coisa séria! Não raras vezes, o servidor é designado para integrar comissão de licitação, atuação essa que poderá lhe garantir o recebimento de gratificação pelo desempenho dessa nova função, se assim for previsto em norma, e, atraído pela promessa de um incremento remuneratório, nem sempre tem real consciência da responsabilidade que está assumindo.

De acordo com o inciso XVI do art. 6º e art. 51, ambos da Lei nº 8.666/93, a comissão de licitação é responsável por receber, examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes, sendo que dentre esses documentos estão os de habilitação e propostas.

Observe que a comissão tem em mãos um rol de atribuições bastante complexo, a ela conferida pela Lei de Licitações. Devido à diversidade e complexidade dessas atribuições os integrantes das comissões estão constantemente sujeitos a tropeços em razão de uma má aplicação das normas ou procedimentos inerentes a essa função.

Esse fato reforça a importância do constante aperfeiçoamento dos quadros de entidades da Administração por meio de cursos de capacitação oferecidos no mercado ou disponibilizados pela própria Administração com seus recursos.

Vencido esse ponto, relevante destacar a importância da atuação individual dos servidores integrantes da comissão de licitação.

Isso porque, como regra, o servidor que atuar de forma irregular, dando causa à prática de um ato viciado, poderá ser responsabilizado por sua conduta contrária à ordem jurídica, nas esferas civil, administrativa e criminal.

Inclusive, vale apontar o art. 1º da Portaria nº 34, de 3 de fevereiro de 2012, do Tribunal de Contas da União, onde se define que o valor da multa para o exercício de 2012, na ocorrência de uma das hipóteses do art. 58 da Lei nº 8.443/92 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União), pode chegar a R$ 41.528,52!

Referências

Documentos relacionados

Todavia, nos substratos de ambos os solos sem adição de matéria orgânica (Figura 4 A e 5 A), constatou-se a presença do herbicida na maior profundidade da coluna

nesta nossa modesta obra O sonho e os sonhos analisa- mos o sono e sua importância para o corpo e sobretudo para a alma que, nas horas de repouso da matéria, liberta-se parcialmente

(1983) estudaram o efeito da adição de monensina (l00mg) em dietas de novilhas da raça holandesa, recebendo 33% de concentrado e 67% de volumoso, verificaram que houve aumento de

Ainda na janela de biblioteca, clique no centro do botão que deseja inserir no filme, mantenha o botão pressionado enquanto arrasta o mesmo para área de desenho.. Renomeie a

3.3 o Município tem caminhão da coleta seletiva, sendo orientado a providenciar a contratação direta da associação para o recolhimento dos resíduos recicláveis,

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

Assim, este estudo buscou identificar a adesão terapêutica medicamentosa em pacientes hipertensos na Unidade Básica de Saúde, bem como os fatores diretamente relacionados

 Foi criado o Fundo Azul, que irá funcionar no âmbito de competências da Ministra do Mar, com a natureza de património autónomo e o objetivo de se constituir como um mecanismo de